INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

48
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia

Transcript of INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Page 1: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA

M.Sc.Leonardo Peres

Físico Médico - Radioterapia

Page 2: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

FÓTONS IONIZANTES• RAIOS X

• RAIOS GAMAfótons interage com átomos, liberando os

elétrons de seus orbitais de repouso, que por sua vez vão depositar energia no tecido.

Page 3: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

EXEMPLO DE UMA INTERAÇÃO DE UM FÓTON C/ A MATÉRIA

Page 4: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

TIPOS DE FÓTONS• Bremsstrahlung: (espectro contínuo), emitido na interação

electron-nucleo.

• Raio X característico: (espectro discreto), emitido na transição de elétrons entre orbitais.

• Raios Gama: (espectro discreto), emitido nas transformações nucleares (decaimento nuclear).

• Radiação de Aniquilação: (discreto, tipicamente 0.511 MeV), emitido na aniquilação de um pósitron com um elétron.

Page 5: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Photons• Fótons são caracterizados por comp.

de onda (), frequência () ou energia (E), onde:

E = h, and c = f

• Photons não tem massa ou carga

Page 6: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

INTERAÇÕES C/ FÓTONS

• Os fótons possuem 4 interações básicas com a matéria:Efeito fotoelétricoEfeito Rayleigh efeito ComptonProdução de pares

Page 7: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

ENERGIA X NÚMERO ATÔMICO

Page 8: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

incident photon of energy E

EFEITO FOTOELÉTRICOEFEITO FOTOELÉTRICO

Page 9: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

photoelectron

T = E-Biincident photon of energy E

EFEITO FOTOELÉTRICOEFEITO FOTOELÉTRICO

Page 10: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

EFEITO FOTOELÉTRICOEFEITO FOTOELÉTRICO

photoelectron

Ee = E-Bi

characteristic x ray (or Auger electron)

incident photon of energy E

• O fóton incidente desaparece.• o efeito é mais provável de acontecer com os elétrons das camadas mais internas.• Raios X característicos ou Elétrons Auger (raio x característico causa outro efeito foto elétrico e libera e ou o foton-elétron e que pode liberar o e) são emitidos.• probabilidade Z4 e E-3

Page 11: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Espalhamento Coerente (Rayleigh)Espalhamento Coerente (Rayleigh)

incident photon of energy E

Page 12: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Espalhamento Coerente (Rayleigh)Espalhamento Coerente (Rayleigh)

outgoing photon of energy E

incident photon of energy E

• O fóton incidente é espalhado em pequenos ângulos (mudança de direção implica em perda de energia).• a energia não muda. • probabilidade Z2

Page 13: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

incident photon of energy E

Espalhamento Incoerente (Compton)Espalhamento Incoerente (Compton)

Page 14: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Compton electron

T E-E’-Biincident photon of energy E

outgoing photon of energy E’

Espalhamento Incoerente (Compton)Espalhamento Incoerente (Compton)

• o fóton incidente é espalhado• produção de Raio X característico e elétrons Auger • probabilidade ZCamads externas

Page 15: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

incident photon of energy E

Produção de paresProdução de pares(no campo nuclear)(no campo nuclear)

Page 16: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Produção de paresProdução de pares(no campo nuclear)(no campo nuclear)

incident photon of energy E

positron, T+

electron, T-

E = T+ + T- + 2mc2

• o fóton incidente desaparece

• mais provável de acontecer em elementos com alto Z• E > 2 mc2

• probabilidade Z2

Page 17: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

incident photon of energy E

Produção tripleteProdução triplete(no campo gerado por elétrons)(no campo gerado por elétrons)

Page 18: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Triplet ProductionTriplet Production(in field of atomic electrons)(in field of atomic electrons)

positron, T+

electron, T-

incident photon of energy E

electron, T’-

• o fóton incidente desaparece• E > 4 mc2

• probabilidade Z

E = T+ + T- + T’- + Bi + 4mc2

Page 19: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Interação de fótons na água Interação de fótons na água

0.001

0.01

0.1

1

10

100

1000

10000

0.001 0.01 0.1 1 10 100

Photon energy, MeV

Mas

s at

ten

uat

ion

co

effi

cien

t, c

m2/g

totalincoherent

pairtriplet

photoelectric

coherent

water

Page 20: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

0.001

0.01

0.1

1

10

100

1000

10000

0.001 0.01 0.1 1 10 100

Photon energy, MeV

Mas

s at

ten

uat

ion

co

effi

cien

t, c

m2/g

totalincoherent

pair

triplet

photoelectric

coherent

Interação de fótons no chumboInteração de fótons no chumbo

Pb

Page 21: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.
Page 22: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

ATENUAÇÃOATENUAÇÃO

• Retirada de fótons do feixe Retirada de fótons do feixe NÃO NÃO ENERGIA!!ENERGIA!!

