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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 27 - Nº 150 Mar/Abr 2018 ISSN 2176-4409 Anuidades: inadimplentes receberão novos boletos Pág. 2 CPI da fosfo termina com denúncias contra o Icesp Pág. 11 Raquel Cunha/Museu do Amanhã Pág. 10

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 27 - Nº 150Mar/Abr 2018

ISSN 2176-4409

Anuidades: inadimplentesreceberão novos boletos

Pág. 2

CPI da fosfo termina comdenúncias contra o Icesp

Pág. 11

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2 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

PRESIDENTE: HANS VIERTLER

VICE-PRESIDENTE: NELSON CÉSAR F. BONETTO

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: REYNALDO ARBUE PINI

CONSELHEIROS TITULARES: CLAUDIO DI VITTA,DAVID CARLOS MINATELLI, ERNESTO HIROMITI

OKAMURA, JOSÉ GLAUCO GRANDI, LAURO

PEREIRA DIAS, MANLIO DE AUGUSTINIS, NELSON

CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE

PINI E RUBENS BRAMBILLA.

CONSELHEIROS SUPLENTES: AELSON GUAITA,AIRTON MONTEIRO, ANA MARIA DA COSTA

ANUIDADES

EXPEDIENTE

FERREIRA, ANTONIO CARLOS MASSABNI,GEORGE CURY KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI,MASAZI MAEDA E SÉRGIO RODRIGUES.

CONSELHO EDITORIAL: HANS VIERTLER E CLAUDIO

DI VITTA

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

ASSIST. ADMINISTRATIVA: MARIELLA SERIZAWA

CONTATOS: 11 3061-6059 [email protected]

Uma publicação do Conselho Regional de Química IV RegiãoRua Oscar Freire, 2.039 – SP/SP

Tel. (11) 3061-6000 - www.crq4.org.br

Profissionais e empresas que nãoquitaram a anuidade deste ano, venci-da em 31 de março, deverão aguardar,até o final do mês de abril, o recebi-mento de um novo boleto para quita-ção da obrigação. Conforme prevê nor-mativa que definiu os valores das anui-dades, sobre o valor original será acres-cida multa de 20%. O vencimento des-te novo boleto será em 8 de maio.

Os boletos a serem enviados tambémenglobarão, quando for o caso, anuida-des vencidas entre 2012 e 2017. Sobreestes valores, além da multa de 20%,também incidirá a variação da taxa Se-lic sobre o período em aberto. Quem nãopuder fazer o pagamento a vista, deveráentrar em contato com o Conselho parasolicitar o parcelamento. Para tanto, bas-ta enviar e-mail para [email protected], informando nome comple-to e CPF; no caso de empresas, os da-dos são a razão social e o CNPJ.

Empresas que estiverem em débitonão poderão solicitar a emissão de cer-tidões e de outros documentos neces-sários, por exemplo, para participaçãoem licitações promovidas por órgãos daadministração pública.

No caso das pessoas físicas, o nãopagamento da anuidade as inabilita aoexercício da profissão, sujeitando-as,inclusive, a responderem a processoséticos, caso sejam encontradas pela Fis-calização exercendo atividade privativa.

FATO GERADOR – A obrigatoriedade dopagamento da anuidade foi confirma-da mais recentemente pela Lei nº12.514/2011. De acordo com o artigo5º dessa lei, “o fato gerador das anui-dades é a existência de inscrição noconselho, ainda que por tempo limita-do, ao longo do exercício”.

Inadimplentes receberão, até 30/04,cobrança de obrigações em atraso

Com vencimento para maio, boletos incluirão anuidades vencidas desde 2012

Planejamento é importante para evitar que dívidas alcancem valores elevados

Freepik

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Informativo CRQ-IV – 3Mar/Abr 2018

ESTUDANTES

A edição de 2018 do Prêmio CRQ-IV teve 27 trabalhos inscritos, a segun-da queda consecutiva: foram 50 em2016 e 41 no ano passado. O anúnciodos ganhadores será feito em maio e aentrega dos prêmios – no total de R$34,5 mil, além de certificados – ocorre-rá em junho, durante a cerimônia alusi-va ao Dia do Profissional da Química,oficialmente comemorada no dia 18.

Com 18 inscrições, a modalidadeQuímica de Nível Médio será a maisdisputada. Foram seis trabalhos inscri-tos na modalidade Química de NívelSuperior e três na de Engenharia daÁrea Química. Confira a tabela.

Os trabalhos passarão, agora, porum processo de análise para verificarse atendem a todos os requisitos pre-vistos no regulamento. Após esta eta-pa, as pesquisas aptas a concorrer se-rão analisadas por uma Comissão Jul-gadora, formada por conselheiros titu-lares e suplentes do CRQ-IV.

TEMAS – Desde o ano passado, o Con-selho tem especificado os temas a se-rem tratados nos trabalhos concorren-tes na modalidade Química de NívelMédio. Para o concurso de 2019, cujoregulamento será divulgado em breve,as pesquisas poderão versar sobre Po-límeros e Materiais Poliméricos, Tin-tas e Vernizes ou Metais e Ligas Metá-licas. Para as modalidades de NívelSuperior, os temas continuarão livres.

PROFISSIONAIS – O Prêmio Walter Bor-zani, que homenageia profissionais queatuam na indústria ou nas áreas de pes-quisa e magistério, recebeu apenas umainscrição. Esta também passará por umaanálise inicial, para depois ser avaliadapela Comissão Julgadora.

Disputa da edição 2018 do PrêmioCRQ-IV recebe 27 inscrições

Número é inferior aos 41 trabalhos que concorreram no ano passadoQuímica de Nível Médio

Química de Nível Superior

Engenharias da Área da Química

Candidato(s)

Maíra Corrêa Lopes

Ingrid Ueso, Núbia Pereirada Silva e Ana Carolina

Silva Guedes

Vinicius Goularte e Silva,Letycia Vitória Nogueira eJéssica Ribeiro de Souza

Laura Maria Pereira da Silva eDaniele de França Sacco

Nathally Samara Rosa Müller,Lalesca do Carmo Zanin e

Otavio Milanin Neto

João Carlos Balotari da Silva

Gabriel Adriano dosSantos Fernandes

Pedro Alexandre Tonin,Vitor Oliveira A. dos Santose Pablo Carlos R. Resende

Suzzane de Poli Souza Oliveira,Yasmin Assunção Damásio eRayane Pereira dos Santos

Kathleen Caroline Barbosa doNascimento, Julia Pereira Guima-rães e Eduarda Prado Montera

Júlio Fernandes Branco

Maria Luiza Rosa Silva

Rodrigo Caetano Reco

Isabela de Lima, NaykelliStéfani Gomes da Silva e

Túlio Batista Carón

Laura Hicaru Onuki,Cayo Douglas Silva Lira e

Maria Gabriela Silva Bueno

Fernanda Bonfieti Ribeiro,Gabriela de Lima e Ana

Carolina S. Ferreira

William Barreto de OliveiraSilva, Caio Pereira Francisco e

Juliana de Souza Martins

Alexia Lanza Nunes, LuisaCampigli Furlan e Rian Madeo

de Godoy

Candidato(s)

