Jornal de Lisboa Abril 2013

12
JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO ANTÓNIO PRÔA RUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.O7 A NOSSA BANCADA DE OPINIÃO PÁGS. 10/11 Nº63 - ABRIL13 - ANO VI A frieza dos números não mente: em Lisboa, a “AD” fica com um número de votos muito inferior ao somatório de laranjas e democratas-cristãos. DESTAQUE | PÁG. 04/06 > ANÁLISE DE RESULTADOS ELEITORAIS > LEI DO ARRENDAMENTO | PÁG.08 Alto do Pina contra “insensatez do Estado” O executivo do Alto do Pina criou um gabinete de informação e apoio à população por causa da nova Lei do Arrendamento. Contra a “insensatez do Estado”. > PLANO LOCAL DE EMERGÊNCIA | PÁG.09 Reforçar a segurança em Campolide A Freguesia de Campolide já tem um Plano Local de Emergência. O objectivo é reforçar a segurança através de formação aos residentes. > CULTURA | PÁG.12 Santos-o-Velho homenageia “filhos” O executivo da Freguesia de Santos-o-Velho tem apostado na promoção cultural da autarquia. Raul Solnado é o próximo “filho” a ser homenageado. AS NOVAS FREGUESIAS DE LISBOA Até Setembro deste ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma” das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados eleitorais e tendência política. Nesta edição, Estrela e Lumiar. ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03 ELEITORES “ FOGEM DE COLIGAÇÃO PSD / CDS

description

Jornal de Lisboa, edição 63 de Abril de 2013

Transcript of Jornal de Lisboa Abril 2013

Page 1: Jornal de Lisboa Abril 2013

JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO [email protected]

ANTÓNIO CARLOS MONTEIROANTÓNIO PRÔARUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.O7

A NOSSABANCADA DE OPINIÃO

PÁGS. 10/11

Nº63 - ABRIL13 - ANO VI

A frieza dos números não mente: em Lisboa, a “AD” fica com um número de votos muito inferior ao somatório de laranjas e democratas-cristãos.

DESTAQUE | PÁG. 04/06

> ANÁLISE DE RESULTADOS ELEITORAIS > LEI DO ARRENDAMENTO | PÁG.08Alto do Pina contra“insensatez do Estado”O executivo do Alto do Pina criou um gabinete de informação e apoio à população por causa da nova Lei do Arrendamento. Contra a “insensatez do Estado”.

> PLANO LOCAL DE EMERGêNCIA | PÁG.09Reforçar a segurançaem Campolide A Freguesia de Campolide já tem um Plano Local de Emergência. O objectivo é reforçar a segurança através de formação aos residentes.

> CULTURA | PÁG.12Santos-o-Velhohomenageia “filhos”O executivo da Freguesia de Santos-o-Velho tem apostado na promoção cultural da autarquia. Raul Solnado é o próximo “filho” a ser homenageado.

AS NovAS FrEgUESiAS DE LiSboA Até Setembro deste ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma” das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados eleitorais e tendência política. Nesta edição, Estrela e Lumiar. ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03

ElEitoRES “fogEm”dE ColigAçãoPSd/CdS

Page 2: Jornal de Lisboa Abril 2013

Projecção de voto para a Assembleia da RepúblicaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/m~201301/

s~5/id~e9.aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 37,17 30,85 29,75 21,92 55,4 54,62 57,47 38,75 29,36 33,66PSD (AD) 12,77 43,33 40,34 39,07 39,42 26,69 38,86 41,48 36,59 43,47CDS (+PSD) 19,41 46,15 19,2 11,45 10,22PCP(FEPU; APU) 21,04 26,46 26,94 30,7 14,94 9,1BE 5,53 6,94 5,51

fREguESiA dA EStRElA

NoVA fREguESiA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Estrela Lapa, Santos-o-Velho, Prazeres 3353 4907 43,47 909 4262 42,77 Saldo Direita: 645 20 116 18 965

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

total H m Hm H m Hm H m Hm H m Hm H m

20116 9095 11021 2817 1429 1388 1899 959 940 10539 4949 5590 4861 1758 3103

Nível de instrução

Nenhum Básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H

2947 1236 3513 1349 1634 815 2381 1124 2656 1300 448 212 6537 3059

total 9332C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

3702 2862 1373 849 546total 2879

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

1071 692 723 174 219

famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Alojamentos

Análise de resultado eleitoral 2009

Edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

8750 8741 9 8744 6 8562 188 1184 7550 3592 4581

Fonte: Censos 2011

interclassismo centenárioA nova Freguesia da Estrela tem um cariz verdadeiramente

interclassista, que lhe é característico há séculos.

As origens nobre da Freguesia de Santos-o-Velho, burguesa da Lapa e proletária dos Prazeres moldam o alma interclassista da nova Fregue-sia da Estrela, que agrega aquelas três autarquias. A origem medieval de Santos, entalada entre o Tejo e o vale de São Bento, cresceu a partir de locais de fixação de conventos, da nobreza e consequentemente do povo. Segundo a tradição, como revelam estudos do Gabinete de Estu-dos Olisiponenses, D. Afonso Henriques terá mandado erigir a Igreja de

Santos sobre o templo de devoção aos Santos Mártires Veríssimo, Máxima e Júlia (303 d.C.), desenvolvendo-se assim a Freguesia de Santos. Este templo tornou-se Paço Real em 1501. A fixação real estimulou a instalação na zona de diversos conventos e palá-cios, como conventos da Esperança, das Albertas (actual Museu de Arte Antiga), das

Inglesinhas, dos Marianos, das Trinas do Mocambo (mais tarde Madragôa) ou dos pa-lácios dos Duques de Aveiro ou dos Condes de Murça. Um desenvolvimento que levou à elevação de Santos a Freguesia em 1566. O desenvolvimento urbanístico provocado pelo terramoto de 1755, aliado à extinção das ordens religiosas e à alteração funcio-nal dos palácios teve fortes impactos em Santos, levando à fixação de uma população carenciada. Por outro lado, o aterro da Boavista, em 1855, a construção das docas e do caminho-de-ferro acentuaram a vertente popular de Santos. Simultaneamente, a abertura de ruas e o crescimento em quarteirões como consequência do desastre na-tural, levou à expansão geográfica da Freguesia, o que levou, em 1770 à criação da au-tarquia da Lapa. Local, mais a norte, cuja população tinha um perfil mais burguês., e cujo desenvolvimento económico aliciou a aristocracia a fixar-se naquela zona. O que lhe confere um caractér elitista, que ainda hoje ostenta. A Freguesia dos Prazeres nas-ceu em 1959, como consequência da densidade demográfica das Freguesias de Alcân-tara, Lapa, Santos e Santo Condestável, cuja designação provém da quinta e ermida dos Prazeres, local onde foi construído, na altura, o maior cemitério de Lisboa.

Área: 274 hectares

Residentes: 20 116 (Censos 2011)

Eleitores: 18 965 (Legislativas 2011)

lapa

Nuno Ferro(Actual

presidente)

Prazeres

João M.

Pereira(Actual

presidente)

PS - Candidato

Luís Monteiro(e actual

presidente de Santos)

PSd -

Candidato

Luís Newton

* Va

lore

s res

ulta

ntes

da

som

a da

vot

ação

de

cada

par

tido/

colig

ação

em

cad

a um

a da

s Fre

gues

ias q

ue in

tegr

am a

nov

a au

tarq

uia

Estrela

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

10

20

30

40

50

60

2009200520011997199319891985198219791976Valo

res

perc

entu

ais

(%)

*

0 2

Page 3: Jornal de Lisboa Abril 2013

ABRIL13

Índice de ExpectativaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/m~201301/

s~5/id~e9.aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 32,51 24,59 27,51 18,82 47,76 55,25 53,66 40,84 27,17 35,75PSD (AD) 18,48 47,36 41,81 48,04 44,13 28,14 41,55 41,79 42,87 44,75CDS (+PSD) 16,66 9,02 7,78 6,27PCP(FEPU; APU) 21,04 26,14 26,73 27,39 10,82 8,38BE 5,34 8,21 6,02

fREguESiA do lumiAR

NoVA fREguESiA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Lumiar Lumiar 6783 8494 44,75 1590 8373 44,12 Saldo Direita: 121 35 697 24.172

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

total H m Hm H m Hm H m Hm H m Hm H m

41162 19146 22016 6329 3207 3122 4535 2250 2285 23582 10918 12664 6716 2771 3945

Nível de instrução

Nenhum Básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H

5861 2761 4809 2076 2798 1386 4124 2005 5380 2762 797 430 17393 7726

total 17186C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

5214 5350 3224 2494 904total 1775

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

80 44 250 697 704

famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Análise de resultado eleitoral 2009

Alojamentos

Edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

16948 16945 3 16947 1 16910 38 10148 6795 12108 3784

Fonte: Censos 2011

Hortas transformadas em prédiosO Lumiar tem origem agrícola. Hoje é uma das mais

populosas Freguesias da capital e em maior crescimento.

