INFLUÊNCIA DE CARREGAMENTOS EXTERNOS NAS TENSÕES...
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INFLUÊNCIA DE CARREGAMENTOS EXTERNOS NAS TENSÕES E
DEFORMAÇÕES DE MUROS DE SOLO REFORÇADO
Silvana Macêdo de Vasconcelos
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Civil, COPPE,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do
título de Mestre em Engenharia Civil.
Orientador: Mauricio Ehrlich
Rio de Janeiro
Outubro de 2010
INFLUÊNCIA DE CARREGAMENTOS EXTERNOS NAS TENSÕES E
DEFORMAÇÕES DE MUROS DE SOLO REFORÇADO
Silvana Macêdo de Vasconcelos
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO
ALBERTO LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE
ENGENHARIA (COPPE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO
GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA CIVIL.
Examinada por:
_______________________________________________
Prof. Mauricio Ehrlich, D.Sc.
________________________________________________ Prof. Willy Alvarenga Lacerda, Ph.D.
________________________________________________ Prof. Leonardo de Bona Becker, D.Sc.
________________________________________________ Prof. Ennio Marques Palmeira, Ph.D.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
OUTUBRO DE 2010
iii
Vasconcelos, Silvana Macêdo
Influência de Carregamentos Externos nas Tensões e
Deformações de Muros de Solo Reforçado/Silvana
Macêdo de Vasconcelos. - Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE,
2010.
IX, 134 p. 29,7 cm
Orientadores: Mauricio Ehrlich.
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de
Engenharia Civil, 2010.
Referências Bibliográficas: p.132-134.
1. Solo Reforçado. 2. Tensões nos Reforços 3.
Influência de Cargas Externas. I. Ehrlich, Mauricio. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE,
Programa de Engenharia Civil. III. Título.
iv
DEDICATÓRIA
À minha família.
Pessoas que dedico toda minha vida.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, por tornar tudo isso possível.
À minha família, especialmente minha mãe, pelo apoio e afeto incondicionais durante
toda a vida;
Ao professor Maurício Ehrlich pela orientação deste trabalho e auxílio na resolução dos
problemas encontrados no desenvolvimento da pesquisa;
Aos membros da banca examinadora pela avaliação do presente trabalho;
Ao Engº Filemon Barros pelo apoio e compreensão nos dias em que não pude estar
presente na empresa;
Aos demais colegas de equipe da PROJCONSULT pelo apoio e ajuda;
À HUESKER Geossintéticos, na pessoa do Eng° Flávio Montez, pelo fornecimento das
geogrelhas para realização deste trabalho;
Aos colegas de pesquisa Mário, Renilson, Rafael, Glauco e Hugo pelas discussões sobre
o trabalho e convivência;
Aos professores da Geotecnia – COPPE-UFRJ;
Aos engenheiros Sérgio, Hélcio e Ricardo Gil;
Aos técnicos, Luiz Mário e Mauro;
Ao técnico do Laboratório de Modelos Físicos e amigo, Diógenes, pela realização do
trabalho pesado e apoio;
A todos os funcionários do Laboratório de Geotecnia;
Aos bons e velhos amigos de sempre, pela força e amizade;
Aos amigos e irmãos que me acompanham desde a graduação, Alexandre e Diego,
imprescindíveis nessa jornada;
Aos novos amigos queridos: Lydice, Evandro, Danielle, Marina, Simão, Débora, Luíza,
Louis-Martin, Bruno, Daniel, Leonardo, Mario;
Aos amigos Taiana, Pedro e Lívio pela ajuda e apoio prestados durante algumas
madrugadas;
Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudos.
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Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
INFLUÊNCIA DOS CARREGAMENTOS EXTERNOS NAS TENSÕES E
DEFORMAÇÕES DE MUROS DE SOLO REFORÇADO
Silvana Macêdo de Vasconcelos
Outubro/2010
Orientador: Mauricio Ehrlich
Programa: Engenharia Civil
O presente trabalho teve por objetivo analisar a influência de carregamentos
externos nas tensões e deformações em muros de solo reforçado por meio de modelos
físicos. Foram ensaiados quatro muros variando o módulo e posicionamento do
carregamento externo e a compactação do solo. Conforme o esperado, as tensões
mobilizadas nos reforços aumentaram com a tensão induzida pela compactação no solo
e com a sobrecarga, e variaram com o posicionamento da mesma. As tensões nos
reforços sofreram os maiores acréscimos na projeção vertical onde foi aplicada. Os
acréscimos nas tensões nos reforços tornaram-se mais significativos quando a tensão
vertical no solo ultrapassou a tensão induzida pela compactação, particularmente para a
sobrecarga situada à 1,5m da face. Os maiores esforços nos reforços ocorreram quando
a carga externa foi situada próxima ao topo do muro, tal como observado em
ANDRADE (1999). Em linhas gerais, os valores medidos apresentaram razoável
correspondência com os valores calculados utilizando o método de EHRLICH &
MITCHELL (1994). No entanto, os resultados indicam que a hipótese adotada de
distribuição com a profundidade dos acréscimos de tensões verticais promovidos pelo
carregamento externo (MITCHELL & VILLET, 1987) leva a valores aquém do real.
vii
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
INFLUENCE OF EXTERNAL CHARGER IN TENSIONS AND DEFORMATIONS
OF REINFORCED SOILS WALLS
Silvana Macêdo de Vasconcelos
October/2010
Advisor: Mauricio Ehrlich
Department: Civil Engineering
This study aimed to examine the influence of external loads on the stresses and
strains in reinforced soil walls by means of physical models. Four walls were tested
varying the positioning module and external loading and soil compaction. As expected,
tensions increased with reinforcements deployed in the tension-induced soil compaction
and surcharge, and varied with the positioning. Tensions in the reinforcement suffered
the largest increases in the vertical projection where it was applied. The increases in
tension in the reinforcement became more significant when the vertical stress in soil
exceeded the strain induced by compression, particularly for surcharge situated at 1.5m
from the face. The greatest efforts in the reinforcement occurred when the external load
was placed near the top of the wall, as observed in ANDRADE (1999). In general, the
measured values showed reasonable correspondence with the values calculated using
the method of EHRLICH & MITCHELL (1994). However, the results indicate that the
hypothesis of distribution adopted by the depth of the vertical increments promoted by
external loading (MITCHELL & VILLET, 1987) leads to values below the real.
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1 Considerações Preliminares ............................................................................................. 1
1.2 Objetivos e Estrutura do Trabalho ................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 2
2.1 Histórico .......................................................................................................................... 2
2.2 Solo Reforçado .................................................................................................................... 2
2.3 Tipos de Reforços ................................................................................................................. 3
2.4 Interação Solo-Reforço ......................................................................................................... 3
2.4 Dimensionamento e Análise de Muros de Solo Reforçado ............................................. 8
2.4.1 Método de MITCHELL e VILLET (1987) .............................................................. 9
2.4.1.1 Efeito de Cargas Externas......................................................................................... 12
2.4.2 Método de EHRLICH e MITCHELL (1994) ......................................................... 13
2.4.3 Estudo Numérico da Influência de Carregamentos Externos nas Tensões Atuantes
(ANDRADE, 1999) .............................................................................................................. 22
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 26
3.1 Descrição do Modelo Físico .......................................................................................... 26
3.1.1 Caixa....................................................................................................................... 26
3.1.2 Sistema de Aplicação da Sobrecarga ..................................................................... 28
3.2 O solo, a Face e os Reforços.......................................................................................... 29
3.2.1 O Solo ..................................................................................................................... 29
3.2.2 A Face .................................................................................................................... 32
3.2.3 Os Reforços ............................................................................................................ 32
3.3 Compactadores e Tensões Verticais Induzidas .................................................................. 33
3.4 Instrumentação............................................................................................................... 34
3.4.1 Instrumentação dos Reforços ................................................................................. 34
3.4.2 Deslocamentos Horizontais da Face e Deslocamentos Horizontais Internos ........ 36
3.4.3 Instrumentação dos Deslocamentos Verticais ........................................................ 37
ix
3.4.4 Sistema de Aquisição de Dados ............................................................................. 38
4. MONTAGEM E ENSAIOS DOS MUROS ...................................................................... 39
4.1 Montagem do muro ............................................................................................................ 40
4.1.1 Determinação da Massa Específica Aparente “In Situ” .............................................. 47
4.2 Aplicação de Sobrecarga ............................................................................................... 50
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ....................................................................... 51
5.1 Determinação da Massa Específica Aparente .................................................................... 51
5.2 Cargas nos Reforços ...................................................................................................... 52
5.2.1 Muro 1 .................................................................................................................... 52
5.2.2 Muro 2 .................................................................................................................... 59
5.2.3 Muro 3 .................................................................................................................... 66
5.2.4 Muro 4 .................................................................................................................... 73
5.2.5 Comparação entre resultados Calculados e Medidos ............................................. 79
5.3 Deformações ....................................................................................................................... 84
5.3.1 Muro 1 ......................................................................................................................... 84
5.3.2 Muro 2 ......................................................................................................................... 97
5.3.3 Muro 3 ....................................................................................................................... 107
5.3.4 Muro 4 ....................................................................................................................... 117
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 129
6.1.1 Cargas nos Reforços .................................................................................................. 129
6.1.2 Deslocamentos ........................................................................................................... 130
7. SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ............................................................. 131
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 132
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Preliminares
Nas metodologias convencionais de análise de muros de solo reforçados, a influência
da rigidez do reforço e da compactação do solo sobre o comportamento das estruturas são
normalmente tratadas de forma bastante simplificada. Visando o aperfeiçoamento dessas
metodologias, busca-se melhor explicitar os fatores influentes analisando a influência de
carregamentos externos nas tensões e deformações de muros de solo reforçado.
1.2 Objetivos e Estrutura do Trabalho
O objetivo deste trabalho é analisar a influência de carregamentos externos nas tensões
e deformações em muros de solo reforçado.
Os ensaios foram realizados no Laboratório de Modelos Físicos da COPPE/UFRJ, por
meio de experimentos em modelos físicos de muros de solo reforçado em escala real.
Quatro modelos físicos foram ensaiados variando apenas o carregamento externo. Três
muros possuíram faces em blocos pré-moldados de concreto, quatro camadas de reforço e
foram compactados da mesma maneira. Apenas um muro foi compactado de maneira
diferente.
Os resultados obtidos com os ensaios serão analisados e comparados entre si.
O Capítulo 2 apresenta uma revisão bibliográfica dos sistemas de contenção de solos
reforçados abordando alguns conceitos básicos, a interação solo-reforço, e algumas
metodologias de projeto utilizadas em muros de solo reforçado.
O Capítulo 3 descreve os materiais e métodos utilizados para a realização dos ensaios,
como a descrição da caixa do modelo e a instrumentação utilizada.
O Capítulo 4 apresenta o procedimento de montagem dos Muros, o Capítulo 5
apresenta os resultados e o Capítulo 6 apresenta as conclusões do trabalho.
No Capítulo 7 constam algumas sugestões para trabalhos futuros.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo tem o objetivo de apresentar uma revisão bibliográfica sobre os sistemas
de contenção de solo reforçado, realizando, inicialmente, um breve histórico do surgimento e
utilização de reforços em obras de terra. Discute-se a interação solo-reforço e os fatores que
influenciam as tensões internas, além de métodos de dimensionamento.
2.1 Histórico
O uso de solo reforçado não é uma técnica nova. Existem exemplos de aplicações há
cerca de 5.000 anos pelos mesopotâmicos e de 2.200 anos pelos chineses.
Devem-se ao engenheiro francês Henry Vidal os primeiros trabalhos de compreensão
do comportamento mecânico dos sistemas de contenção em solo reforçado, que em 1963
revitalizou a técnica desenvolvendo um sistema de reforço de solo com utilização de tiras
metálicas chamado “Terra Armada”. Na década de 70, os sistemas de solo reforçado com
inclusões metálicas estavam difundidos pelo mundo. Nessa mesma época, surgiram as
primeiras aplicações de muros desolo reforçados com fibras poliméricas.
No Brasil, a primeira construção de porte em solo reforçado com geotêxtil que se teve
notícia é atribuída à obra executada na rodovia que liga Taubaté a Campos do Jordão, no
início dos anos 80 (CARVALHO et al.,1986).
