I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO...

63
I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO A AQUISIC;:AO DA LINGUAGEM ESCRITA, UM PROCESSO CONSTRUTIVO Curitibn 2003

Transcript of I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO...

Page 1: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO

A AQUISIC;:AODA LINGUAGEM ESCRITA, UM PROCESSO

CONSTRUTIVO

Curitibn

2003

Page 2: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

PRISCILA ZUCARELLI RIBEIRO

A AQUISI(:AO DALINGUAGEM ESCRITA, UM PROCESSO

CONSTRUTIVO

Tmb:tlho de COl\clu~o de ClJrso :1preSt~ntada.o CUI"'!iO de Pedagogia dn Fm:uldndc deCi~IH:,ias Hum,m:l:). Lelrus e Artes daUniYcrsid",de Tuiuti do Pamn:i..Orientndom: Prof'. SO[;U1gC': Mendes Oliveira.

Curitibu

2003

Page 3: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

JIf YE:!~~~.~~~~~'~~~~!'~~d'R~~~~U P UNlVERSlDADE nmrn DO PARANA

FACULDADE DE CmNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTESCURSO DE PEDAGOGIA

TERMO DE APROV A<;:AO

NOME DO ALUNO: PRJSCILA ZUCARELLI RlRElRO

TiTULO: A AQUISICAo DA LlNGUAGEM ESCRffA: UM PROCESSOCONSTRUTlVO

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;AO DO GRAll DE L1CENCIADO EM PEDAGOGJA. URSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES. DA

UNlVERSIDADE TUJUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA

DATA: 18/l2 /2003.

CURlTIBA- PARANA2003

O-r»~i. "",,:\;w;"':~ml)<m"'M!:"'R.1o'\I~!Ii,oMM. m·aa"~.'<*Ie·tEf''''''IIIO-»#.F~M:(.tIUl 'NIO:~o: f~1)3" ni~G.rt;f'U'Oa..o'horti:~~Cl""JJl; .••••I!,",-:.~·tt.lllf",,4I).a-<hQ'I.CI':""!SI~IR.f.n~:'ll)_OH"F .•:lil)JW07il~ruoCII&m,..~"",:Jtv. "'alCltli".C'M"'I'Ii.l~<>1.IiB· Mcfdot· (:t:1"1D"1).ts)· F.tn.,(41) Ul ;tnIF_ t.',J.)11l10Catn,..~'U"':R<.."'J~N~.17J.IA~~"",0!P"~O·lC4·F"''''i~li'1)",,4:fJft;(41)17j$/OoUC"""'fUI ••••'OJ".Jbain:f,'r_<;!.o..im.I»."""'-.CEI"IJ.,O'*."*~«I~t).»'J4~JF""flj)m..a4ta"""'"_lIIocll;uJ, •.•.•Otrni~n~."..-* •••••C\l.f••••it...rt;J·NIIn1rm.·CLjl-U10D·!'XI.Ff'I\.e:141l:AlltltJllf1;n:(41)utlnl=':.-:~"t;.c:::~1)(f,.". •. 1••. JMJi1I'i••.lr;q.CO'tb!1i-IJI'3.F_(~1Im~:'IF:a:(~1)W14'"

Page 4: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

Acradccimt:llt(J~'

A minha ftunili:t. que no de«')rrer de-sin

caminhitda sempre cste\'t! ao meu Il'Ido.

A minim orientndora, I}rol". Sohmgc Mendes Oliveim.

pelll sua dedicar;!'io :1:0 me rientnr.

A tOOosqll~ direts au indirelnlllenic cOlltribuinnn

p:tm (1 realiz.'lr.;:ilodesta pe.squis."l.

Page 5: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

SUMARIO

H.('SUIlIO .•.••••••••.•••••..•......................•••••••••.••••••••••••.•••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•••••.• 5

INTRODUc;:AO .....................••...........•.........................................................•.•................... 6

CAPiTULO 1

1.1 A ALFABETIZAC;:AO: ONTRIBUI<;:OES DE TE6RICOS 8

CAPiTULO II

i.1 A AQUISICiiO DA LlNGUAGUEM ESCRITA: UM PROCESSO

CON. TR TIVO ... . 19

2.2 EMiLIA FI:;RREIRO E A AQUISI<;:iiO DA ESC RITA 21

CAPiTULO III

3.1 PESQUISA DE C MPO ...

3.2.1 Ob.ieti,'o:; da Pes-qui a de Cnmpo :!-~.2. Mctociologin d;t PCsqUis..1 ...

3.2.3 Trnb.'1lho tu.lliz.."ldo ern sala .

3.2.3.1 Alh·idndc I..

. _5

. 26

. 26

.............................................................. 26

3.2.4 Apresenlm;!o l~Anlilise. das Ath·idadcs ..... ....29

CONCLUsAo .......................................•.............•............................................•........•....... 59

REFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS .....•...............................•.•................................... 61

Page 6: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

RESlIMO

A pre-sentt:: pesquisa Ie-Ill como objeth desJ.-~rt.ar llrtS criam;as 0 gosto pela cscrilne, pur::."issO. recorremos its hist6rias infantis, procurando desenvnlver a eriatividadee inh.·rprct.u;iio. 0 cstudo basciH-se !las propoSl!.lS ~prese:ntndas lft1f EmiliaFerreiro, cujn perspe<.~tivn construtivisla leva a umn retlcJffio e compreensAo dosprocess-os qut' (}t'orrern desde: primciro contalo dn criam;a COlli a ("seriln. ate 0momento em que cIa domina e~te instmmento cultuml sabe,ndo u~Ii-lo em sunsfUIl~&s ~ cntclldcndo-o como uma representnyno. trnvl~S da peSqUiS.1 de campo,identificu-se darnmentC' que ,1Shist6rias iurantis e um dos pontos de:tcnninantes noprocess() de uquisi~~o da lil1gung~111 cscrit.'l, pois atnl\'i!s deste instnllnento ascrinnyas podcm scntir cm~Oes importantes. tomo tri~tezn. mivfi. 0 bem-estnr. 0

medo. a alegria e,tc. Mas a importancia das hist.6rins infantis vni ak~mdo pmzerproporcion~do, pais Cltrnves dela constatn-se que a crianya cOl1le~a a e.ntender HnanJfeZil 1:.1esc-rita aIfnbCticn e tamoom faz irnportantes desc.' bertns. . endo assim,ajudam a crinm;o. it entender melhor 0 mundo, dcspt~rttlm a sua ·imagim-tc;ao,l~uriosiditde e fht'ilitam a construvuQ do conb ·imentc,. Pam :malisar as Icmativasde escrita nilS prudw;:3e••i das cri:myas. b..<t.')c:unO-IlOsn s nivcis de aquisi~io daescrita apresentad s por Elllflin Fe.rreiro.

Pahi.vfa-{·hav<'.; construyrio da escritll: nivcis de uql1isi~;io da escrita.

Page 7: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

INTRODU(:A.O

o presentc trabalho pretende ebbornr um eShldo sobre a aquisir;:1o da

linguagem cscrita atraves de urn enfoquc construtivistn, para isso, recorremos ashistorias infnntis com 0 objctivo de despertar nas crian~as 0 gosto pcla escritn,

assim tmremos infomla~oes pam os profcssores da Educa~;lo Infantil.

Scguindo este objetivo, pretclldemos investig.1T 0 desenvolvimento inicial

da linguagcm esc rita. segundo Ernili~l Ferreiro e Slk'lS contribuic;ocs.

o aprcndizudo da linguagem cscritn e essencial pam 0 desenvolvimento da

criam;a e se d6., sobrctudo, por um proccsso de auto-constrw;.uo. no confronto e

intem~ao da crian't3 com 0 seu meio.

Emilia Fcrrcim comprovuu que os ~irios mctodoos c t~n:ltet;i:lI com "hun :l Elvorcccr 1\(''OI'llrrr.:cn~io c 0 dQrninio ds lciturtt c c~rilil pdlt crianQJ.. 3.Slim como O'J 1($1e," dematuridMlc, li~ln de hahiliJadel mown." c perccptivU •..tclllportlil. nlu do 5uiiei;:nle~JXlr.1;ltin~ir u c1(ilo dcsc:jado no pmceuo de lcitur;s c t..'IoCrit!1. Por i~. CH;t odU(~3dor!tbuscou n;J. lcori;,. de JCJ.n Pia,,,·t a c1(p[i~lo 1IObrc 0 dclo.'I1VolvimcnlO ilil crbnp 11(':l11ldekr C (''Krc\'cr. do ponto de \'il1.:1I..'OSllilivo. (RIBElRO, p.34)

Diversos estudiosos e autores tern contribuido pam a cvolw;ao dos

processos cducacionais. prorxmdo teorias diferentes. Tais tcorias ncm sempre

concordam em todo5 os aspectos. mas t0m possibilitado, quando conhecidns e

compreendidas, um novo entendimcnto do desenvolvimento da crianya.

intlucnciando de forma importante as <.lQocscm c5colas de educu(j:ao infnntil.

A funQuo primordial cia linguo.gcm cscrita e 0 contuto social. a

comunicarrao; isto quer dizer quc 0 desenvolvirnento do. linguagem e impulsionudo

pcla nccessidude de comunicayfio.

Destu manciru, pretende-se que a crian'rl:l entre em contato com 0 mundo da

escrita de forma signiilcativa. E preciso oJerecer a ela lim ambientc rico em

estimulos, levnndo-a perccber que tudo 0 que possa ser imaginado, pensndo e

falado pode ser cscrito por ela.

Assim, este trabaUlO pretende fundamentar a hip6tese de que p:ml

desenvolvcr <l capacidade de esc rever c ° gosto pela escrita, a e5col~t tern de

Page 8: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

lllobiliz6.-los intemnmente, pais aprcnder :l escrever re~llIer c-sfo~o. Precisam

lorna-los confiantes pam pode-rem desafi~lr-se a "aprtmdt:r fitze.ndo". Uma priitica

de escrita que naa dcsperte c cultivc 0 desej de (.~scre\"·r. nilo e uma pmtica

pedag6gicu eiicie-1l1C.

Dcstn m:meirn. se hOllver um maior conlato com as hist6rins infuntis desde a

pr~-escola. a cri~nc;.a podent desenvolver 0 gosto pcb leituril e e.scrirn. desdc ent:l0.

c <.:onsC'~uir rganiznr melhor as id/ ias com cocrencia e criatividade e, desla. [anna.

podern cheg.tr ao saber elnbomdo em 10005 os aspectos. principalmenle I1nescriLtt.

Pam i. so. fi i de.senvolvida uma pesquisrr na E~c()ln Mllnici, al Reino do.

LQlU:inhn, CQm a particip.'1Yuo de- vinte, e quntro criall'Yas. na faixa elfiri:1 entre

quatm e ('inco :11105. A ativid"de proposm foi urn;l hist6ria lida pela pmfes50m e

rel:jslmdcl peJas criall~n5 ~traves dl' desenho. bUS(.·.tUldodes(;.~llVolvcr a imngina~50.

it criati\"idade G a tt'nlati,"a de csnim.

tmbalho ("Sia dividido em lrus capitulos. 0 capitulo 1.1 tmta das

cOnlribuil,:ot'.s de c,duc.adores pam a alfhbctiz!tyao. pais qucllldo se obscrva e ~'e.

avulia 0 qurllli c:rtdn ~ril1n~a ja snbe. antes de se imruduzir lim novo cOl1cc:ilo em

:mla de Hulu. esHi Sf' colocando em pnltica. meSIllO scm se dar con tn. as id&ias de

varios pe.squis:1dores.

o capitulo 2.1 train dn linguagem escritn como urn processo conslmtivisla,

mostrando que as cri~lm;us se nlfubetizolll elabornndo c testnndo hipOte.-cs aeeren

da l6gkn do fi.mc.ionalllcnto dn Ifngu!t esc-rit:!. Mas e vnlidCl reualtar ({ue 1150e por

que Q aluno pnrticiJXl de forma dircm dn c,onstnl(;ao do sell conhecimento que 0

professor nile pn.-cis."l; ensiIH\-lo. Cnbc ftO professor organiznr ntividttdes qU('

fuVOrt"(,::UlI a reilextlo dn criany.:l sobr n esc-rita. pon:lue ~ pt:nsand(l '-Jue ela

nprende. Bite capitulo nbordaro a posi(,".t10Emilia Fem:iro e. a aquisir;:do da eserita.

o cupitull) 3.1 tmtn da peSqUiS:l de campo. que npresenm as alividades

renliZlldns pelas triam;as. Essas ali,'idades (tpre~enmm-se ~eIX1rudas ~Ios nivei$

ou fases da escrita em !Jue as criHn~~l!:'se e.ncontram. Uma condus~o en{'crr.lnl. 0

trnb.;'llho.

