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nº. 57 — NOVEMBRO DE 1981 54 Cláudio César Dias Baptista Noise é ruído. Ruído branco, rosa, ver- melho... O ruído branco, que contém todas as frequências de áudio aparecendo em se- quencia aleatória, é ouvido como o ruído que aparece ao ajustarmos o dial de um receptor de FM, onde não exista estação, ou um canal de TV fora do ar. Filtrando o ruído branco, com uma queda de 3 dB/ 8ª em direção às altas frequências, obte- mos um ruído chamado “rosa”, que tem a mesma amplitude em todas as frequên- cias e serve para ajustes de equipamento de áudio. O gerador e filtro aqui apresen- tados não têm características de aparelho de medição e o ruído rosa pode ter ampli- tudes diferentes nas diversas frequências, o que nada nos atrapalha na finalidade a que se destina (na pior das hipóteses, tere- mos um rosa-choque...). Para aparelhos de medição, é necessário construir um ge- rador digital de ruído pseudo-aleatório, que dá conta do recado mas é muito mais complexo, mesmo se utilizarmos o inte- grado da National, inexistente em nosso mercado, que já produz o ruído direta- mente. No circuito aqui apresentado, o ruído “branco” é gerado pelo transistor polari- zado inversamente. Poderá acontecer que um determinado transistor não se preste para o serviço e você tenha que testar ou- tro, para que o ruído não fique “preto”, isto é, as coisas. Geralmente um segundo componente já serve, sendo bem maiores que as probabilidades 50% de acerto com o primeiro. O ruído “vermelho” serve apenas para controlar o VCF via M-Mix e não aparece no áudio. É o ruído rosa passando por um filtro passa-baixas, com frequência de corte de 100 Hz. O circuito completo do gerador apare- ce na figura 12. O transistor BC 208 que for considerado “bom” gerador de ruí- do, produzirá na tela do osciloscópio uma faixa pura, mais densa no meio, com aproximadamente 10 milivolts RMS me- didos no emissor. Os “maus” darão uma forma de onda arrepiada, com 1 milivolt RMS, aproximadamente. Eles têm medo do contato cósmico; são egoístas... Na forma de onda “boa”, não aparecem o rippIe, nem os picos que existirão com uma polarização imperfeita do emissor. A resistência de emissor deve ser variada pa- ra experimentar e obter o melhor resulta- do. Para isso, incluí o trimpot de 470k. A “forma de onda” é uma faixa pura como o esfumaçado que se obtém passando grafite finamente pulverizado, com um algodão macio, sobre o papel. Sugiro a utilização de osciloscópio, no escuro, para ver bem a faixa, e ajustar o trimpot de 470k que, de um lado, ceifa o sinal em cima, e de outro reduz a amplitu- de e tira fora do centro da faixa a zona mais densa. Seja como for, se você não dispuser de osciloscópio, o ouvido servirá muito bem para enxergar tudo isto, desde que seus pais não lhe tenham afirmado repetidamente, quando pequenino, que somente os olhos enxergam. O “ponto ótimo” é o mais “centrado”. Após ajustar o trimpot 470k, passe pa- ra o de 2k5 e ajuste a saída de ruído bran- co com esse trimpot, para cerca de menos 4 dBm ou aproximadamente 485 milivolts RMS. Não precisa ser “tão” aproxima- damente... Mesmo porque o dBm daqui não é “dBm” mesmo, já que não é capaz Concluindo a série, iniciada no nº 55, o autor apresenta agora os módulos modificadores que poderão ser montados em conjunto ou individualmente Noise Conclusão

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198154

Cláudio César Dias Baptista

Noise é ruído. Ruído branco, rosa, ver-melho...

O ruído branco, que contém todas as frequências de áudio aparecendo em se-quencia aleatória, é ouvido como o ruído que aparece ao ajustarmos o dial de um receptor de FM, onde não exista estação, ou um canal de TV fora do ar. Filtrando o ruído branco, com uma queda de 3 dB/ 8ª em direção às altas frequências, obte-mos um ruído chamado “rosa”, que tem a mesma amplitude em todas as frequên-cias e serve para ajustes de equipamento de áudio. O gerador e filtro aqui apresen-tados não têm características de aparelho de medição e o ruído rosa pode ter ampli-tudes diferentes nas diversas frequências, o que nada nos atrapalha na finalidade a que se destina (na pior das hipóteses, tere-mos um rosa-choque...). Para aparelhos de medição, é necessário construir um ge-rador digital de ruído pseudo-aleatório, que dá conta do recado mas é muito mais complexo, mesmo se utilizarmos o inte-grado da National, inexistente em nosso mercado, que já produz o ruído direta-mente.

No circuito aqui apresentado, o ruído “branco” é gerado pelo transistor polari-zado inversamente. Poderá acontecer que um determinado transistor não se preste para o serviço e você tenha que testar ou-tro, para que o ruído não fique “preto”, isto é, as coisas. Geralmente um segundo componente já serve, sendo bem maiores que as probabilidades 50% de acerto com o primeiro.

O ruído “vermelho” serve apenas para controlar o VCF via M-Mix e não aparece no áudio. É o ruído rosa passando por um filtro passa-baixas, com frequência de corte de 100 Hz.

