IVA INCLUÍDO] Incêndio em lar Casa ilegal embargada em...

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 90 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.01.04 pub. Tiago Targino, natural de Beja e filho de uma antiga glória do Desportivo, o brasileiro Hilton, tem cativado adeptos e olheiros com o seu fu- tebol rápido e objectivo. Com 21 anos, o jovem alentejano é uma das “armas secretas” do sensa- cional Guimarães de Manuel Cajuda. P. 12 | CORREIO DESPORTIVO Os sonhos de Tiago Targino Incêndio em lar põe Serpa de luto Acidente. Três idosos morreram e dois ficaram feridos com gravidade Três mortos, oito feridos graves, dois deles transferidos para Lisboa, foi o balanço do incêndio que na passa- da segunda-feira, 31, atingiu um lar na cidade de Serpa. Na sequência do incêndio, duas mulheres morreram carbonizadas e um homem foi vítima de enfarte do miocárdio, todos com idades entre os 80 e 91 anos. O in- cêndio no Lar de São Francisco, que albergava 102 idosos, deflagrou cer- ca das 08h45, na zona dos quartos, tendo as chamas sido extintas pelos bombeiros em pouco mais de uma hora, depois de evacuados todos os utentes, que foram concentrados numa igreja adjacente à instituição. P.02 | BAIXO ALENTEJO Três pessoas morreram segunda-feira, dia 31, na sequência de um incêndio no Lar de São Francisco, na cidade de Serpa. 284 602 175 ALJUSTREL Autarquia Câmara de Beja apoia freguesias A Câmara de Beja e as 18 juntas de freguesia do concelho assina- ram na última sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007, protocolos de descentralização de compe- tências. Aprovado pelos órgãos executivo e deliberativo do Muni- cípio e das freguesias (à excepção de São João Batista), o protocolo prevê a transferência de pouco mais de 1,4 milhões de euros do orçamento para 2008 da autar- quia para as juntas de freguesia, mais 34,5% que em 2007. P.04 | BAIXO ALENTEJO Obras Casa ilegal embargada em Beja A empresa Construções Pinelen- se não respeitou os embargos à construção de uma vivenda nos arredores de Beja, por estar em desconformidade com o projec- to aprovado, e de uma vedação com muro de fundação, sem au- torização e licença municipal. Perante o incumprimento, foi “aberto um processo de contra- ordenação e aplicada uma coi- ma no valor de 100 mil euros. P.03 | BAIXO ALENTEJO pub. Um alentejano no Paris-Dakar A morte do “pai” da prova, o francês Thierry Sabine, marcou para sempre a edição de 1986 de mítico Rally Paris-Dakar, que em 2006 começou a partir de Lisboa. Presente nessa edição, o “alentejano” Nelson Rosa re- corda ao “Correio Alentejo” uma experiência memo- rável, apadrinhada por… Linda de Suza. P. 14 | GUI’ARTE

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 2 // N 90 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.01.04

pub.

Tiago Targino, natural de Beja e fi lho de uma antiga glória do Desportivo, o brasileiro Hilton, tem cativado adeptos e olheiros com o seu fu-tebol rápido e objectivo. Com 21 anos, o jovem alentejano é uma das “armas secretas” do sensa-cional Guimarães de Manuel Cajuda. P.12 | CORREIO DESPORTIVO

Os sonhos deTiago Targino

Incêndio em lar põe Serpa de luto

Acidente. Três idosos morreram e dois fi caram feridos com gravidade

Três mortos, oito feridos graves, dois deles transferidos para Lisboa, foi o balanço do incêndio que na passa-da segunda-feira, 31, atingiu um lar na cidade de Serpa. Na sequência do incêndio, duas mulheres morreram carbonizadas e um homem foi vítima de enfarte do miocárdio, todos com idades entre os 80 e 91 anos. O in-cêndio no Lar de São Francisco, que albergava 102 idosos, defl agrou cer-ca das 08h45, na zona dos quartos, tendo as chamas sido extintas pelos bombeiros em pouco mais de uma hora, depois de evacuados todos os utentes, que foram concentrados numa igreja adjacente à instituição.P.02 | BAIXO ALENTEJO

Três pessoas morreram segunda-feira, dia 31, na sequência de um incêndio no Lar de São Francisco, na cidade de Serpa.

2 8 4 6 0 2 1 7 5A L J U S T R E L

Autarquia

Câmara deBeja apoiafreguesiasA Câmara de Beja e as 18 juntas de freguesia do concelho assina-ram na última sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007, protocolos de descentralização de compe-tências. Aprovado pelos órgãos executivo e deliberativo do Muni-cípio e das freguesias (à excepção de São João Batista), o protocolo prevê a transferência de pouco mais de 1,4 milhões de euros do orçamento para 2008 da autar-quia para as juntas de freguesia, mais 34,5% que em 2007.P.04 | BAIXO ALENTEJO

Obras

Casa ilegalembargadaem BejaA empresa Construções Pinelen-se não respeitou os embargos à construção de uma vivenda nos arredores de Beja, por estar em desconformidade com o projec-to aprovado, e de uma vedação com muro de fundação, sem au-torização e licença municipal. Perante o incumprimento, foi “aberto um processo de contra-ordenação e aplicada uma coi-ma no valor de 100 mil euros.P.03 | BAIXO ALENTEJO

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Um alentejanono Paris-DakarA morte do “pai” da prova, o francês Thierry Sabine, marcou para sempre a edição de 1986 de mítico Rally Paris-Dakar, que em 2006 começou a partir de Lisboa. Presente nessa edição, o “alentejano” Nelson Rosa re-corda ao “Correio Alentejo” uma experiência memo-rável, apadrinhada por… Linda de Suza.P.14 | GUI’ARTE

02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.01.04

BT DA GNR FAZ BALANÇO Em 2007 morreram 741 pessoas em

Portugal, num total de 99.685 aciden-tes de viação. Trata-se de um aumento da mortalidade e uma diminuição do número de sinistros em relação a 2006.

“Conhecíamos a precariedade das insta-lações, no entanto, as condições mínimas estavam asseguradas.”

Maria Ana Piresprovedora da Misericórdia de Serpa

URGÊNCIAS MAIS CARAS EM 2008 Aceder ao Serviço de Urgências do

Hospital Distrital de Beja passou a custar 8,20 euros no dia 1 de Janeiro. Nos centros de saúde a taxa aumen-tou para 3,60 euros.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Acidente. Curto circuito deverá ter estado na origem do fogo que causou a tragédia

Incêndio em lar põe Serpa de luto

Três pessoas morreram segunda-feira, 31, na sequência de um incêndio no Lar de São Francisco, na cidade de Serpa.

Provedora da Santa Casa da Misericórdia reco-nheceu que o lar de idosos funcionava em instala-ções precárias.

T rês mortos, oito feridos gra-ves, dois deles transferidos para o Hospital de S. José, em

Lisboa, foi o balanço do incêndio que na passada segunda-feira, 31 de Dezembro, atingiu um lar na ci-dade de Serpa. Na sequência do in-cêndio, duas mulheres morreram

carbonizadas e um homem foi víti-ma de enfarte do miocárdio, todos com idades entre os 80 e 91 anos.

Para as urgências do Hospital de Beja, foram transferidos oito idosos com queimaduras e intoxi-cação e que inspiravam mais cui-dados, tendo dois deles, com quei-

maduras na face e couro cabeludo, sido evacuados para o Hospital de S. José, em Lisboa.

Todos os restantes utentes e fun-cionários do lar, gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa, fo-ram observados, por precaução, no Hospital de Serpa, mas cerca de 40 mereceram uma “observação mais detalhada”, tendo alguns pernoita-do na unidade de saúde.

Instalações precárias. O incêndio no Lar de São Francisco, que alber-gava 102 idosos, defl agrou cerca das 08h45, na zona dos quartos, tendo as chamas sido extintas pe-los bombeiros em pouco mais de uma hora, depois de evacuados todos os utentes, que foram con-

Evacuação dos idosos foi feita por cinco corporações de bombeiros do distrito de Beja

centrados numa igreja adjacente à instituição.

Tanto os responsáveis da Santa Casa da Misericórdia, como dos bombeiros, escusaram-se a avan-çar as suspeitas sobre causas do fogo, embora a provedora, Maria Ana Pires, tenha afi rmado que se tratou de um “acidente na zona dos quartos”.

O fogo danifi cou a área dos quar-tos, onde defl agrou e que era mais recente, não atingido a parte mais antiga, onde se localizam o refeitó-rio, a cozinha e outras valências.

A provedora da Misericórdia re-conheceu, em declarações ao “CA”, que o lar de idosos funcionava em instalações precárias, apesar de cumprir os requisitos mínimos de

segurança. “Conhecíamos a preca-riedade das instalações, no entan-to, as condições mínimas estavam asseguradas”, afi rmou, garantindo que o total de 102 idosos que se en-contravam alojados no lar respei-tava o acordo de cooperação esta-belecido com a Segurança Social.

Presente no local, o governa-dor civil de Beja, Manuel Monge, garantiu o realojamento de todos os idosos do lar em instituições de solidariedade social e em escolas da região. Sendo um realojamento provisório, Manuel Monge assegu-rou que a solução defi nitiva passa pela reconstrução do lar.

“Apesar de tudo, os danos no lar não são muito grandes e espera-mos que dentro de poucas sema-nas a instituição esteja de novo a funcionar”, disse.

Quanto às causas do incêndio, o governador civil escusou-se a avançar qualquer suspeita, real-çando que o fogo será objecto de um inquérito por parte das autori-dades policiais.

“A Policia Judiciária e a GNR irão fazer as suas investigações e comu-nicarão quando julgarem oportu-no. Isto já não é do nosso âmbito, mas sim dos técnicos especialis-tas”, disse.

Segurança Socialgarante condições de funcionamentoO presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, garantiu que o Lar de São Francisco reunia as con-dições “adequadas” de funcio-namento, apesar de serem ins-talações com “algum tempo” e, eventualmente, necessitadas de modernização. O mesmo responsável, que se deslocou ao local do acidente, sublinhou que o lar apresentava “perfeitas condições de funcionamento”, mesmo tratando-se de “uma instalação com algum tempo e a necessitar de eventual inter-venção de modernização”. “É um lar como outros que temos no país. Temos vindo a traba-lhar para o requalifi car”, insis-tiu o presidente do Instituto da Segurança Social.O acordo de cooperação entre a Misericórdia de Serpa e a Segu-rança Social, que estabelece as obrigações de ambas as partes, reforçou Edmundo Martinho, “estava a ser cumprido”. “Sa-bendo nós que o lar precisava de alguns melhoramentos, nomeadamente ao nível de al-guma modernização das suas instalações, o acordo de coope-ração estava a ser integralmen-te respeitado”, reiterou.

REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2008.01.0403

Construção. Autarquia de Beja embargou construção de vivenda na periferia da cidade

Construtor ignoraembargo da Câmara

Construtor avançou com obra “em desconformidade” com o projecto aprovado na Câmara Municipal.

Proprietário está confron-tado com processo de contra-ordenação e foi multado em 100 mil euros.

A empresa Construções Pinelense, proprieda-de de Paulo Rodrigues, não respeitou os em-bargos à construção de uma vivenda, por estar em desconformidade com o projecto aprova-do, e de uma vedação com muro de fundação, sem autorização e licença municipal. Os res-pectivos processos foram decididos pela Câ-mara Municipal de Beja há cerca de um ano, respectivamente a 12 e 29 de Janeiro.

