Informa - Ano 7, N 40 - Março 2011

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Publicação da Agência Experimental de Comunicação Integrada do CECC - Universidade de Caxias do Sul março e abril de 2011. Ano 7, n.40.

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Publicação da Agência Experimental de Comunicação Integrada do CECC - Universidade de Caxias do Sul - março e abril de 2011. Ano 7, n.40.

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O desembargador e jornalista Tú-lio de Oliveira Martins participou da palestra sobre a situação da não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalis-ta. Martins é formado em Direito e Jornalismo pela UFRGS e falou também sobre questões éticas ine-rentes à análise midiática.

O pesquisador Ciro Marcondes Filho esteve na UCS para debater o projeto de pesquisa “Nova Teoria da Comu-nicação”, cujas principais diretrizes tratam da construção de uma nova teoria pensada e aplicada à realidade brasileira. Marcondes Filho ressaltou a importância da pesquisa para a comu-nicação nacional. O pensador é forma-do em Jornalismo e Sociologia, mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e doutor em Sociologia da Comunicação pela Universidade de Frankfurt, na Alemanha.

A professora e coordenadora do curso Sequencial de Fotografia Myra Gonçal-ves montou uma câmera obscura com a extensão de um quarto, na casa do pro-fessor. Com uma tática simples, utili-zando plástico e fita crepe, a iniciativa teve como objetivo pensar no conceito do equipamento como forma didática. “É fácil entender fotografia quando se está dentro da câmera”, afirma.

No dia 1º de abril aconteceu, na sala Florense do Bloco M, na Universidade de Caxias do Sul, o curso de extensão sobre Marketing e Mídias Digitais com a consul-tora e professora dos cursos de MBA e pós-graduação da BSP - Business School São Paulo e diretora de tecnologia da New Media Developers. Martha Gabriel abor-dou o novo comportamento do consumi-

dor frente às redes sociais, além de discorrer sobre essas novas ferramentas de comunicação e a inserção da mobilidade, como sua característica fundamental.

EDITORIAL

Informativo do Centro de Ciências da Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - UCSR. Francisco Getúlio Vargas, 1130 Bloco T - Cetel - Bairro PetrópolisCEP 95070-560 - Caxias do Sul - RSFone: (54) 3218.2587

Reitor: Prof. Isidoro ZorziVice-Reitor: José Carlos KöcheProdução: Agência Experimental deComunicaçãoCoordenação-geral: Profª Marliva GonçalvesSupervisão de Publicidade: Professores Misael Montaña, Marcelo Wasserman e Ronei TeodoroSupervisão de Jornalismo:Professoras Eulália Serpa Coelho, Roberta Manica, Leyla Thomé e Rosane TorresRelacionamento: Professora Lirian MeneghelFoto Capa: Claudia VelhoArte Capa: Leonardo LucenaEdição: Março/Abril 2011 Serviços gráficos - Gráfica da UCSDistribuição gratuita

Expediente

Nesta edição do Informa, você conhece o novo portal do Centro de Ciências da Comunicação da UCS, o Frispit. Na página 3, fique sabendo de tudo sobre a Assembleia de Alu-nos deste semestre, o projeto Ciné-filos e o evento mais esperado da região: o Intercom Sul, em Londri-na.

No Zoom, apresentamos o cine-asta e professor de cinema Carlos Gerbase.

As novas tendências tecnológicas de trabalho no jornalismo são des-taques da página 8.

Já na página 10, você confere sobre o prêmio em Jornalismo con-quistado por um aluno da UCS e so-bre a parceria que o canal Futura fechou com a UCS.

No espaço da cultura, na página 11, destacamos o Show de Talentos, uma iniciativa inédita de recepcio-nar os calouros de Comunicação.

Para finalizar, o Olhares exibe re-leituras de filmes produzidos pelos alunos de Fotografia Publicitária. Além de belas imagens, a contraca-pa traz uma homenagem à estudan-te Cristiana Reis (em memória).

