Informativo Agrofito - Edição 76

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iNFORMATIVO Ano 11 | Nº 76 | maio, junho, julho | 2 013 Rua Oreste Bozelli, 95 | Matão - SP | CEP 15990-240 IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT Agrofito , uma empresa associada à ANDAV”

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Informativo 2013

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iNFORMATIVO

Ano 11 | Nº 76 | maio, junho, julho | 2013Rua Oreste Bozelli, 95 | Matão - SP | CEP 15990-240

IMPRESSO FECHADOPODE SER ABERTO PELA ECT

“Agro� to, uma empresa associada à ANDAV”

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noVos teMPos

editorial

EXPEDIENTE: INFORMATIVO AGROFITO é uma publicação da Agrofito Ltda.Matriz: Rua Oreste Bozelli, 95 | Centro | CEP 15990-240 | Tel. 16 3383 8300 | [email protected] | www.agrofito.com.br Conselho editorial: Ademar A. de Toledo, Francisco Ricardo de Toledo, Bethânia F. Barbosa de Toledo e Antônio E. Félix | Textos: Antônio E. Félix

Fotos: divulgação | Projeto gráfico: tg3 | Impressão: São Francisco Gráfica e Editora | TIRAGEM: 6.000 exemplares.

a eMPresa eM MoViMentoa agroFito reForça sua eQuiPe coM a contratação de noVos ProFissionais

noVas lojas aProXiMaM a agroFito dos Produtores

Após algum tempo de recesso, o INFOR-MATIVO AGROFITO está de volta. Durante esse período todos os setores sofreram grandes mudanças, que foram fortemente refletidas em toda a cadeia do agronegócio.

A Agrofito, empresa familiar que com-pletou 36 anos, sempre esteve alerta aos sinais ou tendências de novos rumos polí-ticos ou econômicos do setor. Inicialmente era apoiada na citricultura, que era o setor que mais distribuía renda. Com o monopó-lio da citricultura a empresa diversificou, passando a atuar em outras culturas e em outras regiões. Com concorrência cada vez mais acirrada e produtos de outros forne-cedores com a mesma qualidade, o foco deixou de ser o produto, passando a ser a parceria e apostar em bandeira de algumas marcas com produtos complementares.

Passamos a melhor adotar TÉCNICAS DE GESTÃO, procurando ser sempre cria-tivos, fazer mais com menos. A base da gestão é construir a confiança com base na reciprocidade entre os clientes internos (colaboradores), os clientes externos e os fornecedores. Algumas empresas tentam substituir a reciprocidade por marqueta-gem, o que não pode ser sustentável. Re-ciprocidade quer dizer: eu recebo na pro-porção que dou, é a verdadeira parceria. Desconsiderar isso é pretender apoiar-se em marketing e vender coisas. Só reciproci-dade constrói confiança.

Desde 2003, a segunda geração de proprietários está na administração da empresa. Também temos o apoio de uma empresa de consultoria para implantar a GOVERNANÇA CORPORATIVA, que nada mais é que um conjunto de processos, costumes, políticas e leis que afetam o modo como uma empresa é administra-da. Dá transparência aos acionistas, aos clientes, aos fornecedores e a toda a so-ciedade. Uma boa governança corporativa contribui para um desenvolvimento econô-mico sustentável, proporcionando melho-rias no desempenho das empresas. Por estes motivos torna-se tão importante ter conselheiros qualificados.

Não é necessário temer o futuro, desde o movimento das ruas aqui no Brasil até as novas taxas de câmbio do País. Ainda que ninguém saiba dizer qual será a nova cota-ção média do dólar, tudo indica um futuro mais próspero. E é assim que a equipe da Agrofito pensa e age. Muitas oportunidades de grandes negócios e de grandes projetos estão surgindo.

Podemos passar por muitas tempesta-des, mas o importante é o que vem depois! E sabemos que a vida tem a cor que a gen-te pinta.

ABRILJorge Bruno Barbosa - Aux. Adm.Jorge Fernando P. Rezende - Cons. Comercial Luciano da Silva Machado - Sup. de Filial Maicon Pedro R. da Silva - Téc. de MontagemMarcelo Rossetto - Supervisor de Filial Mateus R. Castelani - Assist. Téc. Agrícola Paulo César F. de Carvalho - Sup. de Filial Thaís de Oliveira Servidor - Assistente Adm. Vinícius Nicolau Garcia - Consultor Comercial

MAIOAlex Silva Darques de Lima - Assist. Adm.

Alexandre A. Guissoni - Assist. Téc. AgrícolaAmanda Bonadio Imafuku - EstagiáriaBruno Borges Silva - Consultor Comercial Luana Ferreira Pires - EstagiáriaOrlando Davóglio Neto - EstagiárioTiago Alexandre Martins - Supervisor de Filial JUNHOEder Júnior Petrucci - Consultor de NegóciosEzequiel João Revoredo - Promotor de Negócios Matheus Gazenbeinas Esteves - Assis. de TIRenan Luiz de Campos - Estagiário

treinaMento a agroFito inVeste eM ForMação e desenVolViMento ProFissional

atualização

MARÇO/2013 A MARÇO/2015MBA em Agronegócios ESALQ/USP Participantes: Bethânia F. B. de Toledo, Ricar-do Marianno, Ronaldo Aparecido Andrade, Uia-ra Aparecida Gagini, Leandro ZerbaLocal: Ensino a distância

30/ABRIL/2013Convenção de VendasParticipantes: Equipe técnica, comercial e ad-ministrativaLocal: Associação Comercial e Empresarial de Matão

2/MAIO/2013Atualização Referente à Mudança de Versão do Sistema da TOTVS/RMParticipantes: Equipe administrativaLocal: Agrofito Ltda.

