Introdução à Farmacoeconomia€¦ · A economia da saúde estuda como os recursos são alocados...

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Introdução à Farmacoeconomia Aula #1 Giácomo Balbinotto Neto (PPGE/UFRGS & IATS)

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Introdução à Farmacoeconomia

Aula #1

Giácomo Balbinotto Neto

(PPGE/UFRGS & IATS)

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Economia da Saúde Fundamentos

Economia da Saúde é o campo de conhecimento voltado para o desenvolvimento e uso de ferramentas de economia na análise, formulação e implementação das políticas de saúde. Envolve a análise e o desenvolvimento de metodologias relacionadas ao financiamento do sistema, a mecanismos de alocação de recursos, à apuração de custos, à avaliação tecnológica, etc. Busca o aumento da eficiência no uso dos recursos públicos e a eqüidade na distribuição dos benefícios de saúde por ele propiciados.

[cf. MS, Brasil] 4

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Economia da Saúde Fundamentos

If we have unlimited demands but limited resources, we have to make choices. When we try to choose which demands should be satisfied from our scarce resources, we have to set priorities.This is the true of organizations as well as individuals, and migth be specially true in healthcare system.

Walley, Haycox and Bolland (2004, p. 2)

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Economia da Saúde Fundamentos

Escassez

Não há e nunca haverá recursos suficientes para satisfazer todas as necessidades e o querer do ser humano.

Exemplo Clássico: Área da saúde !!!

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Economia da Saúde Fundamentos

Recursos Escassos e Finitos

Processo de Escolha:

O que fazer?

O que deixar de fazer?

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NECESSIDADES ILIMITADAS

RECURSOS FINITOS

IMPORTÂNCIA DE OBTER A MÁXIMA EFICIÊNCIA

NO USO DOS RECURSOS MATERIAIS,

HUMANOS E FINANCEIROS

CUSTOS CRESCENTES

Contexto de Saúde

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A responsabilidade social dos médicos na alocação dos recursos escassos.

As public investiment in health care growth, physicians become increasilingly responsible for allocating society’s resources. Limited resourses may force doctors to compromise their primary role as advocats for the individuals patients, but only within total resources constraints set by societal decision makers. Methods for efficent resource allocation, such as cost-effectiveness analysis are important for physicians to understand so that they themselves may make intelligent decision within resources limits and act as informed techical advisors and responsible critics in the process of setting society’s health-care priorities.

Weinstein et al. (1980, p. 303)

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País Gastos totais

(% PIB)

Gastos públicos

(% gasto total)

Taxa anual de

crescimento (%)

Gastos em saúde

(dólar per capita ppp)

Gastos farmacêuticos

(% gasto total)

2006 1995 2006 1995 2000-2006 2006 1995 2006 1995

Austrália 8,8 7,4 67,0 95,8 4,5 2229 1611 14,2 12,1

Áustria 10,1 9,7 76,2 72,6 2,0 3606 2259 12,4 9,2

Bélgica 10,4 8,2 69,1 71,1 5,0 3488 1854 16,8 16,7

Canadá 10,0 9,0 70,4 71,4 4,7 3678 2057 17,4 13,8

Finlândia 8,2 7,7 76,0 74,1 5,6 2668 1440 14,6 13,0

França 11,1 9,9 79,7 78,6 4,2 3449 1997 16,4 16,0

Alemanha 10,6 10,1 76,9 81,6 1,4 3371 2275 14,8 12,9

Itália 9,0 7,3 77,2 71,9 2,8 2614 1538 20,0 20,7

Japão 8,2 6,9 82,7 70,8 2,5 2474 1551 19,8 22,3

México 6,6 5,6 44,2 42,1 5,2 794 386 22,9 ...

Nova Zelândia 9,3 7,2 77,8 77,2 6,7 2448 1244 12,4 14,8

Noruega 8,7 7,9 83,6 84,2 2,8 4520 1863 8,5 9,0

Portugal 10,2 7,8 70,6 62,6 3,3 2120 1036 21,3 23,6

Espanha 8,4 7,4 71,2 72,2 6,0 2458 1193 21,7 19,2

Suécia 9,2 8,0 81,7 86,6 4,7 3202 1746 13,3 12,3

Reino Unido 8,4 6,9 87,3 83,9 5,1 2760 1350 ... 15,3

Estados Unidos 15,3 13,3 45,8 46,3 5,0 6714 3656 12,6 8,9

Média da OECD 8,9 7,6 73,0 72,9 5,2 2824 1494 17,6 16,3

Brasil * 7.2 8.4 ... ... ... ... ... ... ...

Recursos e gastos em saúde em diferentes países: Brasil e OECD

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Definição de Avaliação Econômica em Saúde

A orientação de se avaliar políticas e ações do ponto de vista econômico não implica a predominância da dimensão econômica sobre as demais, e sim que esta dimensão não pode ser ignorada e deve ser obrigatoriamente parte integrante do processo decisório que determina a adoção de políticas de saúde e a alocação de recursos. O dinheiro disponível para a saúde é limitado e, portanto, deve ser utilizado eficientemente e de maneira a maximizar o resultado obtido.

Bernard F. Couttolenc (2001) - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar

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Avaliação Econômica

A avaliação econômica consiste num conjunto de técnicas e procedimentos metodológicos destinadas a avaliar o impacto ou cursos alternativos de ação sobre o bem-estar da sociedade.

O objetivo das avaliações econômicas são o de ajudar a tomar ações racionais, isto é, decidir de forma coerente, levando em conta determinados objetivos e restrições.

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Avaliação Econômica

A avaliação econômica se centra na identificação, medição ou valorização dos efeitos que se supõe tenham uma relação direta com o bem-estar da sociedade.

A avaliação consiste em determinar-se os efeitos derivados de se seguir uma das várias opções possíveis em uma situação que envolva escolha e compará-los em termos de sua eficiência social, isto é, de maximização do bem-estar-social.

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Avaliação Econômica

Economic evaluation can be defined as a comparison of alternative options in terms of their costs and consequences (Drummond et al. 2005). As such, all methods of economic evaluation involve some kind of comparison between alternative interventions, treatments, or programmes. Therefore we have two (or more) options to compare, and two dimensions (costs and consequences) along which to compare them. Costs can be thought of as the value of the resources involved in providing a treatment or intervention; this would invariably include health care resources, and might be extended to include social care resources, those provided by other agencies, and possibly the time and other costs incurred by patients and their families or other informal carers. Consequences can be thought of as the health effects of the intervention.

Gray, Clarke, Wolstenholme e Wordsworth (2011, p.7)

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The process of evaluation seeks to analyse health care interventions in terms of four key dimensions: effectiveness, efficiency, humanity and equity. This process can be used to compare one or more interventions in such a way that the policy-makers can choose which to provide for their population. Hence, evaluation is a key activity of health services research. Even if you are not performing evaluative research yourself, as a manager you need to develop an awareness of the methods used and the interpretation of results. Putting health care evaluation into practice is an essential process of health care planning and management.

Smith, Sinclair, Raine e Reeves (2005)

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A Necessidade de Avaliação em Saúde

O novo paradigma da prática sanitária cada vez mais preconiza a adoção de conceitos de Medicina Baseada em Evidências para a tomada de decisão. Embora o processo decisório seja complexo e inúmeros fatores técnicos, políticos, sociais, culturais e éticos estejam envolvidos, é unânime e crescente o emprego de evidências clínico-epidemiológicas para auxiliar no processo de decisão. Estabelecer se uma nova terapia é eficaz e efetiva depende da existência de comprovação adequada conduzida sob determinados padrões metodológicos. Entretanto, estabelecer a efetividade é apenas um dos componentes do processo decisório sobre ações no sistema de atenção à saúde. É de conhecimento que os recursos financeiros no setor são findáveis; a alocação de vendas no setor Saúde em termos relativos não teve incremento significativos nos últimos anos, embora as necessidades e demandas cresçam exponencialmente. Desse modo, na maioria das vezes, o emprego de recursos em uma nova tecnologia significa restrição de recursos em outra área.

[cf. MS (2008, p.7)]

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A Necessidade de Avaliação em Saúde

... os atores ou instituições interessados na saúde da sociedade e, particularmente, os financiadores e provedores da saúde pública ou privada, terão que decidir entre as alternativas que competem entre si no acesso aos escassos recursos disponíveis. A busca pela eficiência, ou seja, o máximo de benefício com o mínimo de recursos, apresenta-se como alternativa consequente e responsável. A despeito da pressão pela identificação de tecnologias eficientes e que devam ser disponibilizadas pelo sistema de saúde universal, a decisão sob quais tecnologias custear é tarefa hercúlea, haja vista o enorme volume de informação e a complexidade no manuseio dos diversos tipos de intervenção em saúde. Sem dúvida, para a utilização eficiente dos recursos, será imprescindível conhecimento sobre quais intervenções realmente funcionam, em que condições, a que custo, bem como todas as demais informações correlatas e necessárias. Tais informações são obtidas de maneira científica, por meio do emprego de diversos métodos comprovados desenvolvidos ao longo do último século, entre eles o emprego do estudo clinico controlado e randomizado, a revisão sistemática e metánalise, a análise de decisão e os estudo econômicos em saúde.

