Informativo dos Portos - 160

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NOVO PACOTE PREVÊ R$ 54 BILHÕES PARA OS PORTOS ATÉ 2017 Edição nº 160 - Ano XII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320 Exportações catarinenses crescem quase 200% em uma década Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados Programa lançado pelo governo federal também altera as regras do setor e abre a exploração dos portos para empresas privadas

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Edição 160 da Revista Informativo dos Portos

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Novo pacote prevê r$ 54 bilhões para os portos até 2017

Edição nº 160 - Ano XII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

Exportações catarinenses crescem quase 200% em uma década

Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados

Programa lançado pelo governo federal também altera as regras do setor e abre a exploração dos portos para empresas privadas

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35,5Km de acessos

rodoviários pavimentados.Acesso direto à BR 101.

383 navios operados

em 14 meses de operação.

160.832 contêineres movimentadosem 14 meses de operação.

63 de média geral de MPH

(movimentos por hora).

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EDITORIALO anúncio do Programa de Investimento em Logística para Portos, feito pelo governo federal, não somente lança novas perspectivas de investimentos aos portos brasileiros como muda radicalmente a forma de gerir terminais portuários no Brasil. Serão R$ 54 bilhões para o setor portuário, a serem bancados pelo governo com parceria privada, até 2017, com o objetivo de atingir maior movimentação de cargas ao menor custo possível.

As novas regras do setor abrem a exploração dos portos para empresas privadas. A partir de agora, companhias de qualquer segmento podem investir em terminais portuários, sob o argumento de dinamizar uma área que se transformou num dos maiores gargalos da economia, enquanto ficou basicamente sob controle do setor público.

O pacote também visa à regulação do serviço de praticagem e a abertura de novas chamadas públicas para construção de Terminais de Uso Privativo (TUPs), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para prestação de serviços e licenciamento ambiental. Novas mudanças ainda vêm por aí, já que a presidente Dilma Rousseff anunciou que deve lançar até o final do ano um pacote voltado aos aeroportos

Uma matéria sobre as exportações catarinenses mostra que as vendas de Santa Catarina para o mercado internacional cresceram nada menos que 199% na última década, segundo estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). No entanto, em valores exportados, a participação no total das exportações brasileiras caiu 5,2% em 2001 para 3,54% em 2011. Com isso, o estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição.

Quer saber mais sobre o setor? Esta edição vem recheada de novidades.

Boa leitura e um excelente final de ano para você!

Publicação: Perfil EditoraDiretora : Elisabete CoutinhoDiretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP)Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana ZontaFoto da capa: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Arte e Diagramação: Willian Domingues e Elaine Mafra (Serviço terceirizado) 47. 3046-6156Fone / Fax: (47) 3348.9998 / (47) 3344.5017www.informativodosportos.com.brinformativodosportos@informativodosportos.com.br

Duplicação do trecho Sul da BR-101 será concluído só em 2017

Ciência e Tecnologia

Novo pacote prevê investimen-tos de R$ 54 bilhões nos por-tos até 2017

Exportações catarinenses crescem 199% em uma década

ÍNDICE

Rússia acaba com suspensão das exportações de frigorífi-cos de três estados

Suplemento de Itajaí

04 e 06.

08 e 10.

20 e 21.

32 a 33

24 e 25.

41 a 44.

Suplemento SEP35 a 38

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O governo federal acaba de lançar o Pro-grama de Investimento em Logística para Portos, um pacote de mais de R$

54 bilhões para o setor portuário, a ser bancado pelo governo com parceria privada. Os inves-timentos serão aplicados até 2017. Destes, R$ 31 bilhões deverão ser investidos até 2015. De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, o ob-jetivo do programa é levar à maior movimenta-ção de cargas com o menor custo possível aos terminais brasileiros.

Do montante total, os portos de Santa Catarina (Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul) devem receber R$ 2,12 bilhões em investimentos da União e iniciativa privada até 2017, cerca de 4% do valor total anunciado. Estão previstos R$ 1,34 bilhão para os anos de 2014 e 2015 e R$ 781 milhões para os anos de 2016 e 2017. Também já estão alocados recursos na ordem de R$ 447 milhões para obras de dragagens de manutenção e aprofundamento nos portos catarinenses, por meio do Plano Nacional de Dragagem II, da Secretaria de Portos (SEP). Os serviços serão licitados em 2013 e, segundo o ministro Leônidas Cristino, com o diferencial de que esses serviços também englobarão a draga-gem dos berços de atracação, além da draga-gem dos canais de acesso e bacia de evolução.

Dos R$ 54,2 bilhões de reais de investimento anunciados, a região Sudeste é a que mais re-ceberá recursos. A região terá investimentos de R$ 16,509 bilhões nos dois primeiros anos e de R$ 12,146 bilhões em 2016 e 2017. Os investi-mentos na região Sul serão de R$ 3,363 bilhões em 2014 e 2015 e de R$ 4,250 bilhões nos dois

anos posteriores. A região Norte receberá R$ 4,37 bilhões em investimentos em 2014 e 2015 e R$ 1,59 bilhão nos dois anos seguintes. A Nor-deste ficará com R$ 6,775 bilhões em 2014 e 2015 e com R$ 5,159 bilhões em 2016 e 2017.

PACOTE

O governo federal alterou radicalmente as re-gras do setor portuário, abrindo a exploração dos portos para empresas privadas. A partir de agora, companhias de qualquer segmento po-dem investir em terminais portuários. O objetivo é dinamizar uma área que se transformou num

dos maiores gargalos da economia, enquanto fi-cou basicamente sob controle do setor público. Anunciado em dezembro no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff e o ministro Le-ônidas Cristino, da Secretaria dos Portos, o novo pacote de medidas é ambicioso do ponto de vis-ta regulatório.

O pacote visa permitir a regulação do serviço de praticagem, eliminação de barreiras à entrada de novas empresas no setor, a abertura de novas chamadas públicas para construção de Termi-nais de Uso Privativo (TUPs), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para

PACOTE FEDERAL

Novo pacote prevê investimentos de R$ 54 bilhões nos portos até 2017

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Novo pacote prevê investimentos de R$ 54 bilhões nos portos até 2017

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prestação de serviços e licenciamento ambien-tal. “Queremos a promoção da competitivida-de e desenvolvimento da economia brasileira. E para isso temos que por fim nas barreiras à entrada do setor”, afirmou Cristino durante anúncio do plano em cerimônia no Palácio do Planalto.

O ministro dos Portos anunciou que serão fei-tas concessões de cinco portos públicos. Em Manaus (AM), Porto Sul (Bahia) e Águas Pro-fundas (ES), a concessão prevê a construção de novos portos. Em Ilhéus (BA) e Imbituba (SC), os portos já existem. De acordo com Cristino, o processo para concessão desses portos começa em 2013. A construção dos portos de Manaus, Porto Sul e Águas Profundas vai custar, respec-tivamente, R$ 401,3 milhões, R$ 1 bilhão e R$ 2,9 bilhões, segundo estimativas do governo. Ilhéus e Imbituba devem receber, cada um, R$ 100 milhões em melhorias.

O governo anunciou ainda que todos os 54 ter-minais arrendados até 1993 serão relicitados já no ano que vem. As regras de licitação para novos portos e terminais também são novas. Para vencer o leilão não será preciso apresentar a maior proposta financeira à União, mas sim, oferecer a maior movimentação de carga pre-vista para o empreendimento e a menor tarifa que será praticada no terminal.

ESTRuTuRA

O governo apresentou também uma nova es-trutura organizacional para o sistema de portos, com a vinculação da Agência Nacional de Trans-

portes Aquaviários (Antaq), que antes era ligada ao Ministério dos Transportes. Foi criada ainda a Comissão Nacional das Autoridades Portuárias (Conaportos) e a Comissão Nacional para As-suntos de Praticagem (Conap), cujos decretos a presidenta assinou no anúncio do pacote.

Com essas medidas, o governo aumenta a inge-rência federal sobre os portos. “Estamos convic-tos de que, com esse novo marco, o setor portu-ário terá cada vez mais capacidade para cumprir seu papel de maneira sustentada para o desen-volvimento e o crescimento da economia brasi-leira”, explicou o ministro. A Conaportos será a coordenação em nível federal das autoridades portuárias. O objetivo do órgão será diminuir a burocratização e a busca da agilização para re-

duzir o tempo de espera para a embarcação dos navios nos terminais brasileiros. Por ela, serão concentrados, por exemplo, todas as exigências de Receita Federal, Polícia Federal, Vigilância Sa-nitária, entre outros órgãos intervenientes.

Ao anunciar as mudanças nas regras do setor de portos, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para reforçar que, até o fim do mês, mais um pacote será lançado, desta vez voltado aos aero-portos. Segundo o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), o governo prepara medidas para construir até o fim de 2015 cerca de 70 novos aeroportos regionais, a fim de levar a malha nacional a pouco mais de 200 ter-minais. Hoje, são 136 regionais.

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As exportações catarinenses cresce-ram 199% entre 2001 e 2011, e 34 dos 50 principais produtos expor-

tados pelo estado tiveram um incremento superior a essa média. Os maiores cres-cimentos foram observados em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis (principalmente alimentos e de-rivados), insumos industriais e bens de capitais. Santa Catarina conseguiu man-ter um saldo superavitário entre 2001 e 2005. De 2006 a 2008 o saldo continuou

positivo, mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária. Essas foram as principais conclusões do estudo “Análise do Comércio Internacional Catarinense 2012”, que a Federação das Indústrias (Fiesc) lançou recentemente em Floria-nópolis.

Em um década, as importações catarinen-ses cresceram 1.600%. No período, o es-tado registrou um salto de 53% no núme-

ro de importadoras, passando de 1.567 importadoras para 2.411. De acordo com o diretor de Relações Industriais da Fiesc, Henry Uliano Quaresma, isso ocor-reu, principalmente, pelo crescimento da demanda interna e por um câmbio mais favorável. “Ampliação da infraestrutura portuária e o programa de incentivos fis-cais criado em 2007 pelo governo estadu-al, o Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de ICMS para produtos im-portados via portos catarinenses, foram

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Exportações catarinenses crescem 199% em uma década

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importantes para esse desenvolvimento”, acrescentou.

Santa Catarina conquistou espaço nos mercados de alimentos, máquinas e equi-pamentos elétricos, móveis, papel e celu-lose, cerâmica de revestimento e na in-dústria têxtil. No caso do frango, principal item da pauta de exportação catarinense, o estado é responsável por 14% de todas vendas externas do produto no mundo.

Em valores exportados, a participação de Santa Catarina no total das exporta-ções brasileiras caiu 5,2% em 2001 para 3,54% em 2011. Com isso o Estado pas-sou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Já nas importa-ções o estado passou de uma contribuição de 1,55% em 2001 para 6,57% em 2011. A maioria dos produtos importados pelo estado são manufaturados utilizados pela indústria, mas também fazem parte da relação bens de consumo duráveis e não duráveis e alguns bens de capital. Destes, 14 tiveram importações superiores a US$ 150 milhões.

Outro ponto interessante da publicação é o fato de que as importações catarinenses, que em 2001 vinham predominantemente da União Europeia (34,5%) e do Mercosul (24,7%), passaram a ser lideradas pela Ásia (43%). “A evolução das importações está em sintonia com as tendências do co-mércio internacional do período. As com-pras externas realizadas por Santa Catari-na não se destinam totalmente ao estado, mas entram no Brasil pelos seus portos. Houve um grande aumento no volume de insumos para a indústria, máquinas e equipamentos, além de bens de consumo vindos de países asiáticos nos últimos

anos para atender o mercado brasileiro”, avaliou Henry Quaresma.