19/JUNHO/2013Congresso RHParticipantes: Bianca C. de Toledo Marchesan, Vanessa Duarte SpinelliLocal: Moraes Cursos

E assim a expansão da empresa con-tinua, na expectativa de vislumbrar bons negócios.

A Agrofito está presente recen-temente também em Mogi - Mi-rim, Brotas e, pela primeira vez, fora do Estado de São Paulo – em Gurupi – Estado do Tocantins.

A loja de Mogi - Mirim situada na Rua Santa Cruz nº. 1124, Bair-ros Santa Cruz, tem como Super-visor de Filial Marcelo Rossetto, responsável por coordenar a loja.

Abertura da filial em Brotas, com empreendimento comercial localizado na Rua Dante Marti-nelli, 46, Bairro Santa Cecília. Esta loja conta com o Supervisor de Filial Luciano Machado.

A loja de Gurupi – TO, está si-tuada no Logradouro: G nº. 13 QD. 9 LT. 10 e 11 Bairro: VILA GUARACY, Município: GURUPI – TO, telefone: 63 3314 1050, e tem como Gerente o Sr. Juliano Coró

Fachada da loja de Brotas:Rua Dante Martinelli, 46, Bairro Santa Cecília

inovação

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Manejo coM Micronutrientes eM cana-socaCom a expansão do cultivo

da cana-de-açúcar ocorreu a in-corporação para solos com bai-xa fertilidade do solo, com des-taque para os micronutrientes.

A maior parte dos solos cul-tivados com cana possui baixos teores de boro e zinco. Em de-terminadas regiões o manganês também é fator limitante à obten-ção de altas produtividades em cana. De maneira geral, o teor de cobre nos solos cultivados com cana é de médio a adequado.

1. As funções dos micronu-trientes1.1. BoroO boro é um dos nutrientes

que estimulam o desenvolvi-mento do sistema radicular da cana-de-açúcar. O fornecimento de boro na cana-soca aumenta a resistência da cultura aos ve-ranicos e ao estresse hídrico.

Atua também na transloca-ção dos açúcares das folhas para o colmo da cana. A cultura com teores adequados de boro tem maior ATR (açúcares redu-tores totais).

O boro estimula a síntese de fenóis que são compostos

orgânicos que atuam na resis-tência da cana às doenças.

1.2. ZincoO zinco é precursor do acido

indol acético (AIA), responsável pela divisão celular e conse-quentemente pelo crescimento das plantas.

1.3. ManganêsO manganês é constituinte

da clorofila estimulando a pro-dução de fotoassimilados.

1.4. MolibdênioO molibdênio é constituinte da

enzima redutase do nitrato que é responsável pela conversão do nitrogênio mineral em N orgânico (aminoácidos e proteínas).

Além disso, o molibdênio também atua na fixação bioló-gica do nitrogênio.

2. Como fornecer os micronu-trientes em cana-socaA Agrofito, em parceria com

a Bio Soja, possui dois fertili-zantes fornecedores de micro-nutrientes à cana-soca.

O Nutrifito Cana Mix é um fertilizante fluido fornecedor de boro, manganês e zinco em alta concentração. A dose do Nutrifito Cana Mix em cana

soca é 2 l/ha. Eventu-almente, em solos com baixos teores de micro-nutrientes, realizar duas adubações foliares com o Nutrifito Cana Mix.

O Nutrifito Cana Top fornece molibdênio e co-balto à cana-soca. A dose do Nutrifito Cana Top é de 500 ml/ha. Além do for-necimento de micronutrientes, fornece também compostos or-gânicos que estimulam o enrai-zamento e o desenvolvimento vegetativo da cana-soca.

3. Considerações finaisCom o esgotamento dos

teores de micronutrientes nos solos cultivados com cana é ne-cessário o fornecimento destes nutrientes na cana-soca.

Outra questão importante é que a cultura da cana-de-açúcar vem sofrendo severos ataques por diversos tipos de pragas.

Dentre essas se destaca a “cigarrinha”, que vem trazendo enormes prejuízos para o setor, tendo os produtores que fazer o controle com inseticidas.

O tratamento nutricional

com os produtos Nutrifito Cana Top e Nutrifito Cana Mix, pode ser feitos junto com a aplica-ção da maioria dos inseticidas, inclusive em “APLICAÇÕES ÁE-REAS”, para isso recomenda-se fazer o teste de compatibilida-de antes da mistura no tanque de pulverização.

Realizar uma aplicação do Nutrifito Cana Mix e Nutrifito Cana Top via foliar. Em cana-viais cultivados em solos com baixo teor de micronutrientes, realizar duas aplicações folia-res com o Nutrifito Cana Mix.