A obra, situada no lugar de Vale de Cóco-ras, junto à Estrada Nacional 118, no troço entre Beja e Penedo Gordo, foi construída a partir de um casão para fi ns agrícolas, loca-lizada em zona de Reserva Agrícola Nacional (RAN), tendo sofrido inúmeras alterações in-teriores e exteriores para ser convertida em habitação.

Segundo um documento a que o “Correio Alentejo” teve acesso, sobre o muro, constru-ído a uma distância ilegal do eixo da via, “já houve parecer defi nitivo e negativo das Es-tradas de Portugal, tendo a empresa sido inti-mada a proceder à sua demolição”. Contudo, até à data, esta situação ainda não aconteceu, embora o prazo expire apenas no fi nal do mês de Janeiro.

Em sentido contrário, já expirou o prazo para que o proprietário solicitasse à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Alentejo para que “fosse viabilizada a alteração ao uso para habitação”.

Segundo apurou o “CA”, no processo existe um ofício assinado pela presidente da CCDR do Alentejo, onde é referido que “a sociedade [Construções Pinelense] não reúne os requi-sitos exigidos, por não se dedicar à agricultu-

ra”, pelo que a casa poderá também ser alvo de demolição, nas alterações que sofreu face ao casão existente.

Perante o incumprimento da intimação feita pela autarquia, para que a obra fosse re-posta de acordo com o projecto aprovado, foi “aberto um processo de contra-ordenação e aplicada uma coima no valor de 100.000 eu-ros”, revelou o vereador Miguel Ramalho.

O autarca referiu ainda que “a empresa apresentou recurso, o processo foi remetido ao Ministério Público e será o Tribunal a decidir”.

Considerando a conduta do empresário de construção civil “como muito grave e desres-

Acidente

Quatro homens, com idades compreendi-das entre os 24 e os 46 anos, morreram na segunda-feira, 31 de Dezembro de 2007, na sequência de um acidente de viação ocorrido numa estrada municipal (EM) de Odemira, tendo os corpos sido encontra-dos no interior de uma viatura submersa numa ribeira.

O acidente teve lugar de madrugada, muito provavelmente perto das 3h00, jun-to à zona do Monte Sobreiro, em plena EM 129, que liga as localidades de Sabóia e Boavista dos Pinheiros. A viatura só foi de-tectada horas mais tarde, cerca das 8h45, altura em que os Bombeiros Voluntários de Odemira foram alertados para o sinistro pelo próprio sub-comandante da corpora-ção, que passou no local e se apercebeu de marcas de travagem no asfalto.

“Quando espreitei para a valeta dei com o carro, mas não consegui ver se es-tava alguém lá dentro por causa da água”, revelou o sub-comandante dos Bombei-ros de Odemira em declarações ao “Jornal de Notícias”.

“O veículo foi encontrado submerso numa ribeira, em posição invertida, sen-do apenas visível as rodas”, acrescentou fonte da GNR citada pela Agência Lusa, avançando de imediato a possibilidade da viatura ter capotado na sequência de despiste.

No interior da viatura seguiam quatro homens, todos eles residentes no conce-lho de Odemira, com idades compreendi-das entre os 24 e os 46 anos, que devem ter morrido afogados. Um deles, Vítor Manuel Pereira Agostinho, de 34 anos, era mesmo fi lho do sub-chefe dos Bombeiros Voluntários de Odemira.

Marco Paulo do Corro Modesto Sobral, de 24 anos, Carlos Alberto Paulino da Sil-va, de 38 anos, e Joaquim António Fausti-no Silvestre, de 46 anos, foram as outras vítimas mortais do acidente.

Os quatro homens eram vistos com fre-quência juntos e na noite de domingo, 30, deverão ter estado a jantar. O destino da viagem fatal é, contudo, desconhecido.

Despiste causaquatro mortosno concelho de Odemira

peitadora das mais elementares normas urba-nísticas”, a autarquia participou os factos ao Instituto da Construção e Imobiliário (INCI), podendo o mesmo “proceder à suspensão do alvará”, explicou Miguel Ramalho.

O vereador do pelouro da Urbanização assegurou também numa reunião do execu-tivo municipal que “não haverá situações de impunidade no concelho, venham de onde vierem”. E assegurou que “será reposta a lega-lidade”.

O “CA” tentou obter um comentário do proprietário da obra mas isso não foi possível em tempo útil.

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Acidente. Fogo deixou desalojadas duas famílias

Incêndio em Bejadestrói duas casasUma habitação no centro histórico de Beja fi -cou completamente destruídas por um incên-dio na noite de quinta-feira, 27. Um curto-cir-cuito terá estado na origem do fogo que destruí a casa onde morava “um casal jovem”, tendo a moradia contígua fi cado parcialmente danifi -cada. Carla Grosso, residente nessa habitação com o companheiro, a mãe e duas fi lhas, foi a primeira a aperceber-se da gravidade da situa-ção. Em declarações ao “Correio Alentejo”, rela-ta que “por volta da meia-noite” ouviu “vários estalos que pareciam foguetes” e sentiu o chei-ro a fumo “invadir rapidamente” a sua casa.

O alerta para os bombeiros foi dado às 00h18, tendo as operações de combate às chamas de-morado cerca de quatro horas, com a mobiliza-ção de 21 bombeiros e sete viaturas. A interven-ção fi cou, contudo, marcada pela demora do piquete da EDP para desligar a corrente eléc-trica. O segundo comandante dos bombeiros de Beja, Pedro Barahona, lamentou que aquele piquete tivesse “demorado quase uma hora” para chegar ao local. Concluída a operação de socorro, o casal residente no edifício onde teve origem o incêndio foi realojado em casa de um familiar. Por seu turno, Carla Grosso e a família foram encaminhados pelos Serviços de Protec-ção Civil da autarquia para um hotel da cidade. A Segurança Social anunciou que vai prestar apoio às duas famílias ao nível dos bens mais básicos. José Guerra, director daquele serviço em Beja, revelou que, “depois de feita a avalia-ção dos prejuízos, será também estipulado um apoio económico”.

Obra embargada situa-se em Vale de Cócoras

Viatura “mergulhou” numa ribeira que cruza a estrada entre Sabóia e Boa-vista dos Pinheiros.

REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.01.04 04

A Câmara de Beja e as 18 juntas de freguesia do concelho assinaram na última sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007, protocolos de descentrali-zação de competências. Aprovado pelos órgãos executivo e delibera-tivo do Município e das freguesias (à excepção de São João Batista), o protocolo prevê a transferência de pouco mais de 1,4 milhões de eu-ros do orçamento para 2008 da au-tarquia para as juntas de freguesia, mais 34,5% que em 2007.

“Esta é uma questão política. A descentralização de competências para as juntas de freguesia vai de encontro àquilo que deve ser o tra-balho autárquico”, sublinhou du-rante a cerimónia, realizada no Sa-lão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara de Beja, o presidente da autarquia, Francisco Santos, acres-centando: “Que deste protocolo resulte mais efi ciência e efi cácia na acção da Câmara e das juntas de freguesia”.

Em 2008, as juntas de freguesia do concelho de Beja vão assim ver as suas competências alargadas a áreas como a gestão e conservação de jardins e outros espaços ajardi-nados; a colocação e manutenção de sinalização toponímica, nome-adamente, a pintura e manutenção

Câmara de Beja pretende valorizar o papel das juntas de freguesia na resolução dos problemas dos munícipes.

Autarquias. Protocolo assinado visa delegar competências da Câmara Municipal nas juntas de freguesia

Juntas de Beja recebem 1,4 milhões em 2008

Freguesia de S. Brissos é uma das signatárias do protocolo

dos suportes próprios onde são co-locadas as placas toponímicas; ou a conservação e limpeza urbana, incluindo a limpeza e monda quí-mica ou manual de infestantes.

A conservação e calcetamento de ruas e passeios – excepto situ-ações resultantes de intervenções de empresas concessionárias de serviços públicos ou outras –; a

gestão, conservação e reparação de escolas do ensino básico e do ensino pré-escolar; a gestão, con-servação e reparação de centros de apoio à terceira idade, bibliotecas e outros equipamentos culturais e desportivos do âmbito da fregue-sia; a colocação e manutenção de sinalização de trânsito; a manu-tenção de mobiliário urbano, no-

meadamente, bancos, papeleiras e abrigos de passageiros; a recolha ao domicílio de monstros domésticos; e a manutenção de infra-estruturas e equipamentos públicos, como pontes, pontões, poços, varandas e muretes existentes no perímetro urbano da freguesia, são outras das “novas” competências das juntas de freguesia do concelho bejense em 2008.

Questão histórica. A delegação de competências da Câmara de Beja para as juntas de freguesia do concelho é encarada como uma “questão histórica” pelo vereador responsável pelos pelouros do Ur-banismo e Urbanização, até por serem estas que “mais próximas estão” das populações e dos seus problemas.

Miguel Ramalho explicou ao “Correio Alentejo” que os protoco-los agora assinados não são mais que uma formalidade legislativa que permite “uma melhoria subs-tancial” nas verbas transferidas para as juntas de freguesia e re-presentam “uma manifestação de confi ança do Município no papel que as juntas de freguesia têm de-sempenhado, e podem cada vez mais desempenhar, na resolução dos pequenos problemas com que as populações se debatem no dia-a-dia”.

Acrescenta o edil que em 2008 o Município bejense assegura, em média, “uma obra no montante de 50 euros por cada habitante”, o que, na sua opinião, possibilitará o “desenvolvimento sustentável de todo o concelho e não apenas da cidade”.

Serpa

Exposiçãode relógios“Duzentos Anos de Relógios dos Nossos Antepassados” é o título da exposição que estará patente entre este sábado, 5, e 31 de Julho no Museu do Reló-gio de Serpa. A mostra, que pode ser visitada de terça a sexta-feira entre as 14h00 e as 18h00 e nos sábados, domingos e feriados das 10h00 às 18h00, é composta por cerca de seis centenas de relógios de bolso e punho utilizados du-rante os séculos XVIII, XIX e XX, e entretanto restauradas na ofi -cina do museu pelos seus mes-tres relojoeiros António Silva e João Vinhas.Fundado em 1972, o Museu do Relógio de Serpa já foi visitado por cerca de 300.000 turistas e consegue subsistir através da sua ofi cina de restauro, que efectua trabalhos para grandes colecções de Portugal, Espa-nha, França, Alemanha ou In-glaterra.

Mértola

Reunião deempresáriosPotenciar a troca de experiên-cias e dar a conhecer as ferra-mentas de apoio e incentivos às empresas é o grande objectivo da quarta edição do Encontro de Empresários do Concelho de Mértola, que se realiza este sá-bado, 5. A iniciativa, com início agendado para as 14h30, é pro-movida pela Câmara Municipal local e vai ter lugar no salão dos Bombeiros Voluntários. A sessão de abertura do en-contro será presidida pelo presidente da edilidade, Jorge Pulido Valente, pela presiden-te da CCDR do Alentejo, Maria Leal Monteiro, e pelo director da ADRAL, Luís Cavaco. O en-contro segue com várias inter-venções, terminando com uma palestra de António Cebola, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inova-ção, sobre os “Incentivos às Empresas no âmbito do QREN 2007-2013”.