Nita et al. (2010, p22)

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A Importância da Avaliação Econômica

1) sem uma análise sistemática, é difícil identificar claramente as alternativas relevantes;

2) a perspectiva (ou ponto de vista), assumida na análise é importante – um programa que parece atrativo de uma perspectiva, pode parecer significativamente melhor quando outras perspectivas são consideradas.

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A Importância da Avaliação Econômica

3) sem uma tentativa de quantificação, uma avaliação informal das ordens de magnitude envolvidas poder ser enganoso (misleanding).

4) uma abordagem sistemática aumenta a explicitação e responsabilidade final (accountability).

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O Objetivo das Avaliações Econômicas

Economic evaluation seeks to inform the range of very diferent but unavoidable decisions in health care. Whatever the context of specific decision, a common question is poserd: are we satisfied that additional health care resourses (required to make the procedure, service, or programme avaliable to those who could benefit from it) should be spent in this way rather than some other ways? The other ways these resourses could be used migth including providing health care for other patients with diferent conditions, reduve the tax burden of collective health care, or reducing the costs of social or private insurance premiuns.

Drummond et all (2015, p.3)

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As Características das Avaliações Econômicas

As avaliações econômicas, independente das atividades (incluindo serviços de saúde) a qual ela é aplicada, tem duas características:

(i) ela lida tanto com insumos como com produtos/desfechos (outputs), as quais podem ser descritas como custos e consequencias, ou cursos alternativos de ação;

Drummond et all (2015, p.3-4)

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As Características das Avaliações Econômicas

As avaliações econômicas, independente das atividades (incluindo serviços de saúde) a qual ela é aplicada, tem duas características:

(ii) as avaliações econômicas referem-se elas mesmas a escolhas. Os recursos são limitados, e nossa consequente inabilidade de produzir todos os produtos/desfechos (output) desejados (incluindo uma terapia eficaz), necessita que escolhas devem, e irão ser feitas em todas as áreas da atividade humana. Estas escolhas são feitas com base em muitos critérios, algumas vezes explícitos mas geralmente implícitos, especialmente quando as decisões são feitas com base em nossas próprias crenças usando nossos próprios recursos.

Drummond et all (2015, p.3-4)

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As Características das Avaliações Econômicas

Estas duas características da avaliação econômica nos leva a definir as avaliações econômicas como uma análise comparativa de cursos de ação alternativos tanto em termos de seus custos como de suas consequências. Portanto, a tarefa básica de qualquer avaliação econômica é identificar, medir, valorar e comparar os custos e consequências das alternativas que estão sendo consideradas.

Drummond et all (2015, p.4)

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Origens da Farmacoeconomia

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Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia

Secoli S.R et ali (2005)

A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997).

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Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia

Secoli S.R et ali (2005)

A importância dos estudos nessa área provém, não de justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997).

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Origens da Farmacoeconomia

A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997).

A importância dos estudos nessa área provém, não de

justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997).

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

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Origens da Farmacoeconomia

A Austrália foi o primeiro país a aplicar e elaborar diretrizes para a avaliação econômica de medicamentos.

Posteriormente, outros países, como Canadá, Inglaterra, Espanha e Itália iniciaram estudos nesta área.

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Origens da Farmacoeconomia

Na definição estabelecida por Townsend (1987) e usualmente difundida, a farmacoeconomia representa a descrição e análise de custos da terapia medicamentosa para o sistema de saúde e sociedade.

Neste conceito amplo, o termo engloba todos os aspectos econômicos dos medicamentos: o seu impacto na sociedade, na indústria químico-farmacêutica, nas farmácias, nos formulários nacionais, o que significa dizer que, quase, todas as áreas relacionadas a medicamentos são vinculadas a questões econômicas (Sacristán Del Castilho, 1995).

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Origens da Farmacoeconomia

A relação entre medicamentos e economia é estudada pela farmacoeconomia, a qual representa uma área da economia da saúde, que foi utilizada intuitivamente durante muitos anos, emergindo como disciplina no final da década de 1980, devido ao agravamento da crise financeira do setor da saúde e dos custos com medicamentos.

Secoli & Zanini (1999).

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Origens da Farmacoeconomia

Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos.

Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica.

Sacristán Del Castilho (1995).

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Origens da Farmacoeconomia

Economic evaluation of pharmaceutical products, or pharmacoeconomics, is a rapidly growing area of research. Pharmacoeconomic evaluation is important in helping clinicians and managers make choices about new pharmaceutical products and in helping patients obtain access to new medications. Over the last few years, the scientific rigor of this field has increased greatly. At the same time, new types of analysis, based on prospective data collection, have been developed.

Kevin A. Schulman and Benjamin P. Linas Annual Review

of Public Health, Vol. 18: 529-548 (Volume publication date May 1997)

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Questões Farmacoeconômicas

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Questões Farmacoeconômicas

- qual a melhor droga para um determinado paciente?

- qual a melhor droga para uma indústria farmacêutica desenvolver ou para um país investir?

- quais drogas devem ser incluídas num protocolo médico?

- qual o custo por qualidade de vida por uma droga?

- a qualidade de vida do paciente irá sofrer uma melhoria pela adoção de uma determinada terapia?

- quais são os resultados para o paciente das várias modalidades de tratamento?

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Quais são os Usuários das Avaliações Farmacoeconômicas

Administradores em Hospitais ou de planos de saúde;

Companhias Farmacêuticas;

Governo/Formuladores de Política Econômica;

Pesquisadores.

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O Que é Farmacoeconomia?

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O Que é Farmacoeconomia?

No caso de intervenções farmacêuticas, a

farmacoeconomia tenta medir se o benefício adicionado

por uma intervenção compensa o custo adicionado por

essa intervenção. A farmacoeconomia foi definida como

sendo a descrição e a análise dos custos da terapia

farmacêutica para os sistemas de assistência a saúde e

para sociedade. Ela identifica, mede e compara os

custos e conseqüências de produtos e serviços

farmacêuticos.

[cf. Rascati (2010, p. 22)] 40

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O Que é Farmacoeconomia?

A farmacoeconomia é a disciplina científica que avalia o

valor global dos produtos farmacêuticos, serviços e

programas para cuidados de saúde. Como resultado

natural da necessidade dessa avaliação, essa disciplina

aborda os aspectos clínicos, econômicos e humanísticos

das intervenções de cuidados à saúde, aplicados à

prevenção, diagnóstico, tratamento e gerenciamento de

doenças. A farmacoeconomia, então, fornece

informações críticas à ótima alocação dos recursos de

cuidados a saúde.

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O Que é Farmacoeconomia?

Insumos

Custos

Cuidados

de Saúde

Resultados

Desfechos

(Outcomes)

Os estudos farmacoeconômicos comparam os custos da adição de um produto ou serviço farmacêutico aos desfechos.

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Definição de Farmacoeconomia

A farmacoeconomia representa um valioso instrumento

de apoio para tomada de decisões, que envolvem

avaliação e direcionamento de investimentos baseados

numa distribuição mais racional de recursos, permitindo

aos profissionais conciliar necessidades terapêuticas com

possibilidades de custeio individual, das empresas

provedoras de serviços ou de sistemas de saúde.

Isto tem permitido incorporar um novo critério - o

econômico - na escolha de alternativas terapêuticas.

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Definição de Farmacoeconomia

Farmacoeconomia é uma ferramenta que auxilia na identificação de produtos e serviços farmacêuticos cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio.

A farmacoeconômica utiliza instrumentos de análise econômica para examinar os resultados ou o impacto dos diversos tratamentos alternativos e intervenções relacionadas com os cuidados em saúde.

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Definição de Farmacoeconomia

Farmacoeconomia é a aplicação das ferramentas da teoria econômica no campo da assistência farmacêutica, como a gestão de serviços farmacêuticos, a avaliação da prática profissional e a avaliação econômica de medicamentos.

A farmacoeconomia examina os custos e as conseqüências econômicas da farmacoterapia para o paciente, o sistema de saúde e a sociedade.

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Farmacoeconomia é uma disciplina que avalia o

impacto dos produtos e serviços farmacêuticos

nos resultados de saúde e custos para os sistemas

provedores de saúde e para a sociedade.