Renato Passos Brandão Gestor Agronômico (Biosoja)

Gugliermo Antonucci Gerente Marcas Próprias (Agrofito)

produção

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Um trabalho realizado com muito amor, dedicação e compromisso, por gente séria e competente deve ser valorizado e tido como referência. A Família Marchiori mantém todas estas características. Tradição, empreendedo-rismo e expansão de cultivos são sua marca junto ao agronegócio.

De nacionalidade italiana, o patriarca da família, Sr. João Batista Marchiori e sua espo-sa, Dona Doralice Marchiori, viviam na região de Engenheiro Coelho – SP. Migraram para Jaboticabal na década de 1950. De início, passaram a cultivar café, citrus, algodão e mi-lho, além de investir em pecuária. A cultura da cana-de-açúcar se tornou mais um negócio por volta de 1975, sendo hoje sua principal atividade no estado de São Paulo, consorcian-do as reformas das terras com as culturas de soja e amendoim.

O mercado de cana-de-açúcar nos anos de 1980 apresentou um bom momento. O Sr. João Batista Marchiori passou a contar com o apoio de seu filho Antônio Carlos Marchiori - Engenheiro Agrônomo (que estava trabalhan-do nas Indústrias Monsanto S.A., na região de Lins- SP), e souberam aproveitar o momento de expandir os negócios da família - adqui-riram terras na cidade de Alvorada, naquela época, ainda estado de Goiás, hoje Estado do Tocantins. Primeiramente produziram arroz para a abertura das áreas. Em 1985, inicia-ram o plantio de soja, e prosperaram. Devido às desfavoráveis condições do mercado da soja, em 1994 decidiram focar os negócios somente na pecuária.

Infelizmente, no ano de 2009, um trágico acidente de automóvel tirou a vida do Sr. João Batista. Um grande choque para a família, que conseguiu reunir forças e seguir seu legado.

Atualmente possuem um plantel de bovinos (PO), que está comercializando reprodutores e também plantel de gado comum (sem controle pela ABCZ), além das culturas de soja, milho e amendoim no estado do Tocantins, negócios estes conduzidos por Antônio Carlos Marchio-ri - Engenheiro Agrônomo, e seus filhos Tiago - Engenheiro Agrônomo, Munira - Engenheira Agrônoma e Rafael - Médico Veterinário.

O casamento de Munira com Rodolfo Pere-cin Nocitti (Engenheiro Agrônomo), deu conti-nuidade à prestação de serviços na colheita e plantio de cana-de-açúcar mecanizado.

Em Jaboticabal, Dona Doralice, filhos e netos, continuam cultivando cana-de-açúcar e amendoim, dando assim continuidade às atividades começadas há mais de 60 anos, projetando os negócios da família com sus-tentabilidade.

FaMília Marchiori PioneirisMo e tradição

família

Foto

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Da esquerda para a direita: Rafael (neto), Mariana (noiva do Rafael), Miguel (bisneto), Ana Paula (esposa de Tiago), Tiago (neto), Luisa (bisneta), Munira (neta), Rodolfo (esposo de Munira), Antonio Carlos (filho) e Rita (nora).

Sr. João Batista Marchiori e sua esposa Dona Doralice Marchiori

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agroFito no coração do Brasilnegócio

LOJA GURUPIRua G, 13 | QD. 9 | LT. 10 e 11 VILA GUARACY tel.: 63 3314 1050Gerente: Juliano Coró

Com 36 anos de história, 18 lojas estrategicamente localizadas nas re-giões agrícolas mais produtivas do Es-tado de São Paulo e uma atuação di-versificada que atende culturas como citros, milho, café, cana-de-açúcar, soja, tomate e amendoim, a Agrofito dá mais um importante passo em seu constante projeto de expansão. Ultra-passando divisas, a rede Agrofito che-ga a Gurupi, no Tocantins, um Estado de excelência agrícola por natureza.

Tudo tem sua hora, e é neste mo-mento, com um sistema de gestão de ponta, logística adequada, grandes fornecedores, know how reconhecido pelo mercado e pelos parceiros, que a empresa se sente preparada para sair do Estado.

Antes de abrir outra loja, muitos estudos foram realizados. A região foi avaliada sob vários aspectos, con-siderando as culturas existentes, a área de cada cultura, os concorrentes e, principalmente, a quantidade e o tamanho dos clientes para que, se-guindo os princípios que sempre nor-tearam a decisão de abrir uma filial, a Agrofito possa estabelecer grandes parcerias com os produtores da região de forma que todos ganhem: a empre-sa, o fornecedor e o produtor rural.

Outro fator importante considera-do neste processo foi a mitigação do risco da revenda, pois é sabido que riscos como intempéries climáticas e desvalorização do preço de uma com-modity agrícola afetam tanto o produ-tor quanto a revenda. Desta forma, uma distribuidora que se encontra ge-ograficamente bem distribuída, mitiga bem estes riscos. No caso da Agrofi-

to, atualmente, a maior participação de uma cultura em seu roll de atendi-mentos não ultrapassa 25%.

