INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA - INPA COOEDENAÇÃO DE PESQUISAS EM CIENCIAS DA SAÚDE...
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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA - INPAINSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA - INPACOOEDENAÇÃO DE PESQUISAS EM CIENCIAS DA SAÚDE - CPCSCOOEDENAÇÃO DE PESQUISAS EM CIENCIAS DA SAÚDE - CPCS
LABORATÓRIO DE MALÁRIA E DENGUELABORATÓRIO DE MALÁRIA E DENGUE
SUBSTÂNCIAS QUE INVIABILIZAM O DESENVOLVIMENTO SUBSTÂNCIAS QUE INVIABILIZAM O DESENVOLVIMENTO DOS OVOS DE DOS OVOS DE Aedes aegypti Aedes aegypti E SUA IMPORTÂNCIA NO E SUA IMPORTÂNCIA NO
CONTROLE DO DENGUECONTROLE DO DENGUE
SUZE SILVA ARAÚJOSUZE SILVA ARAÚJOBolsista CNPqBolsista CNPq
Orientador: Orientador: Dr. Wanderli Pedro TadeiDr. Wanderli Pedro TadeiCo-Orientadora: Co-Orientadora: Dra. Iléa Brandão RodriguesDra. Iléa Brandão Rodrigues
MANAUS - AM / 2006MANAUS - AM / 2006
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
O dengue causa epidemias principalmente na África, na O dengue causa epidemias principalmente na África, na Ásia e nas AméricasÁsia e nas Américas
Cerca de 2 bilhões de pessoas em 100 países estão Cerca de 2 bilhões de pessoas em 100 países estão ameaçadas pelo o dengueameaçadas pelo o dengue
Doença infecciosa não contagiosa causada por vírusDoença infecciosa não contagiosa causada por vírus
Existem quatro sorotipos - Den 1, Den 2, Den 3, Den 4Existem quatro sorotipos - Den 1, Den 2, Den 3, Den 4
Formas Clínicas: A Febre Clássica do dengue (FD)Formas Clínicas: A Febre Clássica do dengue (FD) A Febre Hemorrágica do Dengue(FHD)A Febre Hemorrágica do Dengue(FHD)
Principal vetor do Dengue e da Febre Amarela Urbana Principal vetor do Dengue e da Febre Amarela Urbana nas Américas - nas Américas - Aedes aegypti, Aedes aegypti, Linnaeus 1762Linnaeus 1762. .
IntroduçãoIntrodução
CARACTERÍSTA BIOLÓGICA DOS OVOS CARACTERÍSTA BIOLÓGICA DOS OVOS Aedes Aedes aegyptiaegypti
- Estratégia de sobrevivência- Estratégia de sobrevivência
- Resistência dos ovos a dissecação- Resistência dos ovos a dissecação
- Quiescência - período de parada do seu - Quiescência - período de parada do seu desenvolvimento embrionário desenvolvimento embrionário
- Nas campanhas de saúde o fenômeno da quiescência- Nas campanhas de saúde o fenômeno da quiescência
é um fator limitante para o controle do é um fator limitante para o controle do Aedes.Aedes.
OBJETIVOSOBJETIVOS
GeralGeral
Avaliar a capacidade de inviabilizar a eclosão de ovos de Avaliar a capacidade de inviabilizar a eclosão de ovos de Aedes aegypti Aedes aegypti de substâncias químicas, seus derivados de substâncias químicas, seus derivados e frações dos extratos de gengibre (e frações dos extratos de gengibre (Zingiber officinaleZingiber officinale Roscoe) e de alho (Roscoe) e de alho (Allium sativumAllium sativum L.). O foco principal é L.). O foco principal é interferir na taxa de eclosão dos ovos de interferir na taxa de eclosão dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti, , reduzindo a densidade populacional do mosquito, em reduzindo a densidade populacional do mosquito, em níveis incompatíveis com a transmissão do vírus do níveis incompatíveis com a transmissão do vírus do dengue. dengue.
OBJETIVOSOBJETIVOS
EspecíficosEspecíficos
11. Avaliar a interferência na eclosão dos ovos de:. Avaliar a interferência na eclosão dos ovos de: substâncias derivadas das diferentes marcas de substâncias derivadas das diferentes marcas de
vinagre.vinagre. a partir de cada grupo de fração, a cada etapa do a partir de cada grupo de fração, a cada etapa do
fracionamento do alho e da gengibre, será fracionamento do alho e da gengibre, será realizado o monitoramento.realizado o monitoramento.