Definição de Farmacoeconomia

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmacoeconommics is a branch of health economics

which paraticulary focues upon the costs and benefits of

a drug therapy. A knowledge of pharmacoeconomics is

therefore vital for clinical pharmacologists who are

involved in promoting rational prescribing or in clinical

trials which incorporate an economic component.

Walley & Haycox (1997, p.343)

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Definição de Farmacoeconomia

Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos.

Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica.

(Sacristán Del Castilho, 1995).

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmacoeconomics may be considered to involve the study of how to generate the most benefit, enhance the patient survival and quality of life, and the effect of lowest overall cost. Or it may be considered to involve evaluation of a drug’s clinical, economic, and humanistic attributes, and their effect on health-resources utilization and costs.

Celia C, D’Errico (1998, p. S51)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmacoeconomics has been defined as the description and analysis of the cost of drug therapy to health care systems and society. Pharmacoeconomics research identifies, measures, and compares the costs (i.e, resources consumed) and consequences (clinical, economic, and humanistic) of pharmaceutical products and services. Within this framework are included the research methods related to costs minimization, cost-effectiveness, cost-benefit, cost-of illness, cost-utility, and decision analysis, as well as quality-of-life, and other humanistic assesments. In essence, pharmacoeconomic analysis uses tools for examining the impact (desirable and undesirable) of alternative drug therapies and other medical interventions.

Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 7)

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Definição de Farmacoeconomia

By definition, pharmaeconomics evaluations include any study designed to acess the costs (i.e., resources consumed) and consequences (clinical and humanistic) of alternative therapies. This includes such methodologies as cost-benefit, cost-utility and cost-effectiveness.

Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 9)

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Definição de Farmacoeconomia

A International Society for Pharmacoeconomics and

Outcomes Research - ISPOR define farmacoeconomia

como o campo de estudo que avalia o comportamento

de indivíduos, empresas e mercados com relação ao uso

de produtos, serviços e programas farmacêuticos, e que

freqüentemente enfoca os custos e as conseqüências

desta utilização.

(Pashos et al., 1998).

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Definição de Farmacoeconomia

O termo farmacoeconomia é utilizado, também, de

forma mais restrita como sinônimo da avaliação

econômica de medicamentos.

Nesta acepção, as análises consideram o custo e

resultados na escolha entre alternativas terapêuticas.

(Sacristán Del Castilho, 1995; Velásquez, 1999).

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Definição de Farmacoeconomia

A farmacoeconomia é a aplicação da análise econômica ao campo dos medicamentos.

A farmacoeconomia é a determinação da eficiência (relação entre custo e efeitos) de um tratamento farmacológico e sua comparação com as outras opções, com a finalidade de selecionar aquelas com uma relação custo-benefício mais favorável.

Herrera e Diaz (2000, p.65)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmaeconomics decribes and analyses the costs of drug therapy to health care system and society. It identifies, measures, and compares the costs, and consequences of phamaceutical products and services, with its research methods related to cost-minimization, cost-effectiveness, cost-benefit, cost-of-illness, cost-utility, decision analysis of life assesments.

K.C. Carriere & Rong Huang (2001, p.19)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmaeconomics is a process used to identify, measure, and compare the costs and consequences of relevant medical interventions (e.g. drug, services, diagnostic tests) and their impact on patients, health care systems, and society.

Susan K. Maue & Richard Segal (2001, p. 145)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmaecoecnomics is a specific form of health economics that is

restricted to pharmaceutical products. Pharmacoeconomics can be

described as a social science concerned with the impact of

pharmaceutical products and services on individuals, health systems

and society,as well as the description and analysis of the costs. One

of the primary gols of pharmecoeconomics is to determine which

healthcare alternatives provide the best healthcare outcome per

dollar spent. Pharmecoeconomics aims to improve the allocation of

resources for pharmaceutical products and services.

Wertheimer & Chaney (2003, p. 2)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmacoeconomics adopts and applies the principles and

methodologies of health economics to the field and

pharmaceutical policy (supply and demand for medicines).

Walley, Haycox and Bolland (2004, p.1)

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Definição de Farmacoeconomia

Pharmaecoeconomics is the branch of economics related to the most economical and eficient use of phamraceuticals; economics approaches are applied to pharmaceuticals to guide the use of limited resources to yield maximum value to patients, health care payers and society in general.

Arenas-Guzman , Tosti, Ray e Haneke (2005, p. 34)

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Definição de Farmacoeconomia

...Pharmecoeconomics identifies and attributes monetary dimensons to health interventions comparing their results to the results of similar interventions and the results of diferent interventions (which could well be the simple observation of health status). So, pharmacoeconomics allows the determination of the health gain can be achieved after investigating a speficic ammount of resources. In other words, pharmacoeconomics provides scientific criteria for decisions on the necessary amount of resources for a given area, during a given time, to provide more efficient and rational money allocation.

Tatsch & Vianna (2006, p.51)

60

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Farmacoeconomia: Conceito Dominante

A farmacoeconomia é dominada por um simples conceito teórico: o

de custo-efetividade.

O conceito de custo efetividade implica que nós desejamos alcançar

algum objetivo pré-determinado ao menor custo, ou,

alternativamente, nós desejamos maximizar os benefícios para os

pacientes gerados por uma dada quantidade limitada de recursos.

Para alcançar isto, nós usamos os instrumentos de avaliação

econômica para selecionar (escolher) as opções mais eficiente entre

todas as alternativas disponíveis para maximizar o benefício da

população atendida.

61

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A Relevância da Farmacoeconomia

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A Relevência da Farmacoeconomia

Pesquisa Farmacoeconômica

Pressões Políticas Administração

dos cuidados de

saúde

Orçamentos

Hospitalares

Marketing

farmacêutico Governo Federal Planos de Saúde

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Para que Serve a Farmacoeconomia?

O seu objetivo global é o apoio à tomada de decisão, identificando as intervenções farmacológicas que contribuem para maximizar o bem-estar relacionado com a saúde dos cidadãos, minimizando o custo de oportunidade num contexto de escassez de recursos. A função da farmacoeconomia consiste em identificar, medir e valorizar os custos e conseqüências das alternativas terapêuticas partindo do juízo de valor de que os recursos devem ser preferencialmente utilizados na produção de bens e serviços que geram maiores ganhos de saúde, em relação aos seus respectivos custos, observando deste modo o princípio normativo da eficiência econômica.

João Pereira e Carolina Barbosa (2009, p.9)

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Para que Serve a Farmacoeconomia?

Novas Tecnologias oferecem benefícios potenciais e custos adicionais Pagadores estão cada vez mais preocupados com Cuidados da Saúde e Custos Farmacêuticos

Análise Custo-Efetividade pode prover para pagadores:

– Reembolso

– Seleção de Tratamento

– Seleção de População de Pacientes 65

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Aplicação da Farmacoeconomia- Consequências de uma Má Decisão

Abandono precoce de uma linha de pesquisa

Redução de escolha clínica (importante em resistência, efeitos colaterais – antivirais, antibióticos, anti-inflamatórios)

Redução de competição

Redução de continuação de pesquisa (inovação incremental – usos específicos, outras indicações, grupos especiais, melhor conveniênica e tolerabilidade)

Fonte: Pharma ; Neumann PJ. Health Affairs 2000;19

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Possibilidades do Uso da ATS como Instrumento de Eficiência para

Política Nacional de Medicamentos (PNM)

ANVISA Secretarias de saúde

Hospitais, programa de Saúde da Família

Instância provedoras

Níveis de Gestão

Macro Gestão

Mesogestão

Gestão Clínica

Oferta de medicamentos

Financiamento de medicamentos

Uso racional de medicamentos

Registro

preço

Listas de medicamentos nacionais, estaduais e municipais

Guias de tratamentos clínicos, formulários terapêuticos

Cf. Mota t. all (2003,p.185) 67

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Princípios de Avaliação de Tecnologias em Saúde

Evidência Global

Aconselhamento Nacional

Implementação Nacional/Local

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Aspectos Relevantes em ATS Questão Exemplos

Quem solicitou o estudo?

Quem vais pagar por ele?

- Gestores de políticas públicas ou privadas;

- Provedores de serviços de saúde;

- Pagadores de terceiras partes;

- Representantes usuários

Por que uma avaliação é necessária neste momento?

- Nova Tecnologia disponível

- Mudança de uma tecnologia antiga

- Preocupações com a segurança

- Preocupações éticas

- Preocupações econômicas

Quais decisões o estudo vai embasar?

- Decisões de Investimento

- Licenças sanitárias

- Planejamento de capacidades

- Investimento em pesquisa futuras

Quem é o alvo primário do relatório?

