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Número 2 Abril de 2013 1 [email protected] Número 2 Abril 2013 Os cuidados de saúde primários, representam o primeiro nível de contacto dos indivíduos, famílias e comunidades, com os serviços de saúde. Têm por missão assegurar aos cidadãos a satisfação das necessidades de saúde de forma personalizada, garantindo a equidade e a acessibilidade aos servi- ços. Pilar do sistema de saúde, enfrentando os desafios de um mundo em mudança, os cuidados de saúde primários organizam-se por forma a otimi- zar a gestão de recursos, numa rede descentralizada de cuidados, procu- rando o envolvimento e a participação comunitária no planeamento e fun- cionamento dos serviços. O conceito fundamental é o de trabalho em equipa. Consoante os problemas e as necessidades de saúde a resolver, procurando estar próximas do cidadão, as Unidades Funcionais do Centro de Saúde, constituídas por equipas multiprofissionais, complementam-se entre si, garantindo assim uma melhor qualidade de cuidados. A meta a alcançar é a obtenção de ganhos em saúde. Na busca de metas e resultados, unidas para um objetivo comum, estas equipas criam sinergias, tornando-se mais eficientes, prestando assim um serviço de melhor qualidade a toda a comunidade. Para obter ganhos em saúde é necessário identificar necessidades de saúde e intervenções prio- ritárias capazes de alcançar esses ganhos, com os recursos disponíveis. Este processo de Planeamento em Saúde tem a ver com a promoção de mudanças e é essencial ao sucesso em todos os níveis de qualquer organização. Mediando a integração e a construção de parcerias com as várias instituições públicas ou priva- das relevantes para a saúde da comunidade, a Unidade de Saúde Pública (USP) fomenta a necessária articulação, não só internamente a nível do setor da saúde, mas especialmente entre este setor e todos os outros que têm como missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da nossa população, com especial ênfase nos grupos mais vulneráveis. Face à diversidade de determinantes de saúde e consequente necessidade de intervenção na resolução de problemas identificados, a USP surge como uma força nesta abordagem multiseto- rial necessária para o bem-estar de uma sociedade. Na sua natureza pluridisciplinar, a USP opera de forma planeada, desenvolve novas aborda- gens, cria sinergias necessárias para que, do comprometimento individual, resulte um esforço conjunto. “O segredo de um grande sucesso está no trabalho de uma grande equipa” ( Murillo). É esse o nosso segredoAna Maria ÍNDICE PÁGINA 1 Editorial Entrevista ao Sr. Vasconcelos PÁGINA 2 Entrevista ao Sr. Vasconcelos (continuação) PÁGINA 3 Entrevista ao Sr. Vasconcelos (continuação) Saúde - Datas Comemorativas PÁGINA 4 Revista Dependências “Parcerias para a inclusão” Saúde - Datas Comemorativas PÁGINA 5 Mão limpa, Mão segura PÁGINA 6 Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos no ACeS O que queres ser quando fores grande? PÁGINA 7 Avaliação da 1ª Newsletter Entrevista ao Sr. Vasconcelos Em entrevista ao Sr. Manuel José Vasconcelos (MJV), nascido a 11 de novembro em Paranhos, segurança do edifício de Vale Formoso (sede do ACeS), a Equipa da Área Comunicação (EAC) procura conhecer melhor o dia-a-dia deste profissional, e os seus conselhos para a melhoria da segu- rança do nosso edifício. EAC Sr. Vasconcelos que dificuldades encontra no seu dia-a-dia? MJV As principais dificuldades relacionam-se com o estacionamento. EDITORIAL

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Número 2 Abril de 2013 1

[email protected] Número 2 Abril 2013

Os cuidados de saúde primários, representam o primeiro nível de contacto

dos indivíduos, famílias e comunidades, com os serviços de saúde. Têm por

missão assegurar aos cidadãos a satisfação das necessidades de saúde de

forma personalizada, garantindo a equidade e a acessibilidade aos servi-

ços. Pilar do sistema de saúde, enfrentando os desafios de um mundo em

mudança, os cuidados de saúde primários organizam-se por forma a otimi-

zar a gestão de recursos, numa rede descentralizada de cuidados, procu-

rando o envolvimento e a participação comunitária no planeamento e fun-

cionamento dos serviços.