Page 9: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

CAPiTULO I

1.1 ALF BETlZA ';\0: CONTRIBUI OES DE TE6RICOS

Neste c;-'pituio. apresentl'l.remas as cc.mtriblli~Oes que educnd res como

Freinet. Pinget, Vygotsk.'}' e Emilia Ferreiro oferet~em p."l.rn a prntica pedag.ogic:!.

com 9. crian~n pre-c!l:colar. A alfntx·,tizac;Iio km sid umo questao bnstnnte

discutida por aquclcs que :se Pn:'. CUP.11l1 com a edUCl1t;Jio e com as dificuldadcs

docorrentes da aprelldizagem escolar.

1.1.1 CELESTIN FREINET

Freinet fbi urn dos mais importnntes cdllcnd res da ahmlidade,. Ntt."icCU na

Frnllf;3 ('Ill 1896 e faiec,eu em 1966. Teoricnmente. baseou-se nos psic61ogos de

sell tempo, como C'lapru-ed~ e rerriere. Foi profes!S r primurio c. cOm ml, fbi

quem pela primeim \l('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll um III \'imento de

renovm;ilo na cducn~10. S~g.lllld 0 ~ducndor, qu.l[quer cri:uwa podc chegar ao

domfnio da iinguagem esuita de nlcmi."ira natural. isto t, S(,nl passor p,,\os melodos

trndicionais de ensino. Nas ,mias de Frcinet. n crian~'n nua sO tt:Il1 um I itl)C'1 :ltivo.

m;-ts.'1. C5COin.eo que 6;\ contllllUlc;ao natural da vida da familia c dQ rneio social.

o educador procurou dar fnais vida <10ensin e, l'nlre 3S experi\:nc.ias feitus.

desrncf\v<lIll"'.Se <1:$ "aulas pa.'!scio·', mL"i quais 0 professor IcvavH os alunos a um

p:tSseio. (osseo num p..1.rquC'. 1l1iIn zool6gico, num mUSeu. et.. Freinet "ill nesSHS

flubs a oportuIlidnde de unUl ac;ao educntiv." com sellS aiunos, mas alert:wu que

Icvar ~ltllnnn a uulas-passcio !laO fuzin do professor um pr:tlicllnte destn pc.dngog.ia.

Pam ell'. em pre(:i,so c0l1siderar:1 I"e!1.iid."1de em que os ahmos estao inseridos.

rreinct afirmn"~l que it educlIJ;:Ao cleve ter orig.em no crinn~a. sendo assim.

procuruu l~onhecc-In pelns suns proouyoes espontaneas. ('.OIlIO pm exemplo.

convcr~.ilS livre£, comp si~ao livre de pequenos textos ~ dC5enhos iivrt"s. Ele roi

tambem pert'eocndo qu~ esses proCL'!...~SOS de investign91Io eram tambem me-ios

Page 10: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

cducntivos. Por isso. n;\.5 dasses em que se :J:plic:t 0 metodo Freifle!. 0 professor

pede :\0 aluno que desenhe u que Barre oralmclltc m:ontecimentos de sun vid:l.

ussim como suus observ(t(;5es e ex:peri~nciss. Do resultndo des 'es relat.os omis Oll

dos de.senhos slIrgcm as composi~:oes livres dos nlul1o§. que silo lidas em cbsse Oll

enviadns:1 outrns classes, IXlm que O~demais alunos tambem ns lei!Ull.

o educador encomjou assim os nlunos a produzirem textos e de.senhos

livres. substituindo de-sse modo ;tS redm;3c.t.; impost!tS e os desenhos ~em intefC'sse.

A pn'(X:\J~ / iC':l lk: Freinel em reali7Ur urn tr"Nlho toJUCJ.ti\"(!qu<: i~~~ntivJ.JIfjC<)'1cdu~ndo. Il fttl;ar(; ~ ('Si.:rC\·crmdlmr c de fom\il m!til fluentc. l'ilr.t 3tingir ...,tc obje.:tivo cnmti\"ur Q) ~~tud.''Ult•..'" ti Ikpc.rfciQl)3r os i~rtlmC!1\i" dtl su:l t"~,,~ t','I{)Ont3nm.~rdudg 3 dlpT\' Qo('ril:t, int/"Odluju 111\CICOI~on.;k kekofl(t\"l urn.! !llo)<.juim1deimprimir. Ek ~.Jbriu i» mtlliipl(ll ~r\"iQ;!l!l qur a irnpf'i.:mu pode 1'I~,;tf ti <::l'C()1!t t:~ lUll uti1i7~'Vtlo 1~~1'3cditAf rn:tl<.:ri::a\ cs';;riIO pct\) pr6pri05 I1luoos. i\ imprNl$l.c, •.Qlar .• 1,fm de s.cf um Rx::urSI\)tni.••.i,,:.dt!r n!J ;tpn:fldiz"fCTll J::a kilum <: ott orrittt.d.,.-,cm'U",·c:& !iw(; 'prMI5lo do IIlurll1, &\'t.'ft."Cemin:t<'~)fllllni~~l.l. (HAYDT, 1/X)7.p.~2oj

Essa utilizu~ao da imprensn na esc la leva:t pedagog,ia {k~Fre.inet:1 asslimir

unm dimensCi,o muis amplQ, pois tOrllll-se um ml"'io de cOlllunic-ayao e de troca dt,

informaljioes.

o <tutor sugere tam1X:m n projeyao de fihnc$ e prop5e fl utiliz,ac;.io da

bibliotetn {'stolar, que denominn de "bibli teca do trabalho", p.:'l11l~l ("onsulta c

pe.sqUi~IH-L Pam 0 educador. as livros didMicos existentes nn bibliotecn est'olar

servem pam serem consultndos pel s alunos, mns nno devem st'r lIsndos como

manuais.

Pam substituir os manuais, Freinct sugcre 0 uso de llchnrios. cujm; fichns

sao elnboradas dC'acortlo com s centrt)s de interesse rstudndos e impren~1. escolar.

Essns nc.Jm~ constituem ullla d(!cull'lenla\~~\o lltil p..lra a pniticu dos centros dl!

inH."rcs5e.

Os ficharios induclIl h{is tipl1s de tichas:

1) fichus de documentac;.3o: c(mt~m lextos dos contClldQs IlIftis diversos:

2) fichas de C!xereicios: cant 'm uma scri~ de cxercitios ~ proble.11la~ graduRdos:

3) tkhas cit.:'alltocorre~ao: ('~olltem a:s respostns dos e.xercil~i s.

Page 11: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

Assim. Freim·t integra em sua pcdag gia 0 met do dos centros de inteN:5se.

P:lf3 de. toda tcntativa dn crii1.n~:t tem um objetivo. uma finalidade que

precisa ser ilumillildn por ntividDdcs c nstrutivns.

Freinc,t (apud ELIAS. 2000, p. 125) divide em cine as fhst.~s lia aquisit;ao

d.1 esnitn:

l".frlSl~ - fase do grnfismo simples Oll !laO difcrenciadQ. cri:lJ1<;n utiliz3-!5c dc

gnranljas. I:r-lfisllloS scpamdos ou lif!..'1doSpor linhas CUfvas C quebmdas.

2"/flU - f••se do g,r.lfisll1o dilercnci3do Oll jUstflpostO. 05 grnfismos comcvnm a se

l-lproximnr das formas das letras c dos lIL1memis. Nessa f.9.se, a crian~a j:i c('JIl'l.ec;:a a

diferenciar desenho c cscritn.

j"last' - fase dt.\ illlitm,:uo da escriln: uliliz.1~ao de letms do pt . priQ nome: ou nomeS

conhccidos. com rcpeti~o e automatizayiio do gratismQ const'guid . Pelo mctodo

natun:ti .••criantycl procum interprcltlr seus desenhos e sua (:scriltt.

·rfttSC - fase da utilizac;ao dos sinuis conveneionais (Ietms (';IllUner05 . ('om ou scm

\'illor sono A c,ri~H19ajft percebc que hfi regras e forma! l1x8s a imitar. om~c;a

a intcrpretm e reproduzir text s (' a s licitnr reterencias :-lOS adult .IS.

j" }iJ$(' - fuse da escritn ulfhbcirica. A criru~a domina e identifit·!\ Lim ntunero

r.:lzo:1ycl de p.1.lanHs e salle se comunic,flr par eSl,rito. E (} COI11~O da escritn

c nscienle, dn qual a (;riallytt m10 sc sep;:trani mnis.

Freinet \'~ 0 cducad r como nquele que I11l!deil'l a constrw;.i do

conhecimento peb crinn~;n. Ao relatar a (;;v lu~'u('J do proces~o d(! aquisi<riio do

g.rofi~mo pda criuny;:-t. 0 nutor indiel'l. as forma'S tecnicas des.o;,c nu:dliQ que. pam de,

Suo tnrefa por exccl~ncia do educndor que quer contribuir p:mt a fOnlHU;aO e as

aqtlisi~Oes dH crinnlfa.

A cril1l'l\~ \!\cMui IHttUNhm,'fliC (ku r<••bi:!;C;o~~ ~nho. dCpi:!j, l\ imiiN;, " Ik» sinJ.i$tp1iiccoJ ik J'lht\Tol!1 C d<.~ letI'U. ! utili~!lo tk r;tlnl'.lJ t: o;iruillo.. IJ:lru J.....K1l\Qhl.'t' ('Ill

pl"flot k'fllPf"C m:li. etlmplcxO$, II ~pcri~1li:"i!l ~nu.d.l. (juc ll'cdd"oo.J"\1 l:ISUll c:xpr~.I'am J. ,;:rim~a :t:I.tcnJ..--r de" um.l f~ (l Olltru 6 [It.''CI.~riu. K~Un.Jo Frcin~'t. qUe" UIll nan)cknwnlO inl(·r\·cnh!l. "m 0 {ftul nlo hi ru7l\o do: r..:r ('~~..ril,*. D;ii 'll import nt:i~ do~~~imul •• (~ill )),It'iblcia, de ClpttOlf ti cri.an('ll \~minh~ no proprio rilma. (ELIAS, 2000,p.12')

Page 12: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

II

Para esse eciucndor, ninguem aV<lncn sozinho em sua aprcndi7.ftg.em. A

coopera~u 6 fundamental.

o m\~(!do Fn:ill\:t ""lii!iu;J ;:'liprcalo ctPC1nt TK':!'Jo :.Iuno l; ine.:ntl\';I (1 J~'udll"'lo l'SCriUl

de tcxtm lin\!l. N;t~ d~" t'fll que Ie ~111i1;':,\Q ,istcm!i FrdtXt. 0 \\\!mo C ~irnul:ulo ;t

"'_O(I't'\.~r-1>C.:i imprimir. \;(!lillxm:ir, ~'OInulli\.."ar c L'Ofn~'laIltkr-:k' ,';!I'Il ootroJ. 0fun.;bm.-nt,ll r. descm-oh'Cr ()'j nleio, de cx,~ orJ.J I' CM;ritll em umlt 3tmMfcra (K-1.:"ipl'nl!i!lCiJ;sd(.~.,; opfOI'.lr:l. tatum] curlmiJ~ck ~ ati\;iilidi.-.:kd alum». rHA YOI'. 1\197.1'.12~}

1.1.2 JEAN PIAGET

NtL'icido ntl Slli~a. em 18 G, Illima familia rica e culta. aQS ~cte anos ja se

intcressnva ~ r estudos cientfficQ5. Bioi go de fonmu;5.o. csnldou Filosotia e

dOlltor u-st' em Ci~llcin:') Natumis nos villte- 0;;: dais .mos. Em 1923. h1l190ll A

Linguugf'm c: 0 rt'1I.5(IJllen/() no CrirUl{:a, 0 primeiro de. sellS mnis de sessellinlivros.