- Gestores de políticas de públicas

- Pagadores de terceiras partes

- Administradores/Gestores Hospitalares

- Médicos/profissionais de saúde

- Pacientes 69

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Objetivos da Farmacoeconomia

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Objetivos da Farmacoeconomia

A farmacoeconomia busca prover os pagadores (governos ou planos de saúde), médicos e pacientes com uma informação explicita sobre o retorno, o investimento e as relação entre os dois.

Miller (2005, p.2), Pharmacoeconomics

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Objetivos da Farmacoeconomia

A farmacoeconomia adota e aplica os princípios e metodologias da economia da saúde ao campo dos fármacos e da política farmacêutica.

A avaliação farmacoeconômica utiliza, então, uma ampla gama de técnicas usadas na avaliação da economia da saúde num contexto específico da administração da saúde e medicina.

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Objetivos da Farmacoeconomia

A farmacoeconomia busca informar aos tomadores de decisão o custo-efetividade relativo das tecnologias em saúde e pode prover uma abordagem racional ao racionamento. Contudo, tais decisões podem estar limitadas por dois fatores:

(i) disponibilidade orçamentária (affordability) – se não houver recursos para financiar uma nova intervenção, independentemente de quão eficiente ela seja, então ela não pode ser fornecida.

(ii) motivos políticos: pode ser difícil recusar-se a aceitar uma droga, mesmo se ela se mostrar ineficiente.

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Objetivos da Farmacoeconomia

Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos.

Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.

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Objetivos da Farmacoeconomia

Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos.

Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.

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Objetivos da Farmacoeconomia

Today and in the future, health professionals must consider two factors in prescribing of recomending drug therapy that have not traditionally been considered. First, that resources are limited, and they must be spend wisely (efficently); sencondly, that health professional are responsible for the health of a population, and not just their individual pacients. In other words, the opportunity costs of their drug therapy decisions must be considered. Pharmacoeconomics can help clarify and quantify these factors.

Lon N. Larson (2001, p.17)

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Objetivos da Farmacoeconomia

For many years, particularly in the arena of medical care, it was suficient to show that the benefits of technology exceed its harms before using it. Now, in a world of limited resources for public health, officials must use resources as efficiently as possible and must demostrate that a technology delivers value for the resources expendend. By the same token, policies and programs should also be scrutinized for the value they deliver.

Teutsch & Harris (2003, p. 1)

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

Perspectiva é um termo econômico que descreve de

quem são os custos relevantes com base no propósito

do estudo. A teoria econômica convencional sugere que

a perspectiva mais adequada e abrangente é a da

sociedade. Os custos para sociedade incluem os custos

para a empresa de seguro-saúde, custos para o

paciente, custos de outros setores e custos indiretos

devido à perda de produtividade.

[cf. Rascati (2010, p.33-34)] 79

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

Perspective is the viewpont from which the analysis is conducted and refers to which costs and benefits are included.

[cf. Farnham e Haddix (2003, p.15)]

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

Determina quais custos são relevantes para a análise:

Sociedade;

Pagador;

Hospital;

Paciente;

Para o governo;

Para a indústria farmacêutica;

Para o pesquisador.

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos: Custos a Serem Incluídos nos Estudos

Exemplos de custos Paciente Médico Hospital Plano de saúde

Sociedade

Custos Médicos Diretos

Tempo do médico não sim sim sim sim

Outros (enfermagem, etc) sim não sim sim sim

Drogas sim sim sim sim sim

Instrumentos médicos (seringas, ultrasom) não não sim sim sim

Testes de Laboratório não não sim sim sim

Custos Diretos não médicos

Administração não não sim sim sim

Facilidades físicas (clinica) não não sim não sim

Infra-estrutura (telefones/eletricidade) não sim não sim

Custos de deslocamento do paciente sim não não não sim

Cuidados temporários sim não não não sim

Custos indiretos

Tempo de visita médica sim não não não sim

Tempo doente e em recuperação sim não não não sim

Contratação de empregada de apoio sim não não não sim 82

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

A perspectiva é um ponto fundamental quando consideramos qualquer avaliação econômica, isto é, qual é o ponto de vista considerado no estudo conduzido - o do serviço de saúde – onde somente os custos diretos são considerados – ou do ponto de vista social, onde são estudados também os custos indiretos.

De um modo geral, a perspectiva social é considerada a mais apropriada.

Walley, Haycox and Bolland (2004, p.10)

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

La perspectiva se refiere al punto de vista desde ele que se lleva a cabo la evaluación, indentificando al agente social que utilizará los resultados del estudio para tomar decisiones com más información y datos. Dependiendo de la perspectiva elegida, habra de incluir em el estudio um tipo de coste y de resultados, por lo que al final el resultado del estudio podrá ser diferente según la perspectiva escogida.

Alvarez, Javier Soto (2012, p.24)

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As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

Pharmacoeconomic outcomes may be measured from three perspectives: societal, institutional, or individual. The perspective chosen is often determined by the nature of the query. For example, it may be desirable to determine the cost of a health care intervention to society as a result of an inquiry into a potential reduction in gross national product. Alternatively, managed care institutions need cost evaluations of health care interventions as a method of formulary development. Finally, individuals may want to know the cost of a health care intervention to determine the change in their quality of life; the cost of medications and other health care interventions may mean not having enough left over for other activities. Just as each of these perspectives asks a different question, each answer requires the evaluation of a different set of costs.

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

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Aplicação dos Estudos

Farmacoeconômicos

Os dados oriundos dos EFs têm ampla possibilidade de utilização na sociedade e compreendem:

1) autorização da comercialização de medicamentos, 2) fixação de preços, financiamento público de medicamentos, 3) suporte nas decisões sobre investigação e desenvolvimento na indústria

farmacêutica, 4) definição de estratégias de marketing na indústria farmacêutica, 5) incorporação de medicamentos em guias farmacoterápicos e suporte na

tomada de decisões clínicas. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

Na fixação do preço de medicamentos, cada vez mais, são incorporados resultados de EFs, com a finalidade de situar o valor terapêutico do medicamento justificando o seu preço no mercado.

Esta estratégia é utilizada para negociação de preços com as

autoridades sanitárias, de forma que um determinado medicamento, quando comparado a outra alternativa, possa apresentar um menor preço dependendo das suas vantagens terapêuticas.

Os resultados dos EFs podem servir para negociação de preços com

ambulatórios, hospitais e setores de assistência médica suplementar.

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

Os EFs podem auxiliar na decisão quanto ao grau de financiamento público de medicamentos e quais serão estes agentes.

Nos sistemas de saúde de cobertura universal existem listas de medicamentos que, muitas vezes, são totalmente financiadas como, por exemplo, os medicamentos imunossupressores para pacientes transplantados.

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

90

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

A indústria farmacêutica é um dos setores da sociedade que mais tem incorporado os EFs como suporte nas decisões de investigar e desenvolver novos medicamentos.

Os EFs ajudam na definição de estratégias de marketing, auxiliam na modificação de preços, na inclusão de medicamentos em formulários e recomendações terapêuticas.

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

91

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

Outra finalidade desses EFs é auxiliar as Comissões de

farmácia e terapêutica existentes nos serviços públicos e

hospitais, na decisão de incorporar medicamentos nos

guias farmacoterápicos. Estas comissões são

responsáveis pela elaboração e manutenção atualizada

de guias de medicamentos.

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

92

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

A aplicação clínica dos EFs pode, também, beneficiar pacientes, profissionais envolvidos na assistência e a sociedade como um todo, incrementando a qualidade da assistência prestada e racionalizando os recursos.

O suporte nas decisões farmacoterápicas pode ser em relação à inclusão do medicamento no guia; à seleção de uma determinada terapia para um paciente; e à normatização da utilização de medicamentos caros, entre outros.

[cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

Os planos de saúde aplicam estudos farmacoeconômicos na prática de gerenciamento da doença, que significa estudar quais as doenças crônicas e opções de tratamento que permitem aumentar a sobrevida e reduzir os custos globais.

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Avaliação Econômica

A avaliação econômica consiste num conjunto de técnicas e procedimentos metodológicos destinadas a avaliar o impacto ou cursos alternativos de ação sobre o bem-estar da sociedade.

O objetivo das avaliações econômicas são o de ajudar a tomar ações racionais, isto é, decidir de forma coerente, levando em conta determinados objetivos e restrições.

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Avaliação Econômica

A avaliação econômica se centra na identificação, medição ou valorização dos efeitos que se supõe tenham uma relação direta com o bem-estar da sociedade.

A avaliação consiste em determinar-se os efeitos derivados de se seguir uma das várias opções possíveis em uma situação que envolva escolha e compara-los em termos de sua eficiência social, isto é, de maximização do bem-estar-social.