O conceito fundamental é o de trabalho em equipa. Consoante os problemas e as necessidades

de saúde a resolver, procurando estar próximas do cidadão, as Unidades Funcionais do Centro

de Saúde, constituídas por equipas multiprofissionais, complementam-se entre si, garantindo assim

uma melhor qualidade de cuidados. A meta a alcançar é a obtenção de ganhos em saúde. Na busca de metas e resultados, unidas

para um objetivo comum, estas equipas criam sinergias, tornando-se mais eficientes, prestando

assim um serviço de melhor qualidade a toda a comunidade. Para obter ganhos em saúde é necessário identificar necessidades de saúde e intervenções prio-

ritárias capazes de alcançar esses ganhos, com os recursos disponíveis. Este processo de Planeamento em Saúde tem a ver com a promoção de mudanças e é essencial

ao sucesso em todos os níveis de qualquer organização. Mediando a integração e a construção de parcerias com as várias instituições públicas ou priva-

das relevantes para a saúde da comunidade, a Unidade de Saúde Pública (USP) fomenta a

necessária articulação, não só internamente a nível do setor da saúde, mas especialmente entre

este setor e todos os outros que têm como missão contribuir para a melhoria da qualidade de

vida da nossa população, com especial ênfase nos grupos mais vulneráveis. Face à diversidade de determinantes de saúde e consequente necessidade de intervenção na

resolução de problemas identificados, a USP surge como uma força nesta abordagem multiseto-

rial necessária para o bem-estar de uma sociedade. Na sua natureza pluridisciplinar, a USP opera de forma planeada, desenvolve novas aborda-

gens, cria sinergias necessárias para que, do comprometimento individual, resulte um esforço

conjunto. “O segredo de um grande sucesso está no trabalho de uma grande equipa” (Murillo).

É esse o nosso segredo… Ana Maria

ÍNDICE

PÁGINA 1

Editorial

Entrevista ao Sr. Vasconcelos

PÁGINA 2

Entrevista ao Sr. Vasconcelos

(continuação)

PÁGINA 3

Entrevista ao Sr. Vasconcelos

(continuação)

Saúde - Datas Comemorativas

PÁGINA 4

Revista Dependências “Parcerias

para a inclusão”

Saúde - Datas Comemorativas

PÁGINA 5

Mão limpa, Mão segura

PÁGINA 6

Reciclagem dos Resíduos Sólidos

Urbanos no ACeS

O que queres ser quando fores

grande?

PÁGINA 7

Avaliação da 1ª Newsletter

Entrevista ao Sr. Vasconcelos

Em entrevista ao Sr. Manuel José Vasconcelos (MJV), nascido a 11 de

novembro em Paranhos, segurança do edifício de Vale Formoso (sede do

ACeS), a Equipa da Área Comunicação (EAC) procura conhecer melhor o

dia-a-dia deste profissional, e os seus conselhos para a melhoria da segu-

rança do nosso edifício.

EAC – Sr. Vasconcelos que dificuldades encontra no seu dia-a-dia?

MJV – As principais dificuldades relacionam-se com o estacionamento.

EDITORIAL

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Número 2 Abril de 2013 2

Há pessoas que pedem para entrar de

carro, e quando lhes explico que não

podem, pedem para dar a volta e sair.

Acontece que alguns acabam por ficar, sem

autorização, e depois de estarem cá den-

tro é mais difícil de os fazer sair.

Outras pessoas já vêm com “uma pedra na

mão” e nem cumprimentam, mas são pou-

cos.

Geralmente se se dirigem a mim a pedir

informações eu tento ajudar.

Primeiro (no edifício antigo) era mais difícil

porque eu encontrava-me no meio de todos

os utentes. Logo de manhã eram mais de

40 na mesma sala. Era muitas vezes difícil

controlá-los quando estavam muito tempo à

espera. Eu é que tinha que distribuir as

senhas para marcação de consultas ou

outros assuntos e isso obrigava-me a saber

quem eram os profissionais que estavam, e

os que estavam de reforço.

Agora isso já não acontece.

Outra dificuldade é o telefone.