Foto: Ruth Ristutow

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Foto: Ruth Ristutow

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Os DAs de Comunicação recebe-ram os calouros de seus respectivos cursos com trote cultural.Os novos alunos de Jornalismo foram surpre-endidos no dia 2 de março, com uma palestra da jornalista Marisol Santos, do Grupo RBS, no auditó-rio do Bloco H. Na quinta-feira, dia 10, foi a vez dos bixos de RP. Em clima de carnaval e brincadeira, o DA preparou aos calouros um co-quetel de guloseimas. O DA de PP buscou os alunos nas salas de aula, no dia 16, em ritmo de festa. Após, todos foram para o Centro de Con-vivência da cidade universitária.

O Congresso de Ciências da Comunicação da Região Sul- INTERCOM SUL- vai acontecer de 26 a 28 de maio na Universidade Estadual de Londrina (PR). Com o tema “Quem tem medo da pesquisa empírica?”, o congresso contará com palestras, conferências e edições locais das Divisões Temáticas e do Intercom Júnior.

No encontro, será realizada uma edição local do Expocom – prêmio para os melhores produtos laboratoriais desenvolvidos por alunos de graduação em Comunicação. Os vence-dores concorrem na edição nacional do evento, que, neste ano, será em Recife (PE), de 3 a 6 de setembro.

Uma das novidades da edição deste ano será a ampliação da parceria com o Itaú Cultu-ral, que oferecerá uma oficina de três horas com um grande nome do jornalismo brasileiro. A atividade integra o programa Rumos Jornalismo Cultural, promovido pela instituição.

As inscrições podem ser feitas através do site www.intercom.org.br

O Projeto Cinéfilus busca resgatar e ampliar as possibilidades de assitir ao cinema dentro da universidade, instigando o desenvolvimento do senso crítico por meio de filmes alter-nativos, fora do circuito comercial. O projeto tem duas linhas de desenvolvimento: Pensar Cinema e Sessão de Arte.

Pensar Cinema: refletir e discutir sobre temáticas específicas dos filmes. Com essa pro-posta, são realizados debates com especialistas nas áreas temáticas. O projeto Pensar Cine-ma ocorre mensalmente e tem entrada franca.

Sessão de Arte: filmes relativamente raros de múltipla ou complexa interpretação. Os filmes apresentados têm na maior parte das vezes restrita circulação ou são populares ape-nas em seus países de origem. Custa R$ 3,00. A programação de maio traz a obra do diretor italiano Federico Fellini. A classificação dos filmes é 14 e 16 anos.

Assembleia de alunos

A assembleia é um espaço destinado para que os alunos possam dialogar com os coordenadores, tendo a possibilidade de reivindicar e sugerir propostas para os cursos de Comunicação.

Dia 11 de maio, quarta-feiraAuditório Bloco E

8h30min - 17h - 20h

PROGRAMAÇÃO: MAIO DE 2011LOCAL: UCS CINEMA

DIA DA SEMANA: TERÇA-FEIRAHORÁRIO: 20H

“CICLO GRANDES DIRETORES”

“Adoro livros e literatura, assim como adoro filmes e cinema. Podem até me tirar os filmes, mas não

tirem os livros.”

D outor em Comunicação Social pela Pontifí-cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Carlos Gerbase vai participar

do Pós-Doutorado em Cinema da Universidade de Caxias do Sul. O cineasta atua como professor de Comunicação desde 1981 e vem à UCS lecionar a disciplina de Escrita Cinematográfica.

Gerbase já transitou pelo campo da música como integrante da banda Os Replicantes; da fo-tografia, atuando como professor, e da literatura, tendo seis livros publicados. Dentre suas principais obras estão Comigo, Não! (1987), Contos Cinema-tográficos (2000) e Todos Morrem no Fim (2010).

Reconhecido pelos filmes Tolerância (2000), Sal de Prata (2005) e 3Efes (2007), o diretor também é respei-tado pelo trabalho realizado com curtas-metragens, ten-do mais de nove produções até hoje. Gerbase re-cebeu vários prêmios cinematográficos, entre eles o de Melhor Filme do Ano no Festival de Gramado, com Sexo e Beethoven (1980), Inverno (1983) e Verdes Anos (1986) e de Melhor Montagem e Me-lhor Curta Gaúcho com Passageiros (1986).