O circuito completo do gerador apare-ce na figura 12. O transistor BC 208 que for considerado “bom” gerador de ruí-do, produzirá na tela do osciloscópio uma faixa pura, mais densa no meio, com aproximadamente 10 milivolts RMS me-didos no emissor. Os “maus” darão uma forma de onda arrepiada, com 1 milivolt RMS, aproximadamente. Eles têm medo do contato cósmico; são egoístas... Na forma de onda “boa”, não aparecem o rippIe, nem os picos que existirão com

uma polarização imperfeita do emissor. A resistência de emissor deve ser variada pa-ra experimentar e obter o melhor resulta-do. Para isso, incluí o trimpot de 470k. A “forma de onda” é uma faixa pura como o esfumaçado que se obtém passando grafite finamente pulverizado, com um algodão macio, sobre o papel.

Sugiro a utilização de osciloscópio, no escuro, para ver bem a faixa, e ajustar o trimpot de 470k que, de um lado, ceifa o sinal em cima, e de outro reduz a amplitu-de e tira fora do centro da faixa a zona mais densa. Seja como for, se você não dispuser de osciloscópio, o ouvido servirá muito bem para enxergar tudo isto, desde que seus pais não lhe tenham afirmado repetidamente, quando pequenino, que somente os olhos enxergam. O “ponto ótimo” é o mais “centrado”.

Após ajustar o trimpot 470k, passe pa-ra o de 2k5 e ajuste a saída de ruído bran-co com esse trimpot, para cerca de menos 4 dBm ou aproximadamente 485 milivolts RMS. Não precisa ser “tão” aproxima-damente... Mesmo porque o dBm daqui não é “dBm” mesmo, já que não é capaz

Concluindo a série,iniciada no nº 55, o autor

apresenta agora os módulos modificadores que poderão ser

montados em conjunto ou individualmente

Noise

Conclusão

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Fig. 12

de se manter sobre uma carga de 600 Ohms, mas só em cargas ao redor de 10k.

A medição da amplitude do ruído rosa é mais difícil, já que a forma de onda apresenta picos mais amplos a cada 3 se-gundos, mais ou menos. Considere um valor médio se desejar ajustar seu volume em relação ao ruído branco e use mesmo o ouvido!

O osciladorA maioria dos circuitos até agora apre-

sentados tem uma origem comum aos sin-tetizadores convencionais de teclado e foi por mim modificada e, em alguns casos, criada, para chegar aos objetivos do Sin-tetizador CCDB. Data de época que va-riam de 1965 a 1970 e tem complementos de épocas posteriores.

O oscilador vem de outras eras e re-giões da galáxia, onde os hobbits, os anões e os elfos ainda lutam contra os dragões!

O oscilador é extremamente simples e pode ser substituído, ou não, por apare-lho mais moderno, caso você conheça cir-cuitos melhores. A própria NE publicou

um excelente gerador de funções que se prestaria a essa finalidade. Como simpli-cidade, no entanto, e que faça o serviço com total possibilidade de ajuste, menos o controle por tensão, próprio de “VCOs” (que neste Sintetizador não nos interessam), não conheço nada melhor.

O brilho modesto desta jóia, do fundo do baú do tesouro de Ali Baptista, digo Babá, vai produzir milhões de revérberos multicores quando aproximado do fulgu-rante VCF!

Os “harmônicos cadentes” ou ascen-dentes estão entre os mais lindos efeitos possíveis com este Sintetizador e são pro-duzidos com as formas de onda rampa ou dente de serra, e mesmo com as triangula-res, ajustadas em frequência muito lenta, subsônica, para comandar via M-Mix, o VCF, regulado com a ênfase máxima an-tes da oscilação ser estabelecida.

Um acorde de guitarra, passando pelo VCF, e desligado o CG do VCF (mínima sensibilidade do limiar) terá seus harmô-nicos selecionados um por um, à medida que o pico do VCF for varrendo a faixa de áudio.

Mil outros efeitos que só se conhece ex-perimentando, e são possíveis graças ao comando do VCF pelo oscilador. Para es-sa finalidade, este último, apesar da ex-trema simplicidade do circuito, tem vá-rios controles, que permitem cobrir toda a faixa de áudio com diversas formas de onda. Uma chave Range de 6 posições co-bre seis faixas de frequências. Um ajuste fino, “frequência”, ajusta o oscilador pa-ra produzir qualquer frequência dentro de cada faixa. São produzidas frequên-cias subsônicas desde 25 segundos por ci-clo, até ultra-sônicas, de 24kHz!

As formas de onda são quatro básicas, selecionadas pela chave “forma”. Temos a onda rampa crescente, a rampa decres-cente, a triangular e a quadrada. A onda triangular tem o ajuste de “balanço” en-tre as duas rampas do triângulo, podendo ela mesma variar de rampa crescente, passando por triangular, à rampa decres-cente. A onda quadrada tem o ajuste de “largura de pulso”, que a torna simétri-ca, com as duas seções, positiva e negati-va, iguais, ou assimétricas, passando a ser considerada como um pulso negativo ou

2,5mF

0,15mF

10mF

0,1mF

100pF

BC208BC548

BC208BC548

BC208BC548

100k

BC208BC548

22kLIN

0,033mF0,15mF

10k

10k

120W

470W

3k3

2,5mF+3,8V +3,8V

240W

470kajuste p/ ruído

75k

10k

3k3 3k9

0,15mF

10k

24k

1k

+10Vcc

–10Vcc

nadaconectadoao coletor

SAÍDA “WHITE” (BRANCO) SAÍDA “PINK” (ROSA)