ExPORTAçõES

Os países com maiores quedas na partici-pação do total exportado pelo estado na comparação entre 2001 e 2011, foram os Estados Unidos (de 23,58% em 2001 para 10,96% em 2011), a Alemanha (de 7,27% pra 4,6% no período) e a Rússia (de 6,43% para 3,17%). Nesse mesmo período os maio-res incrementos na participação do total ex-portado por Santa Catarina foram a China (de 0,6% para 4,53%), o Japão (de 3,86% para 7,56%) e os Países Baixos (3,87% para 7,08%). O diretor de Relações Industriais da Fiesc lembra que exportar é importante, mas tem que ter valor agregado.

Outro fator destacado por Quaresma é que as empresas devem manter o foco no mer-cado externo. Ele cita o exemplo das indús-trias do setor moveleiro, que praticamen-te deixaram de trabalhar com o mercado internacional para focarem negócios no mercado interno. “É preciso atender esse mercado, até para manter a qualidade e a competitividade”, destacou. “Exportar para alguns setores é sobreviver”, reforça André Marcos Favero, diretor da Secex/Midc. Para ele, o Brasil precisa mudar o seu jeito de fazer negócio com os outros países.

MuDANçAS

Entre 2001 e 2011 o volume de exporta-ções globais triplicou, saindo da casa de US$ 6 bilhões para US$ 18 trilhões. Nesse contexto, os países em desenvolvimento, liderados pelo chamado BRIC ( Brasil, Rús-sia, Índia e China) ganharam peso econô-mico global. Entre 1995 e 2010, a partici-

pação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumentou de 28,5% para 41.2%. No caso específico do BRIC, o Brasil se afirmou como um im-portante fornecedor mundial de alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia.

Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relati-va. Em 2010, os países do grupo BRIC eram responsáveis por 16 % da riqueza gerada no mundo, com uma participação no PIB global de 8% na década. Nesse ritmo, a China pas-sou de quinto maior exportador do mundo para a primeira posição, deixando os Esta-dos Unidos para trás. Já o Brasil terminou 2011 como o 22º maior exportador mundial. Em 2011, o país elevou suas exportações para US$ 256 bilhões.

Diretor de Relações Industriais da Fiesc, Henry Quaresma

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Na Baía de São Marcos, no Ma-ranhão, desponta um dos portos mais promissores do Brasil. A for-

ça da natureza moldou uma área propícia para o recebimento de grandes navios. E pela sua rota estratégica no globo — é o porto brasileiro mais próximo da Améri-ca do Norte, da Europa e da Ásia —, os olhos do mundo se voltam para essa re-gião. As águas profundas e a localização privilegiada, aliadas aos investimentos e à gestão da Empresa Maranhense de Ad-ministração Portuária (Emap), conferem ao Porto do Itaqui a condição de um dos principais indutores do crescimento eco-nômico do estado e de uma grande área de influência no país.

A natureza em muito colaborou, mas é a força de Luiz, Daniel, Diogo, Sílvia, Flá-vio, João, Harlan, Ellen e de muitos ou-tros trabalhadores da Emap, que dedicam diariamente suas competências e habili-dades para administrar o porto, que faz o Itaqui direcionar esforços para alcançar a meta de, em 20 anos, tornar-se um dos 10 mais importantes portos do mundo, sendo elevado à categoria world class.

Para alcançar esse objetivo, a atual ges-tão da Emap, sob a presidência do enge-nheiro Luiz Carlos Fossati, trouxe equilí-brio econômico, social e ambiental para

uma empresa pública que busca lucrati-vidade, mas também assumiu a respon-sabilidade de propiciar desenvolvimento socioeconômico para o Maranhão e para as comunidades do entorno de suas ins-talações. E é o investimento nas pesso-as que permite à Emap traçar uma rota de crescimento competitivo no mercado portuário mundial. “São os profissionais que trabalham aqui que permitem ao porto do Itaqui ter um diferencial”, afir-ma o presidente.

Ellen Brissac, gerente de Contratos e Ar-rendamentos, percebe que o porto está passando por um momento único em que há crescimento do interesse das empre-sas em investir na região, e isso se deve aos projetos desafiadores que passam diariamente pela equipe responsável por administrar contratos já existentes e a receber novos clientes, a exemplo do Ter-minal de Grãos do Maranhão (Tegram). “Os grandes investimentos que chegam ao Maranhão passam pelo porto. Nosso desafio é ter agilidade para que os pro-cessos sejam conduzidos e as implanta-ções aconteçam em tempo hábil, consi-derando sempre todo o aspecto legal”, afirma Ellen Brissac.

Já pelas mãos de Sílvia Gomes, geren-te de Logística, passam as cargas que chegam dos navios e precisam ser ar-

mazenadas. Trabalhando na Emap desde 2006, ela desenvolveu trabalhos na área de qualidade e mais recentemente acei-tou o desafio de administrar a demanda crescente de cargas (granéis sólidos e líquidos, contêineres e carga geral). Au-mento expressivo foi registrado também na movimentação de grandes cargas de projetos que estão sendo instalados no Maranhão, como os da Suzano Celulose, da MPX, da Vale, OGX, Gusa Nordeste e UTE Parnaíba. Sílvia argumenta que as atividades de logística na área portuária possuem um diferencial em relação ao que é usual no mercado, já que o profis-sional da área interage diretamente com o setor de Planejamento.

LIDERANDO TALENTOS

Administrar uma empresa vai além do gerenciamento correto dos recursos fi-nanceiros, prazos e metas. Estar à frente de um empreendimento é ter uma visão humana daqueles profissionais que aju-dam a edificar a organização. São os ta-lentos internos que garantem a inovação, o crescimento e a solidez da empresa. E Fossati lidera atualmente uma equipe de empregados que sabe que o trabalho deles exerce impacto significativo na so-ciedade.

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Presidente da EMAP, Luiz Carlos Fossati, e equipe

Gerente de Logística, Silvia Gomes

A força que move o porto

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O principal desafio da atual gestão é transformar o perfil da Emap, permitindo que a empresa esteja focada em resulta-dos, para que seja competitiva no mer-cado, tornando-a eficiente e agregando competência aos seus processos. E essas qualidades vêm por meio dos profissio-nais que trabalham na empresa.

Um dos jovens talentos que a Emap possui em seu quadro funcional é o coordenador de Projetos, Flávio Pestana, formado em Arquitetura pela Universidade Estadual do Maranhão. Mas o que um arquite-to faz no Porto do Itaqui? “O arquiteto nessa área acompanha obras, documen-tos técnicos, relatórios dos projetos que são desenvolvidos internamente, tendo principalmente o foco nas condições de sustentabilidade e na utilização de mate-riais que não agridam o meio ambiente”, responde Flávio.

Para o gerente de Planejamento, Harlan Allen, por nunca ter trabalhado com ges-tão portuária na área de planejamento, desde o início foi um desafio trabalhar na Emap. “Não dá para ficar entediado aqui, já que são muitas as demandas e aqui temos um dinamismo muito gran-de”, complementa Harlan.

Investimento em capital humanoA tecnologia não é suficiente para resol-ver todos os problemas, pois não substitui a competência das pessoas. Atualmente a Emap possui profissionais capacitados e

altamente treinados para usar as ferra-mentas tecnológicas que ajudam no ge-renciamento e no ganho em produtivida-de. São essas pessoas que permitem que a empresa seja ainda mais competitiva.

E é nesse cenário que o gerente de Tec-nologia da Informação, João Menegazzo, lidera a equipe responsável por informa-tizar todos os sistemas que funcionam na Emap, garantindo que a empresa tenha desde serviço de e-mail até o contro-le de todas as operações portuárias em tempo real. A Emap investe atualmente na implantação de um sistema de gestão informatizado, sem a utilização de papel e integrado com a comunidade portuária local e, mais tarde, com todos os órgãos intervenientes com os quais a empresa se relaciona. O projeto contribuirá para que as operações portuárias sejam ainda mais ágeis e seguras, além de proporcio-nar ferramentas para a organização de um banco de dados completo do Itaqui. “Atualmente fazemos o monitoramento em tempo real do percurso dos navios desde sua chegada até a saída do porto. Além disso, temos acesso às informações em tempo real, via tablet ou Iphone, o que permite que o processo de tomada de decisões seja mais rápido e eficiente”, afirma João.

Daniel Aroucha, coordenador de Meio

Ambiente, acredita que investimentos em pesquisas científicas, educação am-biental e o monitoramento e fiscalização constante dos indicadores ambientais no porto, que hoje ocupa quarta posição no país no Índice de Desempenho Ambien-tal da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), sejam caminhos para diminuir o impacto no meio am-biente.

O investimento em tecnologia também está ancorado no contínuo aperfeiçoa-mento do capital humano da empresa. A Emap investe em pessoas com potencial de crescimento e que estão engajadas nessa missão. O intuito é desenvolver pessoas através de treinamento, par-ticipação em cursos e com a oferta de benefícios que atraiam e mantenham os bons profissionais na empresa. “Depois de quase dois anos, devido a todos es-ses investimentos, tanto em tecnologia quanto em pessoas, o porto hoje tem mais credibilidade e um grupo de profis-sionais mais engajados a resultados, que possui motivação para atingir os nossos objetivos, dentro do tempo hábil e com grande competência. Esse é o grande de-safio, manter essa máquina funcionando com os profissionais certos e motivados”, enfatiza Fossati.

Texto: Asmynne Bárbara

Coordenador de Obras , Flávio Pestana

Gerente de Tecnologia da Informação, João Menegazzo,

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As comemorações do primeiro ano de atividades da Hellmann Worldwi-de Logistics em Itajaí (SC) e Curi-

tiba (PR) contou com um evento especial e a participação do proprietário do Grupo Hellmann, Jost Hellmann. O evento foi re-alizado no Espaço Cultural David Carneiro, no Hotel Pestana, no dia 13 de novembro, sob a coordenação do gerente regional de vendas da Hellmann, Daniel Oldakoski. Um ano depois da abertura das duas no-vas unidades em Santa Catarina e Paraná, a empresa prevê um crescimento de 70% nos três estados do Sul em 2013.

Fundada em 1871 no norte da Alemanha e com 443 escritórios em 157 países do mundo, a Hellmann Worldwide Logistics oferece serviços nos diversos modais lo-gísticos, através de acordos de cooperação com companhias aéreas e marítimas de diversas partes do mundo. A gama de ser-viços prestados ainda inclui opções como frete rodoviário, desembaraço aduaneiro, e-commerce e soluções para a indústria, com pacotes feitos sob medida e de acordo com a necessidade de cada cliente.

A Hellmann conta hoje com 10.003 fun-cionários em todo o mundo, com volume de negócios que chega a 2,65 bilhões de

euros por ano. Ao todo são mais de 22 milhões de embarques ao ano, ou 60.401 diários. Em todos os países onde atua, a Hellmann desenvolve programas de res-ponsabilidade ambiental e desenvolvi-mento sustentável. Tanto que a empresa estruturou um departamento de gestão

ambiental com métodos de orientação nos mais diversos campos de atuação. Entre as metas deste trabalho está a redução e a reciclagem dos resíduos, a diminuição da emissão de gases do efeito estufa e a re-dução no consumo de energia elétrica nos locais de trabalho.

