Jornal Brasil Atual - Peruibe 17

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Jornal Regional de Peruíbe www.redebrasilatual.com.br PERUÍBE nº 17 Fevereiro de 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA jornal brasil atual jorbrasilatual Equipes limpam a sujeirada deixada pela prefeita anterior Pág. 6 AÇÃO VERÃO QUANTO LIXO! É verão, o momento em que a cidade mostra o seu frescor Pág. 7 TURISMO CARA DE PERUÍBE Prefeita consegue emplacar Secretaria de Assuntos Jurídicos Pág. 2 POLÍTICA FORÇA DA PRETO PERFIL Célia Sodré, a peruibense que já expôs suas peças em Veneza, na Itália Pág. 3 A ARTE DO MOSAICO Prefeita Ana Preto assume e promete arregaçar as mangas no trabalho ENTREVISTA MÃOS À OBRA

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Jornal Regional de Peruíbe

www.redebrasilatual.com.br peruíbe

nº 17 Fevereiro de 2013

DistribuiçãoGratuita

jornal brasil atual jorbrasilatual

Equipes limpam a sujeirada deixada pela prefeita anterior

Pág. 6

ação verão

quanto lixo!

É verão, o momento em que a cidade mostra o seu frescor

Pág. 7

turismo

cara de peruíbe

Prefeita consegue emplacar Secretaria de Assuntos Jurídicos

Pág. 2

Política

força da preto

Perfil

Célia Sodré, a peruibense que já expôs suas peças em Veneza, na Itália

Pág. 3

a arte do mosaico

Prefeita Ana Preto assume e promete arregaçar as mangas no trabalho

entrevista

mãos à obra

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2 Peruíbe

expediente rede brasil atual – peruíbeeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800 contato publicitário Guiomar Batista telefone (13) 3458-5503 e-mail [email protected] tiragem 6 mil exemplares distribuição Gratuita

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ana Preto mostra sua forçaPolítica

Vereadores aprovam Secretaria de Assuntos JurídicosNo dia 8 de janeiro, em

sessão extraordinária, a Câ-mara dos Vereadores votou, em regime de urgência, o Projeto de Lei (PL) 01/2013, que recriou a Secretaria de Assuntos Jurídicos – extinta nos últimos dias da gestão da ex-prefeita Milena Bargieri. Zeca da Firenze (PV), novo presidente da casa para o biênio 2013-2014, apresentou o projeto que dá nova forma-tação ao setor jurídico, crian-do a procuradoria geral do município e a ouvidoria. O trabalho foi acompanhado por 30 pessoas. Dos 15 vereadores eleitos, apenas Nivaldo Vieira Pereira (PSB), o Bahia, não compareceu.

A sessão apresentou à so-ciedade peruibense uma prévia sobre a configuração da nova Câmara. Ou seja: quem vai jo-gar a favor ou contra Ana Pre-to. O vereador Luiz Maurício (PSDB) utilizou a tribuna para contestar não apenas o PL, mas a própria sessão extraor-dinária. Segundo Maurício, os trabalhos parlamentares não deveriam ocorrer naquele dia, pois nem todos os vereadores haviam sido comunicados a tempo de participar da sessão. “A carta-convocatória deveria ter sido entregue com ante-cedência e eu só a recebi na tarde de ontem, o que também ocorreu com outros colegas.”

Ele disse ainda ser “con-trário” ao PL não apenas por

ser “um vereador de oposição, mas por acreditar que o pro-jeto deveria tramitar de forma correta nas comissões antes de ser colocado em votação, o que não está ocorrendo aqui”. E declarou o voto contrário ao PL por considerar que ele interfere na Lei Orgânica do Município. “Criar esse apa-relho jurídico vai gerar um custo de R$ 137 mil ao ano para à Prefeitura.” O vereador tentou corroborar sua tese in-terpelando a também advoga-da Laila Maalouli (PC do B), que votou a favor do PL e não usou a tribuna. Por fim, foram 10 votos favoráveis ao PL contra três contrários – Luiz Maurício (PSDB), André de Paula (PMDB) e Hertes de França (PTB), do partido da prefeita.