Alqueva

EDIA lança concursode barragem intermédiaA empresa gestora de Alqueva ga-rante que “prossegue o calendário estabelecido” para ligar a barragem às principais albufeiras do Alen-tejo, estando já concluídas as liga-ções ao Monte Novo e Alvito. De acordo com a Empresa de Desen-volvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), todas as ligações às principais albufeiras alentejanas já se encontram ou concluídas, em curso, em fase de adjudicação ou em concurso. A garantia da empre-sa surge num comunicado envia-do à agência Lusa onde anuncia o lançamento de mais um concurso, desta vez para a construção da bar-ragem intermédia do Penedrão e do terceiro troço do adutor entre as albufeiras do Pisão e do Roxo.O concurso destina-se à constru-ção do terceiro troço do adutor Pi-são/Roxo, com 4800 metros de ex-tensão, 4400 dos quais em conduta de betão armado com alma de aço e com dois metros de diâmetro, ligando a barragem do Penedrão

à albufeira do Roxo. E inclui tam-bém a construção da barragem do Penedrão, um reservatório in-termédio onde será instalada a tomada de água para a albufeira do Roxo, construída em aterro zo-nado, com uma altura máxima de 26 metros e cerca de 385 metros de comprimento no coroamento. O preço base deste concurso é de 14 milhões de euros e o prazo de exe-cução de 14 meses.Até 2009, a Barragem de Alqueva vai garantir o abastecimento pú-blico de água a cerca de 200 mil habitantes dos distritos de Beja e Évora.Quanto à agricultura, a água de Al-queva já “alimenta” cerca de 8.811 hectares de regadio, estando 31.088 em execução, adjudicados ou em concurso. Com as várias obras, concluídas, em curso ou a lançar em breve, a EDIA garante que serão criadas as condições para alcançar a meta de 53.187 hectares de rega-dio estabelecida para 2009.

Serpa

Assembleiareivindica IP8sem portagemA Assembleia Municipal de Serpa aprovou na sua última sessão, realizada a 27 de De-zembro de 2007, duas moções onde, por um lado, reivindica a construção do IP-8 em formato de auto-estrada na sua totali-dade e sem portagens, e onde, por outro lado, critica a nova lei eleitoral para as autarquias.

Na primeira moção, apro-vada por maioria com um voto contra do PS, três abstenções do PS e 18 votos a favor da CDU e PSD, os eleitos exigem a cons-trução de todo o IP8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, em perfi l de auto-estrada e sem porta-gens, no sentido de promover “o desenvolvimento do Baixo Alentejo, da região e do país”.

Na mesma sessão, a Assem-bleia Municipal de Serpa apro-vou ainda, com quatro votos contra do PS e PSD e 18 votos a favor (17 da CDU e um do PS), uma segunda moção em que contesta as alterações impostas por PS e PSD à lei eleitoral das autarquias, sobretudo no artigo que afasta os presidentes das juntas de freguesia de terem assento na Assembleia Muni-cipal. Refere a moção serpense que estas mudanças ferem “de morte conceitos democráticos, princípios sagrados e valores sociais inalienáveis e indis-poníveis”, acrescentando: “De ‘cutelo’ em punho, esta even-tual alteração vem calar a voz, condicionar o pensamento, esmagar a vontade, aniquilar a opinião dos legítimos repre-sentantes das freguesias nas assembleias municipais e na vida das respectivas freguesias que é, também, a vida do Mu-nicípio”.

E AINDA...

PS DE ODEMIRA CELEBRA 10 ANOS DE LIDERANÇA. A Comissão Política Concelhia do PS de Ode-mira promove este sábado, 5, um jantar comemorativo dos 10 anos de António Camilo na presidência da Câmara Municipal. A inicia-tiva vai ter lugar no salão dos Bombeiros Voluntários e contará com as presenças do presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Luís Pita Ameixa, e do líder do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República, Alberto Martins.

PLANÍCIE DOURADA PROMOVE PORCO E BORREGO. A Região de Turismo Planície Dourada volta a promover em 2008 os sabores característicos do Baixo Alentejo com mais uma edição das sema-nas gastronómicas do porco e do borrego. A primeira, dedicada ao porco alentejano, terá lugar entre 2 e 8 de Fevereiro e conta com a adesão de 56 restaurantes. A Semana Gastronómica do Borrego realizar-se-á entre 17 e 23 de Março, durante o período festivo da Páscoa, com a participação dos mesmos 56 restaurantes.

ANÁLISES & OPINIÃOsexta-feira2008.01.040505

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

Os comerciantes da região voltaram a queixar-se do baixo volume de vendas na época natalícia. A fra-

ca condição de vida das pessoas, a concorrência desenfreada das lojas chinesas e o apelo irresistível das grandes superfícies “roubou” um período que costumava aju-dar a equilibrar o ano. Claro que não foi assim para todos. Muitos comerciantes sabem lidar com as difi culdades, encontrar alterna-tivas e criar formas de aproveitar menos-mal a época alta. Contudo, para aqueles que fi cam “atrás do balcão” à espera da clientela, a vida voltou a não ser fácil. E vai conti-nuar a piorar!

Hoje, quando saem de casa para fazer compras, as pessoas querem comodidade no acesso aos locais de comércio, oferta muito diver-sifi cada e com custos apelativos, pontos de animação e gestos de bom acolhimento.

Será que isto costuma acontecer nas nossas terras? Claro que não. Em Beja, por exemplo, o estacionamento é pago, as tabelas de pre-ços nas lojas são pouco recomendáveis, a animação é quase nula, o encantamento do Natal parece diluir-se nas luzes coloridas postas em cada rua.

Quando não há um verdadeiro empenho dos interessados em mudar o estado das coisas, é natural que o problema se multiplique. Por isso, não parece muito difícil de perceber que, se os comercian-tes não derem as mãos e defi nirem uma estratégia arrojada e muito apelativa, vão continuar a perder clientes e rendimentos. No Natal e no resto do ano.

2008. As últimas semanas foram preciosas para dar a perce-ber que o ambiente eleitoral vai “aquecer” nos próximos meses. A data das eleições autárquicas começa a estar à vista e, naturalmen-te, há estratégias que assumem uma maior clareza. Veremos quem vai colher frutos da táctica certa e do bom planeamento e quem, em sentido contrário, vai ser derrotado por ter dado campo a hesitações e equívocos.

Quando não há um verdadeiro empenho dos interessados em mudar o estado das coisas, é natural que o problema se multipli-que.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Comércioe ano novo

opiniãoprofessora na Ludwig-Maximilians-Universität - Munique*

Um poema de Torga

Opoeta português Miguel Torga (n. 1907, S.Martinho de Anta, concelho de Sabrosa - m. 1995, Coimbra) escreveu quase todos os anos no seu Diário (16 volumes, de 1932 a

1993) um poema de Natal. Este é de 1966 e foi escrito em S. Martinho de Anta.

Mais uma vez Torga havia regressado ao berço da infância para aí passar a quadra natalícia. Temos uma estrofe de 14 versos que nos lembra o soneto, sem no entanto obe-decer às suas regras. A rima aproxima o quarto verso do oitavo: “me-ditar” rima com “duvi-dar”, o que sublinha o conteúdo destas linhas: trata-se de uma medita-ção por onde perpassa a dúvida.

O eu poético come-ça por “ler”, isto é, por reconhecer ao virar a página desse dia (“pá-gina da noite”) o nome daquele que se festeja: Menino Deus, nome que em si contém uma oposição, sobre a qual o eu vai refl ectir. Trata-se de um milagre e “mila-gre dobrado”, pois um nascimento em si já é qualquer coisa de mila-groso, assim o viu Torga noutros poemas e em vários contos, e este é, segundo a tradição e a fé dos cristãos, o nascimento de uma criança divina.

O eu poético marca bem a sua posição, ele não é crente - “Em Deus não acredito” Aqui poderia ar-rumar-se o assunto, porquê e para quê festejar um milagre no qual não acredito? Mas o leitor depara-se com a pergunta: como pode o sujeito poético, como

podemos nós duvidar do nascimento dum Menino? Aqui reside o paradoxo de, por um lado, não acreditar em Deus, por outro não negar completamente a Sua encarnação, a Sua humanidade, por ele representar todos os meninos por esse mundo fora nascidos em currais de gado, à margem da sociedade, logo de nas-cença recebidos com desdém, como intrusos num mundo que se quer cheio de sucesso, rico, luxuoso,

brilhante. E vem o poeta no-lo lembrar: a festa, o ritual do Natal sublima todos os nascimentos, di-vinos ou não, todos eles sendo princípios de espe-rança. Mesmo com “ho-rizontes pequenos”, por-que nós humanos nunca conseguimos vislumbrar nada para além dos nos-sos próprios limites, nas crianças pomos semen-tes de esperança, cada recém-nascido signifi ca uma “alvorada”, um novo dia.

A poesia, como acto criador que é, consegue milagres, junta divindade e humanidade, porque ela própria paira entre a terra e o céu. O ritual do Natal contém ele mesmo traços de humanidade e de di-vindade. Mesmo para os não-crentes estes dias de festa parecem fugir ao ex-

clusivamente terreno, numa tentativa de espiritualizar aquilo que é dia-a-dia, comezinho e material. Como em muitos outros poemas de Natal, Torga capta um momento que lhe merece não um simples comentário em prosa, mas um tom lírico e uma melodia que, aos nossos ouvidos, carentes de harmonia, podem servir de consolo.

Luísa Costa Hölzl*

Natal

Leio o teu nomeNa página da noite:Menino Deus...E fi co a meditarNo milagre dobradoDe ser Deus e menino.Em Deus não acredito.Mas de ti como posso duvidar?Todos os dias nascemMeninos pobres em currais de gado.Crianças que são ânsias alargadasDe horizontes pequenos.Humanas alvoradas...A divindade é o menos.

EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

Chegar aos sub-21 é muito bom e já que aqui cheguei, agora é caminhar para a selecção AA. Sei que é muito difícil, mas não impossível.

TIAGO TARGINOjogador do Vitória de Guimarães

“FRASE DA SEMANA

RETRATO 7 DIASsexta-feira2008.01.04 06

RESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1959. Inaugurado o Metropolitano de Lisboa.

1980. Descoberto na província chinesa de Yunnan, um crânio humano de aproximadamente oito mi-lhões de anos.

1992. Acordo entre EUA e Rússia sobre o Tratado de Redução de Armas Nucleares Estratégicas.

1883. Nascimento do fi lósofo português Leonardo Coimbra em Lixa, Amarante. Foi um dos fundadores da Renascença Portuguesa.

2000. Sonda Cassini-Huygens faz a maior aproximação ao planeta Júpiter.

2006. Execução de Saddam Hussein, ex-ditador do Iraque.

1787. É inaugurado o Obser-vatório Astronómico da Academia de Ciências de Lisboa.

1926. Estabelecido em Portugal um regime militar.

1960. Álvaro Cunhal fugiu da prisão de Peniche.

1554. Faleceu o príncipe João de Portugal.

1839. Louis Daguerre, fotógrafo francês, tirou a primeira fotografi a da Lua.

1998. A Microsoft comprou o Hot-mail, maior serviço de e-mail grátis da Internet.

1622. O Papado adopta o dia 1 de Janeiro como início do ano novo, em vez do dia 25 de Março.

1999. Onze países europeus come-çaram a usar uma nova moe-da - o Euro - em transacções electrónicas.

1983. É criada a Internet.

