IMUNIDADE e IVAs - Herbarium ·  · 2016-05-06Outra infecção de origem bacteriana é a...

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Dra Márcia Holanda, CRM RJ-745030

Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria;

Especialista em Alergia e Imunologia pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia.

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As infecções do trato respiratório superior são extre-

mamente frequentes na faixa etária pediátrica, cons-

tituindo o principal motivo de procura de serviços

médicos, sobretudo nas crianças menores. Os custos

diretos e indiretos das IVAS geram somas elevadíssi-

mas, tanto em medicamentos para tratamento dos

sintomas, quanto em absenteísmo escolar e profis-

sional (por parte dos pais que faltam para ficar com

os filhos em casa).

A definição de IVAS é bastante variável, sendo que

alguns autores incluem a otite média aguda e mes-

mo a laringite viral, enquanto outros citam apenas as

rinofaringites, sinusites, faringites agudas, faringoa-

migdalites virais e bacterianas.1,2,3

A rinofaringite aguda é causada quase que exclu-

sivamente por vírus, podendo favorecer a infecção

bacteriana secundária devido à obstrução dos óstios

dos seios paranasais e da tuba auditiva pelo edema

dos tecidos. Alguns vírus, como o Vírus Sincicial Res-

piratório e Adenovírus podem causar doença em

vias aéreas inferiores. Os episódios de infecção viral

também são responsáveis pelo desencadeamento

de quadros de broncoespasmo agudo em crianças

portadoras de asma.

A sinusite é uma infecção predominantemen-

te bacteriana dos seios da face, podendo ocorrer

como complicação de uma rinite alérgica, obstru-

ção do óstio de drenagem, rinofaringite viral, cor-

po estranho, fibrose cística etc. Os principais agen-

tes etiológicos são o Streptococcus pneumoniae,

o Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.

Outra infecção de origem bacteriana é a faringoa-migdalite aguda estreptocócica, geralmente, por Streptococcus pyogenes do grupo A. Pode cursar com complicações não supurativas, como a febre reumá-tica e a glomerulonefrite difusa

A etiologia das IVAS é, predominantemente, viral. As crianças são um importante reservatório de vírus, adquiridos de outros colegas de escola ou creche. Dezenas de vírus são responsáveis pela maioria dos quadros, destacando-se o rinovírus, parainfluenza e vírus sincicial respiratório. O contágio se faz através de gotículas, aerossóis ou secreções (contato direto com mãos ou objetos contaminados). Um diagnós-tico diferencial nem sempre fácil de realizar, mas im-portantíssimo em termos de tratamento é a distin-ção entre faringoamigdalite viral e a estreptocócica. Esta última está implicada no surgimento de com-plicações não supurativas tardias da doença, como febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda, além das supurativas, provocadas diretamente pela infecção.

O trato respiratório, juntamente com a pele e o trato gastrointestinal, compõem a barreira entre o meio externo e o organismo de cada indivíduo. Todos estão expostos a agentes físicos, químicos e antígenos bacterianos, virais e parasitários e contam com um complexo mecanismo de defesa para lidar com os patógenos.

IVAS:

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Ao contrário da pele, as mucosas não dispõem de um

epitélio espesso que forme uma barreira mecânica,

mas possuem vários outros mecanismos, alguns ines-

pecíficos (como a presença de muco, o pH, o próprio

epitélio de barreira, a peristalse no tubo digestivo e o

batimento ciliar na árvore respiratória) e mecanismos

adaptativos, principalmente o tecido linfóide associa-

do às mucosas (MALT), constituído de células de di-

versas subpopulações (isoladas ou agrupadas), com

funções variadas e uma rede linfática que drena toda

a área em direção aos linfonodos; no trato gastroin-

testinal temos o GALT; o BALT na mucosa brônquica;

o CALT na conjuntiva; e o NALT – tecido linfóide asso-

ciado ao nariz, composto pelas amígdalas nasofarín-

geas, que, juntamente com as orofaríngeas e outras

estruturas linfóides, constituem o Anel de Waldeyer.

As células epiteliais do trato respiratório produzem

B-defensinas, que têm atividade antimicrobiana, de

ativação do complemento, de estimulação da expres-

são de moléculas de adesão e indução de adesão de

polimorfonucleares. Há, também, a produção de ou-

tros peptídeos com atividade microbicida, como as

catelidinas.

No tecido linfóide organizado, as células do sistema

imune têm contato direto com os antígenos. Os lin-

fócitos estão dispostos no epitélio e na lâmina pró-

pria e têm participação na atividade citotóxica e de

modulação das respostas imunes humoral e celular.

Além dos linfócitos T e B, também estão presentes

nas mucosas as células dendríticas, com importante

função tanto no desencadeamento da resposta imu-

ne quanto na indução de tolerância.

A IgA secretora produzida pelos plasmócitos, atraves-

sa o epitélio e se incorpora ao muco que recobre a

superfície mucosa, com importante função na defesa

contra patógenos. Com uma estrutura adaptada ao

meio onde atua, a IgA secretora é resistente a prote-

ólise, altamente ávida para ligação com antígenos e

possui alta afinidade para a mucina (principal proteí-

na do muco que reveste as superfícies mucosas).

