Jornal do Centro - Ed549

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 16 pág. 17 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 29 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 20 a 27 de setembro de 2012 Ano 11 N.º 549 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Publicidade Novo acordo ortográfico “Mais justiça, mais igualdade e “Mais justiça, mais igualdade e acima de tudo mais honestidade” acima de tudo mais honestidade” Paulo Agante, da “Geração à Rasca”, em entrevista ao Jornal do Centro Paulo Agante, da “Geração à Rasca”, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9 Publicidade Paulo Neto Rua dos Casimiros, 33 - Viseu Tel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com Cursos a iniciar em Outubro Inglês e Espanhol

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário20 a 27 de setembrode 2012

Ano 11N.º 549

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

“Mais justiça, mais igualdade e “Mais justiça, mais igualdade e acima de tudo mais honestidade”acima de tudo mais honestidade”∑ Paulo Agante, da “Geração à Rasca”, em entrevista ao Jornal do CentroPaulo Agante, da “Geração à Rasca”, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9

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licid

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Paul

o N

eto

Rua dos Casimiros, 33 - ViseuTel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com

Cursos

a iniciar em

Outubro

Inglês e Espanhol

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praçapública

palavrasdeles

rDiz-se muita coi-sa. Compreendo a ansiedade, mas o PS não tem candidato [à Câmara de Viseu]”

Lúcia AlmeidaPresidente da Comissão Política do PS Viseu,

em declarações ao Jornal do Centro

rA rebeldia é o pedi-do de justiça, porque quando nós temos os nossos líderes a pas-sarem por situações de corrupção, quem é rebelde afinal é que tem razão”

Rita PeixeiroPsicóloga, em entrevista ao Jornal do Centro

rHá muito tempo que não me tratavam por ‘Águas’. O que sig-nifica que estou quase a regressar ao futebol, já não há-de faltar mui-to ”

Carlos MartaPresidente da Câmara de Tondela, no discurso de abertura

da FICTON

rÉ tirar dinheiro da empregada de caixa do Pingo Doce, para entre-gar a Alexandre Soares dos Santos, para depo-sitar na Holanda, no seu paraíso fiscal”

José JunqueiroDeputado do PS, em conferência de imprensa

Bem se sabe e se começa a sentir a res-saca dos anos de vacas gordas, de exces-sos em todas as frentes e do “fartar vilana-gem” maestralmente interpretados pelos governantes que escolhemos e teimamos em recolocar no poder. É uma espécie de «levaste mas também comeste».

Até que o “barco” fique firmado no lodo ainda muita tinta vai correr, muitos noti-ciários irão passar nas televisões e muitas “manifes” terão lugar. O povo é livre para se manifestar, e fá-lo. O mesmo aconteceu na hora das urnas, mas com os votos. Há um “zumzum” que se propaga nas con-versas de café, há o mote que é dado pela comunicação social, umas sugestões nas

redes sociais e a “coisa” aparece. Junta-se a “maralha” toda, os agitadores profissio-nais a postes e aí vai disto – cartazes no ar, palavras de ordem, braços ao alto com os punhos fechados e o movimento ululado, ritmado é guiado pela cadência dos “man-dadores”. Atrás, o povo segue, prenhe de indignação induzida e ingénuo, a quem marca o ritmo. Pára aqui e “acoli” para maximizar a visibilidade, dar o flanco às máquinas fotográficas e reorientar a mole. O processo dá emprego a profissionais da mesma forma que as touradas o fazem aos seus promotores e os futebóis aos agen-tes milionários. Está, pois, assim monta-do. Mas, acontecem sempre coisas nestas

manifestações de que as pessoas não se apercebem, apesar de algumas serem ex-ploradas, em imagens, por toda a sorte de possibilidades – jornais, televisões, redes sociais da net e talvez outras. Neste fim-de-semana, como não poderia deixar de ser, lá vieram “a lume” uns quiproquós ocorridos durante as manifestações que se deram por todo o País. Um queimado aqui, uns empurrões ali e …abraços. Numa das redes sociais que frequento vinham duas imagens de cidadãos a abraçar Agentes da Ordem. Por baixo, obviamente, comentá-rios enternecedores, cheios de romantis-mo e enlevo “cidadânico”. Há uma natural tendência para se achar que os elementos

das Polícias são, no mínimo, uns brutos, opressores e desumanos, que têm o mau hábito de contrariar a vontade, de alguns, em criar tumultos, desencadear situações de difícil controlo por acção de uma coisa a que se chama “dinâmica de grupo”.

Ora, quando surge uma foto duma rapa-riga a abraçar um agente da autoridade no decorrer duma “manif”, toda a gente fica enternecida. Mas, dever-se-á perguntar: - Com que intenção se faz tal coisa? A que propósito? O que se pretende com isso?

A moça, parece-me óbvio, não terá rea-gido a um impulso natural da família das atracções que vemos na publicidade aos desodorizantes, em que elas vão, como

Instalou-se a confusãoOpinião

1. Recomenda uma sentença (que julgo ter selo de fabrico brasileiro) que “se o estupro é inevitável, relaxa e goza!”. Quando recordo essa sentença, terrivelmente sábia (porque eventual-mente nos ajuda a suportar e a ultra-passar situações dramáticas), espon-taneamente associo-a ao estoicismo.

2. A ideia central dos estoicos (“es-toico” forma-se a partir de Stoa, o pór-tico pintado em Atenas, onde estes fi-lósofos se reuniam e se ensinava a sua doutrina) é esta: há coisas que não po-demos controlar e, portanto, não po-demos mudar (se chove ou faz sol; se determinada doença é incurável ou não;…); mas há outras que estão sob o nosso controlo e podemos mudar – e é apenas com estas que nos devemos preocupar. A nossa sorte pode ser boa ou má, sem que nós possamos fazer o que quer que seja em sentido contrá-rio; mas a reação, boa ou má, face a ela depende de nós: não temos de sentir tristeza, se estamos doentes ou até se perdemos o ente mais querido (sen-timo-la só se quisermos). Em suma,

devemos controlar e até, se possível, eliminar todas as emoções, permane-cendo indiferentes às contrarieda-des, à dor, à morte,…

3. Um dos sítios com visita reco-mendável em Mérida (a capital da Es-tremadura espanhola) é a Área fune-raria de los Columbarios, um espaço expositivo que nos aproxima ao co-nhecimento do mundo funerário ro-mano através de restos arqueológicos aí conservados. À entrada, o visitante é convidado a percorrer um caminho (“que, como a própria vida, conduz ao mundo funerário”) pensando no sen-tido da vida. Essa reflexão é feita pelo confronto entre o estoicismo e o epicurismo, duas correntes filosó-

ficas de origem grega que contaram com numerosos seguidores da época romana. Ambos os lados do caminho estão inundados de pensamentos das duas correntes, sobretudo de Epicu-ro e Séneca (segundo o qual a brevi-dade da vida não deve ser motivo de tristeza – devemos é desfrutá-la ao máximo).

A ideia dos Columbarios está bem apanhada, porque o estoicismo gerou-se na Grécia antiga mas foi no Impé-rio romano que floresceu; por outro lado, é difícil dar um pontapé no solo de Mérida sem que dele salte qualquer vestígio da época romana.

4. O referido painel inicial esclare-ce que o epicurismo ensina a desfru-

tar da vida, a enfrentá-la com alegria, a ser o menos vulnerável possível à dor, enquanto o estoicismo promulga a sabedoria para dominar os sentidos e conseguir a virtude com o controlo das paixões mundanas. E termina o esclarecimento perguntando: Achas-te estoico ou epicurista?

É isto que, atualmente, se considera ser um epicurista: alguém que defen-de um modo de vida baseado no pra-zer dos sentidos – as boas comidas, os prazeres sensuais, a luxúria… Se admitirmos esse significado (um dia destes, explicarei que não era exata-mente isso que Epicuro, o fundador do epicurismo, pensava), então o epi-curismo e o estoicismo defendem ati-tudes contrárias face à vida. E eu per-gunto: a) o meu leitor acha-se estoico ou epicurista? b) a sentença com que comecei este texto supõe uma atitude epicurista ou estoica?

Nota: pode concordar ou discor-dar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/estoicismo-epi-curismo/)

XX. Não se preocupe!Pensaro quotidiano

A. GomesProfessor de Filosofia

Jornal do Centro20 | setembro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Foi à manifestação de Viseu,no dia 15 de setembro?

Importa-se de

responder?

Não fui porque estava em viagem. Faltei, é certo, mas a mi-nha alma esteve presente.

Estava em outro concelho do distrito e, como tal, não pude participar. Fica para a próxima.

Não estive presente na manifestação. Estou descontente com a atual situaçao do país, mas prefiro concentrar-me em arranjar soluções do que participar em manifestações.

Não fui à manifestação. Sou totalmente contra estas mani-festações porque por não resolvem nada. Só estaria presente numa revolução como a de abril de 1974.

Daniela SantosEducadora de Infância

Francisco GonzalezProfessor

Maria Joana MenesesArquiteta

Carlos NascimentoRececionista de “rent a car”

estrelas

Lúcia SilvaPresidente da Comissão

Política Concelhiado PS Viseu

O Grupo PSA Mangualde, no pró-ximo dia 22 de setembro, comemora dois números importantes: 50 anos de existência em Portugal e o veícu-lo um milhão ali produzido.

Augusto TeixeiraDiretor geral da empresa

T&T/Vouzela

números

1000O número de participantes

na manifestação de sábado, no Rossio de Viseu.

Elísio OliveiraDiretor financeiro do grupo

PSA Mangualde

O empresário anunciou uma me-dida inédita e pedagógica ao assu-mir do seu bolso, o pagamento do aumento de 7 % da Taxa Social Úni-ca dos trabalhadores da sua empre-sa.

Tem deixado transpirar para a praça pública o desenrolar do pro-cesso de escolha do candidato do Ps à Câmara Municipal de Viseu, de uma forma inábil e muito pou-co política.

que pelo ar, até ao beijo e/ou abraço final. O mesmo se dirá de um indivíduo que apa-rece de fato de ginástica (como os saloios no centro comercial aos domingos) e que é abraçado por um elemento das forças de segurança, cena que foi sugerido ter sido extraída de uma peça montada an-teriormente.

Nada tenho contra os abraços. Eu mes-mo sou um “abracista militante” e defen-do que um abraço é um excelente veícu-lo de transmissão de sentimentos. Mas numa “manif” dar abraços aos polícias? Poupem-me!

O que se iria dar se o polícia, como era seu dever por questões de segurança, ti-

vesse repelido aquela pseudo-manifesta-ção de carinho?

1. As câmaras das televisões seriam as primeiras a ver (têm premunições!);

2. Haveria, de imediato, quem chamas-se a atenção para tão vil e desumana ati-tude;

3. “Uma” pessoa começaria a apupar o polícia e o ocorrido, e as outras segui-lo-iam;

4. A “caldeirada” estava montada, o “cir-co” a trabalhar e a “música a tocar”;

5. O polícia ia ser alvo de um processo interno de averiguações mandado instau-rar pela Tutela;

6. Os jornais do dia seguinte iam lavar o

resto da roupa e colocar uma nota biográ-fica sobre o agente.

De facto, o que fica para além de uma atitude que deve ser meramente provo-catória e desencadeadora de uma situ-ação de conflito, é o facto de se tratar de uma ilustre desconhecida(o) que ali aparece, sem se saber de onde vem, nem o que traz consigo. E se daí resultasse o esfaqueamento do agente? Ou um tiro à queima-roupa? Ou a mulher (ou ho-mem) viesse com um colete de explosi-vos e accionasse um rebentamento? Ou, mais simples, atirasse tinta ou outra coi-sa (ácido, por exemplo) na farda ou cor-po do agente?

Tudo isto são questões que se põem no intuito de iniciar as pessoas a habi-tuarem-se a pensar que nada é por aca-so. Tudo tem um motivo por trás. E, no caso vertente, estas questões são como os rios: nascem, vão engrossando com todas as gotas que se lhe juntam e, no seu percurso, ou vão progredindo de for-ma livre, ou espartilhada pelas margens que se lhe colocam e que lhe aproveitam a força e o tumulto.

A grande questão é que, tal como as des-culpas, as manifestações devem-se evitar. Os motivos devem-se banir, a montante.

Pedro Calheiros

Jornal do Centro20 | setembro | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Mantive-me constante enquanto pro-fessor durante 37 anos e 8 meses.

É a primeira vez, nestas quase 4 dé-cadas que falho a abertura do ano es-colar.

Saturei-me e pedi a minha aposen-tação. Mesmo com uma penalização gravosa achei chegado o momento de partir pois já não estava em minha von-tade ser professor. Fui constante neste afecto por um mester e mesmo sem compromisso, fui fiel ao juramento que

fiz a mim próprio.Comecei a trabalhar mais cedo do

que o esperado e, apesar da minha ma-trícula na Faculdade de Direito da Uni-versidade de Coimbra, virei costas à jurisprudência e enfrentei a Filologia. Porque soube que queria ser profes-sor.

Tempus fugit. Hoje, tantos anos volvi-dos, tantos milhares de alunos a quem e com quem tive o privilégio de ensinar e aprender, no ensino secundário e su-

perior, hoje, desalentado, desanimado e consternado, não acorri à chamada.

A minha aposentação requerida em Outubro de 2011 chegou no final do mês passado.

38 anos passados sobre o 25 de Abril e com 33 ministros a tutelarem a pas-ta da Educação, percebe-se bem que não houve nenhum governo que sou-besse dar-lhe a importância, o relevo e o destaque que tem para o futuro de um povo, de uma nação. Seremos sem-

Editorial Fim de linha…

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

De 14 a 16 de Setembro decorreu no Museu do Quartzo Centro de Inter-pretação Galopim de Carvalho a 1ª Fei-ra de Minerais, Gemas e Fósseis da cidade de Viseu, ainda com poucos participantes mas com condições e vontade de se afirmar no tempo. Os feirantes distribuíam-se por 6 bancas no 1º andar dividindo o espaço com microscópios e lupas binoculares para uso dos visitantes. Os feirantes não pa-gavam o espaço, ao contrário do que

acontece nas outras feiras da especia-lidade, salientando por exemplo os al-tos preços praticados nas de Lisboa e Coimbra, mesmo assim a adesão fi-cou muito aquém da verificada nes-sas duas, situação causada pelo inves-timento que implica e por alguns fei-rantes acharem que o facto de a feira se realizar fora do centro da cidade pudesse levar a que o seu sucesso fos-se menor. Esperemos que no próxi-mo ano, e depois de os presentes co-

municarem a sua avaliação, possa o espaço estar mais preenchido e com maior variedade. Frequento este tipo de eventos há 15 anos e a localização, divulgação e antiguidade são sempre factores imperativos de sucesso, ape-sar de o Museu do Quartzo ser o espa-ço ideal fica longe do burburinho das ruas, ficando ao lado do passa-palavra, e dificultando a visita de escolas sem implicar o uso de transportes. As es-colas são um dos públicos-alvo, pois

1ª Feira de Minerais, Gemas e Fósseis de Viseu

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Alexandre Azevedo PintoEconomista

[email protected]

Fernando [email protected]

Há por cá certos “Manueis Silva”, donos de todos os conselhos e defen-sores dos donos de concelhos mas, em abono da verdade, devemos reco-nhecer que há conselhos e concelhos. Apostemos então num concelho, com c, e vamos supor que poder e oposição se sentam à mesma mesa para discu-tirem as grandes linhas orientadoras da política local, as prioridades possí-veis dentro do orçamento disponível, a resposta necessária a situações de emergência, a melhoria e reforço das capacidades instaladas, a antecipação proactiva a novas e difíceis ameaças socio-económicas ou simplesmente para beber um copo e trocar dois de-

dos de conversa a propósito da situ-ação do País. Nesta altura o leitor já estará a pensar que o cenário apre-sentado não tem como pano de fundo Viseu. Na capital das beiras, o poder instalado deformou-se e como Weber o definia, tornou-se prepotente im-pondo a própria vontade numa relação social, mesmo contra a relutância dos outros e a oposição hiberna durante quatro anos para emergir nas eleições num acto de puro suicídio politico. Po-der e oposição ignoram-se, esquecem os anseios e expectativas dos eleitos. Se acaso existir a necessidade admi-nistrativa de se encontrarem, a oca-sião serve apenas para libertar o fel

de ódios mesquinhos e de estimação cultivados ao longo de muitos manda-tos caracterizados pelo marasmo de ideiais e de ausência de visão comum de um futuro partilhado.

Um líder forte não teme o escrutínio, a crítica ou a visão diferente de um mes-mo objectivo e reconhece a sua força pautando por ter também uma oposi-ção forte. Pelo contrário, uma oposição fraca, domada e subserviente, evita con-frontar o poder com políticas alternati-vas, prefere a acomodação e ao invés de ser um elemento de equilíbrio e escru-tínio passa a ser o pior perigo que uma sociedade democrática pode enfrentar. Uma oposição como a que temos em

Conselho ao Concelho!