Às vezes é muito difícil conseguir passar

chamadas para alguns serviços. Quando

me telefonam dos hospitais, centros de saú-

de ou até utentes, eu se não consigo passar

a chamada acabo por registar a informa-

ção (ex. desmarcação de uma consulta) e

quando posso, transmito-a ao seu destina-

tário. Embora não faça parte das minhas

funções, eu tento ajudar. Apesar de eu

sentir dificuldades na passagem de chama-

das para alguns serviços a verdade é que

não há reclamações dos utentes quanto a

isso.

EAC – Como é a sua relação com os res-

tantes profissionais?

MJV - Sinto-me respeitado por todos, nun-

ca tive problemas importantes com nin-

guém. Houve apenas uma situação em que

eu não tinha sido avisado das alterações

de funcionamento (horário de atendimento)

de um serviço e por isso atuei como até aí

fazia e houve algum conflito, mas já foi

ultrapassado.

EAC – Certamente que ao longo destes

anos aconteceram várias situações que o

marcaram. Quer partilhar connosco

algum episódio?

MJV – Houve uma vez um indivíduo, que

tinha saído da prisão e veio cá. A sala

estava mais ou menos vazia, era uma sexta

-feira por volta das 16h – 16h30, eu dirigi

-me a ele, que me disse, com maus modos,

que queria falar com o médico. Vi logo que

tinha que ter cuidado com ele, porque já os

vou conhecendo e pensei “vens perdido,

falta-te qualquer coisa”.

Ele pegou na mochila, atirou-a para um

canto, ao fundo da sala, depois foi buscá-

la, sentou-se e pôs os pés em cima da

cadeira. Chamei-o a atenção, dizendo-lhe

que não podia fazer aquilo, que tinha que

se comportar. Ele levantou-se, veio ter

comigo e disse-me que tinha acabado de

sair da prisão e não tinha documentos.

Levei-o ao balcão e junto da administrativa

tentei resolver a situação. Depois desta

situação nunca mais houve problemas com

este utente. Aos bocadinhos vou mudando

as pessoas à minha maneira.

Outra situação marcante já foi há algum

tempo.

Um indivíduo chegou aqui de manhã e eu

admirei-me porque não era habitual vir

aquela hora. Vinha em tronco nu e descalço

e eu pensei “vens descontrolado”. Eu ía a

sair, passei por ele e perguntei-lhe: “- Diga

lá Sr…. o que precisa?” e ele respondeu: “-

tenho aqui uma carta para ir ao Dr”. Fui ter

com o médico que me disse não o poder

atender. Quando transmiti esta informação

ao utente, ele começou a pontapear a por-

ta. Pedi-lhe para sair das instalações, colo-

quei-o lá fora e quando virei as costas ele

empurrou-me contra a parede. Tive de

fechar o Centro de Saúde (CS), com a cola-

boração de uma colega, e chamar a polí-

cia. Duas horas depois, este utente voltou

ao CS, eu barrei-lhe a entrada, mas ele já

vinha bem comportado e disse-me que só

queria que o médico abrisse uma carta e a

carimbasse. Eu lá fui ter novamente com o

médico e tudo se resolveu. Claro que tive

de fazer um relatório a explicar porque

fechei o CS. Às vezes os utentes vêm muito

zangados, mas basta uma palavra do seu

médico que é suficiente para os acalmar. É

claro que eu sei que às vezes os profissio-

nais não podem atender os utentes mas, se

alguém lhes dirigir umas breves palavras a

maior parte das vezes é suficiente para

não haver confusão.

Houve também uma situação com um casal,

completamente “fora”, ela esquizofrénica,

ele muito violento. Era já a 3ª terceira vez

que vinham e da última vez ele disse-me,

mal chegou, que era melhor eu chamar a

GNR porque ia dar cabo de tudo. Fui ter

com o médico de família do casal, que os

atendeu. Acompanhei-os até ao gabinete e

quando entraram estavam “pianinhos”,

calmos… e ainda hoje são utentes desse

médico. Às vezes os utentes chegam todos

muito exaltados e quando entram nos

gabinetes portam-se como uns

“cordeirinhos”.

EAC – Que sugestões dá para a melhoria

do acesso dos utentes ao Centro de Saú-

de?