Desta maneira, além de aumentar o faturamento, melhorar a participa-ção no mercado, atender da melhor maneira o produtor rural e fortalecer relacionamentos com fornecedores, a expectativa dessa estratégia é tam-bém minimizar cada vez mais os ris-cos e, de forma sustentável, perpetu-ar o negócio.

Abrir uma filial em Tocantins foi uma ideia incentivada pela grande expansão da soja nesse Estado nos últimos anos, onde a Agrofito já tinha um número considerável de clientes: pecuaristas paulistas que iniciaram a abertura da área para plantio desta cultura, e que não tinham assistência técnica adequada na região. A expan-são da área agrícola está apenas ini-ciando naquele Estado, o que sinaliza que ainda há muito a se fazer, melho-rar e crescer, não só na produção de soja, mas também de amendoim, que já mostra uma forte tendência de mi-grar para lá. A Agrofito possui grande expertise e participa em cerca de 25% do mercado de amendoim no estado de São Paulo.

Por ser um estado novo, ainda há muito a se fazer: infraestrutura, estra-das, saúde, etc. Porém, o que de pri-meira vista parecem ser obstáculos, podem ser verdadeiras oportunida-des, e a Agrofito está chegando com muita vontade de ajudar o Estado a crescer e o produtor a prosperar.

Grandes incentivadores desta ini-ciativa da Agrofito foram os clientes e amigos Antonio Carlos Marchiori e

Tiago Marchiori, seu filho. Em conver-sas informais, eles mostraram preo-cupação em produzir soja e amendoim sem ter assistência técnica adequada na região, com fornecimento da linha de produtos da Basf que hoje é re-ferência na produção de amendoim. Diante disso, a Agrofito resolveu atendê-los fornecendo os produtos e disponibilizando um técnico. Depois disso vieram outros estudos, a pros-pecção de mais produtores e, por fim, a abertura da nova filial. A Agrofito procura sempre atenter às demandas de seus clientes melhorando, a cada dia, os relacionamentos, proporcio-nando assistência técnica diferencia-da, logística imediata, fornecimento de serviços de qualidade com o de-partamento Tecnofito na implantação de sistemas de irrigação, produtos de nutrição foliar de Marcas Próprias da linha Nutrifito e firmando parcerias com bons fornecedores como Basf, Nortox, Dow, Rotan, Sipcam, Milenia, Helm entre outros.

A Agrofito espera ter a oportuni-dade de mostrar seu atendimento a todos os produtores da região de Gurupi, fazendo de sua loja um ponto de encontro entre amigos naquela re-gião, como já acontece em suas lojas do Estado de São Paulo.

Francisco Ricardo de ToledoDiretor Comercial da Agrofito

eXPansão dos negÓcios leVa Filial ao estado do tocantins

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irrigação eM cana-de-açúcarO Estado de São Paulo comporta mais

de 60% do parque canavieiro do País (apro-ximadamente 5 milhões de hectares) e apre-senta a maior média de produtividade, cerca de 88 ton/ha. Além disso, em geral, possui solos férteis e bom índice pluviométrico. Por estes motivos, muitos agricultores acredi-tam que não há a necessidade de investir em um sistema de irrigação nesta região.

Diversas experiências mostram que é uma conclusão bastante equivocada.

Projetos de irrigação e fertirrigação por gotejamento enterrado, instalados em condi-ções ótimas de desenvolvimento de canavial em sequeiro, promovem inúmeros benefícios:

•Redução dos custos de produção;•Aumento de Produtividade;•Aumento de Longevidade;•Aumento da uniformidade (colheita

mecanizada);•Redução de perdas de água;•Aumento da Eficiência de Aplicação de

Fertilizantes;•Flexibilidade na gestão do sistema (Au-

tomação);•Possibilidade de aplicação de vinhaça

pela irrigação;•Aplicação de Defensivos via goteja-

mento (Quimigação).Como exemplo, podemos citar uma fa-

zenda na região de Barra Bonita (SP), com

um solo muito argiloso (60% de argila) e ex-tremamente fértil, em uma região com mé-dia histórica de precipitação de 1.400 mm anuais, e que possui histórico de produtivi-dade de 95 ton/ha. O sistema totalmente automático de irrigação por gotejamento enterrado Netafim foi implantado com fina-lidade de aumento de produtividade e de longevidade, substituindo o sistema exis-tente de autopropelidos. Através de um ma-nejo de fornecimento de água controlado e parcelamento da adubação (fertirrigação) conseguiu-se aumentar a sua produtivida-de média para 145 ton/ha, acréscimo de 50% de produtividade. O maior ganho, nes-te caso, foi ter conseguido reduzir o custo de produção da lavoura em 30%. A nova tecnologia conseguiu aumentar sua produ-tividade em 50% e diminuir seu custo de produção em 30%.

Comparativo entre sistemas •Economia de água - 50%;•Economia de energia elétrica - 12%;•Economia de fertilizantes - 25% na pro-

porção em Kg de fertilizante por tonelada de cana produzida;

•Eficiência no uso da água e fertilizan-tes de 95%.

Bethânia F. Barbosa de ToledoGerente Depto. Irrigação TECNOFITO – AGROFITO.