2. Determinar a concentração letal, em bioensaios seriado, 2. Determinar a concentração letal, em bioensaios seriado, que inviabiliza a eclosão dos ovos, para as diferentes que inviabiliza a eclosão dos ovos, para as diferentes soluções testadas.soluções testadas.
3. Testar a(s) substância(s) selecionada(s) em recipientes 3. Testar a(s) substância(s) selecionada(s) em recipientes no campus do INPA.no campus do INPA.
4. Sistematizar os procedimentos para uso, pela 4. Sistematizar os procedimentos para uso, pela população, da(s) substância(s) indicada(s).população, da(s) substância(s) indicada(s).
MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOS
Extratos de plantas
LiliaceaeLiliaceae – – Allium sativum LAllium sativum L (Alho) (Alho)
Zingiberaceae - Zingiber officinale (Gengibre)
MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOS
800g800gTriturou-seTriturou-se
microprocessador microprocessador elétrico elétrico
Adicionado Adicionado 500mL/DCM e 500mL/DCM e
Met-OH 8:2Met-OH 8:2
Extrator de Extrator de ultrassom 20min. ultrassom 20min. funil com papel de funil com papel de
filtrofiltro Concentra - Concentra -
Rotaevaporador / Rotaevaporador / CongelaCongela
Alho / Gengibre Alho / Gengibre
DCM - LipofílicoDCM - Lipofílico
Met-OH Met-OH Hidroalcoólico Hidroalcoólico
PARTIÇÃOPARTIÇÃO
LIOFILIZAÇÃOLIOFILIZAÇÃO
DCM/H2O (2:1) DCM/H2O (2:1) ACETOH / H2O (2:1)ACETOH / H2O (2:1) BUTOH / H2O (2:1)BUTOH / H2O (2:1)
Concentra - Concentra - Rotaevaporador Rotaevaporador
SolubilizaçãoSolubilização
Balão de Balão de separaçãoseparação
3x (lavagens)3x (lavagens)
decantardecantar
Ex. lipifílico Ex. lipifílico
Ex. AceticoEx. Acetico
Ex. ButanolEx. Butanol
Secador Secador
MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOS
Coletas de ovos em campoColetas de ovos em campo
Estabelecimento de colônia em laboratórioEstabelecimento de colônia em laboratório
Armadilha para ovosArmadilha para ovos
Eclosão das larvas Formação da colônia
Ovos embrionados - Geração F1
Contagem de ovos Bioensaios
RESULTADOS PRELIMINARES
Tabela – 1. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Aedes aegypti nas diferentes doses de extrato lipofilico de Allium sativum.
Dose (ppm) Leituras (horas)
24 48 72 96 120 144 168 192
Controle 70,5 75 86 92 92 92 92 92
25 1 7 12 14 14 14 14 14
14 5,5 14 22 23 23 23 23 23
2 7 10,5 24 30,5 30,5 30,5 30,5 30,5
Resultados PreliminaresResultados Preliminares
Tabela – 2. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Tabela – 2. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti nas diferentes nas diferentes doses de extrato metanólico de doses de extrato metanólico de Allium sativumAllium sativum
Dose (ppm) Leituras (horas)
24 48 72 96 120 144 168 192
Controle 38 66 80,5 87 87 87 87 87
25 10,5 20,5 40 48 49 55,5 55,5 55,5
14 8 14 33 35,5 40,5 42 42 42
2 14 22 32 35 35 36 36 36
Resultados PreliminaresResultados Preliminares
Tabela – 3. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Tabela – 3. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti nas nas diferentes doses de extrato lipofílico de diferentes doses de extrato lipofílico de Zingiber officinale.Zingiber officinale.
Dose (ppm) Leituras (horas)
24 48 72 96 120 144 168 192
Controle 83 95 95 95 95 95 95 95
1.000 0 17 45 45 45 45 45 45
500 5 27 62 62 62 62 62 62
100 18 62 85 85 85 85 85 85
Resultados PreliminaresResultados Preliminares
Tabela – 4. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Tabela – 4. Porcentagem da taxa de eclosão dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti nas diferentes doses nas diferentes doses de extrato metanólico de de extrato metanólico de Zingiber officinale.Zingiber officinale.