2.2 Solo Reforçado
O mecanismo do solo reforçado consiste na inclusão de um material resistente à tração
de modo a suprir a falta de resistência do solo a este tipo de solicitação. O material obtido
apresenta melhores características mecânicas.
Os sistemas de contenção em solo reforçado são soluções que podem se apresentar
técnica e economicamente vantajosas em relação às convencionais. Apresentam grande
facilidade construtiva e prazo de execução reduzido, já que não necessitam de mão-de-obra
especializada e equipamentos sofisticados.
Os reforços consistem em materiais metálicos, fibras naturais ou sintéticas e podem se
apresentar na forma de grelhas, barras, tiras ou mantas.
3
Para compor a face de um sistema de contenção de solo reforçado são comumente
utilizados painéis de concreto, gabiões, concreto projetado e blocos de concreto. As
finalidades da face são garantir a estabilidade na zona próxima à mesma, evitar erosão
superficial e a degradação dos reforços.
Estruturas de contenção em solo reforçado podem ser empregadas em rodovias,
portos, canais, mineração, contenção de taludes entre outros. Em virtude de sua inerente
flexibilidade, adaptam-se bem a recalques, permitindo a sua utilização em aterros sobre
terrenos compressíveis (de ANDRADE, 1999).
2.3 Tipos de Reforços
Os reforços consistem em materiais metálicos, fibras naturais ou sintéticas e podem se
apresentar na forma de grelhas, barras, tiras ou mantas.
Com o rápido desenvolvimento da indústria petroquímica, vários materiais sintéticos
de elevada resistência à tração começaram a surgir. Os elementos de reforço geossintéticos
podem ser divididos em: geotêxteis, geogrelhas, geocélulas e geocompostos.
Atualmente, as geogrelhas são os geossintéticos mais empregados para reforços de
solos, representando alternativas mais baratas e fáceis de executar em relação às soluções
tradicionais (EHRLICH e BECKER, 2010).
2.4 Interação Solo-Reforço
Quanto maior a interação mecânica do geossintético com o solo, maior será a sua
eficiência como elemento de reforço. Dois tipos de mecanismos de transferência de tensões
entre solo e reforço ocorrem: através do atrito entre esses elementos ou por resistência passiva
do solo, podendo, em muitos casos, ocorrerem simultaneamente.
A prevalência de um ou outro mecanismo depende de vários fatores, sendo a
geometria dos reforços o principal deles (MITCHELL e VILLET, 1987). A Figura 2.2
apresenta a interação solo-geogrelha.
4
Figura 2. 1. Interação Solo-geogrelha (BARBOZA JUNIOR, 2003)
2.4.1 Transferência de Tensões por Atrito
A transferência de carga por atrito depende das características da interface solo-
reforço e da tensão normal atuante entre eles. Ensaios de arrancamento, cisalhamento direto
entre solo e reforço e modelos instrumentados são utilizados para estimar os valores de
coeficiente de atrito ente as superfícies. A Figura 2. 2 ilustra essa transferência.
Figura 2. 2. Mecanismo de transferência de tensões por atrito entre solo e reforço (MITCHELL e
VILLET, 1987).
5
Figura 2. 3. Variação da força de tração ao longo do reforço (MITCHELL e VILLET, 1987).
Através da Figura 2. 3 podemos observar que:
dT = T2 - T1 = 2b dl (2.1)
onde
T = força de tração;
b = largura do reforço;
= tensão cisalhante ao longo da interface solo-reforço;
l = comprimento do reforço.
Considerando a tensão originada somente pelo atrito entre as superfícies, tem-se:
=µ v (2.2)
Onde
µ = coeficiente de atrito solo-reforço;
v = tensão vertical exercida no reforço.
Segundo MITCHELL e VILLET (1987), o coeficiente de atrito para areias e siltes em
contato com diferentes materiais de reforço situa-se entre 0,5 e 0,8 vezes o valor da resistência
ao cisalhamento mobilizada por estes solos. Sendo assim:
µ= tan = (0,5 a0,8). tan (2.3)
onde:
= ângulo de atrito solo-reforço
= ângulo de atrito interno do solo.
6
2.4.2 Transferência de Tensões por Resistência Passiva do Solo
Nessa transferência de tensões, os reforços possuem superfícies normais à direção da
força resistente, comprimindo o solo.
A resistência máxima ao arrancamento desenvolvida por um elemento de reforço
orientado transversalmente ao carregamento está relacionada à capacidade de carga de uma
fundação profunda.
A resistência passiva ’b, desenvolvida nos elementos transversais pode ser expressa
por:
’b = F ’. ’v (2.4)
em que:
’b = resistência passiva;
F ’ = fator de capacidade de carga dependente da resistência e dilatância do solo, da
rugosidade do reforço e do estado inicial de tensões no solo.
MITCHELL e VILLET (1987) recomendam a utilização da Figura 2. 4 para a
obtenção de uma estimativa da resistência passiva ao arrancamento de um elemento de
reforço transversal. Embora os resultados das diversas investigações por diversos
pesquisadores apresentem dispersão e variabilidade, todos estão compreendidos entre o limite
inferior e superior previstos teoricamente. Os valores médios estão definidos na curva de
ROWE e DAVIS (1982).
7
Figura 2. 4. Comparação entre valores de tensões de suporte teóricos e obtidos por ensaios (JEWEL et
al., 1984).
Figura 2. 5. Análise da resistência passiva máxima desenvolvida por um sistema de reforços
(MITCHELL e VILLET, 1987).
A Figura 2. 5 mostra que existe um valor limite da resistência ao arrancamento que
pode ser mobilizada pelas camadas transversais de um sistema reforçado por geogrelhas.
Segundo MITCHELL e VILLET (1997), a máxima resistência ao arrancamento Pmax
desenvolvida em um solo arenoso pode ser calculada por:
8
Pmax = 2bSmaxn ’v tgφ’ (2.5)
onde
b = largura do reforço;
Smax = espaçamento longitudinal máximo entre camadas de reforço;
n = número de camadas transversais de reforço;
’v = tensão vertical atuante;
φ’ = ângulo de atrito interno do solo.
Considerando que o conjunto dos elementos transversais atue como uma lâmina
rugosa de espessura t, o espaçamento máximo horizontal Smax pode ser calculado por:
tg
tS
v
bb
2'
'max (2.6)
onde b é a proporção da área transversal do elemento de reforço onde a capacidade de
suporte pode ser totalmente desenvolvida. Para geogrelhas, b = 1.
2.4 Dimensionamento e Análise de Muros de Solo Reforçado
Ao dimensionar uma estrutura de solo reforçado, dois aspectos devem ser analisados:
a estabilidade interna e a estabilidade externa.
A estabilidade externa pode ser analisada considerando a massa de solo reforçado
como um muro convencional de gravidade, que garante a estabilidade da zona não reforçada.
Deve-se garantir a estabilidade ao deslizamento ao longo da base, tombamento em torno do
pé, além da capacidade de carga da fundação e estabilidade global (ruptura generalizada).
A análise da estabilidade interna consiste em garantir que não ocorra o arrancamento
ou ruptura dos reforços.
Para análise de estabilidade, o maciço reforçado pode ser dividido em duas zonas:
zona ativa e zona resistente. A Figura 2. 6 apresenta o mecanismo de interação solo-reforço
em uma estrutura de contenção de solo reforçado, apresentando uma zona ativa com tendência
a se movimentar, mas sendo contida pelas camadas de reforço, que transferem carga para a
zona resistente.
9
Figura 2. 6. Zonas do Maciço reforçado (modificado EHRLICH e MITCHELL, 1994).
EHRLICH (1999) afirma que a determinação da tensão máxima atuante nos reforços é
um dos fatores principais na análise de estabilidade interna.
De acordo com MITCHELL e VILETT (1987) as máximas forças de tração nos
reforços ocorrem entre as zonas ativa e resistente. É comum considerar os pontos onde ocorre
o esforço máximo de tração coincidem com a superfície potencial de ruptura.
Existem muitos métodos para o dimensionamento de estruturas de solo reforçado.
Alguns baseados em fundamentações empíricas (MITCHELL e VILLET, 1987), tendo a
limitação de serem aplicados a casos similares aos que os fundamentam; outros baseados no
método de equilíbrio limite, e outros baseados no equilíbrio das estruturas para condições de
trabalho (EHRLICH e MITCHELL, 1994; DANTAS e EHRLICH, 2001). (OLIVEIRA, 2006)
2.4.1 Método de MITCHELL e VILLET (1987)
O método de dimensionamento interno para reforços inextensíveis sugerido por
MITCHELL e VILLET (1987) é apresentado a seguir.
Através de medições in situ, observou-se que a curva que contém o lugar geométrico
das máximas forças de tração ao longo da profundidade pode ser apresentada pela Figura 2. 7.
10
Figura 2. 7. Distribuição da forças de tração ao longo do reforço em escala real (SCHLOSSER e
ELIAS, 1978).
O coeficiente de empuxo lateral K, que caracteriza o estado de tensões da massa, varia
com a profundidade, passando de um valor K0 no topo do muro até chegar a um valor inferior
a Ka na base do mesmo. O estado de repouso é característico da parte superior do muro devido
à influência da compactação e da presença dos reforços, que restringem as deformações
laterais do solo.
Pela Figura 2. 8, considera-se que a linha de trações máximas nos reforços é vertical,
próxima ao topo do muro, distando 0,3H da face deste. Calcula-se a tração máxima
correspondente, considerando que a tensão horizontal h e a tração máxima atuam no mesmo
ponto. O coeficiente K varia linearmente de K0 a Ka, permanecendo constante para grandes
profundidades.
11
Figura 2. 8. Dimensionamento interno de muros de solo reforçado (MITCHELL e VILLET, 1987).
A tensão vertical é calculada pelo método de MEYERHOFF (1955), baseado no
equilíbrio da porção de solo presente acima da camada de reforço considerada, incluindo os
efeitos do peso próprio e do coeficiente de empuxo ativo exercidos pelo aterro na parede do
muro.
Assim, a força de tração máxima no reforço é dada por:
Tmax = ’hSvSh = K ’v SvSh (2.5)
onde:
’h = tensão efetiva horizontal;
Sv = espaçamento vertical;
Sh = espaçamento horizontal;
K = coeficiente de empuxo;
’v = tensão efetiva vertical.
O comprimento do reforço é determinado considerando-se a curva de trações máximas
e a aderência aparente efetiva solo-reforço µ*.
12
2.4.1.1 Efeito de Cargas Externas
O método empírico de MITCHELL e VILLET (1987), descrito a seguir, é utilizado
para o estudo do efeito as cargas externas sobre as tensões em uma massa de solo reforçado.
Para carregamento de largura infinita, uniformemente distribuídos, aplicando-se um
carregamento externo, ocorre um acréscimo nas forças de tração, dado por:
ΔTmax = KΔ v SvSh (2.6)
onde:
ΔTmax = acréscimo na força de tração máxima;
K = coeficiente de empuxo;
Sv = espaçamento vertical;
Sh = espaçamento horizontal;
Δ ’v = acréscimo na tensão vertical devido ao carregamento situado no ponto de tração
máxima.
O valor de v é calculado admitindo-se uma distribuição uniforme de tensões e a
propagação do efeito da carga, conforme a Figura 2. 9.
Figura 2. 9. Propagação da carga e coeficiente de empuxo em um encontro de ponte (MITCHELL e
VILLET, 1987).
O coeficiente empírico K deve ser tomado igual a K0 no topo do muro, variando
linearmente até Ka, a 6 m de profundidade.
A aplicação de uma carga vertical no topo de um muro de solo reforçado modifica o
lugar geométrico das forças de tração máximas existentes ao longo da profundidade.
13
2.4.2 Método de EHRLICH e MITCHELL (1994)
EHRLICH e MITCHELL (1994) desenvolveram um método analítico fechado de
cálculo de estruturas de solo reforçado com base na compatibilidade de deformações no
reforço e no solo, considerando a influência da rigidez do reforço e do solo, assim como da
compactação. Tal método é aplicável a taludes verticais, submetidos ao peso próprio, sendo o
solo puramente friccional ou não e com poropressão nula.
