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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – VIRTUAL – 1º a 10/12/2020 O Uso do Audiovisual nos Jornais Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio no Instagram 1 João Gabriel da SILVA 2 Lorena Silva de AGUIAR 3 Maria Letícia Rocha Travassos SARINHO 4 Aline Maria Grego LINS 5 Universidade Católica de Pernambuco, Recife, PE RESUMO Este artigo traz uma análise da produção de conteúdos audiovisuais no Instagram dos principais jornais pernambucanos: Diario de Pernambuco (DP), Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio (JC). Gabriella Viana Leão, Mariana Piza, André Luz, Karina Woitowicz, entre outros autores ancoraram o referencial teórico da pesquisa, que adotou a revisão bibliográfica sobre o uso da rede social no jornalismo. Também verificou-se os materiais publicados pelo três jornais durante dois períodos: de 15 a 25 de dezembro de 2019 e de 20 a 26 de abril de 2020, já em plena pandemia da Covid-19. Pelos resultados obtidos, constatou-se que os jornais possuem diferentes comportamentos na plataforma. Enquanto no DP predominaram as transmissões ao vivo (lives), na Folha, prevaleceu o uso dos stories. Já o JC preferiu compartilhar vídeos no feed. PALAVRAS-CHAVE: redes sociais; Instagram; audiovisual; jornal impresso INTRODUÇÃO Tendo como principal objetivo o compartilhamento de momentos e experiências através de fotos e vídeos, o Instagram foi criado, em 2010, pelos engenheiros de programação Kevin Systrom e Mike Krieger. Segundo eles, a intenção era “resgatar a nostalgia do instantâneo” (PIZA, 2012, p. 7). Seu crescimento foi logo percebido por Mike Zuckerberg, CEO do Facebook, que o comprou por US$1 bilhão, em 2012. A partir de então, a rede social foi ganhando novas ferramentas, que proporcionaram ao usuário maior interatividade. 1 Trabalho apresentado no IJ01 – Jornalismo, da Intercom Júnior – XVI Jornada de Iniciação Científica em Comunicação, evento componente do 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação; 2 Estudante de Graduação 8º. semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 3 Estudante de Graduação 7º. semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 4 Estudante de Graduação 7º semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 5 Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]. 1

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O Uso do Audiovisual nos Jornais Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e

Jornal do Commercio no Instagram 1

João Gabriel da SILVA 2

Lorena Silva de AGUIAR 3

Maria Letícia Rocha Travassos SARINHO 4

Aline Maria Grego LINS 5

Universidade Católica de Pernambuco, Recife, PE RESUMO

Este artigo traz uma análise da produção de conteúdos audiovisuais no Instagram dos principais jornais pernambucanos: Diario de Pernambuco (DP), Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio (JC). Gabriella Viana Leão, Mariana Piza, André Luz, Karina Woitowicz, entre outros autores ancoraram o referencial teórico da pesquisa, que adotou a revisão bibliográfica sobre o uso da rede social no jornalismo. Também verificou-se os materiais publicados pelo três jornais durante dois períodos: de 15 a 25 de dezembro de 2019 e de 20 a 26 de abril de 2020, já em plena pandemia da Covid-19. Pelos resultados obtidos, constatou-se que os jornais possuem diferentes comportamentos na plataforma. Enquanto no DP predominaram as transmissões ao vivo (lives), na Folha, prevaleceu o uso dos stories. Já o JC preferiu compartilhar vídeos no feed. PALAVRAS-CHAVE: redes sociais; Instagram; audiovisual; jornal impresso INTRODUÇÃO

Tendo como principal objetivo o compartilhamento de momentos e experiências

através de fotos e vídeos, o Instagram foi criado, em 2010, pelos engenheiros de

programação Kevin Systrom e Mike Krieger. Segundo eles, a intenção era “resgatar a

nostalgia do instantâneo” (PIZA, 2012, p. 7). Seu crescimento foi logo percebido por

Mike Zuckerberg, CEO do Facebook, que o comprou por US$1 bilhão, em 2012. A

partir de então, a rede social foi ganhando novas ferramentas, que proporcionaram ao

usuário maior interatividade.