LOGÍSTICA EFICIENTE

Hellmann comemora um ano de atividades em Itajaí e Curitiba

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Daniel Oldakoski e parte da equipe Hellmann Curitiba

Angel Santana (President & CEO Brasil), Jost Hellmann (proprietário da Hellmann) e Gerhard Allgaeuer (presidente e CEO LATAM)

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VEJA A ÍNTEGRA DA DECISãO

Despacho do chefe de gabineteEm 6 de julho de 2012Sobrestamento

O Chefe de Gabinete do Ministério do Trabalho e Emprego, no uso de suas atribuições legais, com fundamento nas Portarias Ministeriais nº 43/2009 e nº 186/2008 e na forma sugerida pela Nota Técnica nº 176/2012/AIP/SRT/MTE, resolve SOBRESTAR o re-gistro sindical outrora concedido ao Sindicato dos Despachantes e Aju-dantes Aduaneiros do Estado de San-ta Catarina (entidade sindical inscrita no CNPJ sob o nº 08.345.560/0001-90) no processo administrativo nº 46220.003163/2010-31, na forma determinada nos autos do processo nº 01920-51.2009.5.10.0020, em trâ-mite perante a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

FERNANDO JOSÉ NOGuEIRA BRITO

Izabel M. do Carmo

SDAPRSC garante a representação da categoria em Santa Catarina

ARTIGO

Depois de intensa luta judicial para ga-rantir a representatividade da sua cate-goria em Santa Catarina, a diretoria do

Sindicato dos Despachantes Aduaneiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (gestão 2010/2014), tem a responsabilidade de in-formar, aos seus associados e ao público em geral, que foi publicado, em 06 de julho de 2012, o despacho do chefe de gabinete do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), re-ferente ao processo judicial, o qual tramitava na 20ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília.

Trata-se do sobrestamento ao Ato de Criação do SDAASC - Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina. Vale lembrar que hoje o sindicato denomina-se SINDAESC. Como presidente do SDAPRSC, em direito às minhas funções, te-nho como objetivo informar que, por decisão do MTE, o sindicato constituiu-se vitorioso na demanda, de forma que por maioria deci-diram os desembargadores em determinar o imediato sobrestamento do Registro Sindical concedido ao SDAASC, sem que se aguarde o trânsito em julgado da presente decisão. Isto significa não se poder mais recorrer da sen-tença ou acórdão, seja porque já se passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou.

Desde 2008, o SDAPRSC travava uma bata-lha judicial para manter a representatividade da categoria dos despachantes residentes em Santa Catarina. Entretanto, a suposta defesa dos interesses dos despachantes catarinen-ses foi então reivindicada pelo Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina (SINDAESC), presidido por Marcelo Petrelli.

Esta decisão de chamar para o estado os in-teresses da categoria partiu do Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Es-tado de Santa Catarina, em 2006, que fez o pedido do registro sindical junto ao MTE vi-sando sua representação. Entretanto, o SDA-PRSC ajuizou junto ao Ministério pedido de impugnação contra o registro sindical.

O pedido foi contestado pelo MTE que con-cedeu o registro sindical e determinou a ex-clusão da representatividade do Sindicato do Paraná aos despachantes aduaneiros catari-nenses. Com isso, no dia 4 de agosto de 2008, o registro sindical concedido pelo Ministério do Trabalho ao Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina foi publicado no Diário Oficial da União e, dias após, o então ministro Carlos Lupi assinou a certidão que incluiu o sindicato no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES).

O sindicato recorreu contra a decisão do Mi-nistério do Trabalho e Emprego e seguiu a luta pela manutenção da representação dos cata-rinenses na entidade. Esta batalha iniciada na gestão anterior foi incorporada pela atu-al presidente, que tomando posse em 2010, acreditou numa reviravolta e assertiva de uma posterior decisão judicial. Frente a esta decisão, publicada em julho, e face aos pro-blemas gerados pelo SINDAESC, que preten-deu de forma avessa ao direito de se arvorar da representação já exercida por nossa enti-dade, continuaremos na defesa dos interesses de nossos associados, que confiaram na ide-ologia desta entidade que existe há 56 anos.

A autora é presidente do SDAAPR (Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado do Paraná)

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Aconstrução do Terminal Maríti-mo de Passageiros do Porto de Fortaleza ultrapassou os 40% de

execução, avançando nas três frentes de serviço: construção de um novo cais de atracação de navios, um novo pátio de armazenagem e uma nova estação de passageiros. A obra foi visitada por um grupo de técnicos portuários que parti-ciparam do VII Seminário SEP de Logís-tica, realizado de 21 a 23 de novembro, em Fortaleza.

Coordenada pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), a obra está orçada em R$ 149 milhões, incluindo construções físicas, aquisição de equipamentos (escada rolante, ele-vadores, defensas e scaners) e apoio à fiscalização. O empreendimento ficará pronto em dezembro de 2013 para ope-rar durante a Copa do Mundo de 2014.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que Fortaleza deverá re-ceber 717.892 turistas por ocasião do evento, o que vai movimentar a econo-mia local pela geração de emprego e ar-recadação. De acordo com Paulo André

Holanda, presidente da Companhia Do-cas do Ceará, empresa que administra o Porto de Fortaleza, o novo empreen-dimento garante a oferta de um espaço

adequado para atracação e desembar-que/embarque de passageiros de cruzei-ros marítimos. “O equipamento atende às demandas de expansão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Por-to de Fortaleza (PDZ) para os próximos 30 anos, na medida que o novo terminal será de múltiplo uso. Nos períodos de baixa estação será utilizado para atra-cação de navios de contêiner. Isso ga-rantiu a viabilidade econômica do em-preendimento”, destaca Paulo André.

VISITAçãO Além de fomentar a vocação turística da cidade de Fortaleza, o Novo Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza vai estar aberto aos moradores da ci-dade para visitação, garantindo a me-lhoria da relação Porto x Cidade. Além disso, por iniciativa da própria Compa-nhia Docas, seu Centro Vocacional Tec-nológico Portuário Manuel Dias Branco está capacitando moradores do entorno do porto para as demandas de emprego que surgirão no empreendimento.

PORTO DE FORTALEZA

Obra do Terminal de Passageiros ultrapassa os 40% de execução

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Um comboio de 22 contêineres alinha-dos realizou uma operação especial entre o Porto de Santos e Aparecida do

Taboado (MS). A operação foi comandada pela DC Logistics Brasil, com sede em Itajaí (SC), para entrega de um maquinário que será utili-zado na nova linha de produção de coberturas isotérmicas. Este é considerado atualmente o mais moderno equipamento do Brasil nesse segmento. A operação porta-a-porta teve ori-gem em Gênova, na Itália.

O volume total de 22 contêineres especiais veio num lote único. A carga é um investimen-to para aumentar um parque fabril com alto impacto na geração de empregos na região do entorno da cidade sul-mato-grossense. “Por ser embarque de uma máquina (e não de suas partes e peças), foi importante o embarque único. Além disso, fizemos a entrega em com-boio desde Santos até Aparecida do Taboado,

uma vez que, para o cliente, esta necessidade era fundamental”, salienta o managing direc-tor da DC Logistics Brasil, Ivo Mafra. SERVIçO

De gigantescos brinquedos de parques de di-versões a animais de grande porte, uma série de transportes desse tipo é realizada com fre-

quência pela empresa de Santa Catarina, cuja estrutura mantém uma equipe especializada há sete anos. Como diferencial de mercado, o quadro conta com profissionais altamente experientes, com conhecimento diferenciado em Carga Projeto. As cargas envolvendo má-quinas pesadas, máquinas de grande porte, plantas industriais, guindastes e iates estão entre os principais tipos transportados.

OPERAçãO ESPECIAL

Comboio leva carga especial de Santos ao Mato Grossodo Sul

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Otrecho sul da duplicação da BR-101, inicialmente previsto para ser entregue em 2008, só deve ficar pronto nove anos

depois, em 2017, aponta estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O rela-tório de 2011 já apontava que a obra não seria concluída antes de 2016. “O novo estudo traz informações importantes, como a de que em 2012 houve consistente melhoria no ritmo das obras em lotes que estavam em situação extre-mamente crítica até então. O grande volume de investimentos necessários para as obras de arte ainda não executadas é um alerta e mos-tra que precisamos seguir acompanhando de perto o andamento dos trabalhos para que não constituam graves gargalos para a logística do Sul de Santa Catarina”, afirma o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

O levantamento, que tem o apoio do Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea/SC), foi realizado em outubro pela Saporiti Engenharia, que percorreu o tre-cho entre Palhoça e a divisa com o Rio Gran-de do Sul. Para a conclusão completa da obra falta duplicar 26,2 quilômetros, o que equivale a 11% dos 238,3 quilômetros do trecho, além de investimentos de R$ 1,22 bilhão, valor que corresponde a 67% do total aplicado até o mo-mento, estimado em R$ 1,82 bilhão.

O trabalho constatou que houve evolução significativa no ritmo das obras dos lotes 25 (Bananal-Rio Capivari) e 29 (Araranguá-Som-brio). Das obras e serviços já contratados, ainda falta concluir obras de arte como oito viadu-tos e passagens veiculares inferiores; três no-vas pontes; cinco alargamentos e reforços de pontes antigas, 45 passarelas, além dos 26,2 quilômetros de duplicações e restaurações de

pavimentos. O término desse conjunto de obras preocupa pela grandiosidade das construções, segundo mostra o estudo.

ATRASO

O trabalho também destaca as obras ainda não contratadas como a transposição do Morro dos Cavalos, composta por dois túneis e viadutos (3,3 mil metros), que aguarda análise do estudo de impacto ambiental (EIA) e do relatório de impacto ambiental (Rima) pelo Instituto Brasi-leiro do Meio Ambiente (Ibama) desde fevereiro de 2011. Depois dessa fase, será elaborado o projeto executivo para posteriormente iniciar o processo licitatório. Outros projetos impor-tantes ainda não contratados são a travessia urbana de Laguna (5,1 quilômetros), o reforço e alargamento da ponte sobre o rio Tubarão (ponte Cavalcanti), que aguardam processo li-

LOGÍSTICA CATARINENSE

Duplicação do trecho Sul da BR-101 será concluído só em 2017

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ITcitatório, e a construção do túnel sob o Morro do Formigão, em Tubarão, que está em processo de conclusão da licitação.

A análise também relata as obras e serviços já contratados que ainda não foram concluídos como a implantação, pavimentação e constru-ção de viadutos do lote 25; a construção de duas pontes sobre o rio Araranguá; a construção do viaduto de acesso a Sombrio e a implantação e pavimentação do contorno de Araranguá. Nos últimos relatórios do andamento das obras de duplicação, disponibilizados pela superinten-dência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT), está pre-vista a conclusão das obras contratadas, exceto a ponte estaiada, de Laguna, para dezembro de 2012. No entanto, a consultoria contratada pela Fiesc considera que será difícil o cumpri-mento do prazo, pois há obras que não foram iniciadas, como os reforços e alargamentos das pontes antigas sobre os rios Paulo Lopes, Penha, Araçatuba, Cova Triste e Capivari. Para realizar esses serviços, será necessária a interdição do trânsito nas pistas, o que deve causar transtor-nos para os usuários.

Obras do lote 29 (Araranguá-Sombrio)

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Ogoverno catarinense pode ter dificul-dades para assumir a administração do Porto de Imbituba, no sul do Estado, pre-

visto para dezembro deste ano. A Companhia Docas de Imbituba (CDI), empresa privada que administra o porto, obteve decisão liminar da 8ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que reconhece a vigência do contrato de concessão de Imbituba, celebrado entre a CDI e a União, até 26 de julho de 2016. A Secretaria dos Portos (SEP) assinou em novembro um convênio com o estado, transferindo a administração do porto ao governo catarinense para os próximos dois anos.

O entendimento da SEP é que o convênio da gestora atual, formalizado em 1942, encerrou no dia 15 de novembro. A Companhia Docas busca a restituição de um período de cerca de três anos e dez meses que foi suprimido do contrato original de concessão por ato do ex-presidente Getúlio Vargas, na II Guerra

Mundial. A decisão da Secretaria dos Portos chegou a ser comemorada pelo governador Raimundo Colombo. “É um momento de vi-rada para o Sul. Queremos levar para o mu-nicípio e à região o mesmo desenvolvimento observado em Itajaí com o porto municipal”, disse o governador.