MJV – Poderia haver um horário de aten-

dimento telefónico definido. Porque é que

existe um telefone? É para as pessoas tele-

fonarem. Se calhar às vezes há algum

comodismo, mas se podem telefonar, temos

que os atender. Porque penso que a mar-

cação de consultas por internet ainda não

está a funcionar… Outra sugestão é a

colocação de uma caixa no balcão do

atendimento para que as pessoas, que vêm

só pedir medicação crónica, possam lá

colocar o seu pedido e depois vir mais tar-

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Número 2 Abril de 2013 3

No outro dia esteve aí um indivíduo que

para levar a medicação crónica esteve

cerca de duas horas à espera. Porque é

natural que se tenha que dar prioridade às

consultas marcadas. Julgo que esta caixa

poderia ajudar. Verdadeiramente um dos

problemas é a falta de pessoal, sobretudo

administrativo.

EAC – O que modificaria nas suas condi-

ções de trabalho?

MJV – Nesta altura, não modificaria nada.

Talvez gostasse que colocassem um painel

lá fora por causa do sol.

EAC – E o frio, não o incomoda?

MJV – O frio habitualmente não me inco-

moda tanto como o calor…

EAC – Não considera a saída para a rua

perigosa? Não seria útil a colocação de

um espelho?

MJV – Claro que sim. Julgo que já foi fala-

do, há muito tempo, que até poderia haver

uma passadeira. Mas disseram-me que isso

não seria possível porque existe outra pas-

sadeira muito perto. Penso que já se pediu

um espelho para ser colocado no outro

lado da rua, mas ainda não foi feito nada.

EAC – Que sugestões dá para persuadir

os utentes a respeitarem as regras de

estacionamento aqui dentro?

MJV – As regras estão bem definidas e só

não entende quem não quer. Mas mesmo

assim seria melhor se a cancela, em vez de

estar colocada já cá dentro, no fundo da

rampa, estivesse logo à entrada, junto do

portão. Assim, conseguia-se evitar entradas

abusivas. Para entrar era de cartão ou

tocavam à campainha e para sair era

automático. Mas disseram-me que não é

possível.

EAC – Como avalia a segurança do edifí-

cio?

MJV – Penso que a segurança aqui é pre-

cária. O facto de as obras estarem inaca-

badas e a pouca iluminação contribuem

para isso. De noite, estando dentro, não

consigo ver se alguém passa para a parte

de trás do edifício.

Deveria haver uma placa que indicasse

claramente este Centro de Saúde, para as

pessoas não andarem aí perdidas.

Outro problema é o facto de haver uma

entrada por trás que pode ser utilizada

abusivamente por utentes quando estou a

tratar de algum assunto e não me aperce-

bo. Às vezes a porta atrás está todo o dia

aberta. Também seria mais seguro se os

profissionais entrassem todos por esta por-

ta principal e não utilizassem as escadas

atrás, até porque as portas de emergência

deveriam estar seladas e só se entrava em

caso de emergência. É frequente saírem e

deixarem a porta aberta.

Seria mais seguro se apenas fosse possível

entrar por uma única entrada.

EAC – Foi positiva a vinda da USP para

aqui?

MJV – A vossa vinda foi uma lufada de ar

fresco…eu já conhecia algumas pessoas de

quem gostava. A vossa maneira de ser é

simpática e afável.

Antigamente todos nos conhecíamos. Agora

somos mais e às vezes as pessoas de pisos

diferentes não se conhecem, o que é uma

pena, porque afinal não somos assim tan-

tos! Bastava que as pessoas se visitassem

mais frequentemente, e até se convidassem

uns aos outros, que já promovia o conheci-

mento entre todos. Mesmo comigo, que

conheço todas as pessoas, às vezes passa-

se muito tempo sem que veja determinados

profissionais, porque ao entrarem por trás,

como não se cruzam comigo, não os vejo.

Para mim também seria muito importante

se pudesse tomar um café durante a

manhã. Mas é difícil que alguém me fique

a substituir. O facto de termos um bar

poderia ser um espaço para promover o

convívio uns com os outros, mas como é

pequeno, se estiverem lá pessoas a ter

conversas mais reservadas, acabamos por

sentir que estamos “a mais…”.

EAC – Muito obrigado pela disponibilida-

de que teve em nos dar esta entrevista

durante o seu almoço.

MJV – Foi um prazer!