Informa: O que fez o senhor, depois de formado em Jornalismo,

Diretor e professor de cinema, Carlos Gerbase fala do amor pela arte de pensar e contar história

Por trás das câmeras

seguir outra carreira, a de cineasta?Gerbase: Depois de um ano como repórter da Folha da Tarde, entendi que aquele tipo de jornalismo (fa-zendo matérias diárias na Região Metropolitana de Porto Alegre, com jornada de 7 horas e trabalhando nos fins de semana) não me interessava. Se houvesse algum outro tipo de jor-nalismo na Caldas Júnior, em que eu pudesse atuar, quem sabe eu me in-teressaria. Mas eu era muito jovem

e inexperiente para escolher editoria ou lo-cal de traba-lho. De certo modo, porém, continuo sem-pre jornalista.

Informa: Como ocorreu sua inserção no mundo cinematográfico?Gerbase: Foi tudo através de um co-lega de aula na Famecos (Faculdade de Comunicação da PUCRS), chama-do Nelson Nadotti, que, em 1977, quando entramos na faculdade, já produzia no formato cinematográfico super-8. Ele me ensinou tudo que era preciso para fazer um filme. Depois

tive aulas formais, ainda na Famecos, es-

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professor Anibal Damasceno Ferrei-ra.Informa: Quais são os desafios de se produzir um curta-metragem? Gerbase: A minha maior dificuldade é que eu tenho tendência a falar de-mais, a estender demais a história. Não tenho boa capacidade de sínte-se. Mas, com a ajuda do colega Giba Assis Brasil (montador), sempre se dá um jeito.Informa: E os desafios de se produ-zir um longa?Gerbase: Para mim, são mais de produção que de concepção. Longas-metragens custam muito mais caro que curtas. Outra questão importan-te é o tamanho da equipe, que tende naturalmente a ficar grande demais. Eu prefiro um set (o local em que se faz um filme) com mais intimida-de. Mas também sei lidar com sets grandes. Tem que falar mais alto e manter a rédea curta, mas, perder a ternura, jamais.Informa: As questões financeiras li-mitam o trabalho do cineasta?Gerbase: Sim, mas os limites impos-tos por um orçamento reduzido po-dem te fazer pensar em soluções no-vas. Adorei rodar o 3Efes, em 2007, com R$ 30 mil. Seu custo final foi de R$ 100 mil, sem grana incentivada. O longa tem como protagonista uma jovem universitária que sustenta, com bastante dificuldade, o pai viú-vo e o irmão pequeno. Muitas vezes, ela acaba recorrendo aos conselhos de sua tia, uma dona de casa ente-diada, que enfrenta uma crise no casamento e está atraída por um ca-tador de papel. O marido da tia tem problemas no trabalho. Sua última

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“Cinema, ao contrário da literatura, não dá

para se fazer sozinho.”

tímido. Cantar numa banda de rock é um trata-mento de choque contra a timidez. Tive sorte de fazer as duas coisas.Informa: Por que o senhor decidiu ser professor?Gerbase: Por acaso. O Antoninho Gonzalez, na época diretor da Famecos e secretário de Redação da Folha, em 1981, estava precisando de um pro-fessor de Cinema. Eu tinha apenas 22 anos, mas já tinha feito alguns filmes. Ele achou que daria certo. Eu fui, gostei e estou lá até hoje. Em agosto completo 30 anos de sala de aula.Informa: Quanto à fotografia, qual foi a experi-ência adquirida?Gerbase: Adorava dar aula de foto, mas os coor-denadores dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Famecos, acho que no final dos anos 90, deci-diram que professor de Fotografia tinha que ser fotógrafo profissional, e eu fui dispensado. Mas tenho muito orgulho de algumas dúzias de fotó-grafos que passaram pelas minhas mãos.Informa: Qual dos campos de atuação mais o atrai? Por quê?Gerbase: O bom é ficar trocando. Sempre a mes-ma coisa enche o saco. Muito trabalho e pouca diversão fazem de Jack um bobão.Informa: Que dica o senhor deixaria para quem deseja seguir carreira no mundo cinematográ-fico? Como o mercado aceita esse profissional?Gerbase: Fazer cinema é um ofício, e não uma profissão. É preciso ter prazer em contar uma história, saber lidar com o elenco e com o res-to da equipe. Tem que ter a “pele grossa” para ouvir críticas sinceras e sacanagens grosseiras. E, é claro, tem que encontrar uma turma. Cinema, ao contrário da literatura, não dá para se fazer sozinho.