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

E ECONOMIA NO CUSTO

irrigação

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Tecnologia fomenta a formação de viveiros, oferecendo mudas de alta pureza genética, maior sanidade e grande vigor, possibili-tando canaviais mais produtivos.

Você sabia que a cana-de-açúcar é uma das principais culturas do agronegócio brasileiro? De acordo com o Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil deve registrar a taxa média de aumento da produção de 3,25% ao ano até 2019. Com o forte crescimento da produção no País, é necessário que ocorra o investimento em tecnologias para trazer mais segurança e sanidade a esta cultura.

Para atender à intensa demanda do setor, a BASF não para de investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Em junho, a empresa apresenta ao mercado o AgMusa™, ferramenta inédita para a produção de mudas de cana-de-açúcar com sistema inova-dor. A novidade oferece mudas com alta qualidade e garantia de sanidade, possibilitando maior rapidez na introdução e expansão de novas variedades de cana com maior potencial

Confira como o AgMusa™ funciona:

BASF receberá variedades oriundas de obtentor, formará vivei-ros básicos e a partir destes utilizará alta tecnologia para produção de mudas em sua Biofábrica.

Mudas serão produzidas com garantia de sanidade e também serão tratadas com produtos BASF que possibilitam mudas com qualidade incomparável.

Após o processo de produção, as mudas estarão prontas para o plantio manual ou mecanizado em plantadoras desenvolvidas pela BASF e produzidas em fabricantes especializados.

BasF lança agMusa™Além da tecnologia em si, a BASF oferece assistência técnica

pré e pós-venda, acompanhando o produtor desde o plantio até a formação do viveiro. O AgMusa™ também integra em seus sistemas a mecanização para o plantio.

O AgMusa™, destinado às usinas e fornecedores de cana, consiste em um pacote tecnológico de multiplicação de mudas e plantio de variedades com alta pureza genética, isenta de pra-gas e doenças com qualidade superior. “Quando associamos as boas práticas agrícolas com o sistema inovador de produção de mudas e formação de viveiros sadios, oferecemos ao produtor a possibilidade de formação de canaviais de alto potencial pro-dutivo com maior retorno sobre o investimento, explica Antônio Cesar Azenha, gerente de negócios responsável pela tecnologia.

Para se chegar ao produto final, a empresa investiu quatro anos em pesquisas e contou com apoio de consultores e clien-tes do setor, além do investimento na construção de uma bio-fábrica na Estação Experimental de Santo Antônio de Posse. Paralelamente, a BASF também desenvolve novos equipamentos de plantio compatíveis com a tecnologia e que serão produzidos por empresas especializadas.

sisteMa de Produção de agricultura de Mudas sadias Para cana-de-açúcar

destaque

A Agrofito está apta a comercializar as mudas AgMusa™, realizar o plantio mecanizado, e implantar irrigação por

gotejamento nos novos viveiros de cana.

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Com o término de mais um ciclo do café Arábica, observamos produtores refazendo contas e chegando à conclu-são de que passou mais uma safra e as contas não fecharam. Mergulhados em uma crise de rentabilidade, combi-nada a custos ascendentes especial-mente em lavouras não mecanizadas, com prejuízo em torno de R$ 100,00 por saca de café, segundo estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Minas Gerais (FAEMG).

Com a ocorrência de chuvas duran-te a colheita, a qualidade do café aca-ba prejudicada pela umidade, seja por derrubar os grãos no chão ou afetar a qualidade dos frutos ainda na planta. A ocorrência de chuvas fora da esta-ção poderá estimular floradas preco-ces que dificilmente vingarão devido à inconstância das chuvas, prejudicando a uniformidade de maturação da próxi-ma safra.

Diante desses fatores, alguns ca-feicultores sinalizam que investimen-tos fundamentais serão adiados: re-novação de lavouras, aquisição de maquinários, irrigação, adubações e tratamentos fitossanitários adequa-dos. O desafio do setor são áreas em baixa produtividade por idade avança-

da, outras até produzem bem, mas a mecanização não chega, aumentando o custo de produção. A desaceleração na aquisição de maquinários obriga o produtor a ficar cada vez mais depen-dente da mão-de-obra escassa, cara, desqualificada e com a fiscalização cada vez mais rígida. A redução na adubação e tratamento fitossanitário diminui a produção, onde na alta da saca do café o agricultor não tem pro-dução boa por falta de investimento, e só após dois anos de tratamento ade-quado é que volta a produzir bem.

Certamente ocorrerá o que observa-mos em todos os momentos de crise, em todos os segmentos: os produtores com visão de futuro, que se planejam, que estão bem estruturados e acom-panham as melhores tecnologias do setor vão se despontar e obter maio-res lucros e ocupar um espaço ainda maior. O inverso também é verdadeiro. Aqueles que não se planejam e em mo-mentos como este precisam diminuir os cuidados mais básicos com seu maior patrimônio (o cafezal), entrarão em um ciclo vicioso onde à baixa tec-nologia levará a baixa produtividade e qualidade, que levará a mais ciclos de baixo investimento. O fim deste ciclo

oportunidades

caFeicultores eM alerta: oPortunidades

dificilmente será de bons resultados. Sabemos que a crise é sempre

oportunidade para os que têm visão e planejamento. “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”.