A vereadora Laila disse que não viu irregularidade jurídica na criação da nova pasta, que existia até dezembro de 2012. “A Lei Orgânica do Município e o Regimento autorizam a

criação desse instrumento. Eu vejo que é necessário ter um corpo jurídico de confiança. Todos os governos têm os seus procuradores e é um direito constitucional escolhermos al-guém de nossa confiança, para nos defender juridicamente. Não é possível administrar a cidade de forma aventureira.”

Questionada se faz parte da situação, por ter votado a favor do PL, a vereadora que com-pôs a coligação “O Respeito de Quem Ama”, da atual prefeita, foi enfática: “Minha preo- cupação é com a atividade do governo. Quero que as coisas aconteçam dentro das regras estabelecidas. Nesse ponto de hoje eu apoiei a Ana, po-rém eu não falo amém para ela”. A única vereadora dessa legislatura também destaca outro problema jurídico da Câmara. A partir de agora, os vereadores só têm direito a um assessor por gabinete, o que – dizem – dificulta a atuação parlamentar.

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Rede

uma nova comunicação

Para um novo brasiljornal brasil atual jorbrasilatual

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3Peruíbe

Peruibense é referência na arte do mosaico

o processo criativo ocorre nas madrugadas

Perfil

Célia Sodré ganhou reconhecimento do seu trabalho em aclamada exposição na Itália Por Enio Lourenço

Desde pequena, Célia So-dré é encantada pela arte. A ar-tista plástica peruibense, de 58 anos, de família caiçara, antes de dedicar sua vida à produ-ção de mosaicos estudou psi-cologia e exerceu a profissão por alguns anos. Filha do ex--prefeito Benedito Marcondes Sodré, ela fazia exposições de pintura em porcelana em São Paulo. Contudo, há 18 anos, Célia seguiu a vocação natu-ral e abraçou a paixão infantil, mergulhando nas artes plásti-cas e na arteterapia.

No ateliê Arteiras, na Ave-nida Padre Anchieta, 1025, Loja 9, não há uma artista mu-nida de uma paleta de tintas,

debruçada sobre telas. O visi-tante encontra animais, figuras religiosas, mandalas, orixás ou números de casas molda-

dos em azulejos e pastilhas. Célia começou com a pintura em porcelana, a partir de um curso que fez com a artista Su-sana Freire Neves, em Santos, mas desenvolveu alergia às tintas de porcelana, que são muito fortes, principalmente a terebintina – há relatos de ar-tistas que tiveram problemas no sangue e morreram.

Por isso, Célia migrou para o mosaico. Apesar de grandes artistas brasileiros – Cândido Portinari, Di Caval-canti, Thomie Othake – terem

A artista possui três fornos elétricos para a produção de mosaicos: um para porcelana, outro para cerâmica e o tercei-ro para vidro. “Eu queimo os materiais de madrugada. É a hora que eu estou mais tranqui-la.” Ela diz que o seu trabalho

notívago não incomoda os vizi-nhos. “Meu marido reclama do valor da conta de luz” – brinca.

Para chegar às impres-sionantes figuras dos orixás, mandalas e santos católicos, Célia destaca a unicidade de cada obra como o diferen-

cial do seu trabalho. “Eu não sou uma pessoa certinha, que tenho um risco definido. Eu idealizo o que estou almejan-do, preparo o material, faço as queimas da porcelana, da cerâmica ou do vidro e faço a composição. São vários cor-

tes diferentes, que eu faço em cada peça com a torquês de mão. As tonalidades de cor de cada peça também vêm da tex-turização prévia dos materiais e das queimas, que podem va-riar de 750 ºC a 1.000 ºC.”

Além das três matrizes prin-

cipais (porcelana, cerâmica e vi-dro), ela também utiliza madeira de cerejeira, chaves velhas, pedra brasileira quartzo, mármore, vidro quebrado de para-brisa, garrafas de bebida, pontas de bambu, etc. “Cada obra depende da conversa que eu tenho com ela” – resume.

passado pela arte em mosai-cos, Célia lamenta que essa manifestação cultural ainda não obtenha o status fine art (reconhecida pelo seu valor estético e não comercial) no país. “O mosaico é considera-do a segunda forma de arte da humanidade. A primeira foi a arte rupestre nas cavernas. Em museus da Europa en-contram-se seções com frag-mentos de mosaico de mais de 3.000 anos. Por isso ele é considerado a pintura para a eternidade.”

a exposição da artista na terra do mosaicoHá 11 anos, Célia Sodré é

voluntária e, agora, ela presi-de a entidade Recanto Colônia Veneza e Escola Agroecológi-ca da Família – projeto criado pelo frei dominicano Giorgio Callegari. Lá, ela ensina a arte do mosaico a 350 crianças. “Os dominicanos sempre tive-ram uma queda pela arte, pelo belo, pela estética. Por isso Frei Giorgio sempre acreditou na possibilidade de se fazer o resgate da cidadania por meio da arte” – comenta.