SAÍDA“RED”(VERMELHO)

—4 dBm —4 dBm

—4 dBm

ao trimpot 47 kde entrada do M. Mix(ver fig. 5)

nodo deentradade áudiodo VCF

volume doruído (noise)ver fig. 5

Selecionar(ver texto)

2k5LIN

Chave duplainversora(vista por trás)

ROSA

BRANCO

250mF25V

ligueeste terrapróximo àsaída dogerador

10mF40V

2,2mF 6M8 6M8

100k

BC208BC548

—7V 2,5mF

560k 560k

3k3

2,5mF

0,15mF 0,1mF

2M22M2

A

B C BE

BC548 NPN

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198156

positivo que se estreita conforme a posi-ção do controle.

Além de servirem para controlar a fre-quência de corte do VCF pela entrada de controle CC, via M. Mix, as ondas do ge-rador podem ser dirigidas ao circuito do próprio sinal de áudio, pela entrada de áudio do VCF. Outros milhares de efei-tos, alguns semelhantes ao do próprio Ring Modulator são criados, então, quando você tocar a guitarra e este sinal estiver sobreposto ao áudio, utilizando os geradores de contorno e os disparadores.

Os ajustes internos a serem feitos são: trimpot de 1k ajustando a largura de pul-

so da onda quadrada, para que esteja si-métrica quando o potenciômetro de lar-gura de pulso, no painel, estiver a meio curso. Trimpot 10k para fazer a tensão média CC ser igual entre os pontos A, B, C e D. Ela já deverá ser igual entre A, B e C por natureza, mas a amplitude em D pode variar de + 0,5 a + 8 VCC e as de A, B e C, ficam ao redor de + 3,5 a + 4,5 VCC.

É importante ajustar a tensão contínua de D quando conectado ao capacitor de 500µF pela chave “forma”, para que este capacitor mantenha o mesmo nível de po-larização e evitar a “espera”, para que se

acomode a um novo nível, caso a tensão recebida de “D” provoque nível diferen-te. Faça os ajustes com VTVM se possí-vel, e pelas frequências de áudio, que au-tomaticamente as frequências subsônicas estarão ajustadas. O objetivo é evitar a tal “espera” que você aprenderá a reconhe-cer.

O circuito aparece completo na figura 13.

Misturador de modulação

Abrevio por M. Mix. Serve simples-mente para misturar e amplificar os sinais

Fig. 13

D

C

A B

A

B

C

D

500µF

B2

B12N2646VISTO DE BAIXO

E

50µF

10µF

10µF

500µF6 a 8V

4,7µF

3x

0,22µF

3x

0,022µF

2x

3,3nF

BC208BC548

BC208BC548

BC208BC548

BC208BC548

BC208BC548

BC208BC548

EM503BC558

2N2646

1N4148

1N4148

47Ω

100Ω

3,9M 56pF

6,8k

68k

15k330Ω

6,8k

100k

1,5k

47k 5,6k

100Ω

TRIM47k

TRIM10k

22k lin

5,6k

15k

47k

10k

680Ω

5,6k

4,7k

6,8k

4,7k

4,7k

75k

22kLIN

“FREQ”

220ΩLIN

FAIXA

CHAVE“FORMA”

liga oscil.ao áudio

400 mV

Balanço(no painel)

TRIMLARG. dePULSO

UNIJUN-ÇÃO

25 s

/ 2,

5 s

2,5

s / 3

Hz

3 H

z / 2

4 H

z

24 H

z / 2

40 H

z

240

Hz

/ 240

0 H

z

2400

Hz

/ 24

kHz

(+ rápido)

+10Vcc

+10Vcc

–10Vcc

47kTRIM

NÃO

ALTERE

use valoresexatos, mesmoque precisecolocar várioscapacitoresem paralelo

jack opcionalno painelsaída dooscilador

ao Mod. Mix(pot. balanço)

ao nodode entradade áudiodo VCF* se for colocada longe da placa,

use fiação blindada!

largurade pulso(no painel)

50 a 150 mV100 mV ésimétrica

1k

volume doosciladorde áudio

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57NOVA ELETRÔNICA — nº. 57

do oscilador e do gerador de ruído, ende-reçando-os ao VCF. Com o potenciôme-tro “balanço” você controla a proporção entre o ruído e a oscilação dirigidas ao VCF.

O circuito é apresentado na figura 14A. O circuito original, com transistores, é um tanto crítico na polarização da base do EM 503, e poderá ser substituído por outro, com integrado. Sugiro montar o da figura 14B, e experimentar! Qualquer outro circuito que você prefira, com boa resposta a frequências subsônicas tam-bém poderá servir.

A fonte de alimentação

O Sintetizador CCDB original trabalha com a fonte apresentada na figura 15. Hoje, com os novos circuitos integrados reguladores de tensão, com ajuste de ten-são variável, você a poderá fazer muito mais compacta e protegida contra curto-circuitos.

Apresentei o circuito diretamente em forma de layout para sugerir esta configu-ração, que funciona bem e é suficiente-mente ampla para permitir a publicação e reduzida para caber na pedaleira.