• Atenuação simples:te

I

I o

Page 23: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

ATENUAÇÃOO é a soma das probabilidades de

ocorrer as quatros interações estudadas para os fótons

tot PE C PP ppfe co + ra +

Page 24: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

ATENUAÇÃO

Page 25: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

CLASSIFICAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADESUNIDADES

UNIDADES FUNDAMENTAISUNIDADES FUNDAMENTAIS

1.1.quatro grandezas básicas: massa, Todas as quatro grandezas básicas: massa, Todas as medidas físicas são baseadas em medidas físicas são baseadas em comprimento, tempo e corrente elétrica cujas comprimento, tempo e corrente elétrica cujas as unidades são: kg, m, s, Aas unidades são: kg, m, s, A

2.2.Corrente X CargaCorrente X Carga

Page 26: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

CLASSIFICAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADESUNIDADES

UNIDADES DERIVADASUNIDADES DERIVADAS

São grandezasSão grandezas baseadas em varias baseadas em varias combinações das quatro fundamentais.combinações das quatro fundamentais.

Exemplos: velocidade (m/s) , dose absorvida Exemplos: velocidade (m/s) , dose absorvida (m(m22/s/s22), exposição (C/kg) e atividade ), exposição (C/kg) e atividade (desintegrações/s ou simplesmente s(desintegrações/s ou simplesmente s-1-1))

Page 27: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

GRANDEZAS RADIOLÓGICAS

• ExcitationDistant approach to atomInvolves distant outer orbital electronsEnergy is transferred to atomic electronsSufficient only to excite atom. i.e. electrons

get promoted energy levels.

Grandezas Radiológicas DEFINIÇÃO UNIDADE NO SI

Exposição

C.kg-1

Dose absorvida

Gray = J.kg-1

Kerma

Gray = J.kg-1

Atividade

dN

Adt

desintegrações/segundo = Becquerel

dQXdm

dEDdm

trdEKdm

Page 28: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETETORES DE RADIAÇÃO IONIZANTE

• As radiações ionizantes por si só não podem ser medida diretamente, a detecção é realizada pelo resultado produzido da interação da radiação com um meio sensível(detector).

• detectores de radiação: são os elementos ou dispositivos sensíveis a radiação ionizante utilizados para determinar a quantidade de radiação presente em um determinado meio de interesse.

• monitor de radiação: é o dispositivo que realiza a integração entre um detector e um sistema de leitura (medidor).

• Dosímetros: são detectores que indicam a radiação total a que uma pessoa foi exposta ou uma parte do corpo (como as mãos)

Page 29: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

PROCESSOS FÍSICOS OU QUÍMICOS USADOS NA DETECÇÃO

• Ionizationclose approach to atomInvolves inner orbital electronsEnergy is transferred to atomic electronsOrbital electron ejected from atom.Remaining atom is said to be ionized (+charge)Recoil electron continues its path of destruction

Page 30: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTORES A GÁSDETECTORES A GÁS

•a radiação incidente no volume sensível (o gás) cria pares de íons que podem ser contados em um dispositivo de medida elétrica (eletrômetro).

•pode funcionar no modo pulso ou corrente.

Page 31: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTORES A GÁSDETECTORES A GÁS

• Os detetores a gás possuem eficiência dependente da tensão aplicada no volume do detector.

o

Page 32: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTOR À GÁS

• I - Os pares de íons recombinam-se e não há registro de pulso.• II - Região das Câmaras de Ionização: Cessa a recombinação, todos

os pares de íons são coletados. Ocorre a produção de pulsos independentes da tensão aplicada, mas proporcional a energia da radiação incidente.

• III - Região proporcional: pouco utilizada. Ocorre a aceleração dos íons produzidos pela radiação, que ionizam outras moléculas de gás.