Suelen Selma Borges da Silva

Camila Gruber Chiaregato

Daniela Yumi Yamamoto

Ingridy Karoline NogueiraFerreira e Gabriela Fava Felette

Pâmela Cristiane da Silva,Vinicius Neto Moreira da Silva e

Fabiano Soares

Mariana Rosolen Ciol

Candidato(s)

Luiz Henrique Carolino dos Reis

Arthur da Rocha Albertini

Fernanda Marotti Casanova

Orientador(es)

André Martins Senna

Kerley CristianeVictorino Romão e

Eduardo Hideki Oshiro

Kerley CristianeVictorino Romão e

Eduardo Hideki Oshiro

Eduardo Hideki Oshiroe Kerley CristianeVictorino Romão

Denise de Fátima NogueiraPaulino e Maria Silvia

Paulino Barbosa

Marcos Roberto Ruiz ePaulo Roberto da Silva

Ribeiro

Ânderson Simaroli

Roger Antônio Mantovani

Adriana SimeoniOyamada

Elaine Oliveirada Silva

Marina GracindaModesto Campos

Antônia Patrícia deQueiroz Mendes

Vanessa Souza Santos

Elaine Ferreira NevesDe Nadai e Lucas

Fernandes Domingues

Klauss Engelmann

Rosa Tizue Nakano Sakaee Ricardo Murilo de Paula

Magali Canhamero

Ana Paula de LimaBarbosa Ferreira

Orientador(es)

Marcelo Henrique Armoa eWagner Rodrigues Meyer

Roselena Faez eJosiane Lima Sousa

Alvaro Takeo Omori

Carlos Eduardo BudriCassini

Marco Antonio Roqueto

Pedro Paulo Corbi

Orientador(es)

Carlos Otavio Mariano

Guilherme Frederico B.Lenz e Silva

Alessandra Sussulini

Título do trabalho

Estudo de tanino para complexaçãode metais pesados

Kits indicadores de solventes orgânicosmais comuns na adulteração da gasolina

automotiva tipo C

Síntese e aplicação de nanopartículas de ferrozero-valente (nZVI) na recuperação de solos

contaminados por compostos orgânicos nocivos

Monitoramento ambiental por meio dadeterminação de metais pesados utilizando

cascas de árvores como biomonitores na regiãodo Grande ABC - São Paulo

Látex Safe: película antialérgica em respostaàs dermatites de contato

Agitador magnético sustentávelutilizando lixo eletrônico

Filtro para dessalinização de baixo custo

Hidrogênio: eletrolisadores, célulasde combustível e suas aplicações

Xampu e condicionador:composição cosmética matizante

com licopeno e manteiga de cupuaçu

Utilização de carbonato de cálcio provenientede resíduos militicultura como carga na

fabricação de borracha

Creme hidratante com nanoemulsãodo óleo de rícino e óleos naturais

Hidroxiapatita aplicada na área debiomateriais utilizando a casca do ovo

de galinha como fonte de cálcio

Plástico biodegradável

Pomada protetora solar comrepelente de insetos

Desenvolvimento de sistema de liberaçãocontrolada a partir de micropartículas lipo-

poliméricas para a suplementação de vitamina A

Floral sustentável

Utilização do singônio no processode clarificação da água

Desenvolvimento de biscoitotipo “cookie” sem glúten

Título do trabalho

Etanol obtido em reatormembranar biocatalítico

Preparação, caracterização e estudo debiodegração de materiais híbridos de PHB/

Amido aditados com bagaço de cana-de-açúcarpara liberação controlada de nutrientes (KNO

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Quando o catalisador também é renovável:conversão do furfural ao álcool furfurílico usanto

cenoura (Daucus carota)

Fermentação alcoólica utilizandoleveduras selvagens da casca da uva

Produção de fotoprotetor a basede óleo essencial de café verde

Desenvolvimento de um novo composto apartir da combinação de Ag(I) e do fármaco

D-cicloserina: potencial de ação antituberculosee antitumoral in vitro

Título do trabalho

Influência do agente surfactante na tensãosuperficial de formulações para aplicação

Multilayer Curtain Coating

Síntese e otimização da distribuição dotamanho das nanopartículas de prata obtidas

via rota química e eletroquímica

Avaliação metalômica do soro sanguíneo depacientes com transtorno bipolar, transtorno

esquizoafetivo e esquizofrenia

Instituição/Cidade

ETEC Sales GomesTatuí

Senai Fundação ZerrennerSão Paulo

Senai Fundação ZerrennerSão Paulo

Senai Fundação ZerrennerSão Paulo

ETEC de LinsLins

Senai Santo Paschoal CrepaldiPresidente Prudente

Centro Profissionalizante deVinhedo - Ceprovi Vinhedo

Colégio Politécnico BentoQuirino

Campinas

Escola Senai Mario AmatoSão Bernardo do Campo

Escola Senai Mario AmatoSão Bernardo do Campo

Escola Senai Mario AmatoSão Bernardo do Campo

Escola Senai Mario AmatoSão Bernardo do Campo

Colégio Internacional TorricelliGuarulhos

ETEC Prof. José Carlos SenoJunior Olímpia

ETEC Irmã AgostinaSão Paulo

ETEC Benedito StoraniJundiaí

ETEC Júlio de MesquitaSanto André

Colégio Técnico de Campinas -Cotuca

Campinas

Instituição/Cidade

FATEC Nilo De StéfaniJaboticabal

Universidade Federal de SãoCarlos - UFSCar

Araras

Universidade Federal do ABCSanto André

Centro Universitário Fundaçãode Ensino Octávio Bastos -

UnifeobSão João da Boa Vista

Centro Universitário Fundaçãode Ensino Octávio Bastos -

UnifeobSão João da Boa Vista

Universidade Estadual deCampinas - Unicamp

Campinas

Instituição/Cidade

Universidade Metodista dePiracicaba - Unimep

Santa Bárbara d’Oeste

Escola Politécnica da USPSão Paulo

Universidade Estadual deCampinas - Unicamp

Campinas

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4 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

RECURSOS HÍDRICOS

Um dos mais tradicionais eventospromovidos anualmente pelo CRQ-IV,o Fórum de Recursos Hídricos che-gou à sua sexta edição. Organizado pelaComissão de Meio Ambiente da enti-dade, o encontro ocorrido em 20 demarço reuniu profissionais e estudan-tes, teve o apoio do Sindicato dos Quí-micos, Químicos Industriais e Enge-nheiros Químicos do Estado de SãoPaulo (Sinquisp) e da seção paulista daAssociação Brasileira de EngenhariaSanitária e Ambiental (Abes-SP), alémde patrocínio do Grupo Verde Ghaia.

O fórum é alusivo ao Dia Mundialda Água (22/03), criado pela Organi-zação das Nações Unidas em 1992,quando foi divulgada a DeclaraçãoUniversal dos Direitos da Água. O do-cumento apresenta uma série de medi-das, sugestões e informações que ser-vem para despertar a consciência eco-lógica da população e dos governantespara as questões relacionadas ao uso eà preservação do recurso hídrico.