Opinião

Opinião

Se já não existiam grandes dúvi-das sobre o fracasso das políticas globais deste Governo, no que diz respeito ao equilíbrio do défice das contas públicas o desastre é total. Num relatório sobre a execução orçamental no primeiro semestre o valor do défice terá atingido os 6,9% muito acima dos 4,5% previstos para o final deste ano. Até ao final de 2012 é muito provável que o valor fique muito próximo dos 6%. Convém lembrar que esta foi a grande aposta

política da coligação de direita que suporta o Governo tendo colocado o País numa trajectória fortemente recessiva desde o primeiro trimestre de 2011. O Governo falhou em toda a linha. Todos os enormes sacrifícios pedidos aos portugueses, feitas as contas, acabaram por se saldar num enorme fracasso: a taxa do desem-prego caminha rapidamente para os 17%, sendo que entre os jovens ela é de cerca de 33%, os níveis de pobre-za alastram de forma dramática e

as contas públicas continuam dese-quilibradas.

De que valeram então todos os sa-crifícios? Esta é a pergunta que legi-timamente hoje todos fazemos. Se esta era uma questão incontornável até à passada sexta-feira, momento em que o Primeiro Ministro apre-sentou um conjunto de medidas adi-cionais que na prática se irão tradu-zir num fortíssimo agravamento da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, ela ganhou uma nova

Um Governo sem futuro

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

pre governados amanhã pelos homens que educarmos hoje. E o resultado vê-se de ano para ano…

Ainda no Governo Provisório, comecei minhas funções, aos 20 anos recém-feitos, na tutela Rui dos Santos Grácio, que foi mi-nistro por delegação de competências. Aca-

bo em 2012, com um MEC tutelado por um Arrobas Crato. Homem de muitas ideias (antes) e da costumeira ou costaneira prá-tica (depois).

Porém, nunca a classe docente foi tão ofen-dida, vilipendiada, rebaixada e diabolizada como com uma Maria de Lurdes Rodrigues, cujo marido foi professor de Sócrates no… sabe-se lá Deus onde!

Após esta mulherzinha mesquinha e “bruxu”leante, após a implantação do “edu-quês” nas escolas de Portugal, após a destrui-

ção do espírito de missão de tantos milhares de docentes, rigorosos, briosos e competen-tes, atingido o cume do descalabro, perdida a última reserva de paciência, sacrificada a carreira de uma vida, foi chegada a altura de dizer NÃO!

Não pude ser mais cúmplice da farsa em que se tornou a Educação em Portugal…

Amanhã, 2ª feira, dia 17 não estarei na Emídio Navarro. Talvez que as minhas ho-ras tenham servido para um colega não ficar no desemprego. Ao menos isso. Não quero

fazer balanços. Não quero sentir saudades. Vou em frente.

Tenho agora 100% de tempo para me de-dicar ao Jornal do Centro onde milito como director há 16 meses (sempre com acumu-lação autorizada superiormente) e com um salário (se vem de sal…) feito do suor de cada dia e muita riqueza… espiritual, que não ma-terial.

E porém, uma consternação qualquer, as-sim a modos que uma nostalgia ou tristeza, me toma…

além dos alunos envolvem professores, pais e todos aqueles que possam destes receber essa informação, propiciando assim que se alimente o bichinho do coleccionismo e o interesse pelos minerais e fósseis. O quart-zo esteve bem representado com algumas amostras de grande beleza e raridade, a títu-lo de exemplo 2 provenientes de Rio Gran-de do Sul no Brasil, quartzo estactitico com goethite cristalizada e anidrite pseudomór-fica cristalizada (foto), e muitas amostras didácticas e de variados preços para todo

o tipo de aficionado e coleccionador. Tam-bém havia joalharia de autor, usando espé-cies minerais raras e preciosas, fósseis, âm-bar, azeviche; pedras lapidadas avulso para aplicar em joalharia ou bijuteria; objectos de decoração; material de campo e livros da especialidade. A organização e o Museu do Quartzo devem considerar esta primeira edição um sucesso, e com esta experiência poder colmatar algumas faltas nas próxi-mas edições. Na próxima será importante fazer uma divulgação alargada em tempo

útil, chegar mais perto das escolas envian-do convites e organizando alguma activi-dade paralela que tenha carácter prático e científico enquadrável com o programa es-colar, captar mais feirantes, apesar de tam-bém este sector estar a enfrentar uma fase má em termos económicos, e sem dúvida manter as mesmas condições; assim penso estarem reunidas as variáveis necessárias para que continuemos a contar com este evento todos os anos, e num crescendo de tamanho e qualidade.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

Viseu, despida de ideias, descapitalizada e sem futuro, carregada de muitos indivídu-os vazios, sem curriculum, sem capacidade, sem chama e sem história, oferece-se livre-mente ao poder, na esperança de que este depois se encarregue da sua eterna sobrevi-vência. Montesquieu, afirmava que sem um princípio de contenção e equilíbrio de poder, que ficou mundialmente conhecido como o princípio de separação de poderes, o mundo está constantemente em risco e assim, poder e oposição não devem anular-se em lógicas meramente partidárias onde na génese estão sempre ou quase sempre os interesses pesso-ais acima do interesse colectivo.

A coaptação dos opositores é a arma dos fracos porque ao invés, os fortes impõem-se

através da razão, aceitando outros pontos de vista e outras formas de olhar a politica e até assumir que os adversários podem ter ideias válidas. Uma polis forte precisa da mesma maneira de uma sociedade civil for-te que contribua com as suas mais variadas propostas para o engrandecimento dessa mesma sociedade. Não é de grupelhos de indivíduos, desesperados por um “tacho” e sobreviventes da política, perenemente e permanentemente à caça de uma migalha deixada cair debaixo da mesa do poder, que se constroem sociedades sustentáveis, di-nâmicas e prósperas.

Pois, fiquem sabendo, que naquele con-celho, a oposição é construtiva, contribui com ideias, alternativas e sabe fazer ouvir

a voz daqueles que os elegeram. O poder por sua vez acolhe as propostas credíveis e sustentadas em critérios de rigor e factua-lidade comprovada rejeitando as que pelo contrário contrariam a ideologia da maio-ria eleita mas sempre com argumentos de valor. Muitos ideais os afastam mas no es-sencial, conscientemente e de forma res-ponsável, assumem que mais importante que as divergências de conceito, de opinião, de interesse partidário há um valor fulcral que os une: o concelho e as suas gentes! Sem subserviência, sem demagogia, sem hipocrisia politica, poder e oposição unem diariamente esforços e colocam o melhor das suas competências ao serviço daqueles que os legitimaram.

Isto é impossível, dirá o leitor que, uma vez mais queira transportar esta realidade para Viseu. Sim, é! E será no futuro se as es-colhas que se adivinham para 2013 emana-rem do caciquismo instalado nos principais partidos. Mas as instituições são também as pessoas, caro leitor e cabe a cada um de nós ser exigente no voto e na participação cívica que obrigue a que essas escolhas possam recair sobre aqueles que mais que preocupados com os interesses pessoais mostrem ser capazes de servir o interesse comum. Este concelho existe sim, é uma realidade próxima que podemos plasmar em Viseu e na hora das escolhas seria bom que se lembrem disto, é o conselho que vos deixo!

legitimidade. Qual é o limite dos sacri-fícios? E para quê se afinal tudo fica pior do que estava?

Parece-me claro que se atingiu há mui-to o ponto máximo de esforço possível dos portugueses. Da parte do Governo persiste-se no erro de atacar a austerida-de com mais austeridade. Esta estratégia irá agravar a situação, criará uma mancha de pobreza ainda maior, gerará um forte descontentamento e contestação social e arruinará muito do tecido social e eco-nómico que tem até agora lutado deses-

peradamente pela sobrevivência. É exac-tamente isto que neste momento está em causa: sobrevivência de muitas pequenas empresas e de muitas famílias. Será que o Governo ainda o não percebeu?

Até há passada sexta-feira, parecia tam-bém notório, tendo vindo a acentuar-se nas últimas semanas, o mau estar entre os partidos da coligação que suportam este Governo. Quer na questão da con-cessão do serviço público da RTP a pri-vados e na privatização da ANA, quer nas orientações de política fiscal (no even-

tual quadro de agravamento de impos-tos) ou ainda no desentendimento para uma proposta comum de alteração da lei autárquica, PSD e CDS falavam de coi-sas diferentes.

A dúvida criou-se: será que coligação de Governo estaria a atravessar um mau momento? Ou seria apenas um jogo de espelhos e um conjunto de cortinas de fumo que o CDS de Paulo Portas quis lançar para mostrar uma “aparente” de-marcação do desastre que se anuncia? Sente-se algum desnorte nos partidos

que suportam o Governo de certa forma traduzido por uma negação da própria realidade. Na reacção às medidas anun-ciadas por Passos Coelho o representante parlamentar do PSD dizia que as medidas apresentadas eram medidas de apoio ao emprego. Como diz? Não se importa de repetir? Por parte do CDS o seu represen-tante parlamentar, numa reacção quase pavloviana, assegurava que as medias não se traduziam num aumento de im-postos nem da carga fiscal. Mas alguém acredita nisto?

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O preenchimento do lugar de coordenador da Loja do Cidadão de Viseu, no iní-cio deste mês de setembro, trouxe novamente à atuali-dade o futuro daquele orga-nismo inaugurado em de-zembro de 2000 pelo então primeiro-ministro socialis-ta, António Guterres (ver cronologia ao lado), e que nos últimos tempos tem vindo a perder serviços e atendimentos.

A questão foi levantada pelo deputado e presiden-te da distrital do CDS-PP, Hélder Amaral. Por um lado, o deputado não gos-tou de saber que o partido do Governo nomeou uma nova coordenadora sem dar conhecimento ao seu partido, parceiro de coliga-ção no Governo e, por ou-tro, estranhou que seja no-meada mais uma funcioná-ria para um projeto que tem vindo a perder serviços e clientes.

Numa altura em que o

futuro da Loja do Cidadão de Viseu é posto em causa, fontes próximas do partido do Governo alegam que a questão de um eventual en-cerramento nem tem sido posta em cima da mesa”, embora oficialmente o Go-verno ainda não tenham dado uma resposta.

A Loja do Cidadão da ci-dade foi a primeira a ser inaugurada na zona cen-tro e foi vista na ocasião como um projeto mode-lo de prestação de servi-ços para tornar mais fácil a vida de mais de 430 mil pessoas que viviam na al-tura na cidade e arredores, e das próprias empresas. António Guterres chamou-lhe “um hipermercado de serviços públicos” e os frequentadores reconhe-ceram que o serviço era um primeiro passo na des-burocratização do Estado, podendo efetivar uma sé-rie de tarefas sem sair do mesmo edifício. A loja co-

meçou a funcionar com 15 entidades públicas e priva-das e teve o pico de pres-tação de serviços em 2007 com um número de cerca de 960 mil atendimentos e mais de 20 balcões.

O Governo de então anunciou em 2009 que em nove anos foram efetua-dos cerca de 7,1 milhões de atendimentos a cidadãos, a uma média anual de 800 mil atendimentos, núme-ros considerados positi-vos face aos objetivos tra-çados. Mas, a partir dessa altura, várias instituições ponderaram abandonar a Loja do Cidadão de Viseu que, em consequência disso, foi perdendo aten-dimentos, alcançando um minino histórico dos 12 anos de existência em 2011, com pouco mais de 66o mil casos atendidos.

O executivo da Câmara Municipal de Viseu come-çou por recusar em 2005 a proposta de aumento

do valor do arrendamen-to mensal de 1100 euros para 1600 euros men-sais, dos dois espaços que teve abertos e acabou por abandonar os balcões de atendimento da autarquia e dos Serviços Municipa-lizados.

Ao longo dos últimos tempos vários outros orga-nismos foram encerrando os balcões na Loja do Cida-dão: Governo Civil, CTT-Correios de Portugal e Mi-nistério da Saúde também deixaram de estar presen-tes. O equipamento acabou mesmo por perder os ser-viços de cafeteria e de se-gurança noturna.

Fontes ligadas ao empre-endimento reconhecem que “hoje vai muito menos gente à Loja do Cidadão de Viseu” e admitem que em causa está o encerramen-to dos balcões de serviços considerados “importan-tes”. “A saída dos Correios foi muito má na minha opi-

nião, era das empresas que traziam aqui mais pessoas”, adiantou um frequentador do espaço ao responder que sem os CTT e sem os servi-ços do Ministério da Saúde vai muito menos da loja.

O que tem levado estas instituições a abandonarem um projeto-piloto que apro-xima serviços públicos de milhares de cidadãos? Sem respostas oficiais da parte do Ministério dos Assun-tos Parlamentares, admite-se na praça pública que em causa está o “valor elevado” das rendas praticadas na-quele espaço, que rondarão os mil euros por balcão.

A segunda pergunta é fei-ta pelo deputado do CDS-PP ao ministro Miguel Rel-vas. Hélder Amaral quer sa-ber qual a justificação para preencher o lugar de coor-denação por uma coorde-nadora externa nomeada para o efeito, quando a loja foi gerida durante sete anos por dois subgerentes que

continuam ao serviço.“A Loja do Cidadão,

num momento em que ti-nha mais volume de aten-dimentos (e antes da inte-gração da Loja da Empre-sa), funcionou apenas com os vários técnicos dispo-níveis, não havendo regis-to de constrangimentos ou limitação na prestação dos serviços”, lembra o de-putado e pergunta em re-querimento enviado à As-sembleia da República: “As mudanças realizadas, ou a realizar, pressupõem um melhoramento dos servi-ços aos cidadãos, dando-se assim origem a um maior índice de qualidade? O pre-enchimento do lugar de co-ordenador corresponde, em alguma medida, às al-terações dos balcões ou à reestruturação a efetuar? Tendo em consideração todas as conjeturas aqui presentes, como justifica o preenchimento do lugar em causa”?

Perguntas sem respostana Loja do Cidadão

abertura textos ∑ Emília Amaralfotos ∑ Nuno André Ferreira

Jornal do Centro20 | setembro | 20126

Page 7: Jornal do Centro - Ed549

LOJA DO CIDADÃO DE VISEU | ABERTURA

Altos e baixos

V. Franca

das Naves*

Celorico da B

eira

Fornos de Algodres*

Mangualde

Nelas Carregal d

o Sal*

Sta. Comba D

ão

Mortágua*

Pampilhosa

Coimbra B

Guarda

Lisboa

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2000 ∑ A Loja do Cidadão de Viseu foi inaugurada a 20 de dezembro de 2000, pelo então primeiro ministro, António Guterres. Localizada na Quinta das Mesuras, a loja custou cerca de dois milhões de euros (190 mil contos) e começou por instalar 15 serviços numa área de 1.800 metros quadrados, com 140 trabalhadores distribuidos por dois turnos.

2005 ∑ O Executivo da Câmara de Viseu recusou, por unanimidade, a proposta de aumento do valor do arrendamento mensal de dois espaços que tinha abertos na Loja do Cidadão. Motivo, o aumento “brutal” da nova renda proposta pelo Instituto para a Gestão das Lojas do Cidadão (IGLC) que rondava os 50%.

2009 ∑ A Associação Comercial do Distrito de Viseu, autarquia e Movimento pela Revitalização do Centro Histórico defenderam a instalação da Loja do Cidadão no centro histórico. A questão prendia-se com a revitalização da zona velha da cidade. Os comerciantes fecharam as suas lojas meia hora mais cedo e, juntamente com cidadãos, concentraram-se no Mercado 02 de Maio em nome da causa. A Câmara chegou a desbloquear um edifício para acolher a loja, mas o governo PS travou a deslocalização.

2010 ∑ O executivo camarário de Viseu aprovou por unanimidade a transferência do balcão de atendimento que a autarquia tem na Loja do Cidadão para o centro histórico da cidade.

2010 ∑ Foi inaugurado na Loja do Cidadão de Viseu um novo Balcão do Empreendedor.

abertura6

Jornal do Centro06 | Março | 2009

texto ∑ Ana Filipa Rodriguesfotos ∑ Nuno Ferreira

Esclarecimento ∑ Empresa detentora do Palácio do Gelo nega negociações

O deputado do PS na

Assembleia da Repúbli-

ca, José Junqueiro, defen-

de que autarquia e Go-

verno têm de articular

esforços no processo de

relocalização da Loja do

Cidadão. “A loja está num

sítio que foi previamen-

te definido pelo Governo

e pela autarquia. Se hoje

em dia existe uma vonta-

de de refazer a localiza-

ção no centro histórico,

essa é uma articulação

que vai passar novamen-

te pelo Governo e pela

autarquia”, refere.

Segundo José Junquei-

ro, o “Governo dirá: ‘Sim

Senhor, os serviços vão

para lá [centro da cidade]

‘, mas o deputado salien-

ta que é à autarquia “que

compete definir e prepa-

rar o espaço” para que se

proceda à instalação do

equipamento.O deputado deixa claro

que a iniciativa de trans-

ferência da Loja do Cida-

dão não partiu do Gover-

no. “ [O secretário de Es-

tado do Comércio] não fez

a sugestão, afirmou que

essa podia ser uma pos-

sibilidade, mas não foi ele

que teve a iniciativa de di-

zer que se fizesse a relo-

calização dos serviços”,

explica José Junqueiro.