• IV - Região pouco utilizada, pois a carga depende da tensão de forma não linear.

• V - Região do Geiger-Muller: o número de íons é grande devido a ionizações até quaternárias independentes da energia e do tipo da radiação.

• VI - Região de descarga elétrica contínua (avalanche). Não utilizamos equipamentos nesta região em radioproteção.

Page 33: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

CAMARA DE IONIZAÇÃOAs Câmaras de Ionização operam na

Região II do gráfico:

Os pares de íons produzidos no interior da câmara são coletados, e a quantidade de íons produzida depende da energia e do poder de ionização da radiação incidente.

As câmaras de ionização são utilizadas para detecção de radiação α, β e fótons.

Este equipamento é muito utilizado na prática de radioproteção principalmente para detecção de radiação secundária

Page 34: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTOR PROPORCIONAL• Os detectores proporcional operam na Região III do

gráfico• Após a interação da radiação ionizante no volume

gasoso, ocorre a aceleração dos íons produzidos queionizam outras moléculas de gás não atingidas pela radiação, por isto, ocorre uma multiplicação do número de pares de íons originais por um fator constante (M).

• A quantidade de carga produzida, portanto, é multiplicada por M que por sua vez gera um pulso proporcional à energia da radiação.

• Devido a presença do fator M, os detetores proporcionais apresentam uma vantagem em relação as Câmaras de Ionização, pois existe um fator amplificador do sinal gerado no volume sensível gasoso.

•Estes detectores podem detectar altas taxas de contagens e discriminar partícula α na presença de β.•Normalmente os detectores proporcionais são utilizados na monitoração de contaminação.

Page 35: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTOR GEIGER• Este tipo de detector opera na Região V. • São muito utilizados, desde 1928, para avaliar

níveis de radiação ambiente.• Possuem alta sensibilidade e projeto eletrônico

simplificado e robusto, são portáteis e de fácil manipulação.

• São versáteis na detecção de diferentes tipos de radiação, mas não permitem a discriminação do tipo de radiação e nem da energia, o que torna sua aplicação bastante limitada.

• Geralmente os GM são utilizados para detecção deradiação β e γ.

• Podemos encontrar no mercado sistemas de detecção GM devários tamanhos.

Page 36: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTORES SEMI-CONDUTORES

• estado sólido ou semicondutor são bons condutores a baixa temperaturas e vão se tornando maus condutores com a elevação da temperatura.

• Os materiais semicondutores mais utilizados como meio detector de radiação ionizante é o Germânio e Silício.

• principal característica: alta resolução para determinar a energia da radiação incidente, desta forma, tem-se pequenas flutuação e menor incerteza na medida.

Page 37: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DETECTOR CINTILADOR

• Alguns materiais emitem luz quando irradiados chamamos esta luz de cintilação.

• A medida da luz emitida por cintiladores irradiados só foi possível após a descoberta das válvulas fotomultiplicadoras, em 1947.

• Usados em conjunto, cintilador e fotomultiplicadora, o detector é capaz de medir altas taxas de contagens.

• Estes detectores podem ser considerados os mais eficientes na medida de raios γ, além de possibilitar a medida de partículas α e β.

Page 38: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Water

electronic

FOTOMULTIPLICADORASFOTOMULTIPLICADORAS

Mass Stopping PowerMass Stopping Power

Page 39: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

As vantagens e desvantagens dos cintiladores

• Principal vantagem: capacidade de registrar e indicar a energia da radiação incidente.

• Os cintiladores são muito sensíveis a variação de tensão aplicada a fotomultiplicadora e, portanto devem ser utilizados com equipamentos eletrônicos mais estáveis possíveis.

• Os cintiladores podem ser do tipo sólido ou líquido:

- Sólidos: Utilizados em medidas de radiação γ por cristais cintiladores do tipo NaI(Tl),LiI(Eu), etc..

- Líquidos: Utilizados em medidas de radiação γ de baixa energia e de partículas β através de um veículo como o Tolueno.

Page 40: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Contador de líquido cintilador

Page 41: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DOSÍMETRO INTEGRADORES

• Os dosímetros integradores são instrumentos que indicam a exposição ou a dose absorvida a que um indivíduo foi submetido.