Caro produtor, nós da Agrofito esta-mos juntos nessa, trabalhando para que no futuro estejamos menos vulneráveis à crise, mais profissionais em produzir.

Marcus Vinicios da Silveira MartinsEngenheiro Agrônomo Gerente de Negócios

Café da Agrofito Ltda.

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Hoje já é um fato conhecido dos citricul-tores a importância do controle do psilídeo (Diaphorina citri) para a redução da trans-missão das bactérias causadoras do huan-glongbing (HLB), assim como é fundamen-tal a erradicação das fontes de bactérias: as plantas contaminadas.

Gostaria de esclarecer que este artigo não tem o objetivo de dizer que esta é a maneira correta de se pensar no tema. Com ele discorremos acerca dos trabalhos que o departamento de pesquisa da Farm Assistência Técnica vem desenvolvendo e apresentaremos alguns resultados.

Os trabalhos com inseticidas têm mos-trado que é difícil atingir a excelência de 100% de controle dos insetos de um ta-lhão, ainda mais considerando a ocorrência de migrações de insetos de áreas vizinhas. Uma maneira de contornar esse problema é aumentar a frequência de controle do inseto vetor, assim, evitamos que insetos remanescentes e/ou migratórios realizem posturas e produzam novas gerações de dentro do talhão.

Dentro dos ensaios de controle químico, foram feitos alguns com o uso do cálculo de hectare vertical pulverizado, visando identi-ficar um volume de calda que seria suficien-te para o controle eficaz do psilídeo. Esse cálculo não considera a profundidade das plantas (diâmetro da copa). Como em ci-tros o enfolhamento ocorre até uma profun-didade de 90 cm e o psilídeo é uma praga localizada em folhas e brotações, não há necessidade de focar na penetração, e sim na camada com folhas.

Exemplo de cálculo: em um pomar adul-to, com 5 metros de altura e espaçamento de plantio igual a 6,5 m x 3 m, temos 512 plantas por hectare. Como os pulverizadores aplicam continuamente, sem acompanhar a curvatura do topo das plantas, devemos con-siderar que pulverizaremos um retângulo de 3 m de base por 5 m de altura com duas faces, assim, temos uma área de 30 m2 para tratar em cada planta. Como temos 512 plantas em um hectare, multiplicamos e des-

a PulVeriZação Para controle QuíMico do Psilídeo eM citros

cobrimos que temos que pulverizar 1,536 ha verti-cais em 1 ha de cultivo.

Em uma conta gros-seira, poderíamos pe-gar a recomendação de um inseticida que, por exemplo, recomenda a aplicação de 200 ml por hectare, e usarmos 200 ml em cada hectare vertical, com isso apli-caríamos 307,2 ml de produto em um hectare cultivado.

Se mudarmos a al-tura das plantas para 3 m teríamos 0,922 ha vertical dentro de 1 ha de cultivo. Daí deveríamos aplicar 184,3 ml do pro-duto em cada hectare de cultivo.

Para tal calibragem deveríamos regular os pulverizadores pelo volume de calda aplicado por m2 vertical.

Depois de alguns ensaios realizados avaliando a mortalidade residual de psilí-deos, temos a recomendação de que, para

perar grandes ganhos com os equipamen-tos baseados em modelos fabricados há várias décadas.

Danilo FrancoEng. Agr. M.Sc. Farmatac / GTACC

controle

utilizar a dose para 2.000 litros, r e comendadas pelas empresas e técnicos, é impor-tante que sejam aplicados 250 ml por m2 vertical, se-guindo a rotina de cálculo descrita nesse artigo.

Ainda assim, não temos dúvi-das de que a tec-nologia de pulve-rização foliar em fruteiras deve evo-luir muito, porém, não devemos es-

Ovos Psilídeo

Diaphorina citri

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A cadeia produtiva do amendoim no Bra-sil vem passando por grandes e relevantes transformações nos últimos 15 anos. Em 1998, enfrentando sérios problemas de qualidade e de confiabilidade, o amendoim parecia fadado ao desaparecimento como cultura empresarial. A partir daquele ano, no entanto, o setor investiu e passou gra-dativamente da colheita manual de uma única variedade ereta para a mecanização total de colheita e o uso de variedades me-lhoradas de porte rasteiro, mais produtivas e menos sensíveis a doenças. O resultado veio na forma de um expressivo ganho de produtividade nas lavouras, que hoje atin-gem marcas acima de 5.000 kg por hec-tare. Como termo de comparação, logo que as variedades runner foram adotadas, a barreira dos 3.000 kg por hectare era a marca a ser batida.

Veio junto o processo de secagem artifi-cial, e também o programa de melhoramen-to genético financiado pelas indústrias do setor, que permitiu ao IAC, tradicional centro de melhoramento de amendoim, a obtenção de variedades do grupo dos amendoins altos oleicos, que são variedades cujos grãos tem caraterísticas de óleo que retardam a sua ra-

mificação e aumentam, portanto, sua vida de prateleira. Ao mesmo tempo, produtores in-dependentes também começaram a trazer da Argentina algumas variedades do grupo alto oleico, inicialmente de forma clandestina, e depois com a autorização do governo.