Faleceu em 1980, nn lli~ft. Aos vinte c qualm .anos. deciicoll-se a PsiC'ologj3..

tic.ando n-unoso por SU:L"i pesquisas no campo da Psicolog,ia do Desenvolvimento.

A partir de sells estudos experimentnis. claborou uma teoria do descnvolviment

menm!. que tem grJnde int1w?m~ia na Pcdftgogia contemponinca.

o psic61ogo des('·obriu qlle () descllvolvimento P!tSSl:l r dClerminndas

etap..'ls e que ,_ucla limB delas e carncteriwda por um tiPl de estrulufa mentnl que

detemlinn a cOllciuta I ssivel. isto e, a tonna de comportmnento no periodo.

Segundo Cmidy (2001, p.30, "n te ria pillgetiann ~firll1n que conhecer

signiftoa inserir 0 objet do conhecimento em um determinadQ sistema de relncoes.

partindo de um.a m;ao cxeclltndn sobre referido objeto. Tal processo eml Ive,

pt)li nto. n capacidtlde de organizar. estruturor. cntender e po~terionnente. com n

:lquisiyAo d3 f:lla, expJic.·u pensamcntos e 8y res. Dessn fanna. n inteligenc.iu \'ai-~c

aprimornndo na medidn em que a criany.1. eSL:'1ook"C' contato com 0 mundo,

experimcntnndo-o ativamclll. Par exemplo: ao peg..'1r um objcto. bebe tern

opommidude de explo1.l.r e observnr de- fQnnn menta. pen:ebendo suas

pr priechldes: nos poucos. vHi cstubelccendo rcla~,t)es com outros objet os. Tal

cXlXrie-ncia t. fundamental p-"1rasell process) de descnvolvimento:'

Page 13: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

12

Piaget preoclJPou-se mnis (XHl1 estudo do desenvoivimC;-llto mental au

C(lg.nitivo. isla e, com a dcsenvoivimento da f.i nIlS como os indi\·fduos t'.onhect~111

() mUllein e, lerior e com ele se reiacionnm. Dividiu entAo. este c:studo em qualm

e'logios. spud PILEIT!. 1995. p. 210)

o primeiro pe,riodo e 0 .<C:~I/J'Orio-mo((}r. qu cstende-se do ll:lscime-Ilto :1.tJ-

os dois atlas de idnde-. Ncsse esUigio. a criall~:l esta ccntmda e"m si mesma e toons

as n:liu;6t~S que estnbele<.:t.~ sao feiuls em func;,Glcl de sell proprio corpo. 0

desenvolvimcnto da inteligencia se divide em tres eSl~gios: reflexos de fl.lndo

he-redimrio: organizn~a da!! percep<;:Oes c hilbitos: e inteiigencia pratie:!.

o segundo period e 0 prc-opc-racimwl. que e~tellde-se do! dois ano!) de

idade nt~ 03 setc. anas c e IllJrc;tdo pclo ~tpnn:..cimento da linguag,c'JlI com trt...."i

cOllseqUe-tlcias para n vida mental: n) socializacao da RyaO. com lroC!iS entre os

individuos: b desenvolvimento do pcnSl'llllento, a partir do pensalllC'nto verbal:

tin.tlismo (0 porque , ::lllill1ismo e artiticinlisl1H: c) deselwolvimento da intuic;.ao.

o tcrceiro pcriodo codas o/Jerllri)C.'f CUllcrl!ltJs, que st' estende dos set~~

nl105 ate os d ze 3nos e e marr.ado IX~lo dc~tlvolvimel1to do pens.qmento 16gico

sobre coisas concretrls: comprccnsAo dtlS reln~'&s entre coisas e cnpacidade pum

classitic<1r objet()s: SUpCl1lv:lO do egocentrismo ci.1.linguagem: apnrec.imr:nto di:t:i

n090es de conscrva~io d,' 5ubsta'H.~jn, peso c volume.

Eo iiltimo pe.riodo e 0 d"s operac;op.\-jl)l'!1wis, que sc eSlende dos d 12 nn05

ern diante e que e Tllal\~~ldopclo desenvolvimento da cnpacidade para cOllstruir

sistemns e: teorias abstrntos, ('.01110os conceitos de muor. justj~a. dem erac.in. etc.;

DC'l pens(lmento cOl1cretr.t, sabre coisas. p.,s:w. pam 0 pens~t1nento nbslroto.

"hipotetico-dedutivo'·. iSla c. 0 individuo St: lorna t',apnz de cheg,ar :1 cOlltlu50es a

partir de hipOtes("s: so A 6 Ilmior que B e B e maior de C. A i maior que C.

() ,.k:!I(·'IlvcJ\'imt~l!.) rncll\:I) c\'o)ui ,,11':.\6 rn.; Clu1~i1Jf. que Qi.DIT<·m tlUII1!lOf'd<.>m -.:q\k'm.:illl<kflnidl (eNtlO n~lr'.1m'-'l !Kina). Emhrn'.1 III t"'.\t4Sioo do Jt~n\'ohin'K'lll9 m~'nblpl1l£ridam numtt iCquC1lc:ia (i:u, !ISl'rilll~ ~em p:c!It.lr de um cst;iSiQ [Xlf'.l IIrtI t:nlid~ Jifcrcntd elgumns \ta'<' llui~ «:do, (Jutr,n \'CZt';;f mail brdc. Es.us 1'J.$.Wj!.cnsdt.1'CudclIl .iI, nl",-:I Je- m;ttlJr.l~ e do ,nau d:u t;''xp<.'rienc:iu \"iwi iJJ:.ts. P~n1:\nlO. n50 hiut'R.l. CQlTcspolldend:t It'tuhn cmrc " idldc crOllfl\bsic;t c \) niwl tk: deJlt'mol"imcnlOtllcnull. 0 qu~'~ ()(()fTt'f. :llllun" rulcof\.'(J <Ill'::intcrrcr~m no lkJCn\'\;!I\imcnl ••m(:n1lll.

Page 14: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

u

S10 dl.-": (i m51llr~lO .:10:)tij,lt:mtt n.:noso. Q IImbi;:nlc ilf!'ia). 0 !llllbimtt' !lUi:"il.! i.' \)

1~'C1¥) oc c..luilibml,~lQ prosn:talh~.1.( 1-1/\YO'I'. 1997, p. 36'

Este psir61 go vnlorizfl a mahlml(uo biol6gica da crinnYR. acreditand que

os c.'onhC'cimcntos s.io elabomdCl$ espontaneument.e . de ftc.ordo c m 0 cst{lgio de

d(~sel1\'olvimelll'o em que tl criol1Cfl sc el1l~ontrn. Para clc, 0 l~nSilmento veIn anles

dn aquisi~i\() d" linguagem, que e I.tpena~ UIlHl das formas de CXpn'55<:to.

Piuget tbi 0 perc.UfSOf do cstudo sistellliitico, da percepr;ao c da 16gicn

infantil c trouxe pam sell e:studo Ulllil n \'f\ abordngem de amplitude C ou:sadin

im'omuns. Nao fazcndo comparm;!io entre rnciocini infantil e nduito, conccntrou-

se mls c:aracteristicas do pcnsamento infantil. nnquilo que as C'rinn~ns po~suem ou

Ilaquilo que Ihes fult:t. Com ess.'l. abordngcm, demonstrou que 0 pen:snmenlo

infuntil C(}lllp.-'lmndo com 0 adliito e 111!Jis qualitativo do que quantitativo. Pam a

(,'ri.m~~a, 0 brillquedo est6 acima da apn:ndizl'lgclll C sua imag.inac;:uo pade tomnr

I s~ivel n realizarrao de suns l:'mt!lsins. A fnntH.sin t ma-sc tao freqUcntc fla vida da

crianya que dificultn n sua credibilidade em fntos \ferdfldeiros.

Com 0 jogo simoolico, a lingungem e a imagem mental. pennite-se a

rcpresenta~:fio d pem;mnento, scndo e-ssenciai que 0 t:duc-ndor conheeya n

linguagem das criunc;ns.

A t.eoria de Piag,et e a ba!$c d construtivismo intcrocionisla. porque sell

ponto centntl e u id6in de que as estrutuntS mentnis cognitivas e afetivas sao

constmidrs!i ou formadas ao long do dC5ellVolvimento. :) partir da inlerm;.1io que!Se

cstabekce entre 0 indi'fiduo e 0 meio e do interdimbio que decorre dessn

inter.u;;ito.

1.1." LEV SEMENOVTTCH VYG T KY.

Nascido em 12 de novembro de 1896. ('·ra mt'mbro de uma familia judia.

Sua m:le era profcssorn fonnada. mas n~o t'.xcrcia u profiss3o. stm pni era thefe de

dcpnrtttmentc) de urn Banco em Gomel. Desde 19_0 convivcu com It tllberculo~e.

Page 15: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

14

doem;a que 0 lcvou (i 1110rH.~em 1934. Conciui sellS estud s em Direito e Filologia

em 1917. Posterionntmte (~stud 1I Medicinn, Lccionou Psicologia c Liternhlfn.

Dirigiu aincla lIlll Dep"rtament de EducaryAo pam deficiellteS fisicos e menUtis.

Segundo Oliveim (1997. p. 96 "nessa ocnsino, iniciou cstudo sobre a cri~

da psicologia buscando Lima 8itemativR dentm do IlHiterialisll10 di:tlctico par.l ()

c.ontlito entre as concepc;5es ide:tlistn e nH:'canil;ista. Tal cSluclo le.voll V),golsky e

sell grupo - entre eJes A. R. Luria e. A. N. Lconticv - a proposlns te6ric:t5

inovadoms sabre t('mit!') como rela~~no entre pensrunento e linguagem, naturezu do

pr ce"sso de desenvQlvimt'[l1 d;l crianc;;a e 0 p.1pel dn instnl~ no

desenvolvinlento",

Construju sm1 tcoria hist6rico-sc'){'ial, tendo per base 0 desL"nvolvimento do

individuQ como resu\tado de llIll processo s' cio-hist6rico, enfat-iZl.1ndo 0 P;lpt'\ d(t

linguagC'1l11:.' da nprendizagem nesse descl1voivimc.nto.

qllcslao centml de sua teori~-t e a n.quisi~a de conh~cill1entos pcb

inter.wao do sujtito ('om 0 meio. As contc:pc;.ues de Vygot'ik1' sabre 0 process de

forma<;:1o de cOllceitos rcmeiem .:is relay5es entre pcnsall1ento e lingu>lgcll1, aqUl"stf'io cultuml n processo de constru'iuo de significados pelos individl103, ilQ

PI'Ol:CSSO de int{'mniizm;5(J e ao papel dn esc-ala IHl tmnsmissao de conhecim("llto.

conceitos de naturC'Zfl diterente daquclc's nprendidos nn vidn cotidiana. Propoe lima

visao de fonnac;llo drts IllllC;QeS psiquicus ~lIp<.~riQrescomo intenmliz<lyuo Itlediada

pcb culture.