Gerbase: Passei das redações do co-légio para o conto sem saber bem os limites entre os dois. Tive excelen-tes professores no Anchieta: Cláudio Moreno, Paulo Guedes, Paulo Ama-ral. Depois, na universidade: Maria da Glória Bordini, Regina Zilberman e tantos outros. Eles me ensinaram que a literatura é de uma riqueza fantástica e eu aprendi um pouqui-nho com a sabedoria deles. Hoje,

não consigo viver sem ler. Preciso de Ru-bem Fonseca, de John Updi-ke, de Philip

Roth, de David Lodge. Podem até me tirar os filmes, mas não me tirem os livros.Informa: Qual a diferença entre o texto literário e o texto produzido para o cinema? Gerbase: São duas coisas diferentes, mas que podem se interpenetrar fa-cilmente. Adoro livros e literatura, assim como adoro filmes e cinema. Claro, como são linguagens diferen-tes, as convenções são distintas, mas ambas contam histórias. E o que gosto é de imaginar e contar histó-rias.Informa: É difícil separar música, literatura, foto e cinema? Ou o ide-al seria agrupar o que todos têm de melhor?Gerbase: Tento juntar tudo. Sou in-terdisciplinar por natureza. Ou um pouco esquizofrênico, no sentido não médico do termo.Informa: O senhor se considerava muito tímido. Como combinar essa característica ao seu estilo de vida?Gerbase: Acho que eu era muito mais tímido e fui aprendendo a me relacionar melhor. Dar aula é um ex-celente remédio para deixar de ser

campanha publicitária foi um fracasso e agora ele corre o risco de ser demiti-do. Os três enfrentam seus problemas, tendo que tomar decisões que afeta-rão suas vidas.Informa: Politicamente falando, quais são suas expectativas para o ci-nema diante do novo governo?Gerbase: Tenho esperança que o Luiz Antonio de Assis Brasil, secretário da Cultura do Rio Grande do Sul, consi-ga restabelecer o diálogo pleno com o cinema gaúcho, que esteve muito prejudicado no go-verno Yeda Crusius (PSDB). Sabemos que os recursos são escassos, mas tem que saber conversar e fazer política cultural. A Mônica Leal (PP), secretária estadual da Cultura no RS, durante boa parte do governo Yeda, é excelente pessoa e tinha boas intenções, mas estava no lugar erra-do. Quanto ao governo federal, espero que mantenha algumas ações impor-tantes do período Gil/Juca: reformu-lação da Lei Sarney, reformulação da Lei dos Direitos Autorais, apoio aos Pontos de Cultura. Por enquanto, não vi uma sinalização forte nesse sentido. Para falar a verdade, tenho medo de um retrocesso.Informa: O que a música representa para o senhor?Gerbase: De 1983 até o momento em que saí da banda Os Replicantes, em 2002, a música foi excelente diversão, convivência com amigos e oportunida-de de conhecer gente em todo o Bra-sil. Além de funcionar como remédio eficiente contra o estresse, a matriz sonora é a mais primitiva de todas, a que menos precisa ser racionalizada. A música, apesar de ser matemática pura, apela aos instintos. Informa: Por que buscar a literatura?

Sugestão de Leitura

Todos Morrem no FimAutor: Carlos Gerbase

Editora Sulina, 2010. 326p.

Foto: Claudia Velho

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Produções audiovisuais, redes sociais e muita informação estão entre os principais conteúdos disponíveis no novo espaço