O reforço é modelado como um material elástico linear com aderência perfeita na
interface com o solo adjacente no ponto de tensão máxima. Não há deslizamento entre o solo
e o reforço, possuindo estes dois materiais, a mesma deformação nesta região. A hipótese de
compatibilidade de deformações solo/reforço é então adotada, sendo tal corroborada pelos
trabalhos de JEWEL (apud EHRLICH e MICHELL,1994) e DYER e MILLIGAN (1984).
No mecanismo de equilíbrio interno, considera-se que cada camada de reforço é
responsável pelo equilíbrio horizontal local de uma faixa de solo localizada na zona ativa,
com espessura Sv e largura Sh. Para que esta condição de equilíbrio seja satisfeita tem-se:
T=Sv. ( h)médio (2.7)
Onde:
T = esforço normal de tração máxima no reforço;
Sv = espaçamento vertical entre reforços;
( h)médio = tensão horizontal média no solo entre as profundidades zm e zn, atuante no
plano vertical, normal ao reforço e localizado no ponto onde T ocorre.
Como hipótese considera-se que não haja tensões cisalhantes na direção dos
reforços, x = 0 entre fatias de solo adjacentes, ou seja, as tensões verticais e horizontais são
consideradas como sendo tensões principais. A Figura 2.10 ilustra o mecanismo.
14
Figura 2. 10. Mecanismo de equilíbrio interno (EHRLICH e MITCHELL, 1994).
O solo é considerado como sendo um material elástico não linear, sendo que as
equações constitutivas originam-se de modificações feitas a partir do modelo hiperbólico
proposto por DUNCAN et al.(1980).
O caminho de tensões para o solo considerado no método está representado na
Figura 2.11. Para simplificação, considera-se que o solo ao redor do reforço no ponto de
máxima tensão está sujeito a apenas um ciclo de carga e descarga. Neste contexto, ’z e ’zc
representam a tensão efetiva vertical e a máxima tensão vertical incluindo o efeito da
compactação, respectivamente.
Figura 2. 11. Caminho de tensões considerado (EHRLICH e MITCHELL, 1994).
15
Para efeito de análise o caminho de tensões é dividido em duas partes:
carregamento (pontos 1 a 3) e descarregamento (pontos 3 a 5). Neste procedimento as tensões
em cada camada são calculadas apenas uma vez e o cálculo de cada uma é independente das
demais. Os valores de ’z e ’zc são baseados na altura final do muro de solo compactado e
nas profundidades específicas de cada camada de reforço. O ponto 3 na Figura 2.11 representa
os valores de tensões verticais e horizontais máximos aplicados ao solo a uma dada
profundidade durante todo o processo construtivo, incluindo o efeito de compactação.
Pode se ter ’z igual a ’zc caso não haja compactação ou em profundidades em
que a tensão vertical, devido ao peso das camadas sobrejacentes de solo, seja maior que as
tensões induzidas pela compactação. Neste caso o ponto 5 é igual a 3, na Figura 2.11, e o
caminho de tensões passa apenas pelos pontos 1 a 3 igual a 5, ou seja, não há
descarregamento.
O cálculo da máxima tensão vertical, σ’zc, incluindo o efeito da compactação é feito
com base no método proposto por DUNCAN e SEED (1986). Neste método o carregamento
transiente, superficial e de extensão lateral finita é substituído por um carregamento
unidimensional equivalente. Esta simplificação impõe a condição das tensões induzidas
estarem atuando sobre paredes indeformáveis, ou seja, pressupõe-se a condição K0 na fase de
carregamento e que as direções das tensões principais maior e menor permaneçam verticais e
horizontais, respectivamente.
O método modela um comportamento histerético do solo em relação às tensões
horizontais induzidas, provocadas pela cíclica aplicação e posterior remoção de uma dada
carga. O valor de σ’zc fica definido por 2.10.
(2.10)
A máxima tensão horizontal, σ’xp, é o valor correspondente à condição de deformação
horizontal nula na direção dos reforços. A magnitude de tensão de fato mobilizada σ’xc é
também função da rigidez do sistema de reforço, sendo diretamente proporcional ao valor
desta grandeza. A tensão vertical equivalente induzida pela compactação, σ’zc,i, pode ser
considerada como independente das deformações horizontais, podendo ser determinada por
conveniência analítica para a condição K0.
(2.11)
sendo:
(2.12)
onde:
σ’ = ângulo de atrito efetivo;
16
K0 = coeficiente de empuxo no repouso (JAKY, 1944);
σ’xp,i = máxima tensão horizontal que poderia ter sido induzida pela compactação da
camada de solo, na ausência de deformações na direção do reforço.
Na Figura 2.12 está representado um esquema do modelo de compactação
unidimensional, com as tensões e direções principais, bem como dimensões do rolo
compactador.
Figura 2. 12. Zona plástica próxima à área de contato rolo-solo (EHRLICH e
MITCHELL, 1994).
Considerando-se o rolo movendo-se paralelamente à face do muro e condição
de ruptura do solo do tipo “plane strain” ( x = 0 na direção dos reforços), ’xp,i é dado por
2.13 para um solo não coesivo.
(2.13)
onde:
(2.14)
(2.15)
(2.16)
Q = máxima força vertical imposta pelo rolo;
L = comprimento do rolo compactador;
17
γ = peso específico do solo;
Ka = coeficiente de empuxo ativo;
νo = coeficiente de Poisson durante o carregamento sob condição K0;
Nγ = fator de capacidade de carga do solo segundo a teoria de Rankine.
O valor de ’zc,i é calculado usando (2.13) e então (2.11). Em profundidades onde a
tensão efetiva vertical ’z é maior do que ’zc,i o valor de ’zc = ’z. Para profundidades
menores ’zc = ’zc,i. Assim, os pontos situados em profundidades maiores podem ter o efeito
devido à compactação apagado pela sobrecarga oriunda do peso próprio das camadas
superiores, ’z. A máxima tensão, T, em qualquer camada de reforço pode ser determinada
para a condição final da construção pela seguinte expressão:
Tmax = ’xrSvSh = Kr ’z SvSh (2.17)
onde:
’z = tensão vertical no solo no ponto de máxima tensão no reforço (na interface solo-
reforço);
Kr = coeficiente de empuxo residual, referente à condição de final da construção (ver
Figura 2.8);
Sv = espaçamento vertical;
Sh = espaçamento horizontal.
Ao final da construção a tensão vertical, σ’z, pode ser determinada usando o método
de MEYERHOFF que considera a excentricidade da resultante das forças na base. Considera-
se o equilíbrio da massa de solo reforçado, acima do reforço considerado, sob o efeito de seu
peso próprio e o empuxo ativo exercido pela massa de solo a ser contida pelo muro. Caso não
atue sobrecarga na superfície, σ’z é dado por:
(2.18)
γ’ = peso específico efetivo do solo;
Z = profundidade da camada de reforço;
Lr = comprimento do reforço;
e = excentricidade da resultante.
A determinação de Kr é feita utilizando-se a equação seguinte, resolvida por meio de
iterações:
18
(2.19)
com:
(2.20)
(2.21)
onde:
Si = índice de rigidez relativa solo-reforço;
k = módulo tangente inicial para carregamento (ajuste hiperbólico);
ku = módulo tangente inicial para descarregamento (ajuste hiperbólico);
n = módulo expoente;
Pa = pressão atmosférica;
Er = módulo de Young do reforço;
Ar = área da seção transversal do reforço;
OCR = razão de sobreadensamento.
k, ku e n são parâmetros do modelo hiperbólico (DUNCAN et al., 1980) utilizado para
modelar o comportamento do solo. Estes parâmetros podem ser obtidos a partir das curvas
tensão-deformação resultantes de ensaios triaxiais ou utilizando-se da tabela apresentada por
DUNCAN et al., 1980. MARQUES (2006) e MARQUES et al. (2006) no entanto apresentam
tabelas similares para solos tropicais brasileiros, onde os parâmetros k, ku e n são obtidos a
partir das propriedades índice do solo. As Tabelas contemplam ainda dois tipos de ajustes, um
mais representativo quando os reforços são rígidos e outro quando são extensíveis.
Como explicado anteriormente, OCR = 1,0 corresponde à ausência de compactação ou
ao caso em que σ’zc,i < σ’z, resultando em Kr = Kc na equação 2.26, apresentada a seguir, o
que dispensa a equação 2.19 na determinação de Kr. O valor de Si (2.20) denota a relação da
rigidez do reforço em relação à do solo. Valores típicos de Si são apresentados na Tabela 2.1
Tabela 2.1 – Valores de Si para diferentes materiais de reforço.
19
O coeficiente de Poisson para descarregamento a partir da condição de repouso é dado
por:
(2.22)
em que:
(2.23)
(2.24)
onde:
KΔ2 =coeficiente de decréscimo do empuxo lateral para descarregamento sob condição
de repouso (K0);
α = coeficiente de descarregamento (DUNCAN e SEED, 1986). Seu valor pode ser
relacionado com φ’ como apresentado por DUNCAN e SEED, 1986. EHRLICH e
MITCHELL (1994) estabeleceram a seguinte relação entre α e φ a partir de resultados de
ensaios de laboratório (BELLOTI et al., 1983):
(2.25)
O valor de Kr na equação 2.19 depende de Kc para o caso em que OCR ≠ 1,0. A
determinação de Kc é feita através da equação 2.26, na qual Kc é o coeficiente de empuxo
lateral ao final da operação de compactação.
(2.26)
com:
(2.27)
onde:
20
Kaa = coeficiente de empuxo ativo equivalente;
c’ = coesão efetiva;
Rf = parâmetro do modelo hiperbólico (“failure ratio”).
Obtido o valor de Kc entra-se com este na equação 2.19 encontrando Kr. O valor da
máxima tensão do reforço fica determinado entrando-se com Kr em (2.7). Caso c’ > 0 a
determinação de Kc requer resolução de 2.26 através de iterações. Segundo a análise
paramétrica, feita a partir parâmetros normalmente encontrados na prática, os principais
fatores determinantes do valor de T (máxima tensão no reforço para uma dada camada) são:
- Os parâmetros de resistência ao cisalhamento do solo, c’ e φ’;
- A tensão vertical, σ’z;
- O valor de OCR;
- A extensibilidade relativa solo-reforço, β, definida como:
(2.28)
A partir de resultados da análise paramétrica foram gerados ábacos adimensionais
(Figura 2.15a, b, c), para c’ = 0 e Rf = 0,8. O valor de Rf situa-se normalmente entre 0,7 e 1,0,
porém o erro cometido ao fixar-se este valor para Rf = 0,8 é menor que 8%. Nos ábacos,
representa o grau de influência da compactação e as linhas tracejadas indicam valores de
tensão correspondentes à condição ativa no repouso e passiva com relação ao coeficiente de
empuxo de terra no aterro.
21
Figura 2. 13.a,b,c. Ábacos para determinação do máximo esforço de tração no reforço
(EHRLICH e MITCHELL, 1994).
A profundidade equivalente, zeq, e a profundidade além da qual a compactação não
exerce mais efeito, zc, são definidas por 2.29 e 2.30 respectivamente.
(2.29)
(2.30)
O valor de zc é pouco alterado pela magnitude da carga estática equivalente do rolo,
pois zc é função de (Q / γ’ L)1/2
e φ',
22
Para o caso de sobrecarga uniformemente distribuída sobre o terrapleno (q), pode-se
empregar uma profundidade equivalente que considere o efeito da sobrecarga, dada por :
. (2.31)
A máxima força de tração no reforço pode ser determinada com base no parâmetro
adimensional obtido dos ábacos.
2.4.3 Estudo Numérico da Influência de Carregamentos Externos nas Tensões Atuantes
(ANDRADE, 1999)
O trabalho desenvolveu um estudo numérico da influência de carregamentos externos
sobre as tensões atuantes em uma estrutura de contenção de solo reforçado. Buscou-se melhor
explicitar os fatores influentes para aperfeiçoar as metodologias convencionais que não
consideram a influência da rigidez no reforço e da compactação do solo sobre o
comportamento das estruturas.
O estudo baseou-se em análises numéricas utilizando o programa de elementos finitos
Crisp92-SC (ITURRI,1996) na modelagem. Um muro hipotético de solo reforçado foi
simulado e submetido a carregamentos externos uniformemente distribuídos, variando a
rigidez dos reforços, a posição, largura e intensidade da carga externa e também a
compactação do solo.