A fonte não é protegida contra curto-circuitos, a não ser na saída de 24 volts. Cuidado, pois! Não ligue e desligue fios de alimentação aos circuitos com a fonte

ligada ou muito recentemente desligada, ou terá problemas sérios. Para poder brincar com tensões vindas da fonte, de-sacople suas saídas com um resistor de 100 ohms em série e um capacitor eletrolí-tico à terra depois ele, criando uma nova saída não tão estabilizada, porém protegi-da e útil para experimentação, com no máximo um único módulo — jamais com todo o Sintetizador!

As tensões da fonte serão ajustadas com os trimpots ali colocados para esse fim. Fixe os trimpots após a regulagem, que deve ser refeita após acrescentar no-vos módulos ao sistema. Essa fonte ali-mentará o Sintetizador completo. Use dissipadores nos transistores de saída da fonte, os maiores. Caso tenha problemas em algum circuito do Sintetizador, tente desacoplá-lo utilizando um resistor de 100 Ohms, 5 Watts, e um eletrolítico de 1000 mF por 25 ou mais Volts.

Enquanto escrevo, ouço a FM e as fra-ses “bem-te-vi, oh meu bem-te-vi, brilho frágil de emoção”, entremeadas de “har-mônicos descendentes”, me fazem lem-brar o VCF!... Realmente são lindos estes efeitos!

Pausa

Acabo de fornecer os circuitos dos mó-dulos típicos de síntese. Seguem-se os cir-

cuitos de módulos modificadores, inclusi-ve alternativos, que poderão ser utilizados no Sintetizador, ou mesmo como pedais separados de efeitos. Alguns deles já fo-ram publicados pela NE, mas os repetirei brevemente. Um cafezinho e prossiga-mos!... Bem, para você que está apenas lendo, o artigo começou agora há pouco; para mim, faz dias que tomei aquele pri-meiro cafezinho! Mas, se vem montando os módulos, estará em sincronismo comi-go, ou mais atrasado ainda, em matéria de café...

O Ring-Modulator

Este circuito CCDB é totalmente novo; nada tem a ver com qualquer pedal im-portado ou nacional pré-existente. Novo, nesta aplicação, como Ring-Modulator. É excelente para pesquisa, inclusive para outras finalidades do áudio. Aparece pri-meiro em diagrama de blocos, na figura 16, depois apenas o coração do circuito, na figura 17, já que o restante é repetição do circuito do “pré” já apresentado.

Ajustes

O Ring Modulator tem diversos ajus-tes, e você deverá estudá-lo bastante e ex-perimentar antes de chegar a layouts defi-nitivos. O layout que utilizo tem uma pla-

e s t e e s p a ç oe r a a n ú n c i o

R1047k

R168k

R44k7

R3470k R5

470W R82k2

R9100k

R111k

R141k

R181k

R201M

R216k8

R2339W

R22330W

R245k6

R2539W

R28680W

R294k7

R266k8

R273M3R15

100W

R19100W

R134k7

R174k7

R2180k

R124k7

R16 4k7

R71k

22k

R6C20,1

C80,1

C100,1

56pFC13

C90,01

C110,01

Q1BC318

Q2EM4250

Q3EM4250

Q4EM4250

Q5EM4250

BC318Q6

BC318 Q7

Q8BC318

P1A10k duplo lin

P1B10kduplolin

1N914

D1 D1

1N914

P2100W

trimpot

P310klin

C525m16V

C6 10m /16V

C710m /16V

C410m16V

C3100mF16V

C1100mF16V

C1210

16V

C1410m16V

OUT

J2

S1—bS1—a

IN

J1

—9V

+9V

B2

B1FILTROPRÉ DOBRADOR

Esquema “Dobrador” com transistores de silício — publicado na NE. Nº 8, setembro de 1977, página 54

C BE

Podem ser utilizados sem problemas os transistoresBC548 NPN e BC558 PNP de uso geral, ou se preferir,BC549 NPN e BC559 PNP de baixo ruído

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198158

ca de 24 por 112 milímetros, contendo to-dos os circuitos das figuras 16 e 17 e não é possível publicá-lo sem grandes dificulda-des de espaço na revista, pois teria de ser ampliado e reproduzido em várias fases de montagem.

As instruções para os ajustes estão nas próprias figuras e um osciloscópio é im-portante neste caso, sendo essencial acompanhar “de ouvido” a eliminação da portadora quando não for tocada a guitarra, ou ficará um silvo aparecendo o tempo todo; se bem que no Sintetizador completo o VCA de ruído o cortaria nas pausas. O controle de 22k, no painel, aju-da bastante nesse serviço, pois até mu-danças bruscas na temperatura afetarão a regulagem. Seja como for, o efeito é inte-ressantíssimo e merece o trabalho e as di-ficuldades enfrentadas, principalmente devido à simplicidade e baixo custo do circuito. Você poderá substituir os prés por circuitos integrados, mantendo as possibilidades de ajustes.