Visabeira nega negocia-

ções. A empresa proprie-

tária do Palácio do Gelo,

Movida S.A. esclarece

através de comunicado

que “nunca existiu, nem

existe, qualquer contac-

to ou qualquer negocia-

ção no sentido de dis-

ponibilizar instalações

para a Loja do Cidadão

de Viseu”.O presidente da Movi-

da S.A. refere ainda no

comunicado que a em-

presa “manifesta o to-

tal repúdio em relação

a este tipo de insinua-

ções” e que “não admi-

te que o seu bom-nome e

credibilidade sejam en-

volvidos em manobras de

promoção pessoal ou de

outra natureza”.

Deputado do PS defende “articulação” entre autarquia e Governo

Os comerciantes do

centro da cidade de

Viseu fecharam as suas

lojas meia hora mais

cedo, na segunda-feira

passada, dia 2, para se

juntarem ao protesto em

defesa da transferência

da Loja do Cidadão para

o centro da cidade.

Meio milhar de co-

merciantes e cidadãos

uniram-se no Mercado

2 de Maio para reivindi-

car, aquilo que acredi-

tam ser, “a loja âncora”

que irá ajudar a travar a

desertificação daquela

zona da cidade.Pela primeira vez na

história do comércio

tradicional, os comer-

ciantes manifestaram-

se e responderam posi-

tivamente ao apelo feito

pela Associação de Co-

merciantes do Distrito

de Viseu e pelo Movi-

mento de Cidadãos Pelo

Centro Histórico.

O representante do

Movimento de Cidadãos,

Alexandre Azevedo Pin-

to, af irmou perante a

multidão que “a cidade

está a viver um momen-

to histórico” ao defender

uma “uma causa justa”

e “fundamental para a

revitalização do centro

histórico, para a sua ma-

lha, o seu tecido econó-

mico e social”. “A Loja do

Cidadão é uma loja ânco-

ra que pode trazer âni-

mo a todos aqueles que

hoje continuam com os

seus negócios abertos e

optaram por continuar

a viver no centro da ci-

dade”, referiu.O dirigente acredita

que a presença massiva

dos comerciantes e dos

cidadãos pode contra-

riar as “inevitabilidades

dos grandes interesses

económicos que muitas

vezes se sobrepõem à

vontade dos cidadãos”.

O presidente da Asso-

ciação de Comerciantes,

Gualter Mirandez lem-

brou que desde há cer-

ca de um ano, altura em

que se começou a falar

da possível mudança da

Loja do Cidadão, mante-

ve contactos permanen-

tes e fez pressão junto

das entidades com com-

petência no assunto. De

acordo com Gualter Mi-

randez “a pressão acen-

tuou-se, e de que manei-

ra, a partir do momen-

to em que o secretário

de Estado do Comércio

disse que as lojas do cen-

tro histórico de Viseu

tinham tudo a ganhar a

partir do momento em

que tivessem outras lo-

jas âncora”, como a Loja

do Cidadão.“Tenho a confirma-

ção que todas as forças

vivas estão disponíveis

para lutar por esta cau-

sa. Quando assim acon-

tece não pode haver re-

cuos. Temos o municí-

pio de Viseu, deputados

de todos os partidos por

Viseu. Se calhar desde o

25 de Abril estão reuni-

das todas as condições

para trabalhar em con-

junto”, salientou Gualter

Mirandez.Para o presidente, a mu-

dança da infra-estrutura

“não pode ser um proble-

ma de dinheiro, acima de

tudo tem de ser um pro-

blema político”.

Apoios. Através de co-

municado, o Bloco de

Esquerda mostra-se so-

lidário com a causa dos

comerciantes e dos cida-

dãos, mas alerta para o

facto de a reabilitação do

centro histórico só ser

possível com “a reabili-

tação das duas centenas

de imóveis degradados e

em risco de ruína”. Para

o Bloco de Esquerda, os

imóveis deviam ser co-

locados “ao serviço da

habitação social ou in-

seridos no mercado de

aluguer a preços contro-

lados, de forma a repo-

voar o centro urbano”.

Semelhante apoio de-

monstrou a Direcção Re-

gional de Viseu do Par-

tido Comunista Portu-

guês. Para o PCP trata-se

de uma “justa reclama-

ção” que “não deve fazer

esquecer a necessidade

de um plano integra-

do de desenvolvimento

para a zona”.

Meio milhar manifesta-se

a favor de Loja do CidadãoIniciativa ∑ Comerciantes, cidadãos e partidos políticos uniram-se em prol do centro histórico

Jornal do Centro20 | setembro | 2012 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed549

entrevista ∑ Paulo Neto / Micaela Costafotos ∑ Paulo Neto à conversa“Eles (políticos) sabiam exatamente paraonde é que estávamos a caminhar”

Uma geração à rasca não é uma geração reles. É uma geração em apuros, com di-ficuldades. Porquê? Porque o presente só lhes traz coisas más: desemprego, preca-riedade, instabilidade, frustração, revolta, insatisfação… e o futuro, de tão nebuloso nem sequer se entrevê.

Fruto de duas décadas de políticas in-competentes e políticos, no mínimo, de-sastrados, centenas de milhares de jovens, em Portugal, vêem perdida a idade das ilu-sões, dos sonhos, das realizações pessoais e profissionais.

E quando o querem gritar bem alto ao país amorfo e apático em que nasceram ou em que vivem, percebem, de repente que não estão no reino da Dinamarca, mas no reino da Afonia e da Surdez.

E em contrapartida, o governo que lhes tira os legítimos anseios, vigia-os com as forças de intervenção pela frente. Já foi assim no Chile e até, ironia suprema, na China “democrática”, em Tien’anmen, que quer dizer Praça da Paz Celestial…

Em Portugal, neste momento, com um governo inquieto, que tem medo do povo, das manifs, das mobilizações dos jovens e até, pasme-se, das inaugurações, porque os governantes já a elas vão, furtivamen-te, entrando pelas portas das traseiras, em Portugal quando quase um milhão de por-tugueses saiu à rua…

Geração Rasca foi uma expressão criada por Vicente Jorge Silva, em 94, no decur-so das manifestações estudantis contra a ministra da Educação, Manuela Ferreira Leite.

Geração à Rasca é um movimento cria-do a partir de Março de 2011, através de blogues e do facebook, visando um pro-testo “apartidário, laico e pacífico”, reivin-dicando melhores condições laborais e o fim da precariedade.

Este movimento, nas próprias palavras dos seus fundadores, engloba: “os desem-pregados, os quinhentoseuristas, os mal remunerados, os escravos disfarçados, os subcontratados, os contratados a prazo, os falsos trabalhadores independentes, os tra-balhadores intermitentes, estagiários, bol-seiros, trabalhadores-estudantes, estudan-tes, mães, pais e filhos de Portugal.”

Também a canção da Deolinda “Parva que eu sou” se tornou em hino com uma letra assim:

“Que mundo tão parvoOnde para ser escravo é preciso estu-

dar.”O Bispo do Porto, Dom Manuel Clemen-

te, em 2011, à Lusa afirmava: “estes protes-tos são antes de mais, para respeitar mui-to e levar a sério”, afirmando não se poder desprezar os actos de jovens “que vêem o seu futuro com uma grande interrogação”

Ouvimos quatro represen-tantes deste movimento:

Rita Peixeiro: “Agora é a altura para não termos medo, enquanto temos al-guns direitos”; 26 anos, Mestre em Psicologia, co-mercial numa empresa de limpeza.

Miguel Viana, 33 anos, a tirar o mestrado em Edu-cação Pré-Escolar, desem-pregado.

Daniela Fernandes, 25 anos, a tirar o mestrado em Arte, Design e Multimédia, tem três trabalhos para po-der sobreviver. “Mesmo com os três trabalhos há meses em que não tiro o salário mínimo, os impos-tos assim o obrigam.”

Paulo Agante, 26 anos, Licenciatura em Comuni-cação Social, desemprega-do.

Rita e Miguel, juntaram-se à “Geração à Rasca” mas pertencem a uma Associa-ção de combate à precarie-dade, “Precários Inflexíveis”. Uma Associação legalmen-te reconhecida, constituída

por um grupo de pessoas sem uma filiação partidá-ria oficial, embora muitos tenham as suas preferên-cias. A Associação “cria-se porque a precariedade está cada vez mais difundida no país e na sociedade e neste momento já não é só a gera-ção mais nova, já passa por todas as gerações”, explica Rita Peixeiro.

Lutam contra a precarie-dade, são a favor de uma maior fiscalização aos fal-sos recibos verdes – falso trabalho independente, e reclamam limites mais de-finidos na lei ao trabalho temporário. Não são fun-damentalistas, nem que-rem, pois preservam o país que têm. As suas armas são um blog, onde colocam ma-térias que podem ser rele-vantes.

“Geração à Rasca”, em Viseu. Quem são?P.A – É complicado defi-

nir quem somos. Somos pes-soas de várias idades, com-pletamente diferentes umas

das outras. Basicamente par-tilhamos a revolta e a neces-sidade de mudança e foi isso que nos uniu.

Seria mais lógico chamar “Gerações à Rasca”?M.V- Se calhar o espaço

de tempo em análise é de várias pessoas que estão em diferentes faixas etárias, mas que entraram agora no mercado de trabalho. Não estamos a falar de uma ge-ração que tem 60 anos, nem 40, nem 19, mas sim de uma geração que está a trabalhar neste momento, a popula-ção ativa. Quando se fala em Geração à Rasca falamos da geração ativa, daí este senti-do aglutinador de todas as outras gerações.

R.P – Se bem que come-çamos a ver casais de refor-mados a ter de sustentar os filhos e os netos, porque o resto da família já não tem trabalho.

Porque surge?P.A – Penso que surge

numa altura em que aqui-

Jornal do Centro20 | setembro | 2012

8

Page 9: Jornal do Centro - Ed549

lo que se dizia era que os jo-vens não queriam trabalhar, que emprego não faltava, e é aqui que se dá um grito de revolta, para mostrar que os jovens estavam atentos ao que se estava a passar.

D.F – E depois há aquela mensagem errada de que os jovens licenciados só que-riam empregos e isso é er-rado. Todos os jovens que estiveram envolvidos na Ge-ração à Rasca queriam era um trabalho, independen-temente da boa ou má remu-neração.

M.V – Houve também uma rotura de gerações. Se repararmos, os nossos pais vieram de uma geração que passou dificuldades, que passou muito para aos 18, 20 anos, poder sair de casa e ter a sua independência. Quan-do chega a nossa vez, e che-gamos a essa idade, há tam-bém uma pressão para que comecemos a ter os nossos trabalhos, as nossas vidas e no terreno começámos a perceber que isso não é as-sim tão fácil. Acho que no princípio houve uma falta de compreensão dos mais velhos, nós fomos talvez das primeiras gerações a saber o que é trabalhar a recibos verdes, a trabalhar e não re-ceber, a não ter férias. A es-tudar e a trabalhar, de ma-nhã à noite, e ao outro dia de manhã voltar para a es-cola. Na geração dos nossos pais também foi complica-do, mas agora os contornos são muito diferentes e com consequências diferentes, e a verdade é que não está-vamos preparados, ainda ninguém tinha passado por isto.

D.F – Temos o exemplo dos estágios que são apenas protocolos, não são contra-tos, nós nem sequer somos protegidos legalmente.

M.V – Antigamente ha-via honra, um compromis-so verbal conseguia valer mais do que muitos papéis assinados hoje em dia. Nós estamos sufocados pelas leis que regulam o trabalho, nós temos uma democracia, temos muitos direitos que estão escritos, e depois te-mos uma data de cláusulas que os patrões usam para nos sufocar. E é esta falta de honra que marca a grande diferença.

D.F- Hoje esquecem-se que um trabalhador con-tente e motivado faz a dife-rença na empresa e naquilo que produz.

O que pretendem?R.P- Apesar de sabermos

que não temos uma ausên-cia de futuro, aquilo que nós queremos é a possibili-dade de um futuro melhor. E acreditamos que apesar de tudo temos de ser positi-vos, porque a negatividade é o que nós vemos e ouvi-mos todos os dias. Nós che-gamos a falar com crianças que nos dizem “porque é que vamos sonhar com um futuro, com uma profissão? Eu sei lá como é que o mun-do vai ser.”

P.A- Infelizmente já há muita gente a desistir de es-tudar e isso é também uma coisa que não queremos, que os jovens, as crianças, os adolescentes desistam.

D.F – Nós queremos um pouco mais de respeito, e não falo só na nossa geração falo nas pessoas em geral. E em relação à nossa geração é preciso que se pense um bocadinho, é que se nós so-mos o futuro então que se aposte nisso, que se criem condições.

P.A. – Outra questão fun-damental é a justiça, isto tem que ser mudado. Temos um governo obscuro, pessoas com cargos de grande res-ponsabilidade cheios de in-teresses. A impunidade que se tem visto ao longo destes anos é a maior facada que dão a este país. DELES

R.P- E deviam ser essas pessoas a nossa bússola mo-ral e afinal fazem exatamen-te o contrário.

Quando se fala numa Gera-ção Rebelde, o que querem dizer com isso?R.P – A rebeldia é o pedi-

do de justiça, porque quan-do nós temos os nossos lí-deres a passarem por situ-ações de corrupção, quem é rebelde afinal é que tem razão. A questão é não nos deixarmos vergar, é querer que os nossos direitos sejam cumpridos.

D.F – Já que temos de cumprir os nossos deveres então que nos deem os nos-sos direitos.

R.P- Vejamos… se os con-tratos surgiram para prote-ger as partes fracas e fortes, hoje em dia só protegem a parte forte e essa não me parece que precise de pro-teção.

Na Manif nacional de 15 de Setembro, o slogan foi: “Que se lixe a Troika… Queremos as nossas vidas”. De que

modo é a troika culpada do estado do país e do agrava-mento da vida dos jovens?R.P- Neste momento te-

mos mais de 20 ou 30 por cento de divida do que tí-nhamos antes.

P.A – E temos muito mais austeridade.

D.F – Na verdade a gran-de dúvida, para mim e para muitos, é perceber o que é a dívida, o que é que devemos afinal. Se pagamos os nos-sos impostos, até mais do que devíamos, o que é que devemos? Não se percebe!

M.V- Há uma questão

muito importante, como é que pessoas inteligen-tes, licenciadas e doutora-das em Economia agarram nas contas do país e nos ju-ros que nos estavam a ofe-recer e dizem “não vamos negociar nada, vamos acei-tar estas condições e va-mos ficar com mais dívida” e falo do PS e do PSD, pois foi um governo de gestão que assinou o memoran-do da Troika. Andam-nos a vender a ideia de que isto foi um compromisso que nós aceitámos e que temos de cumprir e isso é falso. Esta-

mos a ir contra a Constitui-ção de 1976 e essa foi votada pelo povo, agora foi-nos im-posto. Com que autoridade podem eles obrigar-nos a pagar e a aceitar estas con-dições?

Que significado teve a manif, a nível nacional e a nível de Viseu?R.P- Acho que foi um si-

nal de que as pessoas acor-daram e disseram basta. Es-tamos a levar com muitos abusos sempre com a pro-messa de que iriamos ficar melhor, agora já não acre-ditamos nessas promessas e a democracia já não está a funcionar.

D.F – Claro que não é num dia de manifestação que as coisas se compõem, mas não podemos deixar de rei-vindicar, tem de haver uma continuidade.

P.A – Na altura da gera-ção à rasca falava-se que era preciso as pessoas acorda-rem e despertar as consciên-cias e no sábado viu-se que isso tem vindo a acontecer, os números têm vindo a au-mentar consideravelmente.

M.V – Eu entendo esta manifestação como um murro na mesa, as pesso-as informaram-se e agora foram elas que tomaram essa iniciativa. No sába-do mostrou-se aos nossos governantes que não va-mos cair em mais mentiras. Foi uma forma civilizada de dizer basta.

Porém, quem foi à Manif en-controu as caras do costume em todas as manifs de Viseu. Houve colagens partidárias e oportunismo político?R.P - Esta manifestação

foi tão grande por ter sido convocada por cidadãos, não houve organizações por trás, obviamente que as pes-soas têm as suas opções par-tidárias, mas foram pessoas a convocar pessoas e não de forma individual.

P.A – Há um ano atrás, aquando da geração à rasca, dizia-se que eram da direita, da esquerda, e não era isso que interessava ali.

D.F – Quando saiamos à rua as pessoas apontavam-nos o dedo, mas agora está a tocar na pele de todos, esta-mos todos a passar uma fase complicada.

R.P- As pessoas que esti-veram à frente da manifes-tação têm as suas opções partidárias, mas muito sin-ceramente, não acho que te-

nha havido interesses, nem aproveitamentos. Até aqui éramos rotulados, na altu-ra da Geração à Rasca os jo-vens foram criticados, mas esta manifestação provou que já está a tocar a todos. Se calhar se há um ano atrás ti-vesse toda a gente saído à rua não estaríamos nesta si-tuação.

D.F – Aquilo que se viu fo-ram várias pessoas a sair à rua independentemente das suas opções e crenças.

Curiosamente viu-se gente de todas as faixas etárias, até menos jovens do que gente mais velha… Que lei-turas se podem fazer desta constatação?M.V – O país uniu-se, é

essa a conclusão que se pode tirar. A única coisa boa que veio, de tanta austeridade e declarações, foi a união que provocou no país, finalmen-te as pessoas uniram-se por uma causa comum.