20—27 de abril - semana europeia da vacinação A Organização

Mundial de Saúde/Europa promove, de 22 a 27 de Abril de 2013,

a Semana Europeia de Vacinação, subordinada ao tema

“Prevenir, Proteger, Imunizar”. A vacinação é considerada, entre

todas as medidas de saúde pública, a que melhor relação custo –

efetividade tem evidenciado. Na avaliação efetuada no nosso

ACeS (dados do último semestre de 2012) foram obtidos, para

quase todas as vacinas do PNV, nas diferentes coortes de nasci-

mento, ótimos resultados. No entanto, para a vacina HPV os resulta-

dos não atingem a meta esperada (96%; in Plano de Ação do Depar-

tamento de Saúde Pública 2011-2013 “Mudar para Melhorar”) e se com-

pararmos os registos de cobertura entre a 1ª e a 3ª dose, verifica-

mos que diminui a adesão vacinal.

SAÚDE - Datas Comemorativas

Coorte 1999 Coorte 1998 Coorte 1997 Coorte 1996 Coorte 1995

HPV 1 82,3% HPV 1 97,2% HPV 1 95,2% HPV 1 93,9% HPV 1 93,3%

HPV 2 72,8% HPV 2 96,0% HPV 2 94,6% HPV 2 92,5% HPV 2 92,4%

HPV 3 45,7% HPV 3 93,6% HPV 3 92,6% HPV 3 90,5% HPV 3 90,7%

Tabela: Cobertura vacinal da vacina HPV - dados referentes a 31/12/2012

Ana Maria

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Número 2 Abril de 2013 4

SAÚDE - Datas Comemorativas

24 de março – dia mundial da Tuberculo-

se”. Para assinalar o dia mundial da tuber-

culose, a USP Porto Oriental dá a conhecer

os dados obtidos por inquérito epidemioló-

gico dos casos de Tuberculose Respiratória

(TR) notificados em 2011. A proporção de

casos notificados de TR na zona oriental do

Porto é ainda significativa (>20/100000

habitantes). No ACeS Porto Oriental foram

notificados 61 casos de TR (mais 16 que em

2010), incluindo casos novos e retratamen-

tos. A idade mediana dos doentes situa-se

entre os 45-54 anos (16 casos), e na faixa

etária 15-24 anos registaram-se 4 casos. A

relação sexo masculino/feminino foi de

1.8/1. Quanto a fatores de risco presentes

nestes doentes, 32 eram fumadores e des-

tes 11 tinham problemas de alcoolismo

associado. A toxicodependência e sem

abrigo são também fatores de risco para o

prognóstico desta doença, devido à menor

procura de serviços de saúde, difícil ade-

são ao tratamento, aumentando assim o

tempo de deteção de doença e o n.º de

contactos no período de infeciosidade. Não

houve casos de tuberculose multi-resistente.

Foram registados 9 óbitos por TR. O agen-

te da tuberculose é altamente infecioso,

transmite-se sobretudo por via inalatória,

tem comportamento oportunista, permanece

quiescente em lesões por vários anos e

adquire facilmente resistência aos fárma-

cos. É, por isso, necessário delinear estraté-

gias de intervenção multidisciplinar sobre o

indivíduo e a comunidade, enfatizando as

medidas de controlo de infeção e a quimio-

profilaxia. Ana Maria

23 de abril - dia europeu de Prevenção e

Controlo da Infeção. O controlo da infeção

associada aos cuidados de saúde exige

uma padronização de procedimentos de

forma a minimizar/eliminar o risco de Infe-

ção Associada aos Cuidados de Saúde

(IACS), indicador de qualidade e imagem

da prestação de cuidados de saúde. As

IACS são ainda indigitadas como uma

importante causa de morbilidade e mortali-

dade, bem como do consumo acrescido de

recursos, sendo já considerada como uma

epidemia silenciosa.

Comissão de Controlo de Infeção

do ACeS Porto Oriental

28 de abril - dia mundial da Segurança e

Saúde no Trabalho (SST). Nós, trabalhado-

res do setor da saúde, fazemos face a uma

série de atividades e ambientes que consti-

tuem uma ameaça para a nossa saúde,

colocando-nos por vezes em risco de doen-

ça profissional ou de acidente de trabalho.