1 Trabalho apresentado no IJ01 – Jornalismo, da Intercom Júnior – XVI Jornada de Iniciação Científica em Comunicação, evento componente do 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação; 2 Estudante de Graduação 8º. semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 3 Estudante de Graduação 7º. semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 4 Estudante de Graduação 7º semestre do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected]; 5 Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Jornalismo da UNICAP, e-mail: [email protected].

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O Instagram é um aplicativo que se diferencia por ser usado necessariamente

através de um telefone celular. “Os indivíduos podem fazer uma foto com o próprio

celular, aproveitar alguma imagem que já esteja salva no arquivamento do aparelho, ou

puxar fotografias realizadas com outros dispositivos” (PIZA, 2012, p. 8), a exemplo das

câmeras fotográficas digitais. A rede social também possui uma versão para

computador, mas esta não dispõe de todas as ferramentas disponíveis no smartphone.

Na plataforma, é possível publicar fotos e vídeos por dois modos: no feed, que

mostra as postagens mais recentes, e nos stories, que permite que as pessoas

compartilhem “todos os momentos do seu dia, e não apenas aqueles que deseja manter

no perfil. Ao compartilhar várias fotos e vídeos, eles aparecem juntos em um formato de

apresentação de slides, sua história” (RODRIGUES; ROCHA; RODRIGUES, 2017, p.

4), ficando disponíveis por, no máximo, 24 horas. Há também as transmissões ao vivo

(lives), que, assim como os stories, podem ser visualizados no mesmo período.

O jornalismo online tem suas especificidades de produção, com foco na

instantaneidade e interatividade com o público. Há ainda que considerar a mobilidade,

que também exige nos conteúdos uma adaptação. Segundo o relatório da Pesquisa

Brasileira de Mídia de 2016, realizada pela Secretaria de Comunicação Social da

Presidência da República (Secom) e pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e

Estatística (IBOPE),

A internet é o segundo meio de comunicação pelo qual a população mais se informa, citada por 49% dos entrevistados na pesquisa, atrás apenas pela televisão (89%). (...) Os aparelhos celulares são o dispositivo mais utilizado para acessar a internet e a média de tempo de acesso diário da população é de mais de 4h e 30m. (RODRIGUES; ROCHA; RODRIGUES, 2018, p. 2)

Nesse quesito, as mídias sociais são grandes detentoras no modo de fazer e

divulgar informação. “O Instagram é fruto de uma revolução não só tecnológica, mas

também das constantes mudanças no contexto da rede” (PIZA, 2012, p. 19). Notando a

popularidade que ele veio ganhando nos últimos anos, o jornalismo sentiu que precisava

se inserir nesse meio e, assim, estar mais próximo da sociedade.

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A necessidade dessa unificação pode ser verificada pela quantidade de jornais

impressos que migraram seus conteúdos também para a rede social. Temos de exemplo

veículos como Folha de S.Paulo e Estadão (São Paulo), O Globo (Rio de Janeiro) e,

regionalmente, os três principais jornais pernambucanos: Diario de Pernambuco, Folha

de Pernambuco e Jornal do Commercio. Inicialmente, o uso do Instagram por esses

veículos era limitado a postagens no feed, com um texto de legenda, tendo como

intenção a busca por curtidas e comentários. Mas, isso foi mudando conforme a chegada

de novas ferramentas no aplicativo.

No cenário atual, devido a vasta quantidade de informações que podem ser

encontradas na internet, faz-se necessário o que Leão e Lins (2019) chamam de

curadoria da informação. Nela, “quem passa a informação, passa a informar a direção

ou no que prestar atenção em meio a tantos dados”, recebendo, segundo as autoras, “o

status de curador, sendo este o indivíduo que irá filtrar, organizar e produzir um novo

conteúdo para ser entregue ao seu público” (LEÃO; LINS, 2019, p. 2). O mesmo ocorre

na rede social, onde critérios de noticiabilidade determinam o que vai ser publicado ou

não.