1879. Thomas Edison mostrou ao público a lâmpada eléctrica incandescente, no seu labora-tório em Nova Jersey.

1895. Realizou-se em Paris a primeira sessão paga de cinema.

1991. É ofi cialmente extinta a União Soviética.

q_02 DESPISTE CAUSA MORTE

DENTRO DE UM CHARCO. O condutor de um automóvel morreu hoje na sequência do despiste da viatura, que acabou por cair dentro de um charco, perto de Évora. O acidente ocorreu cerca das 08h00 na Estrada Nacional (EN) 18, entre Évoramonte e Azaruja

CORREIO AZUL

CARLOS PINTO*

editor do CORREIO ALENTEJO*

Sem fumo

À12ª badalada das 00h00 de segunda para terça-feira os portugueses comeram pas-sas, beberam champanhe, deliciaram-se com as explosões do fogo-de-artifício… E

deixaram de ter o fumo dos cigarros como “compa-nheiros de mesa” num qualquer café ou restauran-te. Depois de muito apregoada, discutida e critica-da, a nova lei que proíbe que se fume em recintos públicos fechados entrou, FINALMENTE, em vigor. E reforço propositadamente o “fi nalmente” porque há muito que esta regra básica do civismo devia ser praticada entre os portugueses sem necessidade de recurso a imposições legislativas.

E se para os fumadores esta é uma lei repres-siva e a roçar o fascismo – já que, argumentam, limita a liberdade da escolha individual de cada um –, para todos aqueles que não fumam este é um momento de “libertação”. Uma liberdade que se vê no acto de deixarem de ser forçados a ter de aguentar o fumo maléfi co (e malcheiroso) dos cigarros de todos aqueles que, sem pudor ou respeito, incomodam os que por legítima opção social, religiosa ou de saúde decidiram, simples-mente, não fumar.

EDIA LANÇA MAIS CONCUR-SOS. A EDIA garantiu que “prossegue o calendário estabelecido” para ligar a barragem às principais albu-feiras do Alentejo. A empresa lançou mais um concurso para a construção da barragem intermédia do Penedrão e do terceiro troço do adutor entre Pisão e o Roxo.

d_30 DOMINGO s_31 SEGUNDA

INCÊNDIO CAUSA TRÊS MORTES EM SERPA. Três mortos, oito feridos graves, dois deles transferidos para Lisboa, e cerca de 40 idosos em observação médica detalhada foi o balanço de um incêndio em Serpa. O incêndio no Lar de S. Francisco, que albergava 102 idosos, defl agrou cerca das 08h45, na zona dos quartos.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“EXPRESSO”

O ritmo será, uma vez mais, de pára-arranca. O cenário de intermináveis fi las de trânsito nas estradas portuguesas vai repetir-se, este ano, na 30ª

edição do Euromilhões Lis-boa-Dakar. “Não há nada a fazer. Serão um facto incon-tornável”, diz a GNR que vai acompanhar o evento, de Lisboa a Portimão, a 5 e 6 de Janeiro.

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

Foi com algu-ma “surpresa” mas com “muita honra” que Faria de Oliveira rece-beu o convite para suceder a Santos Ferreira no cargo de

presidente da Caixa Geral de Depósitos “O senhor ministro [das Finanças] convocou-me e propôs-me este lugar, que aceitei de imediato, com muita hon-ra”, disse ao DN.

“RECORD”

O “Maestro” do Benfi ca foi eleito como fi gura do ano do jornal “Record” e revelou que não deseja

ser treinador depois de termi-nar a carreira. Ser director desportivo parece ser a ambição do nº 10 encarnado, que garante ser “apenas mais um” no Benfi ca.

NO MESMO DIA...

s_29 SÁBADO t_01 TERÇA

“JORNAL DE NOTÍCIAS”

O último dia do ano fi cou marcado de forma trágica no concelho de Odemira. “Quatro

fi lhos da terra”, com idades compreendidas entre os 24 e os 46 anos, morreram, ontem de madrugada, na se-quência do despiste da viatura onde seguiam.

“CORREIO DA MANHÔ

Segundo o “Correio da Manhã”, as escolas básicas e secundárias vão deixar de ter santos ou

santas na denominação ofi cial. A indicação partiu do Ministério da Educa-ção, no âmbito da aplica-ção do Decreto de Lei n.º 299/2007, da Lei de Bases do Sistema Educativo.

q_03 MAIS MORTES NA ESTRA-

DA EM 2007. Em 2007 morreram 741 pessoas em 99.685 acidentes de viação, o que representa um aumento da mortalidade e uma diminuição do núme-ro de sinistros em relação a 2006, disse à Lusa fonte da Brigada de Trânsito da GNR.

QUARTA

“JORNAL DO ALGARVE”

Foi aprovada a primeira unidade hoteleira no âmbito do Plano de Urbanização da Meia Praia, em Lagos. Tra-

ta-se do hotel Vila Galé, uma unidade que vai gerar 100 a 120 postos de trabalho directos e repre-senta um investimento de 30 milhões de euros.

QUINTA

FC CASTRENSE SOFRE PRI-MEIRA DERROTA. O FC Cas-trense sofreu hoje em Moura (2-0) a sua primeira derrota no campeonato distrital da 1ª divisão, mas manteve a lide-rança da prova. Na persegui-ção ao lider, Desportivo de Beja e Almodôvar garantiram vitórias nas partidas em que estiveram envolvidos.

TAXAS MODERADORAS MAIS ALTAS. A partir de hoje o acesso aos serviços de saúde está mais caro com o aumento de 2,1 por cento das taxas moderadoras.

O valor destas taxas de acesso aos cuidados de saúde é actualizada anualmente, tendo em conta o índice da infl ação.

RECORTES FRASES FEITAS

“Sócrates vai continuar com a popularidade em alta até ao momento em que encontrar al-guém à altura dele ou esbarrar com uma profunda crise social.”

António Barretoin “Expresso” 29.12.2007

“Sócrates é muito dominado pelo sentido de efi cácia e uti-lidade, não tem princípios, é um homem característico dos tempos modernos.”

Pacheco Pereirain “Expresso” 29.12.2007

“O PSD é um partido muito descaracterizado sem poder, e o PS é um partido muito desca-racterizado com poder. ”

António Barretoin “Expresso” 29.12.2007

“As novas tecnologias privile-giam a forma em detrimento do conteúdo. É o mundo do superfi cial, do efémero, das sensações rápidas.”

António Barretoin “Expresso” 29.12.2007

“Baixar os impostos? O pior é que o Governo já se encurra-lou. Disse tantas vezes que não os baixava, que se o fi zer vai ser acusado de demagogia.”

Pacheco Pereirain “Expresso” 29.12.2007

“Se me perguntarem qual o partido que mais se reforçou no ano de 2007, eu digo que foi o PCP. Conseguiu fazer manifestações signifi cativas, re-tomou o controlo em sectores profi ssionais que tinha perdido e capitalizou o protesto [...].”

Pacheco Pereirain “Expresso” 29.12.2007

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MUNICÍPIO DE MÉRTOLACÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N.º 252/07

Correio Alentejo n.º 90 de 04/01/2008 Única Publicação

JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mértola, em cumprimento da deliberação tomada em reunião de Câmara realizada em 19.12.2007:

TORNA PÚBLICO, que conforme programa de concurso e caderno de encargos aprovados em reunião de Câmara de 04.04.2007 e deliberação da Assembleia Municipal de 24.04.2007, está aberto concurso público para venda de 3 (três) lotes de terreno para construção urbana no Loteamento Municipal ZE2 em Mértola, nas seguintes condições:1 – Modalidade – HASTA PÚBLICA, a realizar no dia 25 de Janeiro de 2008, pelas 10:00H, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, á Praça Luís de Camões em Mértola; 2 – A base de licitação para a venda dos lotes de terreno é a seguinte:Lote 1 – destinado a construção urbana, com a área de 770,9m2, €17.500,00 (dezassete mil e quinhentos euros); Lote 2 – destinado a construção urbana, com a área de 880,6m2, €17.500,00 (dezassete mil e quinhentos euros); Lote 5 – destinado a construção urbana, com a área de 832,5m2, €17.500,00 (dezassete mil e quinhentos euros); 3 – Os lanços mínimos serão de €250,00 (duzentos e cinquenta euros) ou seus múltiplos; 4 – Todos os interessados deverão formalizar uma comunicação simples, devidamente datada e assinada, dirigida ao Vice-Presidente da Câmara, informando que pretende candidatar-se ao concurso de compra de um lote de terreno para construção urbana no Loteamento Municipal ZE2 em Mértola, onde se identifi ca com nome, idade, estado civil; n.º do Bilhete de Identidade e n.º Identifi cação Fiscal, morada, profi ssão e local onde é exercida, acompanhada de fotocópia do Bilhete de Identidade;5 – Os interessados que não apresentem candidatura podem comparecer na hasta pública e participar na licitação desde que munidos com os documentos pessoais, sendo atribuída preferência, em caso de igual-dade de proposta, ao concorrente que apresentou proposta escrita antecipadamente; 6 – A adjudicação provisória far-se-á ao concorrente que melhor preço oferecer; 7 – A adjudicação defi nitiva será efectuada na reunião ordinária da Câmara Municipal que imediatamente se seguir; 8 –. Todos os interessados podem solicitar informações relativas ao concurso, no Serviço de Património da Câmara Municipal de Mértola, à Praça Luís de Camões, em Mértola, ou através do telefone 286 610 100;

Para constar, se publica este e outros de igual teor aos quais vai ser dada a devida publicidade, mediante afi xação nos lugares de estilo e nos jornais “Diário do Sul” e “Correio Alentejo”.

Mértola, 28 de Dezembro de 2007O Vice-Presidente da Câmara Municipal,

(assinatura ilegível)/Jorge Paulo Colaço Rosa/

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Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DE GUADALUPE

MORGADO COLAÇO, de 48 anos, natural de Santa Clara

de Louredo - Beja. O funeral a cargo desta Agência reali-

zou-se no passado dia 28 de Dezembro de 2007, da Casa Mortuária de Penedo Gordo,

para o cemitério de Beja.

PENEDO GORDO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

VOTO DE PROTESTO“PIDAC”

Correio Alentejo nº 90 de 04/01/2008 Única Publicação

Considerando que:

1. O PIDAC para 2008 não contempla a realização de qualquer investimento no concelho de Castro Verde;

2. Através desta discriminação, o conce-lho de Castro Verde é o único do distrito de Beja que não tem prevista a realiza-ção de investimentos por parte da Ad-ministração Central:

3. Considerando ainda que o nosso con-celho é aquele que mais impostos gera ao Estado no distrito de Beja e o con-celho que arrecada mais impostos, per capita, ao País.

A Assembleia Municipal de Castro Verde, reunida ordinariamente em 21 de Dezem-bro de 2007, deliberou, por unanimidade, manifestar o seu veemente protesto pelo facto de não ter sido incluída qualquer ver-ba no PIDAC para o concelho de Castro Verde.

Paços do Município de Castro Verde, 28 de Dezembro de 2007.

A Presidente da Assembleia Municipal,

(assinatura ilegível)Dr.ª. Maria Fernanda

Coelho do Espírito Santo

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

MOÇÃOReferendo sobre o Tratado Reformador da U. E.

Correio Alentejo nº 90 de 04/01/2008 Única Publicação

Considerando que:

1. A assinatura do Tratado Reformador Europeu realizado em Lisboa, confi rmou as piores expectativas de quem defende um processo de construção da Europa participado e transparente. O debate público não existiu e os governos provaram que pouco aprenderam com os chumbos do anterior projecto de Tratado Constitucional nos referen-dos francês e holandês. No essencial, o texto assinado mantém o que de negativo havia na versão original de Giscard d’Estaing e assenta no projecto neo-liberal das lideranças europeias nas últimas déca-das.