O que é? O sonho de se

ver e ser visto. Foi com esse

princípio que sur-giu a ideia de se criar

um portal, o Frispit. O nome vem do inglês free speech, que significa dis-curso livre. O espaço abre a oportunidade para que

os alunos dos cursos de Co-municação da UCS possam ter seus trabalhos divulgados e valorizados. Além disso, a demanda para alimentar a ferramenta online exige a

participação dos alunos que trabalham na Agência Experi-mental de Comunicação. Mais do que uma novidade no meio acadêmico, o Frispit valoriza conceitos que estão fortemen-te integrados à Universidade, como juventude, dinamismo, rapidez, convergência, mobili-dade e mutação. Segundo a diretora do Centro de Ciências da Comunicação (CECC), Marliva Vanti Gonçal-ves, o portal é uma conquista tanto para os alunos quanto para os professores. “O centro e os alunos estarão mais visíveis com o Frispit, além das disciplinas

ganharem um espaço de des-taque”, conta Marliva. Para

ela, este é apenas o início de um processo de renovação do CECC. Para que ideias se tornassem reali-dade, uma grande equipe precisou ser mobilizada. Os alunos de Pu-blicidade e Propaganda da Agência pensaram e organizaram o layout do Frispit e deram “cara” aos objetivos. Com espaços voltados para a produção multimidiática, notícias e produção dos alunos, a proposta é alcançar dinamicidade de uma maneira criativa e intera-tiva.

Como surgiu?A necessidade de uma mídia que servisse para divulgar o próprio centro e o material produzido pe-los alunos fez com que os profis-sionais da Comunicação da UCS lutassem por um espaço desde a criação do Centro de Ciências da Comunicação (CECC), em 2008. No início, o objetivo era utilizar a concessão de uma rádio comunitá-ria para a d ivulgação do material produzido em aula. Além de a mí-dia não ser suficiente para cumprir as metas acadêmicas, a utilização de uma rádio comunitária como laboratório para os alunos esbar-rava na legislação. Em função des-ses dois grandes problemas, pro-curou-se uma solução nas próprias diretrizes do MEC, que sustentam a iniciativa dos cursos de Comuni-

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Produções audiovisuais, redes sociais e muita informação estão entre os principais conteúdos disponíveis no novo espaço

cação terem uma webrádio e uma webTV. A concessão da rádio comunitária foi repas-sada à União das Associações de Bairros (UAB) de Caxias do Sul, com um acompanha-mento profissional. A partir daí, o Centro come-çou a trabalhar e a concre-tizar o portal, cuja fórmula está baseada num processo multimídia, que facilita a di-vulgação do material produ-zido ou compilado pelos alu-nos da Agência Experimental de Comunicação (AEC). Além de ser uma ferramenta con-temporânea, o espaço reúne interatividade no suporte que mais ganhou espaço nos últimos tempos, a internet.

O que vai ser oferecido?Dentro do portal é possível interagir com diversas mí-dias. Uma delas é o Frispit Rádio, que estará repleto de hits, novidades do pop/rock e informações do universo acadêmico. Ao longo da pro-gramação, também serão feitas transmissões ao vivo de eventos e palestras, além do noticiário, com as princi-pais informações nacionais e internacionais. As transmis-sões ao vivo dos alunos da

AEC vão acontecer das 9h às 12h; das 14h às 19h e das 20h às 22h. O internau-ta também pode acessar o conteúdo em PodCast. O programa Sala de Aula, que estava sendo apresentado na rádio da UCS, passará a ser transmitido no portal. Os trabalhos produzidos

pelos alunos durante as disciplinas podem ser aces-sados no FrispitTV. A AEC se encarrega das cobertu-

ras completas de eventos e ainda das palestras ocorridas nos núcleos da UCS e pela região de abrangência da Universidade. Downloads de arquivos que já não estão em circulação na Frispit TV poderão ser feitos por meio do portal.Na Frispit Revista os alunos terão a oportunidade de mostrar suas produ-ções e trabalhos realizados nas disci-plinas e também fora delas. Esse es-paço valoriza crônicas, reportagens, poesias, críticas, colunas, entre ou-tros produtos. Para completar, o portal oferece links de acesso a todas as redes sociais. Os acadêmicos também podem seguir o Twitter (@Frispit) para obter mais in-formações e estar por dentro do que acontece no Centro da Comunicação da UCS.

Por que asterisco?O asterisco surgiu como ideia para explicar o significado da palavra Fris-pit (em inglês free speech – discur-so livre). Quando o símbolo aparece em meio a um texto, ele geralmente remete a uma informação extra, ex-plicativa. O asterisco é o ponto que chama a atenção para se buscar um complemento de informação e signi-ficado. Como conclusão desse pensa-mento, o ícone remete à expressão, atenção e exclamação, além de des-pertar a curiosidade.