O jornalismo tem buscado desenvolver formas de apropriação e interação no ambiente das redes digitais. Estes espaços de construção de identidade, formação e fortalecimento de laços, se tornou também um forte espaço de circulação de informações, a partir das funcionalidades neles embutidas de compartilhamento de imagens, textos e links. (ARAGÃO, 2012, p. 4 apud BOYD; ELLISON, 2006)

Tendo em vista esses conceitos, esta pesquisa busca trazer análises,

comparações, questionamentos e tentativas de compreensões sobre narrativas

audiovisuais que tenham como foco as diferentes formas e modelos de produção

jornalística, mas empregados em veículos originalmente impressos. Durante dois

períodos distintos da pesquisa, final de 2019 e início de 2020, verificamos como os

jornais pernambucanos Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do

Commercio se apropriam do Instagram no que tange a produção de conteúdo em vídeo.

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Para fundamentar nossa análise, recorremos a produções que buscam

compreender o desenvolvimento do Instagram e seu funcionamento. Também foram

realizadas leituras de estudos de caso similares, tais como os produzidos com o jornal

cearense O Povo, publicado em 2018, e com o Cultura Plural, um projeto de extensão

da Universidade Federal de Ponta Grossa, no Paraná, divulgado em 2017 (LUZ;

WOITOWICZ, 2017). Observamos como são produzidos vídeos para o perfil do

Instagram e, em especial, para os stories.

CONTEXTUALIZAÇÃO DOS OBJETOS

Investigar e analisar criticamente o modo como os principais jornais

pernambucanos — Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do

Commercio — se dispõem a produzir e circular conteúdos audiovisuais para seus

Instagram é, como já foi dito, o principal objetivo deste artigo.

Inicialmente, recorremos a autores que têm se dedicado ao estudo do

desenvolvimento do Instagram e seu funcionamento, tanto em termos de conteúdo

quanto operacionais. Também foi realizada uma revisão bibliográfica e de pesquisa na

internet para identificar estudos semelhantes ou próximos aos objetos da nossa

pesquisa. Foi possível observar como são produzidos vídeos para a plataforma, em

especial, para os stories.

Em seguida, partimos para a primeira pesquisa de campo, isto é, selecionar e

coletar material audiovisual produzido pelos jornais pernambucanos para o Instagram.

Escolheu-se analisar o período de 15 a 25 de dezembro de 2019 a fim de verificar não

apenas postagens cotidianas, mas também os conteúdos especiais elaborados no período

natalino. Após o mapeamento, partimos para a comparação das amostras coletadas nos

três jornais.

Devido à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, a

rotina de toda a sociedade sofreu mudanças drásticas, inclusive na nossa pesquisa, uma

vez que a previsão inicial de análise era de um único período. Para combater a

contaminação pelo vírus, foi necessário as autoridades estaduais e municipais em saúde

determinarem o isolamento social, o que provocou um novo comportamento não só nas

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relações sociais mas também na produção de conteúdos jornalísticos. Assim,

resolvemos também analisar esse período.

Independentemente de como os profissionais de comunicação se adaptaram para

exercer suas funções nesse período, seja no modelo home office ou ainda diretamente

das redações, os veículos se tornaram indispensáveis em contar o que vinha ocorrendo

no Brasil e no mundo. Além disso, se mostraram portadores de serviços e dicas sobre o

que fazer em casa durante a quarentena, iniciada em março de 2020.

Percebendo a gravidade da situação, decidimos fazer uma segunda coleta de

dados a fim de verificar como os jornais abordaram, através de conteúdos audiovisuais,

o contexto da pandemia em suas contas do Instagram. A nova pesquisa de campo

aconteceu entre 20 e 26 de abril de 2020, uma vez que havia a hipótese de que os

poderes públicos, em especial o Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife,

divulgariam novas medidas de restrição para o mês de maio entre esses dias.

Os dados coletados durante os dois períodos de observações foram catalogados

em duas tabelas, planilhas construídas no Excel. Nelas, foram inseridas as seguintes

observações:

- Os elementos de identificação da notícia: a data de publicação, o título e o link

que leva o usuário para o site do veículo;

- As principais características da notícia: narrativa, fontes, personagens,

objetivo, mecanismos de aproximação e interação e a repercussão na internet;

- As interseções e rupturas dessas narrativas, comparando os modelos utilizados

pelo jornal para o Instagram, com os modelos utilizados no site, no Facebook e, quando

foi o caso, no canal do Youtube ou na televisão;

- Aspectos técnicos: cuidados com a produção e exibição do audiovisual,

conexão entre texto e áudio, qualidade das imagens, ritmo de edição, tempo e se o vídeo

apresentava coerência com o tema proposto.