O encontro foi aberto com a pales-tra ministrada pela Engenheira de Ma-teriais Sônia Mucciolo, Especialista emProcessos da empresa Aquamec. Comênfase em novas tecnologias disponí-veis para o tratamento de água potável,ela chamou a atenção para os princi-pais desafios a serem enfrentados nes-sa área, como a degradação de manan-ciais provocada pelo crescimento po-pulacional e ocupação desordenada dosolo. Membranas ultrafiltrantes, esta-ções móveis e utilização de materiaispoliméricos estiveram entre os princi-pais tópicos de sua apresentação.

A programação da manhã ainda in-cluiu mais duas palestras. A do profes-sor e pesquisador Marlon Cavalcante

Maynart (Senac e Univ. Federal doABC) divulgou estudos voltados à de-tecção de hormônios na água e foi divi-dida em quatro segmentos: reflexõessobre contaminação ambiental; hormô-nios como poluentes emergentes; pro-cedimentos experimentais e técnicas dedetecção; e resultados obtidos com aspesquisas.

Já a palestra da advogada AdrianaPonce Cerântola abordou as respon-sabilidades legais dos profissionaisque atuam com recursos hídricos, es-pecialmente quando ocorrem contami-

nações, a exemplo dos vazamentos demercúrio provenientes da fábrica defertilizantes químicos e plásticosChisso, que afetaram as águas da Baíade Minamata (Japão) entre as décadasde 1930 e 1960. O “Desastre de Mi-namata”, como ficou conhecido, ins-pirou a assinatura da Convenção deMinamata, ratificada em 2013 por cer-ca de 140 países, incluindo o Brasil.

SOLUÇÕES – O segundo bloco do even-to teve como destaques casos de suces-so no mercado, com soluções imple-

Fórum promovido pelo Conselhofocou uso de novas tecnologias

Além do Sinquisp, sexta edição do evento teve o apoio da seção paulista da AbesFreepik

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Informativo CRQ-IV – 5Mar/Abr 2018

RECURSOS HÍDRICOS

mentadas pelas empresas Unniroyal eKnorr-Bremse. Sobre a primeira, foramdetalhados os benefícios da bioestimu-lação no tratamento biológico de eflu-entes. A apresentação foi conduzida peloEngenheiro Ambiental Luis Fernando deOliveira. Ele salientou que o tratamentobiológico consiste na remoção da maté-ria orgânica dissolvida e em suspensãoao transformá-la em sólidos sedimentá-veis (flocos biológicos) e gases.

A respeito do segundo caso, relati-vo à multinacional alemã Knorr-Brem-se, que instalou em sua planta na cida-de de Itupeva (SP) uma estação de tra-tamento de efluentes industriais, a En-genheira Química Amanda CristinaSales Marafioti, coordenadora do de-

Outro evento promovido em março pelo Conselho foi o Seminário sobreProteção Indoor e Outdoor (UVB, UVA, Luz Visível, Luz Azul e IR). Organi-zado pela Comissão de Cosméticos da entidade e com o apoio do Sinquisp, oencontro objetivou apresentar aos participantes atualizações sobre aspectosde proteção avançada adicionais à UVA e UVB.

Entre os palestrantes estava o alemão Alexander Kielbassa (foto), da Merck,que apresentou o tema “Advanced sun protection - First & Second DefenseLine”. Sua palestra contou com tradução simultânea.

Também fizeram apresentações Mauricio Baptista (IQ/USP), Adriano Pi-nheiro (Kosmoscience), Samuel Guerra (Allergisa) e Sérgio Schalka (Medcin).

Os arquivos que foram disponibilizados pelos palestrantes podem ser bai-xados da seção “Downloads” do site do Conselho.

Ale

x S

ilva

Novidades na área de proteçãosolar foram tema de seminário

partamento ambiental da empresa, de-talhou as diferentes etapas do processorealizado pela fabricante de sistemas defreio e bordo para veículos comerciaise ferroviários. Segundo ela, a estaçãoatendeu a uma demanda necessária, jáque a região onde a planta foi constru-ída, em 2013, não era servida por redepública de esgoto. Empregando a tec-nologia de ultrafiltração por membra-nas, além do tratamento dos efluentes,a estação também gera água de reúsopara aplicações como irrigação, lava-gem de pisos e combate a incêndio.

A última apresentação foi da Enge-nheira de Materiais Cristiane Poças,que ressaltou as vantagens potenciaisdecorrentes da utilização de jardins fil-trantes artificiais, reproduzindo áreasalagadas existentes na Natureza. A pes-quisadora explicou que essas áreas(chamadas de “wetlands”) possuem di-versas funções nos ecossistemas ondeestão inseridas, tais como a regulariza-ção de fluxos de água; retenção ou re-moção de nutrientes e matéria orgâni-ca; e controle de erosão, o que evita oassoreamento de rios. Wetlands podemser construídas com plantas aquáticase substratos (brita, areia, bambu etc.)para o tratamento de esgoto.

Nos encerramentos de ambos osblocos, foram realizadas mesas-redon-

das com os palestrantes, que responde-ram a dúvidas do público.

ATUALIZAÇÃO – A Bacharel em Quími-ca Ana Luiza Soares, da Capital, traba-lha na empresa Enfil Controle Ambien-tal com análise de áreas contaminadas.Participante do evento pela primeira vez,interessou-se especialmente pela pales-tra sobre as responsabilidades legais

daqueles que atuam no setor. “Na fa-culdade, não temos tantas referênciassobre o assunto”, assinalou.

As apresentações cedidas pelos pa-lestrantes do fórum estão disponíveisna seção “Downloads” do site do Con-selho. Fotos do evento podem ser con-feridas no Facebook da entidade.

Amanda Marafioti falou sobre case da Knorr-Bremse

Ana Soares, da Enfil Controle Ambiental

Fotos: CRQ-IV

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6 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

ARTIGO

No princípio do desenvolvimentoda agricultura, os grupos de pessoasque se alimentavam juntas conheciama procedência dos alimentos que con-sumiam, pois estavam envolvidas emsua produção.

A intensificação da urbanizaçãoprovocou mudanças no estilo de vidae, por consequência, na forma de pro-dução de alimentos, que passou a seraltamente industrializada. Neste novomodelo, a maior parte da populaçãoperdeu o controle direto sobre a origem,composição e qualidade dos alimentosque passou a ingerir.

Para conferir segurança aos produ-tos alimentícios e informar ao consu-midor, legislações no mundo todo pas-saram a exigir que as embalagens dealimentos industrializados incluíssemdiversas informações, como suas carac-terísticas, composição, o prazo de vali-dade, data de fabricação, fabricante esua quantidade.

A rotulagem é obrigatória para to-dos os alimentos prontos que são em-balados sem a presença do consumidor.As informações presentes no rótulodevem ser corretas, claras e precisas, edevem também esclarecer sobre os ris-

cos que possam acometer a saúde ousegurança do consumidor.