Esta mobilização, este mo-vimento de protesto acaba aqui ou tem continuidade?M.V - Vai continuar e já

na sexta-feira em Belém e dia 21 e 29. E a continuação advém da grande vontade dos portugueses em querer mais respeito e verdade.

Há alternativas?R.P - A alternativa é o go-

verno chegar-se à frente, to-mar uma posição, uma ati-tude. E podem aproveitar e explicar tudo ao povo por-tuguês, o que se passa na re-alidade.

Quais as soluções para a “Geração à Rasca”?P.A – Mais justiça, mais

igualdade e acima de tudo mais honestidade.

D.F – E mais fiscalização. R.P – A união também é

fundamental, só unidos é que vamos ter algum poder. Nós temos que exigir mais e melhor, não podemos fi-car calados.

Os políticos andam cegos?M.V- Eles fazem-se é de

cegos e surdos.R.P- Eu não acredito que

a fluência destas políticas e que o facto de isto estar a correr mal seja inespera-do, eles sabiam exatamente para onde é que estávamos a caminhar.

P.A – E, de certo modo, não são eles que andam ce-gos, dá-lhes jeito é cegar o povo durante algum tempo.

GERAÇÃO À RASCA | À CONVERSA

A Miguel Viana e Rita Peixeiro

A Paulo Agante e Daniela Fernandes

9Jornal do Centro20 | setembro | 2012

Page 10: Jornal do Centro - Ed549

regiãoVinificar

Erros a evitar

Opinião

Vivemos nos dias de hoje imbuídos em cons-tantes erupções econó-micas difíceis de suturar e que redundam num em-pobrecimento notório das famílias.

Nestes momentos, as energias despendidas ne-cessitam de ser rentabili-zadas no seu melhor e a possibilidade de errar ou fazer mal tem um peso cada vez maior.

Muitas das situações que me relatam dos vi-nhos feitos em casa decor-rem, por um lado, do des-conhecimento dos princí-pios inerentes ao processo, de receitas mal copiadas, de indicações mal recebi-das ou mal dadas e ainda de pertenças experiências mal conduzidas.

A questão então colo-cada é a seguinte: e agora, há solução? Mais do que ter a pretensão de deixar aqui alguma receita, fi-cam descritos um conjun-to de procedimentos que podem desenvolver a fim de evitar estes constran-gimentos.

O estado das uvas deve ser irrepreensivelmente sadio, sem podres e com uma graduação entre os 11% e os 13% (álcool pro-vável). Após o corte, evi-tar o calque dos cachos e conservá-los num local fresco.

A adega já há muito se encontra preparada, arru-mada, limpa e desinfec-tada (com sulfuroso, não com lixívia), os lagares pintados com tintas ali-mentares ou tartarizados.

Os equipamentos e utensílios agradecem la-vagens e desinfecções fre-quentes. Deitadas as uvas no lagar, já desengaçadas e esmagadas ou não, é necessário de imediato a adição do sulfuroso (cris-tais). Esta adição permite a desinfecção dos mostos e futura conservação do

vinho e evita o arranque descontrolado da fermen-tação. Qual a dose a apli-car? Nas condições ante-riormente descritas, e se pretender utilizar uma solução sulfurosa a 6%, já disponível no mercado, deitar 100 ml de solução a 6% por cada 100 litros de mosto (Cuidado, é ir-ritante!). No caso de optar pelos cristais de metabis-sulfito de potássio -12g por cada 100 litros de mosto-, a adição de ácido tartári-co não deve ultrapassar 1grama por litro e suge-ria a sua correcção após a primeira análise a fazer ao vinho.

Controlar as tempe-raturas de fermentação em brancos 14ºC-16ºC e em tintos 25ºC-28ºC. Re-correr a um densímetro para verificar a evolução da densidade dos mos-tos (vai baixando) e um termómetro para a tem-peratura, registando os valores duas a três vezes por dia. No caso dos tin-tos, quando a densidade estiver nos 1005, sangrar o lagar e prensar as mas-sas, ou desencubar a cuba. Nos brancos, esta opera-ção é recomendável ape-nas a densidades de 1000. Passar (trasfegar) os vi-nhos para uma nova cuba de preferência de aço inox, de modo a que fique com-pletamente cheia. Tapar e verificar o respirador ou o batoque.

Este é o momento para fazer uma análise ao vi-nho, esperar que tudo es-teja bem, respeitando as futuras recomendações dadas pelos técnicos.

Após a leitura destas su-gestões, desenganem-se aqueles que pensam dis-pensar o técnico. Só foi le-vantado uma parte do véu, a caminhada é longa e de-safiante, mas evitaram já muitos erros.

Boas vindimas.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

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A empresa T&T, Lda., sediada em Crasto de Campia, Vouzela, vai su-portar o aumento da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores, previsto para o próximo ano. Os 45 funcionários já foram in-formados e ficaram emo-cionados com esta medi-da de coragem.

No sentido de motivar os trabalhadores e aumentar os níveis de produtivida-de, Augusto Teixeira, dire-tor geral da T&T, Lda., de-cidiu suportar o aumento da contribuição dos traba-lhadores para a Seguran-ça Social, evitando o corte de sete por cento no orde-nado, previsto para 2013. O valor da Taxa Social Única sobre o trabalhador pas-sou de 11 para 18 por cento, anunciou o Primeiro-Mi-nistro Pedro Passos Coe-lho, mas Augusto Teixei-ra está contra e opta por minimizar os sacrifícios dos operários.“É um corte muito penalizador para os

trabalhadores, tendo em conta os vencimentos que temos. O país está a atra-vessar um momento difí-cil, está num buraco, mas não é a cortar em quem ga-nha cerca de 700 euros que se vai recompor”, explicou ao Jornal do Centro.

Augusto Teixeira sabe que esta medida vai cus-tar à empresa 40 mil euros por ano, mas prefe-re manter a equipa coesa. “Há famílias que estão no

limiar da pobreza, já bas-ta o que passam em casa para sobreviver. Na em-presa quero que os fun-cionários estejam satis-feitos e com isso produ-zam mais e melhor. Estou com eles de corpo e alma”, esclareceu. Para o diretor geral, todas as empresas “deviam seguir a mesma medida”. Os trabalhado-res já foram informados e “emocionaram-se” com a medida que apelidam

de “corajosa”, concluiu Augusto Teixeira.

A T&T, Lda. foi funda-da em 1992, com o objeti-vo de executar instalações elétricas, canalizações e aquecimento central. A atividade da empresa é vocacionada principal-mente para a habitação própria, prestando tam-bém serviços em empre-sas e instituições.

Tiago Virgílio Pereira

Empresa de Vouzela suportaaumento da TSU dos trabalhadores

A Augusto Teixeira, diretor geral da T&T, em Castro de Campia, Vouzela

Jornal do Centro20 | setembro | 201210

Page 11: Jornal do Centro - Ed549

O “Banco BIC Tesouraria - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Tesouraria” (“Fundo”) é um fundo de investi-mento harmonizado constituído de acordo com a legislação e regulamentação portuguesas e gerido pela Dunas Capital - Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. O presente documento tem fins meramente informativos, não devendo ser interpretado como uma solicitação à subscrição de unidades de partici-pação do Fundo. A subscrição de unidades de participação do Fundo implica riscos que se encontram descritos na docu-mentação legal do Fundo, nomeadamente no prospecto completo e no prospecto simplificado. Informação disponível na sede da referida entidade gestora (Av. da Liberdade 229, 3.º, em Lisboa) ou na sede da entidade depositária, Banco BIC Português, S.A. (Rua Mouzinho da Silveira, 11/19, em Lisboa), bem como nos seus Balcões e Centros de Empresas.

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Page 12: Jornal do Centro - Ed549

REGIÃO | VISEU | SÁTÃO | CINFÃES

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DETIDOViseu. No dia 14 de setem-bro de 2012, em Viseu, o Nú-cleo de Investigação Crimi-nal de Viseu, deteve um in-divíduo do sexo masculino, com 34 anos de idade, pela autoria de furto de artigos em prata. Foi efetuada bus-ca domiciliária que culmi-nou na apreensão de outras peças em prata. Após dili-gências, constatou-se que o indivíduo foi também autor de um furto em interior de residência em São Pedro do Sul. Foi sujeito a primeiro in-terrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação prisão preventi-va, sendo conduzido ao es-tabelecimento prisional de Viseu.

DETIDOSátão. No dia 15 de setembro, pelas 5h45, em Sátão, na se-

quência de investigações/prevenção de furtos, o Nú-cleo de Investigação Crimi-nal de Mangualde, deteve em flagrante delito um in-divíduo do sexo masculino com 29 anos de idade, resi-dente em Viseu, por falsifi-cação de documentos, posse e uso de veículo furtado.Foi apreendido um grama de heroína, três telemóveis e dinheiro. Mesmo foi pre-sente ao Tribunal Judicial de Viseu, tendo ficado com apresentações diárias no Posto Territorial de Viseu.

IDENTIFICADOCinfães. No dia 15 de setem-bro, em Cinfães, o Núcleo Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Lamego, após várias di-ligências, identificou um in-divíduo de 37 anos de idade, por crime de incêndio flo-restal, ocorridos durante o corrente mês, nas localida-des de Fornelos e Travan-ca, concelho de Cinfães. Foi contactada a Policia Judiciá-ria do Porto, a qual procedeu à sua detenção para apresen-tação ao Tribunal compe-tente.

Os deputados do PS elei-tos por Viseu desafiaram na segunda-feira, os parlamen-tares do PSD e CDS eleitos pelo mesmo círculo a “ma-nifestarem um sobressalto cívico” pela “tragédia que se está a abater” sobre o seu distrito.

Assinalando o arranque de mais uma legislatura e o dia seguinte à manifesta-ção nacional, José Junquei-ro, acompanhado de Elza Pais e Acácio Pinto, criticou aos deputados dos “parti-dos da descoligação” lem-brando as discussões que há um ano eram no sentido de acrescentar iniciativas e investimentos em Viseu e agora são de “claro desin-vestimento”.

Questionado sobre o que gostaria de ouvir por parte dos deputados eleitos por

Viseu pelos partidos do go-verno, os alvos principais da conferência de imprensa, José Junqueiro respondeu: “Gostaria de ouvir da sua parte um pouco da reflexão que está a ser feita por Ba-gão Félix, Manuela Ferreira Leite ou José Manuel Rodrigues”. E lembrou que “se os deputados do PSD e CDS eleitos por Viseu vota-rem o próximo Orçamento Geral do Estado, vão estar a votar contra o seu distrito e

a favor da tragédia que so-bre este se está a abater”.

Os deputados do PSD acusaram os socialistas de “demagogia”. Em comuni-cado os parlamentares res-pondem que “podem os vi-seenses e os portugueses estar certos que saberão sempre estar à altura dos compromissos assumidos em prol do desenvolvimen-to da região e na defesa do Interesse Nacional. Não ali-nhando, em circunstância

alguma, com a demagogia, as vaidades ou os preconcei-tos dos deputados do parti-do socialista”.

Os social-democratas deixam oito perguntas de-safiando os deputados a res-ponderem com um pedido de desculpas aos portugue-ses e viseenses.

“Não esperava que os de-putados do PS fizessem po-lítica ao pior estilo do uru-bu. Tinha a imagem deles de políticos responsáveis e sérios, mas tratou-se de um claro oportunismo político de quem não tem um pin-go de vergonha na cara”, comentou o deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, lembrando que fazem par-te de um governo que endi-vidou o país.

Emília Amaral

Viseu no dia seguinteCrise política∑ Deputados do PS desafiam eleitos do PSD e CDS que respondem

com frase de Thomas Fuller “Quem não tem vergonha não tem consciência”

A Os três deputados do PS eleitos por Viseu em CI

Jornal do Centro20 | setembro | 201212

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REGIÃO | VISEU | CASTRO DAIRE

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Fernando Ruas, presi-dente da Câmara Muni-cipal de Viseu, anunciou que a Câmara Munici-pal vai baixar as taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Derrama, no próximo ano.

Nos imóveis urbanos não reavaliados, a taxa de IMI desce para 0,6, recor-de-se atualmente é de 0.7, para os prédios urbanos avaliados há uma redução de 0,5 para 0,35.

No que toca à Derrama, que incide sobre o lucro das empresas com um vo-lume de negócios até 150 mil euros, “baixa-se de uma taxa de 0,4% para 0,35%”, afirmou Fernan-

do Ruas.Com o objetivo de

“apoiar a economia local”, o presidente da autarquia, garantiu que “só é possível tomar estas medida devi-do à boa condição das fi-nanças do município”.

O autarca afirmou ainda que “esta não é uma medi-da eleituralista”, mas sim “uma forma de descer a carga fiscal”.

Micaela CostaEstagiária

Autarquia baixa IMI e Derrama Medida ∑ Apoiar a economia local é o objetivo da Câmara

O Museu Municipal do Quartzo, em Viseu, foi palco da reunião dos representantes das ci-dades CENCLY, no pas-sado dia 15. Na reunião foi apresentado o proje-to de regeneração urba-na, com o objetivo de re-forçar a capacidade de afirmação e competiti-vidade das cidades en-volvidas.

O projeto Rede Cida-des CENCLY, da qual fazem parte cidades portuguesas da região centro, Viseu, Figueira da Foz, Aveiro, Coimbra e G u a r d a e C i u d a d Rodrigo, Salamanca e Valladolid, da vizinha Espanha , pretende “im-pulsionar a cooperação e promover o desenvol-vimento integral do ter-ritório CENCLY”, como explicou Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu.

O projeto candidato e

aprovado no âmbito do programa Operacional de Cooperação Trans-fronteir iça Espanha-Portugal (POCTEP), visa o estabelecimento de sinergias, de forma a melhorar a qualidade de vida dos seus habi-tantes e a troca de ex-periências ao nível de mobilidade urbana, re-generação urbana, inte-gração social e promo-ção turística.

Fernando Ruas acre-dita que esta forte asso-ciação entre as várias cidades é “uma boa for-ma de trocar experiên-cia e soluções para zo-nas que estão cada vez mais esquecidas”.

Os presentes tiveram ainda a possibilidade de conhecer e visitar o Museu Municipal do Quartzo e a Feira de Mi-nerais, Gemas e Fósseis que decorria no mesmo espaço. MC

Projeto Cidades CENCLY em Viseu

“FESTA DAS COLHEITAS” EM CASTRO DAIRE

A recriação da tradição das colheitas na região vai realizar-se a partir de ama-nhã, dia 21, no parque urba-no da vila de Castro Daire. Como habitualmente, o evento está a criar grande expectativa na comunida-de local, com uma série de iniciativas e acontecimen-tos que vão para além da re-alização da “Festa das Co-lheitas”.

A promoção da história e das tradições às colheitas as-sociados são o móbil para a realização deste evento que promete trazer muitos visi-tantes ao concelho, até ao dia 23 de setembro.

No local do evento, os vi-sitantes vão poder encontrar a riqueza da gastronomia da região, uma variada expo-sição e comercialização de produtos agrícolas locais e do artesanato característi-co, bem como dos produ-tos endógenos que são um marco do concelho de Cas-tro Daire. A aposta na diver-sidade cultural é outra das atrações do certame. TVP

A Fernando Ruas anuncia medidas para 2013

Jornal do Centro20 | setembro | 201214

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VISEU | REGIÃO

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A poucos dias de ter que entregar ao Secretariado Nacional a proposta de uma candidatura à Câmara de Viseu nas eleições autárqui-cas do próximo ano, a conce-lhia de Viseu do PS continua sem candidato definido, de-pois de ter oficializado convi-tes a Manuel Maria Carrilho, Correia de Campos, Diogo Pires e, mais recentemente, a Gualter Mirandez.

Nas últimas semanas têm surgido na praça pública os nomes de quem terá sido convidado pela presidente da concelhia, Lúcia Silva, mas todos eles terão recu-sado o convite. Segundo o que o Jornal do Centro con-seguiu apurar, o antigo pre-sidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, Diogo Pi-res terá sido sondado mes-mo antes das eleições para a concelhia (2 junho). Um convite feito por Lúcia Silva e também por Filipe Nunes

(candidato que perdeu as eleições para Lúcia Silva), mas o ex-autarca recusou, alegando que abandonou em definitivo a vida política.

O verão agitado na vida do PS Viseu, com o proces-so das autárquicas, terá le-vado Lúcia Silva a convidar Manuel Maria Carrilho, an-tigo Ministro da Cultura e ex-deputado por Viseu. Um convite feito por telefone ao filho do antigo presidente da autarquia de Viseu, Engrá-cia Carrilho, que não caiu bem na família socialista e o qual recusou. A responsá-vel pela concelhia terá ain-da endereçado o convite ao eurodeputado e ex-ministro da Saúde, Correia de Cam-pos, atual líder da bancada do PS na Assembleia Muni-cipal de Viseu. Mais recen-temente surgiu o nome de Gualter Mirandez. De acor-do com fontes do partido, o responsável pela Associa-

ção Comercial do Distrito ainda não deu uma resposta ao convite.

Gualter Mirandez, escu-sou-se a fazer quaisquer comentários ao proces-so. Num tom visivelmente desconfortante adiantou: “o meu compromisso é com a Associação Comercial e não vou fazer mais comen-tários”. Gualter Mirandez, embora simpatizante do PS, diz-se um independente tendo feito parte da comis-são de honra da Candida-tura do presidente, Fernan-do Ruas (PSD) nas últimas eleições autárquicas.