No entanto, a despeito de todo esforço dos geneticistas do IAC e das empresas fi-nanciadoras do programa de melhoramento durante os últimos 10 anos, até hoje o se-tor privado não foi capaz de montar um sis-tema confiável de produção de sementes fiscalizadas de alta qualidade. A disponibi-lidade de sementes genéticas é restrita, e a iniciativa privada não montou um sistema eficiente e profissional de reprodução des-te material, de forma a disponibilizar volu-mes comerciais de sementes das classes fiscalizadas e certificadas.

O resultado é um panorama que beira o caos. Sementes com baixa germinação, contaminação por patógenos e mistura va-rietal geram anualmente milhões de reais de prejuizos aos produtores, acarretando a desconfiança e estimulando a produção de sementes pelo próprio agricultor. Padrões de qualidade são ignorados tanto pelo go-verno, que deveria fiscalizar, como pelo

setor produtivo, que deveria exigir qualidade compa-tível com o preço que paga pela se-mente. Preço, ali-ás, exorbitante se comparado com os preços pagos pelo produtor america-no. A safra passa-da foi um exemplo claro do problema: um fornecedor vendeu sementes de amendoim alto oleico com germi-nação abaixo de 50% e alta conta-minação por pató-genos de solo por até R$5,60/kg em outubro de 2012, enquanto produ-tores americanos compraram semen-tes de amendoim na mesma safra, em maio de 2012, com germinação de 94% pelo equi-valente a R$3,37/kg, ao câmbio da época. É certo que o problema ocorreu apenas em alguns lotes, e os produto-res que tiveram os problemas mais sé-

rios foram bonificados, mas germinações de 70% são usualmente aceitas como nor-mais. Não são.

O impacto no custo de produção é gran-de. O produtor brasileiro sabe disso, mas talvez nunca tenha se dado conta de que poderia ter uma semente melhor se o sis-tema de produção fosse diferente. Mas o Brasil ainda produz sementes de amen-doim como se estivesse produzindo grãos para o consumo humano. A falta de cuida-do com a pureza é tamanha que, com raras excessões, atualmente não existe campo de amendoim alto oleico puro, a despeito dos milhares de Reais investidos pelas em-presas privadas no programa de melhora-mento genético do IAC.

Existe ainda o problema da baixa germi-nação, e vale à pena fazer algumas contas. Atualmente a técnica recomenda como pa-drão de população entre 12 e 15 plantas de amendoim por metro linear no ponto de colheita. Se estivermos trabalhando com sementes de 94% de germinação e usar-mos um número médio de 13,5 plantas por metro, deveremos semear 14,36 grãos por metro, em média. Se as sementes tiverem 70% de germinação, a taxa de semeadura sobe para 19,29 grãos por metro. São 34% a mais de sementes, refletindo no custo de produção e na logística da operação de abastecimento das plantadeiras no campo.

Se fizermos a conta com números ab-solutos, o resultado assusta. Estimamos que o custo direto médio de um hectare de amendoim esteja próximo de R$4.660,00 por hectare, já considerada a deprecia-ção de um parque de máquinas, e o uso de sementes peneira 40/50 com 70% de germinação. Neste caso, são necessários 120 kg de sementes, que, a R$5,10/kg, representam 13,9% do custo de produção, ou R$614,86.

Se o produtor tiver acesso a sementes com 94% de germinação, usará apenas 90 kg de sementes por hectare, pelo custo total de R$457,88. São R$156,98 de eco-nomia por hectare somente com o custo das sementes. Se considerarmos uma área de 1.000 hectares plantados, além dos R$156.980,00 de redução de custo, serão 30.000 kg a menos de sementes para transportar do barracão para o cam-po, e igual volume de redução de traba-lho no abastecimento das plantadeiras. A cada 2 anos, o volume de recursos econo-mizados pagaria uma nova colhedora de grande porte.

Mas podemos ir além. Se conside-rarmos que pelo menos 60% da área de amendoim plantada do Brasil sejam de alta tecnologia, em uma área média de 100 mil hectares teríamos 60 mil hectares planta-dos por produtores que poderiam ter aces-so a sementes de alta qualidade. Estes produtores perdem juntos, R$9.418.000 por plantarem sementes de má qualidade.

seMentes de aMendoiM: o iMPacto no custo da cadeia ProdutiVa

oportunidades

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Page 11: Informativo Agrofito - Edição 76

Na era da agricultura de alta tecnolo-gia, a cadeia do amendoim permanece cega para o problema da qualidade da semente. O processo de produção de se-mentes hoje segue a mesma filosofia que se usava há 50 anos atrás. As indústrias de benefício investem milhões em equipa-mentos de última geração, mas são inca-pazes de administrar sua secagem para que o amendoim destinado para semen-tes não torre nos secadores com ar a 40 graus de temperatura. Dizem ser por conta do risco da aflatoxina, mas se recusam a usar tecnologias de prevenção no campo para evitá-la. É mais fácil torrar os grãos

nação varietal como se fosse uma predesti-nação divina, da qual não se pode escapar. Mas os mercados oscilam, e o que hoje é uma mercadoria aceitável poderá não ser mais se os preços caírem ou se aparecer alguém com algo melhor.