No Brasil, os rótulos são regulamen-tados pela Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa), órgão ligadoao Ministério da Saúde, a quem cabedefinir as informações nutricionais obri-gatórias em alimentos industrializados,e também pelo Ministério da Agricul-tura, que regulamenta os rótulos de pro-dutos de origem animal, vegetal e be-bidas. O Instituto Nacional de Metro-logia, Normalização e Qualidade Indus-trial (Inmetro) realiza a fiscalização dasquantidades das embalagens.

Normas federais definem comofazer a rotulagem dos alimentos

por Jacqueline Gerage

Imagens da internet

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Informativo CRQ-IV – 7Mar/Abr 2018

ARTIGO

A Anvisa dispõe sobre a rotulagemgeral de alimentos (RDC n° 259/2002)e também acerca de rotulagem nutrici-onal (RDCs n°359/2003 e n°360/2003),determinando as regras que as empre-sas devem seguir ao passar ao públicotais informações.

A rotulagem nutricional tem por ob-jetivo orientar as escolhas do consumi-dor. Ela engloba o valor energético, osnutrientes e a declaração das proprieda-des nutricionais. A informação do valorcalórico, gorduras, proteínas, carboidra-tos, fibras e sódio estão disponíveis paraque o consumidor compare entre os pro-dutos de mesma categoria e realize suaescolha baseando-se na quantidade denutrientes que cada um oferece.

Outros nutrientes, como as vitami-nas e minerais são opcionais, mas po-dem ser descritos também na tabela, seestiverem presentes em quantidade mai-or ou igual a 5% da ingestão diária re-comendada por porção. Quando certosnutrientes estiverem em concentraçõespequenas, que podem ser desconside-radas do consumo, os respectivos da-dos deverão ser registrados no rótulocomo “não significativos”.

Existem regulamentos técnicos espe-cíficos para as informações no rótulo.Alguns exemplos: Lei 10.674/2003, queobriga a informação sobre presença deglúten como medida preventiva da do-ença celíaca; Resolução (RDC) n°26/2015, da Anvisa, que estabelece os re-quisitos de rotulagem para os principaisalimentos causadores de alergias; RDC136/2017, também da Anvisa, que de-termina a declaração obrigatória da pre-sença de lactose no produto.

A legislação de rotulagem preco-niza, ainda, a declaração dos aditivospresentes no alimento. Estes são de-clarados na lista de ingredientes coma função principal mais o nome ou pormeio de sua sigla registrada no Siste-ma Internacional de Numeração deAditivos Alimentares. É importantedestacar que a legislação não permite,quando um alimento não é adicionado

de aditivo, indicar em seu rótulo como“sem aditivos” ou chamá-lo de “natu-ral” ou “sem conservantes”.

Por meio da RDC nº 54/2012, a An-visa regulamenta como informações dotipo “Baixo teor de...”, “Não contém...”,“Alto teor de...”, “Fonte de...” devemser fornecidas ao consumidor não só apartir dos rótulos dos produtos, mastambém nas peças publicitárias que asfabricantes venham a fazer. O propó-sito é preservar o consumidor de infor-mações desnecessárias ou que podeminduzi-lo a fazer avaliações equivoca-das sobre o produto. Essa mesma RDCdefine como alimento “light” o queapresenta redução de pelo menos 30%de algum nutriente em comparação com

a versão normal do mesmo.Os produtos importados comerciali-

zados em nosso país também devem sesubmeter ao que define a legislação na-cional. As informações obrigatórias derotulagem geralmente constam de umaetiqueta complementar no produto.

O atendimento a todos os requisi-tos relativos às normas de rotulagem esuas atualizações geram custos na re-formulação das embalagens e podematé mesmo obrigar mudanças nas cam-panhas publicitárias. Contudo, o focoda vasta regulação dessa área é preser-var o consumidor, gerar conhecimentosobre as propriedades nutricionais dosalimentos e contribuir para melhoresescolhas de consumo.

Bacharela em Ciências dos Alimentos e Mestra em Ciência eTecnologia de Alimentos pela ESALQ/USP, a autora integra aComissão Técnica de Alimentos do CRQ-IV. Contatos podem

ser feitos pelo e-mail [email protected]

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8 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

SORTEIOS

Os 36 sorteios realizados por meiode parcerias ao longo de 2017 peloConselho distribuíram prêmios no va-lor total de R$ 49.517,80, a maior par-te (R$ 38.415,00) relacionada à conces-sões de bolsas integrais e parciais paracursos na área química. Do total de 70profissionais contemplados, 46 são mu-lheres e 24 homens. No comparativocom 2016, houve uma diminuição ex-pressiva de todos os indicadores, umprovável reflexo do panorama econô-mico desfavorável no País, que fezmuitas empresas e associações diminu-írem seus investimentos em acordosdesse tipo (confira o quadro compara-tivo na página ao lado).

Com relação às bolsas para cursos,foram 33 profissionais sorteados (22mulheres e 11 homens). Destes, 25 re-ceberam descontos e oito tiveram a to-talidade da inscrição custeada pela em-presa/entidade parceira. Foi o caso, porexemplo, da Engenheira Química Jes-sica Lenço Bosso, 27 anos, de Itapira.Ela ganhou uma bolsa integral para ocurso “Sistemas de Alívio de Pressão”,promovido pela Associação Brasileirade Engenharia Química (Abeq).

Registrada no CRQ-IV desde o anopassado, Jessica passou a acompanharo site e as redes sociais da entidade elogo se interessou pelo treinamento daAbeq, uma das tradicionais parceiras doConselho. “A iniciativa é excelente,pois ajuda profissionais que não têmcondições de arcar com os custos. É umincentivo para a busca do conhecimen-to”, elogiou a profissional, que utilizaas competências adquiridas no curso emsuas atividades como analista de labo-ratório em uma usina sucroalcooleirado interior paulista.

O Bacharel em Química Tecnológi-ca Aryel Heitor Ferreira, 28 anos, deSantos, fez o curso sobre perícias judi-ciais realizado na cidade pela Rui Juli-ano Perícias. Ele soube da promoçãopor meio do Informativo, do qual é lei-tor desde 2012. Com as informaçõesobtidas no treinamento, ele avalia quepossui o necessário para ingressar nes-se mercado como forma de suplemen-tar a renda mensal. “Os Profissionais daQuímica ganham possibilidades de ob-ter formação adicional em diversasáreas, inclusive as que são menos explo-radas pela categoria”, destaca.

Aryel é doutorando em TecnologiaNuclear do Instituto de Pesquisas Ener-géticas e Nucleares e realiza pesquisascom radiofármacos para diagnóstico decâncer de mama no Centro de Medici-na Nuclear da Faculdade de Medicinada USP. A pesquisa encontra-se na fasepré-clínica, com testes in vitro em li-nhagens de células tumorais e em mo-delos animais de tumor de mama.

Para a Engenheira de Materiais AnaClara Ferraretto, 25 anos, de BragançaPaulista, as parcerias do CRQ-IV tam-bém são alternativas interessantes parao aprimoramento profissional. Ela citacomo exemplo o acordo com a consul-toria Intertox, que promove cursos naárea de Segurança Química nas depen-dências do Conselho e oferece, há umadécada, bolsas de estudo com descon-tos aos registrados na entidade.