A escolha do candidato do PS à Câmara de Viseu, a um ano das eleições- con-sideradas atípicas pela saí-da de Fernando Ruas, obri-gado a abandonar o execu-tivo que lidera desde 1989, por força da Lei de Limi-tação de Mandatos- está a ser alvo de várias críti-cas de militantes e simpa-tizantes do PS, pela forma como a concelhia tem lide-rado o processo. Fontes do PS adiantam mesmo que há um mau estar na Federação e no próprio Secretariado Nacional do PS chamando mesmo a si o processo, no

sentido de encontrar con-senso à volta de uma “can-didatura ganhadora”.

Alguns militantes conta-tados pelo Jornal do Cen-tro assumem que o depu-tado e antigo presidente da Federação de Viseu do PS, José Junqueiro é o “único socialista em Viseu” que re-úne condições para assu-mir uma “verdadeira candi-datura” à Câmara viseense, mas, adiantam “a concelhia terá feito pressão” ao longo destes meses para afastar tal possibilidade.

“Estou a articular com a Federação e com o Secre-tariado Nacional para en-contrar o melhor candida-to à Câmara de Viseu”, res-pondeu a presidente do PS Viseu, Lúcia Silva, escusan-do-se a confirmar os even-tuais convites que terão sido feitos nos últimos meses: “Diz-se muita coisa. Com-preendo a ansiedade, mas o

PS não tem candidato”.Apesar de aumentar o

coro no interior do partido de que José Junqueiro será o candidato “legítimo” à au-tarquia da capital do distrito em 2013, o deputado diz que a pergunta nunca lhe “foi feita pela concelhia do Par-tido Socialista que, como é público, tem outros com-promissos”. Sobre a dispo-nibilidade, Junqueiro acres-centa que “a questão não se coloca neste momento”. “Participarei ativamente se houver eleições primárias para a escolha do candida-to e o candidato que ganhar será o meu candidato pelo qual farei uma campanha autárquica intensa”.

Fernando Cálix é neste momento o único candida-to assumido à escolha dos socialistas de Viseu nas pri-márias do final do ano.

Emília Amaral

PS procura candidato a ViseuCríticas ∑ Socialistas criticam Concelhia pela forma como está a trabalhar o processo ∑ Secretariado Nacional pede explicações

A Figuras convidadas pelo PS Viseu

Jornal do Centro20 | setembro | 2012 15

Page 16: Jornal do Centro - Ed549

educação&formação

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“Sernancelhe elege há vários anos a educação como a primeira opção para trabalhar”, af ir-mou Carlos Santiago, vice presidente da au-tarquia, na receção aos professores na passada quinta-feira, 13, em Ser-nancelhe.

Como já vem sendo hábito, o arranque do ano letivo, é marcado pela forma como os do-centes do concelho são recebidos. Logo pela manhã, no Salão No-bre da Câmara Munici-pal, José Mário Cardo-so, presidente da câma-ra municipal e Carlos Santiago, deram as boas vindas aos professores que daí seguiram para uma palestra, este ano dedicado a Aquilino Ri-beiro que comemoraria naquela data 127 anos. A vida e obra do escri-tor, natura de Sernance-lhe, foi o tema da pales-tra conduzida por Pau-lo Neto, especialista na obra Aquiliniana. De se-guida, os professores fo-ram presenteados com uma visita à casa onde nasceu Aquilino Ribei-ro e ouvira m a lg uns excertos dos “Cinco Reis

de Gente”, obra que re-trata a infância do autor na sua terra natal. A au-tarquia ofereceu ainda um almoço convívio no Pavilhão Multiusos.

Este evento, que rece-beu mais de 80 profes-sores, pretende ser “uma afirmação da autarquia, como entidade respon-sabilizada e responsabi-lizadora na área do ensi-no”, explicou José Mário Cardoso, “um concelho grande é um concelho que tem educação, que tem um povo civicamen-te educado e formado, e gente com capacida-de profissional”, acres-centa.

No convívio estiveram representadas a Escola Profissional de Sernan-celhe, o Agrupamento de Escolas e as ativida-des extra curriculares da Câmara Municipal.

Para os professores presentes esta é uma ati-vidade “bastante impor-tante porque acaba por haver uma maior rela-ção com todos os forma-dores e restantes profes-sores das outras escolas. É uma forma de termos um primeiro contacto e de trocarmos algumas

ideias para o arranque do ano letivo”, explicou Mateus, formador da área tecnológica, na Es-cola Profissional.

Apesa r do i nvest i-mento no evento, Carlos Santiago, acredita que “pode haver muito di-nheiro mas se não hou-ver educação a mente não permite que haja desenvolvimento e isso é uma aposta muito im-portante. Uma cidade pode crescer muito mas não quer dizer que este-ja a ser desenvolvida e é importante que essas duas situações se desen-volvam em paralelo. O crescimento e o desen-volvimento só se conse-guem com formação”

Num concel ho que acolhe este ano mais de 400 alunos, aposta-se na “educação e no re-conhecimento para com os professores, pois são uma esperança para o concelho e mostrar que se está do lado deles, que lhes é depositada confiança, é uma mais valia”, afirmou José Má-rio Cardoso.

Micaela CostaEstagiária

Sernancelhe aposta na educaçãoEducação ∑ Receção aos professores do concelho marcou o arranque do ano letivo.

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A Professores e autarca no Pátio Aquiliniano - Carregal A Paulo Neto profere a palestra sobre Aquilino Ribeiro

A José Mário Cardoso e Carlos Silva, autarcas locais

Jornal do Centro20 | setembro | 201216

Page 17: Jornal do Centro - Ed549

economia

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PSA Peugeot Citroën Mangualde em festa

Ao comemorar os 50 anos de abertura e, em simultâneo, um mi-lhão de viaturas mon-tadas naquela unidade de produção, o dia 22 de setembro, torna-se um marco assinalável na história de uma empre-sa que é uma referência nacional no setor auto-móvel.

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17Jornal do Centro20 | setembro | 2012

Page 18: Jornal do Centro - Ed549

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Maçã vai reinar na Expodemo

A primeira edição da Ex-podemo, mostra de ativi-dades, produtos e servi-ços da região decorre este fim-de-semana, dias 21, 22 a 23, em Moimenta da Beira, com a maçã como cabeça de cartaz. O cer-tame é organizado pela Câmara Municipal.

Três dias de festa, três palcos e três concertos. Tudo com animação de rua contínua, tasquinhas de gastronomia regional ancorada em sabores de maçã, provas de vinho, concursos de maçã, expo-sições, graffiters a traba-lharem ao vivo, escultu-ras de ferro artisticamen-te ‘casadas’ com maçãs, vários chefs de cozinha a confecionarem em simul-tâneo receitas de maçã e um sumptuoso desfile músico-teatral, com de-zenas de participantes, entre atores e figuran-

tes, e uma orquestra di-xie, criado e inspirado na história fantástica e mito-lógica do fruto mais anti-go do mundo.

A Expodemo consti-tuirá mais um elemento de reforço das dinâmicas económicas regionais e culturais, contando com todos os melhores produ-tos, de toda esta região, num contributo para unir todos os agentes em tor-

no de interesses e obje-tivos comuns”, explica o presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira.

O evento, compos-to por várias ativida-des paralelas vai ter as I Jornadas agro-fruti-culas, sábado, às 9h30, onde estará como con-vidado especial o antigo ministro da Agricultura, Capoulas Santos. Nes-sa ocasião vai ser ho-

menageado António Jú-lio Cartageno Ferreira, engenheiro agro-pe-cuário com uma vida dedicada à agricultura de Moimenta da Beira e da região.

O certame é inaugura-do amanhã, 21 de setem-bro, às 18 horas, junto aos Paços de Concelho.

Emília [email protected]

Moimenta da Beira∑ Mostra de atividades, produtos e serviços apresenta o

melhor da região

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A Mais de 70 empresas de diversas áreas presentes

A Grande Farra

Clareza no Pensamento

Passaram já quase 40 anos desde o ano de estreia do filme “A Grande Farra” (La Grande Bouffe, 1973) de Marco Ferreri. Só tive a oportunidade de ver o fil-me há uns anos atrás, não consigo precisar quantos. O filme, na época da estreia, chocou muitos cinéfilos e dividiu a crítica. A Gran-de Farra é a história de um grupo de amigos - Marce-lo Mastroianni (piloto), Mi-chel Piccoli (executivo de TV), Philippe Noiret (juíz) e Andréa Ferréol (profes-sora) e algumas prostitutas - que decidem fechar-se na casa de um deles e comer até à exaustão, sem regras e sem limites. Obviamen-te estava implícita a crítica social à sociedade de con-sumo e ao desperdício, re-fletida nas profissões dos amigos, tidas como repre-sentativas das classes so-ciais mais privilegiadas e que, inesperadamente, de-cidem entrar num proces-so autodestrutivo, onde a hipervalorização do prazer prevalece sobre o compor-tamento ético e moral. Os personagens do filme pare-cem estar permanentemen-te em processo de catarse. Não existe alegria, apenas prazer exagerado que, no limite, leva até à morte.

“A Grande Farra” veio-me à memória quando há poucos dias ouvi uma ex-ministra da educação pro-ferir a frase: “O programa da Parque Escolar foi um êxito, uma grande festa para o país e para a econo-mia!”. Notei que na expres-são facial não havia uma alegria festiva, antes a res-saca de uma grande festa de excessos. E mais ainda, com a forma crispada com

que repetiu a mesma ideia. O semblante, cerrado, sério, ríspido, não era próprio de quem gosta de festas. Uma inquirição numa Comis-são Parlamentar de Educa-ção, também não devia ser um momento de exaltação festivo, se o que estava em causa era precisamente o dinheiro que se gastou com a “grande festa”. Por momentos julguei que as palavras não combinavam com o perfil da ex-ministra. Que a festa a que se referia seria apenas uma forma de dizer que tinha feito obras necessárias à requalifica-ção escolar. Que tinha havi-do um lapsus linguae. Não quis acreditar que alguém, com a responsabilidade po-lítica que teve, pudesse al-guma vez justificar “…hi-potéticos desvios com as obras da Parque Escolar…”, com o argumento apre-sentado. É que sendo uma festa “a reunião de pesso-as com fins recreativos”, a palavra saía descontextu-alizada e soava escandalo-sa. No entanto, aos possí-veis excessos de custos das obras, a ex-ministra tinha respondido em hipérbole – uma grande festa! Aquilo que podia ser uma respos-ta séria, apresentando ar-gumentos válidos e preci-sos, usando de contenção nas palavras, pareceu-me mais uma cena extraída da “Grande Farra”.

O pior de tudo é que a ex-ministra encomendou a festa e quem vai ter de a pa-gar somos todos nós. Pena é que não tenha sido caso único.

José Augusto BastosDocente do Instituto Politécnico de Viseu

[email protected]

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A Soveco Viseu, é uma empresa que está inserida no Grupo Gocial. Em Viseu, está representada desde 2006 como concessioná-rio da Iveco. Desde então, a empresa não tem parado de crescer. Em 2010, foi nome-ada concessionário oficial das marcas Fiat, Fiat Profes-sional, Alfa Romeo e Lancia para o distrito de Viseu. Em

2011 é nomeada concessio-nário oficial da JEEP e em 2012, num ano difícil para o setor automóvel, a Soveco Viseu é nomeada conces-sionário oficial para o dis-trito de Viseu, das marcas

Nissan e Hyundai, Tornan-do-se numa aposta clara do Grupo Gocial na estrutu-ra e recursos humanos de Viseu.

A Soveco Viseu fica com dois polos em Viseu, um no

Parque Industrial de Coim-brões, onde se encontra a representação das marcas Iveco, Fiat, Fiat Professio-nal, Alfa Romeo, Lancia e JEEP e outro na EN 16, em Pascoal, com a represen-tação das marcas Nissan e Hyundai.

O Grupo prevê ainda crescer, ainda mais, em Viseu, até final do ano.

Soveco Viseu ganhaconcessão da Nissan e Hyundai

18 Jornal do Centro20 | setembro | 2012

Page 19: Jornal do Centro - Ed549
Page 20: Jornal do Centro - Ed549

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Candidaturas Abertas

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Problemas

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Desenvolvimento Pessoal

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› Gestão Desportiva

› Mercados Financeiros

› GOES - Gestão de Organizações de

Economia Social

› Mini MBA

› Gestão Financeira

› Biotecnologia e Inovação Vitivinícola

› Gestão Autárquica

› Liderança e Gestão de Pessoas

A EAB é uma escola de estudos avançados, virada para as empresas que querem apostar nos seus quadros e nas suas competências como principal fator de competitividade, e simul-taneamente virada para as pessoas que apostam na sua valorização, como principal veículo para a sua realização e sucesso.

A EAB resulta de uma parceria institucional entre a Universidade Católica Portuguesa, o Instituto Politécnico de Viseu e a Associação Empresarial da Região de Viseu, que constituem o núcleo fundador da Associação da Escola de Estudos Empresariais das Beiras.

A Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, desafia curiosos e apreciadores de ati-vidades do campo a participa-rem nas vindimas. A proposta abrange outras atividades, en-tre os dias 12 e 14 de outubro, pelo preço de 135 euros.

Ser parte ativa na “cons-trução” no néctar produ-zido na Casa da Ínsua, é o repto lançado pelo hotel de charme de Penalva do Cas-telo. No dia 12, será oferecido uma t-shirt e um boné aos participantes para, no dia seguinte, iniciarem a vindi-ma vestidos a rigor. No dia 13, após uma breve forma-ção sobre o processo, será distribuído um kit comple-to para dar início à apanha da uva e respetivo transpor-te para a adega. No mesmo dia, será servido um almoço ao ar livre recheado de pro-dutos típicos cultivados e fa-bricados naquela unidade da Visabeira Turismo, que an-tecede o processo de pisa e vinificação da uva, uma das etapas mais apreciadas pe-los turistas estrangeiros, que anualmente se deslocam a Penalva do Castelo para par-ticipar nas vindimas da Casa da Ínsua. O programa inclui

ainda uma deslocação às di-ferentes vinhas da Quinta, para proporcionar uma ex-periência de degustação dos mais diferentes bagos ali cultivados, uma prova de vinhos da Casa da Ínsua, acompanhada de queijos elaborados na queijaria da unidade, e visitas comenta-das aos espaços históricos e aos exuberantes jardins do hotel. Todo o processo será acompanhado por José Ma-tias, responsável pela explo-ração agrícola da Casa da Ínsua, o programa termina com um pequeno-almoço buffet no restaurante, no dia 14. O fim-de-semana no campo tem um preço de 135 euros por pessoa em quarto duplo. Pelo mesmo preço, o programa de vindimas está também disponível no Ho-tel Montebelo Viseu & Spa ou no apartamento T1, do Montebelo Aguieira Lake Resorts & Spa. Por 115 euros, os clientes podem ficar alo-jados no Palácio dos Melos e por 108, no Hotel Prínci-pe Perfeito em quarto duplo standard. O alojamento nes-tas unidades inclui transfer gratuito para a Casa da Ín-sua. TVP

Casa da Ínsua desafia clientes a participar nas vindimas

GLACIAR FROZEN & GOURMET ABRE NOVO CONCEITOEM VISEU

A Glaciar iniciou a sua atividade, em 1997, como distribuidora de produtos alimentares, representando em ex-clusivo algumas mar-cas líderes de mercado. Está sedeada em Viseu e tem uma unidade de apoio no Fundão. Se-manalmente abastece cerca de 4.000clientes retalhistas nos distri-tos de Viseu, Guarda e Castelo Branco, co-brindo uma área su-perior a 20.000 Km2, através de circuitos de visitas predetermina-dos.

O espaço, Frozen &Gourmet surge da necessidade de res-ponder à procura do consumidor final que até à data, tinha que se deslocar à sede da Glaciar, estruturada apenas para os clien-tes retalhistas. Com uma loja totalmente moderna e confortá-vel, dividida em duas áreas, a de compras e a de lazer, num pon-to central da cidade, a Praça de Goa. A área de compras encontra-se dividida por várias secções: Marisco, Pei-xe, Carnes, Horta, Co-zinha Fácil, Sobreme-sas e Gelados. Poste-riormente irá ter mais duas secções, a de Vi-nhos e de Produtos Re-gionais, devido ao in-teresse já demonstrado por várias entidades. O atendimento será personalizado, o horá-rio de funcionamento alargado e os preços praticados acessíveis.

Por sua vez, a área de lazer pretende estabe-lecer um momento de convívio e de sereni-dade, desmitificando a ideia que uma ida às compras tem que ser apressada e em con-dições menos acolhe-doras. Esta área para além de estar prepara-da para todos as faixas etárias, das crianças aos mais idosos, pro-porcionará a degus-tação de produtos em promoção, entre ou-tras ações.

O ginásio FFitness He-alth Club, de Viseu, vai comemorar o quinto ani-versário, dia 29 com um dia aberto.

O “Open Day” com início marcado para a s 9 h 0 0 s e r á c o m -postos por sessões de hidroginástica,natação para crianças, natação para nebés, yoga, body pump, hidroginástica, zumba/jiu-jitsu e body combat.