E há outros riscos que não devem ser negligenciados. Viroses importantes que já assombram os produtores americanos há anos podem dizimar de uma única vez toda a produção nacional. Doenças de solo, de menor importância nas áreas de rotação de cana, já são hoje uma realidade limitante em áreas com apenas 3 anos de plantio no estado do Tocantins. Sem melhoramen-to genético e alta pureza das sementes, não há saída economicamente viável para a cultura do amendoim se estas pragas se instalarem por aqui. Se o setor não se con-cientizar, poderá se tornar dependente de material genético importado.

Isso seria muito pior do que enterrar quase 9,5 milhões de reais por ano em se-mentes que não germinam. É hora de mu-dar, como mudamos o processo de colheita há 15 anos. Lá, também era difícil, mas o produtor atropelou a indústria e fez mudar. Passou muito da hora de se criar no Brasil um sistema eficiente de produção de se-mentes de amendoim.

Pedro Faria Jr. / Eng. AgrônomoBiosphere Indústria e Comércio

de Insumos Agrícolas Ltda

no secador e deixar que o produtor se vire com uma semente medíocre.

É por isso que hoje muitos produtores preferem usar sementes próprias. Podem não ser puras, mas ao menos nascem.

O empresariado rural, ao invés de apro-veitar o momento de bons preços para in-vestir em modernização e sustentabilidade no setor que pode garantir a estabilidade e a qualidade do produto colhido, ou seja, sementes puras de alta qualidade, adota soluções paliativas. Parece não enxergar a vantagem competitiva de ter um lote de grãos 100% alto oleicos para oferecer aos seus clientes. Conforma-se com a contami-

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Page 12: Informativo Agrofito - Edição 76

São poucos os Agrodistri-buidores que conhecem a pos-sibilidade de captar recursos financeiros por meio dos novos títulos de crédito do agronegó-cio brasileiro que apresentam vantagens de taxas de juros mais atraentes em relação às oferecidas atualmente por ban-cos ou credores de insumos. É preciso conhecer estas novas modalidades de financiamento.

Os títulos de crédito do agronegócio são vinculados a direitos creditórios oriundos de negócios realizados entre produtores rurais e terceiros. Vale lembrar que a modalidade é válida também para os pro-dutores rurais organizados em cooperativas. Os direitos credi-tórios podem ser oriundos de fi-nanciamentos ou empréstimos relacionados com a produção, comercialização, beneficiamen-to, industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade agrope-cuária (parágrafo único, artigo

noVos títulos de crÉdito do agronegÓcio

negócio

23 da Lei nº 11.076/2004). Seguem abaixo os atuais títu-los que os Agrodistribuidores podem operar diretamente ou indiretamente:

- Produção: Cédula de Pro-duto Rural (CPR);

- Estocagem: Certificado de Deposito Agropecuário/Warrant (CDA/WA);

- Pós: Certificado de Depo-sito de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Credito Agrícola (LCA) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).

Exceto o titulo de produção (CPR) que já é consolidado no mercado, os Agrodistribuidores ainda não exploram os demais títulos com operações estru-turadas de financiamento no agronegócio. O volume negocia-do destes novos títulos ainda é pequeno, não atingiu o marco dos R$ 30,5 milhões no primei-ro trimestre de 2012, de acor-do com o BVMF/CETIP para po-sições em aberto em sistema de registro.

Entre os novos títulos, o CDCA merece destaque espe-cial para o setor de distribuição agrícola, pois os Agrodistribui-dores podem emiti-lo utilizando o lastro CPR e originar o CRA junto com as empresas de se-curitização. O CRA é um titulo de crédito nominativo, de livre negociação, representativo de

promessa de pagamento em di-nheiro, emitido por companhias securitizadoras do agronegócio. No final do ano passado, duas grandes indústrias de insumos agrícolas tomaram a iniciativa e se juntaram com alguns poucos Agrodistribuidores para lançar o CRA com a empresa securitiza-dora Octante Capital por inter-médio da BVMF/CETIP.

Certamente este título ga-nhará liquidez nos próximos anos com o aumento de inte-resse dos investidores que não são do setor, mas que podem adquirir o CRA que oferece melhores retornos financeiros que os mercados tradicionais de renda fixa que reduziram drasticamente os juros nos úl-

timos anos com a estabilida-de da economia brasileira. Em um ano, a taxa SELIC caiu de 11,5% para 7,4%, e o juro real para menos de 2% consideran-do inflação do Índice Nacional de Preços a Consumidor Amplo (IPCA). Sem saída, os investido-res devem diversificar as suas posições financeiras e uma al-ternativa é este titulo que ofe-receu rentabilidade de 109% do CDI no final do ano passado.

Lauro Kfouri MarinoGerente do departamento de distribui-ção da Uni.Business Estratégia e atua

em projetos em agronegócios e distribuição de insumos

agropecuários. Para informações visite www.unibusiness.org

Rua Oreste Bozelli, 95 | Centro | CEP 15990-240Tel. 16 3383 8300 | www.agrofito.com.br