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Avaliação Econômica em Saúde

O que se pode avaliar em saúde: (i) um tratamento cirúrgico; (ii) um tratamento farmacológico; (iii) uma estratégia terapêutica; (iv) o lugar mais adequado para ministrar um tratamento

(administração hospitalar ou domiciliar); (v) o momento mais adequado para iniciar um tratamento.

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Por que Avaliar?

A justificativa fundamental da avaliação econômica em saúde é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios potenciais.

Assim, busca-se maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se em conta todos os efeitos que daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente a alocação de recursos.

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Por que Avaliar?

Na economia da saúde, as preocupações com políticas requerem que se avaliem

alternativas regular e sistematicamente. Assim como indivíduos racionais desejam fazer

as melhores escolhas considerando as limitações de recursos, os governos também

enfrentam restrições nas suas escolhas em função da disponibilidade de recursos. Por

exemplo, legisladores e outros formuladores de políticas têm de decidir se vão gastar

mais em assistência preventiva ou se vão dar mais apoio a instalações de tratamento

agudo, ou talvez à pesquisa médica. Quando o governo regula, os seus próprios gastos

podem ser relativamente pequenos. No entanto, as conseqüências econômicas de suas

regulamentações podem ser muito grandes, e uma atenção correspondentemente

grande tem que ser dispensada à avaliação de cenários alternativos. Os economistas

baseiam tais decisões no conceito de eficiência.

[cf. Folland et. Al, (2008, p.106)]

99

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Por que Avaliar?

A eficiência econômica existe quando a economia

aproveita todas as oportunidades para extrair o máximo

de benefícios por meios voluntários. ... Para se obter o

resultado eficiente para a sociedade é preciso que se meça

a disposição dos consumidores, como refletido na

demanda, contra os custos dessa produção para

sociedade.

[cf. Folland et. Al, (2008, p.107)]

100

Page 101: Introdução à Farmacoeconomia€¦ · A economia da saúde estuda como os recursos são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito. A produção de assistência

Avaliações econômicas procuram

auxiliar sobre decisões de alocações

de recursos e não tomá-las.

Drummond, Michael F. et al, JAMA 1997;277:19:1552-1557

Por que Avaliar?

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O Plano de Custo Efetividade

A fim de refletir de modo preciso os custos de oportunidade de uma nova intervenção uma comparação deveria ser feita com relação a próxima melhor alternativa (controle ou comparador). Os custos incrementais e a efetividade incremental de uma intervenção pode ser plotada num plano de custo efetividade.

O plano de custo efetividade consiste de 4 quadrantes nos quais os custos incrementais estão no eixo vertical e os efeitos incrementais estão sobre o eixo horizontal.

102

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?

O Plano de Custo Efetividade

Custo

Efeito

Alto

Melhor

? Rejeita o tratamento A

Adota o tratamento A

A Efeito

Piora

Custo Custo

103

Page 104: Introdução à Farmacoeconomia€¦ · A economia da saúde estuda como os recursos são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito. A produção de assistência

O Plano de Custo Efetividade

104

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Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos + requerido ; - não requerido

[cf. Kolbelt (2002, p.15)]

País Negociação de Preço Decisão de Reembolso

Decisão sobre a inclusão em formulários

Bélgica - + +

Dinamarca - + +

Finlãndia + + -

França + + -

Alemanha - - +

Itália - + -

Holanda - + +

Noruega + + -

Portugal - + -

Espanha - + -

Suécia - + +

Suiça + + -

Reino Unido - - + 105

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Custos em Farmacoeconomia

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Bibliografia Sugerida

Rascati,K.L.(2010). Introdução à Farmacoeconomia, Porto Alegre, Artmed. (cap.2)

Drummond, M.F et al. Methods for Economic Evaluation of Health Care Promagrammes. Cambridge, Cambridge University Press. (cap.4)

107

Page 108: Introdução à Farmacoeconomia€¦ · A economia da saúde estuda como os recursos são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito. A produção de assistência

Bibliografia Sugerida

Drummond, M.F e McGuire, A. (2001) Economic Evaluation in Health Care. Oxford University Press (cap.4)

108

Page 109: Introdução à Farmacoeconomia€¦ · A economia da saúde estuda como os recursos são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito. A produção de assistência

Guidelines

https://www.ispor.org/PEguidelines/countrydet.asp?c=32&t=1

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Termos de Custeio

Por que calcular custos?

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Pressões sobre os custos em saúde

Gastos com

saúde

Novas

Tecnologias

Aumento na

demanda

Aumento das

expectativas

Envelhecimento

da população

Problemas

estruturais

Regulamentação

Governamental

111

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Custos em Economia da Saúde

A análise dos custos em saúde envolve a identificação, mensuração e valoração de todos os recursos que são usados nos cuidados em saúde. O objetivo aqui é valorar o uso dos recursos escassos (materiais, drogas, tempo dos médicos, tempo dos pacientes e etc.) que são necessários para produzir certos efeitos em saúde – os desfechos (outcomes) da intervenção. Assim, podemos ser capazes de ponderar os sacrifícios contra os ganhos da intervenção e determinar a necessidade relativa de uma determinada intervenção.

cf. Drummond e McGuire (2004, p. 68)

112

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Custos em Economia da Saúde

Custo de aquisição: o preço de compra de uma droga, dispositivo ou outra intervenção de cuidados à saúde, para uma instituição ou pessoa.

Custo permissível: a cobrança pelos serviços prestados ou suprimentos fornecidos por um provedor de saúde que se qualifica como gastos a serem cobertos pelo pagador do seguro ou do governo.

Custo auxiliar: a taxa associada a serviços adicionais, tais como trabalho de laboratório, radiografia e anestesia que são realizados antes e/ou secundariamente ao procedimento principal.

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Custos em Economia da Saúde

Custo evitado: um desperdício financeiro potencial (de utilização de recursos) que é evitado pelo uso de uma intervenção alternativa de cuidados à saúde, tipicamente comparado ao padrão.

Custo intangível: custo atribuído à quantidade de sofrimento que ocorre devido à doença ou à intervenção de cuidados à saúde. Este custo está crescentemente sendo incluído nas avaliações de utilidade.

Custo do próprio bolso: porção do pagamento que recai sobre um indivíduo a ser feita com seu próprio dinheiro e recursos, ao contrário da porção paga pela seguradora. Por exemplo, co-participação e os custos dedutíveis são custos do próprio bolso.

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Por que avaliar e medir custos em saúde?

A justificativa fundamental da avaliação econômica é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios potenciais.

Assim, se se deseja maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se em conta todos os efeitos que daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente a alocação de recursos.

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As análises do tipo custo da doença são importantes para criar um conjunto de informações necessárias tanto à decisão sobre prioridades de investimento em saúde quanto para verificar o impacto da implantação de ações e programas no setor da saúde.

Por que avaliar e medir custos em saúde?

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Termos de Custeio

Os custos são calculados para estimar os recursos (ou insumos) que são utilizados na produção de um bem ou serviço.

Os recursos utilizados na produção de um bem ou

serviço não estão mais disponíveis para a produção de outro.

Com base na teoria econômica, o custo “efetivo” de um

recurso é o seu custo de oportunidade – o valor da melhor alternativa abdicada ou da melhor opção “seguinte” – e não necessariamente a quantia que troca de mãos.

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Como Descrever os Custos em Saúde

Custo / tratamento

Custo / pessoa

Custo / pessoa / ano

Custo / caso prevenido

Custo / vida salva

Cost / QALY (quality-adjusted life year)

Cost / DALY (disability-adjusted life year)

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Custo Marginal

(For a population of 10,000, costs include stool tests and barium-enema examinations on those found positive)

From Neuhauser and Lewicki (1975)

2,451176,33171.94206

2,268163,14171.94175

2,059148,11671.93854

1,811130,19971.90033

1,507107,69071.44242

1,17577,51165.94961

Average cost per case detected (£)

Total costs(£)

Total cases detected

Number of tests

Table 1: Number of cases detected & costs of screening with sequential guaiac tests

(For a population of 10,000, costs include stool tests and barium-enema examinations on those found positive)

From Neuhauser and Lewicki (1975)

2,451176,33171.94206

2,268163,14171.94175

2,059148,11671.93854

1,811130,19971.90033

1,507107,69071.44242

1,17577,51165.94961

Average cost per case detected (£)

Total costs(£)

Total cases detected

Number of tests

Table 1: Number of cases detected & costs of screening with sequential guaiac tests

119

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Custo Marginal

47,107,21413,1900.00036

4,724,69515,0240.00325

469,53417,9170.03824

49,15022,5090.45803

5,49230,1795.49562

1,17577,51165.94961

Marginal cost (additional cost per

additional case detected (£)

Additional costs(£)

Additional cases detected

Number of tests

Table 2: Changes in cases detected and in costs of sequential guaiactests

47,107,21413,1900.00036

4,724,69515,0240.00325

469,53417,9170.03824

49,15022,5090.45803

5,49230,1795.49562

1,17577,51165.94961

Marginal cost (additional cost per

additional case detected (£)

Additional costs(£)

Additional cases detected

Number of tests

Table 2: Changes in cases detected and in costs of sequential guaiactests

120

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Custo de Oportunidade

Custos de Oportunidade

Custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a empresa (hospital, clínica, serviço de saúde, médico etc.) não empregue seus recursos da maneira mais rentável.