A lill£,ll;.lgCm. sistema sllnoolico d s grllPOS hum~Ulo:s, reprcst".llffi UlIl salto

qualitativo n:1 e\f lu~il du C'spC'c,ie. E da que fornece os conceitos, as r; rm;\s de

mgani7 ..l,'I.~iiodo real. u Illedia~ao entre 0 sujeit co objeto d() conhcc.imento. E por

meio deJa que as fUIlt;o(;'s menmis superion:.'s sao socialmente mrmadlls C

culturnlmcnte trnnsmitidils, portanto, soc.iedode·· e (.~ulturas dife-rentcs produzcm

estrutUI1lS dif(~renci(\d<ls.

·'n cultura form.·ce no

individuo (lS sistemas simbblicos de representn9uo d~l !'Cnlidad(>. ou scja,

universo de ~ig.nific-;:1.\'3e5 que pennite constnJir u interpretn~uo do mundo real."

Page 16: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

15

Diantc disso, livcim 1999, p. 34) afmna que VygotslJi

... trab,ilhli 0011"1 ti rur~ mc:tli~;a dol. inltrumenl<u c d\)$ tiSJl6s ml :tti\'id:tdc hum:III:t.f.\z("mi{) um!! .1mllO$i:t l'lltre I) plpd chn: in\lrumcnw. Jc In.•b.1.lhQ [a t~n,fi)lln:,;,'lo l" Icontrol;: ili IHituren. c 0 TXlPd tkls siS'l"" Mli"jUJ.llto inltrumcnlOl Iliio:ol&tiOOlo,r~-rt'3nlCntlt" mucilbn-:. "" OOfilrolc da :tth'iJ::adc (»iool~.:.;t. E C ju,silmo::ntt" ('Ill 'UI!

:;1Il:tl",ia l..'t)m 0$ inprurnClli.'" de tl'alJQ:lha que 01 ~iW)lffl (lp;tIX-~"('fI1 t"Ollltl rn.m:-t\s exlt'mn,'Ill<! IOrTll.S'('IIl um J.lL/,"ilrte COflct'"cio Il..lm:t ~lo eln ht1ffi~l1i 110 mundo.

Ao lon£, da c\"01\l98o dfi especie humann e do desem1olvimento de cada

indiyiduo. :orrem. entretnnto. duns tnud"n~:l1s quniitfltiv(ts fundamentni5 no USQ

dos signos. Por um Indo. a utiliza9ao de nmrcns exttrn:1S vai se tmnsfonnur em

proct'ssos intemos de J1ledia~!\o; esse mecanismo ~ chamada, por Vyg.otsky. de

processo de intemaliz.n~50. Poc outro lado. 5!iO desellvolvidos sist~lllas simb6licos,

que org;lIlizmn os sig.nos em estmntT1l5 comple:xus e nrtituhtdns. Sendo assim.

tanto 0 proccsso de intemoliz.q~ii c. III a utilizrt~i\o de sistemas simb61icos s~i(l

esscnriais para 0 destmyolvimento dos pro(.!CSSOS melltais superiore,s e evidcnc:iam

It importtlnria das rel~H;&s sociais entre os individuos nu conslnJ\'iio dos processus

psicol6gicos.

Segundo live-ira, (1997. p. 5 ) "existem pele menos dois niveis de

dcsenvolvimento identificndo: por ygotsl'Y: um real I j~iudquirido ou formndo.

que delcrminu 0 que a crintlQaj~'i. 6 C;'P,lZ de Inzer par si prOpria. e Ulll potem:,ial, all

seja. n capacidadc de aprcnder com outra ~ssoa".

St'lldo assim. podemos aiir1l1nr qm' pam Vygotsky 0 $ujeilo ml0 e apem1.S

:1tivo. mas intemtiv . porque formA. .onhecimentos c se c,onstitui a p.:1.rtir de

relm;Ues intra c illtt.~rpes.so.{is. E nn tro,~a com Qutros sujcito!S e consigo proprio qUi?

vao-se intenw,li:tlmd eOIl.he(.~imr;ntos. PflllCis c rlll1~·OCS sociais. 0 que pennite a

forma~:"io de ('onh(.'cimento!o; e do propri ••consciencia.

Pam li\ im (1 (97. p.60 '''a aprendiz.<tgcm ~ fundamcntnl ao

dt·.senv{)lvimento dos processos intent s na jntcT"J.~iio com Qutros pe5S()JS. A

ob trvar :t zonEt proximal, educndor pede orientar aprendiz..1dn no sentido de

adiantnr 0 desellvolvimento p te-ocial de uma cri~tll¥n. I:omando-o real. Nesse

interim. 0 em~ino deve paSS~tr do grupo pam individuo. Em outras paluvrns. 0

Page 17: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

16

nmbiente influencia 3 intcnmliroyao da':i ntividades cognitivas no individuo. de

modo que 0 ttprcndi:mdo gem 0 dcsenyolvimcnt Porh.'\nto. 0 dest'nv I\fimento

menial s pode renlizuf-St' por intennedio do aprendizado·'.

Vygotsky teve contatn com a obm de Pi:lget e emborn teasse elogios n ela

em !nuitos it!)} ·etcs. tnmbem n tritica. por (:'ol1sidernr que Piagct. nito dt:lI u dcvida

importancia a sihL.'l~·.•1_ soci.,l c ao meio. Ambos Htribuem gn:-mde import311cia 80

organismo ntivo. mns Vygot"iky dcstac(l 0 p.'i.pcl do contexto hist6ric.o e cultuml

nos procCS!lo:; de dcscnvoivimento e aprendiza 'em, scndo dmmado de sbc,j

int(;'mci nish-l. c nao :l1X'nas de inter.tcionista como Piagel.

Pinget coloca enlnsc nos, JX."t:tos estrutumi emu leis de Cantler univcr$al

de origem biol6g.ica do descl1voivimcnto. cnquanlO VygolSky des\aca as

contribui~t')es da c.uitur.:l. d'1 intenu;ao :) ciai c a dil11C'nsao histi.lric;'t do

desenvoivinlento mental.

1.1A EMiLIA FERREIRO

Emilia Ferreiro C Hrgentin . radicmlu nQ lvfexico desde 1967. Fez doutorado

1:'Jl1Psicologia peia Unive'rsiciade de Genebm. F i !tluna e coi»\mrndortt de Jean

PingeL Hs dez <tllOSdesenvolve trnb.,lh s sobn~n p:sicog~nese da lingua escritn.

Muit 5 dos seus trnbaUlOS fornm realiZlJdos em c.QJ;tbornc;:io com Ana Teberos!...'Y.

que' Iltuulmenle. alua em Bnrc.elona E~p.ilnha. no proces50 de f rmac;iio de

pmjessores.

Segund Bnrros 1 96. p.IS7 • "foi protbsora em varias univcrsidades

latino-nl11eric:ana~ e europeins. Ahl.'llmentl~. C'xerce n fiUlyao de professorn tihlinr

do centro de pcsquisa e de estudos .:lvanyados do In!Stihlto Poiitccnico Nacionni d

Mexico e trabnlha c. III pesquisadom no Centro Internacionai dc EspislemolC!gia

Gen6tica".

Emilia Ferreirc) pesquis()u a psic gE.nesc da lingua e-scrit.t. "crific<llldo que

as ntividndes de intern\~aQ e de produc;.iio do escrila comepm antes da

Page 18: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

17

CSGoiariZH\!i . e que H aprcndizagcllI dessa ("scritu se insere em um sistema de

conrcpc;:Ues. elaborado peio proprio cducando. cujo aprcndirodo niia pode ser

rcduzido n um conjuntu de t' -nicos perceptivo-motoras.

Segundo Elias (2000. p.1(6), "0. pesquisad m levol! mais de, UIlHl decada

pam des.cobrir qual em ) procc:ss de construy.:~o dn escrila. planeja:ndo e

divulgmldo as situm;5es cxperimenta.is em que a erifln~n evidcm:ia a escrita tal

(IUal a "~. a leitura tal como n entenc/o e os problcmas tal (',OIllOos prop3e p:tra si.

Emili:t Fe-rreim tem entusinsmaclQ pesquisadores de vilrias partes do mundo. e

I11uitos interessado5 nesta temntica tonumuu-se seus coluborndores. desenvolvend()

pesquisas Sl?mel1'k1ntes em sellS paiscs·'.

Pam Elias _000, p. 167, os cantatas com pi..·SQUiSlldon."5 de todo 0 mundo.

em especiul os latino-nmericanos, pennitiI11m que EmiliH Ft!rreiro concluisse ser

possiwl encnrnr de mnncirn difcrcnlc a 3prendiznSt'1ll da leitum e da escritn,

conseg,uindo. a-ssim. lima alfabetizny.1.o com qualidnde.

Alguns aspectos <tpont."tdos como neeessiirios p.'lr.t entender os objt,tivQS

dessa nlfabeti:zn.-.:.ios:1o aqui apresentados por Elias (2000. p. 167 na qllal "il

est.·ola deve aprescntnr 11Ifnglla escrita pant it criaJ1(;u COITIO objt,ro sabre 0 qual

pade atunr. sem a preocllpa9iio inici,,1 com detalhes. 0 import:!l.nte e It criam;.a saber

que ns letms. comlJ tUlid •••des do. lingua. ndo pos!fuem fonna fixn: a esc-rit!!. evolui e

cleve ser apresenmd:t ;l criall~a c mo 0 produto d Ulll~l priitica hist6ril:a. lim

podemso instrumento l1as at;aes s.ociais."

5sim sendo, dcvt~ ser fci1a a distim;fio entre sistt~ma de codifica9'<-to e de

representil~'ao. limn vez que. no pensar sobrc a escrita. a erianc;,a prOClIni.

cOll'lpreender a ntllureza desse sistema simb6lico de represenlnr;iin e levanta

hip6tescs sabre ele. buscnndo. b.,sicnmente. cntender 0 que a escritn representa e

como 51: es.tmturn e.sln tonna de rt'presenta!;uo.

Dcn--tc: ufocr.u-qucmuit crh!lV4J.dw' md~(iI,~bcnoor(!.ruqu<;lk'n'c(ldo(:rib.(lOll tiwv,t111 l'fU1ul1id~tJt."S J,., inkr""'g.ir II t:ht. (,:icrrnin~lIn l'IIJol :llfabL'tia;;::lo inicilll t.'()ftl

sun~ Ink·rpn1.1rU C"kriCiI inf:tlltis ~ umI~ nr«lKiil.\Kk). queft'1IUCf Ulna ~titudctCiM-im dc'finid!l. Pw:I: ,-'ltnulcr 0 pnJCODU tuWnlti"i!\l!t <h c.rb.n!;3, <I .xiuc;ador pn:\.'is:..

Page 19: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

"

COI.<j:trurn:t ~.{rj~·de ptl1JuW;,.'I ~riUts c::COIlI~'(T ;\l (Xllu.1i~l de pmdu\'JI), fJ pr!')o.~dc ,J«)d~g ('\\ intcrprt:tJ<;JO linll d:«b rc1osuj.-itrtcstilUimit' ~ HI1&II:1~"'\ICrit;t~u .:aritcr .1.- lNlj;;\U wei:!.!, l'3!tU"-'lIlo. ajud.moo _ crill :.ldt"3CObrir t. impor1!ulC'i9: d:t Icitul'.1 ~~m~UJ: sn.-;it.'(brlc. !t obtl.T C :tllll,)illf "l'1''l l.."OnhO('imcntQ'1O1IObrc :t JiIlSU:l ('$ICr;t".. <''QfIlid(,"l1loth COfno int.tnunCIlIO (k, I~r. N;t \ I*'0 001\!llruti\'i5la, {'

_1\1('int~ tk")('tTOt!l slUl.16sJ~. ~ELlAS, :ooU. p. lolf)

De n~ordo com ess<"l teoria. toda (~riam;,a p3ssa por qU:ltro fuses da ("'scriht .ate

que estl"ja alfnbetiznde.