2. Derrotados nos referendos em França e na Holanda, os líderes euro-peus têm medo de voltar a dar a palavra aos cidadãos sobre o modelo de Europa em que querem viver, e preparam-se agora para organizar um carrossel de ratifi cações parlamentares no ano de 2008.

3. O 1º Ministro de Portugal, que prometeu o referendo aos portugueses na campanha eleitoral, já deu sinais de vir a quebrar mais esse com-promisso. Trata-se de um acto gravíssimo: pela terceira vez, depois da adesão à CEE e do Tratado de Maastricht que instituiu a união monetária, os cidadãos serão impedidos de se pronunciar sobre a escolha política mais importante do país após o 25 de Abril. Ao recu-sarem o referendo agora, PS e PSD sabem que tão cedo não voltará a surgir uma oportunidade semelhante.

4. A construção europeia não pode furtar-se ao controlo das popula-ções, e muito menos ser feita nas suas costas. A quebra do compro-misso assumido por Sócrates junto dos seus eleitores, a verifi car-se, representa objectivamente um sinal de desonestidade política da sua parte.

Nesta conformidade, a Assembleia Municipal de Castro Verde, reunida em sessão ordinária realizada no dia 21 de Dezembro de 2007, exige ao Primeiro Ministro que cumpra as suas promessas e convoque um refe-rendo ao Tratado Reformador da União Europeia.

A presente Moção, cuja proposta foi apresentada pelo Eleito Municipal do Bloco de Esquerda, foi aprovada por maioria com 3 votos a favor e 10 abstenções, na sessão ordinária desta Assembleia Municipal, realizada no dia 21 de Dezembro de 2007.

Paços do Município de Castro Verde, 28 de Dezembro de 2007.

A Presidente da Assembleia Municipal,

(assinatura ilegível)Dr.ª. Maria Fernanda Coelho do Espírito Santo

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

VOTO DE PROTESTOAlteração à Lei Eleitoral Autárquica

Um Atentado à Democracia e ao 25 de Abril

Correio Alentejo nº 90 de 04/01/2008 Única Publicação

Considerando que:

1. O Poder Local Autárquico, eleito democraticamente pelos cidadãos, foi uma das grandes conquistas do 25 de Abril e da Democracia, consubstan-ciado pelo voto directo, secreto e proporcional para os diferentes órgãos do poder local: Assembleia de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal.

2. Até aos dias de hoje, praticamente não tem havido no país problemas de governabilidade nos órgãos do poder local, com destaque para os Executi-vos Camarários.

3. A nível nacional e de acordo com o actual sistema eleitoral proporcional, 89% dos Municípios Portugueses são governados em regime de maioria absoluta, havendo apenas 11% que não são governados desta forma.

4. A pretexto de um melhor funcionamento do poder autárquico e de uma maior estabilidade e reforço dos poderes fi scalizadores, o Partido Socialis-ta e o Partido Social Democrata preparam-se para alterar a actual Lei Elei-toral Autárquica, acabando com as listas para os Executivos Camarários. Em vez de duas listas, haverá apenas uma lista para a Assembleia Muni-cipal, cabendo ao cabeça de lista do partido mais votado desempenhar as funções de Presidente da Câmara, podendo escolher livremente a sua equipa de vereação e formando sempre um executivo maioritário.

5. Este pacto entre o PS e o PSD, à revelia das outras forças políticas e parti-dárias, para a constituição de executivos maioritários, subverte gravemen-te os princípios da proporcionalidade pondo em causa o próprio resultado eleitoral, representando assim mais um grave atentado à Democracia e ao 25 de Abril, visto alterar e manipular os votos livremente expressos pelos cidadãos.

6. O objectivo deste acordo para ganhar as Câmaras com maioria absoluta é o de bipartidarizar as eleições locais entre o PS e o PSD, reforçando o presidencialismo municipal e procurando retirar das Câmaras as vozes incómodas.

Assim sendo:A Assembleia Municipal de Castro Verde, reunida em sessão ordinária no dia 21 de Dezembro de 2007, formula um voto de protesto, reprovando assim a anunciada proposta de revisão eleitoral autárquica empreendida pelo PS e pelo PSD.

O presente voto de protesto, cuja proposta foi apresentada pelo Eleito Munici-pal do Bloco de Esquerda, foi aprovado por maioria, com uma abstenção.

A Presidente da Assembleia Municipal

(assinatura ilegível)- Drª. Maria Fernanda Coelho do Espírito Santo -

†. Faleceu a Exma. Sra. D. GERTRUDES DOS REIS VE-LHINHO, de 98 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28 de Dezembro

de 2007, da Casa Mortuária de Beja, para o cemitério desta

cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JACINTA FERRO

NEVES, de 71 anos, natural de Alfundão – Ferreira do Alen-tejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Dezembro

de 2007, da Casa Mortuária de Pedrógão do Alentejo, para o

cemitério local.

PEDRÓGÃO DO ALENTEJO

†. Faleceu a Exma. Sra. D., MARIA AMÉLIA PARRINHA GAUDÊNCIO, de 75 anos,

natural de Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 31 de Dezembro de 2007, da Igre-ja Paroquial do Carmo, para o

cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. DOMINGAS EDUARDA DO CARMO, de 88 anos, natural de Salvador - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 1, da Casa Mortuária de Beja,

para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA LUISA FRIEZA, de 90 anos, natural de São Marti-nho das Amoreiras - Odemira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passa-do dia 1, da Casa Mortuária de

Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D., IRENICE DA CONCEIÇÃO DE GOES CACHOPO AMARO, de

79 anos, natural de Salvador – Beja, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 1, da Igreja Paroquial do Carmo, para o

cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. LUÍS BATISTA GONÇALVES

MOLEIRO, de 65 anos, natural de Mombeja – Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 1, da Casa Mortuária de Mombe-

ja, para o cemitério local.

MOMBEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D., HELENA GALHETO CANO,

de 95 anos, natural de Baleizão – Beja, solteira. O funeral a

cargo desta Agência realizou-se no passado dia 2, da Capela da Mansão de São José, para

o cemitério de Baleizão.

BALEIZÃO

†. Faleceu o Exmo. Sr. ELIZI-ÁRIO GREGÓRIO HORTA, de 86 anos, natural de Salvador - Serpa, casado com a Exma.

Sra. D. Francisca Rufi na Garcia. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no pas-sado dia 2, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves,

para o cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu o Exmo. Sr. MA-NUEL AUGUSTO FERNAN-DES, de 76 anos, natural de Rosário – Almodôvar, casado com a Exma. Sra. D. Maria

José Candeias Fernandes. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 3, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. ARTUR JOSÉ DOS REIS INÁCIO, de

55 anos, natural de Ajuda - Lis-boa, casado com a Exma. Sra. D. Natália Marques da Costa dos Reis Inácio. O funeral a

cargo desta Agência realizou-se no passado dia 3, da Casa

Mortuária de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

série F III DIVISAO

J V E D M-S P 1 Aljustrelense 14 7 4 3 27-16 25 2 Almansilense 14 6 6 2 17-11 24 3 Campinense 14 7 3 4 26-17 24 4 Beira Mar MG 14 6 5 3 17-11 23 5 Barreirense 14 5 6 3 19-13 21 6 Lusitano Évora 14 5 5 4 16-16 20 7 Amora 14 5 3 6 18-23 18 8 Cova Piedade 14 5 3 6 16-24 18 9 Imortal 14 4 5 5 22-24 17 10 FC Ferreiras 14 4 4 6 19-17 16 11 Quarteirense 14 4 4 6 15-15 16 12 Fabril Barreiro 14 3 5 6 18-25 14 13 Silves 14 2 7 5 14-19 13 14 U. Montemor 14 3 4 7 15-26 13

Próxima Jornada | 06.01.2008 Barreirense-Campinense, Amora-Imortal de Albufeira,

Almansilense-Aljustrelense, Cova da Piedade-Lusitano de Évora, U. Montemor-Beira Mar MG, FC Ferreiras-Fabril do Barreiro e Silves-Quarteirense

JORNADA | 14

Campinense – Amora ....................................2-3 Imortal – Almansilense ...................................0-3 Aljustrelense – Cova da Piedade .....................4-0 Lusitano de Évora – U. Montemor ..................0-0 Beira Mar MG – FC Ferreiras...........................1-0 Fabril do Barreiro – Silves ................................1-1 Quarteirense – Barreirense .............................1-2

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 10

FC São Marcos – Aldenovense........................2-1 Piense – Vasco da Gama ................................... * Milfontes – FC Serpa ......................................2-2 Cabeça Gorda – Ferreirense ...........................3-2 Entradense – CD Almodôvar ..........................1-2 Desportivo de Beja – Odemirense ...................1-0 Moura AC – FC Castrense ..............................2-0 * adiado para o dia 27 de Janeiro J V E D M-S P 1 FC Castrense 10 9 1 0 27-10 25 2 Desp. Beja 10 7 3 0 21-04 24 3 CD Almodôvar 10 7 2 1 24-12 23 4 Moura AC 10 6 2 2 22-11 20 5 Odemirense 10 4 3 3 20-14 15 6 Ferreirense 9 4 2 3 16-16 14 7 FC Serpa 10 3 3 4 14-14 12 8 Entradense 10 3 3 4 11-16 12 9 Milfontes 9 2 5 2 12-14 11 10 FC São Marcos 10 3 0 7 16-23 9 11 Vasco da Gama 9 2 2 5 12-17 8 12 Vabeça Gorda 10 2 0 8 10-25 6 13 Piense 9 1 2 7 11-24 5 14 Aldenovense 10 1 2 6 09-25 5

Próxima Jornada | 06.01.2008 FC São Marcos-Piense, Vasco da Gama-Milfontes,

FC Serpa-Cabeça Gorda, Ferreirense-Entradense, CD Almodôvar-Desportivo de Beja, Odemirense-Moura AC e Aldenovense-FC Castrense

11 sexta-feira2008.01.04CORREIO DESPORTIVO

ENCARNADOS DE VISITA A SETÚBAL O Vit. Setúbal é o adversário do Benfi ca no

seu primeiro jogo do ano. Na cidade sadina, os encarnados não vão poder contar com o castigado Binyia e os lesionados Petit e Nuno Gomes. Jogo no sábado, 5, às 19h15 (SportTv).

SPORTING VIAJA ATÉ AO BESSA Ainda a refazer-se da mini-crise provocada

pelas declarações de Liedson, o Sorting entra no ano de 2008 com uma difícil des-locação ao Estádio do Bessa, casa do afl ito Boavista. Jogo no sábado, às 21h15 (TVI).

FC PORTO RECEBE NAVAL 1º DE MAIO Depois de se ter despedido de 2007

com a primeira derrota da época, o FC Porto quer entrar de pé direito no novo ano, derrotando a Naval. Jogo no domingo, 6, às 21h15 (SportTv).

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

Mineiro rejeita subidaPresidente dos tricolores alerta associados

para a necessidade de o clube não dar passo “maior que a perna”.

“O lugar do Mineiro Aljustrelense é na 3ª Divisão Nacional”, afi rma de forma categórica Nelson Brito.

Futebol. Emblema de Aljustrel lidera actualmente a Série F mas direcção evita entrar em euforias

O presidente do Mineiro Al-justrelense rejeita a possi-bilidade de o emblema da

vila das minas se intrometer na luta pela subida à 2ª Divisão Nacio-nal. Os tricolores entraram no novo ano na liderança da Série F da 3ª Divisão Nacional, mas a direcção do clube mantém o objectivo de garantir, única e exclusivamente, a manutenção.