Em 2017, Ana Clara recebeu o sub-sídio para fazer o treinamento sobredeterminação de número ONU e ela-boração de ficha de emergência e en-velope para transporte de produtos pe-rigosos. “Os cursos divulgados são ex-tremamente pertinentes às diversas in-dústrias químicas e as bolsas viabili-zam a capacitação”, aponta a Enge-nheira que, em decorrência da partici-pação no curso da Intertox, assumiunovas responsabilidades na empresaem que trabalha como Supervisora deProdutos e Processos, a multinacional

Parcerias distribuíram R$ 49,5 milem prêmios ao longo de 2017

Profissionais ganharam bolsas para cursos, inscrições para eventos e livros

Jessica: bolsa integral para curso da Abeq Bolsas viabilizam a capacitação, avalia Ana

Larissa Camargo Fabiano Costa

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Informativo CRQ-IV – 9Mar/Abr 2018

SORTEIOS

francesa Socomore, do ramo de trata-mento de superfície.

Ela relata que passou a acompanharas divulgações do CRQ-IV ao se gra-duar, em 2016. Na ocasião, tinha dúvi-das sobre em qual conselho deveria seregistrar. Pesquisando no site www.crq4.org.br, encontrou na aba “Profis-sionais” a seção “Engenheiros”, cominformações sobre a necessidade de re-gistro nos CRQs de todos os engenhei-ros com formação na área química.

RACINE – “Acredito que conhecimentonunca é tempo perdido e nem ocupaespaço. Posso não colocar hoje em prá-tica o que aprendi, mas tenho os conhe-cimentos adquiridos para futuramenteou quando necessário serem comparti-lhados”, define a Tecnóloga em Polí-meros Thais Luana Consoni Costa, 25anos, de Mauá. Assistente de Metrolo-gia na Alpax, fabricante de produtospara laboratórios, ela participou do cur-so intensivo “Desenvolvimento de Pro-dutos Domissanitários”, promovidopelo Instituto Racine, que mantém como CRQ-IV um convênio de cooperaçãoeducacional renovado anualmente vi-sando a realização de sorteios de bol-sas parciais (50% de desconto) paracursos de pós-graduação, intensivos ede educação continuada.

Oportunidade de obter renda suplementar, diz Aryel

CRQ-IV

Retração econômica afetou promoçõesComparativos 2016 – 2017

Bolsas para cursos Livros

47 - 33 42 - 31

Inscrições para eventos Valor total dos prêmios

9 - 7 R$ 71,1 mil - R$ 49,5 mil

Outra beneficiada pelo mesmo con-vênio foi a Técnica em Química DafneCampos Batistella, 28 anos, de Diade-ma, que participou do treinamento in-tensivo sobre assuntos regulatórios deprodutos e empresas na área cosmética.“O curso oferece um conteúdo específi-co para minha área que não se encontraem nenhuma faculdade. Também agre-ga mais conhecimentos para a carreira epermite resolver problemas no meio pro-fissional”, enfatiza. Responsável Técni-ca na empresa Keep Commerce, atual-mente ela cursa Tecnologia em Cosmé-ticos na Fatec de Diadema.

Com a bolsa integral obtida parafazer o curso “Segurança de Alimentosna Indústria de Embalagens”, ministra-do pela Alimentar Consultoria, o Enge-nheiro Químico Luís Henrique de Frei-tas, 53 anos, residente na Capital, agre-gou conhecimentos para suas pesquisascom produtos químicos na Oxiteno. “Ainiciativa do Conselho é excelente porpermitir uma participação maior de pro-fissionais em cursos”, avalia.

EVENTOS – A quinta edição do Congres-so Analitica Latin America, realizadapela NürnbergMesse Brasil, foi um doseventos com os quais o Conselho man-teve parceria em 2017. “Tive uma incrí-vel oportunidade de conhecer profissio-nais e linhas de pesquisa das mais varia-das, o que certamente agrega muito àtrajetória profissional. O aproveitamentode um congresso como esse irá repercu-tir por muito tempo ainda”, acredita aTecnóloga em Cosméticos Aline Cristi-

na Ribeiro, 33 anos, de São Paulo.Técnica em Alimentos, Cybele Pa-

checo dos Santos, 44 anos, aproveitoua inscrição gratuita para todos os mó-dulos da conferência da Food ingredi-ents South America, feira promovidapela UBM Brazil, para realizar conta-tos com outros profissionais, além deempresas da área. “É uma oportunida-de para obter aprimoramento profissi-onal e se atualizar sobre o desenvolvi-mento de novos produtos”, afirma.

LIVROS – Nas seis edições publicadasno Informativo ao longo de 2017, fo-ram divulgadas obras como os volumes1 e 2 de “Química Geral e ReaçõesQuímicas”, publicados no Brasil pelaCengage como traduções da 9ª ediçãonorte-americana. Os dois contempladosforam Andrew Pelissari, de Santa Cruzdo Rio Pardo, e Vitor Alexandre Ma-raldi, de Guaraçaí.

Atualmente com 31 anos, Pelissarié Engenheiro Químico e considera queos livros sorteados pelo CRQ-IV aju-dam especialmente aos profissionaisque estão na fase inicial da carreira,como é o caso dele, que se formou em2015. Mais jovem, Maraldi, de 23 anos,atualmente é mestrando no Programade Pós-Graduação em Ciência dos Ma-teriais no campus de Ilha Solteira daUnesp. Para ele, as parcerias contribu-em para o crescimento intelectual dossorteados. Com os livros que ganhou,retomou conteúdos necessários paraestudos mais avançados que agora rea-liza na pós-graduação.

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10 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

RECONHECIMENTO

Entre as dezenas de prêmios quejá ganhou em sua vitoriosa carreiraacadêmica e científica, a professoradoutora Joana D’Árc Félix de Sousarecebeu, por três vezes, o PrêmioCRQ-IV como orientadora de traba-lhos na categoria Química de NívelMédio. Lecionando na Escola Técni-ca Estadual (Etec) Prof. CarmelinoCorrêa Júnior, de Franca, ela se tor-nou uma referência não apenas pelosprojetos que estimulou seus alunos adesenvolverem, mas também por suainspiradora história de vida, reconhe-cida em março com o Prêmio Perso-nalidade de 2017, principal catego-ria do concurso Faz Diferença, pro-movido pelo jornal O Globo.

De origem humilde, filha de umaempregada doméstica e de um técnicoem curtimento, a vida nunca foi fácilpara Joana, mas isso não a fez desistirde seus sonhos. Hoje com 53 anos, tevetoda a sua trajetória relembrada pelojornal carioca (confira a matéria em ht-tps://bit.ly/2GefZ7F) desde a infânciapobre, passando pelo tempo em queestudou no Instituto de Química daUnicamp, onde cursou a graduação,iniciada de forma precoce aos 14 anos(na mesma época também foi aprova-da nos vestibulares da USP e da Unesp),o mestrado e o doutorado.