A natureza da nossa atividade obriga a

que a saúde e a segurança constituam uma

prioridade. Entre os riscos a que os traba-

lhadores do setor da saúde estão expostos

contam-se:

Riscos biológicos, como infeções causadas

por picadas de agulhas;

Riscos químicos, incluindo medicamentos

utilizados no tratamento do cancro e desin-

fetantes;

Riscos físicos, como a radiação ionizante;

Riscos ergonómicos, por exemplo, a movi-

mentação de doentes;

Riscos psicossociais, incluindo a violência e

o trabalho por turnos. (In, Agencia Euro-

peia para a SST) O Serviço de Segurança e Saúde no Tra-

balho da ARS Norte, IP comemora este dia

promovendo um evento “Um Olhar dos

Profissionais”, no Hospital Magalhães de

Lemos, dirigido a todos os trabalhadores,

no dia 29 de abril. (ver site da ARS Norte,

IP)

Lígia Monteiro

“Nos dias 7 e 8 de fevereiro, profissionais

de saúde e instituições parceiras com inter-

venção na área do ACeS Porto Oriental,

encontraram-se para debater e partilhar

saberes e experiências no âmbito da saú-

de pública e reforçar a importância das

parcerias no sentido de em conjunto presta-

rem um serviço de maior qualidade a toda

a população. Foram dois dias de intensos

debates sobre diversos temas sobre as

crianças e jovens, um novo olhar sobre o

envelhecimento e o isolamento e finalmente

uma abordagem sobre o ambiente e saú-

de. Dependências esteve presente no

encontro e entrevistou Eduarda Ferreira,

médica do ACeS Porto Oriental.

Como surgiu a ideia de juntar sinergias

para a intervenção? Eduarda Ferreira (EF)

– Esta ideia surgiu do trabalho que vai

sendo feito na comunidade, com os diferen-

tes parceiros, quando atingimos aquela

fase em que todos nos conhecemos. Há

figuras de referência. Há partilhas em ter-

mos de objetivos que respeitam o trabalho,

a instituição e a independência de cada

um, mas já há um trabalho conjunto para

atingirmos um mesmo fim. Chegou a altura

de partilhar saberes e experiências, de

comunicarmos aos outros e, entre nós, aqui-

lo que vamos fazendo, porque quando

estamos na nossa casa, nem sempre conse-

guimos valorizar o trabalho que cada um

desenvolve. Por outro lado, articular o tra-

balho com os outros. Não podemos conti-

nuar a trabalhar de costas voltadas, temos

de potenciar os recursos e saber partilhar

os problemas e as dificuldades. É isto o que

nós chamamos de sinergias para uma inter-

venção em rede. E só assim poderemos

obter os melhores resultados.” (http://

www.dependencias.pt/ Dependências

Revista Dependências “Parcerias para a inclusão”

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MÃO LIMPA,

MÃO SEGURA Mãos mágicas, as dos profissionais de saú-

de, contudo do ponto de vista epidemioló-

gico são veículo de transmissão da Infecção

Associada aos Cuidados de Saúde (IACS).

Epidemia silenciosa com consequências

indesejáveis na prestação de cuidados.

As campanhas levadas a cabo pela Orga-

nização Mundial de Saúde e pela Direcção

-Geral da Saúde reforçam a importância

da lavagem das mãos. Um método clássico,

universal e eficiente, reconhecido como

procedimento elementar na prevenção das

IACS.

São necessários pelo menos cinco anos de

uma campanha sustentada de higiene das

mãos para diminuir as taxas de prevalên-

cia.

Actualmente o conceito de higienização das

mãos aplica-se à lavagem e à desinfecção

alcoólica. Tem como finalidade remover

sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células

descamativas e flora microbiana da pele.

Higienizar as mãos é esfregar energica-

mente ambas as superfícies, incluindo

dedos e punhos (Figura 1 – Higienização

simples das mãos).

Os locais das mãos mais frequentemente

colonizados e onde os cuidados com a

lavagem devem ser maiores são: unhas,

zonas interdigitais, punhos e palmas. É

importante para a eficácia da técnica

remover todos os objectos de adorno, usar

unhas curtas e limpas, não usar unhas de

gel, postiças e/ou vernizes.