A primeirn fase e. a PrC"'."jibl.bic:l, Ill.!qunl 9: criall~fI. I1tio conseguc relacioll!tf

as letras com os sons do. lingua falad.1.. A segullda fase e a Sih\bi(.~a.nn qual a

cri:ln~a interpret-a it lrim a sun numeim. atribuindo valor dc, sll:100 a C.H<U1 letra. A

tcrccira rase ~ n >, ihibico-alfubCticu. que mislU!1i It 16gjca dn rase anterior com Cl

identificac;iio de nlgul1Hls sihllxlS. E. por ilitimo. !l AlfabCtica. na qual a crianya

domilw. enfim, (') ,'alor das te1ms c ;.;i\(.llx-ts.

Scgund) Emilia Ferreiro (Revista Nova Esc. In. 2001 '<as criam;as cheg,am

it esc:ola s:lbendo v~'irias coisus sobre n lingua est:riL."l. E pn.~ciso avnlia-h:l$ pnm

deLenninar cstrategift5 pam sun alfabetizav~o".

A educadom faz um alerta '10S professores. pais npesnr de a Crian9il

c.onstmir seu proprio conhecimento. no que se reli::re a alfabelizayilo. cabe ao

proft.'ssor orgallizur ati\'idades que fin'ore\'am a rt'.f1exao sabre::1 escrita.

Page 20: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

19

CAPiTULO II

2.1 A AQ ISI,AO DA LINGUAGEM E 'RITA: UM PRO 'E SO

CONSTRUTI ISTA

Emilio Fe.rreiro e sellS colaboradores cOllsideram que n escrita. como todn

representa'ido. baseia-st~ em U1ll."l cOllstrm;u mentnl que cria SlIns pr6prias reg,rns.

(FONTANA. 1997. p. 177)

Muito antes de inici:lr 0 process [onn.,l de aprendiz.'lgem d.1. leimmlescritu.

a. criant;;as constroem hip6teses. sobre cste-, objet{) dt." conhecimento.

No (;!&-' do sistema ali"betico. por c:{(,lIlpl\!, a ("riilJl\U ,k:\"C ('omprt'C'rKk.~r. "rrtre oUlr:t"

~su. '1u~ <!.~i~lcUIlI" n::la(:lQ; cnln: (l [t.1:r'J. l"!it'ritd (w;libmt1 ..: () il(;fl! pronullci.ldt;lrOO<'mlt); 'joe ml0 Irl nrnhum!t n:bci·50 ~·ntT\."It fGrnlll d.t p:thwr.i. l"Kriw. (' !\. {Ul'.ld •.:riitil'a"ii:siC'!d Jo d.-ment",J.;t ~tid:ldc I)(!m~ pelT cb: qll<' ruLwl'lls Ct."'" 0 IIlC'5ffiO .i:.niii~'adon~ Joip i.'jl('ri\.ll$ ..1:1 ml.-,nn [OIllU; que dCIl}ftiIOS eMIC,,,,i21J cb: w.tlid3Jc" ,-'Oflle •

cnH'iIl:a¥ll.),n40 do ~,£iIlF.)o,b"a. ~jUt, etc.Cae oonjuntiJ de n:l:w,.'\'k$nlo c jimjlh.:$mi."nl~ ftpn:nJiJo pelli cri:tr\\:Ii. rnll$ oc",IutruiJo porda. rFONTANA, 19'J7. p. 1711

Assim scndo. nus rela~5es (ille mantem tom a escritn no ambiente em que

vive, u cri'lI1~~l ,"~In )ffi e testa hip6tcse~ nccrca da logien dl' seu n11lcionamento.

Ela assimila a e:s(.~ritn interprelnndo~a de acordo COlli os cOl1hel~im(.'ntos e IllQCitlS dt:'

penso.r qUI? j:.'t dest"nv lveu e org,."lnizou no d~cQITt'r de sua experi~J1(.'ia de vida,

produzindo escritus nit cOll1pativeis com A cOllwncionnl.

Para Font:um (1977.,.180). "0 ('!OlljUllto cle.ssas forma~ de e:scritt1 que nos

pnrecc,'1ll "erradns" d pont d(~ vista convt::.~nl.'.iOl1nl ~uo, segundo Emilia Ferreiro,

"t?ITO~ t'onstruti\'os": C pas~mndo por e.ssns hip6l:cscs que :t CriHI1~H VHi cQnstruindo

n 16gicn do si. tClIlft aliabetico. NessC'. sClltido, os t:'m)s rcvelnm 0 mciocinio dn

criuny..'1 sobre () que e e~crever c as etapas pcla5 quais da vui passand< n pmcesso

de construyao da escrita".

A c:ri3.n~~1inler:..lge ativulllcntc c J11sell meio. COl1struindo !SU~lSproprias

categorins de pensamento no mesmo tempo que orgnniza 0 mundo.

Page 21: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

",

S\".gullllo Emilia Ferreiro www.ccntrort.;ferencinLcom.br). ",1 gnmde

mnioria d<ls lTi~lIl~·_as.11:1fuixu dos seus seis aIlOS. ffiz ccrretamellt~ u distiJl\=HOentre

I('xto e dl~Sl"nho. sabendo qUe"0 que se pode Icr 6 aquilo que contem JelF-ls. emh ra

algumos ainda persist{1m nn hip6uise d",; que tanto se pode ler as lelms quanta os

desenhos·'.

Em suns pesquisas, eShldou 0 desenvolvimento da ¢serit'..!. int~mtil.

obscrvando crinn98s qll~ ainda 1150 haviam aprendi 10 !t ler 4 a 6 anos). em

difcrentes sitll!\~6e!'i criadas per cia.

St:g.undo Barros (1996, p. 141), ncssas siiu{H;aes emm solicit:tdn.s ,\s

\',rian~'{1s tanto as taretbs de "eSCre\ier" seu prbprio nOllie, como no de esc.rever

algumas paJnvra:s [reqUenu:Tllente llsadas nn alfuhetizac;fiQ. au p:1.bvms dilr-tdns peln

pesquisndora, Oll ainda p;tluvrns e fmses ditadtt:s e d(:sconhecidns pela crinnva.

Apreselltoll lumMm situ:t~5es que contrnstavnm desenhnr e escrevec.

Pum RIn'Os (1996, p.l..!-I). "'emborn paret;a estITtl'lho pedir que n tri:m.;;:n

escreVQ p:tlavTUs que t.~b uilldn nao aprendcu, eSS;tS obsl'rvadorns considermn n

escrita e~ponhinca um indicador claM) (\;Is concep\~oes que a!Scri3m;as fuum sabre

a escritn. Quando a Cri(Ul<':'t .iA tem ,dgllmn cxperiencia escolnr, esta podern sc

reclIsnr n H."ntar escrew.f espontancamcntc, pois nil e. cain. ela s6 ~iSCrcve copinndo

de um Illodelo, e exisre 0 controle !idulto do que esto. certo c err-ado".

Emilia Ferreiro 1150c:onsideru rt escritn int~lIltil em sell aspecto grMico. m:iS

em sews nSJX'ctos construtivos - rdi::rentt"s ao que it criam;.tt quis rcpre.'it',nlar e ~I~

eSlrnl8gin5; para is~o utiliz.<tda5 -, que s50 St:-l1lellmntes em crianc;:ts de difhentC's

lingu:ls e ;unbientes culturais.

Em sell livro Com tnt:ifl.'f (1,\' le.trfl.\' 1992, p, 77). Emlliu Ferreiro coloca n

n~:i() de tYJ1Islrur;r1o tmtand de llIostrnr (IUOt'_onstru~uo implica rr ·UIlSlrtl~,trO.

o ttTIl\G t"<H/.!IrU('i'ItI, (JU(: 1110 J'lnl me I'\·(o.:r;r :\ 3l!\Iisi~) dJ. Hn~m" <':J('rilll, tllo c muito

'::~lUm. J.;.craimcntc Ie (tab ~'m ('1.,,,,,r-:Ji=rq;r,"'. NJo ¢ <lUC :.'If-.-'If"~I'di14t'rn t'Cja um knlli)~'~nl-o. pQ!'{Iuc r:f..-li\'llITl(:n\(' h(\ um proc<~1t) de J.prendi7Agcm. ~m tt hiM( •••.iJ. :!J.K'ifJl

Jo. 1("'fmQI.tem imrn.~.n~d.:J () Io:rmo :lpITndiXll~.••..m \."Onl um:.. fOr1(' oonOl:i(,~loJcmpiriit:.'lque n' C tk qUI.' quc:m dJ.r·lh\':. 0 t('rmo aqui!lh;lo e IHlis corrcto. pon;m SU:!ol.l'nto "1\1(' io::pode rul!1r •..>tn S<;."'fI\ido(:Itrito de cOf,unM,~56. E prc:d5ilmcntc ino 0 qu••..I<."m~ oc'J,(:<}btTlo

Page 22: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

1I

que (d crian~~u traclll com:t lin.j;ua L't(Tita: tern que l'C('IOf\urui-la [llm podcrcm IpropriJ.r-!:Cdeb. (FEKRllltO. 1992, p. 71)

Pum a pesquisadora. quando falamos de constrmyao da escrita pela criam;a eva lido ressaltar algumas caracteristicas gerais de urn processo construlivo, pam

enle-nder por que no caso da lingua escrita pode-se Jular de constru~50 dOlcscTita.

Para isso e preciso fazef dois csclarecimentos previos.

o primciro csclarecimento que Emilia Ferreiro (1992, p. 79)coloca e que

quando falamos c.'icrila, entendemos que nao fulamos somcntc de produ,oes de

marcas gmficas por ~rte das criany3s; ulmbem falmllos de interpretoyoes dessas

marcus grufiC3S.

o segundo csclarccimento e que ~h vczcs trab3.lhamos com dados obtidos

em siturtyOes cxperimentais bastante controladas, e outras. trabalharnos com dados

em "sitml~ilo espontanea". ou seja. trnbalhamos com grupos de crianc;:as ou l:om

lUll unico, sep..1radamentc. Tudo depende da pcrgunta t1qual se quer responder.

Sendo assim. a paluvro con.vlrllfy'iio vern de construtivismo, que lraln-se de

uma teoria de aprcndiZilgem desenvolvida por Pingel e adDptada para a

alfabetiz~u;iio por Emilia Ferreiro. nn qual rnostra que 0 conhecimento c construido

a partir dn interu<;ao entre 0 individuo e 0 meio ambiente. par meio de hip6teses

que vfio sendo testadas. Neste cnso a conhecimento IS construido coletivnmente

(em grupos).

2.2 EMiLIA FERREIRO EA AQUISI<;AO DA ESCRITA

Para BARROS (1996, p.134). trndicionalmente 0 ensino da lcitura c cscrit.1.

ccntmlizava-sc em dois aspectos: a):I dctermina~ao du maturid3dc ou pronlidao da

crian<;a pura aprcnder a ler e a esc rever; b) 0 metoda adotado para esse ensino.

Entretanto. todas cssas preocupac;:Oes rcprcsentavam 0 ponto de vista apenas dos

adultos. Ignorava-se complelrunente 0 que a crian<;a sentia ou pensava com rela<;50

a leitura e i1 esc rita.

Page 23: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

Grnc;ns DOS e~tlldo:'!o reali7..fidoS por inspim,1l construli\liSUI, 0 problellla da

alt:lbetiZil.yao deixoll de ser e:studndo npen:'lS do ponto de vista dQ adullo e: passoll-

se n levur em considem~ao 0 ponto de vista da crianc;a.