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Custo de Oportunidade

The principal justification for including cost analysis in evaluation of health care is that resources are scarce. Whenever a cost is used for a particular intervention this means that these resources are not available elsewhere. This is what economists refer to as ‘opportunity cost’. As there is always a choice about how to use resources (including doing nothing), using systematic methods to determine costs and benefits ensures that resources are allocated in the most appropriate way. This may involve comparisons between health interventions or between different providers. Comparison of the distribution of resources between different regions, countries or populations is an important tool is evaluating equity. … A cost analysis can also be used to identify the money spent on an intervention and to give a proper account of its use. It is a useful tool for planning a service, particularly when considering whether it will be sustainable and for estimating the resources that could be liberated from terminating a service.

Smith, Sinclair, Raine e Reever (2005)

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Reflete o volume de recursos usados, sejam humanos, materiais ou monetários.

Admitindo que existam dois programas (A e B) de saúde diferentes e os recursos disponíveis permitem a execução de apenas um deles.

Assim, o custo de oportunidade de A é dado pelos benefícios econômicos que o programa B poderia determinar se fosse implantado.

Custo de Oportunidade

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Custo em Saúde

Os custos de oportunidade em saúde referem-se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente.

O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.

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Custos de Oportunidade

“Opportunity costs, means that the real cost of a health care programme’s implementation is not the number of dollars appearing on the programme’s budget, but rather the health outcomes achievable in some other health care programme which have been forgone by committing the resources to the first programme.”

Michael Drummond et.all (1997).

126

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Custos Totais

Em economia os custos totais são obtidos através da multiplicação das quantidades utilizadas de um determinado recurso (q) pelo respectivo preço.

Assim, o primeiro passo para determinar corretamente os custos de um programa de saúde corresponde à identificação e quantificação dos recursos relevantes para a situação em questão.

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Categorização dos Custos

(i) custos diretos médicos;

(ii) custos diretos não médicos;

(iii) custos indiretos;

(iv) custos intangíveis.

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Categorização dos Custos

Não-Médicos

Diretos

Indiretos

Intangíveis

Médicos Diretos

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CUSTOS DIRETOS

São os recursos consumidos diretamente

no tratamento ou na intervenção. Podem

ser médicos ou não-médicos.

CUSTOS INDIRETOS

Custos indiretos estão

relacionados as perdas para

a sociedade resultantes da

doença ou seu tratamento

(impacto na produção)

ex. perda de produtividade

CATEGORIAS DE CUSTOS

CUSTOS MÉDICOS

hospitalizações,medica

mentos, exames,

próteses, honorários

etc

CUSTOS Ñ-MÉDICOS transporte do paciente,

alimentação, residência

temporária etc

Medição dos Custos em Saúde

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Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

Os custos diretos médicos referem-se aos insumos médicos utilizados diretamente para prestar o tratamento.

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Custos diretos são aqueles relacionados diretamente aos serviços de saúde, que implicam dispêndios imediatos, de identificação objetiva, correspondendo aos cuidados médicos e não médicos.

(Bombardier & Eisenberg, 1985; 1989; Lew et al., 1996).

Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

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Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos - Exemplos

- medicamentos; - consultas; - internamentos; - urgências; - monitoramento de medicamentos; - administração de medicamentos; - aconselhamento e consultas com pacientes; - exames diagnósticos; - hospitalizações; - atendimento ambulatorial; - atendimento no setor de emergência; - atendimentos médicos domiciliares; - serviços de ambulância; - serviços de enfermagem.

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Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

Fonte de Dados

- periodicidade do registro da informação;

- processo clínicos (hospitais e/ou consultórios);

- painéis de médicos;

- inquéritos da população;

- Base de doso dos grupos de diagnóstico homogêneos;

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Custos Diretos:

Fixos

Não variam com o volume de serviços prestados.

Variáveis

Variam com o volume de serviços prestados.

Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

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Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos

Os custos diretos não médicos são custos dos pacientes e famílias que estão diretamente associados ao tratamento, mas que são de natureza médica.

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Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos

- custos de transporte para recebimento da assistência à saúde (ônibus, gasolina, taxi, etc);

- assistência não médica relacionada a condições de saúde (entrega

de refeições no domicílio, serviços domésticos); - pernoites em hotéis durante a assistência a pacientes e família de

fora da cidade; - adaptações domiciliares; - custo de ida e volta ao hospital, clínica, ambulatório etc;

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Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos

Como identificar?

A melhor forma de identificar estes custos diretos não médicos é normalmente através de pesquisas dos doentes.

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Categorização dos Custos: Custos Indiretos

Os custos indiretos envolvem custos que resultam da perda de produtividade em virtude de doença ou morte.

Os benefícios indiretos são, que são economias atribuíveis a se evitarem custos indiretos, são aumentos nos rendimentos ou produtividade que ocorrem divido ao programa ou a uma intervenção médica.

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Categorização dos Custos: Custos Indiretos

Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo ante o processo de adoecimento ou mortalidade precoce.

Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença.

(Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996).

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Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo diante do processo de adoecimento ou mortalidade precoce.

Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença.

(Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996).

Categorização dos Custos: Custos Indiretos

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Categorização dos Custos: Custos Indiretos

- perda de produtividade do paciente (redução dos salários);

- perda de produtividade para um acompanhante não remunerado (membro da família, vizinho, amigo, etc);

- perda de produtividade devido a mortalidade prematura;

- aposentadoria prematura;

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As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos

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As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos

Há três abordagem para se medir os custos indiretos nos estudos de farmacoeconomia:

1) abordagem do capital humano (human capital

approach); 2) abordagem da disposição a pagar (willingness

approach). 3) abordagem da fricção (friction approach).

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Definição de Capital Humano

Capital humano é o conhecimento, as habilidades e a experiência que tornam um indivíduo mais produtivo e, assim, capaz de auferir rendas maiores durante a vida

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Definições de Capital Humano

Gary Becker (1962) - capital humano é qualquer

atividade que implique num custo no período corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento.

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Os Investimentos em Capital Humano

Gary Becker's most noteworthy contribution is perhaps to be found in the area of human capital, i.e., human competence, and the consequences of investments in human competence. The theory of human capital is considerably older than Becker's work in this field. His foremost achievement is to have formulated and formalized the microeconomic foundations of the theory. In doing so, he has developed the human-capital approach into a general theory for determining the distribution of labor income. The predictions of the theory with respect to the wage structure have been formulated in so-called human-capital- earnings functions, which specify the relation between earnings and human capital. These contributions were first presented in some articles in the early 1960s and were developed further, both theoretically and empirically, in his book, Human Capital, written in 1964.

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Método do Capital Humano

O método do capital humano é um método de estimativa da relação custo-produtividade na ausência de preços de mercado.

Esse método estima o valor do capital humano como o valor presente dos ganhos futuros do indivíduo.

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Método do Capital Humano

O método do capital humano é usado para obter uma estimativa do capital humano de um indivíduo.

O capital humano consiste das posses individuais, tais como conhecimento, habilidades e outras características que contribuam à habilidade do indivíduo para produzir.

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Método do Capital Humano

A perda de produtividade associada à morte, doença ou lesão usando a abordagem de capital humano é o valor de mercado daquela contribuição futura do indivíduo à produção, se ele tivesse permanecido em saúde plena.

Por conseguinte, o método é usado para estimar o custo da indireto da doença.

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Método do Capital Humano

A abordagem do capital humano é uma forma de medir benefícios indiretos. O CH estima perdas salariais e de produtividade devido a doença, incapacidade ou morte.

A abordagem do CH pressupõe que o valor dos benefícios à saúde seja igual à produtividade econômica que eles permitem.

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Método do Capital Humano

Os dois componentes básicos para o cálculo do CH são

os seguintes:

(i) taxa salarial (salários, ver PNAD);

(ii) tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da

doença (obtido em relatório próprio).

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Método do Capital Humano

As taxas salariais devem ser baseadas na população média, e não nas de pacientes específicos incluídos no estudo.

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Método do Capital Humano

O método do capital humano não incorpora valores para dor e sofrimento se esses valores não tiverem impacto sobre a produtividade (ex. menopausa, queda de cabelo).

