Indústria cultural

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 Indústria cultural Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção d e projetos, canais, jornais, rádios, revi stas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade c apitalista que transformou a cultura num produto  comercializado.  A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qu alquer horário e idade.  Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se p erceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a p ensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo d e argumentação. No Brasil, a indústria cultura l não é homogênea, pois foca tem as, assuntos e culturas estrangeiras no lugar  de ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do pró prio país. Infelizmente, a triste realidade brasilei ra é que são focados apen as objetos de compra e vend a e não a propriamente cultura no qual esta se propunh a. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativ o, o que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa p essoa de crítica  rebaixada e de mente narcotizada. A Indústria Cultural no Brasil Sempre que ligo a TV, ou acesso a internet, só pra citar uns dos meios de comunicação que mais acesso, ao acessá-la recebo, em média, cerca de 300 propaganda s de boa e má qualidade, ofertando produtos dos mais diversificados, desde roupa de cama, eletro doméstico, automóveis, alimentos, bebidas, cigarros, apetrechos de pesca. Falar em indústria cultural é ligar uma característica específica proveniente do mundo capitalista, criado por Theodor W. Adorno em meados do século XX. O presidente lula, nessa semana, relatou de forma crítica, que há ³ausência de conteúdos educativos nos meios de comunicação. "Qual é a quantidade de minutos educativos nos meios de comunicação? ³É muito pouco porque o interesse é evidentemente comercial´, relatou o presidente. Ele tem toda razão. Com exceção da TV Cultura e alguns poucos programa s vinculados por alguns órgãos de comunicação, não há, por parte desses, um compromisso sério em relação ao programa educ acional no Brasil. Alguns até desconhecem que existam tais programas. Nessa semana li um artigo que negava tal existência, equí voco perdoado pelo fato do escrito não ser da área. Então qual seria a explicação, sendo que os órgãos de comunicação funcionam mediante concessão do governo federal? Consequentemente precisam atender algumas exigências para que continuem ativos e possam renovar sua concessão? Podemos conceituar a Indústria Cultural em empresas que têm por objetivo oferecer, propagar, divulgar produtos nos canais competentes como TV, jornais, rádios, revistas e internet atendendo os ditames do capitalismo que é o lucro. Esse conceito - Indústria Cultural ± serviria para definir a inversão da cultura em mercadoria. O conceito nada tem a ver com os veículos ou meios de comunicação que citei, mas ao uso de ssas tecnologias pelo capital. A ideologia cultural passa a ser guiada pela n ecessidade de consumo e de lucro capitalista guiados pelo mercado. Segundo informações dos sites oficiais do governo federal (Ministérios das Comunicações) existem atualmente no Brasil, em torno de mil estações de rádio e mais de 75 de televisão, representando 37 milhões

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Indústria cultural

Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos,canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro.

Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produtocomercializado.

 A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cadavez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade.Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, oque tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bomque é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produtoruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo deargumentação.

No Brasil, a indústria cultural não é homogênea, pois foca temas, assuntos e culturas estrangeiras no lugarde ensinar e incentivar o interesse sobre a história e as tradições do próprio país. Infelizmente, a tristerealidade brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não a propriamente cultura noqual esta se propunha. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo, o

que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de críticarebaixada e de mente narcotizada.

A Indústria Cultural no Brasil

Sempre que ligo a TV, ou acesso a internet, só pra citar uns dos meios decomunicação que mais acesso, ao acessá-la recebo, em média, cerca de 300propagandas de boa e má qualidade, ofertando produtos dos mais diversificados,desde roupa de cama, eletro doméstico, automóveis, alimentos, bebidas, cigarros,apetrechos de pesca.

Falar em indústria cultural é ligar uma característica específica proveniente domundo capitalista, criado por Theodor W. Adorno em meados do século XX. Opresidente lula, nessa semana, relatou de forma crítica, que há ³ausência deconteúdos educativos nos meios de comunicação. "Qual é a quantidade de minutoseducativos nos meios de comunicação? ³É muito pouco porque o interesse é

evidentemente comercial´, relatou o presidente.