Os resultados numéricos obtidos foram cotejados com os determinados pelos métodos
analíticos descritos em MITCHELL e VILLET (1987) e EHRLICH e MITCHELL (1994),
adaptados de forma a levar em consideração a presença de carregamentos externos.
A Figura 2.14 apresenta a geometria empregada no muro de solo reforçado simulado e
as Tabelas 2.2 e 2.3 apresentam os parâmetros adotados e os carregamentos externos
aplicados.
Figura 2. 14. Geometria do muro de solo reforçado hipotético (ANDRADE, 1999).
23
Tabela 2. 2. Parâmetros adotados no muro de solo reforçado (ANDRADE, 1999).
Parâmetros Aterro Fundação
K 480 600
m 0,5 0
n 0,5 0,25
Rf 0,8 0,7
Kb 100 450
Kur 720 900
(Kn/m³) 19,6 20,4
c (Kn/m³) 0 0
φ (º) 35 36
Δφ (º) 0 1
Tabela 2. 3. Carregamentos externos adotados (ANDRADE, 1999)
Distância da
face (m), a Carga (kPa)
Largura (m),
b
zero 25,50 e 100 1
0,5 25,50 e 100 1
1,5 25,50 e 100 1
zero 25,50 e 100 2
1,0 25,50 e 100 2
zero 25,50 e 100 infinito
24
As Figuras abaixo apresentam casos com carregamento de 50 kPa e referem-se à influência da
posição da carga externa e da compactação.
Figura 2. 15. Tração máxima x profundidade (Si = 0,1) – Influência da posição da carga externa –
carga: (a) a 0,5m da face; (b) a 1,5m da face (ANDRADE, 1999).
Os valores determinados com base nos procedimentos de MITCHELL e VILLET (1987)
apresentaram uma melhor correspondência com os resultados obtidos com a análise numérica
do que EHRLICH e MITCHELL (1994).
25
Figura 2. 16. Tração máxima x profundidade (Si = 3) – Influência da compactação – carga: (a) a 0,5m
da face; (b) a 1,5m da face (ANDRADE, 1999).
Para as condições da Figura 2.16, o procedimento sugerido por MITCHELL e
VILLET (1987) não leva em consideração a influência da compactação e os resultados
apresentam-se bastante inferiores aos valores numéricos e aos obtidos pelo método de
EHRLICH e MITCHELL (1994), que foram similares.
De forma geral, ambos os procedimentos analíticos apresentaram discordâncias dos
resultados numéricos em relação à influência da posição do carregamento no valor das tensões
no reforço. Essas imprecisões têm origem nas limitações do método de cálculo da tensão
vertical atuante no ponto de máxima tração nos reforços. Com a posição destes varia com o
afastamento da carga externa, a avaliação da tensão externa se torna complexa.
26
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Neste capítulo são apresentados a descrição do modelo utilizado para representação de
muros de solo reforçado, os materiais e os equipamentos utilizados na instrumentação dos
muros.
3.1 Descrição do Modelo Físico
3.1.1 Caixa
A estrutura do modelo possui as seguintes dimensões: 2 m de largura, 3 m de
profundidade e 1,5 m de altura. Suas paredes são em concreto armado e suas faces internas
são revestidas por placas de polietileno de peso molecular ultra-alto denominado UHMW
1900; e recebem uma fina camada de graxa de teflon recoberta com uma lona plástica. Este
procedimento é adotado para minimizar o efeito do atrito entre o solo e as paredes do muro,
de forma a se aproximar de um estado plano de deformações. Com o intuito de proteger a lona
de danos mecânicos, esta foi recoberta por recortes de PVC, permitindo assim uma melhor
movimentação da massa de solo em relação às paredes laterais.
SARAMAGO (2002), em seu trabalho, alertou quanto ao fato da superfície potencial
de ruptura estar localizada tão próxima à face que dificultaria o trabalho de instrumentação ao
longo dos reforços. A solução foi de se transladar a superfície de ruptura, afastando-a da face
do muro, com o auxílio de sanduíches de borracha e graxa de silicone no chão da caixa junto à
face do modelo. Com isso, o modelo físico passou a representar uma porção do protótipo,
possuindo a capacidade de representar o comportamento de um muro de até,
aproximadamente, 7 metros de altura. A Figura 3. 1 mostra a caixa do modelo e a Figura 3. 2
representa o modelo e a parte simulada do protótipo.
27
Figura 3. 1. Caixa do modelo.
Figura 3. 2. Representação do modelo e do protótipo (BARBOZA JUNIOR, 2003).
28
3.1.2 Sistema de Aplicação da Sobrecarga
SARAMAGO (2002), em seu trabalho, desenvolveu bolsas de ar para aplicação de
sobrecargas no topo do muro. Essas bolsas foram construídas em PVC flexível e foram
substituídas por bolsas de borracha devido a problemas de ressecamento e conseqüentes
vazamentos (OLIVEIRA, 2006).
As seis bolsas (uma reserva) em borracha de dimensões: 2,0 m x 0,5 m foram
submetidas a testes, e suportaram cargas bem maiores do que a carga de trabalho dos ensaios
(100 kPa). Carga esta determinada de acordo com as deformações impostas pela sobrecarga
da laje onde serão realizados os ensaios (Laboratório de Modelos Físicos).
A aplicação de pressão nas bolsas se dará por meio de um dos dois compressores
disponibilizados para o prédio de Modelos Físicos ou, ainda, por um cilindro de ar
comprimido instalado para atuar no caso de falta de energia elétrica. Este cilindro possui uma
válvula unidirecional que não permite o retorno de ar vindo dos compressores, suprindo as
bolsas de ar e evitando a interrupção dos ensaios.
O painel de controle pneumático permite carregar as bolsas de ar independentemente.
Este painel possui uma válvula geral e cinco válvulas individuais, além dos manômetros. A
foto a seguir mostra o painel utilizado por OLIVEIRA (2006) e que será utilizado no presente
trabalho (Figura 3.3).
Figura 3. 3. Painel de controle utilizado (OLIVEIRA, 2006).
29
Para aplicação da sobrecarga será utilizado um sistema de reação com oito tirantes
Dywidag ST85/105 (φ=32mm) de carga de trabalho permanente de 35 toneladas (62 tf de
carga máxima de ensaio) e aproximadamente, 3 toneladas de aço. Dezesseis vigas “I” de 10”
serão instaladas no topo e no fundo da caixa. E sob as vigas superiores treze vigas “I” de 3”
serão posicionadas, lançadas transversalmente às vigas maiores. Todo o sistema de vigamento
transversal se fixa a dois perfis laterais (“L” 6” x 4”), instalados nas faces externas das
paredes da caixa do modelo. As movimentações das paredes laterais da caixa são restringidas
por tais fixações permitindo a condição de estado plano de deformações (SARAMAGO,
2002).
3.2 O solo, a Face e os Reforços
3.2.1 O Solo
O solo utilizado será um solo “fabricado” de quartzo moído, usado também nas
pesquisas anteriores (SARAMAGO, 2002; BARBOZA JÚNIOR, 2003; GUEDES, 2004,
OLIVEIRA, 2006). Segundo SARAMAGO (2002), este material foi escolhido por ser inerte,
puramente friccional e encontrado comercialmente com granulometrias diferentes. Fazia-se
necessário uma granulometria específica, de um solo bem graduado (com comportamento
histerético). No presente trabalho, foram reproduzidos os dados obtidos de ensaios realizados
com o solo por SARAMAGO (2002).
A Figura 3. 4 apresenta a curva granulométrica do solo utilizado.
30
Figura 3. 4. Curva granulométrica do solo utilizado (SARAMAGO, 2002).
SARAMAGO (2002) realizou ensaios triaxiais drenados, em corpos de prova não
saturados, para três índices de vazios iniciais diferentes. A Tabela 3.1 apresenta os pesos
específicos médios ensaiados (média dos quatro corpos de prova) e seus respectivos ângulos
de atrito de pico.
A Figura 3. 5 apresenta a curva ângulo de atrito x peso específico. Os diferentes
índices de vazios iniciais dos corpos de prova foram conseguidos por vibração e aplicação de
sobrecarga. A simples pluviação, com diferentes aberturas do funil (6,5 e 50 mm), não
forneceu grandes variações no índice de vazios da areia, apresentando sempre em estado de
compacidade fofo, com peso específico em torno de 16 kN/m3
(SARAMAGO, 2002).
Tabela 3. 1. Ângulo de atrito x Peso específico.
Peso Específico (γmédio)/ Índice de vazios (eo médio) Ângulo de atrito (φpico)
16,17 kN/m3
/ 0,64 37º
20,50 kN/m3
/ 0,30 44,4º
23,12 kN/m3
/ 0,14 51,4º
31
Figura 3. 5. Curva ângulo de atrito x peso específico (SARAMAGO, 2002).
A Figura 3. 6 apresenta a variação do índice de vazios com a tensão confinante
(carregamento isotrópico) para três índices de vazios iniciais do corpo de prova. Pode-se
observar que o simples aumento da tensão confinante não leva a grandes variações no índice
de vazios do solo, no entanto, SARAMAGO (2002) verificou que a associação de vibração e
carga de confinamento permite significativas variações de densidade do material.
Figura 3. 6. Índice de vazios x tensão confinante (SARAMAGO, 2002).
OLIVEIRA (2006), em seu trabalho, realizou um novo ensaio granulométrico e
verificou que o solo se encontrava com a mesma graduação. Apesar de o solo ser utilizado
desde 2002, não houve quebra de grãos. A Figura 3.6 apresenta a nova curva granulométrica.
32
Figura 3. 7. Curva granulométrica recente do solo (OLIVEIRA, 2006).
3.2.2 A Face
A face do modelo será construída com blocos pré-moldados de concreto Terrae-W,
fornecidos pela Terrae Engenharia. Suas características estão descritas na Tabela 3. 2 abaixo:
Tabela 3. 2. Características do bloco de concreto.
Dimensões 0,20 m x 0,40 m x 0,40 m
Peso Unitário aproximadamente 29 kg
Peso Cheio 40 a 50 kg
Inclinação da face do muro 1(H)/10 (V), 84º
Resistência à compressão 6,0 a 12,0 kPa
3.2.3 Os Reforços
As geogrelhas são especialmente produzidas para reforço nos solos. A geogrelha é
produzida a partir de fios multifilamentos de poliéster de alta tenacidade, organizados em
forma de grelha e revestidos de PVC. Os polímeros mais utilizados na confecção são o
polietileno de alta densidade (PEAD), o poliéster (PET) e o álcool de polivinila (PVA).
33
Geogrelhas caracterizam-se pela baixa deformabilidade e elevada resistência à tração,
em uma ou em duas direções ortogonais.
Foi utilizado o Fortrac 80/30-20, fornecido pela Huesker. A Tabela 3. 3 apresenta as
propriedades mecânicas e a Tabela 3. 4 apresenta as propriedades físicas da geogrelha.
Tabela 3. 3. Propriedades Mecânicas da geogrelha.
Resistência à tração longitudinal 80 kN/m
Resistência à tração transversal 30 kN/m
Alongamento 12%
Resistência à tração de longo prazo 48 kN/m
Coeficiente de Interação com o solo 0,9 – 1,1
Tabela 3. 4. Propriedades Físicas da geogrelha.
Gramatura 475 g/m²
Abertura da grelha 20x20 mm
Área aberta > 85%
3.3 Compactadores e Tensões Verticais Induzidas
Foram utilizados dois compactadores durante os ensaios: uma placa vibratória a
gasolina (Dynapac LF 81) e um soquete vibratório (Dynapac LC 71-ET). As Tabelas 3.5 e 3.6
apresentam as características técnicas dos compactadores.
Tabela 3. 5. Características do soquete vibratório.
34
Tabela 3. 6. Características da placa vibratória.
3.4 Instrumentação
A instrumentação dos muros ensaiados consiste de 16 conjuntos de células de carga,
duas células por conjunto, totalizando 32 células para medição de cargas nos reforços, 3
LVDTs para medições de movimentações da face, 5 LVDTs para medição das
movimentações horizontais no interior da massa e 5 MDVs para medição dos recalques no
topo do muro. Todos os equipamentos de instrumentação foram calibrados antes do início das
montagens.