Como acessar?www.frispit.com.br

Os teasers lançados na internet e que circulam nos Blocos M e Cetel da UCS durante as últimas semanas tinham como principal objetivo chamar a atenção para o lançamento do portal Frispit. Os vídeos mostram a rotina de um estudante que, caracterizado com o logo do portal, um asterisco, revela o conceito que o Frispit transmite: a integração da Comunicação na UCS.

Acesse para ver os vídeosagenciaucs.wordpress.com

Arte: Leonardo LucenaFoto: Claudia Velho

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A comunicação anda crescendo e “renascen-do” em áreas que há pouco tempo não se .imaginava, ainda mais com tamanha intera-

ção. O uso da informação em grande escala ganha espaços cada vez mais estratégicos, tendo hoje uma importância mundial.

Com o crescimento da internet e o aumento de navegadores, criou-se um meio de se comunicar também de forma virtual, auxiliando ainda mais nas conexões. A internet proporciona diversas ma-neiras para que, cada curso envolvido crie opções mais ágeis e fáceis para qualquer mercado, sem falar nas redes sociais, criação de sites, blogs, twitter, enfim, tudo para ajudar na circulação de informações.

Além de cooperar para uma ligação mais rápida que o habitual, a internet auxilia com suas redes sociais a uma comunicação mais simples, porém menos segura.Segundo a professora de Jornalismo Online, Marlene Branca Sólio, da UCS, a internet cresceu por dois fatores: o modismo, ou seja, o que um faz, todos irão fazer, sempre procurando a perfeição. A segunda condição é a agilidade que se encontra no mundo virtual. Branca também cita que, na sociedade, muitos ainda são contra a co-municação via internet, mas todos sabem que me-lhorou a comunicação e facilitou a vida dos profis-sionais da área. “O que no começo era motivo para distanciamento, hoje temos certeza que aglutinou consumidor, produtos e todos os cursos”, disse.

Mas, como toda história tem se “lado ruim”, a internet também proporcionou uma abertura mais ampla a toda sociedade, ou seja, qualquer um que saiba escrever ou ao menos expressar uma opi-nião, pode deixar postado um texto, uma imagem, para qualquer outro interessado em ler e decifrar. Por mais que não fosse a intenção, esse impacto acaba desvalorizando o trabalho do profissional da Comunicação. Apesar de ser um “pesadelo” para qualquer comunicador, os navegadores ganham, a cada dia, mais noção para buscar sites com cre-dibilidade, informações de pessoas diplomadas,

fontes confiáveis, independentemente da notícia.

Por outro lado, os veículos, que antigamente eram considera-dos pequenos, hoje, com a grande conexão ao mundo virtual e a integração às redes sociais, chegam ao mundo inteiro. É o modelo de uma nova sociedade, com a aproximação entre mercado e consumidor, com mais agilidade, mais reconhecimentos, e também muito mais esforços de quem ex-põe a notícia.

Profisional no assunto, o jornalista for-nado na UCS, Alessandro Valim, que atua em Comunicação há 15 anos, sendo sete anos na coordenação de jornalismo da Rá-dio Caxias, diz que a própria rádio, antes da união com a internet, era um veículo re-gional. Logo depois que as redes sociais fo-ram acopladas à comunicação, foi necessária mais agilidade, tendo um campo muito maior de ouvintes. “Os veículos se adequaram à in-ternet, sendo impactados até mais do que as pessoas. A adaptação ao mundo virtual revolu-ciona a linguagem dos veículos. Nesse sentido, o mercado para a comunicação nunca esteve tão bom em Caxias do Sul”, disse.

Arte: Leonardo Lucena

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Foto: Claudia Velho

A apresentadora e edi-tora do Jornal do Almoço da RBS TV, Marisol Santos, participou da recepção aos calouros da Comunicação da Universidade de Caxias do Sul. O encontro promovido pelo Diretório Acadêmico de Jornalismo aconteceu no au-ditório do Bloco H, a partir das 18h do dia 1º de março.