A assinatura do convênio de delegação do Porto de Imbituba pela União para o Estado aconteceu durante reunião entre o governador e o minis-tro dos Portos, Leônidas Cristino, na Secretaria de Portos. Se assumir o Porto de Imbituba, na prática, a máquina estadual passa a ter o contro-le de um dos terminais com maior potencial de

PORTO DE IMBITuBA

Governo do Estado pode assumir administração por dois anos

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crescimento e com uma das melhores condições naturais do país, gestão a ser realizada pela SC Participações e Parcerias SCPar.

A nova estrutura que o estado pretende assumir soma-se ao Porto de São Francisco, no Norte do Estado, que já é administrado pelo governo ca-tarinense e teve seu período de gestão estadual prorrogado por um ano. O convênio atual ven-ceria no dia 30 de novembro. “Temos dois bra-ços para fomentar o desenvolvimento de Santa Catarina. No estado são cinco portos, em uma concorrência importante e saudável entre priva-dos, municipais e estaduais”, explicou Colombo. O governador também afirmou que o estado tem interesse em manter a administração desses por-tos após o término dos convênios. “Já deixamos claro nas conversas que queremos manter a ad-ministração desses portos por mais tempo.”

A Praia do Porto, onde está localizado o Porto de Imbituba, tem seus limites protegidos por dois costões rochosos, além de um molhe de abrigo de 845 metros, o que mantém as águas tranquilas. A enseada de mar aberto possui profundidade natural de 10,8 metros e permi-

te que navios atraquem a qualquer hora do dia ou da noite, mesmo com condições meteoro-lógicas adversas. Com a conclusão das obras de dragagem, que estão sendo realizadas pelo governo federal e estão previstas para acabar até meados de 2013, o calado passará a ser de 14,5 metros nos cais 1 e 2 e a profundidade no acesso à bacia será de 17 metros.

POTENCIAL

Hoje o porto movimenta menos do que o seu po-tencial. As movimentações de janeiro a dezem-bro de 2011 foram de 2,4 milhões de toneladas de cargas, a melhor movimentação dos últimos 23 anos. A capacidade atual, no entanto, é de 5 milhões de toneladas (300 mil contêineres e outras cargas), além de possuir uma capacidade potencial que pode ser obtida com melhorias na infraestrutura, de 15 milhões de toneladas (900 mil contêineres e outras cargas).

O porto foi administrado durante 70 anos pela Companhia Docas de Imbituba. Era, portanto, o único porto público do país administrado por uma empresa privada. Como concessionária e na

função de Autoridade Portuária, a Companhia Docas de Imbituba tinha como atribuições prin-cipais gerenciar e fiscalizar todas as atividades e operações portuárias, funções que passariam agora a ser responsabilidade do estado, exercidas por meio da SC Parcerias. “Agora, a instituição passaria a executar uma de suas atividades mais importantes: ser agente direta para a promoção do desenvolvimento”, explica o presidente da SCPar, Paulo César da Costa.

O Porto de Imbituba tem à sua disposição 229 quilômetros de linhas ferroviárias que com-põem a malha da Ferrovia Dona Tereza Cristina, interligando-o aos municípios de Tubarão, Si-derópolis e Criciúma. O governo federal contra-tou um projeto executivo para implantação da Ferrovia Litorânea, que interligará Imbituba aos demais portos catarinenses e à malha ferroviá-ria nacional. As instalações de acostagem são constituídas por quatro berços de atracação com operações todos os dias do ano. As cotas dos cais de atracação em Imbituba possuem 6,5 metros de altura acima do nível do mar, alguns metros acima da maioria dos portos brasileiros, o que evita alagamentos por marés atípicas.

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Depois de 17 meses de embargo às carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, a Rússia

deve acabar com a suspensão das ex-portações dos frigoríficos dos três esta-dos. Segundo o governo brasileiro, a re-tomada das exportações para o mercado russo ainda depende da emissão de co-municado oficial pelo Serviço Sanitário daquele país e da habilitação específica por estabelecimento exportador.

A decisão de suspender o embargo às carnes dos três estados foi comunicada ao embaixador brasileiro em Moscou e ao secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, durante encontro com o chefe do serviço sanitário russo (Ros-selkhoznadzor), Sergey Dankvert. Com isso, as 85 plantas industriais que fo-ram afetadas, conforme lista do Servi-

ço Sanitário russo, poderão retomar os embarques para o país do leste europeu.

Iniciado oficialmente em 15 de junho de 2011, o embargo russo às carnes brasileiras afetou principalmente as exportações de suínos. O prejuízo para o Rio Grande do Sul, por exemplo, foi de US$ 454,3 milhões de perdas em negócios do período do início da para-lisação das exportações até setembro deste ano, conforme levantamento da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE). Apesar do crescimento de mercados comprado-res como a Ucrânia, o valor pago pelo produto ainda não compensou a perda de arrecadação dos russos. De janeiro a setembro, o setor de suínos gaúcho teve receita de US$ 283,32 milhões, bem abaixo dos US$ 378,93 milhões do

CARNE SuINA

Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados

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Presidente da União Braisileira de Avi-cultura (Ubabef), Francisco Turra

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mesmo período de 2011.

PLANO

Para retomar as exportações de carnes para a Rússia, frigoríficos de Mato Gros-so, Paraná e Rio Grande do Sul que estão habilitados terão de cumprir um plano de ação e assumir o termo de respon-sabilidade sobre exigências do Serviço Sanitário russo. Apesar das restrições, o volume das exportações brasileiras de carnes até outubro cresceu 4,7% em relação a igual período do ano passado, enquanto o valor teve leve aumento de 0,5%. No acumulado do ano, as expor-tações brasileiras de carne bovina para o mercado russo aumentaram 5,9% em volume e 0,5% em valor. Mesmo com apenas quatro plantas liberadas pelos russos, as exportações de carne suína recuaram apenas 9,34%, enquanto a re-ceita teve queda de 16,5%.

O presidente da União Brasileira de Avi-cultura (Ubabef), Francisco Turra, disse

que a decisão do governo russo de re-verter o embargo “segue a lógica e de-monstra o reconhecimento do Leste Eu-ropeu à capacidade do setor exportador brasileiro de proteína animal”. Segundo ele, houve um envolvimento grande do

Ministério da Agricultura e das entida-des exportadoras de proteínas: a Uba-bef, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carnes Suína (Abipecs) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

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Um projeto especial de sustentabilidade foi lançado pela Conexão Marítima durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes

de Trabalho (Sipat). A empresa inaugurou uma sala de descanso para funcionários com materiais reciclados, ação que integra o programa Recicla Pallets. A Sipat contou com uma programação de quatro dias de palestras sobre temas como prevenção a acidentes de trânsito, qualidade de vida, cuidados com a pressão arterial e o coração e prevenção do câncer de mama.

Segundo os diretores da empresa, Rafael Coutinho e Alessandro Coelho, o Recicla Pallets surgiu da preocupação da equipe de recursos humanos com a necessidade em dar o destino correto aos pallets quebrados, que não teriam mais conserto para retornar à operação na empresa. Como os descartes estavam indo para o lixo comum, a Conexão Marítima fez contato com a ONG Reci3e, de Itajaí, que já desenvolvia um trabalho de reciclagem de

lixo eletrônico, para firmar a parceria.

Com a parceria estabelecida, a Conexão Marítima está patrocinando a construção de uma oficina junto à sede da ONG. No local, um colaborador da Reci3e dará aulas de montagem de móveis e objetos de decoração a partir dos restos de madeira

oferecidos pela Conexão Maritima. O material será comercializado através de parcerias e o valor, revertido para manutenção do projeto.

ESPAçO

A sala de descanso especialmente criada para os

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Conexão Marítima desenvolve projeto sustentável de reciclagem de pallets

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funcionários da Conexão Marítima foi parte inicial deste trabalho. “Queríamos primeiramente vender a ideia aos nossos colaboradores, que ajudaram a construir todos os móveis e objetos”, comenta Alessandro Coelho. A equipe criou artigos como sofás, poltronas, lixeiras, mesa de centro, estante para revistas, vasos decorativos, floreiras, biombo e mesa de cafezinho. A linha de decoração sustentável ainda foi complementada com pufes e floreiras de parede elaboradas a partir de pneus.

A proposta de criar o espaço de descanso aos funcionários partiu da intenção de proporcionar um lugar agradável, bonito, que integrasse as pessoas e que refletisse também a preocupação da empresa com o crescimento sustentável. “O aumento de nossas operações e do quadro de colaboradores nos leva também à preocupação de crescermos com responsabilidade, o que deve ser refletido em nossas ações e na qualidade de vida dos nossos funcionários”, completa Rafael Coutinho. “O objetivo foi atingido e copiado por muitos colaboradores, que chegaram a fotografar para mostrar para as esposas em casa”, concluem os diretores.

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Oterminal de contêinres do Porto de Salvador, operado pelo Grupo Wilson Sons, passou a contar com um calado

de 13,9 metros no Cais de Água de Meni-nos, que opera navios de longo curso, e de 12 metros para o Cais de Ligação, preferen-cial para navios de cabotagem. A Companhia das Docas do Estado da Bahia comemorou a homologação e prevê novas oportunidades para a comunidade portuária e aos interes-sados no comércio marítimo com o Brasil. “É uma ótima notícia e que interessa a todos, porque representa fretes mais baratos e um expressivo ganho de competitividade para a Bahia”, avalia o presidente da Companhia, José Muniz Rebouças.

O diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço Júnior, informa que o terminal já está preparado para operar navios comerciais que chegam a até 170 mil toneladas de deslo-

camento, o equivalente a navios porta-contê-ineres de 11 mil TEUS, como o super-post pa-namax. “O novo calado faz parte de uma série de intervenções que elevam a nossa capacida-de operacional”, observa o diretor executivo. O homologação coincide com a inauguração do novo terminal de contêineres do porto.

O novo Terminal de Contêiner de Salvador re-cebeu investimentos de R$ 160 milhões nas obras de ampliação, modernização, dragagem e aquisição de novos equipamentos. A capaci-dade de movimentação do novo terminal pas-sa a ser de aproximadamente 530 mil TEUs por ano, o que equivale a mais do dobro dos 250 mil TEUs/ano de antes da ampliação. Na con-figuração atual, o Tecon conta com três novos portêineres super-post panamax capazes de atender às maiores embarcações em operação no mundo, e seis novos RTGs, os primeiros to-talmente elétricos da América Latina.

PORTO DE SALVADOR

Novo calado permite operação de navios super-post panamax

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OBrasil subiu uma posição no ranking de competitividade em 2011. Segundo dados divulgados

pela Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no final de novem-bro o país passou do 38º lugar em 2010 para o 37° lugar em 2011 com alta de 0,1 na nota que forma a classificação, obtendo 22,5 de um limite máximo de 100. O levantamento compara 43 países no ano de 2011, a partir do desempenho de oito fatores: economia doméstica, abertura econômi-ca, eficiência de go-verno, facilidade na obtenção de capital, infraestrutura, tec-nologia, produtivida-de e capital humano.