A direção do comple-xo de bem-estar conside-ra que a dinâmica criada em Viseu ao longo des-tes anos justifica a reali-zação de uma iniciativa desta natura.

“Têm sido anos fan-tásticos, com muitas boas recordações. Aju-dámos milhares de vise-enses a atingir a sua for-

ma física e o seu bem-estar. Estamos muito felizes por ao fim des-tes anos, ainda sermos uma referência e a pre-

ferência de muitos dos nossos cidadãos”, afir-ma em comunicado.

Pa ra a lém das au-las marcadas para o dia

aberto, a sala de cardio-fitness e musculação vai estar aberta das 9h00 às 19h00, bem como os ser-viços de piscina, banho turco e jacuzzi.

Os interessados devem enviar um e-mail para [email protected], ou dirigirem-se à re-ceção do FFitness para se poderem inscrever nas aulas.

A noite também reser-va surpresas, com algu-mas atuações, contan-do com a presença dos mais pequeninos, numa apresentação do zumba-tomic® (programa total-mente direcionado para as crianças).

FFitness comemora 5º aniversário com dia aberto à populaçãoGinásio∑ Projeto de saúde e bem-estar assume-se como referência em Viseu passados cinco anos

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20 Jornal do Centro20 | setembro | 2012

Page 21: Jornal do Centro - Ed549

www.ipiaget.org

Campus Universitário de Viseu T. 232 910 100 [email protected]

Instituto Piaget és tu!

Escola Superior de Educação Jean Piaget

Mestrados (2.º Ciclo) Educação Especial

Educação pela Arte (em associação com a ESE Jean Piaget/Almada)

Ensino de Educação Musical no Ensino Básico

Pós-graduações Educação Especial:

Domínio da Intervenção Precoce na Infância

Domínio da Visão

Domínio Cognitivo e Motor

Educação Sexual – Perspetivas

e Abordagens Didáticas

Gerontologia Social

Gestão das Organizações Educativas

Gestão, Organização e Dinamização

de Bibliotecas Escolares

Supervisão Pedagógica e Avaliação

Tecnologias da Informação e da Comunicação - online

ISEIT — Ensino Universitário

Mestrados (2.º Ciclo) Ensino de Educação Física nos Ensinos

Básico e Secundário (em associação com o ISEIT/Almada)

Ensino de Música

Música – Direção

Pós-graduações Cultura, Política, Património

Exercício Físico e Saúde

Gestão dos Serviços de Saúde

Museologia

Psicogerontologia

Psicologia Clínica e da Saúde

Psicologia Social e das Organizações

Psicologia do Trabalho

Reabilitação Psicomotora

Treino de Alto Rendimento Desportivo

Turismo Cultural

Escola Superior de Saúde Jean Piaget

Pós-Graduações Enfermagem de Urgência e Emergência

Fisioterapia em Geriatria

Geronto-Geriatria

Supervisão Clínica em Enfermagem

Page 22: Jornal do Centro - Ed549

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Garantiu num playoff

frente ao Farminhão, a pre-sença na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu. Este apuramento acaba por ser um prémio, não só para as gentes das Terras do Demo, como para as restantes equipas do campeonato, que vão poder jogar num dos mais moder-nos e recentes complexos desportivos em Viseu.

Cartão FairPlay No passado fim-de-se-

mana, ficou demonstrado em Viseu que a modalidade está viva na região. Podem ser poucos os clubes, mas o trabalho que fazem é meri-tório e frutífero. A Associa-ção tem procurado apostar na formação e os resulta-dos são visíveis. Pode fazer-se melhor, mas o caminho que seguem é o correto.

Cartão Amarelo Em vésperas do arran-

que dos campeonatos distritais de futebol, a de-sistência de algumas colec-tividades acaba por ensom-brar a temporada. Como em tudo nestes tempos de aperto, só vai sobreviver quem não gastar mais do que aquilo que ganha.

Visto

FUTEBOLMoimenta da Beira

Associação de Basquetebol de Viseu

Futebol Distrital

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A Bruno Loureiro disputa a bola com Fábio Felício, um jogador do Portimonese com experiência de I Liga

Taça de Portugal - II Eliminatória

Tondela e Penalva “sobrevivem”Eliminados∑ Académico, Cinfães e Sampedrense

Tondela e Penalva do Castelo são as duas equi-pas de Viseu que con-seguiram apuramento para a III Eliminatória da Taça de Portugal. Académico de Viseu, Sampedrense e Cinfães ficaram pelo caminho.

O Tondela, a jogar no Algarve frente ao Lagoa, não deu hipóteses à frá-gil formação da III divi-são, e goleou por 5 a 0. Fonseca foi jogador em destaque nos tondelen-ses ao apontar três dos cinco golos da sua equi-pa.

Já o Penalva do Caste-lo venceu em casa. Um triunfo por 1 a 0 frente

ao Peniche.As duas equipas se-

guem para a próxima ronda, e na perspectiva de terem pela frente um dos “grandes” do futebol português, já que é nesta fase da Taça de Portugal que entram em competi-ção as 16 formações da I Liga Profissional.

Pelo caminho ficaram Académico de Viseu, que perdeu no Fonte-lo com o Portimonense por 2 a 0, o Cinfães que foi goleado por 4 a 0 no Sporting da Covilhã, e também a Sampedrense que perdeu em casa com o Sacavenense por 1 a 0.

Regressam os cam-peonatos

Cumprida a ronda da Taça, e que pra algumas equipas de Viseu foi ne-gativa, atenções agora totalmente focadas nos respetivos campeonatos nacionais.

Estão de regresso este fim-de-semana as II e III Divisões, e há muita cosi a melhorar em rela-ção à ronda inaugural, que foi tudo menos po-sitiva para as equipas de Viseu.

Esta segunda jornada, seguramente, já poderá dar uma ideia mais apro-ximada do potencial das equipas da região.

FUTEBOL DERBI NO NACIONAL DE INICIADOS TERMINOU EMPATADOTerminou empatado, sem golos, o dérbi vi-seense no nacional de Iniciados, entre “Os Repesenses” e o Lu-sitano de Vildemoi-nhos. As duas equipas chegavam a este dérbi depois de duas vitórias moralizadoras, com a formação de Repeses com um triunfo no reduto da Oliveirense, uma das mais fortes equipas da série C, enquanto os trabelos golearam em casa o Mêda por 5 a 1. No sintético de Repeses a partida da 5ª jorna-da terminaria como começou. Empate sem golos e o Repesenses a manter o segundo lugar com 8 pontos, menos um que o Fei-rense, mas com mais um jogo que a equipa da Feira. Já o Lusitano ocupa agora a terceira posição com 7 pontos, mas com cinco parti-das já jogadas, mais uma que o Repesenses e mais duas que o Fei-rense. Vida mais difí-cil tem a formação do Académico de Viseu que neste nacional de Iniciados ainda não conseguiu somar qual-quer ponto. Na última jornada nova derrota, desta vez frente ao Gondomar, em pleno Fontelo. Um desaire por 4 a 2 que deixa o Académico de Viseu de posse da “lanterna vermelha” nesta série C do Campeonato Na-cional de Iniciados.

7ª Jornada - 23 set - 17h00

Tondela - Naval 1º Maio

II LIGA PROFISSIONAL

2ª Jornada - 23 set - 15h00

Pampilhosa - CinfãesOperário (22 set) Ac. Viseu

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

série C2ª Jornada - 23 set - 15h00

Aguiar Beira - P. CasteloParada - União LamasEstarreja - SampedrenseOliv. Frades - Avanca

série D2ª Jornada - 23 set - 15h00

Mortágua - Beneditense

III DIVISÃO NACIONAL

Gil

Pere

s

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MODALIDADES | DESPORTO

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Tudo a postos para o ar-ranque das competições distritais de futebol.

Depois da disputa da Supertaça, que serviu de aperitivo, aí está o cam-peonato.

Muitas dúvidas nas últi-mas semanas, sobre quais as equipas que iriam jogar a Divisão de Honra, prin-cipal competição de fute-bol em Viseu.

Várias desistências, al-gumas inesperadas, leva-ram a que a Associação de Futebol de Viseu “es-gotasse” os regulamen-tos para “repescar” equi-pas da I Divisão Distrital, e assim preencher as la-cunas.

Foi necessário reali-zar um playoff, em cam-po neutro - Castro Daire - para que Farminhão e

Moimenta da Beira deci-dissem que ficaria com a última vaga na competi-ção.

F o i m a i s f e l i z o Moimenta da Beira que venceu por 1 a 0, já no pro-longamento, e assim ca-rimbou o passaporte para a Divisão de Honra.

O campeonato começa este domingo, dia 23 de setembro. GP

Associação de Futebol de Viseu

Moimenta venceu playoff e vai jogar na Honra

Unidos da Estação, de São Pedro do Sul, ou Car-belrio, de Sátão, uma des-tas equipas vai conquistar o primeiro troféu oficial da época no futsal femi-nino em Viseu.

Este sábado, 22 de se-tembro, as duas forma-ções vão defrontar-se no Pavilhão Municpal de Tondela, para discutir quem vence a Supertaça feminina de Viseu.

É a segunda edição des-te troféu, e está marcada para as 16h00, com entra-da gratuita.

Quanto ao jogo, algum favoritismo para a forma-ção do Unidos, hexacam-peã distrital, e verdadeira dominadora da modalida-de em Viseu nas últimas temporadas.

A equipa de São Pedro do Sul procura o hepta-campeonato este ano, ten-

do para isso reforçado o seu plantel com algumas jogadores de qualidade, ao mesmo tempo que se apre-senta em Tondela para de-fender o troféu conquista-do na época passada, em Moimenta da Beira, fren-te ao Penedono. Também nessa partida era favorita, e só conquistou o troféu no desempate por pena-lidades.

Pela frente o Carbelrio, equipa que tem vindo a despontar na modalidade em Viseu e que, sem ter o potencial da formação do Unidos, tem apresen-tado equipas competitivas no último ano. Poderá não ter tantas opções de “ban-co” como as campeãs, mas tem apresentado um cinco inicial formado por joga-doras de qualidade.

Em apenas um jogo, tudo pode acontecer. GP

Supertaça Futsal Feminino

Unidos ou Carbelrio?

Futebol

Lusitano vence Torneio de Nelas

O Lusitano de Vildemoi-nhos venceu o Torneio de Futebol de Nelas.

Os trambelos chegaram à final frente à formação da casa e ganharam por 2 a 0.

Madeira e o nigeriano Friday apontaram os go-los da equipa orientada por Rui Cordeiro e deram o troféu ao Lusitano nes-te quadrangular que con-tou ainda com as equipas

do Gouveia e do Paços da Serra.

Este Domingo, começa o campeonato da Divisão de Honra de Viseu, com o Lusitano a receber no Está-dio dos Trambelos a equipa do Mangualde, no que será umas das partidas mais aguardadas da ronda inau-gural da principal divisão do futebol distrital para a nova época. GP

1ª Jornada - 23 Set - 15h00

Resende - PaivenseSátão - Castro DaireC. Senhorim - TarouquenseVouzelenses - Viseu e BenficaMolelos - FornelosSernancelhe - Sp. LamegoCampia - Moimenta BeiraLusitano - Mangualde

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL VISEUDIVISÃO HONRA

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DESPORTO | MODALIDADES

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BASQUETEBOL QUATRO EQUIPAS DE TOPO NO II TORNEIO CIDADE TERMAL EM SÃO PEDRO DO SUL-São Pedro do Sul vai receber no último fim-de-semana de Setembro mais uma edição do Tor-neio Cidade Termal, em Basquetebol. São qua-tro as formações que vão marcar presença em Lafões nos dias 29 e 30. Quatro formações da Proliga, a principal competição de basque-tebol sénior em Portu-gal. A organização do torneio, a cargo do Bola Basket, em colaboração com a federação da mo-dalidade e também da Associação de Basque-tebol de Viseu, garantiu a presença das equipas do Vitória de Guima-rães, Algés e Dafundo, Ovarense e Sampaense. No sábado jogar-se-ão as meias-finais, entre Guimarães e Algés e Dafundo, pelas 15h00, seguido do Ovarense – Sampaense. Os derro-tados jogam no domingo para o 3º e 4º lugar, e pelas 17h00 o jogo da Final, entre as equipas que vençam na véspera. Este II Torneio Cidade Termal em São Pedro do Sul, além da presença destas quatro equipas de topo da modalidade em Portugal, será também uma oportunidade dos mis novos mostrarem aquilo que sabem. Estão previstos alguns jogos entre equipas jovens, além de um convívio de minibasquete.

FUTSAL VISEU 2001 APRESENTA EQUIPA PARA A NOVA ÉPOCAA formação do Viseu 2001 joga este sábado, dia 22, frente ao São martinho de Mouros, no que será a apre-sentação aos sócios e simpatizantes do clube da equipa para a nova época na II Divisão Nacional de Futsal. O jogo está marcado para as 18h00 no Pavilhão da Via Sacra, em Viseu, que esta temporada vai ser a “casa” para os jo-gos do clube viseense.

Falta cerca de um mês - 19 e 20 de outubro - para mais uma edição do Rali de Mortágua, mas já se co-nhecem alguns pormenores para a edição deste ano.

Mais uma vez pontuável para o Campeonato de Por-tugal de Ralis, a prova orga-nizada pelo Clube Automó-

vel do Centro vai ter novos troços e uma Super Espe-cial.

A Super Especial recupera o que já aconteceu há alguns anos, sendo realizada no pri-meiro dia, e à noite. Assim, os concorrentes vão percor-rer esta especial de classifi-cação na noite do dia 29, com

o primeiro carro a sair para a estrada pelas 20h15.

No domingo, será dispu-tada toda a segunda secção. São três especiais de clas-sificação, a percorrer por duas vezes, de forma alter-nada. As novidades são os troços de Sobrosa e Vila Pouca. GP

Campeonato de Portugal de Ralis

Novidades em Mortágua

A Mortágua volta a pontuar para o Nacional de Ralis

Gil

Pere

s

Luís Pais, do Conselho de arbitragem da Associa-ção de Futebol de Viseu, vai integrar nesta nova época os quadros de Ob-servadores C1, antiga 1ª categoria, para o futebol profissional. Luís Pais vai assim ser observador em jogos das competições or-ganizadas pela Liga Portu-guesa de Futebol.

António Augusto Car-doso vai também integrar esta categoria de Observa-dores, mas apenas para jo-gos do futebol não profis-sional, ao nível das com-petições organizadas pela Federação Portuguesa de

Futebol.Segundo comunicado

do Conselho de Arbitra-gem da Associação de Fu-tebol de Viseu, o árbitro Nuno Filipe Silva é o úni-co viseense que vai inte-grar os quadros nacionais, neste caso como árbitro da 3ª categoria.

Ainda na arbitragem vi-seense, Olga Almeida e Ana Catarina Araújo vão estar no próximo dia 25 de setembro como assisten-tes na partida da Liga dos Campeões Feminina entre as suíças do FC Zurich e as francesas do Juvisy Es-sonne. GP

Futebol

Árbitras de Viseu apitam na Champions

O Mortágua conquistou a Supertaça da Associação de Futebol de Viseu.

Na final, realizada no Es-tádio Municipal de Nelas, o Mortágua, campeão distri-tal na época passada, ven-ceu o Mangualde por 1 a 0.

O Mortágua, esta época a competir na série D da III Divisão Nacional, fez preva-lecer o seu teórico favoritis-mo frente a um Mangualde

que conquistou a Taça Só-cios de Mérito de Viseu da época passada, e que garan-tiu também a subida à Divi-são de Honra.

O Mortágua inscreve o seu nome na lista dos ven-cedores da Supertaça de Viseu onde sucede à Des-portiva de Sátão que na úl-tima edição havia der-rotado o Sporting de Lamego. GP

Futebol

Mortágua conquistou Supertaça de Viseu

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especial Feira de S. Mateus 2012textos ∑ Micaela Costa

Chega ao fim, domingo, uma das maio-res e mais antigas feiras do país, a Feira de São Mateus, em Viseu. Ao longo de mais de um mês de certame os visitantes tiveram a possibilidade de visitar a feira de artesanato,

tasquinhas com petiscos e iguarias e assistir a vários concertos.

Viseu, tradição, festa e diversão continuam a ser as palavras de ordem num evento que é uma marca de potencial económico, turístico

e cultural da região centro. Na reta f inal , da 619ª edição, pode-se ain-

da passear pelo recinto que continua a fazer a delícia dos visienses e dos milhares de vi-sitantes.

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Esta noite, no Palco 1, pelas 22h, o espetáculo Cantorias e às 23, no Palco 2, Quintas do Rock: “Two Wave Music Project”.

Sexta-feira, Dia do Mu-nicípio de Viseu, o certa-me tem início mais cedo, na Igreja de Nossa Senho-ra da Conceição com a Missa Solene em honra de S. Mateus, que se seguirá de uma procissão. Pelas 11h30, no Salão Nobre dos Paços do Município de-corre a Sessão Solene Dia

do Município. No recinto da feira, pelas 21h, no Pal-co 2, realiza-se o Concur-so Mini Miss São Mateus 2012. Às 22h30, no Palco 1 a Banda Soma e Segue e a encerrar a noite, às 24h no Palco 2, Karaoke.