Em um clima de bate-papo, Marisol contou sobre a sua trajetória profissional, expôs desafios da carreira e algumas diretrizes da RBS TV,

onde trabalha desde 2008. Transmitido em ao vivo, o evento teve também participações

via twitter, e o interesse da plateia foi marcante. O bate-papo foi uma ótima experiência tanto para os organiza-

dores e participantes quanto para a jornalista. “Se precisarem de mim, não tenham receio de pedir!”, destacou ela, dirigindo-se aos alunos no blog da RBS TV.

Marisol Santos dialoga com alunos

O programa Sala de Notícias em Debate firmou sua primeira ação para marcar a parceria TV Futu-ra com a UCSTV no dia 18 de março. O programa traduz a produção cooperativa que o Canal Futura estabelece com as universidades. Alguns alunos das disciplinas de Telejornalismo I e Laboratório de Fotojornalismo participaram da plateia, tendo a oportunidade de interagir com a apresentadora e os entrevistados.

Caracterizando a região, o cenário foi compos-to por uvas da família Venturini. A jornalista do Canal Futura Amanda Pinheiro conduziu o progra-ma que tratou sobre a produção e cultura do con-sumo local da uva e do vinho. Os vitivinicultores entrevistados puderam esclarecer para o público a identidade do vinho nacional e a diferença da uva de mesa com a de fabricação de vinho. Também destacaram a importância da localização geográfi-ca da região para a qualidade do produto e a mo-vimentação econômica e turística que traz para a Serra Gaúcha.

De acordo com o diretor de arte do Canal Fu-

tura, Márcio Motokane, o projeto com as universidades é de suma importân-cia, pois assim é possível mostrar os olhares regionais. “A visão dos alunos é o mais fantástico do programa”, afirma. Os alunos e professores uti-lizaram aparelhos celulares para re-gistrar o andamento da gravação. O

material foi inserido na edição do programa do dia 3 de maio, às 21h, com reprise no dia 8, no mesmo ho-rário. Os alunos terão mais oportu-nidades de interagir a partir dessa parceria. Amanda afirmou que há ou-tros projetos com a UCSTV e espera voltar para Caxias do Sul em breve.

UCS é a mais nova universidade a participar da

“Geração Universidades Parceiras”

Canal Futura grava em parceria com a UCSTV

Estudante premiado

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O estudante da UCS Robin Siteneski ganhou o Prêmio Santos-Dumont de Jornalis-mo, que foi entregue no dia 24 de março na sede do Ins-tituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no Rio de Janeiro. Ele foi o vence-dor da categoria “Aviação em Geral”, com o texto Apren-der a voar.

O concurso acontece desde 1993 e premia re-portagens que divulgam a atividade aeronáutica no Brasil. Além de ganhar a viagem ao Rio de Janeiro, o estudante vai a Miami no mês de maio.

Siteneski, que a princípio não tinha esperanças de vencer, acredita que o prêmio teve importância: “Foi legal ter ganhado. Todos os outros premiados são muito mais velhos e a maioria deles é especiali-zada em cobrir o setor”, comenta o estudante.

Para ler a matéria completa acesse o link: http://migre.me/4fqb9

Foto: Daniela Schiavo

sismo e inspiração. “Foi muito bom ‘sentir’ a plateia aplaudindo e incen-tivando”, revela a estudante.

Outra atração artística que se manifestou por meio de gestos, mo-vimentos e expressões foi o grupo Movimento Vá, que utilizou o teatro de pantomima para encantar o públi-co. Sem falas, os atores deram um show de criatividade e interpreta-ção. Conforme Bruna Corso Valmini, participante do grupo, o movimento surgiu há cerca de dois anos e en-volve jovens de uma comunidade cristã. “A ideia surgiu de dois rapa-zes que tinham interesse em divulgar esse formato artístico”, conta.

Esse foi o objetivo principal: in-tegração. Segundo a professora Li-rian Meneguel, uma das coordenado-ras do evento, o Show de Talentos foi

A poesia de Fernando Pessoa, reci-tada pela diretora do Centro de Ciências da Comunicação Marli-

va Vanti Gonçalves abriu oficialmente o espetáculo. “É isso que eu sinto pela comunicação hoje”, concluiu, fazen-do referência ao sentimento descrito no poema O amor é uma companhia. O show já havia começado ainda na recepção ao público, que foi animada pelo DJ NegadaLuca, acadêmico de Relações Públicas.