Segundo a artista, as ONGs que mantêm a entida-de são, na maioria, italianas,

algumas ligadas ao movimento artístico-cultural de Veneza, a terra do mosaico na Itália. Há seis anos, os venezianos a con-vidaram a fazer uma exposição. “Eles viram a minha coleção de orixás, que os impressionou bastante. Em abril de 2010, fi-zemos uma exposição itinerante que passou por Veneza, Bérga-mo e Fidenza”.

De formação católica, Cé-lia e admira a mitologia afri-cana. A coleção que ela levou à Itália era composta de 21 quadros, que representavam deuses do candomblé e da umbanda. A série foi exposta

na Igreja de San Samuele, em Veneza. A história de um orixá emocina a artista: Oxóssi. “Ele é o provedor da família, liga-do à caça. É o deus que tem o contato com os animais e com a floresta.”

Na representação de Oxóssi há grande diversidade de mate-riais – pontas de vidro, conchas, dois tipos de búzios, espelho e azulejos pintados. A lua é fei-ta de porcelana pintada. Toda a coleção levada à Europa foi vendida – o mosaico de Oxóssi alcançou € 3.000. Célia, agora, prepara uma nova coleção de mosaicos inspirada nas rique-

zas naturais de Peruíbe. “Vou fazer uma série de aves bra-sileiras da Mata Atlântica de Peruíbe. Eu achei uma foto de um papagaio de cara roxa que temos aqui e vou traba-lhar em cima.”

É possível acompanhar o trabalho da artista na in-ternet no site <www.mo-saicandceramics.com>, do Contemporary Mosaic Arts, dos Estados Unidos, para o qual ela colabora com as fotos de suas obras. E nas páginas pessoais: <www.ce-liasodre.com.br> e <www.flickr/photos/celiasodre>.

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4 Peruíbe

entrevista

Ela dará, no primeiro momento, olhar especial à saúde e ao programa emergencial Ação VerãoPrefeita promete que irá arregaçar as mangas

Desde quando a vitória de Ana Maria Preto, 41, se con-firmou nas urnas, em outubro do ano passado, e deu a ela o direito de governar Peruíbe, o jornal Brasil Atual tenta agendar uma entrevista, para saber quais são as perspecti-vas de gestão da nova manda-tária no próximo quadriênio. O longo período de espera, enfim, chegou ao fim no dia 10 de janeiro, quando a pre-feita recebeu o repórter Enio Lourenço em seu gabinete. No entanto, minutos antes da reu-nião, a equipe de assessores de Ana Preto determinou que o encontro fosse apenas uma apresentação entre as partes e uma rápida conversa, em que o jornalista não poderia dispor de seus equipamentos eletrô-nicos de registro (gravador de áudio e câmera fotográfica), pois, segundo eles, a prefeita não se sente à vontade em fa-lar com a imprensa. Por fim, a assessoria de comunicação da Prefeitura mediou essa en-trevista realizada por e-mail, encaminhando as respostas à redação do Brasil Atual, em 18 de janeiro.

Nesse relato, Ana Preto destaca a atenção especial que dará à saúde pública, os novos projetos, como a viabilidade da construção de um porto e de uma marina, e o programa emergencial “Ação Verão” (seu primeiro ato de governo), para tratar da manutenção das vias públicas, praias e rios da cidade. Além, é claro, de re-lembrar do ex-prefeito José Roberto Preto, seu pai.