“Não há em Aljustrel qualquer pensamento em dar o passo maior que a perna”, afi rma convictamen-te ao “Correio Alentejo” Nelson Bri-to, referindo que o Mineiro “goza o momento” de ser líder do campe-onato, o que constitui, na sua opi-nião, “um bom tónico para um clu-be que em 2008 faz 75 anos”.

Satisfeito com a prestação da equipa orientada por Francisco Fernandes nesta primeira metade de temporada, Nelson Brito refere que “o lugar do Mineiro Aljustre-lense é na 3ª Divisão Nacional” e que, por isso mesmo, o clube não se pode deixar levar “por circuns-tâncias desportivas para mais tar-de pagar a factura”.

“O Mineiro tem de durar mui-tos 75 anos e para isso é necessário termos uma grande dose de pon-deração neste tipo de coisas. Até porque há a vertente do futebol juvenil, que também deve consu-mir parte das receitas do clube”, reforça.

Apesar do discurso calculista

JORNADA | 10

Rosairense – Beira Serra .................................1-1 Renascente – Alvorada ...................................1-2 Negrihos – Sabóia ..........................................2-3 Sanluizense – Santa Clara-a-Nova ..................2-1 Descansou: Messejanense

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE B

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE A

J V E D M-S P 1 Beira Serra 9 5 4 0 17-07 19 2 Sanluizense 9 6 1 2 20-09 19 3 Messejanense 8 5 2 1 08-04 17 4 Alvorada 9 4 1 4 12-09 13 5 Negrilhos 9 3 2 4 08-10 11 6 Santa Clara 9 3 2 4 15-17 11 7 Renascente 9 2 2 5 08-17 8 8 Rosairense 9 1 3 5 07-14 6 9 Sabóia 9 1 3 5 06-14 6

Próxima Jornada | 06.01.2008 Alvorada-Rosairense, Sabóia-Renascente, Santa Clara-

a-Nova-Negrilhos e Messejanense-Sanluizense Descansa: Beira Serra

JORNADA | 7

Bairro da Conceição – São Domingos .............6-0 Despertar – Barrancos ....................................... * Alvito – Salvadense ......................................... ** Guadiana – Baleizão ......................................2-1 * adiado para o dia 6 de Janeiro ** adiado para o dia 5 de Janeiro J V E D M-S P 1 Despertar 6 6 0 0 16-04 18 2 Barrancos 6 5 0 1 38-06 15 3 Guadiana 7 4 2 1 10-04 14 4 Salvadense 6 3 1 2 04-05 10 5 Alvito 6 2 1 3 09-11 7 6 Bairro Conceição 7 2 1 4 08-16 7 7 Baleizão 7 1 1 5 07-16 4 8 São Domingos 7 0 0 7 03-32 0

Próxima Jornada | 12.01.2008 São Domingos-Barrancos, Despertar-Salvadense,

Alvito-Baleizão e Bairro da Conceição-Guadiana

Atletismo. X Corrida de São Silvestre da cidade de Lagoa realizou-se no dia 26 de Dezembro de 2007

Atletas alentejanos vencem no Algarve

Três atletas do Beja Atlético Clube (BAC) e dois do NAR Messejana venceram nas respectivas catego-rias a 10ª edição da corrida de São Silvestre da cidade de Lagoa. A pro-va realizou-se no passado dia 26

Mafalda Mestre, Bárbara Resende, Rosá-rio Silva e Celso Gracia-no fecharam ano com “chave de ouro”.

NAR Messejana ven-ceu classifi cação colecti-va na prova algarvia nas categorias de benjamins “A” a juvenis.

do seu presidente, a possibilidade de o Mineiro Aljustrelense assumir uma candidatura à subida é, des-portivamente, crível e nessa altura, garante Nelson Brito, será dada, em Assembleia Geral extraordinária, a palavra aos associados do clube.

“Se o Mineiro se vir confrontado com a questão da subida, teremos a hombridade de convocar uma assembleia-geral extraordinária e a palavra será devolvida aos sócios. Os associados são quem manda no clube e nessa altura a sua palavra ditará o futuro do clube”, conclui o presidente mineiro.

Plantel reforçado. À margem da liderança na Série F da 3ª Divisão Nacional, o plantel do Mineiro Al-justrelense sofreu no fi nal do ano uns pequenos “retoques”, com a entradas de dois novos jogadores e a saída do guarda-redes Marco Hor-tense, que entretanto assumiu um compromisso com o FC Castrense.

Por oposição, chegaram a Aljus-trel o guarda-redes João Candeias e o médio José Luís. O primeiro alinhava no Comércio e Indústria (equipa do campeonato distrital de Setúbal) e há duas épocas repre-sentou o Mineiro, enquanto que o segundo não tinha clube mas con-ta no sue currículo passagens por Cabeça Gorda (de onde é natural), Desportivo de Beja, Moura AC, Fafe, Campomaiorense ou Salguei-ros, entre outros.

de Dezembro e juntou centenas de atletas na cidade algarvia.

Em evidência acabaram por estar os bejenses Mafalda Mestre, Bárbara Resende e Celso Graciano, que venceram, respectivamente, as provas de iniciados femininos, juvenis femininos e juniores mas-culinos, ao passo que Rosário Silva (do NAR Messejana) triunfou em infantis femininos e o seu colega de equipa Carlos Valério na prova de iniciados masculinos.

Na prova algarvia estiveram também em bom plano os atletas Cátia Guerreiro (do NAR Messe-jana) foi terceira classifi cada na prova de benjamins “A”; Gabriel Figueirinha (NAR Messejana), se-gundo em benjamins “B”; Jéssica Pacheco (BAC), terceira em infan-tis femininos; Elmano Valério (NAR Messejana), segundo em infantis; e Tiago Baião (BAC), terceiro em ju-venis masculinos.

Por sua vez, Fátima Santos (da

JDN – Juventude Desportiva das Neves) foi terceira na prova de ve-teranas femininas; João Gonçalves (BAC) terceiro em veteranos I; e José Santos (JDN) segundo em ve-teranos III.

Colectivamente, a vitória sorriu ao NAR Messejana nas categorias de benjamins “A” a juvenis, tendo o BAC alcançado a quarta posição e a JDN o nono lugar.

Reunião e provas. A Federação

Portuguesa de Atletismo (FPA) promove este sábado, 5, um en-contro com os directores técnicos das várias associações regionais de atletismo do país, no sentido de debater questões relacionadas com o panorama actual do atletis-mo juvenil e analisar o “impacto positivo” que o “Projecto Mega” pode ter sobre a modalidade.

A iniciativa vai ter lugar na sede da FPA, pelas 10h00, e deverá con-tar com as presenças do director técnico nacional, José Barros, e do director técnico nacional ad-junto, José Costa, assim como do coordenador do “Projecto Mega”, José Santos. Em representação da Associação de Atletismo de Beja vai estar o actual director técnico, António Casaca.

Um dia depois, no domingo, 6, a pista do estádio Municipal de Ode-mira recebe o Torneio de Pista de Inverno, prova com início agenda-do para as 9h30.

Nelson Brito recusa candidatura do Mineiro à subida de divisão

Celso Graciano venceu em Lagoa

sexta-feira2008.01.04 12 CORREIO DESPORTIVO

TIAGO TARGINO

Tiago Targino é actualmente uma das principais fi guras da equipa do Vitória de Guimarães. Nascido em Beja há 21 anos, o jovem extremo diz ter aprendido com os erros do passado e quer vingar no futebol nacional

“Gostava de acabar no Desportivo de Beja”

POSIÇÃO: Extremo / avançado

PERCURSO: Iniciou-se no Desportivo de Beja, mas

mudou-se ainda juvenil para o Vitória de Guimarães. Chegou à primeira equipa em 2004 e esta época tornou-se internacional sub-21.

NOME COMPLETO: Tiago João Targino da Silva

IDADE: 21 anos

NATURALIDADE: Beja

Despontou na época 2004-2005, quando ainda júnior foi lançado às “feras” da I Liga num jogo em Penafi el. Tiago Targino, natural de Beja e fi lho de uma das maiores glórias do Desportivo, o brasileiro Hilton, dava assim a co-nhecer-se ao mundo do futebol profi ssional, cativando adeptos e olheiros com o seu futebol rá-pido e objectivo. Hoje conta 21 anos e é uma das “armas secre-tas” do Vitória de Guimarães de Manuel Cajuda, além de presen-ça normal nas convocatórias da selecção nacional de sub-21. Em

Memórias de SevilhaTiago Targino é hoje um nome bem conhecido entre os adeptos do futebol. Despontou com a camisola do Vi-tória de Guimarães ainda júnior e hoje colecciona na sua memória retalhos de intensa emoção. Da euforia dos jogos de competições internacionais à amargura de descida de divisão.“O momento que mais me fi cou na memória foi quando descemos de divisão [N.d.r.: na época de 2005-2006]. Parecia que estava noutro mundo. Foi

um momento muito mau para o clube e para a cida-de”, recorda Tiago Targino.Por oposição, o jovem extremo não consegue esquecer a titularidade na partida realizada a 1 de Dezembro de 2005 em Sevilha, no Estádio Sanchéz Pizjuan. “Nesse ano o Sevilha ganhou a prova e esse foi um dos melho-res momentos que tive no futebol. Ao jogar contra uma

equipa de classe mundial senti-me realizado futebolis-ticamente. Até porque quando estava em Beja, acompa-nhava os jogos da Taça UEFA e pensava que um dia gos-tava de jogar em competições do género”.Apesar de contar apenas 21 anos, as exigências do fute-

bol profi ssional tornaram Tiago Targino mais “adulto” e realista que a maioria dos jovens da sua idade. Mas nem isso o impede de ter ainda ídolos. E se o brasileiro Ronaldi-

nho, actualmente a jogar no Barcelona, é o jogador que mais admira, o português Luís Figo é a grande referência. “O Figo é um

exemplo para todos os jovens. É nele que me foco, porque é um jo-gador que nunca esteve envolvido em problemas. É um exemplo a todos os níveis”, explica.

CARLOS PINTOentrevista ao “Correio Alentejo”, Tiago Targino relembra os seus primeiros passos futebolísti-cos, recorda a mudança de Beja para a “cidade-berço”, revela as suas ambições e confessa um “pequeno segredo”: “Gostava de fazer o último

jogo da minha carreira pelo Desportivo de Beja”.

Esta é a época da sua afi rmação?Sim. A época está a correr-me muito bem, já fi z dois golos – um deles muito importante, já que

resultou na nossa primeira vi-tória. Se continuar assim, será a época da minha afi rmação.

Tem sido muitas vezes suplente utilizado, marcador de alguns golos.

O objectivo é ser titular indiscutível?Trabalho diariamente para ser ti-

tular, mas infelizmente não tenho conseguido. Mas

sinto que sou im-portante na

equipa e ape-sar de não

ser titular continuo a ser chamado à selecção nacional. É sinal que tenho valor e continuo a acreditar que um dia serei titular.

O nome do Tiago Targino já surgiu envolvido em alguns casos de indisciplina no seio do plantel. Isso tem prejudicado a sua ascensão?Sou um jovem e todos os jovens cometem erros. São manchas negras na minha carreira, mas há que olhar em frente e trabalhar. Não são essas pequenas coisas que me vão deitar abaixo.