Os trnbalhos de Emilia Fem:iro, em colabom~{io corn Ann Tebero:o;ky,

Illlldarnm compJetaJllente a inlr:rprel.a~ilo da fonnn pela qual a crian~H 8pre.ndc a ler

e a escrev("r. As pesqllis."Id rns nrio apresentUl11111 nQYQ!) me.toda!;; pam 0 ensino da

Itilurn e da escrita, mas 1l'Io:slrarnm que se passn lUI t:'tbe~a da cri:moy:l di~mte da

~scriln, em difr:f('ntes momcntos de seu descllvolvimcllto. Ferreiro e Tdlef'Osky

nila consideraram a escrita inlanlii em Stu aspect g.r{tfico, mas em seus ftSpt"CtQS

comitrutivos, refcrentes 80 que 11criani(rt quis represe:nt.ar e as estratcgia~ para isso

utiiiz'ldas, que 5:10 sCl11elhnn1.es em crinll~~:ts de difcn:,mtes Iinguus e ambientes

c.uitur.:1is.

Pam (tS pesquisadoms. a (~rianya proCllta ndquirir 0 conhecimento c, pam

is!So. vai pa~~ando por varins t~1lK:Sde aprm(im3~nO da cscritn convem:ional.

Como ja vimos no copitulo T. as crianc;u$ p.1ssnm por quatro fns~s ate serem

alfabetizada.<li:

a) Pre-sil:ibica::.t c.scrita cia cri:1np nf\o tem rela~ao c.om os sons da lingua falada.

I'OT exemplo e1a podc gmfu.r HV PQ p:uu a palavra GAT

Ne:-;ln fitse-, inici:l-se n constrU!r"io dl'1 escrila, na qurtl as tentativ:ls das criml~~(ls

d."io-se no sentido da reproduyi\o dos trnr;os lxisic05 da c5crita com que eias se

dt"param no colidiano. 0 que vale e a intencrilo, pois, embom 0 lrllCado seja

semelhante, ead:! um "Ia" ~11I seu!S mbis('os aquilo que quis cscr('.\'cr. Destn

maneirn, cada um s6 podc interpretar :t .!;lUl pr6pri'l t"scritla, c nuo ados cutros.

N~ssn fmse. n crian~-t claborn n hip6tese de que H escritn dos nome:; eprororci nal ;\0 tamnnho do objeto Oll Ser a que e:sH't s¢ refcrindo, C'.omo por

C'xemp]o 30 eS(.'fCvcr BOL 6 criftll\o'u pensa no tam:mho do nninml. por is~o

C'scftwe n pahl\!r-a BOr com muitas leten. Se for eSCTever FORMIGUINHA

t'oiocar.'t pou(.'ns letl1ts na Sll:J. e~crita. A hip61ese centrnl e de que P.'1I11ler

eois:ts diferentes i prec.i!SO usar formns dirercntes_ crian~3 proclim combinar

de \"['irias maneiras ns l)Oucas f ffi1M de letrns que e cnpuz de reproduzir. Nessa

Page 24: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

23

fase. [to tentar esc.revel', a (:riunp rcspcita duas exigcncias oo.sicas: a quantidudc

de lC'tm!ol (nuJl\.:a inferior n tres C it vnric:dnd entre elas, (nuo padem sel'

repetidns).

b Sil{lbici1: interprern. 8 letro ;1.sua mane ira, atribuindo valor de $ilab..1.:l ~.)da lima

das lelms que COlllpOelll a palavrn. como pm cxemplo. a criall~a pode ("sen-ver

~VO p3rn n:present r CAVALO.

Ha. neste mOlllent , lint conllito entre. a hip6tese Si\{lbic.a e 0. qunntidadc

minima de letms exig.ida p:u'a que 1'1 es 'rita pos:m ser lidcl. pois nestn fn:k'.

trnbalhand com a hipotese sihlbic.E1, a crbnr;n v:1i se depanlr com Po.iaVnl:) com

du(ts silab~ls como GAT ou 'APO que neccssitam apcna.s dUlls letms pam

escre.ve-Ias (sl!gunci n hip6tese siJ6bica . 0 que nflo vni de ('ne ntm com 3S

Slins id~ias inici;lis na$ quais suo nec('5..'u1rios pdo menus: tn;s CHr'lcteres panl

[(~gistrnr ns p:tlavr.1s. Este conflit H fnz c.uminhnr r><ml outr:! rase .

.;) Silrlbico-.alfabeticn: mistum a l6gica dafust' anterior com u idcntitkuyuo de

alg.uma: silab:ts. corn par exemplo ela pode gnlfar CAMIA parn a pala\Tu

CAM1NHAO ou ela pod. graHu ELEV1ZAo pam a p.llavm TELEVI:' - O.

E5Sil fase pade cJ-trt1cterizarn omi-ssffo de !c.tms pela cri.lIli;'1. n1ns 11ft \'~rd!\de.

OCOIn'. entao 3 tr:Ulsi~ao cia hipotesl! sihlbica p..'lm a .tlfubCticll. 0 c.:onflito que

se estlabelecC'u entre ullla exigcncia inte.rlm. In prf)pria crian~H (0 nillnero

minimo de gratia$, e a n:alidude das fonnos que 0 meio Ihe ofcrct,t.". fnz com

que elf! procure solw;Oes. EJa. cnlao. comc',:'a ft. pereeber que es.c:rever el"e'presentar progresSiVnIllE'nte as partes sonoras dus palnvros. ainda que lIDO 0

fup corremmcnte.

d) AltabCtic:.t: domina 0 valor das ktms e -·ilabas. Ao chegnr nessa fase. pode-se

t'ol1!Sidernr que a c.rian.;:iIatingiu a compreensao do si-stema de repre:icntavao da

lin£,ungem cst·.rim. Pa$~a a percdx';r que a p~tlavra e§ccita e constituida de

subconjunto de letms que siio as ~ilnba:s. Isso porem n~o significa que tooas as

dificuldadcs ('stej:ull \fcnr.idas. A partir dni. surginio os problemas relativ s il

ortogrnfio que serna tml alhudos ('. tmtndos no periooo p6s-nlfnbetizat;ao.

quando sern cllfatiz1'1da a tonstruyil:o da base ortogrilfica.

Page 25: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

Art'.fo.1T cil' It'T propD'I'eiGMOO"", educadurcs UlIlll nl'l\'ll m{tneim de "nnli"'tr :...3prt'llllin£i'/fl d:t Hnglll t'$i'ri13, i1 lral»t~ d:t pcsquis:.ldoru ~r;t'rnirll. /1,\('. 115.indica~'i)('.J dt,

m110 IxOOu~ir cn~illO. ()II !('j~,t~ ;:xist~· t! "m(~toOO bm[li~ 1'<-TJ't'iro", a 'lUG 0$prok:Mt\f'C'J lern ~ dil~J:io;Jo C utn:l nrcltJdi.Jlot;,il).de 1,11t:inoJ:t IiJlgufll¥Tilra oo('rtn\~~,;om:lS mud'n~;t' J.pontltdu ,,<:itt l~ioolin.&uht!1, ptOOlizioo pllf ctluc.adc«:J de \-jrios p:lfSCS,E»a mdoJ.)l ••"ill 6 Cililnilu~J. em tnrnl' de prirn:il'iM qUi! ~ni.mm (l fV'.itie;!. doI'fC'fi.•••,T. 0 IUllol.k., crifill<'>101••,~llLk1' ti li;'f e ~'('r lend<") c ~t'I1{~, m('~mo &em

53i:ot'r fllTl,'.r i~ C UIll dt.-w;;;s pritliC'ipit'». NM (.':I(',C)lu ,trd."Itk::imm(;lII.C; curlltruti\'illJ~ {\J

\\lutm tIC'\\1IhlJ«i7Jlm rurtidPl.lnd<l.k; prMic.-t~ "'l(lil\is de kilura c de ~ ~ril;t, A !X'(mnei"Je. Ie "to ,~ekos nig t !ntti, \1m" c.1rtilh::l. oom (r.1l1Ci ICm :t<:ntido. REVISTA NOVAES OLA. J;mfFc\' 2O!J1. p.:W)

Sendo assilll e imp<>rtnnte re:llizar ntividndes interessantes que ponham ~t

crian~ ....l t'1ll cOllin! com as e,arnc.teristicas da lIngua cscritn: ouvir hist6riHS lidrts

pclo adulto em livros ilustrndos: C'SCR"\fer 0 proprio nome e 0 dos cole-gas: folhear

revistus: jornais; fotos. Icvnndo-a a interpretar grnvuras e colocar l.i sua disposicao

lapis cern. pined a!omico e IbUms brnn{'.as p..'lm a reprcsellrn.~~iio gcifica do set!

pensamcnto. Tudo isso s~ Jx>rtunidades p,'1.rna descobt'rta dos u50s sociais d:t

escrit.L

A medida que :t cri8n~.t :s(:desenvolvl~, a necessidade cia lingullgem para 0

pensaml'nt vai se tom:md mnis visivel. rlte!l lingungem t(')mar-5e indispensavcl.

o que nCQntecc n eslngio dns opermyoes fi rmnis.

o .kolc:lw'(ih'il1k'llID d:t ling.u3:1.,n ••Q Jo pcnsanlfflto \k"'(':Il1 ~T \'i:.l'" como (1I"N.~~.I$ ('m

1i1'.U\i:!cl:urlc intt'nk'IX"'lldcntcs. A m(x}idr. que a ('rill!).; ap";oUc IKi\;\S p:d(1\'I'.1~ c 1'1<"\-.1'

j"rm!!.. de n::llni-Iu. mo\liii(':'1 .•.., 13 rUIUI'\,'r:;t dl' sell pc1t!UItK.'tlIO; 1 mooi.h qlK' 1"ibtcimrtO\'Oi 1I1(:<:il(Ail!I'·I\t·~ J \:StIul.ur.l ill: !Hll.lin,~rcm. (BARROS., 1996.". 114

Scndo assim. podemos concluir que () aluTlo precisa eslm inserido em U11l

ambiente ~m..ial "letmdo" para podt:.r fitingir a linguagcm e5critn. 11:1qual partini

deslt' i:st{lgi pam a :lllid)t.~tiZll.yao fina.l.

Page 26: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

CAPiTULO III

3.1 I'ESQUISA DE CAMPO

Quando as criam;as cheg.'lIn j, cscola, ja aprescntmn alguns conhecimentos

do mundo da escrita, mns toma-sc necessario aprimon:i-Ios. Cabe, entuD it escola

cumprir estc aprimornmenlO.

E nccess.trio qUi: a ninnr;a pmticipe de forma ativa d.a constrLl(;50 do sell

conhecimento.

As 3tividndes nno sao impostas atravcs de cx:ercicios estereotijXldos. saosugcridas, propiciadas. discutidas com os alunos. E pennitido 30 aluno optar por

atividadcs de seu interesse. Todas as 3tividades partcm do concreto para 0

abstmto. 0 professor tern 0 papel de intervir. desaliar, assumir a aULoridade se

neccssario, coordenar, cstimulnr a criam;u n duvidar. u propor, a criticar •." sugerir e

a qucslionar. Dcssa fonna. cubero aD professor propor a CrianIY3 scmpre

problemas; dcixo-Ia descnvolver a Oltividnde (sob sua supervisao), pemlitir-Ihe

:tprender.

Com 0 objetivo de despertar nas crian(fas 0 gosto pcla cscrita, optwnos por

trnb..1.lImr com a hist6ria infantil de umn forma pru7..erosa. criativa. oportuniz;mdo

ao aluno. vi:tiar pelo Illundo da imagioo(fao e da fantusia.