O sistema imune das mucosas, além de fornecer de-

fesa contra antígenos potencialmente lesivos, tem a

importante função de manter a homeostasia local,

impedindo que as mucosas permaneçam em proces-

so de inflamação contínua, face aos inúmeros agen-

tes com os quais têm contato continuamente. Nem

tudo o que é estranho ao organismo representa pe-

rigo ao meio interno e a inflamação constante pode

acarretar danos locais, daí a importância do desen-

volvimento de tolerância imunológica e da exclusão

imune de antígenos patogênicos, impedindo-os de

entrar na mucosa.

A integridade do sistema imunológico é fundamental

para a resposta adequada frente aos patógenos e o

não desenvolvimento de doença.

Devem ser sempre observadas medidas preventivas:

lavagem de mãos, cuidados com secreções e fômites

do paciente; evitar exposição de pacientes vulnerá-

veis, principalmente em escolas e creches. A retirada

da criança da creche, muitas vezes, se torna necessá-

ria para o controle dos casos de IVAS de repetição.

O uso de vitamina C, embora bastante comum, não

está comprovado para tratamento ou redução do nú-

mero de IVAS.

O tratamento dos principais quadros de infecção das

vias aéreas altas baseia-se em sintomáticos. De uma

forma geral, deve ser mantido repouso e ter atenção

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com a hidratação do paciente (principalmente nas

crianças menores e em casos de febre ou diarreia

associadas); a higiene nasal com solução fisiológica

deve ser feita nos casos que cursam com secreção ou

congestão nasal, seguida da aspiração leve das nari-

nas com aspiradores manuais. Antitérmicos e analgé-

sicos devem ser usados para controle da febre e dores

(cefaleias, dores articulares ou abdominais). No caso

de crianças maiores em que não foi suficiente o uso

de solução salina nasal, o uso de descongestionante

nasal tópico pode ser usado por períodos curtos.

Há vários estudos indicando a eficácia do Extrato de

Pelargonium sidoides como estimulante do sistema

imunológico, atuando no tratamento e prevenção

dos quadros de IVAS de repetição. Possui proprieda-

des antibacterianas, antivirais e imunomoduladoras e

age na mucosa respiratória. A ação imunomodulado-

ra é mediada, principalmente, pela liberação de fator

de necrose tumoral alfa e óxido nítrico, a estimulação

de interferon beta e aumento na atividade das célu-

las natural killer. Outras atividades biológicas in vitro

são um incremento da fagocitose, do burst oxidativo

e morte intracelular dos fagócitos do sangue perifé-

rico e uma inibição da interação do streptococcos do

grupo A e do epitélio do hospedeiro.

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Referências Bibliográficas1) Pitrez, P., Pitrez, J.L.B. Infecções agudas das vias aéreas superiores – Diagnóstico e tratamento ambulatorial. J. Ped vol 79,

supl. 1, 2003; S77 – S86;

2) Behrman, R., Kliegman, R., Jenson, H. Nelson Textbook of Pediatrics. 16th edition. 2000;

3) Solé, D., Bernd, L.A.G., Rosário, N. A. Tratado de Alergia e Imunologia Clínica. Atheneu, São Paulo, 2011;

4) Grumach, A.S. Alergia e Imunologia na Infância e na Adolescência. 2ª Ed. Atheneu, São Paulo, 2009;

5) Guidelines IVAS – Infecções das Vias Aéreas Superiores. ABORLCCF;

6) Viktor G. Lizogub, MD,David S. Riley, MD, and Marianne Heger, MD, PhD, Efficacy of A Pelargonium sidoides Preparation Inpatientswith The Common Cold: Arandomized, Doubleblind, Placebo-Controlled Clinical Trial;

7) L. A. Luna Jr., A. L. L. Bachi, R.R. Novaes e Brito, R.G. Eid, V.M. Suguri, P.W. Oliveira, L. C. Gregorio, M. Vaisberg.Immune responses induced by Pelargonium sidoides extract in serum and nasal mucosa of athletes after exhaustive exercise: Modulation of secretory IgA, IL-6and IL-15;

8) Wolfgang Kamin,1Lidia I. Ilyenko,Fathi A. Malek and Meinhard Kieser University Hospital Paediatrics, Mainz,Clinical Research Department, Dr Willmar Schwabe GmbH & Co. KG, Karlsruhe,Institute of Medical Biometry and Informatics, Ruprecht-Karls-University Heidelberg, Heidelberg, Germany and Department of Hospital Paediatrics, Moscow Faculty of Russian State Medical University, Moscow, Russia. Treatment of acute bronchitis with EPs 7630: Randomized, controlled trial in children and adolescents;

9) Taofikat B. Agbabiaka, Ruoling Guo, Edzard Ernst. Pelargonium sidoides for acute bronchitis: A systematic review and meta-analysis.

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