Tem aprendido com os erros…Aprendemos todos os dias e é com os erros que aprendemos. Tive a infelicidade de cometer al-guns erros, mas ainda bem que isso aconteceu. É sinal que nunca mais irão acontecer. É sinal que aprendi.

Representa actualmente um dos clubes com mais mística do futebol nacional. Quais são as suas ambições? Onde pretende chegar?Não sou daqueles jovens jogadores que pen-sam em ir para o Barcelona ou isso. Atingi já um nível muito bom, pois o Vitória de Guimarães é um grande clube. Só penso em trabalhar diaria-

mente. Se as coisas tiverem de acontecer, acon-tecem. Mas o meu objectivo é marcar golos e ajudar o clube. Não sou um grande sonhador nesse aspecto.

Mas mantém o sonho de jogar no “seu” Sporting, como admitiu no passado recente?Como toda a gente sabe, a minha família é qua-se toda sportinguista e eu também sou. Mas ti-nha mais esse sonho quando comecei. Com o tempo foi-se apagando pouco a pouco. É claro que gostava de jogar num dos três grandes, mas agora não tenho essa ambição. O meu objectivo é apenas trabalhar de forma árdua diariamente. Se as coisas tiverem de acontecer, acontecem.

O sonho da selecção

Estreou-se recentemente na selecção nacional de sub-21 e até já marcou um golo decisivo, diante do Montenegro. Vestir a camisola das quinas é importante para a sua carreira?A selecção de sub-21 é sempre muito impor-tante para a carreira de um jogador e a minha chamada foi muito importante para mim. Já há muitos clubes interessados e aquele golo diante do Montenegro “abriu-me muitas portas”. Es-pero continuar a ser chamado.

Para um dia chegar à selecção AA?Esse sim, posso dizer que é um dos meus objec-tivos. Chegar aos sub-21 é muito bom e já que aqui cheguei, agora é caminhar para a selecção AA. Sei que é muito difícil, mas não impossível.

Tem “rivais” de peso para a sua posição. É difícil superar nomes como Simão Sabrosa, Nani ou Quaresma, sem falar de Cristiano Ronaldo…É certo que tenho “rivais de peso”, mas sou um jovem e sei que tenho qualidade. Posso melho-rar e é com eles que aprendo muito, vendo os seus jogos. E um dia espero jogar ao lado deles.

No seu percurso como profi ssional, qual o treina-dor mais marcante?Todos os técnicos me marcaram um bocadi-nho. Aprendi com todos, mas com certeza que o técnico que me marcou mais que os outros foi o que me lançou [na equipa principal]. Foi ele [Manuel Machado] que me foi buscar aos ju-niores e é a ele que tenho que agradecer quase tudo na minha curta carreira.

O mundo do futebol profi ssional é aquilo que esperava quando entrou nestas “andanças”?A alta-roda do futebol profi ssional é um mun-do muito diferente do futebol a que estava habituado. Mas não fi quei nada surpreso, porque o meu pai também foi profi ssional de futebol e preparou-me antes de as coisas acontecerem.

sexta-feira2008.01.0413CORREIO DESPORTIVO

Mudou-se muito novo de Beja para Guima-rães. A adaptação foi fácil?Foi muito difícil E se não fosse o apoio dos meus amigos e da minha família com cer-teza que não estava em Guimarães. Houve uma altura em que quis ir embora, pois não conhecia ninguém. Era tudo novo e estava habituado a estar com os meus amigos no bairro. Ia de bicicleta para os treinos e em Guimarães não podia fazer isso…

Porquê?Porque era obrigado a estudar e não conhe-cia ninguém. Era uma cidade nova e estar longe da família custou-me muito. Mas con-segui superar essas difi culdades.

Como?Com os telefonemas da família e dos amigos. Foi com essa ajuda preciosa que me conse-gui adaptar à cidade de Guimarães.

Ainda sente saudades de Beja?Sinto imensas saudades. E quando estou so-zinho, penso muito nos amigos e na família. Mas graças à Internet e às novas tecnologias tenho mais possibilidades de falar com eles.

Não perdeu os laços com os amigos de in-fância e os antigos colegas no Desportivo de Beja?Os amigos são muito importantes para mim. Não consigo continuar a jogar futebol sem saber dos meus amigos. Saber como vão as coisas com eles por aqui. Porque, no fundo, eles fazem parte de mim e sem eles com cer-teza que não estaria em Guimarães, a jogar na I Liga. Sem a ajuda dos meus amigos não seria ninguém.

Entre os antigos colegas, havia outros joga-dores com valor para terem ido também mais além no futebol?

“Estou a representar o Alentejo e Beja”

Não vou falar em nomes, mas havia outros colegas meus com grandes potencialidades. Infelizmente, por circunstâncias da vida, não tiveram a sorte que eu tive. Alguns ain-da treinaram em clubes como o Benfi ca e o Sporting, mas é muito difícil entrar num clube desses. Eu tive a sorte de treinar em Guimarães, que sendo um grande clube não tem nada a ver com os três grandes. Tive a oportunidade de fi car, pouco a pouco fui ga-nhando a minha moral e hoje estou a jogar na I Liga.

Alguns dos seus ex-colegas jogam agora a nível distrital. Acompanha o futebol da região ou os jogos do Desportivo de Beja?Através da minha família e da Internet, vou sabendo como vão as coisas pelo Alente-jo. Sou uma pessoa que acompanha a vida dos amigos e quando posso também ajudo, como eles antes me ajudavam. Por isso não posso desligar-me deles e acompanho sem-pre a vida dos meus antigos colegas.

Admite a possibilidade de um dia voltar a jogar em Beja?Não sei como as coisas vão correr, mas mes-mo que seja com 40 anos, gostava de fazer o último jogo da minha carreira pelo Despor-tivo de Beja. Mas que isso aconteça quando estiver com 40 anos ou mais. Porque en-quanto puder, quero estar na alta-roda do futebol. Até não poder mais.

E conquistar títulos?Gostava de conquistar um título nacional. Seria um orgulho para mim e para a cidade de Beja. Porque [com a camisola do Vitória de Guimarães] estou também a representar o Alentejo e a cidade do meu coração, que é Beja. Penso que se conquistar um título, nacional ou internacional, será um orgulho para todos os alentejanos.

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sexta-feira2008.01.04 14

MÚSICA EM ALMODÔVAR A Igreja Matriz de Almodôvar rece-

be este sábado, 5, pelas 21h00, um concerto de reis e cante ao menino com vários grupos corais da região. A organização é da autarquia local.

ORQUESTRA RUSSA NO PAX JULIA A Orquestra Sinfónica de São Peters-

burgo (Rússia) actua esta sexta-feira, 4, no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, num concerto de ano novo. Espectáculo às 21h30.

CONCERTO DE ANO NOVO EM CASTRO A banda fi larmónica da Sociedade 1º de Janeiro, de Castro Verde, promove este sábado, 5, um concerto de ano novo no cine-teatro municipal local. A iniciativa está agendada para as 21h30.

Automobilismo. Piloto franco-português com raízes em Santa Vitória participou na prova em 1986

Um alentejano no Paris-Dakar

GUI’ ARTE

Oano de 1986 marcará para sempre a história do míti-co rally que liga a Europa a

África, com chegada à capital do Se-negal, Dakar, já que no dia 14 de Ja-neiro a queda de um helicóptero ar-rastou consigo para a morte o “pai” da prova, o francês Thierry Sabine.

Mas esse ano está também na memória de Nelson Rosa, piloto franco-português com ascendên-cia em Santa Vitória, que junta-mente com José Megre participou na prova com um Renault 5 (R5) a que deu o nome de “Linda de Suza”, em homenagem à cantora sua con-terrânea.

Praticante do desporto automó-vel na categoria de stock car, Nelson Rosa participou na prova “com o objectivo de divulgar uma orga-nização humanitária de recolha de alimentos”, revela ao “Correio Alentejo”. Na época, acrescenta, fre-quentava o “Restaurante d’Couer”, “onde viria a conhecer muita gente ligada ao Paris-Dakar, Thierry Sabi-ne incluído”.

Depois do Dakar de 1986, Nelson Rosa rumou a Portugal e Baleizão foi o primeiro destino, residindo actualmente em Nossa Senhora das Neves, onde contou ao “CA”a histó-rica presença no mítico rally.

“O automóvel foi construído e modifi cado nos arredores de Paris, nas ofi cinas do meu pai”, lembra. O chassis do não menos mítico R5 recebeu um motor de dois litros a gasolina, uma transmissão 4x4 e a carroçaria de um Turbo. “Foi tudo da marca francesa, era o orgulho a falar mais alto”, recorda este francês de nascimento, mas português de paternidade e coração.

A “bomba” acabou por ser bap-tizada com o nome Linda de Suza,

GUIA CULTURAL

Linda de Suza apadrinhou participação de Nelson Rosa no Paris-Dakar de 1986

EXPOSIÇÕES | 9

BEJA Pousada de S. Francisco

Até 13 de Janeiro Exposição de fotografi a de Paulo César

Foyer do Pax Julia Teatro Municipal Até 6 de Janeiro “Projecto 10 Milhões de Estrelas”, exposi-

ção de presépios

CASTRO VERDE Jardim do Padrão

“O Alentejo nas Mãos dos Poetas”

Museu da Lucerna Até 30 de Janeiro “O Pégaso de Alexandreina”

FERREIRA DO ALENTEJO Posto de Turismo

Até 10 de Janeiro Exposição de árvores de Natal

Museu Municipal Até 10 de Janeiro “Fé”, exposição de pintura

Galeria de Arte Até 10 de Janeiro “O Presépio”

VIDIGUEIRA Salão da Junta de Freguesia

Até 11 de Janeiro “Natal e Direitos Humanos”, exposição de

trabalhos escolares

Museu Municipal Até 6 de Janeiro “Postais de Natal”, pintura em madeira de

Luís Nereu

Nelson Rosa fez dupla com José Megre num Renault 5, mas não chegou ao Senegal devido a um acidente.

Fã incondicional do maior rally do mundo, Nelson Rosa pretende voltar ao Dakar ao vo-lante de um camião.

“em homenagem à cantora portu-guesa, muito famosa em França na altura e que veio a ser a madrinha do carro”, recorda Nelson Rosa.

Tanta diferença. Há 22 anos, a pre-sença da dupla Nelson Rosa-José Megre no rally teve um custo que, nos dias que correm, é considerado irrisório mas na altura era uma for-tuna. “Gastei 25 mil contos [N.d.r.: 125 mil euros], [verba que] hoje quase que não dá para uma caixa de velocidade”, explica, garantindo que os custos actuais ascendem a 1,3 milhões de euros por equipa.

Considerando os investimentos que as equipas de fábrica fazem, Nelson Rosa defende que “existe hoje no Dakar uma corrida ao ar-mamento”, tal a preocupação de se arranjar o melhor material para vencer.

Fazendo um paralelo entre os instrumentos de navegação de en-tão e os da actualidade, o piloto recorda que “em 1986, o road book eram simples folhas de papel A4 e a leitura feita de forma directa”, subli-nhando que ainda nem se sonhava com o GPS.

Acidente e morte de Sabine. O dia 13 de Janeiro de 1986, dia an-terior à morte de Thierry Sabine,

O mundo visto daqui:correiodasartes.blogspot.com

está bem presente na memória doex-emigrante, já que um erro de na-vegação provocou um acidente que obrigou à desistência de Nelson Rosa e José Megre. “Confundimos a pista com a linha do comboio e o R5 virou-se nos carris”, lembra.