Assim, prcssupOe-sc que havera uma melhor aprendizugcm dos ,liUIlOS.

oportuniznndo-Ihcs que dcsenvolvnm suus potcncialidades, tornando-se eidad50s

eritieos c cap3zcs de cneontrnr novas maoeirns de resolver des;tfios on sua vida

diaria.

3.2.1 Objclivos da Pesquisa de Campo

A pcsquisa tern como objctivo principais: a) investigar 0 dcscnvolvimtmto

inicial da linguagem escrita na crianyu; b) identilicar a partir de uma dctemlinada

Page 27: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

hist6rin narrada, a tenlaliv3 de escrita de cada aluno; c) excrcitnr c aprofundar essn

lentntivn de cscrita.

3.2.2 Mctodologia da Pesquisa

Pam a renliznrrtio da presente pcsquisa, que [oi desenvolvida na Escola

Municipal Reino da Loucinha, localizada na cidadc de Campo Largo, no Estado do

Parana.. contamos com a particip~\(;ao de vinte e quatm crianrras na faixa ettiria

entre quatro e cinco anos.

Os alunos que estudam nessa escola residem no centro da cidflde e em

alguns bairros vizinhos. As condirrocs de vida variam muito, porem a maioria dos

ahmos vem de classc media.

Quanto as atividades que ,IS crialH;us realizam fum da cscola em companhia

de seus respons6veis. citamos: cinema, parquc. passeios diversos, Icitur.l de livfOs,

revistas iniantis, leievis50, internet etc. Toda estn descrilfao c muito importanLe

para conheccrmos melhor a crianlf:l com a qual 1111001ham05, c assim podennos

viabilizar 0 trabalho de amplial(ao de SCliS conhecimentos.

3.2.3 Tmbnlhos rcalizados em sala

3.2.3.1 Atividadc I:

LivrolHist6ria: Um Estmnho na Fazcnda

Autor: lsabclla Camino e Delphine Lacharron

Data: 17111(2003

Page 28: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

tim e.stra.l\hoQue bela noite de verao !Tudo esta calmo na

Fazenda da 8icharada. Apenas 0 murmurio doriacho quebra 0 silencio da noite.- Em na hora do meu passeio - diz DonaCoruja, que acaba de acordat',

Page 29: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

UM ESTRANHO NA FAZENDA

lniciam s t:'sfa ntividade HlnlVCS de lima convcr~m informal sobre os. animnis

que vivcm em llllUI iau'.nda, qucstiQnnndo as criany.t5 sobre 0 :L'i.Sunl

Terminado 0 qllcstionnlllC'llto foi c nt!\da a hist6ria: Um F...dr{lIlhQ I/O

Fa=f'uda. de babdln Camino e Delp.hine Lndmrroll, que t~tln de uma rnposa que

npare(·t~u nn f.17.,enda pitrn so alimcntar d~tS gnlinhas.

A hist6riu l~onti1 que nil primeim noite de verno e:stnvn tudo calmo na

Fazendn. da Bichamdn. Enh10. a Dona Coruj;t Imvia s:tido pare seu pa'iseio. T me

Lili. as cachorros, donnirun. de.pois de lima ionga jornada cuidando das vacus e

ovelhus. Apenns um mtinhi'l c.stavn a. pr '11m de alguns gn10s df.' milho deixados

pclas galinhas.

Dona Coruja continu;lvn sell passeio pel:! fazcnda. passoll pe.lo campo allele

dormiam os cordeirinhos ao Indo de suas mamaes ovelhns. !\,[as de repente. Dona

C ruja ollvill l:ttido.s. Ernm Tom e Lili Ille Qllvimm b:trulho!S na di~flo do

bosque. 05 gpnsos acordarmn a~sustnd oS c (.~Qmc~'arnm a g,rnsnar Hl0 alto que logo

todos os bichos da tnz('nd(1 acordarrull. E enta~ "iran nquda l agun~a.

Mas escondida no bosque, C"stav3 a furiosa mposa reclnnuUldo que st'u plano

de comer as galinhas nnque.la nuitt' nilo havia d!'ldo certo. pais Tom e Lili

cst'utararn barulhos vind do bosque e COlnt~vnram :l. Intir JXlm atordar tOOa u

iitz(>nda.

Nn manha seguinte, 0 ~I CQtWQCOli limn reuniito geml par.I cOlwcrsar

sobre a raposa.

- Meus ftmigps. 11ftnile p;lss.:tc!a a r.tposa vcio nos \·isitnr. Grn~..•qs a Tom e

u Lili. Cyitnl1105 uma tr:lgedia. Mas hoje cia vni vol tar. Precis:unos bolar llill plano

p:.ua f'("(.'C'bC-la como sc dcvc.

A noite entfio thcgoll e Tom e Lili fingi~111lque dormiam p.'lm n mposa entiio

seguir ate 0 galillheiro, pois eslava morrendo de f me. Ma.') de rcpcnrc, surgir::ttn

Tom e Liti bem na [rente dQ focinho da rnpC"lsn. A rnpnsa nuo pt"I1S01ldll(1S vczes c

s'liu correndo. Na escmidiio qu~ estavn na [nunda. n. mposa tm~you nut1la

Page 30: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

'9

annadilha que a biehnmcin Imvia feito no mci do c,nminho. ollele 0 ouril;o Chico it

Hf!uarduvn para t::spel -lao Entfio. '-.:heio. de espinhos, a rnpoS3 foi emborn e !lUnCH

mais n.pare-ceu na ftlzenda.

Ap6s a IUUTa\:Ao da hist6ria. foi solicitndo que- as ('.rinn<;ns desenhnssem n

1-1..'1rteda hist6ria que l11o.i5gosmmm. e que kntnssem e.screver. pam reprcsl'lltnr 0

que cada Hmu desenhou.

3.2.-l Apresenta9fio e Analise das Atividades

No decorrer da:<;iatividndcs. pude perC-cOOr como a grande Illai rio. das

crianc.:ns estn escrevcndo Oll fazendo 11tentalivtl de l"scrita.

A hist6ria nnrmda fbi re resentada atravb do dest'nh . c pert:cbeu-se que

esta mnnifestayl10 C uma aI;lio natural da crian~:n. Oll sejn ela de-scnha por prnzcr.

pnm divt'rtir-se. dcmostrundo reahnent(;~ entender a mens:tgem que a hi5t6ri" p:1ssn.

Sendo assiTll. pode,-se pere.elx·r como ~ fundmnenutl 0 p."l.pel de lIlll proft~ssor

hem prt'J)"lr.ldo P.lr:l pr porci(maT e dar condi9oes p:tm que a crian~.'1 aprenda: pare

que eln c:onstrua 0 seu Gonheciment e pam que dCSt·tlVOlva tocL'l5 (\5 SUrtS

potencitl\idade5. num process natuml, gmdativo, dentm do sell proprio ritmo e

condi<;Oes eog.nitivas e de fonna prnzcrosa.

A constrw;'MO do protesso de alfabetizs9.1o cln cri:ul~ nn Educn<;ilo Infantil

cleve ser uma utivid"de ri{~a. viva. dinnmica. que tmrndhe i\ SU.!l parte afetiva e a

t:1C;,1 e pn:S501r seus sentimentos p..1n'i outro. A alfabetiuyfto nao pode ser lim

trnbalho mecanit~o, que 8l-1ennS treine n criun~a atmves de exercic:ios e

mem riZc1~O\!S. Dt·n~.ser significotivn £\ crianya. pzlrn que POSS<l construir sell

c.onhcC'"imento.

A seguir. serao apre.scnhldas as atividndcs desenvoividas com ns crian9as

do Jardim II da Escola Municipill Reino dn Loucinha. na cidnde de Campo Largo

no L'"stado do Ptlnlnii. Os 1rnb.1lh05 oose.nmm-5C na his.toria U", Eslnmho nG

Page 31: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

30

FCl::~lId{l. representnda atrnves dos de:senhos e do surgirncnto da cscritn dC'

algtllna~ criall!f1ls.

As ntividndes fonull sep.."1mdns. de acmdo com os nl\'cis de alfubetiznyao em

que as c.ri011~n:sSt" el1(:ontrnlll. Pnm fazer a anMise dns produr;oes realiwdas J'lns

crian~ns. tunmremos Emilia Ferreiro (" 1110 rcfcrCl1(.;ia.

Page 32: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

r;::.;j~~,\:~J.-?;?

~-I

,~-. ~.

(/~....v

~!WJ .,••I

.:: '

A',\.,)iJ

iI:t:,'

.,';

Page 33: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

1.')1

)'

~<.::;,-.'.~.-\

\\ ,."

J: :--:; ~~/ ,-- -w0-

,-

~~ rn~-

~\"---""= -r-

~\

\ II~

)

L,;:-

-f~

~v

'::t'--~

-~/

:-c

---- r/

~ ,

-='I

~~1~.C:::,j1-

Page 34: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

::r=->-

r 11(j' c

t;'t'--I

,

0" » v.:D \)

%~/

'5 2-

\C '"

\i

<

\. , .< 1/'\.'.\, ..

-;;• q,I;'\,.l

CP

~\l;;0#/I

\ '

'-'-\F:....l

-7\J \-

~

\ \

I:J>

(.J<- b..-+-: 0J\~

<:.>

Il_.\-

f"}'ill-<CJ

\,iI:\j..--;;:-~~.~(, f

~\\ !\

Page 35: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

,. )\ ~

I·,

r-.,

Page 36: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

/

..'=:>

L.,•.1.)

~L~\

Ji>

~.(0~r

f

Page 37: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

("-"- \\ .\I

\I

'f

"'----.,

;/

Page 38: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

r;_s,:!)~

. /'\'-\

~\ ;-1

Page 39: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

Essas ntividndes fCftlizud3s. mQstrnm que os cri!lm;as ~.$t:io no primcira fusc

c/:i tQnstru~a:o da escritn que & dmmadu de Pre-sihibic..'l. na qual as crinnyfts

produzem risco5 all rabiscos da esc,rita que a cri;m~·.a tern como fanna bi.;;;icn.

A crianr;n descobre que coisas diferentes tem nomes diferentes. Assim. ela

imprime diterene;.lS nilS grafias do p.1.hwT1ls. a3 veze.s mudando apenus 3 orclem da

letrn~. (.' III por exemplo cIa pod\! grafar CDELGI p.'ua a palnvra CACHORRO 011

em outro caso eta pede grnfnr ZARTI pard n JXllnvrn ARV RE.

EssC'.s registros signiiit~am que as triam;as nuo conse-guf'1ll relacianar as

ktras com OS sons da lingua fat{1dft. Suus tentativas de eSC-l'C'.verdemollstram qll\.~

nind:t !laO compreendem a ITln~50 t.xisJente entre; as ielms e 0 a~pe('to sonora da

fala. 0 que. a crialll;n 11110compreellde C que a cs<.~ritnrepresi"nta a fhln. 0 som das

pabvrns.

A seguir. apresenL.11ll0Sas nti"idades realiz.'ldas I r outro grUptl de c:riatu;as

da mesma sala. ~tpartir da meS11la hist6ri" ;'Um E"'trnnho /1(1 FO=i!II(/tl" que se

enquadrnm t:'.1lloutm fase.

Page 40: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

'l::

~-::;:i(J).

0' ~ '"-zo' ~J,..~- ~ <

~,;s

c r"7 f."- <.-"'

'".s:J

Tn '"~ .'t'..:".

'"<: "r- .....,<"

~()

~~ ~....". c;;,.''!>m~N-1 ,..,n· ~.

~~

Page 41: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

,I

s,

A c::J-W --.;

-~y c

(J ll' .:>./

~('-'

,;- /.......,\ '.

;::>--

=<:r

C2-

)1

}p

N~;?-.\:J

;>-

Page 42: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

J.-. ~C'. ~....-1-.., -::J

fss-vG" -4 \~r\?