O Brasil figura no grupo de competiti-vidade baixa, estando abaixo de países como México, que apa-rece no ranking em 34º lugar, com 28,3 pontos, e Tailândia, em 35º lugar, com 26,3 pontos. “No Brasil, elevados juros e spread [diferença entre a taxa de cap-tação do dinheiro pelo banco e a taxa cobrada do cliente] limitam o crédito, o que, combinado com a alta e crescente carga tributária, desestimulam o investi-mento”, oficializou em nota a entidade. Os Estados Unidos ficaram em primeiro

lugar na classificação, com 91,8 pontos; Hong Kong, na segunda colocação, ficou com 75,3 pontos. A China foi classifica-da em 22º lugar (53,9 pontos); a Rússia, em 24º (50 pontos); a África do Sul, 36º (24 pontos) e a Índia, 43º (8,9 pontos). “O Brasil não mostra um desempenho com-petitivo em seus resultados comerciais, principalmente por causa do déficit em manufatura, explicado, em grande parte, pelo custo Brasil e pelo comportamen-to do câmbio”, acentua o presidente da

Fiesp, Paulo Skaf.

O desempenho do Brasil, no entan-to, melhorou. Entre 2000 e 2011, o ín-dice de competitivi-dade do país passou de 17,4 pontos para 22,5 pontos, um au-mento de 5,1 pontos

e subida de três posições no ranking. A Coreia do Sul apresentou crescimento de nove posições no mesmo período, enquanto a China mostrou aumento de competitividade de oito posições, segui-da pela Irlanda, com ganho de sete posi-ções. De acordo com o ranking, a Suécia, a Finlândia e o Japão foram os países que mais perderam competitividade en-tre 2000 e 2011, com decréscimos de 9, 8 e 7 posições, respectivamente.

RANKING DA COMPETITIVIDADE

Brasil aparece entre países de competitividade baixa

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OPorto de Paranaguá terá um novo acesso para caminhões que se dirigem ao Pátio de Triagem. O

governador Beto Richa autorizou a re-alização da licitação para contratar o serviço. Orçado em R$ 2,4 milhões, o projeto prevê a construção de 1,2 km de via marginal que irá ordenar o fluxo de caminhões ao pátio, promovendo a se-gurança no tráfego e mais agilidade no acesso. A solução que será adotada pre-vê implantação de um canteiro central e delimitação do acesso ao pátio de tria-gem por via marginal, desde a rotatória da avenida senador Atílio Fontana até a marginal de acesso. Com a implantação do canteiro central, o fluxo de veículos vindos da Estrada Velha de Alexandra – que dá acesso ao Pátio – em direção à Rua 13 será impedido, evitando o cruza-mento na BR 277. A obra de construção do novo acesso ao Pátio de Triagem integra um Programa de Recuperação e Ampliação da Capa-cidade do Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá. De acordo com o superin-tendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o objetivo do progra-ma é melhorar o nível de atendimento dos serviços nos portos paranaenses. “O

pátio foi construído na década de 1970 e, de lá para cá, não passou por refor-mulações. Com as soluções que iremos implantar, acabaremos com o problema das filas de caminhões que se repetem a cada safra”, explica.

Além do novo acesso, o Programa de Recuperação do Pátio prevê melhorias na iluminação, sinalização, sonorização, recuperação da pavimentação, nova es-trutura para recepção de caminhoneiros e ampliação de área para recebimento de caminhões. A Appa já concluiu a pa-vimentação e concretagem de algumas vias internas do pátio. A diretoria técni-ca também está finalizando ajustes no prédio recém-construído, que vai dar lugar ao receptivo de caminhoneiros. O lugar servirá como apoio enquanto os motoristas aguardam para fazer a descarga dos caminhões. O local terá bancos, balcão de informação, sala de espera e banheiros.

O programa prevê ainda a ampliação do pátio, através da aquisição de uma nova área suficiente para dobrar a atual ca-pacidade do local. A previsão é de que a obra leve cerca de 120 dias para ser con-cluída, a partir da assinatura do contrato com a empresa ganhadora da licitação.

PORTO DE PARANAGuÁ

Pátio de triagem terá novo acesso

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OPorto de Paranaguá acaba de ser autorizado a operar navios de até 335 metros de compri-

mento, no período diurno, e de até 306 metros de comprimento no pe-ríodo noturno. As novas margens de navegação foram determinadas pela Capitania dos Portos do Paraná. Foi a segunda vez que a Capitania expandiu as condições de navegação pelo Canal da Galheta em apenas um mês.

Nos últimos anos, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realizou várias intervenções, como o estabelecimento de contratos de ma-nutenção da sinalização náutica e campanhas de sondagens batimétricas. Agora, está finalizando a dragagem no principal trecho de navegação do porto. O superintendente Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que a dragagem de manutenção está concluída no canal principal. A obra já restabeleceu a pro-fundidade de 15 metros e a largura de 200 metros do Canal da Galheta.

Agora o porto realiza a dragagem no ponto mais crítico do trecho, elevando os níveis de segurança e reduzindo as incertezas principalmente em anos em que poderão ocorrer eventos climáti-

cos que acelerem o assoreamento. São 1.650 metros que passarão de 200 para 225 metros de largura.

CONTêINERES

De acordo com o Departamento de Operações da Appa, a ampliação tra-zida pela Portaria 080/12, da Capitania dos Portos, vai melhorar a produtivi-dade do Terminal de Contêineres de Paranaguá. Os navios de contêineres com até 306 metros passam a entrar e sair do canal a qualquer hora, mesmo à noite. Os navios com até 335 metros passam a acessar o Porto de Paranaguá durante o dia, possibilitando que o ter-minal passe a atender aos chamados super navios.

Segundo o diretor comercial do por-to, Lourenço Fregonese, com as novas condições de navegação e operação do Terminal de Contêineres, o porto de Paranaguá se tornará ainda mais competitivo, permitindo operações mais eficientes. Um navio de 335 me-tros tem capacidade para mais de oito mil contêineres (TEUs). Em média, os navios que operam em Paranaguá têm até 290 metros de comprimento e ca-pacidade de cinco mil contêineres.

SEGuRANçA MARÍTIMA

Capitania dos Portos estabelece nova margem para navegação

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PACOTE FEDERAL

Novo pacote prevê investimentos de R$ 54 bilhões nos portos até 2017

CIêNCIA & TECNOLOGIA

As novas tecnologias ambientais e o Petróleo

J á é de conhecimento de todos que hoje nosso papel na pre-servação do planeta é funda-

mental. Tanto as gerações futuras quanto a nossa própria geração já sofrem com a agressão ao meio am-biente em que estamos inseridos.

A preocupação com os danos cau-sados ao nosso ecossistema tem proporcionado uma série de inves-timentos em inúmeras pesquisas e desenvolvimento tecnológico. Exis-te uma frequente busca de soluções que possam tratar de forma mais efetiva os problemas que afetam e debilitam nossos recursos naturais.

Dentre os danos causados à natu-reza, em especial os mares, temos como mais preocupantes as con-taminações por produtos químicos não biodegradáveis e os poluen-tes que provêm de hidrocarbone-tos (derivados de petróleo). Uma nova tecnologia líquida ambiental à base de extratos vegetais foi de-senvolvida para solucionar e preve-nir grande parte desses danos.

Trata-se de uma tecnologia líquida que facilita a biodegradação dos poluentes, atuando em primeiro lu-gar na quebra das cadeias molecu-lares, ou seja, converte moléculas

mais complexas em moléculas mais simples; em seguida age como um “catalisador” para a atividade mi-crobiana/bacteriana e, finalmen-te graças a um recurso exclusivo chamado “eco-ativador”, acelera o processo de biodegradação.

O eco-ativador reduz drastica-mente o tempo de operação e ao mesmo tempo ajuda a preservar os recursos de água, uma vez que requer menos água do que os métodos convencionais.

Esta nova solução foi testada e aplicada com sucesso em várias situações de limpeza industrial, usinagem, tratamento de água, re-dução de odor e até em emergên-cias de recuperação e ambiental no âmbito da cooperação com empre-sas de todo o mundo nos campos da indústria, petróleo e meio am-biente.

Com a nova tecnologia disponí-vel, hoje já é possível reverter o quadro preocupante de um vaza-mento de petróleo, através de um tratamento que em prática irá des-fazer o petróleo contido na área contaminada, e que por si só não afeta a vida marinha ou os mares de forma agressiva.

É um grande avanço da ciência”, pois os “reagentes tradicio-nais” utilizados em óleos e gorduras agem como diluen-tes, ou seja, o óleo não deixa de existir; ele apenas é diluído e transferido. Já com esta nova tec-nologia, a molécula do óleo é desfeita e ele simplesmente deixa de existir, através do pro-

cesso de desagre-gação, quebrando em partes simples as moléculas mais com-plexas como as do hidrocarboneto.

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A solução com o Eco-ativador não se aplica unicamente a limpeza industrial ou a da-nos na natureza, pois com a popularização da tecnologia esperamos que este tipo de solução esteja em breve nas prateleiras do consumidor comum, que vai utilizar uma versão do mesmo líquido em sua casa, para as limpezas do cotidiano. “Com detergente

feito com base nesta tecnologia, não existiria mais a necessida-

de de limpar uma caixa de gordura, por exem-plo, pois ele natural-mente desagregará as moléculas de

gordura contidas na caixa e en-canamentos.”

O processo de desenvolvimento desta nova técnica para chegar a uma solução de lim-peza e tratamento ambiental/industrial, vem de estudos laboratoriais realizados a

mais de 40 anos na Itália para a produção de um líquido capaz de tratar sem poluir.

A distribuição desta solução já chegou ao Brasil. Empresas brasileiras já vêm aderindo à nova técni-ca de tratamento pelo fato de ser muito mais efi-

ciente além de ser não poluente, tornando o custo/benefício da aplicação muito menor por conta dos re-sultados altamente satisfatórios comprovados pelos ór-gãos fiscalizadores estudiosos e ambientalistas locais.

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Onúmero de embarcações disponí-veis para cabotagem no Brasil deve saltar de 156 para 231 até 2017,

um aumento de 48%, mostra pesquisa nacional. O volume de produtos trans-portados por meio de cabotagem cresceu, em média, 4% nos últimos oito anos. No período, o transporte de carga geral su-biu 15%. No perfil da carga transportada pela cabotagem, a maior parte é constitu-ída por granel líquido (79%), por conta de combustíveis e óleos minerais, que repre-sentam 77% do total de mercadorias que utilizam a operação no Brasil.

Para o diretor de Desenvolvimento de Ne-gócios do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), João Guilherme Araújo, o ce-nário é animador. “A demanda está colo-cada. O que devemos fazer é avançar pela perspectiva de como fazer os marcos do setor avançarem e perceber o que o cliente está precisando”, diz. A cabotagem, contu-do, responde por apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte, enquanto o modal rodoviário representa 65,6%. Para efeito de comparação, na União Europeia a cabota-gem significa 37% da matriz de transporte do bloco e na China, 48%, relata o estudo.

A pesquisa consultou 100 das 500 maio-res empresas do país e mostrou que 68% têm a expectativa de aumentar o volume de produtos transportados por cabotagem nos próximos dois anos. O crescimento médio verificado é de 36%. Apenas 9% das companhias responderam esperar

queda no uso desse transporte.

ENTRAVES

Entre os entraves para o desenvolvimento do setor, segundo Araújo, estão as amar-rações burocráticas como a parametrização das cargas, as dificuldades de gerar conhe-cimentos de carga multimodais – que exi-gem cobertura de todo circuito, do embar-que à entrega, incluindo até as placas do caminhões participantes, se houver – e os problemas históricos de infraestrutura. Sem contar custos operacionais, visto que a ca-botagem não recebe os mesmos incentivos de tributação da navegação internacional.

Para João Guilherme Araújo, o que tem impulsionado o crescimento é a melhoria econômica do Nordeste e até as mudan-ças geradas no modal rodoviário pela lei 12.619, que regulamenta a profissão de motorista. Além disso, a cabotagem é me-nos poluente e mais segura para cargas de alto valor agregado, tanto sob a pers-pectiva patrimonial quanto de acidentes. O Porto de Santos é visto pelas empresas entrevistadas como o principal ponto de saída de carga por cabotagem, seguido por Paranaguá (PR) e Manaus (AM). Manaus e Suape (PE) são os portos com maior po-tencial de receber carga por cabotagem, seguidos por Santos.