Os objetos da análise foram os perfis no Instagram dos principais jornais

pernambucanos — Diario de Pernambuco (@diariodepernambuco), Folha de

Pernambuco (@folhape) e Jornal do Commercio (@jc_pe) —, cujas matrizes estão no

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Recife. Todos apresentam um selo de verificação na rede social indicando que se tratam

de contas oficiais.

O primeiro veículo que tratamos aqui é o Diario de Pernambuco (DP), o mais

antigo em circulação na América Latina, fundado em 7 de novembro de 1825. No

segundo semestre do ano de 2020, o jornal atingiu a marca de 1 milhão de seguidores no

Instagram, o que é um reflexo da sua atuação na rede durante a crise da Covid-19.

Em seguida, apresentamos a análise da Folha de Pernambuco, pertencente ao

grupo empreendedor EQM, que, entre outros setores, atua também na área de

comunicação. O jornal foi fundado em 3 de abril de 1998 e, atualmente, além do

impresso, possui também o portal online (folhape.com.br) e a Rádio Folha 96,7 FM.

Por fim, temos o Jornal do Commercio (JC). A publicação centenária foi

fundada por F. Pessoa de Queiroz em 3 de abril de 1919 e, hoje, faz parte do grupo

empresarial Paes Mendonça, que não só resgatou o jornal da grave crise que enfrentava

no final dos anos de 1980, como também recuperou a emissora de televisão, a TV

Jornal, e as rádios, também pertencentes ao mesmo grupo.

Tendo isso em vista, as principais informações observadas durante os períodos

de coleta e análise de dados sobre como acontece a movimentação no perfil de cada

veículo na plataforma, no que diz respeito a conteúdo audiovisual, são detalhadas no

tópico a seguir. Dessa forma, procuramos atender ao que se propõe este artigo, ou seja,

analisar, comparar e compreender como as narrativas audiovisuais, de cunho

jornalístico, são colocadas em prática na rede social Instagram de jornais impressos de

Pernambuco.

DESCRIÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS

DIARIO DE PERNAMBUCO

Na primeira análise de dados, realizada entre os dias 15 e 25 de dezembro de

2019, percebeu-se que o Instagram do Diario de Pernambuco fez uso constante dos

stories. Dos 34 vídeos apurados nesse período, 20 foram postados nessa ferramenta. Os

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conteúdos foram diversos, desde divulgações e coberturas de eventos a gravações de

confraternizações da própria empresa.

O mesmo procedimento foi adotado na segunda fase de observações, entre os

dias 20 e 26 de abril de 2020. Porém, dessa vez, observou-se que jornal também

investiu na produção de lives, com participação de cantores, psicólogos, atores, entre

outros, proporcionando momentos de distração e leveza em meio ao período de

quarentena imposto pela pandemia do novo coronavírus.

Concomitantemente, foi possível perceber que o Diario apostou em vídeos

informativos, fazendo balanços dos novos casos da Covid-19 no Brasil. A colaboração

dos internautas também foi um destaque no jornal que, além de apresentar fatos,

permitiu que eles também tivessem uma participação reflexiva sobre os fatos e impactos

do que era noticiado.

Imagem 1: Vídeo publicado no feed do Instagram do Diario de Pernabuco, no dia 21 de abril de 2020, abordando o contexto da pandemia do novo coronavírus. Crédito dos autores.

Durante as análises, identificou-se que as partes técnicas dos vídeos, como

qualidade do áudio e das imagens e a edição variaram de “rotineiras” ou “normais”.

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Foram poucos os vídeos identificados com qualidade baixa, sendo, em geral, conteúdos

reaproveitados ou de reprodução na internet.

Vale destacar ainda que, no primeiro período de análise, verificou-se apenas

uma live realizada pelo DP para transmitir o Baile do Menino Deus, um musical teatral

natalino de autoria de Ronaldo Correia de Brito e Francisco Assis Lima, com músicas

de Antônio Madureira. Na ocasião, foi possível perceber que o repórter tenta criar uma

interação e aproximação com as pessoas que estavam assistindo e comentando de forma

positiva o espetáculo. Já no segundo período observado, foram identificadas 11 lives.