""r-~ PJO --

"" -+- -l> :P -,I':f<- y c 3;,.",,-- .:s: ~,-r::;-

'* '.~3 rTi 0"]( ;f -\

0>-"1 J7 rTi1- -z

"v

I -

"'<:: (~J>.N

fJ.

,~ '---u>

Page 43: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

oo1

Page 44: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

.3

Esses registros mostrum que essas crianr;as cstiio na segunda rase da escritu.

que e chamada de Silabica, na qual a criam;:a formula n hipetcsc de que cada letm

vale por lima silaba. Num primeiro momento, as graCias !k10 diferenciadas sem que

as lclras tenham seu valor sonoro convencional, como poT exemplo cia pode gmfnr

RASO fX1ma palavra RAPOSA au em Dutro caso cia pode grafnr CA VASA para a

palavra CASA.

Ncstn fase. n criulH,:a chcgn ii. hip6tcse de que a cscritu representu a lain. Eomomento em que <I criunr;a Iltz a corresponciencia du escritn com a fal~l, sendo a

rase muis importnntc da alfubc:tizac:;:.ao.

Num grau de c\'oluC;iio maior, as crianc:;:.as empregam em sua cscrita. vognis

c ate conso3nles tendo ja 0 sell vnlor convencional.

A seguir, apresentmnos as atividades realil1ldas por outro grupo de crianc;as

da mesma s3.ia, a partir da mesilla hist6ria ..Um /:'"$Ira,,;'o "a Fa::cl1c!a ,. que se

enqundram em ouLra fase.

Page 45: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll
Page 46: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll
Page 47: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

, .;

0~~ ~,

1[\'.J ',-Of,; r c~ ,

> r--!

~

, i<,(,

.' '-'>

c: rn~.5: ._/'

.:<m

C1 -0

--\..

j

,v''~.

Page 48: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

\

=::ro

1-

C'~_~l"""' I"~

:2:o<::, .,-:,

:'1, ,j

Page 49: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

l-Ipl'r-I \ _ . .:--)

! .

,. ,-

.£./ \

-,

,)~\ '-:z=+.

\/ ,\ 9,\

.•...•;

/::C <=--;P ~ ;

~

/

,ji'-~~)

~7) C)

..--\' \t;

'::)7> L-z ~.3--0

Page 50: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

vo,

Page 51: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

,,~,

f;Ji: 0)-" --

/' \,...-.?-" ::.(/'·v:

-N'

;7 ~e•...'

,1P '~"I

;,--~,~/,~.;;/--

I

1/

=-'-ILr"T

~\

,',---"

'-\'

Page 52: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

-> -l \::;J''/;C:'" P'"\:"'/;0

L.~ .'"';

<-., ,-,

~z: I - '-

l.~ -l-;-

'" .:J- ..vl

,-~--l,_I..:

~;: 2.-r- -Lv---..v

--,_kr-.J\~r;

'"'"'0

Page 53: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

::r=- t;'0,------ '\1 ~

'--...\ ) -,y- ~

;;I a h --- "- ---:-1 D -"a---- e- ---

c--> (Sf' r;G

C0 ;~"-

70 ------> cl

rrr-'--0

-/7C)

< ?

{3 '.2.

1=tJ' / '"<~~ 0::::

(1 J>

It.::P;--l

til,,~<0r .:::;t:::,.

Page 54: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

53

Esses rcg,istros grnficos nlS atividades rcalizadas, mostrum que es5.'lS

crian~n.5 csliio na terccira rase da escrita. que c chnmada de sil:l.bico-aJfaoctico, nu

qual se mistuN a 16gica da fase anterior com a idcntificalYao de algumas silnbas.

Essa rase marca a transi.;50 entre os esquema.5 previos em vias de ser

ah.lndonados c os esqllcmas em vias de sec construidos. pois a crinn93 descobre

que a siluro n:1o pode sec considemda como uma unidade, mas que cia e, poT suu

vez, composla de elementos menorcs.

Essa fuse: pede caracterizar-sc pela amissao de tetras nn cscrita da criall~'l.

mas na vcrdade a criam.;a estn acrescentando letms a sua cscrila da fase anterior.

como por cxemplo cia pode gmfar AYORE para a p.llavra A RVORE ou em outro

caso cia pode gmf~\r OVLAS pum a palavm OVELHAS.

E l11uito importnnte. nessa rase 0 trubalho com letms e silabas moveis nos

jogos C ;ltividadcs.

A seguir, aprescntamos as atividildes realizudas per outro grupo de crianc;,as

da mesma sala, a partir da mesma historia .,Um Estral1ho na Fa=cl1da" que sc

cnquildram em outra fase.

Page 55: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

I

!

\Ci'-..J'>-- t

-=-' -)~L-

--2

6- -=:>-::~--l- (

_~I~

V,-,_':

;.-",)

--::'JII

C?5'----[, '

'J:]p-

Page 56: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

//

Page 57: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

,,/ " ~:y

'Cl 'p,II':,-Z.-"?Qr.-:;q;CJ

0

"'"'!_•..•0V

/

)

Page 58: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

(_-'r\.1 -:1:]

'-. J

·"T\.\::-I

1-

o,;t.:

(.1'

--".\"7"

1i1 ._'''-

.~

.1>

Page 59: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

51

05 registros gniJicos dessas prodw;oes moslram que esse grupo de crianc;as

eSl'ft na ultimll I~\se da esc rita que e ch..1.mada de alfnbCtica. nn qunl ja dominnm,

cnfim 0 valor das tetras e silaros.

Ao chegar nesse nivcL pode-sc considernr que 0 aluno atingiu :I.

compreens50 do sistema de reprcsentm;ao da lingungcm escrila, pois ele perccbe

que a palavr..I cscriln c constituida de subconjunto de letras que 550 as silaoo.s.

Isso port-ffi n50 significa que todas as dificuldndes estejam vencidas. A

partir dai, surgiruo os problemas relativos a ortografia que sel:io Ir..tballmdos c

tratndos no periodo pos-alfubetizac;ao. quando sem cnfatizada n constru<;uo da base

orlogr.ifica.

Page 60: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

59

CONCLUSAO

o prcsenle tmbalho demonstrou a importullcia do trabalho com hist6rias

infnntis pam n aquisic;:ao da escritn com criunc;:as cia Educm;uo Infantil. pois as

hist6rias descl1Yoivem a curiosidade e dcsperlam 0 interesse dos alunos. fazendo-

os participarem da COllstruc;:ao do conhecimento.

A lingua escrila e urn objcto de uso social, como uma existcncia social.

Quando as crianr;as vivem em um ::unbiente urbano. enc.ontram escrit.as por todas

parte, como por exemplo: letreiros de rml, rotulos comcrciuis, propag;ll1dns,

antlficios de TV, jornais, revisrns, etc. Tern. entao, contato com lodns as INrU! e

em uma grnnde qUlll1tidade de estilos e tipos gn'dicos.

Cnbe a n6s, professores, Imzer essa cxpcri2ncia para a 5313 de aula e

transforma-Ia numa cxpericncia coletiva. 0 papel do pre-escola e 0 de fazer a

crial1~a compreender 0 que e 3. escrila e as suus fUI1c;oes c nilo npenas f~lzt:-la

compreender os escritos.

Segundo Elias (2000. p. 164), Emilia Ferreiro mostm que 0 sucesso dn

nlfa,betizru;ao requer a sliperoc,:ao d;] visuo eSlreitu que considern a aprendizagem

inicial da leitum e da escrila como uma u!cnica, pais 0 fato de recitar 0 alfabeto

nao asscgura a ninguem 0 accsso a leitura ou ;'1escrita. isto 15, ser alfabetizado. Ate

entfio nao se dava a minima aten1;ao aD signilicado da escrita embutida nos

rabiscos artisticos das crian~as, ncm havi ••preocupa~iio em identificar os processos

cognitivos infuntis subjacentes;i uquisi9uO da cscrim.

Pam Emilia Ferreiro u criaruya 56 aprende (conhcce) realmentc qmmdo

estabclcce as relaf;oes, isto e, quando constr6i 0 conceito. Porem, e importanle a

a~ao dos educadores no pmce~so de COllstYUI;;aOdos conceitos. Sabemos. que

muitos dos '<erros" comelido5 pc las crianc;as, f:tZem parte do proccsso de

conslruyao dos '<acertos·'.

E no processo de fomuu;ao de conceitos que sc di a \Icrdndeira

aprendiz.1gcm. Pam isso, 0 professor nao deve apenas dizer a crian~a HO que l~lzer

e 0 que sc deve saber", mas promover e l1ulrir a motivac;ao, all'8vcs da cri3~aO de

Page 61: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

possibilidndes de w~ao. Devc criar urn mcio em que as crian~as scjam ativ:1s,

iniciando c completando suas ntividadc!S. 0 erro da crian~'1 t.lImbem deve ser

respci1ndo, sugerindo a cia ()utrus c:tminhos de a~30.

Para que entaD 0 gosto rein escrita atravcs de hist6rias infantis seja

dcspertado e preciso que nos profcssorcs possibilitemos cssas experiencins tendo

como refcrencial tudo 0 que foi e.xplicitado anteriomlcnt.e.

Page 62: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

61

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BARROS, C. S. O. Psicologia c Construtivismo. 1 ed. Sao Paulo: Atica, 1996.

CAMINO, I. LACHARRON, D. A Fazenda da Bicharada,

CAGLIARI, Luiz C. Alfabctiza~ao & lingiiistica. 10 ed. Sao Paulo: Scipione,1997.

CRAIDY, C. KAERCHER, G. E. Educa~ao infantil: pra que te quero? PortoAlegre: Artes Medicas Sui, 2001.

ELIAS, M. D. C. Dc Emilio a Emilia: a trajet6ria da alrabetinu;:ao. I ed., SaoPaulo: Scipione, 2002.

FERREIRA, M. C. R.; MELLO, A. M. (orgs.) Os fazcrcs ua cducat;iio infantiLSao Paulo: Cortez, 200 I.

FERREIRO, Emilia. Com todas ~IS lctras. Sao Paulo: Artmcd, 1992.

FONTANA, R.; CRUZ, N. (orgs.) Psicologia e trabalho pedagogico. Sao Paulo:Alual, 1997.

FONTES, Martins. Pcnsamento c linguagcm - L.S. Vigotsk. 2 cd., Sao Paulo:Martins Fontes. 1998.

HA YDT, R. C. C. Curso de didatica geral. 4 ed., Sao Paulo: Atica, 1997.

KLEIN, L. R. Alfabctiza~ao: quem tem medo de ensinar? 2 ed., Sao Paulo:Cortez, 1997.

Page 63: I'RISCILA ZUCARELLI RIBEIRO …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2014/04/A-AQUISICAO-DA-LINGUA... · ou fasesda escrita em !Jue as ... ('>Zna hist6ria da JX.-dagogi:t impuisionoll

62

OLIVEIRA, M. K. de. Vygot~ky: aprendizado c desenvolvimcnto - urn proccssosocio-historico. 4 ed .. Sao Paulo: Scipione, 1999.

PILETII. Nelson. Psicologia educacional. 13 cd., S50 Paulo: Alica, 1995.

REVISTA NOVA ESCOLA, ed. JaneirolFcvcreiro. 5"0 Puulo: Abril, 2001.

RIBEIRO, L. E.; PfNTO. G. R. 0 real do construtivi5:mo. 6'" ed. Bt:loJ-Iorizonte: Fapi.

SPODEK, B. SARACI-IO. O. N. Ensinando crian~a!li de tres a oito :lOOS. PortoAlegre: Artes M6dicas SuI. 2001.

http://www.centrorefcducacional.com.br (Accssado em 23/0312003 e 3011112003).