Ainda a meados do século XX, a Freguesia do Lumiar contava com uma população que se dedicava à agricultura e à criação de gado num am-biente bucólico, sendo um local de veraneio domingueiro da burguesia e do operariado de Lisboa, que apreciava a “ida às hortas” no Lumiar. Em 1886, o Lumiar passa a integrar o concelho de Lisboa, saindo do concelho dos Olivais, que, de acordo com investigação do Gabinete de Estudos Olisiponenses, era um arrabalde saloio, constituindo uma

pequena aldeia com as suas azinhagas, quintas, olivais, vinhas e campos de cereais que alimentavam os lisboetas. Mas, historicamente, a primeira referência ao Lumiar é muito anterior. Nas Inquirições (1258) de Afonso III há referências a um sítio de-signado “Liminare” (Lumiar), e no censo geral da população de 1527, realizado no

reinado de D. João III, as antigas povoações do Paço do Lumiar, Lumiar e Telheiras surgem integradas no termo de Lisboa, que foi extinto em 1852. O Paço do Lumiar tem origem no reinado de D. Afonso III, com a construção em 1266 da Igreja de São João Baptista. Foi nesse local, onde existia um cruzeiro, onde se realizava uma das mais importantes festas do Lumiar de homenagem a Santa Brígida, em que se procediam à bênção do gado. A concretização do topónimo Paço do Lumiar concretiza-se com D. Afonso IV, passando a ser sinónimo de local de casas de campo da nobreza qua aí flo-resceram entre os séculos XVIII e XIX. Exemplos dessa altura são os ainda existentes palácios Angeja-Palmela e do Monteiro-Mor. Ainda no último quartel do século XX, a Freguesia ficou marcada pelo abandono e desaparecimento das muitas antigas quin-tas e chalés, dando lugar a novas construções, como fábricas, vilas, escolas, hospitais, bibliotecas, centros comerciais , etc. Para além da Telheiras, Quinta do Lambert e Par-que Europa, o Lumiar tem um dos maiores projectos urbanísticos da Europa – a Alta de Lisboa –, projectado para 65 mil pessoas, registando já uma ocupação de 30 mil pessoas. O que faz do Lumiar uma das Freguesias de Lisboa em maior expansão

Área: 628 hectares

Residentes: 35 697 (Censos 2011)

Eleitores: 11 877 (Legislativas 2011)

* Va

lore

s res

ulta

ntes

da

som

a da

vot

ação

de

cada

par

tido/

colig

ação

em

cad

a um

a da

s Fre

gues

ias q

ue in

tegr

am a

nov

a au

tarq

uia

lumiar

Nuno Roque(Actual

presidente)

PS - Candidato

Pedro

Delgado Alves

PSd -

Candidata

Maria Isabel

Pereira

lumiar

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

10

20

30

40

50

60

2009200520011997199319891985198219791976Valo

res

perc

entu

ais

(%)

*

0 3

Page 4: Jornal de Lisboa Abril 2013

> ANÁLISE DE RESULTADOS ELEITORAIS

ColigAção PSd/CdSAfugENtA ElEitoRES

Ao contrário do que seria expectável, uma coligação entre PSD e CDS, em Lisboa, não é igual ao somatório das partes. De acordo com os re-sultados das eleições autárquicas de 2009 comparados com as legisla-tivas do mesmo ano e de 2005, nas Freguesias da capital a “AD” chega a ter menos 35,1% dos votos que o somatório do resultado dos dois par-tidos. E esta análise agrava-se para a Direita, podendo comprometer as aspirações da coligação PSD/CDS nas próximas autárquicas do Outo-

no, quando se verifica que é feita com base nas eleições legislativas de 2005 e 2009, sufrágios em que o PSD teve os piores resultados dos últimos 30 anos. E, mesmo sem crise económica tão evidente, sem o PSD a sofrer o desgaste da governação, e sem a actual apertadíssima austeridade, o resultado eleitoral da coligação PSD/CDS em 2009 conseguiu bater aqueles recordes negativos. A excepção é a actual Freguesia de São Vicente, em que a coligação PSD/CDS conseguiu subir 158 votos em relação às legislativas anteriores, representando um acréscimo de 5,6%.Para esta análise, o Jornal de Lisboa considerou o panorama de 23 novas Freguesias – sem desanexar informação sobre a nova Freguesia do Parque das Nações da actual autarquia de Santa Maria dos Olivais por não haver dados eleitorais disponíveis –, somando os resultados dos partidos obtidos nas autarquias que passam a estar inte-gradas em cada uma delas.

os números não mentemNa Freguesia da Ajuda, os partidos de Direita tiveram, em 2005, mais 624 votos que a “AD” nas autárquicas de 2009, representado uma descida de 24%. Em Alcântara, em 2005 os dois partidos tiveram mais 670 votos que nas autárquicas de 2009, signi-ficando uma descida de 23%. Comparando com as legislativas de 2009, PSD e CDS tiveram naquela Freguesia mais 718 votos que a “AD” nas eleições autárquicas. Al-valade está em linha com a tednência: em relação às autárquicas de 2009, em 2005 PSD e CDS obtiveram mais 809 votos, enquanto a descida entre as legislativas e au-tárquicas de 2009 acentuou-se: 13,1%. Na nova Freguesia do Areeiro, em relação às legislativas de 2009, os dois partidos tiveram mais 810 votos, ou seja, 11,7%, enquan-to no sufrágio para a Assembleia da República de 2009, tiveram mais 1011, o que sig-nifica mais 14%. Em Arroios o cenário é idêntico: nas legislativas de 2005, PSD e CDS tiveram mais 2705 votos que nas autárquicas de 2009, traduzindo-se numa descida de 28,3%. Relativamente às legislativas de 2009, PSD e CDS tiveram mais 1303 votos que a coligação nas eleições locais do mesmo ano.Nas Avenidas Novas em 2005, PSD e CDS tiveram mais 981 votos que a coligação nas autárquicas de 2009, significando uma descida de 12,5%, enquanto nas legis-lativas deste último ano, o resultado dos dois partidos foi superior em 1132 votos em relação às eleições locais. No Beato, verificou-se a maior descida de votação da coligação, tanto relativamente a 2005, como a 2009. Nas primeiras destas legislati-vas, PSD e CDS tiveram mais 868 votos que a coligação nas autárquicas, ou seja, a “AD” desceu 37,2%. Em relação à consulta popular para o Parlamento em 2009, a coligação de Direita teve menos 794, sofrendo uma quebra de 35,1% Belém está em linha com as restantes Freguesias. Nas autárquicas de 2009, a coligação teve me-nos 152 votos que nas legislativas de 2005, ou seja, menos 3%, mas em relação às