O Sustainer

Já publicado pela NE na revista núme-ro 1 em amplos detalhes, repito apenas o esquema deste excelente aparelho. É uma das jóias mais ambicionadas, um “solitá-rio”. Ainda hoje muitos escrevem procu-rando a esgotada NE nº1 e a reedição, para encontrar o Sustainer. Não é à toa

Fig. 15

Fig. 14

(A)

(B)

1000µF/50V 1000µF/50V

1000µF/50V

TERRAGERAL

2200pF

1000µF/50V 1000µF/50V

1000µF/25V

6V 0,5W

10µF

0,47µF 1000µF/50V0,47µF

BC258

BC257

Integrado7824

p/ fonteregulada

BC1672N5492ou até

2N3055

saídada

fonte

use desacopladoronde necessário

saídadesacoplada

BC169 ouBC157 ou

BC208

TIP116

E

E

E C2 3 1

E

E

B

B

B B

B

B

C

C

C

E

B

C

E

C

C2

13

BC208BC548

BC208BC548

EM503BC558

2x SKE 1/02

18k18k

nãomarcadovalor

10µF

43k

43k

TRIM 4,7kpor baixo

TRIM 4,7kpor baixo

680Ω

10k

1k

10k

10k

10k

18k 18k

1,5k

750Ω 750Ω

1,5k

30k 30k

12k 12k

10k

10k

390Ω

100k

+10Vcc

+10Vcc

–10Vcc

–10Vcc

6V 0,5W

47kTRIMPOT

47kTRIMPOT

22k LINBALANÇO

47k LIN

47k LIN

vem da chavebranco–rosado noise

polarizar a base de EM 503, se necessário,c/ trimpot 15 k linear

novo circuito a experimentar, não inversor

saída —10V ESTAB

24VAC

24VAC

110V

1A

1A

0V

saída +24V ESTAB saída +10V ESTAB

vistos por baixo

TIP116 TEXASvisto por cima visto por cima

também 2N5492 integrado 7824BC169, 167257 e 258

vem do capacitor500µF do oscilador

C B E

22k LINBALANÇO

*

A

B

A

B

1/21458

2

3

1 6

5

7

8

4

1/21458

1234

8765

1 OUT1 IN –1 IN +

–VCC

+VCC2 OUT2 IN –2 IN +

1458TL082

100Ω5W

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198160

portadoravem da saídado VCF c/ ênfaseem oscilação

“entrada carrier”(ver fig. 4)

“PRÉ”

“PRÉ”

“PRÉ”

ajustar p/máx. ganhos/ distorçãoqdo. a chave“onda quadrada”estiver aberta

no painel;ajuste e fixep/ eliminar aportadora, naausência de sinalde modulação

entrada“carrier“

chave“ondaquadrada”

entradade áudiomoduladora

saídamodulada

ganhofixo4,7k

saída

* ou, se desejar,use o ajuste con-vencional de 470 Ω+ trimpot 10 k(ajuste p/ saídamédia de 500 mV)

no painel10 k LIN“VOLUME”

vai p/ achave RINGou VCF(ver fig. 4)

ganho, p/ ajustara melhor relaçãosinal/ruído, semdistorção

vem da chaveRING ou VCF,dentro do pedal(ver fig. 4)

“entrada”(ver fig. 4)

22kLIN

10k

470Ω

10k

470ΩTRIM10k

TRIM10k

MODULADOR

que foi o primeiro módulo publicado pa-ra o Sintetizador CCDB. O Sustainer re-cebe o sinal da guitarra, com um envelope irregular, e transforma-o num sinal de amplitude constante, um som prolonga-do, livre de distorções. O único ajuste, o trimpot 2k2, mais ou menos na posição central, serve para evitar distorção por achatamento de um dos picos do sinal, negativos ou positivos, e também evitar que o sinal, quando vai se tornando mais fraco, desapareça subitamente. O oscilos-cópio auxilia bastante a regulagem. Rece-

bendo sinal maior que 300 milivolts, a distorção começa e é suavissima, valendo a pena experimentá-lo com guitarras que possuam pré-amplificadores internos com baixíssimo ruído. Veja a figura 18.

O Dobrador de Frequências

Publicado também pela NE, com o cir-cuito alterado por um colaborador da re-vista, para poder receber transistores de silício, apresento agora o meu circuito original, que funciona com perfeição, e

atesta a “antiguidade” do aparelho, an-terior aos sintetizadores postos hoje em dia no mercado mundial, para guitarras.

O circuito original vê-se na figura 19, com os transistores 2SB 156 A, de germâ-nio!

A regulagem perfeita do trimpot 100 Ohms, que faz aparecerem picos idênti-cos positivos na saída, quando bem regu-lado, é necessária. Só então será ouvida nitidamente a “oitava acima”, principal-mente nas cordas mais agudas de uma guitarra. Os transistores não podem ser substituídos diretamente pelos de silício, pois oscilarão. Deverá então ser usado o circuito modificado, publicado anterior-mente pela NE, ou criado por você um se-melhante, para poder funcionar com o ti-po mais recente de transistores. O uso de osciloscópio é altamente desejável para os ajustes, mas podem ser realizados “a ou-vido”.

O Sustainer e o Distorcedor, ligados antes do Dobrador, produzem grande di-ferença neste último. Pode-se dizer que pelo menos ligar um deles é indispensável, a não ser que se use ganhos com distorção no próprio Dobrador. Outros efeitos de intermodulação entre as cordas, com sons de ring modulator são obtidos, tocando-se uma corda grave junto com uma agu-da. Isto vale para as notas de um piano também.