• Características ideais para o bom desempenho de um dosímetro integrador são:

1. A resposta da leitura dosimétrica deve ser independente da energia da radiação incidente;

2. A sensibilidade do dosímetro deve operar no intervalo de 2,5 C/kg (10mR) a 129kC/kg (500R);

3. medir toda a radiação recebida e possuir pequenas dimensões, leve e fácil manipulação;

• Os principais tipos de dosímetros integradores são: Filmes fotográficos, canetas dosimétricas e Termoluminescentes.

Page 42: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

FILMES FOTOGRÁFICOS• baseia-se no princípio de

sensibilização de chapas fotográficas por interação da radiação com o filme.

• No caso dos dosímetros integrados do tipo filmes fotográficos a película de filme é acondicionada em uma embalagem que impede interferências ambientais tais como, luz e umidade.

• O filme (detector) é acondicionado em um porta dosímetro com filtros metálicos que sevem como atenuadores que permitem a identificação da energia, do tipo da radiação incidente e se a exposição é AP ou PA

Page 43: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

FILMES FOTOGRÁFICOS

• Medidas dosimétricas indiretas: após a interação da radiação no

filme, utiliza-se a densidade ótica produzida na emulsão fotográfica, após o processo de revelação em químicos, para determinar-se à medida dosimétrica.

• Este tipo de sensor permite avaliações de doses no Intervalo de 10 mR a 1800 mR, para fótons e possibilita dosimetria beta com energia superior a 400 keV, num intervalo entre 0,5 mGy (50 mrad) e 10 Gy (1000 mrad). Para isto, é necessária a calibração do sistema em função do tipo de filme utilizado e das condições de processamento dos filmes. (alta dep energética)

• Uma das vantagens deste tipo de detector é a de permitir a documentação do registro dosimétrico para várias análises desde que acondicionados em condições ambientais adequadas, pois o calor e substâncias químicas podem afetar a resposta do filme e danifica-lo.

Page 44: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

CANETA DOSIMÉTRICA• As canetas dosimétricas ou câmara de

ionização de bolso possuem dimensões de uma caneta comum.

• No seu interior existe uma câmara de ionização acoplada a um capacitor que armazena as cargas produzidas no volume do detector.

• A carga armazenada no capacitor e medida após a exposição, através de um leitor externo.

• Este tipo de dosímetro integrador necessita de calibração prévia. Operam no intervalo de leitura entre 0 a 200 mR ( 51,6 C/kg) e com pouca precisão (15%, aproximadamente).

Page 45: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DOSÍMETRO TERMOLUMINESCENTE

• Termoluminescência: cristais irradiados com radiações ionizantes apenas emitem luz quando submetidos a uma taxa de aquecimento térmico. (explicar o processo)

• A quantificação da luz termoluminescente é feita por uma fotomultiplicadora acoplada ao sistema de aquecimento do material TL.

• A emissão de luz termoluminescente é representada por uma curva que relaciona luz emitida em função da temperatura de aquecimento e desta relação determinar a dose que incidiu previamente no detector.

• Nesta relação podem ocorrer vários picos de intensidade. A forma da curva de emissão depende dos tipos de cristal utilizado, da taxa de aquecimento e do tipo de leitora.

Page 46: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

Curva TL

Page 47: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

DOSÍMETRO TERMOLUMINESCENTE

• Características de um material TL para ser usado como detector:1. Possuir elevada eficiência na emissão de luz;2. Estabilidade à temperatura em que o material vai ser utilizado;3. Combinação conveniente entre parâmetros de leitura e material TL;4. Curva de emissão simples;5. Resistência a variações ambientais, como: luz, umidade, gases etc.6. Resposta leitura –linear com a dose.

• Vantagens do TLD em relação aos outros dosímetros:1. TLD pode medir exposições entre 10-5 e 106 R;2. Sensibilidade a radiação gama, alfa, beta, Raio X, uv, e alguns a

nêutrons;3. Facilidade de uso devido a seu tamanho reduzido, ou até em forma

de pó;4. Rápida leitura de dose;5. Custo relativamente baixo e6. Reuso após tratamento térmico específico.• Desvantagem: desvanecimento e o manuseio com cuidado

Page 48: INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO C/ A MATÉRIA M.Sc.Leonardo Peres Físico Médico - Radioterapia.

FIM

OBRIGADO!