NAVEGAçãO DE CABOTAGEM

Pesquisa aponta crescimento no número de navios para o setor

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O7º Seminário de Logística realizado pela Secretaria de Portos (SEP) reuniu, de 21 a 23 de novembro em Fortaleza (CE), re-

presentantes dos principais portos brasileiros e internacionais e especialistas do setor. O encon-tro teve como objetivo discutir as necessidades do sistema portuário e debater alternativas de melhorias e crescimento. O evento contou com a presença dos presidentes das Companhias Do-cas, portos delegados e empresários do setor. O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, realizou a abertura do evento, no Hotel Gran Marquise.

Durante o discurso de abertura, Cristino falou que o governo federal tem trabalhado ardua-mente para melhorar a gestão dos portos brasi-leiros, assim como o nível de serviços prestados. O ministro disse ainda que é preciso dar condi-ções para que o país possa crescer, principalmen-te a partir de 2013. “Se o país vai crescer de 4% a 5%, a exportação de cargas crescerá exponen-cialmente. Temos que trabalhar para conseguir preparar os portos para isso. E este crescimento vai gerar emprego e renda, melhorando as con-dições de vida da população”, disse.

A integração do governo federal e empresas na matriz brasileira de transportes foi um dos te-maS das discussões do seminário. Os debatedo-res foram unânimes em afirmar que já ocorreu uma grande evolução, mas que muito ainda pre-

cisa ser feito e que os investimentos não devem ser limitados. O público também pôde assistir às palestras dos economistas Ciro Gomes e Gustavo Loyola. Os palestrantes trouxeram para o público um debate em relação ao panorama econômico e político da integração dos modais de transporte no Brasil e sua localização no contexto mundial.

AVANçOS

Durante o evento, o prefeito eleito de Forta-leza, Roberto Cláudio, a convite da SEP, pôde observar os avanços da construção do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza,

que está com 40% de execução física pronta, compreendendo a construção de uma nova es-tação de passageiros, um novo cais de atraca-ção de navios e um pátio de armazenagem de 40 mil m². O empreendimento está orçado em R$ 149 milhões. A obra conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem previsão de conclusão para dezembro de 2013. A comitiva composta por empresários e convidados do evento foi conduzida pelo secre-tário executivo da SEP, Mário Lima Júnior, peloo chefe de gabinete, José Carlos Martins e o pre-sidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda.

SEMINÁRIO SEP

Ministro defende melhoria do nível de serviçosnos portos

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/SEP

Ministro dos Portos, Leônidas Cristino

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36SECRETARIA DE PORTOS

Aintegração do governo e empresas na matriz brasileiras dos transportes foi um dos tema das discussões da 7ª edi-

ção do Seminário SEP de Logística, realizado de 21 a 24 de novembro, em Fortaleza, Ceará. “O Brasil está mudando, as operações portu-árias estão crescendo significativamente e os usuários dos portos brasileiros não podem ficar à mercê apenas do transporte rodoviá-rio. A matriz dos transportes brasileira pre-cisa mudar, é premente a necessidade de se utilizar o trem e o transporte dutoviário, com necessidade de investimentos nesses modais. Não podemos depender apenas das rodo-vias, que não têm condições de acompanhar o crescimento da demanda”, disse o diretor presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Renato Ferreira Gomes.

Atualmente, 90% das cargas exportadas pelo Brasil saem pelos portos. “Mas não adianta os portos estarem equipados e modernizados se os acessos são precários. Precisamos ade-quar urgentemente a matriz dos transportes a essa nova realidade”, disse o representante da Associação Brasileira dos Terminais e Re-cintos Alfandegados (Abtra), Antônio Carlos Cristino.

Segundo o especialista, até os anos 2020 o Brasil tende a movimentar mais de 9 milhões de contêineres e a plataforma logística pre-cisa estar atenta a esse crescimento. “Sempre que registramos aumento no Produto Interno Bruto (PIB), a movimentação de contêineres nos portos brasileiros cresce de 2 a 3 pontos percentuais acima do indicador. Isso serve para nós como um alerta do mercado, para

que melhoremos nossos acessos e realizemos investimentos nos demais modais”, afirmou.

INVESTIMENTOS

Eliane Barbosa, que representou o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Mello, concorda com a necessidade de maio-res investimentos em outros modais, que contribuirão, inclusive, para a uma melhor integração porto/cidade. Já o presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Ho-landa, diz que a integração modal dos trans-portes, ou seja, a ligação entre rodovias, fer-rovias e portos, deve proporcionar aos portos uma maior importância na dinâmica da eco-nomia brasileira. “Noventa por cento daquilo que o Brasil importa e exporta passa pelos

portos e por isso temos que investir. Mais do que isso, temos que olhar para os três meios de transporte. Agora, chegou o momento de uma remodelagem no esqueleto de nossa matriz”, explicou.

O superintendente do Porto de Itajaí, enge-nheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, diz que essa integração intermodal é fundamen-tal para garantir a competitividade dos por-tos brasileiros. “O país tem grande potencial de explorar também as ferrovias e hidrovias. Isso agilizará significativamente a movimen-tação das cargas, enxugará custos e retirará caminhões das estradas e cidades”, enfatiza Ayres. O Complexo Portuário do Itajaí parti-cipou com estande, que agrega o porto pú-blico, a APM Terminals Itajaí e Portonave S/A.

SISTEMA PORTuÁRIO

Entidades defendem interação da matriz brasileira de transportes

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37SECRETARIA DE PORTOS

Oprojeto de reurbanização do Porto do Rio de Janeiro foi apre-sentado durante o VII Seminá-

rio de Logística em Fortaleza, organi-zado pela Secretaria dos Portos (SEP). O Porto Maravilha está orçado em R$ 7,6 bilhões e, por ser uma parceria pú-blico- privada (PPP), não tem aditivos de preço. Deste total, R$ 4,1 bilhões serão aplicados em obras e R$ 3,5 bi-lhões representam prestação de servi-ços municipais. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadra-dos, que tem como limites as avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho.

A diretora de planejamento e relações comerciais da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Eliane Barbosa, afirmou que o cronograma de obras de infraestru-tura está em dia, assim como as obras do sistema viário que seguem adianta-das, incluindo uma das mais discutidas pelos cariocas e que vai alterar a atu-al configuração da Avenida Rodrigues Alves, no centro da capital fluminen-se, importante via de acesso à área do porto. A obra significará a derrubada do elevado da Perimetral, que hoje aju-

da na distribuição do trânsito local.

Outra fase importante do projeto des-tacada por Eliane está relacionada aos projetos nos portos de Niterói, An-gra dos Reis e Itaguaí. “São iniciati-vas que atraem mais empresas, geram impostos”, disse. O aumento da movi-mentação de carga e de passageiros é também uma prioridade no projeto de revitalização do Porto do Rio. Serão mais de R$ 3 bilhões em investimen-tos nos próximos cinco anos, feitos em melhorias nesta que é a área de em-barque e desembarque de mercadorias, além de terminal de passageiros que visitam a cidade.

TERMINAL O projeto Porto Maravilha ainda inclui a construção do Novo Terminal Interna-cional de Cruzeiros, com mais de 16 mil m² de área e ampliação de 73% na linha de cais que terá capacidade de atender 3 milhões de turistas por ano. O novo terminal contará também com um píer em “Y”, que será construído pela Com-panhia Docas do Rio de Janeiro, e rece-berá investimento de R$ 300 milhões.

O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização do patrimônio histórico da região, bem como a promo-ção do desenvolvimento social e econô-mico para a população. A implantação de projetos de grande impacto cultural, como o Museu de Arte do Rio de Janei-ro (Mar), na Praça Mauá, e o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, ambos em par-ceria com a Fundação Roberto Marinho, darão nova cara à entrada do porto.

PORTO MARAVILHA

Projeto de revitalização é apresentado no Seminário SEP

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Diretora de Planejamento e Relações Comerciais da Companhia Docas do Rio

de Janeiro, Elaine Barbosa

Porto Maravilha: projeto mostra como ficará a região após as obras de revitalização do porto

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38SECRETARIA DE PORTOS

ANx

O ministro dos Portos, Leônidas Cris-tino, defendeu que o Nordeste se integre ao novo contexto da eco-

nomia brasileira e mundial, com investi-mentos públicos e privados e redistribui-ção da carga entre os portos. O ministrou se pronunciou sobre o assunto durante o VII Seminário SEP de Logística e a IV Fei-ra de Tendências de Logística do Norte e Nordeste, em Fortaleza. Nesse contexto, o Porto do Itaqui tem papel estratégico. Com estimativa de investimentos de R$ 250 milhões com recursos próprios da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), R$ 150 milhões do governo federal e de outros R$ 540 milhões da iniciativa privada, entre 2012 e 2016, o Itaqui está criando a infraestrutura portuária neces-sária para atender a demanda crescente.

Paralelamente à entrega de um novo ber-ço e à construção de um segundo total-mente dedicado a derivados de petróleo (ambos contam com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento- PAC), no porto maranhense foi iniciada a constru-ção de um terminal de grãos com capa-cidade para até 10 milhões de toneladas por ano. “A iniciativa privada tem papel relevante nesse processo de remodelagem da estrutura legal da área portuária e a Emap tem se destacado não apenas por isso, mas também pelo planejamento de longo prazo e no desenvolvimeto do Ita-qui”, complementou o ministro. Segundo Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap, o Tegram é um exemplo de que o poder público deve trabalhar integrado com a

iniciativa privada para criar a infraestru-tura de transporte da qual o Brasil precisa e com mais agilidade.

MuLTIMODALIDADE

Além dos investimentos e das novas re-gras para o setor, o governo federal quer aumentar a competitividade do país na área de transporte, promovendo a multi-modalidade. Um dos projetos apresenta-dos pela Agência Nacional de Transportes

Aquaviários (Antaq) no VII Seminário SEP de Logística foi o Plano Nacional de Inte-gração Hidroviária (PNIH). Uma das pos-sibilidades é integrar rodovias, ferrovias e portos com a navegação de interior. Desta forma, regiões de Mato Grosso, por exem-plo, estado com a maior produção de grãos do país, seriam conectados a portos como Itaqui por vias hoje consideradas alterna-tivas. Isso tornaria mais curto o caminho até ao Nordeste do país e a importantes mercados internacionais.

INFRAESTRuTuRA ESTRATÉGICA

Ministro defende que Nordeste se integre ao novo contexto da economia brasileira

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Ministro dos Portos, Leônidas Cristino

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OTerminal Portuário Santa Catari-na (Tesc), localizado no Porto de São Francisco do Sul, no Norte de

Santa Catarina, inaugurou um armazém para prestar serviços exclusivamente aos clientes da Asia Shipping Transportes Internacionais, empresa multinacional de origem brasileira, especializada em agenciamento de carga. Com mil metros quadrados de capacidade estática equi-valente a 50 contêineres de 40’ HC, o novo armazém vai proporcionar redução de custos para os clientes da Asia Ship-ping, que poderão retirar as mercadorias do contêiner e deixá-las no armazém.

O armazém representa mais um inves-timento do Tesc, que já aplicou mais de R$ 150 milhões em novos equipamentos, obras de prolongamento, reforço, amplia-ção e dragagem do berço, agora com 14 metros de profundidade e calado de 12,8 metros, um dos mais profundos da região Sul. “Com essas melhorias, o terminal am-pliou a sua capacidade de operação para 300 mil TEUs ao ano”, declarou o superin-tendente do Tesc, José Eduardo Bechara.