[cf. Rascati (2010, p.115)]

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Método do Capital Humano

A abordagem do capital humano é o método mais usado para medição dos benefícios indiretos.

[cf. Rascati (2010, p.115)]

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Na abordagem do capital humano, os custos indiretos geralmente são avaliados com base na morbidade, incapacidade ou mortalidade prematura.

A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

A abordagem do capital humano pressupõe que o valor de benefícios a saúde seja igual à produtividade econômica que eles perdem (que seria igual a taxa de salário de mercado).

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

Existem dois componentes básicos para o cálculo do capital humano: a taxa salarial (w) e o tempo perdido (t – medidos em dias ou anos) em decorrência da doença.

As estimativas de renda podem ser obtidas, no Brasil, a partir de dados da PNAD, RAIS etc, ou qualquer outra fonte de dados que forneça estimativas de renda baseadas em gênero, idade ou ocupação.

O tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da doença por der obtido por relatório próprio.

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

Na abordagem do capital humano estima-se o valor presente das renda futuras de um indivíduo. Esta abordagem tem sido usada principalmente em aplicações legais que requerem estimativas dos danos causados.

Ela estima também a perda em termos do PIB (produto interno bruto) resultante da mortalidade e da morbidade ou ainda dos ganhos de produção resultantes da poupança e da extensão da vida dos indivíduos.

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

A incapacidade pode ser temporária ou permanente. Ela é aplicada aos indivíduos que fazem parte da população econômicamente ativa de um país.

A incapacidade permanente refere-se a perda permanete do produto do trabalho no mercado ou doméstico devido a uma doença. A quantificação da perda de rendimento geralmente é baseada no pressuposto de que as pessoas incapacitadas, se elas pudessem trabalhar, iriam ter a mesma experiência que a população em condições similares.

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

Os custos indiretos na abordagem do capital humano são vistos como os rendimentos presentes e futuros, perdidos pelo indivíduo como resultado de uma doença.

Os indivíduos são assumidos que poderiam produzir durante a tempo que permanecem no mercado de trabalho e poderiam ser valorados do mesmo modo que os indivíduos que estão no mercado de trabalho em condições saudáveis, ceteris paribus.

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A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach): Críticas

- A teoria do capital humano não mede da disposição dos indivíduos a evitar os riscos de acidentes, morte ou doenças e nem mede o que um indivíduo estaria disposto a pagar para reduzir os riscos dos mesmos. Isto é feito pela abordagem willingness to pay.

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Economics of Renal Disease

Objective: verify the impact of the Chronic Renal

Disease on the incomes [Labor Market].

Data Source: Pesquisa Nacional de Amostra por Domicíclios (PNAD)/1998, a Brazilian Household Survey.

Method: Quantile Regression (QR).

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EARNINGS AND CHRONIC RENAL DISEASE

Equation:

2

0 1 2 3 4 5 6logW E S I I D C

θ (0,1)

W: log wage/hour; E: years of education; S: gender;

I: years, D: dummy for CRD; C: dummy for color

There are separate regressions by gender.

Sample of the men and women among 18-55 years.

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Results from OLS and Quantile Regression MQO RQ .10 RQ .25 RQ .50 RQ .75 RQ .90

Sexo -0.359 -0.308 -0.324 -0.359 -0.383 -0.378

(78.23)** (35.28)** (64.00)** (65.71)** (54.43)** (42.75)**

Estudo 0.141 0.122 0.130 0.141 0.147 0.150

(258.33)** (111.90)** (172.00)** (215.07)** (212.91)** (162.88)**

Idade 0.874 0.717 0.793 0.878 0.947 1.014

(54.74)** (32.77)** (36.49)** (40.93)** (39.98)** (26.61)**

Idade 2 -0.088 -0.077 -0.083 -0.089 -0.093 -0.099

(38.52)** (24.66)** (27.27)** (29.00)** (26.64)** (18.08)**

Branco 0.104 0.101 0.110 0.108 0.104 0.101

(23.36)** (12.76)** (19.25)** (18.28)** (20.66)** (12.80)**

Renal -0.111 -0.112 -0.132 -0.119 -0.115 -0.103

(8.33)** (4.72)** (7.15)** (7.91)** (5.77)** (5.26)**

Const. 0.246 -0.127 0.051 0.233 0.485 0.744

(9.30)** (3.51)** (1.39) (6.66)** (12.93)** (12.00)**

R2 /

P.R2

0.44 0.1704 0.2155 0.2610 0.3033 0.3213

Estatística t entre parênteses. ** Estatisticamente significante a 1%. Nº Observações: 111.988

170

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Willingness-to-Pay Approach

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Willingness-to-Pay Approach

O método da disposição a pagar busca avaliar tanto os aspectos indiretos como intangíveis de uma doença ou condição.

Ele busca determinar quanto as pessoas estão dispostas a pagar para reduzir a chance de um desfecho adverso de saúde.

172

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Willingness-to-Pay Approach

De acordo com a teoria do bem-estar, o benefício que um indivíduo recebe de um serviço ou intervenção é definido como a disposição máxima que um indivíduo está disposto a pagar pelo serviço ou intervenção.

O benefício para a sociedade da intervenção é a soma da disposição a pagar de cada indívíduo.

173

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Willingness-to-Pay Approach

Nesta abordagem, a vida é avalida de acordo com o que

os indivíduos estão dispostos a pagar por uma mudança

que reduza a probabilidade de morte ou doença.

Esta abordagem é útil para indicar como os indivíduos

valorizam a vida e a saúde quando deriva-se

preferências sociais para políticas públicas.

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Willingness-to-Pay Approach

A abordagem Willingness-to-Pay determina os custos indiretos quando são consideradas as preferências dos indivíduos.

Esta abordagem busca mediar o montante monetário máximo que um indivíduo estaria disposto a investir para preserver sua vida ou saúde para limitar os fatores de risco e saúde.

Esta abordagem é utilizada nos EUA, Inglaterra, Australia e países escandinavos.

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Willingness-to-Pay Approach

Vamos assumir aqui que um tratamento é introduzido e que desloque o seu status de saúde de um estado de doença específico (HD) para um de plena saúde (H*).

A disposição a pagar é igual ao montante máximo de

recursos monetários que você estaria disposto a pagar pelo tratamento que restaurasse a sua plena saúde enquanto mantivesse o mesmo nível de bem-estar geral ou a sua utilidade.

Se você tivesse que pagar mais do que este máximo, a

perda de renda iria mais do que compensar o ganho de bem-estar devido a mudança no estado de saúde.

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Willingness-to-Pay Approach

0 Y1 Y0

Willingness-to-Pay

Renda (Y)

Utilidade (U) U(H*)

U(HD)

U*

177

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Willingness-to-Pay Approach

A disposição a pagar é uma medida de quanto um indivíduo valoriza uma determinada melhoria na saúde.

Isto varia entre indivíduos e depende da severidade da doença bem como da disposição e capacidade de trocar recursos monetários por saúde.

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Willingness-to-Pay Approach

Visto que a disposição a pagar varia entre os pacientes, tanto devido as diferenças nas preferências como na renda, a curva de demanda é negativamente inclinada, indicando que mais pacientes irão escolher o tratamento a preços mais baixos.

Na figura abaixo, a área sob a curva de demanda representa a disposição a pagar pelo tratamento (a soma da disposição a pagar de cada paciente).

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Willingness-to-Pay Approach

preço

Total de pacientes dispostos

a pagar pelo tratamento

0 Todos os

pacientes

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Averting Behavior Approach

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Averting Behavior Approach

O método de averting behavior examina as medidas preventivas tomadas para evitar a exposição ao risco ou mitigar os efeitos das doenças.

Os investimentos realizados em medidas preventivas são usadas como uma proxy para a disposição a pagar (willingness-to-pay) para evitar uma doença particular.

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Friction Costs

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Friction Costs

O método de atrito de custos (friction cost method) é um método de estimativa da razão custo-produtividade na ausência de preços de mercado.

Esse método estima o valor do capital humano

quando outro trabalhador, proveniente do lote de desempregados, substitui o valor presente dos ganhos futuros de um trabalhador, até que o trabalhador doente ou ausente retorne ou, então, seja substituído.

186

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O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap e Ineveld (1992), Koopmanschap e Rutten (1993) e Koopmanschap et al. (1995) como uma melhoria do método do capital humano.

Segundo esta abordagem, a teoria do capital humano representaria uma medida potencial do valor da produção perdida devido a doença ao invés da perda corrente.

[cf. Sculper (2004, p.102) in: Drummond e McGuire (2004)]

Friction Costs

187

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Friction Costs

O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap at al. (1992) como uma melhoria do método do capital humano.