Ele tem toda razão. Com exceção da TV Cultura e alguns poucos programasvinculados por alguns órgãos de comunicação, não há, por parte desses, umcompromisso sério em relação ao programa educacional no Brasil. Alguns atédesconhecem que existam tais programas. Nessa semana li um artigo que negavatal existência, equívoco perdoado pelo fato do escrito não ser da área.

Então qual seria a explicação, sendo que os órgãos de comunicação funcionammediante concessão do governo federal? Consequentemente precisam atenderalgumas exigências para que continuem ativos e possam renovar sua concessão?Podemos conceituar a Indústria Cultural em empresas que têm por objetivooferecer, propagar, divulgar produtos nos canais competentes como TV, jornais,

rádios, revistas e internet atendendo os ditames do capitalismo que é o lucro.

Esse conceito - Indústria Cultural ± serviria para definir a inversão da cultura emmercadoria. O conceito nada tem a ver com os veículos ou meios de comunicaçãoque citei, mas ao uso dessas tecnologias pelo capital.

A ideologia cultural passa a ser guiada pela necessidade de consumo e de lucrocapitalista guiados pelo mercado. Segundo informações dos sites oficiais dogoverno federal (Ministérios das Comunicações) existem atualmente no Brasil, emtorno de mil estações de rádio e mais de 75 de televisão, representando 37 milhões

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de aparelhos receptores de rádio o que nos leva a refletir em torno de umaaudiência de 60 a 90 milhões de brasileiros.

Na imprensa escrita são aproximadamente 290 jornais diários, e outros que estãosendo liberados essa semana pelo governo podendo alcançar cerca de 5 milhões deleitores. Portanto, a Indústria Cultural no Brasil escamoteou os interesses e/ou asexpectativas de um projeto hegemônico para a educação do país em nome dos

interesses do capital, inclusive com a participação de alguns setores ligados àprópria educação, seja privada ou até mesmo pública.

Nas escolas, as propagandas tomaram conta dos corredores com a conivênciadaqueles que deveriam preservar pelo processo estão ± de maneira consciente ouinconsciente ± contribuindo cada vez mais pela banalização de tal sistema.

Os muros das escolas estão sendo loteados, alugados em nome de melhoriasestruturais que deveriam ser de responsabilidade dos governos estaduais, federal emunicipal, com as mais diversificadas propagandas comerciais. Podemos refletirque no Brasil a Indústria Cultural implementa um projeto de divulgação dosinteresses capitalistas banalizando os valores sociais e culturais que deveriam serpreservados, não se importando com os resultados que possam surgir desse

modelo. Não há regras claras que definem tais liberdades, e quando são propostaspelo governo federal são barradas pelo bloco de defesa no Congresso Nacional.

Os programas denominados de Reality Show é um dos exemplos desse processo,fazendo a população crê que participa quando o que está por traz de todo aqueleteatro é a venda dos produtos e marcas patrocinadoras. Para Adorno, ³o homem,nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e deconsumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que atémesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho´. (ADORNO, Theodor W.Textos Escolhidos. Trad. Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1999).

Rádio (comunicação)Rádio é um recurso tecnológico das telecomunicações utilizado para

propiciar comunicação por intermédio

da transcepção de informações previamentecodificadasem sinal eletromagnético que

se propaga através do espaço.

Uma estação de radiocomunicação é o sistema utilizado para executar contatos à distância

entre duas estações, ela é composta basicamente de um transceptor (transmissor-receptor) de

radiocomunicação, de uma linha de transmissão e daantena propriamente dita. A este sistemase dá o nome de sistema irradiante.

 A radiodifusão é uma emissão comercial, que ocorre apenas por transmissão de sinais, sem

sua transcepção.