legislativas de 2009 teve menos 610 que PSD e CDS, traduzindo-se numa queda de 11,1% em apenas cerca de 15 dias. Em Benfica, a coligação caiu, nas autárquicas de 2009 relativamente às legislativas de 2005 e 2009, respectivamente, 1274 votos (14%) e 1824 votos (19%). Em Campo de Ourique, a tendência repete-se: nas eleições locais de 2009 a coligação teve menos 1308 que nas legislativas de 2005, e menos 828 votos que nas eleições nacionais de 2009, traduzindo-se, respectivamente, em descidas de 20,4% e 14%. A “AD” volta a cair nas autárquicas de 2009 em Campolide: desce 8% (239 votos) relativamente a 2005 e 12,2% em relação às legislativas de 2009. A “pro-letária” Freguesia de Carnide também viu a coligação de Direita perder votos, nas autárquicas, relativamente às legislativas. Assim, em comparação com 2005, PSD e CDS caíram 17% (483) e em relação às legislativas de 2009 a descida agravou-se, com menos 1227 votos, o que significa uma perda de 33,7% de eleitores. Até na novaFre-guesia da Estrela a coligação perde em relação às legislativas de 2005 e 2009, caindo, respectivamente 14,2% – 815 votos – e 14,9% – 856 votos.Na populosa Freguesia do Lumiar, a coligação, em relação às legislativas de 2005, a coligação de Direita ganhou, nas eleições locais de 2009, 589 votos. Porém, em re-lação às legislativas de 2009, a “AD” local perdeu 1340, caindo 13,7%. Também em Marvila, em 2005, PSD e CDS tiveram menos 384 votos que a coligação de Direita nas locais de 2009, denotando uma subida de 9,3%. Mas este resultado inverte-se em 2009, com a coligação a ter menos 318 votos (6,6%) que PSD e CDS nas legislati-vas desse mesmo ano. Na nova Freguesia da Misericórdia, a descida da Direita re-pet-se. Em 2005, PSD e CDS tiveram mais 761 votos (25,1%) que a coligação PSD/CDS em 2009, enquanto nas legislativas deste último ano os partidos tiveram mais 481 votos (17,5%). Nos Olivais [nesta análise considera-se informação sem desanexação da nova Freguesia do Parque das Nações], nas legislativas de 2005 votaram no PSD e CDS mais 780 pessoas (8,8%) e na legislativas de 2009 votaram mais 1466 (15,3%) eleitores nos partidos da Direita que na “AD” nas autárquicas do mesmo ano. Na Penha de França, nas legislativas de 2005 e de 2009 PSD e CDS tiveram, respectiva-mente, mais 916 (15%) e 658 (11,2%) votos que a coligação nas autárquicas de 2009. Em Santa Clara a coligação teve nas autárquicas de 2009 menos 36 (1,3%) votos que PSD e CDS nas legislativas de 2005 e menos 413 (13,4%) votos que nas legislativas de 2009. Na Freguesia de Santa Maria Maior, em relação a 2005, a “AD” perdeu 498 votos (19,4%), e relativamente às eleições parlamentares de 2009 a Direita desceu 12,3% dos votos em comparação com as autárquicas do memo ano. Na Freguesia de Santo António repete-se o cenário de descida de votos na coligação. Em 2005, em relação às autárquicas de 2009, PSD e CDS tiveram mais 13% (487) de votos que a aliança entre ambos, enquanto nas legislativas de 2009 a diferença foi de 9% (321 votos). Em São Domingos de Benfica a queda Direita, em comparação com as au-tárquicas de 2009, em 2005 PSD e CDS tiveram mais 785 votos (9%), enquanto em comparação com as legislativas de 2009, a coligação perdeu, nas eleições locais do mesmo ano, 1772, ou seja, deu um tombo de 18,3%. AFreguesia de São Vicente é a excepção: a coligação de Direita teve, nas autárquicas de 2009, mais votos que PSD e CDS nas legislativas de 2005 e 2009. Assim, em 2005, os dois partidos tiveram menos dois votos que a coligação em 2009, e, nas eleições parlamentares de 2009, tiveram menos 158 votos que a aliança autárquica deste mesmo ano.

Os eleitores do PSD e do CDS parecem não gostar de coligações. Os números não mentem: em Lisboa, a “AD” fica com um

número de votos muito inferior ao somatório de laranjas e democratas-cristãos. É a comparação dos resultados eleitorais das

autárquicas de 2009 com as legislativas de 2005 e de 2009. Cujos resultados foram os piores do PSD desde há 30 anos.

> CULTURAJoana Vasconcelos no Palácio da AjudaO Palácio da Ajuda é palco para uma exposição de Joana Vasconcelos, a primeira mostra retrospectiva da artista. Este evento, nas palavras de Joana Vasconcelos é trazer a mostra de Versailles a Lisboa. A exposição está patente até 25 de Agosto.

0 4

Page 5: Jornal de Lisboa Abril 2013

ABRIL13

> REqUALIFICAçÃONova Ribeira das NausFoi inaugurada a requalificada Avenida da Ribeira das Naus, sendo mais um espaço de frente de rio dado à fruição dos lisboetas. Esta intervenção concretizou o avanço da margem, o que permitiu a construção da nova Avenida Ribeira das Naus, e a recriação uma praia existente antes do terramoto, com uma escadaria até à água.

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 624 741

2952 2620 1970 2014 580 1845 866 24% 27,40% 15 584 15 183

freguesia da AjudaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – António Videira PSD – Nuno Jordão

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 670 718

2140 2188 2260 2159 771 2127 851 23% 24,10% 13 385 13 926

freguesia de ÂlcantaraResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Davide Amado PSD – Isabel Leal de Faria

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 809 1418

5827 1378 9308 6533 3584 7868 2921 8% 13,10% 31 085 30 620

freguesia de AlvaladeResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – André Moz Caldas

PSD – Mariana Teixeira

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 810 1011

3581 814 6127 4732 2214 5166 1972 11,70% 14% 20 131 20 824

freguesia do AreeiroResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Ana Paula Oliveira

PSD – Fernando Braamcamp

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 2705 1303

5461 1715 6833 7185 2353 5880 2256 28,30% 16% 32 249 31 002

freguesia de ArroiosResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Margarida Martins

PSD – João Grave

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 981 1132

4097 910 6861 4729 3113 5654 2339 12,50% 14,20% 21 625 22 151

freguesia das Avenidas NovasResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Bruno Maia PSD – Daniel Gonçalves

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 868 794

3683 734 1468 1796 540 1544 718 37,20% 35,10% 12 429 11 877

freguesia do BeatoResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Hugo Xambre A indicar pelo CDS

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 152 610

2758 749 4868 3031 1989 3957 1521 3% 11,10% 16 549 15 286

freguesia de BelémResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Miranda Calha PSD – Fernando Ribeiro Rosa

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 1274 1824

8260 2334 7928 6764 2438 6970 2792 14% 19% 36 821 35 983

freguesia de BenficaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Inês Drummond PSD – António Gonçalves

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 1308 828

4470 1372 5102 4518 1892 4306 1624 20,40% 14% 22 130 22 151

freguesia de C. de ouriqueResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Pedro Cegonho PSD – Adelino Crespo

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 239 383

3174 879 2763 2255 747 2258 888 8% 12,20% 15 460 14 083

freguesia de CampolideResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – André Couto PSD – João Magalhães Pereira

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 483 1227

2392 3820 2411 2057 837 2458 1180 17% 33,70% 23 316 16 236

freguesia de CarnideResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Alexandra Mata Torres

A indicar pelo CDS

0 5

Page 6: Jornal de Lisboa Abril 2013

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 815 856

3353 909 4907 3396 2326 4052 1711 14,20% 14,90% 20 116 18 965

freguesia da EstrelaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Luís Monteiro PSD – Luís Newton Parreira

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS -589 1340

6783 1590 8494 5328 2577 7169 2665 -7,50% 13,70% 35 697 24.172

freguesia do lumiarResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Pedro Delgado Alves

PSD – Maria Isabel Pereira

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 761 481

3275 996 2272 2115 918 1962 791 25,10% 17,50% 13 041 13 897

freguesia da misericórdiaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Carla Madeira A indicar pelo CDS

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS -384 318

7617 2951 4497 3243 870 3084 1731 -9,30% 6,60% 38 102 36 548

freguesia de marvilaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Belarmino Silva PSD – Luís Saldanha

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 780 1466

10291 2914 8098 6658 2220 6906 2658 8,80% 15,30% 51 036 44 635

freguesia dos olivaisResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Rute Lima PSD – Francisco Domingues

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 36 413

2812 1814 2665 2131 570 2064 1014 1,30% 13,40% 21 798 17 987

freguesia de Santa ClaraResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Maria da Graça Ferreira

PSD – Maria Albertina Ferreira

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS -2 -158

2419 1353 3014 2386 626 2090 766 -0,06% -5,60% 14 574 13 831

freguesia de São VicenteResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Natalina Moura PSD – Paulo Quadrado

freguesia do P. das NaçõesA nova Freguesia do Parque das Nações foi criada

em 2012, pelo que não existem dados eleitorais históricos que sejam susceptiveis de comparação.