3.4.1 Instrumentação dos Reforços
A idealização e desenvolvimento das células de carga que serão utilizadas no trabalho
são de autoria de RICCIO FILHO (2005). A instrumentação dos reforços seguiu os critérios
utilizados em pesquisas anteriores, porém com mudanças em relação às células usadas.
RICCIO FILHO (2005) desenvolveu células visando economia no número de extensômetros
elétricos utilizados (“strain gages”) e com rótulas nas suas extremidades com o efeito de
minimizar esforços de flexão e torção parasitas, esforços esses que não foram compensados
pelas células antigas, provenientes das montagens dos muros e deslocamentos da massa
arrimada, segundo relato dos próprios autores dos trabalhos anteriores. A alternativa adotada
por RICCIO FILHO (2005) foi a eliminação mecânica dos esforços parasitas de flexão e
torção, conjugada com o uso de uma ponte completa de Wheatstone. A rótula utilizada foi a
tbs6 do fabricante THK (OLIVEIRA, 2006). As especificações estão apresentadas na Tabela
3. 7.
35
Tabela 3. 7. Especificações da rótula tbs6.
Rosca M 20 x 1,5
Capacidade axial de carga nominal (tração) 4900 N
Massa 30 g
Ângulo máximo permitido 30º
As células de carga foram dimensionadas para uma carga nominal de 3000 N cada
uma, o que deu flexibilidade ao sistema, podendo se adicionar ou retirar células do conjunto
conforme a carga atuante no mesmo. As células possuíam presilhas enroscadas nas suas
rótulas e essas presilhas por sua vez foram fixadas nas geogrelhas através de talas em aço
inoxidável AISI 304, revestidos com quartzo em uma das faces de forma a prover aderência
entre os dois materiais. As presilhas e as células de carga foram usinadas em aço inoxidável
316 (ABNT), bastante resistente à oxidação. As talas foram
unidas por parafusos e possuem 0,5 m de comprimento, 0,19 m de largura e 0,03 m de
espessura, resultando em um momento de inércia de 1715 mm4 (em relação a um eixo
perpendicular à face e passando pelo centro desta). A Figura 3.8 apresenta o sistema das
células de carga no reforço.
Figura 3. 8. Células de carga aparafusadas às talas do reforço.
36
3.4.2 Deslocamentos Horizontais da Face e Deslocamentos Horizontais Internos
Os deslocamentos horizontais da face foram monitorados por quatro LVDTs com
cursor de 25 mm. Cinco LVDTs foram utilizados para medir os deslocamentos horizontais
internos. Uma haste metálica é fixada na laje e possui uma placa, que serve de suporte para
instalação dos LVDTs.
Figura 3. 9. LVDTs fixados à haste.
37
3.4.3 Instrumentação dos Deslocamentos Verticais
Cinco discos de Acrílico contendo mercúrio, chamados de MDV (Medidor de
Deslocamento Vertical) foram instalados no topo da sétima camada de solo. O sistema é
praticamente o mesmo utilizado nos ensaios anteriores. O sistema foi testado e apresentou
bons resultados. A Figura 3. 10 apresenta o esquema do MDV.
Figura 3. 10. Esquema do MDV (OLIVEIRA, 2006).
Figura 3. 11. Sistema do MDV.
38
3.4.4 Sistema de Aquisição de Dados
Para o sistema de aquisição de dados foi utilizado o equipamento da Agilent, o Agilent
37904A Datalogger, juntamente com o respectivo software que é capaz de ler até 60 canais
simultaneamente. Neste trabalho, apenas 44 canais foram utilizados, sendo 30 para as células
de carga, 9 para leitura dos LVDTs e 5 para leitura dos MDVs. Com esse programa, é
possível fazer a leitura dos sinais de forma gráfica e numérica e salvar todos os dados em
planilha Excel.
As células de carga e os LVDTs são alimentados por uma fonte estabilizada de 10 V e
os MDVS por 25 V. Por motivo de segurança, o sistema de aquisição e as fontes são
protegidos por um sistema de “nobreak” capaz de manter os equipamentos funcionando por
um período superior a 8 horas.
39
4. MONTAGEM E ENSAIOS DOS MUROS
Neste trabalho, todos os muros tiveram face em blocos de concreto, o mesmo número
de camadas, o mesmo número de reforços, variando o tipo de compactação e a aplicação de
sobrecarga.
Em linhas gerais, após a montagem, o procedimento de ensaio foi executado da
seguinte forma: no primeiro muro, a bolsa 1 foi carregada e descarregada, verificando a
influência desse carregamento e da posição da mesma nas tensões e nas deformações do
muro; após o carregamento da bolsa 1, as bolsas seguintes foram carregadas e descarregadas
uma a uma. Os muros seguintes tiveram o mesmo procedimento de montagem, apenas
mudando a posição da bolsa carregada. A Figura 4. 1 apresenta um esquema do ensaio e a
Tabela 4.1 indica o resumo das montagens.
100kPa
Reforço 1
Reforço 2
Reforço 3
Reforço 4
Sanduíche de borracha e graxa teflon
1.4
0.2
Blocos de
Concreto
Solo
0.4
Bolsa 1 Bolsa 2 Bolsa 3 Bolsa 4 Bolsa 5
Figura 4. 1. Esquema do modelo a ser ensaiado.
Tabela 4. 1. Resumo das montagens.
MONTAGEM COMPACTAÇÃO CARREGAMENTO
VIRGEM Ñ-VIRGEM
M1 PLACA+SAPO BOLSA 1 BOLSAS 2, 3, 4 e 5
M2 PLACA BOLSA 1 BOLSAS 2, 3, 4 e 5
M3 PLACA+SAPO BOLSA 2 BOLSAS 1, 3, 4 e 5
M4 PLACA+SAPO BOLSA 3 BOLSAS 1, , 4 e 5
40
4.1 Montagem do muro
O processo de montagem dos muros será descrito nas etapas a seguir.
Etapa 1- Preparação da caixa do Modelo Físico
As faces internas foram revestidas por placas de polietileno de peso moleculares ultra-
alto denominado UHMW 1900. Sobre essas placas, foi aplicada uma fina camada de graxa de
teflon que foi posteriormente coberta por uma lona plástica com o objetivo de minimizar o
atrito entre as faces do muro e a massa arrimada. Para proteção mecânica da lona, recortes de
PVC foram colocados sobre a lona plástica e envolvidos em papel filme de PVC.
No piso do modelo, junto à face, foi instalado um sanduíche de borracha e teflon sobre
uma placa de polietileno (UHMW 1900), medindo 2,0 m x 1,0 m, com o objetivo de
transladar a superfície potencial de ruptura. Para evitar que o sobre solo se misturasse ao
silicone, o sanduíche foi envolvido com papel filme de PVC. A foto a seguir mostra a caixa
do modelo pronto para a montagem ainda sem a colocação do sanduíche.
Figura 4. 2. Caixa sem sanduíche.
41
Etapa 2 –1ª camada de reforço, 1ª camada de solo, e instalação do LVDT 1 .
A primeira camada de reforço foi instalada sobre o piso e possuía 4 conjuntos de
células de carga, contendo 2 células cada conjunto. A geogrelha instrumentada foi instalada
no eixo central da caixa e tem 0,5 m de largura. As laterais eram compostas de geogrelhas não
instrumentadas, com transpasse de 1 malha. Os fios que saiam das células foram protegidos
por conduítes em todo o trecho enterrado. Os cabos das células eram ligados na caixa de plugs
na lateral do muro, fazendo-se assim a ligação com o sistema de aquisição de dados.
Depois da geogrelha instalada, a primeira linha de blocos foi colocada, seguindo uma
ordem definida por SARAMAGO (2002), o que dava um ajuste perfeito no encaixe dos
blocos e passagem dos fios em locais previamente preparados. Foi instalado o 1º LVDT e
uma camada de 20 cm de solo foi depositada na caixa com cuidado devido à instrumentação e
em seguida essa 1ª camada foi compactada apenas com a placa vibratória. Foram feitas
leituras do LVDT, do lançamento da camada de solo e da compactação com placa.
Etapa 3 –2ª camada de blocos, 2ª camada de solo e 2ª camada de reforço.
A segunda linha de blocos foi colocada e mais 20 cm de solo foram lançados,
formando a 2ª camada, que também foi compactada pela placa vibratória em toda sua
extensão e compactada pelo soquete até 0,5 m da face. Em todas as camadas seguintes esse
procedimento foi adotado, e em todas as fases de compactação arbitrou-se um tempo de 10
minutos para cada equipamento. A Figura 4.3 apresenta a segunda camada de blocos e o solo
lançado.
42
Figura 4. 3. Segunda camada de blocos e solo lançado.
A determinação de massa específica “in situ” foi realizada na 2ª, 4ª, 6ª e 7ª camada de solo,
sendo 1 teste na região compactada apenas pela placa e 1 teste na área compactada pela placa
+ soquete. Terminado o ensaio, a segunda camada de reforço era posicionada.
43
Figura 4. 4. Colocação da segunda camada de reforço.
Etapa 4 - 3ª Camada de blocos, 3ª Camada de solo, Compactação e Instalação do
LVDT 2.
A terceira fileira de blocos foi colocada e a terceira camada de solo foi lançada mais
uma camada de solo, instalou-se o 2º LVDT e foi executada a compactação com placa
vibratória, durante 10 minutos, em seguida, a compactação com soquete foi realizada por mais
10 minutos.
44
Figura 4. 5. Compactação da terceira camada de solo com placa vibratória.
Etapa 5 – 4ª Fileira de Blocos, 4ª Camada de Solo, Ensaio de Massa Específica
Aparente In situ, Instalação da 3ª Camada de Reforço e LVDTs A, B, C, D e E.
Novamente nesta etapa, após a colocação da 4ª fiada de blocos, lançamento e
compactação do solo, foi realizado o ensaio do Frasco de Areia. Após a compactação,
instalou-se a terceira camada de reforço e os LVDTs.
45
Figura 4. 6. Instalação dos LVDTs.
Etapa 6 – 5ª e 6ª Camadas de Solo, Ensaio de Massa Específica Aparente In situ e
Instalação da 4ª Camada de Reforço e do LVDT 3.
Essas duas camadas seguiram os procedimentos anteriores. Na 5ª camada foi instalado
o LVDT 3. Na 6ª camada, foi feito novamente o ensaio de determinação de massa especifica
“in situ” do mesmo jeito que foi feito na 2ª e 4ª camadas de solo; após, foi instalada a quarta e
última camada de reforço.
Etapa 7 – 7ª Camada de Solo, Instalação do LVDT 4 e Instalação dos MDVs.
O procedimento de montagem da camada foi o mesmo das anteriores, e, nessa camada,
foram instalados os MDVs. Os discos de acrílico foram enterrados com ajuda de uma colher
de pedreiro. Todos os fios da instrumentação foram protegidos por um conduíte enquanto
enterrados.
46
Figura 4. 7. Montagem do muro.
Etapa 8 – Instalação do Sistema de Reação para Aplicação de Sobrecarga.
No topo da 7ª camada de solo, foi instalado um sanduíche de borracha e graxa de
silicone que cobriu toda extensão da camada e era dividido em três partes para evitar qualquer
possível esforço horizontal proveniente do atrito das bolsas de ar e o topo da camada de solo.
Cinco bolsas de ar foram dispostas sobre o sanduíche, de maneira a preencher toda a
camada para que não houvesse nenhum trecho sem aplicação da sobrecarga. As bolsas
tiveram suas bordas protegidas por geotêxtil (Bidim) e sobre elas foram colocadas placas de
compensado com furos para passagem dos bicos das bolsas.
Treze perfis “I” metálicos de 3” com 2,4 m de comprimento foram colocados sobre as
placas de compensado. A próxima fase foi a instalação dos 4 perfis “I” duplos de 10” que
foram dispostos paralelos à face do muro e apoiados sobre as laterais da caixa. Peças de
madeira foram colocadas entre as vigas longitudinais e transversais para evitar deformações
desnecessárias das bolsas de ar. As vigas de 10” foram fixadas nos oito tirantes e todo sistema
de parafusos foi apertado. As mangueiras do painel de controle pneumático foram presas aos
bicos das bolsas.
47
Figura 4. 8. Colocação das Bolsas de ar sobre o sanduíche.