Observamos que a maneira como os repórteres se portam durante as coberturas

e, também, a exteriorização de eventos internos, ajudam a criar um ambiente mais leve.

O aspecto contribui na construção de uma nova linguagem online, caracterizada por

uma maior informalidade.

Outra cobertura que ocorreu no primeiro período de observação, nos stories, foi

o velório do artista plástico pernambucano Francisco Brennand. Devido a importância e

seriedade do momento, o repórter se portou de forma mais compenetrada, lembrando

reportagens de TV sobre o artista. Mesmo assim, um teor mais livre e intimista é criado.

Afinal, ver tudo acontecendo, naquele exato momento, pelo celular, é uma forma

diferenciada da construção audiovisual. Porém, por mais que a intimidade seja uma das

grandes chaves dos stories, o DP não permitiu que o público interaja respondendo seus

vídeos postados nessa ferramenta.

FOLHA DE PERNAMBUCO

Durante a primeira fase de observações, de 15 a 25 de dezembro de 2019, foi

possível perceber que o foco da Folha de Pernambuco, no que diz respeito a conteúdo

audiovisual no Instagram, é voltado para o stories. Dos 67 vídeos identificados, 63

foram postados nessa ferramenta, enquanto apenas quatro foram postados no feed. Vale

ressaltar que os conteúdos divulgados no feed também apareceram no stories. Entre as

63 postagens identificadas, apenas 18 não levavam para o site do jornal.

Dentre os produtos analisados, a maioria mostrava acontecimentos gravados

pelos próprios repórteres da Folha de Pernambuco, ou vídeos cedidos ao jornal por uma

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fonte externa, como um leitor e/ou seguidor. Apenas 10 produções audiovisuais fugiram

a esse padrão e foram feitos por meio de artes e design pensados a partir de uma edição

prévia. Apenas em dois casos, o jornal fez uso do recurso “Caixa de Perguntas”

disponível no stories para interação com o público.

Foram recorrentes os textos curtos no stories. Quanto ao áudio, a maioria

possuía som ambiente, juntamente com o áudio específico do assunto em questão

(entrevista, palestra, apresentação, show etc.) e apenas 7 vídeos foram postados sem

som ou com áudio desconexo. A qualidade das imagens variou significativamente, de

forma que algumas tinham maior estabilidade e resolução, enquanto outras não se

preocupavam com enquadramentos e balanços de câmera.

A duração das gravações também foi distinta: em certos casos, fez-se o uso de

apenas um stories (vídeo de até 15 segundos). Já outros juntavam diversos deles. Assim,

a narrativa total da maioria dos temas ficou com até 30 segundos, sendo uma junção de

dois stories. Quanto às postagens no perfil, os vídeos variaram entre 20 segundos e 2

minutos.

Na segunda fase de observações, de 20 a 26 de abril de 2020, feita no período da

pandemia da Covid-19 e no contexto de isolamento social, foram postados 37 stories,

havendo, assim, uma baixa em relação ao primeiro período analisado. 10 deles foram o

mesmo vídeo, que mostraram a alternativa à qual a empresa recorreu para continuar

mantendo o leitor atualizado de forma segura após o fechamento — durante o

isolamento social — de pontos de comércio onde o jornal é vendido. Já o número de

posts audiovisuais no perfil teve um pequeno aumento: 6 vídeos, ou seja, dois a mais em

relação à primeira leva de dados.

Constatou-se que o conteúdo postado se manteve majoritariamente ligado ao

contexto da doença: apenas 8 stories não tinham relação com a Covid-19, sendo 3 deles

de teor político, outro assunto em alta durante o período devido às polêmicas da gestão

governamental federal. Quanto às postagens no feed, apenas uma não tinha relação com

o novo coronavírus. As demais ficaram restritas a pronunciamentos do Governador de

Pernambuco, Paulo Câmara, e às medidas adotadas pelo próprio jornal para continuar

fornecendo informações com segurança.

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Imagem 2: Storie publicado no Instagram da Folha de Pernambuco abordando os números da pandemia do novo coronavírus no dia 24 de abril de 2020. Crédito dos autores.