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O rádio é um sistema de comunicação através de onde ondas eletromagnéticas propagadas

no espaço, que por serem de comprimento diferente são classificadas em ondas curtas de alta

frequência e ondas longas de baixa frequência, assim, utilizadas para fins diversos como

televisão, radio, avião, etc.

Os sistemas de radiocomunicação normais são formados por dois componentes básicos:

  Transmissor ± composto por um gerador de oscilações, que converte a corrente elétrica em

oscilações de uma determinada frequência derádio; um transdutor que converte a

informação a ser transmitida em impulsos elétricos equivalentes a cada valor e um

modulador, que controla as variações na intensidade de oscilação ou na freqüência da

onda portadora, sendo efetuada em níveis baixo ou alto. Quando a amplitude da onda

portadora varia segundo as variações da freqüência e da intensidade de um sinal sonoro,

denomina-se modulação AM. Já quando a freqüência da onda portadora varia dentro de

um nível estabelecido a um ritmo igual à frequência deum sinal sonoro, denomina-semodulação FM;

  Receptor ± Tem como componentes principais: a antena para captar as ondas

eletromagnéticas e convertê-las em oscilações elétricas; amplificadores que aumentam a

intensidade dessas oscilações; equipamentos para desmodulação; um alto-falante para

converter os impulsos em ondas sonoras e na maior parte dos receptores osciladores para

gerar ondas de radiofrequência que possam se misturar com as ondas recebidas.

[editar ]História

Segundo alguns autores, a tecnologiade transmissão de som por ondas de rádio foi

desenvolvida pelo italianoGuglielmo Marconi, no fim do século XIX, mas a Suprema Corte

 Americana concedeu aNikola Tesla o mérito da criação do rádio, tendo em vista que Marconi

usara 19 patentes de Tesla em seu projeto.

Na mesma época em 1893, no Brasil, o padre Roberto Landell de Moura também buscava

resultados semelhantes, em experiências feitas em Porto Alegre, no bairroMedianeira, onde

ficava sua paróquia. Ele fez as primeiras transmissões de rádio no mundo, entre a Medianeira

e o morro Santa Teresa.

[editar ]As pr imeiras radioemissões

O início da história do rádio foi marcado pelas transmissões radiofônicas, sendo a transcepção

utilizada quase na mesma época. Consideram alguns que a primeira transmissão radiofónica

do mundo foi realizada em 1906, nos EUA por Lee de Forest experimentalmente para testar 

a válvula tríodo.

No Brasil, a primeira transmissão foi realizada no centenário da Independência do Brasil, em 7

de setembro de 1922, em que o presidente Epitácio Pessoa, acompanhado pelos reis

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da B  

l ¡   i ¢   a, Al£ ¤ ¥ 

t ¦   I  ¤    I §   abel, abr i  ̈   a Exposição do Centenário © ¦  

      i ¦    de     aneiro. O di§ ¢  ̈ 

rso 

de aber t  ̈  ra de E    it ¢   io Pessoa f oi transmitido     ara receptores instalados 

em     iterói, Petrópolis e S    o Paulo, através de uma antena instalada no     orcovado.    o 

mesmo dia,     noite, a ópera O Guarani , de     ar los      omes, f oi transmitida do   

eatro 

   

unicipal para alto-f alantes instalados na exposi!   

o, assombrando a população ali presente.Era o começo da pr imeira estação de rádio do Brasil: a      ádio Sociedade do      io de     aneiro.

"   undada por  Edgar       oquette-Pinto, a emissora f oi doada ao governo em  # $ % &     e existe até 

'   o je, mas com o nome de      ádio      E    .

[editar ] ecnologia 

(    ádio com toca-fitas cassette, tipicamente anos ) 0  

.