Candid

atos

PS – Hirondino Isaías PSD – Paulo Coelho

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 916 658

5426 1699 5185 4766 1335 4307 1536 15% 11,20% 27 965 26 633

freguesia da Penha de françaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Elisa Madureira PSD – Afonso Costa

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 487 321

2339 605 3246 2392 1341 2534 1033 13% 9% 11 855 12 638

freguesia de Santo AntónioResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Dimas Pestana PSD – Vasco Morgado

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 498 291

2591 1492 2065 1972 591 1670 686 19,40% 12,30% 12 961 13 524

freguesia de St. maria maiorResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – Miguel Coelho PSD – António Manuel

Eleições Autárquicas 2009Result. p/ Ass. freg. (Nº de Votos)

Eleições legislativas(Nº de Votos)

dif. votos de PSd+CdS entre Autárq. 2009 e População

(Censos 2011)

Eleitores 2011

PS PCP PSD + CDS2005 2009 Legisl. 2005 Legisl. 2009

PSD CDS PSD CDS 785 1772

6029 1501 7888 6040 2633 7209 2451 9% 18,30% 33 699 30 352

freguesia de S. d. de BenficaResultados comparados

Autárquicas 2009 - Legislativas 2005 e 2009 Candid

atos

PS – António Cardoso PSD – Ricardo Crespo

> SÃO JOÃO DE BRITOAbril culturalO executivo de São João de Brito vai ter um mês de Abril muito virado para a cultura. Logo dia 4, há visita guiada aos Paços do Concelho e, dia 8, fala-se da História do Dinheiro. Dia 12, há uma visita guiada ao Museu de Arte Antiga e três dias depois, em homenagem à vida, fala-se do planeta Terra. Dia 16 realiza-se um passeio de eléctrico e, dia 18, há uma visita a Tomar. O Lago dos Cisnes verá a sua sinopse ser explicada dia 22.

0 6

Page 7: Jornal de Lisboa Abril 2013

A Nova Lei do ArrendamentoTodos sabemos que os centros históricos das cidades, em particular

de Lisboa, se degradaram de forma muito acentuada por termos

uma lei do arrendamento que, desde o congelamento das rendas

em 1940, descapitalizou os senhorios e destruiu o mercado de

arrendamento.

A verdade é que muitas vezes se anunciou a sua reforma,

sem que verdadeiramente se tivesse conseguido alcançar esse

objectivo. Tanto se adiou que, agora, acabou por ser imposta

pela Troika, com a consequência de ter de ser feita numa altura em que o

Estado não tem recursos financeiros e ao mesmo tempo que aumenta o IMI aos

proprietários mais antigos, através da reavaliação dos seus imóveis.

Recentemente a Vereadora Helena Roseta, acompanhada do Dr. António Costa

têm questionado de forma muito violenta a nova Lei do Arrendamento.

Antes de mais, não lhes reconheço o monopólio das preocupações sociais e

considero a sua atitude uma hipocrisia.

Quem assinou o memorando que impõe a reforma do arrendamento foi o Partido

Socialista, convém não esquecer, e a verdade é que foram também eles que

sempre protelaram fazê-la. Ora, é por ter sido tantas vezes adiada, que agora acaba

por ser tão dolorosa. A hipocrisia é tanto maior quando se sabe também que o

aumento das rendas que agora se autoriza os senhorios a fazer é para que eles

possam pagar o aumento doa IMI que é uma receita exclusivamente municipal.

Assim sendo, é incompreensível que quem verdadeiramente lucra com este

aumento das rendas, se limite a culpar os outros e não encontre soluções para

apoiar os inquilinos que se encontram em maiores dificuldades.

Quanto a mim escolheram o pior caminho – usá-los para a campanha eleitoral

como arma de arremesso contra o Governo - o que é lamentável.

António Carlos Monteiro Vereador do CDS-PP na CML

Porto de Lisboa, o Tejo e os lisboetasO Governo anunciou uma ambiciosa estratégia de desenvolvimento

do porto de Lisboa assente no reordenamento das actividades das

zonas ribeirinhas do estuário do Tejo, envolvendo um investimento

de cerca de mil milhões de euros, dos quais 80% serão privados e

apenas 20% com recursos públicos.

O plano apresentado terá impacto em vários municípios das

margens do estuário do Tejo, destacando-se como mais relevantes

as intervenções na Trafaria (Almada), com a construção de um novo

terminal de contentores, em Pedrouços (Lisboa), com a construção de uma marina e em

Santa Apolónia (Lisboa), com a construção de um novo terminal de cruzeiros.

Deste modo, reafirma-se a polivalência e complementaridade das actividades portuárias e a

sua importância para o desenvolvimento económico, turístico e de recreio. Em simultâneo,

aponta-se de forma clara a localização adequada de cada uma das actividades, fazendo

corresponder a cada uso as aptidões do território.

O porto de Lisboa deve continuar a promover o transporte e distribuição de mercadorias.

Essa actividade deve ser concentrada na margem sul, com melhores condições naturais,

desde que salvaguardadas as questões ambientais e garantidas as acessibilidades.

A criação de condições para o aumento do turismo de cruzeiros em Lisboa corresponde a

uma estratégia adequada para promoção turística de Lisboa.

Por fim, a aposta no recreio, lazer e desportos náuticos, corresponde ao desenvolvimento

de um potencial natural que, incompreensivelmente tem permanecido adiado.

A este propósito, cabe afirmar que é tempo de se promover a relação dos lisboetas com

o “seu” rio. Naturalmente que são importantes as iniciativas que qualificam a margem do

Tejo. Mas é tempo de nos indignarmos pelo facto de não existir um programa nas escolas

de Lisboa que promovam o conhecimento e o contacto com o rio, bem como a promoção

de actividades náuticas.

António Prôa Presidente do Grupo Municipal do PSD

> DECISÃO DA PROVIDêNCIA CAUTELAR qUANTO A RECANDIDATURA“Não” a Seara assusta laranjaso

Tribunal Cível de Lisboa deu provimen-to à providência cautelar interposta pelo movimento Revolução Branca, deter-minando que Fernando Seara não pode candidatar-se à Câmara de Lisboa por já ter feito três mandatos como presidente do município de Sintra.

Para além das muito difíceis circunstâncias político--económicas que o País atravessa e que podem ser muito prejudiciais eleitoralmente para o PSD, este im-pedimento de Fernando Seara está a assustar os so-cial-democratas de Lisboa, de acordo com fontes par-

O tribunal diz que Seara não pode ser candidato a Lisboa.

O PSD assusta-se. E receia um resultado catastrófico.

tidárias. De acordo com as nossas fontes, no PSD local há a convicção de que esta situação fragiliza muito a coligação PSD/CDS, podendo provocar um “resulta-do catastrófico”.

PSD e CDS vão recorrer da decisão da providência cautelar, mas a incerteza pode manter-se até ao Verão. As eleições autárquicas deverão realizar-se entre fim de Setembro, início de Outubro.

Dando sequência ao projecto de requalificação da frente ribeirinha, a

inauguração da primeira fase da requalificação da Ribeira das Naus, com

a abertura ao público de um novo passeio ribeirinho, entre o Cais do

Sodré e o Terreiro do Paço, é mais um passo na construção de uma

nova relação dos lisboetas com o espaço público da sua cidade.

Da autoria dos arquitectos paisagistas João Gomes da Silva e João

Nunes, o projecto inclui a criação de espaços verdes, um espelho de

água e uma pequena rampa de acesso ao rio, bem como um avanço da

margem para dentro de água. Não obstante o facto de, durante a execução

da obra, a extinção da Frente Tejo e os constrangimentos financeiros terem atrasado

o andamento do projecto, a nova Ribeira das Naus é mais um marco no percurso da

devolução do rio aos lisboetas, quer do ponto de vista da fruição física, quer do ponto

de vista do aumento da área da cidade. Paralelamente, constitui uma marca indelével

da gestão de António Costa à frente dos destinos de Lisboa: promessa feita, promessa

cumprida! Não mais se dirá que os lisboetas vivem de costas para o Tejo! Juntamente

com o sucesso que foi a requalificação e modernização do Terreiro do Paço, uma sala

aberta para o rio, dotada de oferta de restauração, cultural e comercial ímpar, a nova

Ribeira das Naus, parcialmente, é certo, é uma amostra do que vai ser toda aquela

área nobre da cidade quando terminar o projecto. Na nova Avenida Ribeira das Naus,

onde antes existiam grades pertencentes à Marinha, existe agora um jardim, e vai ser

possível ver a doca Seca, onde eram recuperadas as Naus das Descobertas, o antigo

Cais da Caldeirinha e as estruturas do Palácio Corte Real e será recriada uma praia

existente antes do terramoto, com uma escadaria até à água. Mais um caso de sucesso

de intervenção no espaço público de Lisboa – a recuperação do antigo, enquadrada na

modernidade, ao serviço dos lisboetas e de quem nos visita!