Na sequência, partiu para estudosainda mais avançados na Universida-de Harvard (EUA). Com apenas 25anos, já havia obtido o título de PhDem Química pela renomada institui-ção americana. No entanto, a ascen-são foi interrompida por razões fami-liares. Em 1999, perdeu a irmã e o pai,ficando responsável pela criação dequatro sobrinhos.

De volta ao Brasil, foi aprovada emconcurso para lecionar na Etec, origi-nalmente um colégio agrícola. Tornou-se coordenadora do curso Técnico emCurtimento da instituição e passou a de-senvolver com alunos diversos proje-tos que têm a sustentabilidade ambien-tal como base. Obteve bolsas junto àFapesp e ao CNPq, tendo garantido rá-pido retorno do investimento públicocom o registro de 15 patentes nacionaise internacionais.

Das 218 toneladas diárias de resídu-os geradas pela indústria coureira-cal-çadista de Franca, surge a matéria-pri-ma necessária para o desenvolvimentode diversos projetos que envolvem Joa-na e seus alunos da Etec, quatro delescontemplados com o Prêmio CRQ-IV,nos anos de 2014, 2015 e 2017 (confiradetalhes em https://bit.ly/2uIoGpv).

FILME – A peculiar história da profes-sora de Franca chamou a atenção daprodutora Lucy Barreto, que pretende

contá-la no cinema na forma de docu-mentário. O anúncio foi feito no dia 5de março, durante visita que Lucy fez àEtec Prof. Carmelino Corrêa Júnior.Mãe dos cineastas Bruno e Fábio Bar-reto, ela demonstrou entusiasmo como projeto e disse que o cronograma daprodução, escolha de elenco e data parainício da captação de imagens aindaserão definidos. Lucy está entre os maisimportantes produtores nacionais. Di-retora da LC Barreto e Filmes do Equa-dor, responde pela avaliação de rotei-ros e livros que podem virar filmes.

BONECA – O Museu do Amanhã, do Riode Janeiro, também homenageou Joa-na D’Árc. No dia 10 de março, apóssua participação no ciclo de palestras“Mulheres negras na ciência”, a insti-tuição lançou uma boneca com as ca-racterísticas físicas da professora. Inte-rativa, a boneca “fala” com os visitan-tes do museu sobre educação e conta atrajetória de Joana.

Vencedora do Prêmio CRQ-IVé eleita personalidade do ano

Além da homenagem do jornal O Globo, Joana D’Árc será tema de filme

Ladeada por diretores do Grupo Globo, Fred Kachar e Alan Gripp, Joana recebeu o prêmio em 28 de março

Reprodução/Pablo Jacob/O Globo

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Informativo CRQ-IV – 11Mar/Abr 2018

FOSFOETANOLAMINA

A Comissão Parlamentar de Inqué-rito (CPI), constituída em outubro doano passado na Assembleia Legislati-va paulista para investigar os testes clí-nicos feitos pelo Instituto do Câncer doEstado de São Paulo (Icesp) e custea-dos pelo governo paulista, publicou, em4 de abril, uma síntese de seu relatóriofinal com graves acusações contra ocoordenador do estudo, o oncologistaPaulo Hoff, diretor clínico da institui-ção. Além disso, solicitou a diversosórgãos e autoridades que sejam feitasinvestigações mais aprofundadas paraapuração de responsabilidades.

O relator da CPI na Assembleia,deputado Ricardo Madalena (PR), di-vulgou por meio de sua assessoria a sín-tese do relatório final da Comissão. Oconteúdo inclui acusações relacionadasà conduta de Hoff, responsável pelapesquisa clínica. Os estudos, iniciadosem julho de 2016, tiveram a inclusãode novos pacientes suspensa em marçode 2017 por não terem sido atingidosresultados satisfatórios (veja detalhesem https://bit.ly/2GQ3jEo).

Além de apontar que o QuímicoGilberto Chierice - líder do grupo quesintetizou a fosfoetanolamina nos anos1990 - não foi consultado quanto ao

Relatório final de CPI paulista acusairregularidades em testes do Icesp

Deputados querem que novos estudos sejam feitos por outras instituições

protocolo de estudos apresentado peloIcesp, o relatório também cita trechosde depoimentos dados à CPI, tais comoo da coordenadora de estudos regula-tórios da instituição, Suleima AbouJokh, que era a responsável por enviarinformações aos comitês de ética empesquisa que supervisionaram os estu-dos. Ela salientou que Hoff definiu to-dos os parâmetros do estudo, incluindoa rotina de ingestão das cápsulas: en-quanto a equipe de Chierice recomen-dava três doses ao dia, Hoff teria deter-minado que as três cápsulas fossem in-geridas numa única vez.

Outro fato que chamou a atençãodos deputados foi o número de pacien-tes submetidos aos testes. Foram 72,enquanto que o protocolo definia ummínimo de 140 em razão de o estudoter englobado dez tipos de cânceres.Todos os pacientes estavam em estadoavançado da doença, com o sistemaimunológico debilitado. Chierice afir-mava que a fosfoetanolamina teria maisefetividade se administrada em pacien-tes com a capacidade imunológica nãotão precária.

A conclusão da CPI foi de que Hofftomava decisões de forma unilateral, emque pese ter havido a participação deaproximadamente 40 profissionais noestudo. Ele também teria impedido oacesso dos auditores destacados pelogrupo de Chierice a informações sobreos procedimentos adotados nos testes.

Os deputados reivindicam investi-gações por parte dos ministérios daSaúde e da Ciência, Tecnologia, Ino-vações e Comunicações, do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientí-fico e Tecnológico e do Ministério Pú-blico Estadual e Federal. O relatório

também recomenda ao Governo do Es-tado que os testes com a “pílula do cân-cer” sejam retomados em outros hospi-tais e institutos de pesquisa que, segun-do o relatório, teriam manifestado inte-resse em participar dos testes do Icesp,mas foram impedidos.

NOTA – Procurado pelo Informativo, oIcesp respondeu, por meio de nota, que“o estudo clínico realizado para a avalia-ção da eficácia da substância fosfoetano-lamina seguiu rigorosamente os padrõese critérios éticos-científicos utilizadosinternacionalmente para a pesquisa clí-nica”. A nota destaca, também, que o es-tudo foi aprovado e acompanhado pordiferentes instâncias, incluindo o Comitêde Ética e Pesquisa da Faculdade de Me-dicina da USP e a Comissão Nacional deÉtica em Pesquisas (Conep).

O Icesp esclareceu ainda que o re-latório de conclusão da CPI não foicompartilhado com a instituição. “Des-sa forma, comentários relacionados aoteor do material só poderão ser realiza-dos após o conhecimento e a apuraçãodeste documento final”, salientou o tex-to. Após o recebimento da nota, o In-formativo enviou cópia do relatório daCPI ao Icesp.

Fotos: Assembleia Legislativa

Deputado Ricardo Madalena, o relator da CPI Hoff conduziu os testes no Icesp

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12 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

FOTOQUÍMICA

Em recente artigo publicado noAngewandte Chemie, químicos daUniversidade Martinho Lutero (MLU),da Alemanha, propuseram um novo mé-todo para eliminar certos poluentesexistentes na água. Com o uso de umaluz LED verde, um catalisador e vita-mina C, eles produziram tipos especi-ais de elétrons capazes de destruir deforma confiável tais impurezas. Atéentão, eram necessários sistemas de la-ser complexos e caros para que os mes-mos resultados fossem alcançados.