A exemplo da primeira fase de análises, foi mantida a predominância de stories

com textos curtos e fáceis de serem compreendidos. Quanto ao áudio, observou-se que a

maioria era ou instrumental ou a fala da pessoa presente no vídeo. Em relação à

duração, a média das narrativas foi de até 30 segundos. Já os vídeos do feed ficaram

entre 59 segundos e aproximadamente três minutos.

Foram catalogados 17 stories com a presença de alguma arte. Nos casos das

postagens com atualização dos números da Covid-19, a arte era sempre a mesma, só

sendo atualizada de acordo com as mudanças diárias. Os demais stories pareceram ser

gravados por meio do celular e, pelo menos 10 deles, foram feitos em modo selfie,

quando a pessoa grava a si mesmo, usando a câmera frontal do smartphone; nesses

casos, não foi perceptível nenhum elemento que indicasse que o personagem/repórter

estava na redação do jornal. Quanto às publicações no feed, a maioria apresentava alta

qualidade de imagem.

Por fim, entre o total de vídeos no stories, cerca de 12 não tinham link que

direcionassem o leitor para o site do veículo. Foi possível observar que o jornal não

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utilizou o recurso “Caixa de Perguntas” para interagir com o público; manteve apenas o

uso constante de hashtags, em sua maioria sobre assuntos relacionado à Covid-19.

JORNAL DO COMMERCIO

No Jornal do Commercio (JC), percebeu-se uma expressiva diferença na

quantidade de postagens entre as duas análises. Na primeira, realizada entre os dias 15 e

25 de dezembro de 2019, foram identificados apenas 4 vídeos no perfil, sendo dois

deles funcionando como making off das produções das charges publicadas nas versões

impressa e online do JC; um apresentando uma mensagem de natal com uma música de

fundo; e um sendo uma reprodução de câmeras da Companhia Brasileira de Trens

Urbanos (CBTU) cuja publicação denunciava crianças se pendurando na dianteira do

metrô do Recife. Todos tinham menos de um minuto de duração.

Sobre o stories, o JC não compartilhou nenhum conteúdo audiovisual dentro do

primeiro período de análise. O jornal publicou apenas imagens estáticas das notícias,

que também foram postadas no perfil, com um título no canto inferior. Abaixo das

frases, havia uma seta que, se arrastada para cima, levava para a notícia completa no

portal do veículo. Também na função, foram publicadas, diariamente, imagens estáticas

da tábua das marés e os números sorteados na loteria da Caixa Econômica Federal.

Em relação às lives, ou seja, transmissões ao vivo, no Instagram, o Jornal do

Commercio não realizou nenhuma durante os 10 dias de coleta de dados. Ao fim da

primeira análise, o veículo somava 397,7 mil seguidores e 29,1 mil postagens.

Já no segundo levantamento, realizado entre os dias 20 e 26 de abril de 2020,

foram contabilizados 15 vídeos no perfil do JC, um aumento de 375% em relação ao

período destacado anteriormente. Em 8 publicações, o conteúdo estava relacionado à

pandemia do novo coronavírus ou sobre o que fazer em casa durante o isolamento

social; 4 continham dicas para o dia a dia; e 3 eram sobre um fato que ocorreu no dia. 9

dos 15 vídeos foram compartilhados através do IGTV por durarem mais de um minuto.

Sobre o engajamento, 10 das 15 publicações tiveram mais de 10 mil visualizações,

enquanto apenas 6 tiveram mais de mil curtidas.

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Imagem 3: Vídeo publicado no feed do Instagram do Jornal do Commercio, no dia 23 de abril de 2020, abordando o contexto da pandemia do novo coronavírus. Crédito dos autores.

Nos stories, além das imagens estáticas, dessa vez, foi publicado apenas um

conteúdo audiovisual, no dia 24 de abril. O público que o visualizou foi convidado a

acompanhar as transmissões musicais ao vivo que estavam ocorrendo via internet. Na

ocasião, o jornal mostrou a live da cantora carioca Ludmilla. Novamente, o JC não

realizou lives na própria conta do Instagram dentro desse segundo período de análises.