Rui Paulo Figueiredo Presidente da Concelhia do PS de Lisboa

A nova Ribeira das Naus

0 7

Page 8: Jornal de Lisboa Abril 2013

> FREGUESIA CRIA GABINETE DE INFORMAçÃO SOBRE LEI DO ARRENDAMENTO

Alto do Pina contra“insensatez do Estado”

> REVOLUçÃO DOS CRAVOSmadalena celebra 25 de Abril

“Anova lei do arrendamento revela a insensatez do Estado”. É esta a frase que sintetiza, de acordo com o presidente da autarquia, as razões que levaram a Junta de Freguesia do Alto do Pina a criar um gabinete de informação à população sobre a nova Lei do Arrendamento, prestando o apoio que se revele necessário aos residentes. Na opinião, do autarca Fernando Braamcamp, esta nova legislação entrou em vigor “no pior ciclo económico e não

acautela[ndo] os interesses das partes intervenientes no processo, colocando-as (…) umas contra as outras.” O autarca considera que “a lei tem levantado inúmeros problemas à po-pulação mais desfavorecida”, pelo que a Junta do Alto do Pina entendeu “ser necessário disponibilizar toda a informação aos fregueses”, o que fundamenta a criação de um servi-ço gratuito em que basta aos residentes fazerem agendamento de reunião com um jurista.

DESAFIOSPARA LiSboAInvest Onde?Um estudo recente da PricewaterhouseCoopers e da ULI- Urban Land Institute, coloca

Lisboa no ranking das perspectivas de investimento na Europa para 2013 abaixo de Atenas e no último lugar. É péssimo para Lisboa e revela o mau

desempenho da estratégia seguida para a promoção do investimento. A aposta em acordos com terceiros para presença em feiras do imobiliário, efectivada pela CML, é reveladora do

mau serviço prestado à cidade. E o resultado é este. Eu sei, que a violenta

recessão em Portugal não ajuda. Mas, acrescentar erros de navegação e gastar dinheiro mal gasto não são bons sinais para o futuro. E a mim, preocupa-me o futuro, porque é lá que vou viver o resto dos meus dias. João Pessoa e Costa

Cidade de negóciosA promoção económica das cidades é hoje, em especial neste quadro de crise,

uma necessidade e uma exigência. As cidades são, pela sua natureza e complexidade funcional, espaços de acolhimento de atividades económicas

mas são, também, por si próprias, agentes económicos. Lisboa não é exceção nem nuca o foi. Fez-se cidade por ser centro de negócios, fez-se metrópole porque o mundo passou a ser o território que os seus negócios

abrangiam. Na década de 90 do século passado marcou a fachada atlântica da Europa com a modernidade da sua gestão e com a capacidade de atrair

negócios e capitais. Os tempos que se lhe seguiram foram, pelas circunstâncias que se lhe seguiram, tempos de alguma decadência económica e empresarial que a atualidade nacional e europeia mantém. Estimular a iniciativa de quem acredita que Lisboa um dos melhores sítios para viver e trabalhar deve, por isso, ser uma prioridade política. Para tal não bastam nem a energia nem o esforço isolado de quem a governa. A promoção económica de Lisboa, que tão bons resultados tem dado na área do turismo, deve ser alargada a outras áreas da atividade económica, ajudando com isso à manutenção e criação de emprego. Num momento em que o poder de compra interno se reduz e a economia local decai, Lisboa precisa de procurar fora os complementos de que necessita. Aqui também a diplomacia económica se torna necessária. Como o é a criação de uma task force especialmente vocacionada para a promoção económica de Lisboa, a exemplo do que aconteceu duas décadas atrás, com sucesso. Lisboa cidade de negócios é tanto uma realidade como uma oportunidade a não perder. Leonel Fadigas

oexecutivo da Freguesia da Madalena tem uma alargada agenda de eventos para comemorar mais um aniversário da Revolução dos Cravos, dirigida a todas as classes etária da autarquia. De entre as diversas iniciativas destacam-se o al-moço comemorativo especialmente destinado à população mais velha da Fre-guesia e uma “arruada”, que contará com a participação de outras autarquias,

e que tem animação garantida com a actuação de um grupo de precursão. Mais tarde, realiza-se uma conferência de evocação e celebração dos 39 anos do 25 de Abril.

O executivo do Alto do Pina criou um gabinete de informação e

apoio à população por causa da nova Lei do Arrendamento.

DESPORTO grAçA “ENSiNA” bASkET A promoção da qualidade de vida dos residentes, sobretudo das classes etárias mais novas, é uma aposta que a Freguesia da Graça tem desenvolvido nas políticas locais. Agora, o executivo da autarquia criou um programa de prática desportiva ao sábado para ensinar as crianças e jovens da Freguesia a jogar basketball com o profissional deste desporto Sérgio Ramos. Esta iniciativa realiza-se aos sábados, da 9h00 às 12h30, dividindo-se entre “iniciação ao basketball”, para crianças dos 8 aos 12 anos, e “aperfeiçoamento técnico” para jovens com mais de 12 e até aos 16 anos.

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

55 51,28 51,55 56,23 53,42 47,11 54,93 56,1

Direita(PSD+CDS)

35,28 46,37 44,43 38,54 40,7 47,91 44,44 39,33

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2007* 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

51,75 45,48 49,17 56,64 51,88 41,53 45,9 56,05 56,64

Direita(PSD+CDS)

34,18 44,78 42,18 34,1 39,26 49,68 48,34 36,22 38,69

Evolução da votação para as Assembleias de Freguesia no Concelho de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

20092005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

Evolução da votação para a Câmara Municipal de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

200920072005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

(*)

Elei

ções

inte

rcal

ares

par

a a

Câm

ara

de L

isbo

a

Contra a “insensatez do

Estafo”:

0 8

Page 9: Jornal de Lisboa Abril 2013

ABRIL13

> FREGUESIA DOS ANJOSAmaro da Costa “vai” ao mercadoA Tertúlia do Mercado, organizada pela Freguesia dos Anjos, vai realizar, nos meses de Abril e Maio, um «Ciclo de Biografias Apaixonadas» dedicadas a 4 personalidades que marcaram e influenciaram o panorama político nacional. Adelino Amaro da Costa é a primeira personalidade em análise, seguindo-se-lhe Álvaro Cunhal, Francisco Sá Carneiro e Miguel Portas.

> PLANO LOCAL DE EMERGêNCIA

Reforçar a segurança em Campolide

> FREGUESIA DA Sé

Curso de informática para idosos

A Freguesia de Campolide já tem um Plano Local de Emergência (PLE). O objectivo é

reforçar a segurança através de formação aos residentes.

oexecutivo da Freguesia de Campolide já conclui o PLE para a autarquia, que conta com a coordenação entre a Polícia Municipal, Bombeiros e Protecção Civil, e que será testado em breve, apostando, assim, no reforço da segurança dos resi-dentes. De acordo com o vice-presidente

daquela autarquia, Miguel Belo Marques, a Educação para a Segurança, e os ensinamentos da Protecção Civil em caso de catástrofe “deviam fazer parte dos Programas Escolares dos primeiros graus de Ensino, senão mesmo ser alvo de uma disciplina específica, tal como acontece noutros países.” Neste sentido, o executivo de Campolide tem como prioridade a for-mação e melhoramento dos conhecimentos da popu-lação da Freguesia, para que esteja melhor preparada em caso de catástrofe. “Em caso de grande catástrofe, está provado que nas primeiras 48 horas é impensável contar com as instituições, com um desempenho nor-mal dos bombeiros, da polícia ou da Protecção Civil. Ou seja, é importante que saibamos cada vez mais o que fazer e como fazer, porque Lisboa é uma cidade com um risco sísmico relativamente elevado e, infe-lizmente, em Portugal não há a cultura da educação para a Protecção Civil”, sustenta aquele autarca. Neste sentido, o PLE prevê a mobilização de voluntários re-sidentes na Freguesia, com formação específica – no-

meadamente em Suporte Básico de Vida – e que terão responsabilidades próprias em caso de necessidade. A concluir, Miguel Belo Marques refere que “o trabalho que desenvolvemos foi no sentido de tornar Campoli-de mais segura em caso de catástrofe, sendo mais fá-cil, pela proximidade, ser uma Junta a educar os seus Fregueses com meia dúzia de medidas importantes e efectivas do que pôr a população de Lisboa inteira a estudar um Plano Municipal enorme e técnico”.