Fig. 16

a n ú n c i o

página 59página 63

são anúncios

Vetorizado com Adobe Illustrator 8, 9, 10Dionisio Coda, São Bernardo do Campo, SP

Coelho Aimoré 2001

Page 7: iniciada no nº 55, o autor - aimore.org · NOV AEL TRÔ IC — nº. 75 5 Fig. 12 de se manter sobre uma carga de 600 Ohms, mas só em cargas ao redor de 10k. A medição da amplitude

61NOVA ELETRÔNICA — nº. 57

Nos momentos psicológicos, quando o músico dedilha a região da 1ª corda, Mi, ao redor do décimo segundo traste, e a guitarra parece pedir “algo mais” para voar acima do céu azul, ligando-se o Do-brador todo o espaço de uma oitava aci-ma se abre e a finalização sempre satisfaz completamente o ouvido e causa arrepios de prazer! É um dos sons mais belos pos-síveis de se obter com uma guitarra, que alcança o violino e os pífaros, cantando lá em cima! Mas é preciso saber procurar, estudar, pesquisar, ter paciência...

O Distorcedor R VIII

Oitavo distorcedor de minha série par-ticular de aparelhos desse tipo, foi publi-cado supermastigadamente nas revistas NE números 4 e 5.

O R VIII é excelente como distorcedor tipo Fuzz, com um som muito prolonga-do e acordes limpos, principalmente com o filtro ligado. Construo também over-drivers, muito mais limpos, para produzir “som de válvulas” com transistores, mas estes circuitos estão atrás da porta que ainda não foi aberta... Paciência, e des-cobrirá um dia destes na Nova Eletrôni-ca, as palavras mágicas! Por enquanto, só os faço sob encomenda para alguns gui-tarristas privilegiados, e tenho meus moti-vos.

entrada carrier:vem da saídado pré

ajuste p/ desaparecera portadora na au-sência de sinal deáudio de modulação

SAÍDAMODULADA

vai p/ aentrada dopré (capa-citor 0,1 µF)ver fig. 16

ajuste para 0 V nasaída — TRIM 1 M

entrada áudiomoduladora —vem do trimpot 22k(ver fig. 16)

ajuste p/ obtermodulação c/forma simétrica

–10V

–10V

+10V

+10V

4,7µF/25V 4,7k 470Ω

47k 470k

100k

1M

TRIM100Ω

TRIM 100k

18Ω

18Ω

27

45

6

3

22k

CA3080A

OTA

–10V +10V

Fig. 17

e s t e e s p a ç oe r a a n ú n c i o

regulado

desregulado

Placa “Dobrador de Frequências” — lado das peças — publicado na NE. Nº 8, setembro de 1977, página 51

R 1

R 4 R 5

R 7

R 9

R 13

R 21

R 26

R 27

R 29

R 28

R 25

R 24

R 23

R 22

R 20

R 19R 18

R 17

R 16

R 15R 14

R 12

R 10R 11

R 8R 6

R 2

R 3

Q 2

Q 3

Q 4

Q 1

Q 6

C 3

C 1

C 4

C 5

C 6

C 12

C 7

C 14

C 2

C 10

C 11

C 13D 1D 2

+9V

—9V

P 3

Saída

EntradaP 1

duplo

C 9

C 8

Q 5

Q 7

Q 8

P 2

R 1 — 68kR 2 — 180kR 3 — 470kR 4 — 4k7R 5 — 470ΩR 6 — 22kR 7 — 1kR 8 — 2k2R 9 — 100kR 10 — 47kR 11 — 1kR 12 — 4k7R 13 — 4k7R 14 — 1kR 15 — 100ΩR 16 — 4k7R 17 — 4k7R 18 — 1kR 19 — 100ΩR 20 — 1MR 21 — 6k8R 22 — 330ΩR 23 — 39ΩR 24 — 5k6R 25 — 39ΩR 26 — 6k8R 27 — 3M3R 28 — 680ΩR 29 — 4k7P 1 — potenciômetro 10k duplo linearP 2 — trimpot 100ΩP 3 — potenciômetro 10k linear

C 1 — 100µF x 16VC 2 — 0,1µF poliésterC 3 — 100µF x 16VC 4 — 10µF x 16VC 5 — 22µF x 16VC 6 — 10µF x 16VC 7 — 10µF x 16VC 8 — 0,1µF poliésterC 9 — 0,01µF poliésterC 10 — 0,1µF poliésterC 11 — 0,01µF poliésterC 12 — 10µF x 16VC 13 — 56pF cerâmicoC 14 — 10µF x 16V

Q 1 — BC318Q 2 — EM4250Q 3 — EM4250Q 4 — EM4250Q 5 — EM4250Q 6 — BC318Q 7 — BC318Q 8 — BC318

D 1 — 1N914D 2 — 1N914

B 1 — bateria 9VB 2 — bateria 9V

J 1 — jack stereoJ 2 — jack stereoS 1 — chave inversora bipolar

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198162

Para amenizar as coisas, forneço agora um circuito mais recente, o R X também tipo Fuzz, que produz som diferente do R VIII e utiliza circuitos integrados.

O R VIII aparece na figura 20 e o R X, na figura 21. Podem ser incluídos ambos no Sintetizador, ou escolhido o de sua preferência, na mesma posição dos blo-cos indicados na figura 4, para o R VIII.

A distorção do R X, ao contrário de ceifar os picos do sinal (o que também pode fazer com ganhos maiores), confor-me o ajuste do potenciômetro “distor-ção”, produz pulsos laterais nas ondas de áudio, e permite a passagem dos picos do sinal sem distorção. Isto cria um som dis-torcido “acompanhante”, tipo “distor-ção de crossover”, útil para certas finali-dades. Uma boa dosagem permite evitar a perda de ataque do sinal original, dando

mais inteligibilidade às escalas rápidas. O prolongamento do som é muito bom, e o R X é excelente aparelho para experimen-tação.