No final da segunda análise, o jornal apresentou 478,9 mil seguidores e 30,6 mil

postagens.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos dados mapeados e catalogados percebeu-se que, durante a primeira

fase de observação, o foco dos jornais Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio

não foi o conteúdo audiovisual, visto que o DP, nos dias 17, 21 e 22 de dezembro de

2019 não postou nenhum produto em vídeo e, no JC, foram identificadas apenas quatro

publicações nesse formato durante todo o período analisado. Diferentemente desse

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comportamento, a Folha apresentou uma movimentação intensa no seu perfil, com um

total de 63 vídeos, tendo sido apenas quatro postados no feed. Assim, percebe-se que o

perfil da Folha, no Instagram, investe na instantaneidade e em um formato mais

espontâneo, características do stories.

Já na segunda análise, a situação foi invertida: enquanto a quantidade de

postagens de audiovisual no perfil da Folha diminuiu em relação ao primeiro período, as

atividades do Diario e do JC aumentaram. No DP, a preocupação foi não somente com

as notícias sobre a Covid-19, mas também com a criação de conteúdos diferentes, como

lives e vídeos maiores publicados por meio do IGTV, abordando variados temas, a

exemplo de resumos semanais e relatos de pernambucanos que estavam no exterior

durante a pandemia. No JC, observou-se um aumento expressivo na quantidade de

publicações em vídeo, mesmo que ainda não houvesse grande movimentação no stories.

Já a Folha investiu no uso de stories previamente editados, o que é compreensível face à

impossibilidade de trabalho presencial dos jornalistas devido à pandemia.

Vale ressaltar que um ponto forte do Diario foi a realização de lives no período

de coleta de dados durante a pandemia. Por outro lado, os outros dois jornais não

utilizaram esse recurso em nenhuma das observações, o que é curioso, visto a crescente

quantidade de usuários e até mesmo de outros veículos aderindo a essa iniciativa

durante o período de isolamento social.

Foi perceptível que nos três veículos há uma variância nos conteúdos e a

priorização do uso de uma linguagem simples no stories, por ser um tipo de produção

marcado pela rapidez e instantaneidade. Além disso, muitas vezes há a intenção de fazer

do stories um espaço de menor informalidade, o que é perceptível pela forma como os

repórteres se portam.

Contudo, foi unânime na observação dos jornais que nenhum deles priorizou a

interação com os seguidores, o que parece uma contradição, uma vez que essa é uma

característica forte das redes sociais. No Instagram, por exemplo, há ferramentas como

“Caixa de Perguntas” e “Enquete” para incentivar a troca entre o perfil e os usuários.

“Os desenvolvedores do Instagram acreditam que o aplicativo abriu portas para um

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Page 14: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares ...Pernambuco (@folhape) e Jornal do Commercio (@jc_pe) — , cujas matrizes estão no 5 43º Congresso Brasileiro de

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – VIRTUAL – 1º a 10/12/2020

mundo que permitiu ser mostrado com transparência e com conexões mais próximas”

(PIZA, 2012, p. 14).

Outro fator relevante no Instagram é a quantidade de seguidores que o perfil dos

jornais possuem. Em agosto de 2020, o Diario de Pernambuco chegou à marca de 1

milhão de seguidores, destacando-se dos demais jornais. Atrás dele, com pouco mais da

metade, encontra-se o Jornal do Commercio com 536 mil e, por fim, a Folha, com 289

mil pessoas acompanhando sua rede.

Nesse cenário, fica visível como os três jornais trabalham de forma distinta em

relação ao audiovisual, considerando, inclusive, o período atípico de pandemia.

Constatamos que o investimento no Instagram é peça fundamental no jornalismo atual,

pois foi uma maneira de se manter no mercado, mesmo com o decrescente uso do

impresso.

É possível afirmar, pelo que percebemos na pesquisa, que os veículos locais vêm

se reinventando e apostando mais na plataforma Instagram, como pode-se comprovar

com o considerável aumento de seguidores na conta do DP, em decorrência da sua forte

atuação jornalística e cultural durante o período de pandemia. Mesmo que os demais

jornais não tenham tido a mesma desenvoltura, o uso do audiovisual em todos eles,

apesar de ainda não ser o foco central, caminha para uma conjuntura em que trabalhar

com imagens e áudios parece cada vez mais necessário e promissor para os veículos,

tanto no que diz respeito a popularidade, quanto à presença no mercado.

REFERÊNCIAS

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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – VIRTUAL – 1º a 10/12/2020

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