4.1.1 Determinação da Massa Específica Aparente “In Situ”
A determinação da massa específica “in situ”, foi através de quatro cilindros vazados
de paredes delgadas e extremidades biseladas, com as seguintes dimensões: 10 cm de altura e
10,5 cm de diâmetro. Adotavam-se os seguintes passos:
1. Cravação do primeiro cilindro na camada de solo
2. Retirada da areia com a utilização do aspirador de pó
3. Pesagem dessa areia retirada (M areia)
4. Cálculo da Massa específica pela fórmula: D = M areia / Vcilindro.
Primeiramente, tirava-se a tara do aspirador. O primeiro anel era cravado e com a
ajuda do aspirador, o solo era sugado, tendo o cuidado para não deformar o solo da região fora
do anel. O aspirador era então pesado e o segundo anel encaixado no primeiro e cravado no
solo. O processo se repetia até a cravação do quarto anel. Dessa maneira, duas camadas
tinham sua massa específica aparente determinada. As Figuras 4.8 a 4.12 ilustram a execução
do ensaio.
48
Figura 4. 9. Tirando a tara do aspirador.
Figura 4. 10. Cravação do anel metálico no solo.
49
Figura 4. 11. Solo sugado com a ajuda do aspirador.
Figura 4. 12. Solo sendo sugado.
50
4.2 Aplicação de Sobrecarga
Terminada a construção do muro, todos os instrumentos foram zerados e iniciou-se a
leitura da fase de aplicação de sobrecargas. Foram aplicados estágios de 10 kPa até o limite
máximo de 100 kPa (maior valor de sobrecarga admitido) para o carregamento virgem.
Terminada a fase de carregamento, foi iniciado o descarregamento, em estágios também de 10
kPa. Para os carregamentos não virgens, foram aplicados estágios de 20 kPa até o limite de
100 kPa. Todas essas etapas tiveram suas leituras salvas em planilha Excel, assim como todas
as fases do período construtivo, para posterior construção dos respectivos gráficos.
É nesta etapa que os muros se diferenciam. Cada montagem teve a aplicação de carga
(carregamento virgem) em uma bolsa de ar. Os Muros 1 e 2 tiveram como carregamento
virgem a bolsa 1, o Muro 3 teve a bolsa 2 e, finalmente, o Muro 4, a bolsa 3.
51
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Apresentam-se neste capítulo, os resultados obtidos no monitoramento durante a etapa
construtiva e a aplicação de sobrecargas dos muros de solo reforçado ensaiados.
5.1 Determinação da Massa Específica Aparente
A Tabela 5.1 apresenta os resultados obtidos para os Muros 1, 2, 3 e 4, indicando as
camadas onde forma realizados os ensaios e o tipo de compactação.
Tabela 5. 1 Resumo da Determinação das Massas Específicas Aparente dos muros ensaiados.
ENSAIOS CAMADAS COMPACTAÇÃO γ
(kN/m³)
M1
2ª
PLACA +SAPO
20,24
2ª 19,79
4ª 20,43
6ª 19,62
6ª 20,24
M2
2ª
PLACA
19,25
2ª 19,25
4ª 18,74
4ª 18,72
6ª 19,14
6ª 18,96
M3
2ª
PLACA +SAPO
19,77
2ª 19,59
4ª 19,57
4ª 19,76
6ª 19,61
6ª 19,60
M4
2ª
PLACA +SAPO
19,56
2ª 19,47
4ª 19,58
4ª 19,91
6ª 19,44
6ª 19,51
52
5.2 Cargas nos Reforços
O primeiro reforço foi colocado junto ao piso e continha 4 conjuntos de células com 2
células de carga cada um. Cada conjunto foi posicionado a15 cm da face, 53 cm, 105 cm e a
156 cm da mesma. O segundo reforço encontrava-se acima da segunda camada de solo, a 40
cm do solo, o terceiro reforço, a 100 cm e o quarto a 120 cm.
É importante salientar que, para cada aplicação de sobrecarga, somente os acréscimos
de carga referentes à bolsa aplicada foram medidos. A cada ciclo de carregamento e
descarregamento o sistema era zerado e iniciava-se um novo ciclo.
5.2.1 Muro 1
Neste item serão apresentados os valores da fase construtiva do Muro 1 e os valores de
tração medidos nas quatro camadas de reforços do Muro 1 obtidos com a aplicação de
sobrecarga individual. Aqui o carregamento virgem foi no ensaio com a Bolsa 1. Para a
aplicação de carga no carregamento virgem foram utilizados estágios de carga de 10 kPa, nos
outros carregamentos os incrementos foram em estágios de carga de 20 kPa. A Figura 5.1
apresenta o gráfico da fase construtiva do Muro 1.
Uma legenda é descrita abaixo visando um melhor entendimento dos gráficos
apresentados neste ítem.
CS= Lançamento da Camada de Solo
1,2...= Número da camada
P = Compactação com Placa vibratória
S = Compactação com Soquete vibratório
53
Figura 5. 1 Fase construtiva do Muro 1.
54
Bolsa 1 – Carregamento Virgem
Figura 5. 2. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 1 – Bolsa 1 – carregamento virgem.
Na Figura 5.2 observa-se que os máximos acréscimos de tensões ocorreram junto à
face, onde foi aplicada a sobrecarga através da Bolsa de ar 1. Os reforços mais próximos à
base (Reforço 1 e 2) tiveram as maiores tensões medidas.
55
Bolsa 2
Figura 5. 3. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 1 – Bolsa 2.
Na Figura 5.3 acima se observa, também, que os máximos acréscimos de tensões
ocorreram na projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga através da Bolsa de ar 2, apenas
a 1ª camada de reforço não demonstrou este comportamento.
56
Bolsa 3
Figura 5. 4. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 1 – Bolsa 3.
Na Figura 5.4, os máximos acréscimos de tensões ocorreram na projeção vertical onde
foi aplicada a sobrecarga através da Bolsa de ar 3.
57
Bolsa 4
Figura 5. 5. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 1 – Bolsa 4.
Na Figura 5.5, na 2ª e 4ª camadas de reforços, os máximos acréscimos de tensões
ocorreram na projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga através da Bolsa de ar 4. A 1ª e
3ª camadas de reforço registraram as maiores tensões entre 0,5 e 1m de distância da face.
58
Bolsa 5
Figura 5. 6. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 1 – Bolsa 5.
Com a aplicação de sobrecarga com a Bolsa 5, os máximos acréscimos de tensão
variaram de posição para cada camada de reforço. Nas camadas de reforços inferiores, os
acréscimos de carga são maiores a 1,5m de distância da face e, nas camadas superiores, os
maiores acréscimo se aproximam da face.
59
5.2.2 Muro 2
Neste item serão apresentados os valores da fase construtiva e de tração medidos nas
quatro camadas de reforços do Muro 2 obtidos com a aplicação de sobrecarga individual. Na
montagem desse muro utilizou-se apenas a compactação com a placa vibratória,
representando um solo compactado com baixa energia. O carregamento virgem deste muro
ocorreu, também com a Bolsa 1. A Figura 5.7 apresenta a fase construtiva do Muro 2 e uma
legenda é descrita abaixo visando um melhor entendimento dos gráficos apresentados neste
ítem.
CS= Lançamento da Camada de Solo
1,2...= Número da camada
P = Compactação com Placa vibratória
S = Compactação com Soquete vibratório
60
Figura 5. 7. Fase construtiva do Muro 2.
61
Bolsa 1 – Carregamento Virgem
Figura 5. 8. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 2 – Bolsa 1 – carregamento virgem.
Na Figura 5.8, os máximos acréscimos de tensões na 1ª, 2ª e 4ª camadas de reforço
ocorreram junto à face, na projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga. Na 3ª camada de
reforço, as máximas tensões foram registradas a 1m da face. Os reforços mais próximos à
base (Reforços 1 e 2) tiveram as maiores tensões medidas.
62
Bolsa 2
Figura 5. 9. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 2 – Bolsa 2.
Na Figura 5.9, os máximos acréscimos de tensões ocorreram na projeção vertical onde
foi aplicada a sobrecarga. Na 1ª e 3ª camadas de reforço foram registradas tensões de até 60
kN/m x 10-2
na projeção vertical junto à face.
63
Bolsa 3
Figura 5. 10. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 2 – Bolsa 3.
Na 1ª, 2ª e 4ª camadas de reforço,os máximos acréscimos de tensões ocorreram na
projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga. Na 3ª camada de reforço, a máxima tensão
ocorreu junto à face (Figura 5.10).
64
Bolsa 4
Figura 5. 11. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 2 – Bolsa 4.
Na 2ª, 3ª e 4ª camadas de reforço,os máximos acréscimos de tensões ocorreram na
projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga. Na 1ª camada de reforço, a máxima tensão
ocorreu a 1m da face (Figura 5.11).
65
Bolsa 5
Figura 5. 12. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 2 – Bolsa 5.
Com a aplicação de sobrecarga a 2m de distância da face, observa-se que os
acréscimos de carga baixos indicam a pouca influência dessa sobrecarga nas tensões dos
reforços. (Figura 5.12).
66
5.2.3 Muro 3
Neste item serão apresentados os valores da fase construtiva e de tração medidos nas
quatro camadas de reforços do Muro 3 obtidos com a aplicação de sobrecarga individual. O
processo de execução do muro foi igual à montagem do Muro 1, mudando apenas o
carregamento virgem que, nesse ensaio, foi com a Bolsa 2.
A Figura 5.13 apresenta a fase construtiva do Muro 3 e a legenda descrita abaixo visa
o melhor entendimento dos gráficos apresentados neste item.
CS= Lançamento da Camada de Solo
1,2...= Número da camada
P = Compactação com Placa vibratória
S = Compactação com Soquete vibratório
67
Figura 5. 13. Fase construtiva do Muro 3.
68
Bolsa 1
Figura 5. 14. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 3 – Bolsa 1.
As máximas tensões ocorrem junto à face, na projeção vertical onde foi aplicada a
sobrecarga, nas camadas de reforço 1,3 e 4. Na 2ª camada de reforço, as máximas tensões
ocorreram a 1,5 m da face.
69
Bolsa 2 – Carregamento Virgem
Figura 5. 15. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 3 – Bolsa 2 – carregamento virgem.
Na Figura 5.15, os máximos acréscimos de tensões ocorreram na projeção vertical
onde foi aplicada a sobrecarga.
70
Bolsa 3
Figura 5. 16. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 3 – Bolsa 3.
Na 2ª, 3ª e 4ª camadas de reforço,os máximos acréscimos de tensões ocorreram na
projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga. Na 1ª camada de reforço, a máxima tensão
ocorreu junto a 1,5m da face (Figura 5.16).
71
Bolsa 4
Figura 5. 17. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 3 – Bolsa 4.
Na Figura 5.17, os máximos acréscimos de tensões ocorreram na projeção vertical
onde foi aplicada a sobrecarga.
72
Bolsa 5
Figura 5. 18. Acréscimo de Cargas nos Reforços do Muro 3 – Bolsa 5.
73
5.2.4 Muro 4
Neste item serão apresentados os valores de tração medidos nas quatro camadas de
reforços do Muro 4 obtidos com a aplicação de sobrecarga individual. O processo de
execução do muro foi igual à montagem do Muro 1 e 2. Nesse ensaio o carregamento virgem
foi com a Bolsa 3.
74
Bolsa 1
Figura 5. 19. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 4 – Bolsa 1.
Na Figura 5.19, as máximas tensões nos reforços não ocorreram na projeção
vertical onde foi aplicada a sobrecarga, ocorreram de 0,5 a 1m de distância da face.
75
Bolsa 2
Figura 5. 20. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 4 – Bolsa 2.
Na Figura 5.20, os máximos acréscimos de tensões ocorreram na projeção vertical
onde foi aplicada a sobrecarga.
76
Bolsa 3 – Carregamento Virgem
Figura 5. 21. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 4 – Bolsa 3 – carregamento virgem.
Na 1ª, 3ª e 4ª camadas de reforço,os máximos acréscimos de tensões ocorreram na
projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga. Na 2ª camada de reforço, no entanto, as
máximas tensões ocorreram junto a face Nota-se também, um “salto” no acréscimo de tensões
de 60 kPa para 80 kPa, ao passar da tensão de sobreadensamento (73 kPA).(F igura 5.21).