A senhora poderia contar um pouco de sua biografia?Obrigada pela oportunidade. Sou Ana Maria Preto, tercei-ra filha de quatro irmãos, fi-lha de Zeneide Correa Preto e José Roberto Preto, e mãe do Pedro Henrique. Nasci no ABC Paulista e escolhi Peruí-be como a cidade do coração. As minhas melhores recor-dações são as férias em Pe-ruíbe, com minha família, no fim da década de 1970. Meu pai se apaixonou pela cidade e passamos grandes momen-tos aqui. Ele via em Peruíbe um paraíso ecológico e uma cidade que iria crescer, se de-senvolver, e acolher tanto os moradores quanto os turistas. Por influência do meu pai, que tinha uma construtora e a vida inteira adorou construir, her-dei esse gosto e cursei arqui-tetura. Com a vinda definitiva da família para Peruíbe, me vi engajada em projetos sociais e na sua campanha para pre-feito em 2004. Com a vitória dele no pleito eleitoral, assu-

mi o Fundo Social e me en-gajei mais ainda nos projetos da cidade. Tenho o orgulho de ter criado projetos que dimi-nuíram muito a mortalidade infantil e a desnutrição. Foi a partir deste momento que nu-tri o apreço pelo agente polí-tico e estive ao lado de toda a sua gestão. Infelizmente, em 2008, meu pai faleceu e deixei adormecido o sonho de conti-nuar um trabalho tão bonito que ele começou. Os anos se passaram e vi que seus proje-tos foram abandonados, que o olhar ao peruibense não era mais aquele de carinho que tí-nhamos na época do prefeito Zé Preto. Vi que era hora de sair dos bastidores e voltar à cena. Candidatei-me e feliz-mente fui escolhida pelo povo de Peruíbe a nova prefeita.

Hoje tenho o orgulho de ocu-par a cadeira que já foi de meu pai e poder atuar para trazer ao cidadão da nossa cidade o orgulho de viver aqui.Como é resgatar a herança política do seu pai e manter vivo o seu legado?É como realizar um sonho e dar um conforto ao legado do meu pai. Muitas coisas fica-ram paradas na cidade nesses últimos quatro anos. Quere-mos poder dar um start em novas coisas e criar novas di-nâmicas na cidade.Como estão as finanças da cidade?Nossa equipe está fazendo um levantamento minucioso para apurar a real situação fi-nanceira da Prefeitura. Dentro de mais alguns dias, vamos divulgar os dados que encon-tramos.A saúde foi um problema da última gestão. Evidên-cias de fraudes no convênio com a OSEP marcaram o ano de 2012. A saúde pode-rá ser compartilhada com outra Organização Social de Saúde?No meu plano de governo já havia dito que a saúde re-ceberia atenção redobrada. O setor foi deixado de lado nos últimos quatro anos e a população de Peruíbe sofreu muito. O Hospital Municipal, por exemplo, foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado, em outubro passado. Conseguimos reabri-lo agora, no dia 15 de janeiro. Neste momento, a pediatria, a mater-nidade e a área semi-intensiva

estão funcionando. Para a Uni-dade de Pronto Atendimento (UPA), contratamos uma nova equipe médica: enfermeiros, auxiliares, técnicos de raios-X e ambulâncias. Pouco a pouco estamos arrumando a casa e colocando à disposição da po-pulação pelo menos o mínimo de um serviço básico de saúde com qualidade. A prioridade é minimizar o caos em que se encontrava o setor e estamos fazendo isso desde os primei-ros dias. Minha equipe está empenhada e as melhorias no atendimento já são notáveis.Já há contatos com os gover-nos estadual e federal para a captação de recursos e pro-gramas para a cidade?Em dezembro, estive em Brasília. Lá, encontrei com o ministro dos Portos, Leôni-das Cristino, e iniciamos uma conversa sobre a viabilidade de uma marina e um porto em Peruíbe. Também man-tive contato com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ri-beiro, entre outras lideranças importantes. Em janeiro, já recebi em meu gabinete a vi-sita de assessores e deputados e também os superintendentes da Caixa Econômica Federal, para tratar do projeto Minha Casa Minha Vida. No dia 28 de janeiro, estarei novamente em Brasília para participar do encontro com os novos prefei-tos, a respeito de parcerias e verbas para a cidade no turis-mo, casas populares, além de outros projetos do Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC).