A quarta-feira do dia 30 de março foi um dia especial para receber os ca-louros da Comunicação e proporcionar integração com os veteranos por meio de atividades dinâmicas e de valoriza-ção cultural. Mais do que isso, a data foi o marco da divulgação do selo de aniversário de 40 anos do curso de Co-municação Social - Relações Públicas na UCS. A coordenadora da habilita-ção, Jane Rech, falou sobre a impor-tância de um símbolo marcante para representar a maturidade de Relações Públicas na instituição e para abrir as comemorações de um momento tão significativo para a Universidade.

Para os participantes, a emoção e o nervosismo só deram trégua depois das apresentações. Segundo Caroline Borges, integrante do grupo de dan-ça de rua Atlantics, apresentar-se no UCS Teatro causou um misto de nervo-

pensado como ambiente de envolvimento para os estudantes das áreas da Comunicação. “O Centro e a Agência Experimental de Comunicação mu-daram, então nós pensamos em inovar também na recepção dos calouros”, diz Lirian. O Show de Talentos substituiu o Precisamos nos Conhecer. Naquele evento, eram apresentados os laborató-rios aos alunos, depois estes se reuniam em um encontro no Galpão da UCS.

Pelo que se pôde sentir, o público aprovou o evento. Ediane Bassanesi, caloura de Comunica-ção, achou a iniciativa válida. “O comunicador precisa estar sempre em contato com novas pesso-as”, diz. Já para Ana Cristina Andrade, estudante de Publicidade e Propaganda, além de o ambiente ser aconchegante para a integração, acompanhar as apresentações dos colegas também foi produ-tivo. “Gostei muito de todas as atrações e vim realmente com a expectativa de ver calouros e veteranos se conhecendo”, diz Cristina. A jovem é natural de Cabo Verde e mora em Caxias do Sul há três anos.

O evento trouxe novos conhecimentos tam-bém para quem trabalhou no planejamento e na execução. Anderson Bertin iniciou na Agência Experimental de Comunicação este semestre e já encarou um grande desafio. “Eu me sinto feliz ao ver que tudo deu certo”, conta. Bertin dedicou o resultado positivo do evento ao planejamento realizado com antecipação e, principalmente, ao trabalho em equipe.

O show teve ainda a participação de Acústi-co a Dois, Banda Mafagafandos, Caramujo, Banda The Sidneys, Filhos de Mona Lisa, Misa e Misete e DJ César. Para finalizar, o apresentador chamou todos ao palco e, em clima de festa, alunos e pro-fessores mostraram seus dotes artísticos dançan-do juntos, no palco do UCS Teatro.

Foto: Priscylla Xavier

Talentos da Comunicação invadem o palcoAptidão artística de integrantes do CECC pôde ser conferida no Show de Talentos, no UCS Teatro

A música, sob várias formas, invadiu o palco. Elvis Zanotto e Banda foi uma das atrações da noite. Depois de passar dez anos na Universidade, Elvis concluiu o curso de Relações Públicas no final do ano passado e agradeceu ao Centro de Comunicação, à Agência Experimental e aos alunos a oportunidade de se apre-sentar no UCS Teatro. “Eu sempre quis cantar neste palco. É um sonho que realizo quatro dias depois de minha formatura”, comemora. Elvis considera o espaço uma oportunidade de rever os “velhos” colegas e professores, além de conhecer os novos alunos da Comunicação.

Para matar a saudade

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Cristiana Reis...Por todos os teus sorrisos, teus olhares

e alegrias, resta a nós, teus amigos, desejar que estejas em um lugar digno

de tua essência. Ainda bem que na língua portuguesa existe a palavra

“saudade”Centro de Ciências da Comunicação

Felipe Guerra, Leomir Hendges, Thamires Griebler e Vinícius Scussiatto

Duani de Lima, Felipe Fedrizzi, Mariana Carrer, Maurício Vanelli e Vitor Compagnoni

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Nesta página você con-fere o trabalho dos alu-nos da disciplina Oficina de Fotografia Publicitá-ria, de 2010, ministrada pela professora Candice Klemm. Os grupos es-colheram um filme e, a partir da maquiagem dos atores, recriaram quadros fotográficos.

Arte: Claudia Velho