Os custos de fricção mede somente a perda de produção

do indivíduo doente até o momento que um novo trabalhador (previamente desempregado) o substitui. Além disso, os custos de contratação e treinamento devem ser também incluídos.

O pressuposto subjacente do método de fricção é que a

economia não está sempre operando na situação de pleno emprego.

188

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Friction Costs

O método dos custos de fricção é um método de estimação dos custos de produtividade que busca calcular as perdas de produção durante o período de substituição do trabalhador doente, isto é, entre o início de sua ausência no trabalho e a sua substituição definitiva.

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Friction Costs

Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável.

Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo despendido na susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamento para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.

190

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Friction Costs

A abordagem dos custos de fricção adota uma abordagem social que leva em conta apenas os custos da substituição entre os trabalhadores.

Na prática ela leva a menores custos do que a abordagem do capital humano, mas parece ser mais realista.

[cf. Walley, Haycox e Bolland (2004, p.95)]

191

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Friction Costs

A abordagem dos custos de fricção é baseada na idéia de que o pico de perda de produtividade de um trabalhador depende do tempo necessário que uma empresa requer para substituí-lo obtendo um nível similar de produtividade.

[cf. Rychlik (2002, p.18)]

192

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Friction Costs

Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável.

Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo associado a susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamentos para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.

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FC X HC Holanda (1988, bilhões de gilders)

Koopmanschap at al. (1995)

Categoria de custos Capital Humano Custos de Fricção

Ausência do trabalho 23,8 9,2

Invalidez 49,1 0,15

Mortalidade 8,0 0,15

Total 89,9 9,5

% da renda nacional líquida

18% 2,1%

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Friction Costs

O método do custo de fricção surge em meados dos anos 1990, em contraposição ao método do capital humano.

O método do capital humano estima potencialmente a produção perdida (rendimento bruto) e reflete o investimento na educação, no treinamento e na experiência no trabalho.

O custo de fricção é definido como um método no qual o custo incorrido corresponde àquele entre o período de saída do trabalhador doente/incapacitado e o momento em que este trabalhador é substituído - período de fricção. Esse custo tem relação direta com o tempo em que a organização restaura a produção

195

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FC X HC Holanda (1988, bilhões de gilders)

Koopmanschap at al. (1995)

196

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A Aborgagem de Drummond e col. (2005)

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A Aborgagem de Drummond e col. (2005)

Drummond e col. (2005) sugeriram uma categorização alternativa que incluía quatro categorias a seguir:

(i) custos do setor de assistência à saúde;

(ii) custos de outros setores;

(iii) custos do paciente e da família;

(iv) custos de produtividade.

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Custos do Setor de Assistência à Saúde

Os custos do setor de assistência a saúde referem-se os recursos médicos consumidos por entidades de assistência a saúde.

Esses tipos de custos são similares aos da definição de custos diretos médicos, mas não incluem custos diretos médicos pagos pelos pacientes (franquias, co-participação nos pagamentos) ou por outras entidades não relacionadas à assistência à saúde.

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Custos de Outros Setores

Referem-se aos custos que algumas doenças e tratamentos causam sobre outros setores não relacionados à assistência à saúde, como os setores de habitação, serviços domésticos, e serviços educacionais.

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Custos do Paciente e da Família

Os custos do paciente e da família incluem os custos do paciente e de sua família sem considerar se são de natureza médica ou não médica.

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Custos de Produtividade

Os custos de produtividade são análogos ao termo econômico custos indiretos.

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Custo de Oportunidade em Farmacoeconomia

Os custos de oportunidade em farmacoeconomia referem-se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente.

O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.

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Os Resultados em Farmacoeconomia

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Os Resultados em Farmacoeconomia

Outcome é um termo clássico que traduz resultados, impactos ou conseqüências de intervenções na saúde, podendo ser expressos em unidades monetárias, clínicas e humanísticas.

Os outcomes podem ser multidimensionais, dependendo da

perspectiva da análise. Por exemplo, os profissionais de saúde preocupam-se com os outcomes clínicos dos tratamentos.

As empresas financiadoras de serviços de saúde têm focado suas

decisões nos outcomes aferidos em unidades monetárias. Por outro lado, os pacientes, cada vez mais participativos do processo de decisão em relação à saúde, mostram-se interessados nos outcomes humanísticos (Detsky & Naglie, 1990; Bootman et al., 1996).

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Os Resultados em Farmacoeconomia

As investigações de outcomes são realizadas no intuito de identificar, medir e avaliar os resultados finais dos serviços de saúde.

Na terapia medicamentosa, usualmente são adotados os outcomes relacionados à mortalidade, razão de cura, adesão do paciente, qualidade de vida, entre outros.

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Os Resultados em Farmacoeconomia

Eficácia diz respeito aos benefícios, conseqüências, resultados, outcome do medicamento quando utilizado em condições ideais, situação que, habitualmente, ocorre nos ensaios clínicos em que há seleção dos pacientes mediante estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, controle rigoroso da evolução clínica do paciente e vigilância rigorosa do cumprimento do plano terapêutico.

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Os Resultados em Farmacoeconomia

A efetividade é entendida como a medida dos outcomes, quando o medicamento é utilizado na prática clínica diária, ou seja, nas condições habituais reais.

Destaca-se que a efetividade é freqüentemente menor que a eficácia (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996).

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Os Resultados em Farmacoeconomia

Eficiência representa a relação entre os recursos financeiros (custos) e os outcomes utilizados em determinada intervenção.

Assim sendo, a farmacoeconomia busca determinar, entre alternativas terapêuticas, qual é a mais eficiente, e qual destas produzem os melhores outcomes, segundo os recursos investidos. Trata-se, portanto, de uma área de conhecimento em que são comparadas as eficiências das estratégias usadas na saúde (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996; Ugá, 1995).

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Os Resultados em Farmacoeconomia

A condução das análises farmacoeconômicas segue o modelo de análise econômica proposta inicialmente por Bombardier & Eisenberg (1985) e depois adotada por outros, em que são consideradas as seguintes dimensões: custo, perspectiva e tipo de análise (Guyatt et al., 1986; Eisenberg, 1989; Jolicoeur et al., 1992).

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Resumo

O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde.

O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.

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Algumas palavras finais ...

It is important to remember that the discipline of

pharmacoeconomics is still in its infancy and wide range of

fundamental, theoretical and practical issues remain to be

resolved.The manner in which technical issues are

adressed is likely to shape the future structure of

pharmacoeconomics. In particular, a topic of major

concern is the technical development and appropriate role

of economic modeling withing pharmacoeconomics.

Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 170) 219

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Algumas palavras finais ...

Pharmaecoeconomics is a young science and needs much futher development. It needs to keep its theoretical base within welfare economics and health economics needs to work more closely within clinicians and other health professionals. There will be technical developments in pharmaecoecnomics – some of which will be little more than fashions, some dead ends, but many will develop the science and allow it to progress. Unlikely many aspects of medical science, pharmacoeconomics exist not in academic isolation but will be shaped by changes in social and economic policies. As a social science improves, pharmacoecnomics will become, quite appropriately, an increasingly important factor driving health policy in the future.

Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 174)

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Resumo

Farmacoeconomia - constitui-se num método útil para estabelecer valor de intervenções em saúde da tentativa de avaliar o impacto da utilização do fármaco nos custos médicos totais.

No momento de registro e lançamento de um novo fármaco o valor econômico e clínico verdadeiro não é completamente conhecido.

Métodos farmacoeconômicos auxiliam os tomadores de decisão em saúde.

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Resumo

O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde.

O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.

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A Necessidade de Educação Farmacoeconômica

There is a need for pharmacoeconomics education at many levels. Although the specifics of traning may differ based on factors such as the target audience, experience level of students and the desidered level of education, some standardisation should be considered.

There is a global need for more training in pharmaecoeconomics.

RASCATI, K.L, DRUMMOND, M.F, ANNEMANS, L e DAVEY, P. Education in Pharmaeconomics: An International Multidiciplinary View. Pharmacoeconomics (2004).

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A Necessidade de Educação Farmacoeconômica

There is a strong need for education in the field of pharmacoeconomics and outcomes research. However, when teaching to an audience in this field, there should be clear objectives in terms of the desired outcomes of the education process. An outcomes-based approach provides better clarity for teachers about the goals to be achieved, and makes it easier for students to know what they are expected to learn. Universities and health professional bodies increasingly use outcomes-based learning.

Fonte: http://www.ispor.org/education/learning_outcomes.asp

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You Tube

http://www.youtube.com/watch?v=CV6u0aPLysk

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FIM

Introdução à Farmacoeconomia Aula #1

Giácomo Balbinotto Neto

(UFRGS/IATS)