77
Bolsa 4
Figura 5. 22. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 4 – Bolsa 4.
Na Figura 5.22, os máximos acréscimos de tensões não ocorreram na projeção vertical
onde foi aplicada a sobrecarga. Na 1ª, 3ª e 4ª camadas de reforço, as máximas tensões
localizavam-se a 1m da face, e na 2ª camada de reforço, a 0,5m da face.
78
Bolsa 5
Figura 5. 23. Acréscimo de cargas nos Reforços do Muro 4 – Bolsa 5.
Na Figura 5.23, os máximos acréscimos de tensões não ocorreram na projeção vertical
onde foi aplicada a sobrecarga. Na 1ª, 3ª e 4ª camadas de reforço, as máximas tensões
localizavam-se a 1m da face, e na 2ª camada de reforço, a 0,5m da face.
79
5.2.5 Comparação entre resultados Calculados e Medidos
Neste item, foram comparados os resultados das cargas nos reforços obtidos
experimentalmente através das células de carga, para os quatro muros ensaiados, para
avaliação da influência da compactação e da variação da posição dos carregamentos. Foram
comparados também os resultados medidos com os calculados utilizando-se do método
proposto por EHRLICH e MITCHELL (1994).
A Figura 5.24 apresenta os resultados da influência de compactação nas tensões
máximas obtidas pela instrumentação para os Muros 1 e 2 e a Figura 5.25 apresenta os
resultados da influência da posição dos carregamentos nas tensões máximas obtidas por meio
dos ensaios dos Muros 1 e 3.
Figura 5. 24. Influência da Compactação nas tensões máximas medidas dos Muros 1 e 2.
Na Figura 5.24, foi observado que, antes da aplicação de sobrecargas, as tensões com a
compactação aumentam significativamente (q=0 kPa).
Para uma sobrecarga de 60 kPa, as tensões aumentam com a compactação e na
aplicação de uma sobrecarga de 100 kPa esse aumento não é significativo.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
z/H
Tmax/ Sv.Sh.γ.z
q = 0 kPaq = 60 kPa
q = 100 kPa
M1M2
80
Figura 5. 25. Influência da Posição das cargas nas tensões máximas medidas do Muro 1 (Bolsa 1) e do
Muro 3 (Bolsa 2).
Pela Figura 5.25 percebe-se, como o esperado, que as tensões aumentam com o
aumento da aplicação de sobrecarga. Observa-se, também, que esse aumento é mais
significativo nos reforços próximos ao topo do muro.
As tensões com a aplicação da Bolsa 1 são maiores que as tensões com a aplicação da
Bolsa 3. Isso mostra que as tensões são maiores com aplicação de sobrecarga mais próxima à
face.
Na comparação entre os valores medidos e calculados, utilizou-se o ângulo de atrito de
pico (66,5°) e os parâmetros hiperbólicos e de resistência empregados nessa análise foram os
encontrados por SOUSA COSTA.
Os parâmetros hiperbólicos foram baseados em ensaios triaxiais de deformação plana
feitos com baixas tensões confinantes (5 e 10 Kpa) e podem ser vistos na Tabela 5.2. O valor
de Ku foi estimado a partir de indicações de relações com K (Ku =1,5 K) propostas por
WONG e DUNCAN (1974) (apud OLIVEIRA, 2006).
Tabela 5. 2. Parâmetros do solo (ensaio Triaxial Deformação Plana)
Parâmetros Valor
k (módulo tangente inicial para o carregamento) 575
n (módulo expoente) 0,68
Ku (módulo tangente inicial para o descarregamento) 862,4
Rf ("failure ratio") 0,70
Ângulo de atrito de pico 66,5°
Ângulo de atrito pós pico 60,4°
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
z/H
Tmax/ Sv.Sh.γ.z
q = 0 kPa
q = 60 kPa
q = 100 kPa
M1M3
81
As Figuras 5.26 a 5.28 apresentam a comparação entre os resultados medidos e
calculados para as os valores de tensões máximas nos reforços correspondentes às sobrecargas
de 50 kPa e 100 kPa, para os Muros 1, 2 e 3.
Nas Figuras 5.26 e 5.28 observam-se que os valores calculados para o Muro 1 e 3, que
foram executados utilizando alta energia de compactação do solo (placa e soquete
vibratórios), sofrem pequenos acréscimos nos valores de tensões mobilizadas nos reforços
quando do aumento da sobrecarga de 50kPa para 100kPa. Tal efeito tem origem nos pequenos
acréscimos promovidos e pelas sobrecargas que não ultrapassam (ou pouco ultrapassam) a
tensão induzida pela compactação. Já no caso do Muro 2 (Figura 5.27), que foi executado
com baixa energia de compactação (placa vibratória), as diferenças entre os valores
calculados são maiores.
Observa-se, também que as diferenças entre os resultados medidos e calculados são
maiores para os reforços inferiores, sendo os resultados medidos superiores aos calculados.
Tal indica que a o procedimento adotado para distribuição de tensões verticais pode não ser
suficientemente representativo e é uma possível explicação para a maior diferença entre os
valores medidos e calculados no caso da sobrecarga de 100kPa.
Figura 5. 26. Comparação entre os resultados medidos e calculados para as os valores de tensões
máximas nos reforços correspondentes às sobrecargas de 50 kPa e 100 kPa (Muro 1).
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Pro
fun
did
ade
(m)
Trações (kN/m)
Tmed - 50kPa Tcalc - 50kPa Tmed - 100kPa Tcalc - 100kPa
82
Figura 5. 27. Comparação entre os resultados medidos e calculados para as os valores de tensões
máximas nos reforços correspondentes às sobrecargas de 50 kPa e 100 kPa (Muro 2).
Figura 5. 28. Comparação entre os resultados medidos e calculados para as os valores de tensões
máximas nos reforços correspondentes às sobrecargas de 50 kPa e 100 kPa (Muro 3).
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Pro
fun
did
ade
(m)
Trações (kN/m)
Tmed - 50kPa Tcalc - 50kPa Tmed - 100kPa Tcalc - 100kPa
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Pro
fun
did
ade
(m)
Trações (kN/m)
Tmed - 50kPa Tcalc - 50kPa Tmed - 100kPa Tcalc - 100kPa
83
Na Figura 5.29 apresentam-se a comparação de resultados medidos e calculados do
somatório de tensões máximas mobilizadas nos reforços para os Muros 1, 2 e 3. Observa-se
que os valores medidos e calculados apresentam-se, em linhas gerais, razoavelmente
consistentes, dentro de uma faixa de variação de valores de cerca de 30%. Os resultados do
muro com baixa energia de compactação (Muro 2) apresentaram uma maior correspondência
entre valores medidos e calculados.
Sistematicamente, os valores correspondentes à sobrecarga de 100kPa apresentaram
resultados medidos superiores aos calculados, sendo o oposto observado para a sobrecarga de
50kPa. Tal indica que a o procedimento adotado para distribuição de tensões verticais pode
não ser suficientemente representativo. Se os acréscimos calculados de tensões verticais
devido à sobrecarga fossem maiores as tensões induzidas pela compactação seriam em muito
ultrapassadas, no caso da sobrecarga de 100kPa. O mesmo não se daria para a sobrecarga de
50kPa. Assim, ter-se-iam aumentados de forma significativa os valores calculados para as
tensões nos reforços, no caso da sobrecarga de 100kPa, melhorando a correspondência de
resultados medidos e calculados.
Figura 5. 29 Somatório de tensões máximas nos reforços, comparação entre os resultados medidos e
calculados (Muros 1,2 e 3).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 1 2 3 4 5 6 7 8
ΣT m
edid
o (
kN/m
)
ΣT calculado (kN/m)
50 kPa-M1 100 kPa-M1
50kPa-M2 100kPa-M2
50kPa-M3 100kPa-M3
-30%
+30%
84
5.3 Deformações
Neste item serão apresentados os valores de deformação medidos através de
instrumentação. Para cada muro, os gráficos de deformações horizontais, medidos através dos
LVDTs, e deformações verticais, medidos pelos MDVs serão demonstrados. Uma melhor
visualização das deformações se dá por meio do desenho esquemático (Figura 5.89) onde são
realizados os comentários relativos às Figuras deste item.
5.3.1 Muro 1
Bolsa 1 – Carregamento Virgem
As Figuras 5.30 a 5.32 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 1 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 1.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 30. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 1 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPA
30 kPa
40 kPa
50 kPa
60 kPa
70 kPa
80 kPA
90 kPa
100 kPa
LVDT 3
LVDT 4
LVDT 2
LVDT 1
85
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 31. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 1 – Bolsa 1.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 32. Deslocamento Vertical – Muro 1 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Po
siçã
o d
o L
VD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPA
30 kPa
40 kPa
50 kPa
60 kPa
70 kPa
80 kPA
90 kPa
100 kPa
LVDT E
LVDT A
LVDT B
LVDT C
LVDT D
-15
-13
-11
-9
-7
-5
-3
-1
1
3
5
7
9
11
13
15
0 2,5
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
20 kPa 30 kPa 40 kPa 50 kPa 60 kPa 70 kPa 80 kPa 90 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
86
Bolsa 2
As Figuras 5.33 a 5.35 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 1 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 2.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 33. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 1 – Bolsa 2.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPa
80 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
87
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 34. Deslocamento Horizontal da Interno – Muro 1 – Bolsa 2.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPa
80 kPa
100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
88
Deslocamento Vertical
Figura 5. 35. Deslocamento Vertical – Muro 1 – Bolsa 2.
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDVs (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4MDV 3MDV 2MDV 1
89
Bolsa 3
As Figuras 5.36 a 5.38 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 1 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 3.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 36. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 1 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,5 -0,45 -0,4 -0,35 -0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0
Po
siçã
o d
os
LVD
Ts (
m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPA
80 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
90
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 37. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 1 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4
Po
siçã
o d
os
LVD
Ts (
m)
Deslocamento (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPA
80 kPa
100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
91
Deslocamento Vertical
Figura 5. 38. Deslocamento Vertical – Muro 1 – Bolsa 3.
-2
0
2
4
6
8
10
12
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4MDV 3MDV 2MDV 1
92
Bolsa 4
As Figuras 5.39 a 5.41 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 1 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 39. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 1 – Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal Interno
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,01 0,04 0,09 0,14 0,19 0,24 0,29
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPa
80 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
93
Figura 5. 40. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 1 – Bolsa 4.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
94
Deslocamento Vertical
Figura 5. 41. Deslocamento Vertical – Muro 1 – Bolsa 4.
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 1 MDV 4MDV 3MDV 2
95
Bolsa 5
As Figuras 5.42 a 5.44 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 1 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 5.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 42. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 1 – Bolsa 5.
Deslocamento Horizontal Interno
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPa
80 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
96
Figura 5. 43. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 1 – Bolsa 5.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 44. Deslocamento Vertical – Muro 1 – Bolsa 5.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014 0,016
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5
MDV 4MDV 3
MDV 2MDV 1
97
5.3.2 Muro 2
Bolsa 1
As Figuras 5.45 a 5.47 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 2 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 1.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 45. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 2 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos da Face (mm)
10 kPa
20 kPa
30 kPa
40 kPa
50 kPa
60 kPa
70 kPa
80 kPa
90 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
98
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 46. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 2 – Bolsa 1.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 47. Deslocamento Vertical – Muro 2 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
10 kPa
20 kPa
30 kPa
40 kPa
50 kPa
60 kPa
70 kPa
80 kPa
90 kPa
100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDV's (m)
20 kPa 30 kPa 40 kPa 50 kPa 60 kPa70 kPa 80 kPa 90 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4MDV 3MDV 2MDV 1
99
Bolsa 2
As Figuras 5.48 a 5.50 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 2 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 2.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 48. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 2 – Bolsa 2.