[editar ]Receptor  

 A f unção do receptor  de rádio é a decodificação dos sinais eletromagnéticos recebidos 

do espaço, captados pela antena, transf ormando-os em ondas sonoras, sinais digitais e/ou 

analógicos. A televisão e o rádio automotivo, por  exemplo, são receptores.

O equipamento é conectado a uma antena receptora, um sistema de sintonia 

e amplificadores de áudio, vídeo e/ou sinais digitais.

1    ádio de  2 

3  

4 5  , em madeira, A6     e Ondas  7   ur tas.

[editar ]Transmissor  

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O radiotransmissor converte sinais sonoros, analógicos ou digitais em ondas eletromagnéticas,

enviando-os para o espaço através de uma antena transmissora, para serem recebidos por um

radioreceptor, por exemplo, emissoras de AM, FM ou de TV Alem do LW.

[editar ]Transceptor 

O radio-transceptor , funciona das duas formas, como transmissor e receptor , alguns exemplos

de transceptor são, o telefone celular , os radares nos aeroportos, os equipamentos de

comunicações em veículos oficiais, e de empresas particulares.

 Além da radiodifusão, existem outras modalidades na utilização de equipamentos emissores

de radiofreqüência que influenciam nas radiocomunicações.

  Radiotelegrafia, bastante utilizada até meados da década de 1970. Após o advento da

digitalização, a transcepção via códigomorse caiu em desuso comercialmente e

militarmente, embora ainda existam utilizadores da radiotelegrafia.

  Radiotelefonia ainda utilizada, porém em outros modos, por exemplo, os telefones celulares

são modos de radilotelefonia.

  Radioemissora não é necessariamente radiodifusão, ou radiocomunicação. Uma

radioemissora pode emitir sinais de rádio para os mais diversos fins, desde militares até

industriais.

  Radiocomunicação é a modalidade mais utilizada.

  Radiogoniometria é uma modalidade de radiolocalização. Um radiogoniômetro localiza

uma emi ssão de radiofreqüência de qualquer modalidade.

  Radiolocalização é uma forma de radiogoniometria. Umradiofarol, por exemplo, sendo umradioemissor, emite sinais que são recebidos por um radiogoniômetro, que tendo um

sistema monodirecional de recepção, faz a triangulação da emissora, localizando-a com

precisão.

  Radioterapia por Diatermia chamado por alguns do meio médico deOndas Curtas. Este

sistema, embora não pertença ao assunto radiocomunicação, tem sua relevância, pois, é

um dos maiores interferentes (Poluidor ) nas radiocomunicações. Trata-se de um

equipamento t ransmi ssor de radiofreqüência de alta potênciautilizado em medicina e não

em comunicação. Também não se deve confundir com Radioterapia por Radiação

Ionizante), esta é realizada no comprimento de onda dos raios-x.  Sua relevância à radiocomunicação se dá pelo fato de serem (juntamente aos

equipamentos de diatermia) grandes poluidores do espectro eletromagnético.

É um meio de comunicação que ocupa lugar de destaque. Apesar de ser umhobby , este tem

vital importância para as pesquisas e desenvolvimento em diversas modalidades desta

ciência.

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 As estações de radiocomunicação mantidas por radioamadores, se prestam para comunicados

e conversas informais além dos concursos e competições nacionais e internacionais os

chamados contestes. Além do passatempo, os radioamadores prestam serviços para testes de

condições de propagação ionosférica, direta, e por reflexão, (inclusive lunar) nas mais diversas

freqüências do espectro.

Em casos extremos, as estações de radiocomunicações de radioamadores, em função de sua

portabilidade, agilidade, gama de utilização, potência, e sistemas de antenas de fácil

montagem e alcance, auxiliam as autoridades de Defesa Civil do mundo inteiro nas situações

de risco e calamidades públicas.