Você poderá substituir o 741 por inte-grado com menor ruído, com êxito. Ex-perimente! Quem sabe de repente desco-bre também o segredo do overdriver ver-dadeiro!... Seja como for, seu Sintetiza-dor, com Sustainer mais R VIII produzirá excelente som, limpo e contínuo e, como um todo, põe qualquer overdriver no chi-nelo! Sobre distorcedores é o bastante, por enquanto.

O Phaser

Já publicado pela NE, o Phaser já foi utilizado até por fábricas de órgãos nacio-nais! Dentro de um desses órgãos, tive o

prazer de encontrar a placa de fiação, bem montada, do Phaser e com funcio-namento impecável. Graças a Deus nosso trabalho dá frutos assim!

Repito, sem mais comentários, o cir-cuito do Phaser e seu pré, que pode ser um substituto para alguns ou todos os prés do Sintetizador. Veja a figura 22.

A Nova Eletrônica de fevereiro de 1981, a pedido dos leitores Carlo Macha-do Pianta e Nilson Barros da Costa, do RS e CE, respectivamente, publicou no-vamente o circuito do Phaser, mas, la-mentavelmente, com os valores de alguns capacitores errados e sem incluir a posi-ção das pernas dos FETs. O circuito, des-ta feita, desde que seja respeitado rigoro-samente o novo desenho que forneço à redação, deverá estar correto. Peço per-dão, em nome da NE, pois, a esses e a ou-

Fig. 18

Y

Z

X

Z

10mF/25V

4,7/25

4,7/25

25/25

BC208BC549

BC208BC549

BC208BC549

BC208BC549

BC208BC549

BC208BC549

EM503BC559

FDH440

FDH440

150k

10k

4,7k

0,01mF

0,47mF

0,01mF

100pF

0,01mF

0,01mF

0,05mF

0,001mF

0,47mF

0,47mF

10k

1M 27k

6,8k

1M

27k

10k

4,7k

470k

68k

180k

1M

56k

15k

150k

10k

1M

1M4,7k

470k

“VOL.”47k .LIN

SAÍDASEMPRÉ

ENTRADA

2,2kTRIM

+10Vcc

+10Vcc

+24Vcc

2k2

Sustainer sem pré —suficiente p/ usoem pedal (a pilhas)

SAÍDA

COMPRÉ

Pré do Sustainer —opcional, p/ quemvai fazer o Sintetizador

1M LIN

“SUSTAIN”

10k LIN.“VOL.”

27

18

4

5

6

3

C A

3080

BC548 NPN amplificadorBC549 NPN pré amplificador baixo ruídoBC550 NPN pré amplificador ultra baixo ruído

BC558 PNP amplificadorBC559 PNP pré amplificador baixo ruídoBC560 PNP pré amplificador ultra baixo ruído

C BE

Diodos utilizados: 1N4148Transistores utilizados:BC549 para o tipo NPN eBC559 para o tipo PNP

NPNC

B

E

PNPC

B

E

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nº. 57 — NOVEMBRO DE 198164

tros leitores possivelmente frustrados pela última publicação do Phaser! O circuito, montado corretamente, funciona muito, muitíssimo bem!

Conclusão

Esta “Conclusão” será o início de mui-ta pesquisa a ser desenvolvida pelos mui-tos leitores da NE ligados em áudio e ins-trumentos musicais eletrônicos.

Espero que muitos frutos de paladar sonoro venham a dar esta árvore, planta-da em 1965, replantada nos primeiros nú-meros da NE e que atinge sua altura plena apenas hoje!

Que os frutos gerem sementes, e estas se integrem ao solo fértil cor de anil, isto é, verde-amarelo, do Brasil!...

Sem brincadeiras agora, espero que es-te trabalho de pesquisa, conjugação e de-senvolvimento de circuitos variados em um único sistema de síntese de som venha trazer algo de bom em material de traba-lho para esses leitores.

Finalmente conclui-se meu trabalho de exposição do Sintetizador CCDB, este aparelho que, em si, é uma das dezenas de partes do Sistema de Som para Shows e Gravações que comecei a expor, analisar e atualizar pela Nova Eletrônica, como um meio de colaborar harmonicamente com a Cósmica Força.

Fig. 21

Fig. 20

Fig. 19

10µF/25V

10µF0,003µF

0,001µF

0,1µF

0,1µF0,1µF

4,7µF

10µF

10µF/25V

56pF

56pF

10µF/25V

BC109C

BC109C

BC208BC549

BC208BC549

BC208BC549

2SB156A

2SB156A

2SB156A

1N4148

2x 1N914

1N914ou1N4148

1N914ou

1N4148

1N4148

5,6k

2,5k

3,9k

0,1µF

0,1µF

0,01µF 0,01µF

5,6k5,6k

10k

22k

1M

1k

4,7k

5,6k

47k

1k 1kTRIM100Ω

100Ω

6,8k

3,3M

1,5k

4,7k

filtrocorta

graves

1M

680Ω330Ω

100k

5,6k

47Ω

6,8k

100Ω

470Ω

10k LINDUPLO

15k LIN“VOLUME”