ESPErANçAPOR LUíS FiLiPE MoNTEiro

>> Presidente da Junta de Freguesia

de Santos-o-velho

Se a política actual se mantiver, os portugueses passarão os próximos 30 anos a transferir a sua poupança para o exterior e continuar-se-á a assistir a uma “fuga para o estrangeiro” de 40 mil pessoas por ano, na grande maioria jovens e muitos deles altamente

qualificados. Daqui a dez anos Portugal será um imenso deserto… como um ministro do anterior Governo referiu. Contudo, é em momentos de crise que os portugueses, normalmente, mostram a sua capacidade de contornar as dificuldades e de encarar os problemas de frente. Ante riscos de desastre e certezas desastrosas, a inteligência intuitiva do nosso povo não hesita em socorrer-se de todas as ferramentas que dispõem para colmatar algumas situações aflitivas.As pessoas sabem que não podem contar nem com o Governo, nem com as instituições estatais e, por isso, voltam-se para as autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) para solucionarem algumas situações de sobrevivência, tanto a nível alimentar como habitacional.Na freguesia de Santos-o-Velho, a que tenho a honra de presidir há 8 anos, temos tentado – em estreita colaboração com os moradores – ocorrer às situações mais prementes. Inclusive, através do nosso Gabinete de Apoio Social, temos evitado que muitas famílias entrem no limbo da mendicidade. Apoiamos as famílias com alimentos e, através do fundo de Emergência Social da CML, bem como com o fundo de Emergência Social da Freguesia, ajudamos as famílias mais carenciadas nas mais variadas áreas. Sabemos que estes apoios são insuficientes mas consideramos que esta é uma forma de auxiliar as pessoas sem entrar na “história” da caridadezinha. Na minha perspectiva, o povo tem direito à indignação - e a exprimi-la. Sem violência, com civismo. O direito à indignação e o direito à esperança são dois direitos fundamentais. Direitos que em certas circunstâncias a cidadania transforma também em deveres. Assim, creio ser legítimo, natural, que a indignação se manifeste quando está presente um membro do Governo, sobretudo se for dos mais contestados.

No âmbito do Programa Envelhecimento Ac-tivo e Saudável 2013, o executivo da Junta de Freguesia da Sé organiza um curso de informática para os residentes mais velhos, com o objectivo de os dotar de mais com-

petências e de combater o seu isolamento. Esta inicia-tiva é dirigida a todos os residentes com 55 ou mais anos, estando abertas as inscrições para o Curso de Informática, até ao próximo dia 15 de Abril.Entretanto, a Junta da Sé organiza “O Passeio da Pri-mavera 2013”, que vai realizar-se no dia 18 de Maio, e destinando-se a todos os fregueses. As inscrições es-tão abertas a partir do dia 8 de Abril e até 10 de Maio. Os interessados deverão dirigir-se à Sede da Junta no seu período de funcionamento (9.30h-13h 14.00h--17.30h) acompanhados do BI e Cartão de Eleitor ou Cartão de Cidadão. O Passeio será gratuito para todos os eleitores e terá um custo de 30€ para não-eleitores.

0 9

Page 10: Jornal de Lisboa Abril 2013

Lisboa, cidade de desporto!POR João goNçALvES PErEirA >> Deputado do CDS/PP

Derrotar a austeridade POR PEDro rAMoS ALMEiDA >> Advogado - Membro do Secretariado do PS/FAUL

orecente acto eleitoral para os corpos gerentes do Sporting Club de Portugal marcou a agenda nacional das últimas semanas.Páginas de jornais repletas de argumentos, acalorados debates televisivos, trunfos eleitorais mesclados com apoios da finança nacional e estrangeira, campanhas mediáticas planeadas ao milímetro pelos profissionais da comunicação, tudo valeu para convencer os sócios do Sporting da vantagem dos argumentos “daquele” candidato face aos seus

concorrentes. E foi bem aguerrida, esta campanha eleitoral do Sporting!Nesta altura levanta-se a questão: Porquê? Que fenómeno leva um conjunto de pessoas a agruparem-se, e a alinharem uns planos milagrosos que vão alargar o leque de modalidades que o clube disponibiliza à população, e que vão levar o clube de regresso aos momentos de glória, à alegria colectiva da consagração de sucessos nacionais e internacionais… Acontece que a realidade é ligeiramente diferente: os dirigentes eleitos para os maiores clubes de Lisboa têm que se preocupar com orçamentos astronómicos das suas equipas principais, com sociedades anónimas desportivas à beira da falência, com estruturas de custos incomportáveis para conseguirem alcançar um saudável equilíbrio das suas contas, face às diminutas receitas que conseguem recolher.Solução? Redução drástica de custos, procurando a manutenção do investimento nas actividades mais populares (leia-se futebol e pouco mais), e suspensão gradual das actividades menos abrangentes - sobretudo as amadoras, por insuficiência de meios financeiros associada à escassez de patrocinadores. Sim, porque neste novo paradigma a competição é feroz, e já não é compatível com visões minimalistas do fenómeno desportivo! O desporto agora é negócio de milhões! Acontece que esta evolução do

negócio desportivo conduziu à redução significativa da prática do desporto amador por modalidades em Lisboa, uma vez que os clubes ditos “grandes” estão reféns das respectivas SAD e do seu modelo de negócio concentrado nas actividades profissionais, enquanto os restantes clubes de Lisboa estão confinados ao seu núcleo restrito de associados e praticantes. É justo trazer à memória colectiva as Instituições de Lisboa que tiveram, ao longo do tempo, um papel fundamental na promoção das actividades desportivas e na prática do desporto amador, individual e por equipas, tendo forjado muitos campeões. Quem se lembra do Atlético, ou do Oriental? E do Águias de S. Domingos, do Olivais e Moscavide? E o Belenenses? E tantos outros… De infantis a seniores, muitos milhares de lisboetas beneficiaram da organização e das infra-estruturas de muitas colectividades que lhes proporcionaram instalações, meios e treinadores para a prática de inúmeras actividades desportivas. E como estão estas colectividades hoje? Com acesso muito dificultado aos apoios financeiros das empresas que, face à redução dos orçamentos para patrocínios, canalizam os seus investimentos para onde tenham maiores garantias de retorno – os clubes lutam por uma sobrevivência cada vez mais difícil, rumo a um futuro porventura mais sombrio. A Câmara Municipal de Lisboa é indiferente à política desportiva da Cidade…..A autarquia lisboeta tem uma missão fundamental de reconhecimento do importante papel que é desempenhado por estas Instituições na promoção do desporto na cidade, apoiando a sua actividade associativa, estimulando a sua prática em prol do bem comum.Só assim se promoverá, de novo, a saudável prática do desporto amador em Lisboa.

ABRIL13

Para justificar a realidade trágica e avassaladora de dificuldades que os portugueses vivem, alguns apaniguados militantes da Direita portuguesa e indefetíveis defensores do Governo, insistem em presentear a nossa inteligência com a teoria de que a origem dos nossos males tem o nome do nosso anterior primeiro-ministro. A falência do Lehman Brothers e a crise financeira internacional, a crise da dívida soberana na Grécia, na Irlanda, em Espanha, em Itália, em Chipre, tudo afinal foi causa da governação

desse “diabólico” homem que ousou convencer os portugueses e ganhar duas eleições legislativas em Portugal. Para eles nada interessam as consequências da desregulação dos mercados financeiros e os movimentos especulativos dos grandes interesses económicos que capturam os decisores políticos e a liberdade dos Estados, as insuficiências do quadro institucional da União Europeia, o holocausto social que esta inflexível política de austeridade está provocar no seio dos povos europeus. Cedo percebemos, aliás, que para eles o memorando da Troika não é uma imposição das circunstâncias mas sim uma boa desculpa para fazer o que sempre quiseram. Porque para eles tudo se resolverá com menos Estado, com a recapitalização dos bancos à custa dos Estados, com o pagamento da dívida soberana “custe o custar” e com a redução desse “despesismo” herdado do passado representado pelos salários, pensões e apoios sociais. E depois aí estará o futuro de prosperidade… Mas alguém honestamente ainda pode acreditar nisto? Com a dívida pública que continua a crescer, o desemprego a atingir o milhão de portugueses, empresas sem clientes a fechar, jovens sem oportunidades a emigrar, os índices de desenvolvimento social e desigualdade a regredirem drasticamente e com o desespero que tantas famílias sentem ao lidarem com um empobrecimento forçado pelo aumento de impostos, custos de saúde, educação, transportes e cortes salariais, alguém pode continuar iludido pelo mito da austeridade próspera? Também agora é um erro fulanizar as culpas do estado a que chegámos. Não. A culpa não se resume nem à obstinação irracional de Passos, nem à incompetência caricata de Gaspar, nem ao oportunismo conivente de Portas. A culpa está também no paradoxo desta ideologia que os inspira, no seguidismo acrítico da cartilha