História evolutiva do meio de comunicação

Rádio começou por ser uma simples transmissão radiofónica, mas com o aperfeiçoamento feito

por Marconi no ano de 1896, a radiodifusão começa a adquirir grandeimportância nos anos 20. Mais tarde, a TSF (Telegrafia Sem Fios) vaientrar na vida de milhões de pessoas, tornando -se num meioindispensável no seu quotidiano. A partir daqui a rádio assume o papelde maior instrumento de cultura e informação, era sem dúvida umaparelho maravilhoso e nunca antes v isto, daí o seu fascínio.  

 A Rádio chega a Portugal num período em que a cultura progridelentamente. Entretanto o meio comunicativo começa a expandir -se, massó nas classes de elite, isto porque na altura era muito dispendioso acompra de um aparelho radiofónico. Mais tarde, a radiodifusão chega aos

locais menos desenvolvidos do país, onde a maioria da população eracamponesa e analfabeta, é no meio destas pessoas que em Portugal arádio começa a ter relevância e utilidade. Para as pessoas não -letradas arádio era um fenómeno, pois mesmo não sabendo ler nem escrever conseguiam acompanhar as notícias e as ideologias da época atravésdestes aparelhos. Será considerada a maravilha do século e um dosmeios de comunicação mais bem organizados. A época mais compli cada

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para o desenvolvimento da Rádio portuguesa foi durante o regimeSalazarista, pois as poucas emissoras existentes vão ter de obedecer aos valores implantados pelo regime, ou então encerrar devido à censuraprévia. Mesmo assim, houve emissoras que foram privilegiadas peloEstado, tais como, a Emissora Nacional, a BBC e a RCP (Rádio Clube

Português), estas eram obrigadas a seguir os ideais políticos e adinamizar os seus princípios. O Estado via neste meio de comunicação oaliado perfeito para levar adiante os seus objectivos, tais como, a difusãodos ideais salazaristas no ceio da população maioritariamenteanalfabeta. 

Durante a década de 50 as emissoras vão desfrutar dumaperfeiçoamento nos aparelhos técnicos e terão de modificar a sua

programação para corresponder aos requisitos da população. Vai ser nesta altura que o número de aparelhos de rádio não irá chegar para ospedidos feitos pela população, pois a Rádio tornou -se «num meio desubsistência». Isto deveu-se um pouco ao crescente protagonismo damúsica no Mundo que arrastou multidões e ao baixo custo dos aparelhosde rádio. Foi entre os anos 50 e 60 que houve uma explosão de músicanas várias estações de rádio no mundo, nomes como Elvis Presley,Rolling Stones ou Beatles marcavam a época. Todas as emissoraspassavam os temas das estrelas do Rock, era fundamental para a juventude ter alguém que os conduzisse à crítica social e política, e era

através destas «estrelas» que o faziam, rejeitando o racismo, adestruição da Natureza, a pobreza, as armas, etc. 

 Após o ano da Revolução dos Cravos (1974), procede-se ànacionalização das emissoras e deixa -se de pagar taxas de radiodifusão(em Portugal). Estas são medidas consequentes do ambiente deliberdade que se vivia na época. Esta década vai marcar a estação daRR (Rádio Renascença), esta destacou-se a nível europeu devido aos

seus progressos técnicos e à sua programação.  

 A década de 80 fica marcada pelo aparecimentodas ³Rádios Piratas´, estas eram rádios que no ponto de vista do Estado

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eram ilegais e clandestinas, pois não obedeciam a quaisquer regras decomunicação. O progresso irá continuar nos anos 90, pois passa a ser permitido aos repórteres enviarem de qualquer ponto do p laneta os seusdespachos via satélite. É nesta década que vai começar a aparecer asrádios privadas que vêem destabilizar um pouco o panorama do meio de