“Hoje tenho orgulho de

ocupar a cadeira que já foi do

meu pai”

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5Peruíbe

Que área será prioridade em seu mandato? O que é pos-sível resolver nos próximos quatro anos?Antes de iniciar o governo, reu-ni minha nova equipe de traba-lho para debatermos ideias e melhorias para a cidade. Ini-cialmente, traçamos um plano de 100 dias, com ações emer-genciais. A saúde é uma área que precisa de muito cuidado. Pegamos o setor em situação precária, com falta de funcio-nários, remédios, além da má estrutura dos prédios. Estamos humanizando o setor. Já nos primeiros dias reforçamos a equipe médica com a contra-tação de novos profissionais. Também reabrimos o Hospital Municipal, que estava fechado desde outubro passado, por fal-ta de estrutura. Totalmente re-formado, a unidade conta ago-ra com 31 leitos para atender a parte clínica e semi-intensiva, além dos 16 leitos de pediatria e 18 leitos de maternidade. O primeiro passo foi dado. Além da saúde, quero que Peruíbe se desenvolva com qualidade de vida, com projetos e grandes investimentos em longo prazo. Se quisermos um futuro me-lhor, temos de começar a tra-balhar hoje.Os servidores municipais tiveram os seus salários de dezembro atrasados. O pro-blema foi resolvido?Sim. Graças aos esforços da minha equipe conseguimos quitar esse débito com os ser-vidores. Infelizmente, a antiga administração nos entregou a Prefeitura com pouco dinhei-ro em caixa. Arrecadamos os mais de R$ 4 milhões necessá-rios para regularizar a folha de pagamento do mês de dezem-bro e depositamos o salário na conta dos servidores no dia 8

de janeiro – dois dias antes do prazo que havia sido informa-do a todos os funcionários por meio de um ofício.Qual foi o primeiro ato ofi-cial da prefeita?Ação Verão foi meu primei-ro ato de governo. Nele, en-volvemos todos os setores da Prefeitura para realizar ações emergenciais na cidade. A limpeza das vias, pintura dos postes, desobstrução dos ca-nais, a fim de evitar alaga-mentos, retirada da areia que invadia a avenida da praia, operação tapa buraco, além, é claro, da contratação de uma equipe médica para a saúde.Qual é a mensagem que a prefeita Ana Maria Preto deixa aos peruibenses?Peço a todos os munícipes que vejam a nossa administração como parte da vida de cada um. Nada aqui é feito sem que possamos mudar a vida das pessoas para melhor. São mui-tas as dificuldades que enfren-taremos. Infelizmente, a rea-lidade é muito dura. Não irei lamentar ou ser conformista, mas sim arregaçar as mangas e trabalhar arduamente, para aplicar cada um dos itens do meu plano de governo. Quero também que os peruibenses es-tejam à vontade para darem as suas contribuições, pois sem a participação de cada cidadão não conseguirei chegar ao ob-jetivo de transformar a nossa cidade em um lugar em que tenhamos orgulho de viver.

a posse de ana e de vereadoreseleição

Novos eleitos assumem mandato na Câmara

“Com minha equipe, traçamos

um plano emergencial para os primeiros 100 dias de governo”

Em primeiro de janei-ro, foi realizada na Câma-ra Municipal de Peruíbe a solenidade que deu posse à prefeita Ana Preto, ao vice-prefeito, Nelson do Posto e aos 15 vereadores. Antes da solenidade, houve uma missa na Paróquia São João Batista. Com o compromisso de administrar a cidade com ética e responsabilidade, os eleitos fizeram juramento e

assinaram o documento de pos-se. A prefeita Ana Preto disse aos presentes que quer fazer um governo de transformação, com garra, compromisso e se-riedade. A prefeita, após ser empossada, reuniu sua equipe e seguiu rumo ao Centro de In-formações Turísticas, onde deu início à pintura do prédio. Tal ato simbolizou o comprometi-mento com a limpeza e organi-zação da cidade.

Os vereadores também se reuniram e elegeram a mesa diretora – foi apresentada apenas uma chapa que foi eleita por unanimidade, fi-cando a presidência com José Ernesto Maragni (PV); 1º vi-ce-presidente, Ricardo Cor-rêa (PT); 2º vice-presidente, José Ivo dos Santos (PTB); 1º secretário, Lourival Sam-paio (PSDC); 2º secretário, Rafael Vitor(PMDB).

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6 Peruíbe

Política

trocando em miúdos Por Janaina Correa div

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PositivoOs vereadores Ricardo Corrêa, Loro e Laila e a prefeita Ana Preto foram a Brasília, no Encontro

de Novos Prefeitos e Prefeitas a fim de liberar recursos para Peruíbe. Estiveram com os deputados federais Ricardo Ber-zoini e Janete Pietá, do PT, com Vagner Pinheiro, dos Correios, e com José Lo-pez Feijóo, assessor da presidenta Dil-ma. Os encontros foram agendados pelo vereador Ricardo Corrêa.