Pesquisador da área de fotoquími-ca, o professor Martin Goez, líder dogrupo que desenvolveu o processo, ex-plicou que “a idéia é que a luz penetreuma molécula e desencadeie a reação”.Os elétrons são liberados pela energiade luz de seu composto molecular emvitamina C e então circulam livremen-te na água. Chamados de “elétrons hi-dratados”, eles são extremamente rea-

tivos e podem, por exemplo, ajudar aquebrar os poluentes.

“A vantagem em relação a outrassubstâncias é que os elétrons desapare-ceram completamente após a reação, oque significa que não deixam resíduosprejudiciais “, salientou Goez. Segundoele, tais elétrons podem até reagir comsubstâncias muito estáveis e dividi-lasem seus componentes individuais.

Até agora, eram necessários lasersde alta potência, caros e complexos paragerar esses elétrons. O uso desse tipode equipamento também está vincula-do a rígidas precauções de segurança.

Por sua vez, o processo criado pelaequipe de Goez é significativamentemais simples, barato e seguro. “Nossosistema consiste em um diodo emissorde luz verde padrão, pequena quanti-dade de um complexo metálico que atuacomo catalisador e vitamina C. O mé-todo é tão simples que pode ser ensina-

Método simples e econômico usaLED para quebrar poluentes da água

Aplicação produz reação antes obtida apenas por sistemas de lasers complexos

Flagrante da poluição do Rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus (SP), junho de 2015. Método proposto por Goez e equipe pode reduzir o problema

do aos estudantes de graduação em es-tágio inicial”, salientou o professor.

O grupo testou a nova tecnologia noácido cloroacético, uma substância ex-tremamente tóxica, muito estável e pre-sente em rios altamente poluídos. Comseu sistema, os pesquisadores consegui-ram converter o composto em compo-nentes inertes. Os experimentos em la-boratório também demonstraram que ométodo pode gerar tantos elétrons quan-to um laser de alta potência.

O desenvolvimento pelo grupo depesquisa da MLU não é apenas adequa-do para a decomposição de cloretos oufluoretos nocivos; o enfoque pode seraplicado, segundo a equipe, a muitasoutras reações fotoquímicas que sãodifíceis de iniciar por outros meios.

Com informações de ManuelaBank-Zillmann, Universidade

Martin Luther Halle-Wittenberg

Rafael Pacheco (fotospublicas.com)

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Informativo CRQ-IV – 13Mar/Abr 2018

AGROQUÍMICOS

O Governo do Estado de São Paulolançou um sistema on-line de acompa-nhamento da comercialização de agro-químicos durante o “Ato pela Agricul-tura – alimento, renda e futuro!”, reali-zado em 19 de março pela Secretariade Agricultura e Abastecimento.

O Controle de Comercialização deAgroquímicos será executado pela Co-ordenadoria de Defesa Agropecuária(CDA) da Secretaria de Agricultura eAbastecimento, por meio do sistemaeletrônico Gestão de Defesa Animal eVegetal (Gedave). O objetivo é impe-dir o comércio e o uso de produtos ile-gais, que podem causar danos ao meioambiente e a quem os aplica.

A inclusão desses dados no Geda-ve permitirá que a Defesa controle ofluxo de produtos dentro do Estado.As informações serão fornecidas pe-los fabricantes, revendedores e pelosprodutores, cabendo a estes cadastraras culturas que cultivam em suaspropriedades. Já o lojista precisará in-formar as quantidades e os tipos de de-fensivos adquiridos por seu estabele-cimento. Quem deixar de prestar as in-

formações ficará impedido de venderou comprar agroquímicos.

No mesmo evento do dia 19, foi rea-lizada a apresentação do “Levantamen-to de Unidades de Produção Agropecu-ária do Estado de São Paulo (Lupa)”,estudo da realidade social, econômica eambiental da agropecuária paulista ela-borado pela Coordenadoria de Assistên-

Sistema on-line pretende combatero comércio ilegal de produtos

Fabricantes, revendedores e produtores serão obrigados a fornecer dadosShutterstock

Medida quer coibir o comércio de produtos que podem causar danos aos trabalhadores e meio ambiente

cia Técnica Integral (Cati) da Secretariade Agricultura e Abastecimento a cada10 anos. Os números apresentados ser-virão de base para iniciativas em prol daprodução agrícola.

Com informações daSecretaria de Agricultura e

Abastecimento de São Paulo

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14 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

AGROINDÚSTRIA DA MANDIOCA

As denominadas e até mesmo fol-clóricas casas de farinhas ainda exis-tem em algumas regiões específicas doBrasil, extraindo a farinha de mandio-ca e as tapiocas de um modo bem arte-sanal. Fato é, contudo, que a raiz daplanta Farinha Euforbiácea, do gêneroManihot, denominada mandioca, é umaimportante matéria-prima para a agro-indústria nacional, cuja produção de23,71 milhões de toneladas em 2016,de acordo com dados do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística(IBGE), gerou um valor bruto de R$7,32 bilhões, numa área colhida de 1,55milhões de hectares.

Tanto na produção quanto na indus-trialização dessa raiz tuberosa, o Paísse destaca no cenário mundial. Além deser um item bastante usado na culiná-ria nacional, como alimento ou ingre-diente para outros alimentos (pão dequeijo, tapiocas, bolos etc.), a mandio-ca também serve de insumo para varia-dos setores, como têxtil, papel, emba-

lagens, creme dental e até em indústri-as que atuam com mineração.

Pequenas empresas, com moagem deaté 15 toneladas por dia, já contam coma tecnologia e automação (instrumentosde laboratório, filtros-prensa, empaco-tadoras, fornos modernos contínuos etiradores de terra) que chegaram ao se-

tor proporcionando mais qualidade erenda. Além de farinhas e produtos comofécula, farinha de raspa, polvilho doce,polvilho azedo e tapioca hidratada, em-presas maiores, que processam até 400toneladas por dia de mandioca, produ-zem, a partir da mesma matéria-prima,biogás, ração animal e o álcool fino uti-lizado em indústrias de bebidas, perfu-maria e farmacêutica. A gama de produ-tos é tão ampla que o setor possui multi-nacionais entre seus competidores.

CIANETO – Mas se por um lado ela dáimportante contribuição à economia bra-sileira, por outro a indústria da mandio-ca é potencialmente poluidora, o queexige o controle correto de tratamento ede destino dos resíduos gerados em seusprocessos. A Companhia Ambiental doEstado de São Paulo (Cetesb) é o órgãoresponsável pelo controle, fiscalização,monitoramento e licenciamento ambien-tal, segundo prevê o Decreto 8.468/76,que também define os parâmetros e li-

O crescimento do setor, padrões dequalidade e preocupações ambientais

por Marcelo Silva Ferreira

Do campo à mesa do consumidor ou como insumo para a indústria, setor movimentou R$ 7,32 bi em 2016

Embrapa

Grandes empresas, que incluem multinacionais, processam até 400 toneladas de mandioca por dia

ESBR

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Informativo CRQ-IV – 15Mar/Abr 2018

AGROINDÚSTRIA DA MANDIOCA

mites a serem obedecidos, tan-to para Padrão de Emissão(efluentes líquidos) como paraPadrão de Qualidade (corposhídricos receptores).