Em função do aumento do volume de car-gas para São Francisco do Sul nos mo-dais marítimo e terrestre (por intermédio de Documentos de Trânsito Aduaneiro - DTAs), a Asia Shipping busca, por meio da nova parceria, um resultado mais efi-ciente e econômico para os seus clientes de cargas fracionadas, com a desova ime-diata das mercadorias de importação. “A

empresa passa a oferecer um atendimen-to operacional e comercial diferenciado, com redução dos custos de armazenagem. Outras vantagens são a agilidade no pro-cesso portuário, controle operacional, ga-rantia de espaço físico e cumprimento de horários, janelas e agendamentos”, diz o gerente de Terminal & Trucking da Asia Shipping, Ricardo Tavares.

Nas operações de importação de contêiner house, os clientes da Asia Shipping poderão contar com uma área de 122 mil m² de pátio (entre Tesc e Porto Público), com projeto de expansão de mais 19

mil m². Além disso, o terminal conta com 8 mil m² de armazém e 1.200 plugs para contêineres refrigerados. Para as operações de exportação e armazém geral, o Tesc conta com um recinto de 82 mil m² de pátio e armazém de 13,7 mil m², além de 200 plugs adicionais.

CONTêINER

Durante o evento que marcou a inaugu-ração do novo armazém, o gerente co-mercial do Tesc, Claudio Flores, destacou que a demanda por cargas em contêiner vem crescendo mundialmente, incluindo

LOGÍSTICA PORTuÁRIA

Tesc inaugura armazém para uso exclusivo dos clientes da Asia Shipping

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cargas como milho e soja. “Hoje 35% da soja que sai dos Estados Unidos é em contêiner”, diz. Prova desta tendência é que o Tesc já tem uma demanda progra-mada para 2013 de 300 mil toneladas, entre março e outubro, o que representa 2.600 TEUs/mês.

Já o diretor comercial da Asia Shipping, Rafael Dantas, destacou o crescimento do comércio exterior em Santa Catari-na. Em 2002, o Estado importou US$ 931 milhões. Dez anos depois, entre janeiro e outubro de 2012, as compras do exte-rior totalizaram mais de US$ 12 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comér-cio Exterior do Ministério do Desenvol-vimento Indústria e Comércio (MDIC). O estado também tem a maior concentra-ção de portos do Brasil. “Estes são alguns dos fatores que nos fizeram investir em Santa Catarina. Desde 2010 instalamos um escritório próprio em Itajaí e esta nova parceria representa uma aposta no potencial dos negócios aqui em Santa Ca-tarina”, descatou Dantas. VANTAGENS

Um dos principais atrativos do Tesc é a taxa de armazenagem do terminal, que chega a ser até 40% inferior aos valores pratica-dos pelo mercado. Além disso, o terminal tem localização estratégica na região Sul do país, já que o porto de São Francisco do Sul está em uma baía de águas tranquilas o ano inteiro, o que proporciona seguran-ça na navegação e nas manobras. “O Tesc hoje não tem restrição de janela de atra-cação e de volume”, afirma Cláudio Flores. Ao operar em São Francisco do Sul, o cliente também conta com vantagens ope-

racionais. No início de novembro, o porto francisquense foi apontado como o melhor no ranking composto por 12 terminais bra-sileiros, que foi elaborado pelo (Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), especia-lizado em estudos sobre o setor logístico. A pesquisa levou em conta a opinião de 157 profissionais de grandes empresas do país que contratam serviços de movimen-tação de carga e que avaliaram itens como calado, acesso e modais de transporte.

Desde o ano passado, o Tesc passou a contar com a operação de transporte ferroviário de contêineres, por intermé-dio da parceria com a Brado Logística, e é o único terminal catarinense que ofe-rece o modal ferroviário. Além disso, o

porto recebeu em 2011 recursos de R$ 100 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ampliação do calado. Para completar, em meados de outubro, os terminais do Complexo Por-tuário da Babitonga (onde está o Tesc) foram autorizados pela Marinha do Brasil a receber embarcações no período notur-no. A portaria 48 da Capitania dos Portos de Santa Catariana autoriza a realização de manobras noturnas por um período de 60 dias, permitindo a operação de navios com até 286 metros de comprimento e 40 metros de largura. Após esse período ex-perimental, a Autoridade Portuária deverá apresentar relatório técnico com aspectos observados para subsidiar a homologação dos parâmetros de navegação.

Roberto Nunes Lunardelli (Tesc), Cláudio Flores (Tesc), Paulo Corsi (Porto de São Francisco), José Eduardo Bechara (Tesc), Enrique Arteaga(CSAV), Rafael Dantas (Asia Shipping) e Ricardo Tavares (Asia Shipping)

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Tesc

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APM

TEstudos que estão sendo realizados por uma empresa holandesa evi-denciam a segurança da operação

de navios com mais de 300 metros de comprimento no Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, em Santa Catarina. Os pri-meiros resultados das pesquisas foram apresentados a uma comitiva formada por práticos e representantes da APM Terminals, Portonave e Porto de Itajaí que acaba de retornar da Holanda. Os inte-grantes da comitiva viajaram à Europa para acompanhar de perto simulações e prática de testes de navegação com equi-pamentos de última geração, que assegu-ram a realização de manobras com navios post-panamax no complexo portuário.

Desde fevereiro deste ano, só a APM Ter-minals investiu 160 mil euros em pesqui-sas com o objetivo de manter Itajaí na rota dos grandes armadores até que a nova ba-cia de evolução seja finalizada. A meta é mostrar que o complexo tem condições

de atender embarcações de grande porte, tendência global dos armadores em suas rotas de navegação. A primeira operação de teste com uma embarcação com 300 metros no complexo ocorreu em outubro.

A mobilização para assegurar a operação de navios com mais de 300 metros de-monstra a preocupação conjunta das em-presas que atuam no complexo portuário para aumentar a movimentação de cargas no Porto de Itajaí, segundo maior terminal do Brasil em movimentação de contêine-res. “E que poderá crescer ainda mais nos próximos anos se houver um comprometi-mento mútuo para o desenvolvimento da atividade portuária na região”, diz o su-perintendente da APM Terminals, Ricardo Arten. Com a confirmação de que o com-plexo oferece condições de operar navios com mais de 300 metros em segurança, a Marinha homologou em 304 metros o comprimento das embarcações que podem manobrar no Rio Itajaí-Açu. Paralelamen-

te, a Autoridade Portuária segue com os estudos para a implementação de uma nova bacia de evolução para o Complexo do Itajaí, com 450 metros de largura e que possibilitará operações com navios com até 336 metros de comprimento.

RANKING PORTuÁRIO

Pesquisa aponta a viabilidade para navios com mais de 300 metros

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Empresários e poder público de Itajaí e região defendem a implantação da Ferrovia do Frango como fator de-

cisivo para fortalecer o desenvolvimento sócioeconômico e assegurar a movimen-tação de cargas do Complexo Portuário, respeitando o projeto inicial, cujo traçado ligará Chapecó a Itajaí. A adesão e o en-gajamento pela causa foi o resultado da reunião ocorrida entre representantes da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), coordenada pela presidente da entidade, Maria Izabel Pinheiro Sandri. A associação deu início à mobilização quando, numa reunião em Brasília, levantou-se a hipóte-se da mudança de traçado da Ferrovia do Frango, passando pelo Planalto Norte em direção ao Porto de São Francisco do Sul.

A principal pauta da reunião foi a luta pela permanência do traçado inicial da ferrovia, que prevê a ligação entre Chape-có e Itajaí, passando pelos municípios de Campos Novos, Curitibanos, Rio do Sul e Blumenau. “O resultado deste encontro foi muito bom, pois definimos algumas linhas de trabalho e estamos unidos e articula-dos para defender este projeto com seu traçado inicial”, diz Maria Izabel.

Os representantes de Itajaí querem uma audiência com o ministro dos Transpor-tes, Paulo Sérgio Passos, para apresentar a argumentação do município e garantir a viabilização das obras da ferrovia. A ACII entende a importância da luta da outra região para seu desenvolvimento econô-mico, mas acentua que em hipótese al-

guma Itajaí deve abrir mão na luta pela Ferrovia do Frango. O modal será respon-sável pelo escoamento de toda a produção agrícola, mas principalmente do frango, que totaliza cerca de 100 mil toneladas exportadas mês pelo Porto de Itajaí.

CARTA

A Associação Empresarial de Itajaí enviou, em setembro, aos presidentes das Frentes

Parlamentares Nacional e Estadual das Ferrovias, respectivamente Pedro Uczai e Dirceu Dresch, a “Carta de Itajaí” com pontos acordados em seminário sobre ferrovias e desenvolvimento ocorrido na ACII. Entre estes pontos está o transpor-te de passageiros por via ferroviária e de transporte de equipamentos de alta tone-lagem, em razão das indústrias petrolífera e naval que por aqui se instalam, estimu-ladas pelas descobertas do pré-sal.

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

FERROVIA DO FRANGO

Associação lança mobilização pelo traçado original de ferrovia

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A estrutura portuária da Portonave, em Navegantes (SC), vai receber R$ 150 milhões em investimentos. O objetivo

é aumentar em 50% a produtividade já no próximo ano. Do total, R$ 80 milhões serão destinados à duplicação do parque de equi-pamentos e R$ 70 milhões à expansão física. A nova frota de máquinas deve chegar até ju-nho de 2013 e permitirá à Portonave alcançar produtividade média de 100 movimentos de contêineres por hora, considerada elevada no Brasil. Hoje, esse número está em 68.

Serão três novos guindastes do tipo portêiner (que embarcam e desembarcam o contêi-ner dao navio) aptos a atender embarcações super-pós panamax, e cinco RTGs (que ma-

nuseiam as pilhas de contêineres no pátio). A aquisição integra a segunda fase de constru-ção do terminal, inaugurado em 2007.

Além dos equipamentos, a Portonave está expandindo a retaguarda do cais em 140 mil metros quadrados. Somada à metragem atu-al, a área pavimentada chegará a 410 mil. Ao fim do projeto, quando o terminal estiver completamente pronto, a retroarea terá 600 mil metros quadrados. Além das obras, a com-panhia pretende investir na infraestrutura do Complexo Portuário de Itajaí, ampliando a ca-pacidade para recepção de embarcações.

A Autoridade Portuária fez o processo licitatório para contratar a dragagem do canal e a cons-

trutora Triunfo foi a vencedora. A Portonave comprará a draga e, posteriormente, alugará à construtora do grupo que vai realizar o serviço.

DESTAquE

A Portonave é a quarta maior empresa do Sul do país no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanhã, em parceria com a PwC – PricewaterhouseCoo-pers. A pesquisa aponta as 500 maiores em-presas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classificação geral, o Terminal Por-tuário ocupa o 13º lugar entra as 100 maiores empresas do estado e a 73ª posição entre as 500 maiores do Sul.

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

MOVIMENTAçãO DE CARGAS

Portonave vai receber R$ 150 milhões de investimentos

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Os portos brasileiros precisam estar prepa-rados para acompanhar o crescimento da economia brasileira que deve girar en-

tre 4% a 5% em 2013. A afirmação é do minis-tro chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), José Leônidas de Menezes Cristino. “Junto com o crescimento econômico, vem um avanço exponencial da movimentação de contêineres em nossos portos e terminais”, afirmou o ministro na abertura do VII Seminário SEP de Logística, realizado em Fortaleza.

O Complexo Portuário do Itajaí esteve represen-tado pelo diretor comercial do Porto de Itajaí, Marcelo Sodré; pelo superintendente adminis-trativo da Portonave Terminais Portuários Nave-gantes, Osmari de Castilho Ribas; além de Paulo Simões, da APM Terminals Itajaí.