deste “ultra-neo-conservadorismo” europeu (que não se importou de romper com as melhores tradições da Democracia Cristã), na subserviência total à liderança e predomínio político de Merkel que rege a agenda europeia. Olhando para a Europa que temos hoje, talvez seja por isso ingénuo pensarmos que bastará mudar de Governo para mudar o que é necessário. Estaremos melhor, sem dúvida, mas ainda longe de um horizonte de esperança para o nosso futuro coletivo. Quem duvida que pergunte aos socialistas e à esquerda francesa que cedo assistiram frustrados à colisão frontal da “política de crescimento e emprego” de um Holland minoritário com o veto dilatório de uma maioria de líderes de Direita no núcleo decisório da União Europeia. Quem acredita, por outro lado, que a raiz dos nossos problemas está nos espartilhos do Euro e que a solução se pode encontrar no regresso à soberania monetária retomando uma lógica de isolacionismo, pelos dados pouco convincentes que apresenta relativizando os riscos inerentes, parece que ainda deve estar a fazer contas no século passado, no tempo anterior à vertiginosa globalização económica em que vivemos e à integração no mercado interno europeu. Neste contexto o que é necessária é essa tarefa de grande envergadura e ambição, e no quadro atual muito difícil, não o nego, de retomar o caminho do sonho europeu e do aprofundamento político da União Europeia. E para isso construir e mobilizar um abrangente movimento progressista de cidadania europeia que una os povos europeus em torno de um projeto político sólido e credível, alternativo ao paradigma vigente, por uma Europa solidária, centrada nas pessoas, capaz de recalibrar o sistema monetário europeu acima do interesse de qualquer Estado-Membro, de regular e moralizar os mercados financeiros, de estruturar um plano de investimento público de largo alcance promotor de crescimento e emprego e de compatibilizar com os critérios de rigor orçamental e fiscal dos pactos europeus uma nova exigência nos níveis de desenvolvimento social, combatendo a pobreza, o desemprego e as desigualdades. Um movimento progressista que derrote nas urnas, em cada país europeu, em todas as eleições, locais, legislativas, europeias, os partidos da austeridade, legitimando democraticamente, com a força do voto dos cidadãos europeus, a mudança que precisamos na Europa para mudarmos, de facto, o nosso destino em Portugal.

1 0

Page 11: Jornal de Lisboa Abril 2013

É urgente a intervenção em habitações das Torres do Alto da Eira

POR MoDESTo NAvArro >> Deputado Municipal do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa

Através da Proposta nº 599 de Setembro de 2012, decidiu a Câmara aprovar a estratégia de reabilitação profunda e faseada nas Torres do Alto da Eira.O PCP esteve obviamente de acordo com esta proposta que corresponde, no essencial, aos anseios dos moradores das torres e é também resultado de iniciativas várias que desenvolvemos desde 2008.Após nova visita realizada ao local por eleitos do PCP, locais e municipais, no passado sábado, dia 9 de Março, constatámos que há um conjunto de

problemas nas habitações e piso vazado, principalmente na Torre 2, que não podem ficar à espera das obras de fundo, aprovadas em Câmara:Constatámos a necessidade de uma limpeza urgente no piso vazado, bem como a garantia de condições de segurança para não ser possível o acesso ao mesmo, como tem acontecido, dado vestígios lá encontrados. Esta situação é ainda mais preocupante, uma vez que configura um problema de saúde pública; a porta de entrada da Torre 2 está permanentemente aberta, dado que o sistema automático avariou e não foi reparado; os mosaicos do chão da entrada da torre estão ainda mais destruídos; na protecção anti-incêndio, recentemente objecto de intervenção, verificámos a não existência de extintores, nas respectivas caixas, no piso da entrada dos elevadores, em ambas as torres; a clarabóia deixa entrar a água das chuvas; na maioria das habitações, agravaram-se os problemas de infiltrações, com janelas que deixam entrar a água da chuva; nomeadamente no 4º andar da Torre 2, há tectos e paredes a ameaçar ruir. O gabinete da

Gebalis já está informado destas situações que ainda não estão resolvidas.Como é sabido, muitos dos moradores das Torres são pessoas idosas e algumas delas doentes acamados que vêm a sua saúde a deteriorar-se cada vez mais, por via da humidade e da falta de condições das divisões da casa onde permanecem dia e noite.Nalguns casos, os moradores foram fazendo pequenas obras para diminuir os problemas do interior das suas habitações, mas, hoje com a situação económica e social criada no País, não existem condições para continuar a minimizar a degradação, até porque muitos dos moradores se encontram no desemprego, nalguns casos todo o agregado familiar. Em documento apresentado na Assembleia Municipal, requereu o Grupo Municipal do PCP à Câmara Municipal de Lisboa para que esta dê resposta, no mais curto espaço de tempo, às seguintes questões:- Com que regularidade é feita limpeza de ervas e detritos no piso vazante das Torres e para quando está prevista a próxima intervenção?- Havendo a informação de que as obras serão faseadas, começando pelas condutas de gás, o que vai a Câmara fazer para que, com a maior urgência, sejam resolvidos os problemas nas habitações que não podem esperar pelas obras de fundo?Os moradores das Torres do Alto da Eira não podem esperar mais tempo para que sejam tomadas medidas imediatas que são fundamentais para a melhoria das condições de vida péssimas em que se encontram desde há anos.

Renovar a Face de PortugalPOR LUíS MigUEL LArChEr >> Professor Universitário

renovar a face da Igreja, o grande desejo de Francisco. E para isso fundiu-a num único conceito: face de Cristo. E este desejo, revolucionária porque remete a Igreja à essência da sua missão e às suas origens, recorda aos cristãos que são eles a Igreja. E por isso, é a sua vida, os seus gestos, o seu amor, a sua solidariedade, o seu perdão que vão ser para o resto da humanidade a imagem e a opinião que vai ter sobre a Igreja. Tão simples quanto isto e qualquer paradoxo que exista entre a imagem

que as pessoas têm da Igreja actual – é verdade que é constituída por pessoas, também elas em processo de aperfeiçoamento e adesão a Cristo, e por isso imperfeita e reflexo dos vícios e modas da sociedade contemporânea – e a Igreja instituída por Cristo, é impossível, já que se contrapõe a Igreja do poder, do carreirismo, dos títulos e do poder, à Igreja simples, ao serviço da humanidade e dos mais fracos. Significa isto que, numa leitura sociológica, a Igreja é reflexo dos tempos? Ou seja, assume na sua vivência interna e na vida do clero os defeitos, os compromissos e a ambição da sociedade hodierna? Não, significa que perdeu a consciência que a sua fé e acção são referência para os homens de hoje, e não o contrário, não é a sociedade que é orientadora da Igreja. Foi esta tibieza, este querer estar bem com as correntes de pensamento, com os fazedores de opinião, com a comunicação social, com o poder que a Igreja alienou a sua missão e exemplo e tornou-se corresponsável com o desânimo, frustração, falta de esperança e, acima de tudo, falta de respeito pela dignidade humana que se vive na sociedade portuguesa. A crise não é só de falta de dinheiro e de desemprego, a crise é de falta de respeito pelo ser humano. Este renovar da face da Igreja do Papa Francisco, nos seus gestos descomplexados, simples e profundamente comprometidos com as pessoas, constitui-se um desafio, profundamente actual e moderno, à sociedade portuguesa. À política - partidos e órgãos

do soberania, à economia, às finanças, às corporações, aos sindicatos, e, sobretudo, à Igreja hierárquica portuguesa.Que exemplo estão a dar ao País, aos pobres, aos desempregados, aos mais frágeis todos estes poderes? A sua vida, os seus jogos de poder, a sua ambição pela riqueza são escrutinados pela comunicação social e, com isso, causa de falta de confiança e de desespero pela vida e pelo futuro por parte das pessoas. Afinal, entre estas instituições e pessoas quem quer mesmo servir o povo e o seu bem estar e não servir-se do povo? Quem está disposto a resolver os problemas de Portugal, ouvindo e envolvendo os portugueses? Deixo a Francisco o pensamento humanista da sociedade justa e solidária: “Pouco a pouco habituamo-nos a ouvir e a ver, através dos meios de comunicação, a crónica negra da sociedade contemporânea… A dívida social é uma acumulação de privações e carências em distintas dimensões. É uma violação de direitos e aponta directamente contra a dignidade humana. A dívida social no país é imoral, injusta, ilegítima… Nós vivemos na parte do mundo mais desigual. A distribuição desigual de bens continua, criando uma situação de pecado social que clama aos céus e limita as possibilidades de uma vida mais plena para muitos dos nossos irmãos… Temos de evitar a doença espiritual de uma igreja auto-referencial. Se a igreja permanece fechada em si mesma, fica velha. Entre uma igreja que sofre acidentes na rua e uma igreja que está doente porque é auto-referencial, não tenho dúvidas sobre preferir a primeira”.E ainda há em quem defenda em Portugal, em nome de lógicas e de teorias económicas, a redução do ordenado mínimo, a rescisão de contrato com os menos habilitados, em taxar as parcas reformas, em desvalorizar o encerramento das empresas e o desemprego dos seus colaboradores, em destruir o estado social, em exigir aumentos e regalias numa alienação quanto à vida de sobrevivência de tantos portugueses.