Dose (ppm) Leituras (horas)
24 48 72 96 120 144 168 192
Controle 90 97 97 97 97 97 97 97
1.000 78 100 100 100 100 100 100 100
500 68 73 83 83 83 83 83 83
100 75 95 95 97 97 97 97 97
CONCLUSÃOCONCLUSÃO
Allium sativumAllium sativum
O extrato lipofílico foi efetivo para a inviabilização dos ovos de O extrato lipofílico foi efetivo para a inviabilização dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti, apresentando uma baixa taxa de eclosão de larvas., apresentando uma baixa taxa de eclosão de larvas.
O extrato metanólico não mostrou efetividade para a O extrato metanólico não mostrou efetividade para a inviabilização dos ovos de inviabilização dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti, pois a maior dose testada , pois a maior dose testada teve maior taxa de eclosão de larvas.teve maior taxa de eclosão de larvas.
Zingiber officinaleZingiber officinale
O extrato lipofílico apresentou uma efetividade moderada para O extrato lipofílico apresentou uma efetividade moderada para a inviabilização dos ovos de a inviabilização dos ovos de Aedes aegyptiAedes aegypti, pois a maior dose testada , pois a maior dose testada inviabilizou metade do total de ovos testados. inviabilizou metade do total de ovos testados.
O extrato metanólico não mostrou efetividade para a O extrato metanólico não mostrou efetividade para a inviabilização dos ovos de inviabilização dos ovos de Aedes aegypti,Aedes aegypti, pois não houve diferença pois não houve diferença quanto a taxa de eclosão para as diferentes doses testadas. quanto a taxa de eclosão para as diferentes doses testadas.
ConclusãoConclusão
O extrato lipofílico, tanto do O extrato lipofílico, tanto do Allium sativum Allium sativum quanto do quanto do Zingiber officinale,Zingiber officinale, apresentou indicativo de melhor efetividade na apresentou indicativo de melhor efetividade na inviabilização dos ovos de inviabilização dos ovos de Aedes aegypti, Aedes aegypti, do que os metanólicos, do que os metanólicos, para os testes preliminarespara os testes preliminares. .
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICASREFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS
Amonkar, S.V. & Reeves E. L. 1970. Mosquito Control With Active Principe. Amonkar, S.V. & Reeves E. L. 1970. Mosquito Control With Active Principe. Jounal of economic Entomology. Jounal of economic Entomology. V.63. V.63.
Christophers, S. R. 1960. Christophers, S. R. 1960. Aedes aegypti (L.). The yellow fever mosquito – its life Aedes aegypti (L.). The yellow fever mosquito – its life history, bionomics and structrehistory, bionomics and structre. Cambridge University Press, London, 739 . Cambridge University Press, London, 739 pp.pp.
Silva, H. H. G.; Silva, I. G. 1999. Influência do período de quiescência dos Silva, H. H. G.; Silva, I. G. 1999. Influência do período de quiescência dos ovos sobre o ciclo de vida de ovos sobre o ciclo de vida de Aedes aegyptiAedes aegypti (Linnaeus, 1768) (Diptera , (Linnaeus, 1768) (Diptera , Culicidae) em condições de laboratório. Culicidae) em condições de laboratório. Rev. Soc. Bras. Med. TropRev. Soc. Bras. Med. Trop. , . , 32(4):349-355, jul-ag.32(4):349-355, jul-ag.
Pinheiro, V. C. S. 2000. Dengue em Manaus (AM): Recipientes Preferenciais Pinheiro, V. C. S. 2000. Dengue em Manaus (AM): Recipientes Preferenciais de Aedes aegypti ( Linnaeus, 1762) ( Ditera Culicidae) e Avaliação das de Aedes aegypti ( Linnaeus, 1762) ( Ditera Culicidae) e Avaliação das Medidas de Controle – Temefós e Termonebulização. Dissertação de Medidas de Controle – Temefós e Termonebulização. Dissertação de Mestrado. INPA / UAMestrado. INPA / UA
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Muito Obrigada!Muito Obrigada!
Suzy Silva Araújo Suzy Silva Araújo