Deslocamento Horizontal Interno
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-1,2 -1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa
40 kPa
60 kPa
80 kPa
100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
100
Figura 5. 49. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 2 – Bolsa 2.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 50. Deslocamento Vertical – Muro 2 – Bolsa 2.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (mm)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4
MDV 3MDV 2MDV 1
101
Bolsa 3
As Figuras 5.51 a 5.53 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 2 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 3.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 51. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 2 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,6 -0,4 -0,2 -1E-15
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
102
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 52. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 2 – Bolsa 3.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 53. Deslocamento Vertical – Muro 2 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,3 -0,24 -0,18 -0,12 -0,06 0
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4MDV 3MDV 2MDV 1
103
Bolsa 4
As Figuras 5.54 a 5.56 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 2 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 54. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 2 – Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal Interno
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,12 -0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
104
Figura 5. 55. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 2 – Bolsa 4.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 56. Deslocamento Vertical – Muro 2 – Bolsa 4.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,12 -0,07 -0,02 0,03 0,08
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-20
-18
-16
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDVs (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
105
Bolsa 5
As Figuras 5.57 a 5.59 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 2 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 5.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 57. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 2 – Bolsa 5.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
106
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 58. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 2 – Bolsa 5.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 59. Deslocamento Vertical – Muro 2 – Bolsa 5.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-0,03 -0,02 -0,01 0 0,01 0,02 0,03 0,04
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-25
-20
-15
-10
-5
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 5MDV 4MDV 3MDV 2MDV 1
107
5.3.3 Muro 3
Bolsa 1
As Figuras 5.60 a 5.62 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 3 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 1.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 60. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 3 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
108
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 61. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 3– Bolsa 1.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 62. Deslocamento Vertical– Muro 3 – Bolsa 1.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento da Face (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT C
LVDT D
LVDT B
LVDT A
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos LVDT's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
109
Bolsa 2
As Figuras 5.63 a 5.65 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 3 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 2.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 63. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 3 – Bolsa 2.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
10 kPa 20 kPa
30 kPa 40 kPa
50 kPa 60 kPa
70 kPa 80 kPa
90 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
110
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 64. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 3 – Bolsa 2.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 65. Deslocamento Vertical – Muro 3 – Bolsa 2.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
10 kPa 20 kPa
30 kPa 40 kPa
50 kPa 60 kPa
70 kPa 80 kPa
90 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT C
LVDT D
LVDT B
LVDT A
-3
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
10 kPa20 kPa30 kPa40 kPa50 kPa60 kPa70 kPa80 kPa90 kPa100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
111
Bolsa 3
As Figuras 5.66 a 5.68 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 3 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 3.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 66. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 3 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,02 -0,01 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 4
LVDT 1
112
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 67. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 3 – Bolsa 3.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 68. Deslocamento Vertical – Muro 3 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,1 0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 1,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDVs (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
113
Bolsa 4
As Figuras 5.69 a 5.71 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 3 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 69. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 3 – Bolsa 4.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos da Face (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
114
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 70. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 3 – Bolsa 4.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 71. Deslocamento Vertical – Muro 3 – Bolsa 4.
0
0,4
0,8
1,2
1,6
2
2,4
-0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-1,8
-1,6
-1,4
-1,2
-1
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 3MDV 2 MDV 4 MDV 5
115
Bolsa 5
As Figuras 5.72 a 5.74 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 3 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 5.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 72. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 3 – Bolsa 5.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,06 -0,05 -0,04 -0,03 -0,02 -0,01 0 0,01 0,02
Po
siçã
o d
os
LVD
Ts (
m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
116
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 73. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 3 – Bolsa 5.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 74. Deslocamento Vertical – Muro 3– Bolsa 5.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
Ts (
m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT A
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT E
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
117
5.3.4 Muro 4
Bolsa 1
As Figuras 5.75 a 5.77 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 4 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 1.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 75. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 4 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
118
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 76. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 4 – Bolsa 1.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 77. Deslocamento Vertical – Muro 4 – Bolsa 1.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-0,35 -0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
119
Bolsa 2
As Figuras 5.78 a 5.80 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 4 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 2.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 78. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 4 – Bolsa 2.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-1,5 -1 -0,5 0 0,5
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
120
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 79. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 4 – Bolsa 2.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 80. Deslocamento Vertical – Muro 4 – Bolsa 2.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-0,3
-0,2
-0,1
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
121
Bolsa 3
As Figuras 5.81 a 5.83 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 4 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 3.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 81. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 4 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 1 2 3 4 5 6
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
10 kPa 20 kPa 30 kPa 40 kPa 50 kPa
60 kPa 70 kPa 80 kPa 90 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
122
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 82. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 4 – Bolsa 3.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 83. Deslocamento Vertical – Muro 4 – Bolsa 3.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
-1 1 3 5 7 9
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
10 kPa 20 kPa 30 kPa 40 kPa 50 kPa
60 kPa 70 kPa 80 kPa 90 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-1,6
-1,4
-1,2
-1
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDV's (m)
10 kPa 20 kPa 30 kPa 40 kPa 50 kPa
60 kPa 70 kPa 80 kPa 90 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
123
Bolsa 4
As Figuras 5.84 a 5.86 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 4 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 4.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 84. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 4 – Bolsa 4.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
124
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 85. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 4 – Bolsa 4.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 86. Deslocamento Vertical – Muro 4 – Bolsa 4.
0
0,4
0,8
1,2
1,6
2
2,4
-0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 -3E-16 0,05
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamentos (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT D
LVDT E
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0
0,1
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
tos
(mm
)
Posição dos MDVs (m)
40 kPa 60 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
125
Bolsa 5
As Figuras 5.87 a 5.89 apresentam os valores dos deslocamentos horizontais e
verticais do Muro 4 para aplicação das sobrecargas na posição da Bolsa 5.
Deslocamento Horizontal da Face
Figura 5. 87. Deslocamento Horizontal da Face – Muro 4 – Bolsa 5.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT 4
LVDT 3
LVDT 2
LVDT 1
126
Deslocamento Horizontal Interno
Figura 5. 88. Deslocamento Horizontal Interno – Muro 4 – Bolsa 5.
Deslocamento Vertical
Figura 5. 89. Deslocamento Vertical – Muro 4 – Bolsa 5.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1
Po
siçã
o d
os
LVD
T's
(m)
Deslocamento (mm)
20 kPa 40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
LVDT E
LVDT D
LVDT C
LVDT B
LVDT A
-0,5
0
0,5
1
1,5
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
De
slo
cam
en
to (
mm
)
Posição dos MDVs (m)
40 kPa 60 kPa 80 kPa 100 kPa
MDV 1 MDV 2 MDV 3 MDV 4 MDV 5
127
Figura 5. 90. Deslocamentos Horizontais (LVDT) e Verticais (MDV) nos carregamentos virgens para
100 kPa e 60 kPa ; (a) Muro 2 (compactação de baixa energia); (b) Muro 1(compactado); (c) Muro 3
(compactado); (d) Muro 4 (compactado).
A Figura 5.90 apresenta um desenho esquemático dos deslocamentos horizontais e
verticais dos muros executados.
No Muro 2 (Figura 5.90.(a)) quase não houve deslocamentos horizontais,
apresentando um recalque maior na projeção vertical da aplicação da sobrecarga e a partir de
1,5m da face. Este comportamento não era esperado, pois os deslocamentos da face para um
128
muro com baixa energia de compactação tendem a ser maiores do que um muro bem
compactado.
O Muro 1 (Figura 5.90. (b))teve recalques representativos na projeção vertical da
aplicação da sobrecarga e deslocamentos horizontais maiores a 1m da base do muro.
O Muro 3 (Figura 5.90. (c))apresentou deslocamentos representativos na horizontal e o
Muro 4(Figura 5.90. (d)), não apresentou deslocamentos representativos.
129
6. CONCLUSÕES
6.1.1 Cargas nos Reforços
De uma maneira geral, os acréscimos de tensões nos reforços tiveram seus máximos
na projeção vertical onde foi aplicada a sobrecarga e aumentaram a cada acréscimo de
sobrecarga. Apenas com a aplicação da sobrecarga na posição da Bolsa 5 isso não ocorreu e
as máximas tensões registradas foram até 1,5m da face.
Como, para cada aplicação de sobrecarga, somente os acréscimos de carga referentes à
bolsa aplicada foram medidos, os acréscimos de cargas foram menores para os carregamentos
não-virgens.
No Muro 4, para o carregamento virgem, as tensões no reforço tornam-se mais
evidentes ao passarem a tensão de sobreadensamento do solo (“salto” da aplicação de 60 kPa
para 80 kPa).
As tensões nos reforços, na fase construtiva, aumentam com a compactação e
aumentam significativamente com o aumento da sobrecarga. As tensões máximas aumentam
com a variação da posição da aplicação da sobrecarga e são maiores nos reforços mais
próximos do topo do muro. Esse comportamento também foi observado no trabalho de
ANDRADE, 1999.
Os valores medidos para os Muros 1, 2 e 3 apresentaram uma correspondência
razoavel com os valores calculados pelo método EHRLICH & MITCHELL (1994) e
adotando-se a distribuição de cargas sugerida por MITCHELL & VILLET (1987).
Observou-se que os valores calculados para os muros, que foram executados
utilizando alta energia de compactação do solo, sofreram pequenos acréscimos nos valores de
tensões mobilizadas nos reforços quando do aumento da sobrecarga. Tal efeito tem origem
nos pequenos acréscimos promovidos e pelas sobrecargas adotadas que não ultrapassam (ou
pouco ultrapassam) a tensão induzida pela compactação. Já no caso do muro que foi
executado com baixa energia de compactação, consistentemente as diferenças entre os valores
calculados são maiores quando se aumenta o carregamento.
Observou-se, também que as diferenças entre os resultados medidos e calculados são
maiores para os reforços inferiores, sendo os resultados medidos superiores aos calculados.
Tal indica que a o procedimento adotado para distribuição de tensões verticais pode não ser
suficientemente representativo e é uma possível explicação para a maior diferença entre os
valores medidos e calculados sob solicitações elevadas.
130
Observou-se que os valores medidos e calculados do somatório de tensões máximas
mobilizadas nos reforços apresentam-se, em linhas gerais, razoavelmente consistentes. Os
resultados do muro com baixa energia de compactação apresentaram uma maior
correspondência entre valores medidos e calculados. Os valores correspondentes às
sobrecargas mais elevadas apresentaram resultados medidos superiores aos calculados, sendo
o oposto observado para as sobrecargas mais baixas. Tal reforça a afirmação que a o
procedimento adotado para distribuição de tensões verticais não venha ser suficientemente
representativo. Se os acréscimos calculados de tensões verticais devido às sobrecargas fossem
maiores, as tensões induzidas pela compactação seriam em muito ultrapassadas no caso de
sobrecargas mais elevadas e melhorariam a correspondência de resultados medidos e
calculados para a tensão nos reforços.
6.1.2 Deslocamentos
No Muro 1, os recalques foram maiores na posição de aplicação da Bolsa 1
(carregamento virgem) e a 1,5 de distância da face, tanto para a sobrecarga de 60 kPa e 100
kPa. Os maiores deslocamentos horizontais da face localizavam-se a 1m da base do muro.
O Muro 2 quase não teve deslocamentos horizontais e os recalques, também foram
maiores junto à face e a partir de 1,5m de distância da mesma, para as duas aplicações de
sobrecarga.
O Muro 3 apresentou um deslocamento horizontal pequeno da face a até 1m da base
do muro e praticamente não apresentou deslocamentos verticais.
No Muro 4 praticamente não houve deslocamento.
Nos Muros 1 e 2, um compactado e o outro não compactado, as cargas aumentam com
a compactação como o esperado, mas os deslocamentos horizontais obtidos no Muro 2 são
menores que os deslocamentos horizontais do Muro 1.
Devido à rigidez da face utilizada na construção dos muros, a precisão na medição dos
deslocamentos dos mesmos torna-se mais difícil, podendo estar aí a resposta para os
comportamentos não esperados.
131
7. SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
A grande maioria dos trabalhos publicados atualmente não envolve o estudo da
variação da posição da sobrecarga. Por isso, os resultados obtidos com este trabalho ajudam a
melhor compreender o comportamento dessas estruturas quanto à variação da posição da
carga externa e o aumento da sobrecarga, porém, novas pesquisas ainda são necessárias para o
entendimento de alguns aspectos.
Relacionam-se abaixo, sugestões para novas pesquisas:
• Análise da influência da compactação com a variação da posição das cargas
• Desenvolvimento de novas montagens com outros tipos de face e inclinação da face.
• Verificar a influência da técnica de lubrificação do fundo da caixa de ensaio nos
resultados
132
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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133
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