NegativoA prefeita Ana Preto re-cebeu denúncias sobre o abandono do Centro de Zoonoses. Ela esteve no

local e constatou a forma como a ante-cessora lhe entregou o departamento. Os equipamentos médicos e materiais de es-critório estão queimados e a geladeira de vacinas está enferrujada. Sensibilizada, a prefeita acertou com a sua equipe a cria-ção de um plano para recuperar o espaço físico e retomar os atendimentos.

Saúde na UPAA UPA de Peruíbe aumentou o nú-mero de atendimentos de 150 para 400 pacientes por dia, em menos de um mês. A melhora se dá gra-

ças a equipe formada por oito novos médicos, quatro enfermeiros, doze auxiliares, dois técnicos de gesso e um operador de raio-X, o que diminui o tempo de espera de 50 minutos para 30 minutos.

Saúde na UPA IIA prefeita Ana Preto está focada na melhoria da saúde da cidade. Ela esteve presente ao primeiro parto que ocorreu na cidade este

ano, em 3 de janeiro, da menina Evelyn. O atendimen-to iniciou-se na UPA e, depois, mãe e filho foram en-caminhados à maternidade da cidade.

PT PeruíbeO Partido dos Trabalhadores rea-lizou plenárias de formação de novos filiados, nos dias 26 de ja-neiro e 2 de fevereiro. As próxi-

mas serão nos dias 23 de fevereiro e 4 de março, na sede do diretório, na Avenida Padre Anchieta. 9155.

Ação VerãoA Ação Verão muda a cara da cidade. O projeto prevê shows, atividades esporti-vas e culturais e os serviços de limpeza urbana. As equipes pretendem retirar a

areia que invade a rua e a ciclovia, instalar 70 lixeiras na orla e prevenir o risco de enchentes nessa época de chuvas. Os serviços de desobstrução dos canais, limpeza e coleta de lixo e entulhos estão sendo feitos em todo o município. Já dá para notar a diferença: limpeza.

DestaqueA saúde é o destaque do primeiro mês da nova administração. Na tarde de 15 de ja-neiro, a prefeita Ana Preto reinaugurou a ala semi-intensiva do Hospital Municipal e

entregou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) duas novas ambulâncias equipadas com Unidade de Terapia Intensiva.

Muito showA nova administração municipal contem-plou moradores e turistas com o programa Ação Verão, a primeira marca do gover-no. Haverá shows de artistas renomados,

atividades esportivas e culturais durante toda a temporada, que se estenderá até os festejos de aniversário da cidade, em 18 de fevereiro.

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7Peruíbe

Peruíbe: o verão é a cara da cidade

filas, falta d’água, lixo e violência: os problemas

turismo

A economia esquenta: são 20 mil turistas nos fins de semana entre dezembro e fevereiroTodos os anos, de dezem-

bro a fevereiro, os rios, as ca-choeiras e os 30 km de praias – além da Estação Ecológica da Jureia, um dos patrimônios naturais mais significativos do país – de Peruíbe mantêm sua vocação e recebem grande quantidade de turistas. São 20 mil os veranistas que chegam à cidade nos fins de semana, segundo a Secretaria de Tu-rismo da Prefeitura. Só em dezembro foram 200 mil visi-tantes, entre o Natal e o Ano Novo. As rotas culturais con-sagradas e os eventos cultu-rais da temporada – shows de Lulu Santos, Alexandre Pires, NxZero e Roupa Nova – aque-cem a economia da cidade. Ainda que velhos problemas estruturais da Baixada Santis-ta se mantenham, o verão é a cara da cidade.

A professora estadual Cé-lia Cernieski, 55, moradora da vizinha Mongaguá, prefere vir

a Peruíbe nas férias de verão, devido à conservação e lim-peza das praias, diferente de sua cidade. “Há muito tempo, Peruíbe se destaca no litoral sul pela limpeza da praia e do mar. Existem lixeiras, não se veem copos e garrafas jogados

na orla.” Cíntia Cernieski, 32, paulistana e sobrinha de Célia, completa: “A cidade é mais organizada e a qualidade do ar é melhor ”.

