Inventaste
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Inventaste um cozinhado magnífico, que produz efeitos fantásticos em quem o prova. Que cozinhado é esse? Quais são os seus ingredientes? A quem o dás
a provar? Que efeitos produz?
Olá, eu sou o Josué e sou conhecido por saber fazer ovos mechidos. Fico
triste por saber que tenho capacidades para cozinhar, mas não cozinho.
Quantas crianças gostavam de ter a minha sorte, poder comer o que
gostam, com variedade.
Peguei no livro de receitas da minha mãe e tentei
criar, a partir do meu prato preferido, um parato muito
melhor, em que todos os alimentos que fornecem
energia estivessem interligados e que oferecessem o
dobro da energia. Bacalhau à Brás ou Esparguete à
Bolonhesa. Bem, escolhi o bacalhau que sempre é
mais nutritivo que o esparguete e comecei a reunir o
que precisava em cima do balcão. O prato era simples,
mas feito com todo o meu carinho e dedicação. Como
era amador, precisava de uma mãozinha que me ajudasse e essa mão era a
mão da minha mãe, que me apoiou nesta iniciativa. Quando estava a reunir
os ingredientes, lembrei-me que necessitava de uma panela grande e fui a
correr à loja de culinária do sr. Joaquim. Ele vendeu-me a metade do preço,
o que ainda sobrava para comprar uns bombons.
Estava uma maravilha e a minha ajudante aprovou.
Enquanto estava a comida ao lume, liguei rapidamente ao Sr. António e
pedi-lhe urgentemente um avião com o mínimo de cinco frigoríficos.
O sr. António estranhou mas, como o informei que a minha mãe tinha
conhecimento de tal, lá deixou.
Decidi voar até ao Quénia, porque é um país Africano onde a pobreza é
vista realmente. Voei sentado ao lado do Sr. Durão Barroso. Ele disse que
eu era uma criança muito solidária, que ajuda os outros, difícil de
encontrar.
Assegurei-me que a comida chegava ao seu verdadeiro destino. Por isso,
insisti em ir até às dez aldeias onde a comida se destinava. Quando eu
entrei Numa das aldeias, vi realmente o que é ter fome e não haver o que
comer, o que é ter frio, e não ter o que vestir, a pobreza ali era bem
vísivel, e isso era aterrorizador,
estas pessoas eram grandes
lutadoras.
Por vezes, temos a noção de que existe pobreza no Mundo, mas quando
está à nossa frente, o cenário muda completamente.
Fiquei muito feliz ao ver finalmente um sorriso na cara daquelas crianças
carenciadas. Era estranho ver o entusiasmo que eles tinham ao ver a
comida.
Conheci meninos muito simpáticos e todos me agradeceram muito.
Comunicávamos em inglês mas como a minha avó diz “As crianças
comuncam-se como ninguém” , e era verdade a harmonia entre nós era
tanta que parecia que falávamos a mesma língua.
Arranjei novos amigos, os meninos quenianos são muito simples. Em
Portugal, os meninos acham que toda a comida é má, mas lá tudo o que é
comestível vai à boca. Ali sim, o provérbio: “A fome é boa cozinheira”
adequava-se perfeitamente.
Fiquei muito feliz por ter ajudado aquelas crianças porque, se fosse
comigo, também gostava de ser ajudado.
Josué