10k LIN.“DISTORÇÃO”

470k LIN.“GANHO”

10k LIN“VOLUME”

+10Vcc

+10Vcc

entrada

entrada

entrada

saída

saída

PRÉ

vem do pino K(ver fig. 4)

ganho e volumeajustados p/sensibilidadee distorção

faça o sinal passar por 0,003 µF antes de aplicá-loà entrada, qdo. desejar um som mais limpo nos acordes

o trimpot 100Ωdeve ser ajustadop/ fazer aparecera “8ª. acima”, c/simetria máxima

errado

certo

sai p/ ovolume10k(fig. 4)

–10Vcc

+10V

–10V

2

3

76

4

741

+10V

–10V

2

3

76

4

741

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65NOVA ELETRÔNICA — nº. 57

Peço sinceramente perdão aos princi-piantes que, como eu mesmo há alguns anos, não sejam capazes, com a informa-ção condensada nesta série, de chegar a montagens práticas. Em cada módulo, neste caso, haveria material para umas 150 horas de trabalho de redação, projeto de placas de fiação impressa, e dez pági-nas de artigo publicadas, para que qual-quer pessoa pudesse montá-las. Tal coisa foi impossível de realizar na primeira abordagem que tentei, pois transformaria a Nova Eletrônica em revista excessiva-mente especializada em Música Eletrôni-ca.

Aconselho perseverança, tentativa de montagem dos módulos autônomos, co-mo o Sustainer e os distorcedores e, com a experiência adquirida, o prosseguimen-to do trabalho.

Espero ter atendido, com esta abertura da porta da caverna, aos leitores que se desacostumaram de ver meus circuitos eletrônicos publicados, já que os últimos artigos da série Sonorização não chega-ram a esta minúcia, tratando dos proces-sos de sonorização com aparelhos já exis-tentes.

Voltando ao princípio, como é costume da própria Natureza, retorno a ouvir os ecos das palavras mágicas — “Para nun-ca mais te fechares!...”

Esta caverna foi aberta, mas existem outras, muitas outras ainda por abrir!

Fig. 22

2

3

6741

CI 1

2 7

3 4

6741

2

3

6741

CI 6

2

3

6741

CI 22

3

6741

CI 3

2

3

6741

CI 4

2

3

6741

CI 5

10mF/16V

15mF/16V

EM503BC559

1N5231 1M nada 1M

0,01mF

0,1mF

0,047mF 0,047mF 0,047mF 0,047mF

0,047mF

0,01mF

10k

10k

10k 10k

10k

10k

10k

10k

10k

10k

150k

150k

22k

150k

150k

150k

1M

150k

470k

10k

250kTRIM

470kTRIMPOT

22k

22k

56k

10k

22k

47k

1k

22k

47kLIN

“VELOCI-DADE”

47k “MANUAL”“MANUAL”

+10V

+10Vcc

+10Vcc

–10V

PRÉ DO PHASER

todos os CIs = 741pino 4 terrapino 7 +10 Vccpinos 1, 5 e 8 nada

FETs TODOS= 2N5952

nota: um resistor de 18 kno lugar de 1N5231 poderáagradar mais como efeitodiferente

47k

controleexterno

entrada saída

D

S

G

D

S

G

D

S

G

D

S

G

BF245 FET2N3819 FET

G SD

C 8

C 7

C 9

C 5

C 1 C 4

C 3

C 10

C 2

D 1

D 2

R 28

R 25

R 10

R 11

R 12

R 15

R 18

R 13

R 14

R 1

R 2

R 17

R 24

R 21

R 26

R 20

R 34

R 19

R 27 R

9R

5

R 4

R 3

R 6

R 7

R 8

R 16

CI 6

CI 5

CI 4

CI 3

CI 2

CI 1

“C”

“D”

“E”

BLIN

D

Entr.“A

+9V

Saída“B

BLIN

DTER

RA

B

C E

Q1

DG S

FET 4

DG S

FET 1

DG S

FET 2

D

G S

FET 3

C 6

R 29

e s t e e s p a ç oe r a a n ú n c i o

Placa “Phaser”lado das peças

publicado naNE. Nº 3,

abril de 1977,página 41

CI 1 a CI 6 — 741FET 1 a FET 4 — 2N3819Q 1 — EM503 [usei BC559]D 1 — W120 [usei 1N4148]D 2 — 1N914 [usei 1N4148]R 1 a R 9 / R 15 / R 17 — 10 kWR 10 a R 12 / R 14 / R 26 / R 28 — 150 kWR 13 — 56 kWR 16 — 470 kWR 18 a R 21 / R 23 — 22 kWR 22, R 24, R 34 — 1 MWR 25 — 1 kWR 27 — 47 kWR 29 — 250 kW trimpotR 30 — 47 kW potenc. logarítmicoR 31 a R 33 — 47 kW potenc. linearC 1, C 9 — 0,01 mF schiko ou poliester metalizadoC 2 a C 5 / C 10 — 0,047 mF schiko ou poliester metalizadoC 6 — 0,1 mF schiko ou poliest. metal.C 7 — 10 mF x 16 VC 8 — 15 mF x 16 V1 interruptor tipo alavanca inversor, com 2 polos e 2 posições1 interruptor com 1 polo e 2 posições2 jacks monofônicos1 jack estereofônico

C BE

BC559 PNP