Sábado há cinema na Tenda Multiusos, “O Ga-roto de Charlot”, pelas 18h. No recinto da fei-ra, às 20h30 o Espetácu-lo Itinerante “Visitas bem Passadas”. No Palco 1, às 22h, a banda portuguesa

Fingertips e às 24h, no pal-co 2, Dj Kelita.

Domingo. O último dia da Feira de São Mateus tem início às 14h na tenda Multiusos, dedicado aos mais novos com o Espaço Criança e às 16h, no palco 2, o Festival de Folclore.

A noite fica entregue aos míticos The Lucky Duckies, que atuam no palco 1 às 22h e o ultimo espetáculo a cargo do Dj Peter Sky, no palco 2, pe-las 24h.

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culturasD “Eira” em Mangualde

O auditório da Biblioteca de Mangualde recebe no sábado, dia 22, a peça de teatro “Eira”, um monólogo inspirado na literatura e tradi-ções beirãs. O texto é da autoria de Ana de Castro Osório, escritora e feminista mangualdense. A entrada é livre.

expos Arcas da memóriaOlaria de Molelos. A

reinvenção da memória

Antiga, como a gente pri-meira que habitou a edénica Terra de Besteiros, vão mi-lhares de anos, é a cerâmica que nós chamamos de Mo-lelos e esta lição nos veio da arqueologia de duas púcaras de barro tornadas “urnas fu-nerárias” que recolheram as piedosas cinzas de ignoradas personagens e se guardaram em sepulturas de terra e hoje se reservam, documento, em museu. Que da argila, talvez as mulheres, no seu começo, fizeram recipientes de reco-lha de água, da chuva ou das fontes, vasos de beber, de ir ao fogo, de servir na mesa, mesmo quando esta não passava das mãos de cada um, da escolha de grãos, do acender, talvez, de ervas de cheiro, para desviar as tro-voadas, do cozimento de po-ções que curavam as feridas dos guerreiros ou resgata-vam um perdido amor, “pú-caras de feitiços” que nossa cultura herdou. Gerações de oleiros se armaram depois em cadeia, longa cadeia que se fechou agora, agora que os velhos morreram, que as rodas adormeceram nos cantos, que o fogo das “so-engas” se extinguiu, que os sofridos caminhos da feira se riscaram dos mapas, que o pão chegou, sempre lavra-do com suor, de outras “in-dústrias”. Quando só a me-mória ficou.

Mas ei-la, a memória res-gatada, uma roda de novo ar-vorada que já não fatiga os pés do oleiro, argilas bran-das que animam nas mãos demiúrgicas dos criadores que reinventam mil anos de

história, que modelam fi-guras novas com gestos an-tigos como se guardassem em moldura retratos de avós. E eis que uma alma antiga se pressente no espelho da argi-la negra como noite sem lua, no toque de sino de nossas mãos ao bater, na grafia de rosas, no desenho de estre-las, do ondeado de mar, dos dentes de serra da serra ao redor, mãos de mulher per-passando como se estivesse a bordar, sedes de águas de beber ainda, “bilhas de se-gredos” que depois se des-cobrem a brincar, polimorfa tenda que nos faz estender a mão nesta feira da vida, que nos faz sentir o corpo de ar-gila da mesma matéria que faz nossa mão.

Olaria de Molelos, “No-vos Rumos” a levam, Xana Monteiro e Carlos Lima se-guem viagem, mística via-gem, apaixonados na vida, apaixonados na arte, amo-rosamente entregues à rein-venção desse milenar tra-jecto, não levam bússola, seguem sempre para Nor-te, seguem por um caminho que vem de trás, vem dos avós, como as heranças en-riquecidas, como os saberes acrescentados, mãos mergu-lhadas na argila, ao jeito de Javé no paraíso, mil figuras se animando para habitar com os homens a terra que partilham. Lá vão. O meu aceno de longe!

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

VISEU∑ Museu Grão Vasco/Sé CatedralAté dia 7 de outubro

Exposição “São Teotó-

nio. Patrono da diocese e

da cidade de Viseu - ref.

1162-2012”.

SÁTÃO∑ Casa da CulturaAté dia 9 de outubro

Exposição de objetos,

fotografias e amostras

de minerais das Minas

da Gralheira, “Herança

Mineral de Um Povo”.

SANTA COMBA DÃO

∑ Clube Recreativo de São Joaninho

Até dia 28 de setembro

Exposição itinerante,

“Santa Comba Dão no

Feminino”.

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 28 de setembro

Exposição de trabalhos

a carvão e acrílico “Uma

luz ao Fundo do Túnel”,

de Fábio Rodrigues.

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 28 de setembro

Exposição fotográfica

“Meia Vida a Viajar”, de

Gonçalo Cadilhe.

roteiro cinemas Estreia da semana

Para Roma, com amor – Trata-se de uma comédia caleidoscópica passada numa das cidades mais encantadoras do mundo. O filme dá-nos a conhecer um reconhecido arquiteto americano a reviver a sua juventude; um morador de Roma de classe média, que subitamen-te se torna na maior celebridade da cidade.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h00, 16h20, 18h40, 21h10, 23h30*ParaNorman(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h00, 00h00*Selvagens(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h15, 15h30, 17h45Madagáscar 3 VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h25,

16h50, 19h15, 21h40, 00h10*Os Mercenários 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 00h20*O Legado de Bourne(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h40,19h05, 21h50, 00h30*Ted(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h45, 16h10, 18h30Brave Indomável VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h45, 18h00, 21h30, 23h45*Moonrise Kingdom(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 13h40, 16h00, 18h20, 21h00, 23h50**Para Roma, com amor(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h15 (só 6ª e dom.),14h10, 16h30, 19h00, 21h10, 23h30**Morangos com açúcar - o filme

(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h25, 21h20, 00h20**Balas e Bolinhos 3 – O Último Capítulo(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h45, 19h10** Terapia a Dois(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h25** Sempre a Abrir(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h05, 19h30, 21h55, 00h30**Patrulha de Bairro(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10Resident Evil 5: retaliação(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h30, 00h00**Resident Evil 5: retaliação(M16) (Digital 3D)

Legenda: * sexta e sábado ** 5ª, 6ª e sábado

Destaque

Os melhores sons dos anos 60 estão de regresso para uma festa que para muitos é a melhor da cida-de de Viseu. “Os Melhores Anos” contam, nesta 16ª edição, com a participa-ção de Pedro Abrunhosa, uma das maiores referên-cias musicais de Portu-gal.

O evento está marcado para o dia 6 de outubro, a partir das 20h00, na Expo-Center, junto ao “The Day After”. Durante a noite, es-tão ainda previstas as atu-ações da Roda de Choro de Lisboa, a Orquestra “Os Melhores Anos”, My Jazz

Trio e os Zunzun. O formato do espetá-

culo será idêntico às edi-ções anteriores, um jantar dançante com música ao vivo. “Não vamos promo-ver nenhuma alteração de maior, as pessoas já sabem que podem contar com uma noite de requinte e glamour, pautada por boa música e muita animação”, disse ao Jornal do Centro José Arimateia, presiden-te da comissão executiva da Visabeira Turismo. A forte componente gastro-nómica é uma das apos-tas do grupo Visabeira, organizador do certame.

Assim, os sabores tipica-mente beirãos vão estar à prova, servidos pelo res-taurante Forno da Mimi. Os convidados serão brin-dados com um cocktail de boas-vindas e, para o fim da noite, será servida uma ceia, necessária para re-por energias e dançar noi-te dentro.

Personalidades do mun-do do espetáculo, televi-são e moda são esperadas numa festa onde já atua-ram nomes como GNR, Táxi, José Cid e Paulo de Carvalho.

Tiago Virgílio Pereira

Pedro Abrunhosa homenageia a música portuguesa“Os Melhores Anos”∑ Dia 6 de outubro na ExpoCenter

A Animação vai prolongar-se noite dentro, numa festa com muito glamour

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culturasO som e a fúria

Ainda há quem faça música de

teor político

Quem gosta de odes musicais aos croque-tes ou à corrupção das autarquias com base em ritmos mecânicos

– melhor, “electrónica de intervenção” –, é favor comprar “Rude Sofisticado”, o último álbum do artista por-tuguês PZ Pimenta. Se-gundo o próprio, que também faz parte de outros projectos como Zisleany Dxic Band ou Paco Hunter, neste dis-co trata-se uma viagem em descoberta de “pes-soal estranho com uma atitude fora do normal”, os quais apelida, justa-mente, de Rude Sofisti-cado. Para saber se per-tence a esta categoria basta verificar se reúne as características que PZ canta na música “O que me vale és tu!”: “a) ter sempre 20 cenas para fazer; b) só que-rer passeio”; c) pensar mais de uma vez, sobre o facto de haver putas de origem cubana no Zimbabué; d) ter ho-rários marados; e) esta cena do FMI deixa-o

em baixo; f ) sempre que faz merda, caem-te em cima; g) Na sua últi-ma ceia a ementa seria croquetes e que se foda o bacalhau”.

Munido desta espé-cie de nonsense azedo e ácido – traduzido na despreocupação de co-locar bem a voz –, de quem se preocupa “ar-tisticamente” – isto vê-se no cuidado do músi-co na hora de construir o corpo das canções –, Paulo Zé Pimenta usa como arma de protesto o humor. Neste álbum, rudes são as letras, a maneira de cantar, o tom e o minimalismo das músicas. Quanto ao sofisticado, diz PZ que é “ a ironia e a bele-za das coisas estranhas que tento por nas mi-nhas músicas e nas mi-nhas letras”.

À memória do leitor vem logo B Fachada mas, apesar de terem em comum o mesmo instrumento de traba-lho: o sintetizador, PZ é altamente inspirado pela electrónica alemã.

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

CicloRETOMA está devolta ao Cine Clube de ViseuSetembro e outubro ∑ Todas as terças-feiras, a partir das 21h45, no IPJ

D Workshop de fotografi aA Fundação Lapa do Lobo, em Nelas, vai promover um workshop básico de fotografia, no dia 6 de outubro, a partir das 9h00. O workshop destina-se a todos que pretendam adquirir os princi-pios básicos da fotografia digital. A inscrição custa 15 euros.

As sessões regulares do Cine Clube de Viseu estão de regresso. Depois de interrompidas em ju-nho, as sessões semanais - terça-feira, 21h45, no Instituto Português da Juventude (IPJ) - voltam com o cicloRETOMA. A primeira edição deste ci-clo data de 2004 e, deste então, todos os anos, em setembro, se realiza. No dia 25 de setembro, o fil-me “Inquietos”, de Gus Van Sant, é projetado no IPJ. O realizador reser-vou para “Inquietos” um tom cristalino e emocio-

nante. Os dois jovens que protagonizam o filme co-nhecem-se num funeral e tornam-se namorados, nos poucos meses de vida que restam a Poe, cance-

rosa em estado terminal. No dia 2 de outubro,

surge “O Cavalo de Tu-rim”, de Béla Tarr, é o primeiro Tarr a ter hon-ras de estreia em sala em

Portugal e será o seu últi-mo filme, segundo anun-ciou o realizador, um dos mais singulares do cine-ma europeu contempo-râneo.

“A Gruta dos Sonhos Perdidos”, de Werner Herzog, é projetado no dia 9 de outubro. As ses-sões vão continuar até ao dia 23 de outubro.

O preço do bilhete é de 4 euros para o público ge-ral e varia entre 1,50 e 2,50 para os sócios do Cine Clube de Viseu.

Tiago Virgílio Pereira

A “Inquietos” trata da morte e mais ainda da pulsão de viver

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Em ambiente familiar, o historiador, Alberto Correia reuniu os amigos num dos espaços culturais da Feira de S. Mateus para apresentar o seu mais recente livro infantil “Matilde e o Chapéu de Chuva Azul”, uma história ficcionada de uma menina de seis anos que visita a Feira de S. Mateus pela primeira vez. O livro foi apresentado por Teresa Castanheira. A Matilde esteve presente.

foto legenda Propostas FNAC∑A Galileu promove

amanhã, dia 21, pelas 18h30, um workshop que relaciona o Facebook e o Marketing. O objetivo passa por des-cobrir de que forma o Fa-cebook pode promover o negócio, através das ferra-mentas que disponibiliza especificamente para as empresas.

∑No dia em que a cidade de Viriato celebra o feriado municipal, 21 de setembro,o declamador de poesia Gui-lherme Gomes vem à FNAC apresentar “Viseu declamado”. A sessão de poesia que propõe conhe-cer Viseu por versos está marcada para as 21h00.

∑Joana e Jerónimo são um casal e banda de sonori-

dades Indie e, com o proje-to Birds are Indie, apresen-tam no sábado, dia 22, pelas 16h00, o novo álbum “How music fits our silence”.

∑A FNAC vai estar em movimento no sábado, dia 22, a partir das 18h30, com o Sh’Bam, pelo ginásio só para mulheres Vivafit. Nes-ta introdução ao desporto e vida ativa serão dados passos simples e moder-nos que não requerem ne-nhuma prática anterior na dança.

∑No domingo, dia 23, Francelina Balteiro convida miúdos e graúdos a colorir o mundo com diversos ma-teriais riscadores, usando também técnicas como o recorte e a colagem, numa oficina de artes plásticas, a partir das 11h30.

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em focoJornal do Centro

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Tondela recebeu a maior FICTON de sempre

A Ficton - Feira Industrial e Comercial de Tondela re-gistou este ano a maior edição de sempre em termos de expositores, da diversidade de atividades e de visitantes. A noite de inauguração foi exemplo disso. Milhares de pessoas visitaram o certame ao longo dos quatro dias, que associou as festas do concelho e a comemoração do feriado municipal. “Fizemos um grande esforço logístico e financeiro e desta forma queremos dar um sinal claro de que não desistimos nem baixamos os braços, apesar da crise intensa”, reforçou o presidente da Câmara, Carlos Marta, na abertura da quinta edição da FICTON..

FORUM celebra sete anos

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Emíli

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O centro comercial Forum Viseu co-memorou o sétimo aniversário, no pas-sado dia 13. O momento foi partilhado entre a administração, os clientes e os lojistas. O diretor, Pedro Ribeiro apa-gou as sete velas e saudou os lojistas pelo trabalho desenvolvido no espaço comercial.

Ao longo de sete anos de atividade o Forum recebeu cerca de 36 milhões de clientes que declararam ter visitado aquele espaço comercial para fazer com-pras, mas também para usufruir de ou-tras valências que o complexo dispõe.

Novo Classe A.A mais recenteestrela da Mercedes-Benz

Um sucesso! Só em Viseu, a Finiclasse re-alizou mais de 100 tes-tes drives recebendo 300 pessoas no fim-de-semana portas abertas nos dias 14, 15 e 16 de se-tembro. Apresentado no Factor C, é…

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saúdesaúde e bem-estar

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) está a reunir dados para contestar a proposta da En-tidade Reguladora de Saú-de de mudar para Tondela e Viseu dois aparelhos de radioterapia previstos há dez anos para o CHCB.

Os dados do estudo da ERS “precisam de ser me-lhorados”, disse hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administra-ção do CHCB, Miguel Cas-telo Branco.

Segundo o estudo, mudar os dois aparelhos (previs-tos) da Cova da Beira para o Centro Hospitalar Tonde-la-Viseu aumentaria de 86 para 87 por cento a fatia da população nacional que fi-caria a menos de uma hora

de viagem de uma unidade de radioterapia para trata-mento de cancro.

No entanto, Miguel Cas-telo Branco acredita que “o número atualizado de pessoas que precisam des-te tipo de cuidados” vai de-monstrar que “as propostas de 2002 e 2008”, de instala-ção do serviço no CHCB, “ainda hoje fazem sentido”.

Segundo dados recolhi-dos pelo CHCB, o núme-ro de novos casos de can-cro registados e validados nos cinco hospitais dos dis-tritos da Guarda e Castelo Branco (unidades de Caste-lo Branco, Covilhã, Fundão, Guarda e Seia) subiu de 597 em 2002 para 1.030 já conta-bilizados em 2012.

Miguel Castelo Branco

destacou ser necessário ter em conta “a orografia da região, muito acidentada e em que as acessibilidades são condicionadas pelas es-tradas”. A existência de vias em que é difícil viajar deve merecer atenção redobra-da pelo estudo, refere, dado que os tratamentos de do-entes com cancro podem obrigar a várias viagens regulares em poucos dias. Aquele responsável desta-ca ainda a importância de instalar o serviço oncoló-gico tendo em conta “o de-senvolvimento do pólo de Saúde da região e a ligação à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior”. Para o responsável pelo CHCB, é importante “juntar dados

para que, na altura de de-cidir, possa haver informa-ção necessária e suficiente para se fazer uma escolha adequada às necessidades”. A instalação de dois acele-radores lineares (nome téc-nico dos aparelhos de ra-dioterapia) no CHCB está prevista na Rede de Refe-renciação Hospitalar elabo-rada em 2002 pelo Ministé-rio da Saúde.

A medida consta ain-da do relatório de Desen-volvimento Estratégico da Radioterapia em Portugal para a Próxima Década, elaborado em 2008 pelo Alto Comissariado da Saú-de e pela Coordenação Na-cional para as Doenças On-cológicas.