Segundo a Associação Comercial e Empresarial de Peruíbe (ACEP), a expan-

são do crédito e o aumento do consumo em dezembro e janeiro tiveram crescimento de 9,09% em relação a igual período do ano anterior. Uma das famílias beneficiárias des-sa onda desenvolvimentista é a Santos, com o Carrinho do

Alemão, que eles mantêm na praia do Centro. “É a princi-pal fonte de renda do meu fi-lho. De novembro a fevereiro, a gente fica todo o dia, das 8 h às 17 h, com o carrinho na praia. No resto do ano, ele vem apenas nos feriados pro-longados e se o clima estiver bom. Senão os gastos para vir trabalhar são maiores do que os lucros” – conta Roberto Alves dos Santos, 60, o pai de Alan Meggliolaro dos Santos, o Alemão.

A esposa de Alan, Michele Ferreira, de 25 anos, comenta que a família vai para a quarta temporada com o carrinho de comidas e bebidas na praia. A atividade comercial da família é registrada e envolve uma tri-butação anual da Administra-ção Pública.“Durante o resto do ano, o meu marido é pintor de parede. Mas no verão ele se dedica ao carrinho, porque dá mais lucro para nós.”

Na Baixada Santista, o ve-rão traz problemas de infra-estrutura: as filas nos super-mercados e padarias, a falta de água e energia, a maior produção de lixo, violência, etc. O gerente da Rede Krill Supermercados de Peruíbe, Antônio Carlos Miranda, 47, conta que a loja contratou 60 profissionais para o ve-rão, mas não resolveu a fila do pãozinho. “Os clientes triplicam e as fornadas são insuficientes, pois o pão pre-

cisa de um tempo para a massa ficar pronta.” Miranda relembra que de 12 a 25 de dezembro, o mercado dispôs de um gerador de energia, para se precaver de alguma queda súbita. “Mas des-ta vez foi a água que faltou no Natal e no Ano Novo.”

Por meio de nota, a asses-soria de comunicação da Pre-feitura assegurou que em 2013 não houve desabastecimento de água e energia na cidade. Ela relata que a Operação Ve-rão, da Polícia Militar (que

amplia o efetivo de policiais na cidade), foi bem-sucedida e “não registrou ocorrência im-portante na praia e imediações, em janeiro”. “A PM também intensificou as ações de fisca-lização da chamada Lei Seca, para coibir casos de direção imprudente sob os efeitos do álcool. Houve operações para fiscalizar eventuais abusos de perturbação e sossego, como o uso de aparelhos de som nos horários que são proibidos por lei” – conclui a nota.

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8 Peruíbe

foto síntese – antiga estação de trem Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

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Horizontal – 1. Arte que usa a linguagem escrita como meio de expressão 2. Amarelar 3. Museu da Imagem e do Som; Berne; Instrumento usado para cavar ou remover terra 4. Antigo Testamento; Ação ou resultado de usar; Vermelho, em inglês 5. Tabaco em pó, usado para cheirar; Porção, quantidade incerta 6. Que não está cozido; Sexta nota musical; Exprime dor ou alegria 7. Qualquer fecho ou selo inviolável; Radio Patrulha 8. Que está vazio, oco; Raiva 9. Ao longo de; Associação dos Alcoólicos Anônimos; Polícia nazista 10. Mem de, governador-geral do Brasil; Símbolo do álcool; Central Única dos Trabalhadores 11. Grande extensão que separa um espaço do outro.vertical – 1. Carlos, revolucionário brasileiro; Pronto Socorro 2. Reproduzir, arremedar; Tecido semelhante à musselina, fabricado com fios muito finos e torcidos, de aparência leve e transparente 3. Contração de te+as; Saltar 4. Exército Revolucionário; Sigla de União Europeia; A preposição a com o artigo definido masculino o; Em, em inglês 5. Pessoas julgadas por um crime ou processadas em ação cível; Lei complementar; Abreviação de álgebra 6. Escárnio, zombaria 7. Chá, em inglês; Época 8. Universidade de Coimbra; Sigla, em inglês, de ácido ribonucleico; Ânus 9. Tornar a dizer ou expressar-se; Sul, em espanhol 10. Instrumento para lavrar a terra; Doença epidêmica grave e contagiosa.

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Palavras cruzadas

LITERATURAAMARELECERMISURAPAATUoREDRAPETANToCRULAAIALACRERP

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