Leônidas Cristino também traçou um breve perfil da realidade portuária brasileira, que vem rece-bendo significativos investimentos da União nos últimos anos e, consequentemente, ampliando suas operações e aprimorando sua infraestrutura. “E dentro desta realidade nós precisamos garantir investimentos ainda maiores em nossos portos. Para isso, precisaremos contar com aportes da iniciativa privada”, disse o ministro, sem anteci-par detalhes do novo pacote para os portos, que estava em elaboração no Palácio do Planalto.

“Já demos importantes passos com investimen-tos do governo em infraestrutura, tecnologia da informação, inteligência logística, segurança e meio ambiente. Entretanto, precisamos remode-lar o arcabouço legal do sistema portuário bra-sileiro, já que a última lei específica para o setor – Lei de Modernização dos Portos – é de 1993.

Precisamos adaptar o sistema à nova realidade e, para isso, agregar esforços da iniciativa privada, governo e gestores, para que possamos acompa-nhar o crescimento do país”, acrescentou.

Além da apresentação do ministro da SEP, o pri-meiro dia do Seminário contou com palestras do secretário executivo da Associação Brasileira de

Recintos e Terminais Alfandegados (ABTRA), Ma-theus Muller; do presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Fi-gueiredo; com o palestrante internacional Pedro Afonso Garcia Nuñez, da ZEAL y Gestión Logisti-ca; com o diretor presidente da Companhia Docas do Ceará, Marcos Chiorboli, e com o presidente da ABTRA, Paulo André Holanda.

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

ECONOMIA BRASILEIRA

Portos precisam estar preparados para acompanhar crescimento

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Mauro Lourenço Dias

Para não voltar ao tempo do pau-brasil

ARTIGO

Quem analisa os números da balança comercial sabe que as exportações dependem hoje de um número redu-

zido de commodities e, especialmente, do mercado chinês. Se no antigo sistema co-lonial o Brasil dependia exclusivamente de Portugal, no século XX essa dependência no comércio exterior passou a ser em relação aos Estados Unidos e, agora, no século XXI, à China.

O ideal seria que houves-se maior equilíbrio nas contas e o Brasil não dependesse de nenhu-ma outra nação para fechar em azul as suas contas externas, nego-ciando com o maior nú-mero possível de parcei-ros. Por isso, é bem-vinda a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exte-rior (MDIC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves-timentos (Apex-Brasil) de promover r o d a -das de negócios de empresas brasileiras com compradores da China, Taiwan, Hong Kong e Cingapura, como aquelas que ocorreram em novembro, em Pequim, durante o evento Flavours from Brazil (Sabores do Brasil).

Os setores contemplados foram os de carne bovina, de frango e suína, cafés

especiais, vinho e mel, que despertaram o interesse de 45 compradores, proporcionan-do uma expectativa de US$ 55 milhões em negócios para 2013. O que se espera é que a iniciativa contemple outros setores, espe-cialmente o de produtos manufaturados. Afinal, cinco commodities (minério de fer-ro, petróleo bruto, soja, açúcar e carne) representam cerca de 50% do total das ex- p o r t a ç õ e s

brasileiras, compradas p r i n c i pa l -mente pela China. Em outras pa-lavras: o Brasil é hoje um g r a n d e e x p o r t a -dor de c o m m o -d i t i e s . N a d a

contra a exportação

desses produtos. Pelo contrário. Mas isso indica que caiu por terra todo o esforço de governos anteriores para criar uma indús-tria capaz de substituir os produtos manu-faturados importados, que tinha por obje-tivo eliminar ou reduzir a dependência do Brasil de nações industrializadas. Até porque a situação atual é instável e,

portanto, perigosa para os destinos do País. Basta ver a questão do minério: hoje esse produto é o grande responsável pela evo-lução das commodities na pauta de expor-tação brasileira, mas nada garante que o será por muito tempo. A China continua a comprar minas de minério de ferro em todo o mundo para assegurar o seu abastecimen-to. Assim, quando tiver acumulado um bom estoque, com certeza, vai forçar uma queda nos preços desse produto. É do mercado. Com o desleixo dado nos últimos anos à política de substituição das im-portações de produtos manufaturados, a produção industrial brasileira estagnou--se, ao mesmo tempo em que crescem os componentes importados na sua produção. Isso mostra que está na hora de o MDIC e a Apex-Brasil fazerem igualmente esforços para abrir o mercado asiático para o produ-to manufaturado brasileiro, convencendo os consumidores daquela região de que o Brasil também é fornecedor de produtos diversifi-cados, confiáveis e de qualidade.

Afinal, o comércio exterior brasileiro não pode continuar a depender apenas de com-modities – e muito menos de cinco ou seis produtos. Do contrário, o País pode voltar ao tempo do pau-brasil.

O autor é vice-presidente da Fiorde Logísti-ca Internacional e professor de pós-gradu-ção em Transportes e Logística do Departa-mento de Engenharia da Unicamp

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Santa Catarina tem 96% dos municí-pios, 283 deles, que apresentaram nível de desenvolvimento moderado a

alto conforme índice da Federação das In-dústrias do Rio de Janeiro (Firjan) de Desen-volvimento Municipal (IFDM) que acaba de ser divulgado. Das 293 cidades do estado, 26 alcançaram alto grau de desenvolvimen-to, sendo que cinco delas integram a lista dos 100 melhores desempenhos do país: Blumenau, Brusque, Florianópolis, Joinville e Chapecó. O estudo foi criado pelo Sistema Firjan para acompanhar a evolução socioe-conômica dos 5.565 municípios brasileiros.

No ranking do IFDM 2010, Blumenau man-teve a liderança em Santa Catarina, princi-palmente por conta do crescimento na ver-tente emprego e renda. Brusque assumiu a segunda colocação, impulsionado sobretu-do pelo desenvolvimento da vertente saúde. A capital Florianópolis perdeu uma posição no ranking estadual e também no ranking de capitais, ficando atrás de Curitiba, São Paulo, Vitória e Belo Horizonte.

Entre os 10 maiores índices catarinenses, três são novos integrantes no ranking de 2010: Jaraguá do Sul (que cresceu 3,4%); Tubarão (+ 2,4%) e Concórdia (+ 8,7%). Os três municípios galgaram posições impul-sionados por bons desempenhos na verten-te emprego e renda. Também influenciada pela melhora na área de saúde, Concórdia foi o único município entre os 10 maiores IFDMs catarinenses a apresentar cresci-mento (8,7%) superior à média nacional (3,9%). Todos os municípios do Top 10 ca-tarinense possuem alto desenvolvimento

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO

Santa catarina tem 96% dos municípios com desenvolvimento entre moderado e alto

TOP DEZ CATARINENSE

Blumenau (0,8849)Brusque (0,8739)Florianópolis (0,8737)Joinville (0,8727)Chapecó (0,8607)Pomerode (0,8559)Jaguará do Sul (0,8541)Concórdia (0,8462)Tubarão (0,8451) Balneário Camboriú (0,8433)

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Santa catarina tem 96% dos municípios com desenvolvimento entre moderado e alto na nota consolidada do IFDM (pontuação acima de 0,8).

DESENVOLVIMENTO

Na outra ponta do ranking estadual, metade dos dez últimos colocados de 2009 perma-neceu em 2010, apenas trocando posições: São Cristóvão do Sul (0,6010); Timbó Gran-de (0,5965); Brunópolis (0,5961); Monte Carlo (0,5953) e Painel (0,5738), que as-sumiu o último posto. Os novos integran-tes da parte inferior do ranking catarinense foram os municípios de Bela Vista do Toldo (0,6044), Urubici (0,5976), Bom Jardim da Serra (0,5974), Balneário Arroio do Silva (0,5965) e Vargem (0,5960). Importante no-tar que oito municípios do estado ainda não ultrapassaram a barreira dos 0,6 pontos, ou seja, apresentam desenvolvimento regular.

Em uma análise da década, entre 2000 e 2010, é importante destacar os municípios que mais avançaram em termos socioeco-nômicos. O maior crescimento foi de Santa Terezinha, cidade com conquistas importan-tes nas três vertentes e que ganhou 29 co-locações no ranking. O município saltou do estágio de baixo desenvolvimento (abaixo de 0,4 pontos) em 2000 para o de desenvol-vimento moderado (acima de 0,6) em 2010. O mesmo aconteceu com Cerro Negro no período. Entre os dez municípios que apre-sentaram maior incremento na pontuação, destaque para Tijucas e Saudades, que salta-ram do estágio de desenvolvimento regular (abaixo de 0,6) para o grupo de municípios com alto desenvolvimento (acima de 0,8). Em comum, esses municípios apresentaram

forte evolução da vertente emprego e renda.

RECuPERAçãO

A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da econo-mia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de em-prego, renda e educação. A principal contribui-ção para a média brasileira partiu da vertente emprego e renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em ape-nas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010.

Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento - emprego & renda, educação e saúde - e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Tra-balho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com pre-cisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máxi-mo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

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Diário de Bordo

GESTãO SOCIOAMBIENTALA América Latina Logística (ALL) con-quistou o troféu Chico Mendes em Ges-tão Socioambiental Responsável. É o se-gundo ano consecutivo que a empresa é premiada pelo conjunto de trabalhos so-ciais e de meio ambiente realizados em parceria com o Instituto ALL, que contri-bui para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental do planeta. O Instituto Chico Mendes avalia crité-rios como ineditismo, potencial trans-formador da ação ou produto, problema solucionado, racionalização, nível de investimento, praticidade para possíveis replicações, análises de certidões nega-tivas e déficit socioambiental, criativida-de, eficácia e articulação com potencial de integração, relações da empresa com os colaboradores e comunidades próxi-mas, entre outros fatores como saúde e segurança do trabalhador.

GOLDEN CARGOA Golden Cargo, empresa especializada no gerenciamento e operação da cadeia

logística de mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, foi agraciada no com o Prê-mio BASF de Excelência – Fornecedores, na categoria “Operador Logístico”. Esta foi a 5ª edição do troféu e contou com a participação de 113 empresas, que com-petiram em 15 categorias. Para a escolha dos vencedores na categoria “Operador Logístico” foi analisado o status de cada uma das quatro empresas concorrentes com relação aos programas Olho Vivo, Segurança no Transporte e SASSMAQ (Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade).

CAFÉ BRASILEIROA safra brasileira de café deve passar das 50 milhões de sacas, uma marca histó-rica. Cada brasileiro está consumindo, em média, quase cinco quilos de café ao ano, o que equivale a 81 litros da bebida. Os maiores bebedores do mundo de café são os países escandinavos, com quase 13 quilos de café por pessoa ao ano. Nas quatro mil cafeterias espalhadas pelo

Brasil, o brasileiro vem aprimorando o paladar com cafés especiais, produzidos, colhidos e tratados com mais cuidado. Alguns podem chegar a até R$ 10 a xí-cara.

GuIA DA INDúSTRIA O Centro das Indústrias (Ciesc), entidade do Sistema Fiesc,lançou o Guia da Indús-tria 2012/2013, o mais completo cadas-tro do setor industrial de Santa Catarina, com informações de mais de 6,5 mil em-presas. Esta é a quinta edição do traba-lho, que também está disponível nas ver-sões impressa, em CD-ROM e on-line. Por meio do guia, é possível obter informa-ções das empresas por tipo de produto, porte, município e ramo de atividade. O documento, disponível em inglês, portu-guês e espanhol, também fornece dados como o mapa dos complexos industriais, endereço, telefone, e-mail e o número de funcionários de todas as companhias cadastradas. Ainda há uma relação com 600 fornecedores e prestadores de servi-ços para a indústria.

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