ABRIL13

1 1

Page 12: Jornal de Lisboa Abril 2013

ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor colunas de Opinião - comunicação Unipessoal, Lda.

R. D. Estefânia, nº 177, 2º C, 1000-154 Lisboa PortugalJornalista Estagiário antónio Serrano costa

Tel 21-8884039 | NIPC 508360900 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 15.000 exemplares | Periodicidade: MensalAs opiniões expressas nos artigos de Opinião são exclusiva responsabilidade dos seus autores

Repórter Fotográfico Miguel Reis airesPaginação Paulo Vasco SilvaPropriedade francisco Morais Barrosimpressão Grafedisport

> CULTURA

Santos-o-Velho homenageia “filhos”

AJunta de Santos-o-Velho tem aposta-do na promoção e desenvolvimento cultural da Freguesia. Esta política levou, nos últimos anos, a que o exe-cutivo local tenha lutado pelo reco-

nhecimento da marca Madragoa, como forma de revitalizar aquela zona história da autar-quia e como meio de melhorar a qualidade de vida dos seus residentes. Ainda no âmbito cultural, a Junta local, em colaboração com o actor Miguel Vila, tem realizado, nos últimos anos, várias homenagens a actores, fadistas, pintores e escritores que nasceram em Santos--o-Velho. Depois da exposição sobre a vida e obra do actor, encenador e pintor José Viana, falecido há 10 anos, está patente, a Junta de Freguesia tem calendarizada uma homena-gem a um dos mais conhecidos “filhos” da

Freguesia, o actor Raul Solnado, como forma de reconhecimento da obra deixada por esta grande figuram do mundo das artes portugue-sas. Para Luís Filipe Monteiro, presidente de Santos-o-Velho, “temos tido a preocupação de homenagearmos e dar a conhecer às gerações mais novas os grandes vultos da cultura por-tuguesa que nasceram em Santos-o-Velho”. A par da divulgação cultural da Freguesia, designadamente com visitas guiadas à Ma-dragoa, a Junta de Santos-o-Velho tem, como salienta Luís Filipe Monteiro, dedicado espe-cial atenção às pessoas e famílias mais caren-ciadas da Freguesia, que contam com apoio diversificado da autarquia, satisfazendo-lhes necessidades básicas, seja de carácter alimen-tar ou de apoio a crianças e jovens em idade escolar.

> SÃO NICOLAU

de sonho a realidade

A Junta de São Nicolau quer fazer dos sonhos dos seus residentes uma realidade. Para

isso, o executivo local tem apostado nas políticas sociais. E, no actual ambiente de cri-se económica, a Junta de São Nicolau vai reforçar o apoio social na Freguesia. Por isso, desde o passa-do mês, a Freguesia acolhe nas suas instalações uma asso-ciação de solidariedade de apoio às famílias carenciadas – O Fitador de Sonhos – que, entre outros actividades, auxilia as pessoas mais necessitadas com vestuário, calçado, mobílias, electrodomésticos, livros, brinquedos e outros afins, me-diante doações pontuais que recebe. Esta parceria, de acordo com a Junta local, vai ainda reforçar as actividades sociais da Freguesia com o desenvolvimento de novos projectos e novas oportunidades para a população, como a criação de vários ateliers, nomeadamente de costu-ra, máquinas de tricotar e teares e formação em comunica-ção social e TV. Noutra vertente, a Junta de São Nicolau, em estreita cola-boração com o Policiamento de Proximidade da Esquadra da Rua do Arsenal, fez a entrega de dois telemóveis para as equipas que operam neste importante policiamento na Bai-xa/Chiado, garantindo-lhes mais e melhores meios para res-ponderem às solicitações da população.

> LAPA

Pais em diálogo

A Junta de Freguesia da Lapa está a organizar um con-junto de encontros para os pais das crianças da cre-che do Jardim da Estrela, da Santa Casa da Miseri-córdia de Lisboa.

Os encontros, com início em Março, serão uma oportunida-de, de acordo com a autarquia, para os Pais pararem, pen-sarem e, principalmente, conversarem sobre os filhos. Estas iniciativas decorrem entre as 17h e as 18h, na creche do Jar-dim da Estrela. Para mais informações, contactar através do telefone 21 3977062. Entretanto, o executivo local apadrinhou o “Concerto da Primavera”, que se realizou no passado dia 15, no coreto do Jardim da Estrela. Este foi um concerto de flume e contou com a participação especial de todos os alunos da EB nº72 da Lapa.

Pé de Página

ASSiM, Não!POR FrANCiSCo MorAiS bArroS

o resultado da 7ª avaliação da troika, as consequências expectáveis, a “ameaça” do chumbo do Orçamento pelo Tribunal Constitucional e os desenvolvimentos em Chipre, impõem que Portugal saiba dignificar a sua

Soberania!Cavaco Silva, Passos Coelho, António José Seguro e outras gradas figuras da Nação têm de se sintonizar e,

com coragem e bom-senso, defenderem os interesses de Portugal. E dizerem “Assim, não!”E têm de saber – e conseguir – afirmar as condições de Portugal para pagar o que deve. Mas com dignidade. E respeito pelo Povo.Porque a União Europeia só interessa enquanto acrescentar.E, já agora, quem perde mais com a falência do euro e da União?

o executivo da Encarnação considera que o estacionamento no Bairro Alto está ca-ótico. “O estacionamento está desenfrea-do, já se assistindo a carros por cima dos

passeios nas ruas da Atalaia, o Norte e Travessa das Mercês, entre outras”, queixa-se o executivo local, que destaca o facto de os lugares de esta-cionamento serem sistematicamente ocupados por “esplanadas e camionetas, que, para abas-tecerem os inúmeros armazéns que existem no

Bairro, fecham literalmente ruas à circulação durante dias inteiros durante toda a semana”. Por estas razões, a Junta contesta a novidade que irá ser implementada pela EMEL, que vaı ımplementar um sıstema que permıte abrır os pılaretes amovıveıs a partır de casa dos residen-tes, usando para ısso um smartphone ou um computador. Para a EMEL, segundo a autarquia, esta solução justifica-se porque “Os moradores destes bairros não têm vida social”. Para a Junta da Encarnação, esta solução vai contribuir para o caos do estacionamento no Bairro Alto. Pelo que – prossegue a autarquia – a EMEL deveria antes proceder a uma fiscalização eficiente.

> ENCARNAçÃO

Estacionamento caótico

CAMPO GRANDE TorNEio DESPorTivo A Junta de Freguesia do Campo Grande patrocinou, mais uma vez, o Torneio da Páscoa do Grupo Desportivo e Cultural Fonsecas e Calçada, que se realizou nos dias 29,30 e 31 de Março, no Polidesportivo daquele clube, com a participação de vários clubes, entre os quais o União Desportiva Corvos XXI. Este Torneio já completou a sua 5ª edição. Entretanto, para celebrar o “Dia do Pai”, as crianças do Jardim de Infância da Junta de Freguesia do Campo Grande, presentearam os seus pais com um chapéu pintado por elas, embrulhado num papel de jornal, também feito pelas crianças nas actividades desenvolvidas naquele equipamento pré-escolar.

O executivo da Freguesia de Santos-o-Velho tem apostado na promoção

cultural da autarquia. Raul Solnado é o próximo homenageado.

1 2