O capotamento da “bomba” re-sultou numa ida para o hospital com dois dedos, um braço e uma omoplata partida, além da terceira vértebra cervical tocada.

No dia seguinte acabaria por falecer Thierry Sabine, que fi cará para sempre na memória de Nelson Rosa, já que “apadrinhava muito os privados e reconhecia o seu esforço para participarem no rally”.

Sonho vivo. Feliz por a corrida par-tir de Lisboa há três anos e percorrer o “seu” Alentejo, Nelson Rosa tem

visto in loco todas as edições lusi-tanas, afi rmando ser seguidor de Elisabete Jacinto e manter o sonho de um dia regressar ao Dakar. Aliás, em 2008 Nelson Rosa esperava estar presente no rally, mas a força do di-nheiro foi mais forte e com ela esfu-mou-se, para já, o seu sonho.

“Em 2006 comprei um camião Renault em França, que pensava transformar, para voltar à mítica prova, mas a falta de homologa-ção e os custos incomportáveis da transformação levaram a que ven-desse a viatura”, justifi ca.

Ainda assim, Nelson Rosa não esmorece e, seja a partida em Paris ou Lisboa, pretende voltar ao Dakar, de forma a cumprir o seu sonho de chegar ao Lago Rosa e, ao mesmo tempo, “homenagear Thierry Sabi-ne”.

BILHETE DE IDENTIDADE

NOME: Nelson Rosa IDADE: 48 anos DATA NASCIMENTO: 16 de Setembro de 1959 LOCALIDADE: Paris (França) RESIDÊNCIA: Nossa Senhora das Neves PROFISSÃO: Empresário construção civil HOBBY: Desportos motorizados EXPERIÊNCIA DE COMPETIÇÃO: Dez anos

CINEMA | 11

ALMODÔVAR Cine-teatro Municipal

Beowulf Sexta | dia 4 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Lisboetas Terça | dia 8 | 21h30

CASTRO VERDE Cine-teatro Municipal

Ao Anoitecer Sexta | dia 4 | 21h30

Beowulf Domingo | dia 6 | 21h30

Fórum Municipal O Bater do Tambor Quarta | dia 9 | 2130

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

Residente Evil 3 – Extinção Sexta a domingo | dias 28 a 30 | 21h00

Inspector Gadget Terça | dia 8 | 21h00

MOURA Cine-teatro Caridade

Beowulf Sexta a domingo | dias 4 a 6 | 21h15

ODEMIRA Cine-teatro Camacho Costa

Ao Anoitecer Quarta | dia 9 | 21h30

SERPA Cine-teatro Municipal

Estás Cada Vez Mais Frito, Meu! Sexta e domingo | dias 4 e 6 | 21h30

Paranoid Park Terça | dia 8 | 21h30

GUI’ ARTE sexta-feira2008.01.0415

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O cavaleiro Rui Fernandes conta desde os últimos dias do ano com uma nova dupla de apoderados em Espanha. Os empresá-rios Júlio Norte e António Sánchez são ago-ra os “timoneiros” da carreira do cavaleiro luso no país vizinho, cabendo a Inácio Ra-mos Jr., desempenhar essa tarefa no nosso país.

A confi rmação foi dada a conhecer atra-vés de um comunicado de imprensa, onde Rui Fernandes reconhece ser “com enorme ilusão” que anuncia os seus novos apode-rados.

Depois de ter estado desde o passado dia 2 de Outubro no México, Fernandes regres-sou a Portugal para passar o Natal junto da família e, ao mesmo tempo, para resolver vários assuntos da sua vida profi ssional.

“A partir de agora serei apoderado em Espanha pelo empresário Júlio Norte em conjunto com António Sánchez, pai de Cristina Sánchez, meu actual moço de es-padas. Em Portugal serei apoderado pelo meu grande amigo Inácio Ramos Júnior”, anunciou Rui Fernandes.

Na nova temporada, a quadrilha de ban-

Rui Fernandes com novos apoderados

tauromaquiacrítico tauromáquico*

VÍTOR BESUGO*

Nelson Lampreia nasceu em Dezembro de 1971 em Beja e, desde muito novo, tem uma grande paixão pela festa brava, por infl uên-cia de seu pai e avô, ambos afi cionados, e da ligação forte de amizade com a família Varela Crujo. Desde a temporada de 1993 até 2001 (inclusive) integrou o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, inicial-mente sob o comando de António Manuel Cardoso e, depois, de João Pedro Bolota. É actualmente colaborador do site www.tou-reio.no.sapo.pt, através da reportagem de espectáculos, notícias diversas e artigos de opinião.

O que mais lhe agradou na época 2007?Sem dúvida o entusiasmo vivido ao longo da temporada, traduzido pelas diversas enchentes em várias praças um pouco por todo o lado, onde não era habitual. E o sis-temático preenchimento de mais de meia casa a três quartos das lotações como míni-mo. Isto deve-se a um conjunto de factores, de que destaco a sólida forma como apare-ceu um leque de cavaleiros jovens a amea-çar com consistência as fi guras dos últimos 20 anos e a trazer público arredado por sa-turação até aqui. A maior visibilidade dada à festa de toiros pelas várias transmissões televisivas (geralmente com praça cheia), o papel dos restantes órgãos de comuni-cação social, em especial das varias rádios locais e impren-sa regional, através dos espa-ços dedicados à tauromaquia que mantêm e dinamizam, e o cada vez mais importante papel desempenhado pelos sites de Internet dedicados ao assunto pela forma como acompanham o desenrolar da temporada e levam de forma rápida e consistente a informação sobre tudo o que se passa ao público. Tudo isto criou uma onda de en-volvimento com refl exo nas assistências e na postura dos agentes, em especial artistas

Nova geração de toureirosentusiasma Nelson Lampreia

e toureiros, revitalizando a festa de toiros em Portugal no ano 2007.

E o que viu de mais negativo? O elevado número de lesões sofridas pelos forcados em consequência da continuida-de de utilização de bandarilhas sem me-canismos que as evitem. A forma como o toureio a pé continua a ser tratado por cá. Uma iniciativa da empresa do Campo Pe-queno com vista ao futuro, que não teve continuidade pelas restantes empresas, a falta da sorte de varas que inviabiliza a vinda de grandes fi guras com regularidade pois condiciona claramente o sucesso das actuações, faz com que o público se inte-resse menos e seja pouco interessante do ponto de vista económico para as empre-sas, por muito boa vontade que tenham.

Desejos para 2008?Um novo regulamento que torne o espec-táculo mais versátil, mais exigente quanto a condições para o publico, quanto às reses a apresentar e quanto à segurança para for-cados. Ver voltar as chamadas ganadarias históricas (Núncios, Graves, Passanhas, Infantes, Prudêncios...) ao Campo Peque-no para as fi guras e jovens competirem na primeira praça do país. Que o crescente entusiasmo continue.

darilheiros continuará a mesma, ou seja, composta por Manuel dos Santos “Becas” e Nuno Silva “Rubio”.

04.01.2008 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA

TEMPO PARA HOJE. Céu pouco nublado ou limpo. Pequena subida da temperatura máxima e descida da mínima. Neblina ou nevoeiro matinal.

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.05 ANÁLISES & OPINIÃO • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.11 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE

15 03

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SEXTA. [21H30] MÚSICA CLÁSSICA EM BEJA A Orquestra Sinfónica de S. Petersburgo apresenta um

concerto de Ano Novo no Teatro Pax Julia.

SÁBADO. [21H30] COLOMBO ESTREIA EM CUBA

Estreia nacional do fi lme “Cris-tóvão Colombo – O Enigma”, de Manoel de Oliveira, com a prese-sença do actor Ricardo Trêpa.

NELSON BRITO Presidente do Mineiro Aljustrelense

O Mineiro [Aljustrelense] tem de durar muitos 75 anos e para isso é ne-cessário termos uma grande dose de ponderação neste tipo de coisas [subida à 2ª divisão].“

SEXTA

SUGERE...

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E AINDA...

GOVERNADOR CIVIL ELOGIA SOLIDARIEDADE. O governador civil de Beja elogia a “onda de solidariedade” manifestada por várias autarquias e instituições após o incêndio de segunda-feira, 31, no Lar de S. Francis-co, em Serpa, onde morreram três idosos. Em comunicado de imprensa, Manuel Monge sublinha “o modo efi ciente, profi ssional e abnegado” de todos os en-volvidos na acção de socorro e revela que foi já realizada uma reunião tendo em vista a reabilitação do edifício. Na mesma nota, o governador civil de Beja lança novo apelo à “prudência e cumprimento das regras de condução” nas estradas do distrito.

CANTE AOS REIS NA VIDIGUEIRA. A Câmara de Vidigueira promove este sábado, 5, um concerto de cante aos reis, com a participação dos grupos corais “Os Vin-dimadores de Vidigueira” e os “Ceifeiros de Cuba”. A iniciativa, agendada para as 20h30, terá início no Largo da Cascata e terminará na Praça da República, junto ao edifício dos Paços do Concelho.

Em 2007 registaram-se 858 mortos em aciden-tes rodoviários no continente, mais oito do que no ano anterior, mas este número pode ainda ser maior porque estima-se que 14% dos feri-dos hospitalizados acabem por falecer. Estes dados são provisórios e foram apresentados quarta-feira, 2, numa conferência de imprensa conjunta entre a Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária (ANSR), PSP, GNR e Autorida-de Nacional de Protecção Civil, que colabora-ram na campanha “Mortes na Estrada – Vamos travar este drama”.

Segundo dados apresentados pela ANSR, 858 pessoas morreram em 2007 devido a aci-dentes de viação, havendo ainda a registar 3.090 feridos graves e 42.631 feridos leves. De acordo com os balanços provisórios apresentados pela PSP e pela GNR, a estas 858 vítimas mortais há

Sinistralidade. Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária apresenta balanço

Acidentes rodoviárioscausam 858 mortos em 2007

ainda que somar pelo menos outras 30 mortes ocorridas em acidentes nos Açores e na Madei-ra, onde a contabilidade é da responsabilidade dos governos autónomos e não da competên-cia da ANSR.

No entanto, o número das vítimas mortais das estradas portuguesas deverá ser muito maior, já que os números ofi ciais das autoridades apenas incluem as vítimas que morrem no local do aci-dente ou durante o transporte para o Hospital.

“A informação que temos em relação às víti-mas que acabam por falecer nos hospitais não é fi ável. Apenas temos um indicador, segundo um estudo que seguiu um milhão de interna-mentos e permitiu concluir por amostragem que 14 por cento das vítimas de acidentes mor-reriam nos próximos dias”, disse Paulo Mar-ques, presidente da ANSR, admitindo que estas

são vítimas de acidentes não contabilizadas nos números ofi ciais.

Apesar de terem sido registados mais oito mortos do que no ano passado, já foi ultrapas-sada “a meta que foi proposta no Plano Nacio-nal estratégico de prevenção rodoviária, que era diminuir em cinquenta por cento o número de mortos e feridos graves até 2009. Só entre 2000 e 2007 o número de vítimas mortais diminuiu 51 por cento”, disse.

A ANSR está a preparar um novo plano es-tratégico, com 21 objectivos que deverão ser atingidos até 2015, que está em fase de estudo por grupos de trabalho e deverá ser aprovado até ao fi nal do ano. Entre as novas propostas está “colocar Portugal no top-10 dos melhores países europeus” em termos de bons resultados de prevenção rodoviária.