A higienização das mãos assenta no mode-

lo conceptual dos “cinco momentos” e sime-

triza indicações/tempos, tidos como pontos

de referência, a saber: antes e após o con-

tacto com o doente; antes de procedimen-

tos limpos ou assépticos; após exposição a

fluidos orgânicos; após contacto com o

ambiente envolvente do doente.

Tornar os ambientes de saúde seguros é um

imperativo de todos os profissionais garan-

tindo que os Cuidados de Saúde prestados

à comunidade estão em boas mãos, em

mãos seguras.

Links:

Direcção-Geral da Saúde, Campanha da Higie-

ne das Mãos:

http://www.dgs.pt/ms/3/default.aspx?

pl=&id=5514&acess=0

Referências Bibliográficas:

Circular Normativa n.º 13/DQS/DSD de

14/06/2010: Orientação de Boa Prática para

a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde,

Direcção-Geral da Saúde, Lisboa 2010

Campanha Nacional de Higiene das Mãos -

Relatório 2010-2011, Departamento da Quali-

dade em Saúde, Direcção-Geral da Saúde,

Lisboa

Bruno Morrão, Elsa Santos, Lígia Monteiro,

Maria Clotilde Moutinho, Mariana Mota,

Susana Torres

Figura 1- Higienização simples das mãos

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1. Tendo recebido a nossa Newsletter leu o seu conteudo?

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todo a maioria pequenos excertos não li

3 - Na generalidade que avaliação faz?

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gostei muito gostei não se aplica

3 - Na generalidade que avaliação faz?

55%

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2%

gostei muito gostei não se aplica

A reciclagem visa contemplar a preservação

dos recursos naturais através do reprocessa-

mento dos resíduos, a fim de reduzir a sua

quantidade. O Projeto Reciclagem dos Resí-

duos Sólidos Urbanos no ACeS, consideran-

do este objetivo, necessita da adesão dos

profissionais de saúde intervenientes, bem

como de outros serviços, neste caso, o Eco-

fone (Lipor).

O presente projeto surgiu no âmbito de um

pré projeto realizado pela Unidade de

Saúde Familiar de Arca D’Água, tendo o

propósito de aumentar a reutilização e a

reciclagem do papel/cartão e embalagens

de plástico/metal.

Após despacho da Exma. Diretora Executi-

va, Dr.ª Dulce Pinto, este será alargado

numa primeira fase às unidades funcionais

do edifício do Vale Formoso e numa segun-

da fase às restantes unidades.

Associado à finalidade do projeto, assenta

o perigo para a saúde pública da má ges-

tão dos resíduos, no risco de propagação

de doenças e na sustentabilidade dos

recursos naturais.

É de extrema importância que todos os

profissionais de saúde adiram a esta medi-

da, promovendo a triagem dos resíduos

produzidos no local de trabalho.

“Separar é Valorizar”

Filipa Esteves e Margarida Lopes

Estagiárias de Saúde Ambiental

Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos no ACES

“A importância da adesão dos profissionais de saúde”

O que queres ser quando fores grande? O que queres ser quando fores grande?

Quantas vezes todos nós ouvimos e respon-

demos a esta pergunta? Eu sempre respon-

di prontamente – “Quero ser Médica!”.

Agora, recém formada em Medicina outras

questões se colocam – “Que tipo de medi-

cina quero eu exercer? Que contributo pos-

so eu dar à sociedade? Onde serei eu mais

válida?”. Com estas dúvidas existenciais,

surge mesmo a calhar o 1º ano de interna-

to (Internato de Ano Comum – no qual me

incluo), tal qual ano sabático, dedicado a

apreender o máximo da prática clínica e

decidir que futuro seguir.

Foi neste contexto que tomei contacto com

os cuidados de saúde primários, os quais

durante a nossa formação básica são

menos valorizados e pouco aprofundados.

O dia-a-dia de um médico de Medicina

Geral e Familiar (MGF) e a equipa que

com ele trabalha, as problemáticas com

que se debate, a constante pressão dos

números, dos objectivos a cumprir. E o

doente onde fica? Fica exposto, sem res-

postas, só com o seu sofrimento e preocu-

pações, nos escassos 10 minutos de consul-

ta, nos quais parece ser mais importante

inserir as intermináveis listas de diagnósti-

co, passar receitas e atestados.