comunicação e dar seguimento àquilo que as «Rádios Piratas» vieramimpor na sociedade. Esta transformação fez com que actualmentetenhamos 3 operadores de Radiodifusão no país, sendo 2 dessessectores públicos e um outro privado: Temos então a RDP, que é umafilial da RTP (estação pública) e o grupo RR. A Rádio Comercial é osector privado do país. Estes são os 3 grandes grupos de rádio emPortugal, as estações públicas têm várias subdivisões por todo o país oque faz com que sejam agrupamentos mais desenvolvidos.Somandotodas as emissoras nacionais autorizadas a emitir temos hoje 347

estações de rádio no continente e nas ilhas. Segundo as estatísticasda Marktest, o Grupo Renascença foi sempre a escolha feita pelosportugueses até há bem pouco tempo, mas nos últimos anos a RFMpassou para a liderança de audiências no país. Têm -se notado odecréscimo das emissoras públicas e a ascensão das privadas. Estamudança tem essencialmente a ver com o tipo de programação emitidapelas várias estações, e também às faixas etárias a que se destinam. Actualmente, a situação geral na rádio tem vindo a agravar -se, poisdesde que o Estado português deixou de se preocupar com este meiocomunicativo as coisas tomaram um rumo desorientador na rádiohertziana (portuguesa), deixando que a libertinagem tomasse conta detudo. Tirando as rádios locais e as emissoras universitárias qu e têmvindo a crescer metodicamente, as restantes necessitam deremodelações urgentes para que não se perca o verdadeiro sentido evalor do que é fazer rádio. Nos dias que correm, o único objectivo dasemissoras é o de ter maior número de ouvintes sem sequ er sepreocuparem com os valores culturais e históricos do sector. Como dizRui Abreu: ³ O panorama da rádio em Portugal é assim o de um imensocaos, onde as poucas ideias inovadoras são copiadas até à distorção dos

propósitos originais, onde raramente se desbrava novo território e onde oconceito de serviço público parece completamente posto delado.´ (consultar o anexo 6 do separador ³Rádio´); Isto quer dizer quedesde que a rádio assumiu uma função económica e publicitária, entrouem decadência profissional no campo da divulgação de cultura e de

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informação. Como todos sabemos aInternet tem vindo a assumir um papel fundamental na nossa sociedadeo que faz com que o número de internautas (pessoas que navegam naInternet) aumente de dia para dia no nosso país. Uma pequena partedestes internautas são pessoas que estabelecem relações com a rádioatravés da Internet, no nosso país uma quantidade significativa deouvintes ouve rádio a partir de casa ou do local de trabalho através daInternet. Esta, tem vindo a assegurar várias das funções anteriormentedesempenhadas pela rádio, mesmo assim estes dois meios decomunicação têm conseguido manter a sua relação fazendo com quehaja benefícios em ambas as partes. Contudo , há ainda muito trabalhopara desenvolver neste campo, as emissoras têm de traçar objectivosconcretos para a interacção com a Internet, para que possam desfrutar das suas potencialidades. Pois a net oferece à rádio muitos benefícios,tais como a inovação e a importância que as emissoras podem vir a ter.Todavia, o trabalho já feito neste campo ainda não é suficiente, é

necessário responder aos desafios dos nossos dias, sobretudoenquadrá-los na vida dos jovens que exigem cada vez mais das novastecnologias. Mesmo assim, é possível concluir que destarelação Internet ± Rádio a população tem aproveitado bem as suasofertas, e que esta relação tem influenciado o comportamento dasociedade, tendo alterado valores e costumes. O único senão destaconexão é o possível desaparecimento dos aparelhos de rádio noquotidiano da nossa sociedade, passando a Internet a ser a grandeanfitriã dos serviços radiofónicos. (consultar anexo 5 do separador 

³Rádio´);Concluindo, pode dizer-se que a rádio se desenvolveu e

expandiu mais nestes últimos 10 anos do que durante as restantesépocas de existência, isto por causa das várias situações politicas eculturais registadas no país ao longo dos tempos, assim como oaparecimento de novas tecnologias às quais a rádio teve de se adaptar.  

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