LUSA

Cova da Beira contra ideia de mudar radioterapia para Tondela e Viseu

A primeira consultano Médico Dentista

Opinião

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

CMDV Kids - [email protected]

A cárie caracteriza-se primeiro pela forma-ção de um pequeno ponto preto na superfi-cie do dente que depois evolui para um gran-de buraco, provocando muitas dores. Ela é provocada pelas bactérias (que não se veêm a olho nu) que estão bem aderiadas aos dentes. Ao lavar os dentes estão-se a remover as bac-térias e os alimentos que ficaram nestes.

A primeira consulta ao médico dentista deve ser efectuada antes que a criança tenha algum problema dentário. Assim aconselha-se a que os pais marquem uma consulta para que lhes sejam transmitidos os cuidados de higiene oral e alimentação que devem ter com o seu filho, evitando assim possíveis cáries. Assim, se os pais tiverem seguido os conselhos dados pelo médico dentista, a criança muito provavelmen-te não terá cáries e as consultas de controlo/revisão servirão não só para fazer uma avalia-ção do estado dos dentes, da sua cronologia de erupção e detectar precocemente algum pro-blema oral como também para a criança se ha-bituar ao ambiente de um consultório dentário e recordar a sua ida ao dentista como uma boa experiência.

Mais ainda, se possível deve recorrer a um médico dentista especializado em crianças, ou seja, a um odontopediatra, uma vez que este está sem dúvida mais habilitado a trans-mitir-lhe os cuidados necessários e a a fazer tratamentos dentários em crianças. Além dis-so, o ambiente do consultório/clínica deste está mais orienatdo para as crianças e estas sentem-se logo mais integradas e à vonatde, diferentemente do consultório de um médico dentista generalista que é já por si assustador para elas!

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IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

INSTITUCIONAIS

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Serralheiro civil. Penedono - Ref. 587809454

Motorista de veículos pesados – mercadorias. Lamego - Ref. 587816313

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Técnico de controlo de quali-dade. Moimenta da Beira - Ref. 587823999

Técnico de vendas. Tarouca - Ref. 587824106

Mecânico de AutomóveisRef. 587793826 – tempo completo – São Pedro do Sul

Padeiro em GeralRef. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul

Ajudante de CozinheiroRef. 587816315 – tempo completo – Vouzela

Trabalhador Avicola Ref. 587825328 – tempo completo

– Vouzela

Moto-serristaRef. 587813331 – tempo completo – Oliveira de Frades

Trabalhador IndiferenciadoRef. 587819331 – tempo completo – Oliveira de Frades

CozinheiroRef. 587815186 – tempo completo – Castro Daire

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do SalA tempo completoCandidato com boa experiência na área.

Técnico de vendasRef. 587821867 – TondelaA tempo completoCom ou sem experiência na área

de vendas.Requisito obrigatório: bons conhe-cimentos de informática.

Bate-chapas de veículos auto-móveisRef. 587822404 – TondelaA tempo completoPretende-se candidato c/experiên-cia na área.

Cortador Carnes VerdesRef. 587845746 Tempo Completo - Viseu

Serralheiro CivilRef. 587852364 – Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro Ref. 587858541 - Tempo Completo - Viseu

Empregado MesaRef. 587858599 - Tempo Completo - Viseu

GUIA DE RESTAURANTES Veja online em www.jornaldocentro.pt

NECROLOGIALucinda Duarte, 96 anos, viúva. Na-tural e residente em Codeçais, Ermi-da, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Codeçais.

José Augusto Lourenço, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Ca-sal, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemité-rio de Reriz.

Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Abel João Rodrigues Rebelo dos San-tos, 51 anos, casado. Natural e resi-dente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de setembro, pelas 16.30 ho-ras, para o cemitério de Moimenta de Maceira Dão.

José Fonseca, 74 anos, casado. Natural e residente em Pedreles, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão.

Maria José Azevedo de Andrade, 80 anos, solteira. Natural e residente em Póvoa de Cervães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 15 de se-tembro, pelas 15.00 horas, para o ce-mitério de Póvoa de Cervães.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria Sofia Fernandes da Costa, 69 anos, casada. Natural de Silgueiros e residente em Bela Vista, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 8 de se-tembro, pelas 17.00 horas, para o ce-mitério de Silgueiros.

Irene Pereira, 95 anos, viúva. Natu-ral e residente em Aguieira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 11 de se-tembro, pelas 17.00 horas, para o ce-mitério de Aguieira. Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Manuel Jorge Dias, 83 anos, casado. Natural e residente em Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 17 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Arcozelo das Maias.

Ag. Fun. Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maria de Almeida, 90 anos, viúva. Natural de Lusinde, Penalva do Cas-telo e residente em Apiães, Vila Verde, Braga. O funeral realizou-se no dia 17 de setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Lusinde.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Maria dos Prazeres Matos dos San-tos, 84 anos, viúva. Natural e resi-dente Lageosa, Lordosa, Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 8 de setem-bro para o cemitério de Lordosa. Maria Delvina de Jesus, 89 anos, viúva. Natural e residente em Tra-vassos, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de setembro para o cemitério de São Pedro de France.

Ag. Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Brígida de Jesus Barata, 79 anos, viúva. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Maria de Fátima Gomes da Costa Silva, 52 anos, casada. Natural de São Pedro de France e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 19 de setembro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério de Figueiredo, São Pedro de France.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

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Agora por apenas 35€

(Jornal do Centro - N.º 549 de 20.09.2012)

2ª Publicação

José Luís Abrantes Mendes, 80 anos, viúvo. Natural e residente em Repe-ses. O funeral realizou-se no dia 17 de setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.

Maria Eugénia Ferreira, 82 anos, vi-úva. Natural de Castro Daire e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Ribolhos, Castro Daire.

José Esteves Pereira dos Santos, 74 anos, casado. Natural e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 18 de setembro, pelas 17.30 ho-ras, para o cemitério local.

Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

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clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 497 | 23 DE SETEMBRO DE 2011

∑ “A Maçonaria pode contribuir para uma democracia

mais saudável”. (António Reis)

∑ Protestos contra portagens nas A23, A24 e A25 vão

intensificar-se.

∑ PSA retoma laboração em pleno, após cinco dias de

paragem.

∑ Homenagem a Jaime Gralheiro.

∑ Relatos das memórias de Alberto Correia.

∑ FICTON mostrou a realidade de Tondela.

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 18pág. 19centraispág. 22pág. 25pág. 29pág. 30pág. 32pág. 33pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> 100 MAIORES> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> EMPREGO> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

23 a 29 de Setembrode 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 497

1,00 Euro

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

VIRIATO

Primeira loja - Extinta

Maçonaria em Viseu

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| páginas 6 a 9

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ALBERTO SAMPAIO

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Rua Dr. Ricardo Mota, s/n3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt

(6) ��out�ubro : teatro

Na última edição do Jornal do Centro, o Dr. Carlos Vaz produziu um conjunto de afirmações que uma análise rigorosa junto dos serviços do Hospital de Lamego não confirma. Em nome da ver-dade e respeito pelos utentes de Lamego e do Douro Sul, importa saber se o Dr. Carlos Vaz desmente estes dados:

Sendo verdade que as ca-mas não tratam doentes e que quem os trata são os profissio-nais, também é verdade que quando se está doente se quer ter direito a uma cama, a ser tratado por um profissional de saúde e não ter que ficar deitado numa maca nos cor-redores de serviços hospitala-res - como é, infelizmente, fre-quente acontecer no Centro Hospitalar de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro.

Se é verdade que o novo Hospital de Proximidade de Lamego vai ter 3 vezes mais especialidades médicas na consulta externa que as que tem presentemente, que são apenas 12 especialida-des, como desde sempre teve (mesmo antes da integração do Hospital de Lamego no Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro: em 28-02-2007 já funcionavam na consulta externa 13 especiali-dades médicas), então como se explica a previsão de 14 es-pecialidades?

Porque não estão já a fun-cionar hoje na Unidade de Lamego, como previsto no programa funcional, as con-sultas de Cardiologia, Neuro-logia, Nefrologia, Pneumolo-gia, Estomatologia e Urologia? Não deveria estar já a funcio-nar em pleno a Consulta Ex-terna, com toda a organiza-ção que irá ter dentro de pou-cos meses no Novo Hospital? Como se pretende que daqui por 3 meses estejam a funcio-nar as 14 especialidades na Consulta Externa? Qual é a preparação para o efeito ao nível de equipamentos e re-

cursos humanos?Como se explica que o con-

ceito para o Novo Hospital de Proximidade de Lamego seja o de consulta agilizada, se o procedimento até agora tem sido o de esvaziar o atual Hos-pital de profissionais que se-rão imprescindíveis para o seu funcionamento? Não será uma contradição, no mínimo um contrassenso, ou uma má opção técnica?

Como se explica, por exem-plo, que havendo necessida-de em Vila Real de mais um técnico de Cardiologia, se te-nha vindo buscar ao Hospital de Lamego a única técnica de cardiologia para prestar servi-ço 3 dias por semana no Hos-pital de Vila Real? Estando a referida técnica apenas duas vezes por semana disponível no Hospital de Lamego, quem fará os eletrocardiogramas necessários aos doentes que vão ser operados e quem dará apoio ao serviço de urgência e internamento? Atualmente esta técnica profissional de saúde passou a estar no Hos-pital de Lamego apenas 2 dias por semana para fazer todos os exames necessários, no-meadamente aos doentes que vão ser operados em cirurgia ambulatória.

C o m o s e s a b e , a consequência desta atitude recente, ou de outras anterio-res, nomeadamente com pro-fissionais de anestesia (quan-do uma das atuais duas faltas por doença nunca é substi-tuída, sendo a produtividade reduzida a metade durante o seu período de falta), não é a de agilizar as consultas, como o Dr. Carlos Vaz afir-ma, pois os doentes que vão às consultas nos dias em que estes técnicos estão ausentes terão de voltar para realizar os exames ou consultas que necessitam, situação que não acontecia antes e que, como se compreende, implica cus-tos acrescidos para uma po-pulação já muito fragilizada socialmente. Agilizar as con-sultas no Hospital de Lamego é retirar-lhe recursos? É as-sim que se preparam os ser-viços para serem transferidos para o Novo Hospital de Pro-ximidade?

As características socioeco-

nómicas da região, as distân-cias entre os diferentes conce-lhos e núcleos populacionais, e a ausência de transportes públicos fazem desta região uma zona muito diferente dos locais mencionados pelo Dr. Carlos Vaz onde se apli-cou já este modelo de Hospi-tal, nomeadamente Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Suécia e Espanha. O que há de comum entre a realidade de Lamego e da região do Douro Sul com as cidades dos países enuncia-dos onde está implementado este modelo? Não estaremos a falar de realidades comple-tamente diferentes e a tentar tratar por igual aquilo que é diferente?

Não é verdade, como se diz, que desde 2010 todos os do-entes agudos vão já para Vila Real. Atualmente, como sa-bemos, ainda cerca de 3000 doentes agudos por ano são tratados nos serviços de inter-namento do atual hospital de Lamego, que ali entram pela urgência, ou por transferên-cia do Hospital de Vila Real por falta de vagas nele exis-tentes. Não se percebe por-que se pretende fazer crer que a realidade é outra, ou que in-teresses estão subjacentes a essa afirmação.

Também não é verdade que as cirurgias efetuadas neste hospital de Lamego te-nham sido sempre cirurgias programadas. Sempre se fez cirurgia programada e de urgência, 24 h por dia, como revelam os registos e como toda a população da área de abrangência deste Hospital sabe. Foi pouco tempo depois da criação do Centro Hospi-talar de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde o Hospital de Lamego foi integrado, que foi decidido encerrar o servi-ço cirúrgico de urgência.

Continuam hoje a ser ain-da atendidos no serviço de urgência básica qualificada, em Lamego, cerca de 4000 doentes agudos por ano, pe-los cirurgiões que lá estão a prestar serviço, e outros 4000 doentes agudos por ano a ser também tratados pelos médi-cos de Medicina Interna que estão presentes nesta mes-ma urgência básica qualifica-

Carta aberta ao senhor Presidente do Conselho de Administração do CHTMAD (Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro)

CARTA DO LEITOR

da, tal como o Dr. Correia de Campos definiu.

Tendo havido já diver-sas reuniões públicas, para as quais o Sr. Presidente do CHTMAD foi convidado pela Assembleia Municipal de Lamego, órgão que des-respeitou com a sua ausência, nas quais teria toda a oportu-nidade de contribuir com a sua vasta experiência de Ad-ministração e de Engenha-ria Industrial, porque nunca compareceu? Não conside-rou estas reuniões suficiente-mente importantes para fazer passar a mensagem do que pretendia para o novo hospi-tal?

Respostas a estas questões são essenciais para o esclare-cimento das populações de Lamego e do Douro Sul. Con-tinuaremos a aguardar, e a re-vindicar um melhor serviço de saúde para estes utentes.

Hélder AmaralDeputado CDS-PP

Jornal do Centro20 | setembro | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed549

JORNAL DO CENTRO20 | SETEMBRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 20 de setembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 29 e mínima de 17ºC. Sexta, 21 de setembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 15ºC. Sábado, 22 de setembro, aguaceiros. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 13ºC. Domingo, 23 de setembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 12ºC.

tempo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Escrevo esta crónica na sexta-feira dia 14. Esta an-tecipação de uma semana é um “tem que ser” pessoal que pode tornar esta crónica obsoleta, já que estamos em pleno momento de acele-ração política, e, quando estas linhas chegarem às mão dos leitores, pode até não haver governo, embora isso não seja provável. Os silêncios e o suspense de Paulo Portas devem-se só à preparação do estômago do CDS para a digestão da dose nutrida de sapos incluídos no próximo orçamento de estado.

As legislativas do ano passado foram as mais menti-rosas desta terceira república. Nem José Sócrates, nem Passos Coelho, nem nenhum outro político explicou que o programa do governo que ia sair das eleições ia ser o memorando de entendimento assinado com os credores.

O país vive, desde 17 de Maio de 2011, em estado de negação: ninguém assume que somos neste momento um protectorado nas mão dos credores. É claro que os políticos — sob pena de passarem a ser vistos como meros feitores do rectângulo — não o podem reconhe-cer e, por isso, todos eles têm usado o velho truque de Jean Cocteau: “uma vez que estes mistérios nos ultra-passam, finjamos ser os seus organizadores.”

A Troika, o “organizador” dos sacrifícios que esta-mos a sofrer, funcionava como pára-raios perfeito da impopularidade. Um dos seus trabalhos é mesmo esse: servir de bode expiatório para as opiniões públicas dos países intervencionados.

Só que Passos Coelho preferiu fingir que era ele o “organizador” daquele iníquo “subtraio-aos-trabalha-dores-para-somar-aos-empresários”. O primeiro-mi-nistro não ter percebido que isso era um erro crasso é um mistério.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Quinta, 20Viseu∑ Comemoração do terceiro aniversário do núcleo museológico/oficina do vinho, 21h00.

Sexta, 21Viseu∑ Comemoração do Ano Internacional Viseense, às 17h00, nas instalações da Empório. A data é assinalada com a leitura da Lenda de Gaya e a apresentação d cromo Viseupédia e com dois concertos de música.

Sábado, 22Viseu∑ “Indo Eu BTT Viseu”, no centro histórico da cidade, durante dois dias.

Domingo, 23Santa Comba Dão∑ Primeiro encontro de artes em improviso Improvis’Arte, entre as 10h00 e as 19h00 nas principais ruas da cidade. Iniciativa apadrinhada pela atriz Carla Andrino e pelo maestro Mário Rui.

agenda∑ Organizadores

Mais de mil militares envolvidos no exercício “Dragão 12” da Brigada de Intervenção, que está a decorrer em Viseu e Mangualde, desde o dia 12, vão participar num desfile militar, esta sex-ta-feira, dia 21, às 18h00 no centro da cidade de Mangualde. No desfi-le participarão cerca de 200 viaturas do Exército Português.

O dia de hoje, quinta-

feira, fica marcado pelo “Dia Aberto” a entidades militares e civis. Durante a manhã haverá demons-trações no Regimento de Infantaria 14 (Viseu) e uma visita à área de exer-cício. Após o almoço, ser-vido nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, continu-am as visitas às várias ati-vidades.

O exercício “Dragão 12” tem como finalidade

praticar o planeamento o controlo e a conduta de operações táticas, as-sociadas ao quadro das missões e tarefas passi-veis de serem desempe-nhadas pela Brigada de Intervenção (Brigint) ten-do como referencial uma operação de imposição da paz, num ambiente ope-racional associado à con-flitualidade.

Emília Amaral

Desfile militar invade Mangualde Exercício ∑ “Dragão 12” prepara soldados para cenários de conflito

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O artista Chico Lucena, natural de Sernance-lhe, inaugura amanhã, sexta-feira, dia 21, uma ex-posição de desenhos intitulada “Sem além...nem mal!”, na Galeria Municipal de Moimenta da Bei-ra. Chico Lucena vê desta forma cumprido um “sonho antigo”. O artista utiliza uma técnica mis-ta de pintura e desenho. Os desenhos têm como base a figura humana que sobressai nos fundos negros. “A ideia é retratar a humanidade e o des-conhecido, numa combinação de formas e cores”, explicou Chico Lucena. A acompanhar e a com-plementar a dimensão das 30 obras, estão textos redigidos pelo jornalista Ricardo Bordalo. TVP

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