Nos 2 meses que passei na MGF debati-me

com estas questões e vi profissionais

excepcionais que multiplicam o tempo,

abdicam dos seus interesses e conseguem,

apesar das contrariedades, fazer o impos-

sível e oferecer à sua população o melhor

dos cuidados disponíveis.

Um mês na Unidade de Saúde Pública,

uma equipa, sem dúvida, multidisciplinar,

dedicada, empenhada, capaz de dar o

melhor de si aos outros. Foi o mês em que,

pela primeira vez em 7 anos de formação

superior, tive contacto directo com estas

realidades, do preservar a saúde global,

da prevenção, do intervir a montante, do

trabalhar no campo com os mais desfavo-

recidos, mais desprotegidos, com menos

capacidades de aceder a outros tipos de

cuidados. Tomei, assim conhecimento de

outra realidade, para a qual muitas vezes

estamos tão pouco sensibilizados, e que

tanta diferença faz para tantos, mesmo

que de modo velado.

Não tenho como não apresentar o testemu-

nho de alguém, que pela primeira vez tra-

balha neste ACeS, e que se surpreende

com o esforço de um grupo de pessoas,

que mesmo em

“crise” colabo-

ra, quase como

um todo, para

criar um Portu-

gal melhor.

Sara Pires da Silva

(ex-Interna do Ano Comum;)

Page 7: ÍNDICE - insaude.webnode.ptºde... · controlá-los quando estavam muito tempo à espera. Eu é que tinha que distribuir as senhas ... vou conhecendo e pensei “vens perdido, falta-te

Número 2 Abril de 2013 7

1. Tendo recebido a nossa Newsletter leu o seu conteudo?

73%

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7% 2%

todo a maioria pequenos excertos não li

3 - Na generalidade que avaliação faz?

55%

43%

2%

gostei muito gostei não se aplica

FICHA TÉCNICA

Coordenação: Rosa Mansilha

Direção: Ana Peixoto, Luís Cunha, Mariana Mota, Sandra Almeida

Edição: Ana Peixoto

Edição de Imagem: Margarida Azevedo

Colaboradores: Eduarda Ferreira, Hélder Machado, Isabel Moita, Lígia

Monteiro, Margarida Horta, Maria Clotilde Moutinho, Maria de Lurdes

Maio, Mónica Mata, Natália Silva, Olga Monteiro, Patrícia Andrade, Paula

Gonçalves, Susana Torres

E-mail: [email protected]

Morada: Rua Vale Formoso, 466, 4200- 510 Porto;

Telefone: 228 347 363

3 - Na generalidade que avaliação faz?

55%

43%

2%

gostei muito gostei não se aplica

5 - Gostaria de colaborar connosco na elaboração da nova

edição?

37%

26%

37%

sim talvez não

No dia 31 de outubro de 2012, a equipa da Área da Comunicação

da Unidade de Saúde Pública do ACeS Porto Oriental lançou a 1ª

edição da sua Newsletter – “INSaúde”, dirigida a todos os profis-

sionais deste ACeS, com o objetivo de partilhar informação útil no

âmbito da saúde pública. Em 22/11/2012 efetuou-se a avaliação

desta 1ª edição (e-mail enviado aos profissionais do ACeS).

Resultados: O Universo é constituído por 319 profissionais e a

amostra por 44 respondentes (13,8%). A recolha da informação foi

feita através do preenchimento de um questionário on-line, contendo

5 perguntas fechadas e 1 aberta:

1-Tendo recebido a nossa Newsletter, leu o seu conteúdo?; 2-

Considerou as notícias publicadas pertinentes?; 3-Na generalidade,

que avaliação faz?; 4-Gostaria de receber a próxima edição da

Newsletter?; 5-Gostaria de colaborar connosco na elaboração da

nova edição?

Relativamente à questão nº4, todos os respondentes disseram que

sim.

Agradecemos a todos a preciosa colaboração, nomeadamente nas

sugestões enviadas que teremos em consideração em futuras edi-

ções.

Avaliação da 1ª Newsletter

1. Tendo recebido a nossa Newsletter leu o seu conteudo?

73%

18%

7% 2%

todo a maioria pequenos excertos não li

2 - Considerou as notícias publicadas pertinentes?

39%

52%

7% 2%

todas a maioria poucas não se aplica