O maior perigo oferecidopelo processamento da raiz éa geração do resíduo liquidodenominado de manipueira.Extremamente tóxico, ricoem cianeto e com altíssimaDBO – variando de 15.000 a20.000 ppm dependendo davariedade –, este resíduo pre-cisa passar por tratamento an-tes de ser descartado.

Neste quesito, as empre-sas procuram cumprir as exi-gências da lei aliada ao aproveitamentodos resíduos como, por exemplo, nageração de biogás ou no preparo demosto para fermentação, obedecendoàs normas, critérios e padrões relati-vos ao controle e à manutenção daqualidade do meio ambiente definidospelo Conselho Nacional do Meio Am-biente. Isso exige que as avaliações deDBO, DQO, oxigênio dissolvido, cia-neto, entre outros parâmetros, sejamfeitas tanto no efluente quanto no cor-po d’água receptor.

Resíduos sólidos compostos de cas-ca, entrecasca e raspas de mandiocapossuem baixo valor proteico, são de-vidamente desidratados e servidoscomo complemento para ração de ani-mais ruminantes.

O uso da mandioca ou de seus resí-duos como fonte de amido torna-se meioenzimático como substrato para a fer-mentação e obtenção de álcool. O pro-duto obtido deve atender às especifica-ções da Portaria Nº 2, da Agência Naci-onal do Petróleo, que estabelece as nor-mas para comercialização do álcool etí-lico anidro combustível e do álcool etí-lico hidratado combustível em todo oterritório nacional e define obrigaçõesdos agentes econômicos sobre o contro-le de qualidade do produto. Análises taiscomo o teste de Barbet, teores de aci-

dez, cetona, aldeídos, alcalinidade, con-dutividade, entre outras são feitas paracomprovar a qualidade do produto.

Por se tratarem de processos quími-cos, a obrigatoriedade da atuação doProfissional da Química nas empresasque processam a mandioca é fundamen-tada no artigo 27 da Lei nº 2.800/1956,combinado com o artigo 1º da Lei nº6.839/1980.

Quanto aos alimentos e derivados damandioca produzidos, é necessário se-guir normas de controle de qualidade ede segurança alimentar. A InstruçãoNormativa nº 52/2011, do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento,define o padrão oficial de sua classifi-cação (no caso as farinhas de mandio-ca), impondo os requisitos de identida-de e qualidade, a amostragem, o modode apresentação/rotulagem e nos aspec-tos referidos a classificação do produto.

Já para os parâmetros físico-quími-cos e microbiológicos dos alimentos, épreciso observar as normas técnicas eos parâmetros máximos de controle es-tabelecidos na Resolução nº 12/2001,da Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária. Assim, umidade, acidez, resíduomineral, teor de amido, ausência desujidades, presença ou ausência de bac-térias, fungos e características senso-riais, entre outros parâmetros, precisam

ser verificados para que se garantam ospadrões de qualidade das farinhas, fa-rofas e tapiocas. Além disso, cabe aoQuímico Responsável pelos processosa aplicação das Boas Práticas de Fabri-cação e de Higiene.

A agroindústria da mandioca evoluiue tem atendido as exigências aplicadasà segurança alimentar e à qualidade dosprodutos obtidos. As exigências volta-das ao exercício legal destas indústriasdefinem critérios importantes para a pro-teção do meio ambiente devido ao po-tencial poluidor dos resíduos gerados. OQuímico Responsável tem na sua atua-ção um papel fundamental, aplicandoseus conhecimentos e contribuindo paraa credibilidade do setor.

Químico Industrial comMestrado em Química dos

Recursos Naturais pelaUniversidade Estadual de

Londrina/PR, o autorsupervisiona, desde 2006, as

operações de algumasempresas integrantes doconvênio Apmesp/CRQ-IV.

Contatos podem ser feitospelo e-mail

[email protected].

Tratamento da manipueira, resíduo poluente gerado no processo, deve ser realizado por Profissional da Química habilitado

Marcelo S. Ferreira▲

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16 – Informativo CRQ-IV Mar/Abr 2018

SBQ

A 41ª Reunião Anual da SBQ serárealizada de 21 a 24 de maio no RafainPalace Hotel e Convention Center, emFoz do Iguaçu/PR. Com o tema “Cons-truindo o Amanhã”, o encontro preten-de fazer uma reflexão sobre a criaçãode condições para que o ambiente deciência e tecnologia do Brasil volte acrescer para se firmar como um funda-mental eixo do desenvolvimento eco-nômico nacional.

Para Aldo Zarbin, professor daUniversidade Federal do Paraná e pre-sidente da SBQ, a escolha do tema“significa a clareza de que o País pre-cisa ter um investimento forte, robus-to, sustentado, continuado em ciência,tecnologia e inovação”. Segundo ele,“estamos em uma situação em que háclaros indícios de que o investimento

em ciência, tecnologia e educação su-perior não são prioritários. Exatamen-te isso que queremos discutir: por quenão são prioritários? Por que os recur-sos estão minguando? E o que pode-mos fazer para que estes recursos re-tornem. Há uma questão fundamentalque é a conscientização da populaçãosobre a importância dos investimentosem ciência e tecnologia, e a importân-cia que ciência e tecnologia têm parao crescimento do País. Os recursosprecisam voltar, e vamos lutar porisso”, assegurou.

Repleto de atividades, o evento temprogramadas, entre outros, 14 conferên-cias, oito minicursos, sete workshops equatro sessões temáticas. Além de bra-sileiros, as apresentações serão feitaspor cientistas vindos das principais uni-versidades e centros de pesquisa daAmérica do Sul, Estados Unidos e Eu-ropa. “Uma visão crítica sobre a espec-trometria de emissão óptica com plas-ma induzido por laser (LIBS)” será otema da conferência de abertura, comapresentação de Francisco José Krug,do Centro de Energia Nuclear na Agri-cultura/USP, uma referência internaci-onal em Química Analítica.

Entre os conferencistas internacio-nais estará o italiano Fabrizio Adani.Sua apresentação versará sobre o de-senvolvimento de uma biorrefinaria

Pesquisadores de vários paísesparticiparão de encontro no Paraná

Evento promovido pela Sociedade Brasileira de Química terá como tema “Construindo o Amanhã”

para Arundo donax (cana-do-reino). Jápelo time nacional, uma palestra quedeverá chamar a atenção é a do profes-sor Wilmo Ernesto Francisco Jr, daUniversidade Federal de Alagoas, queapresentará os resultados de sua pes-quisa sobre a utilização da arte comoferramenta para o ensino da Química.

Além da parte científica, a 41ª Reu-nião Anual da SBQ programou três con-fraternizações para os participantes:dois coquetéis, nos dias 21 e 24, e umafesta, no dia 23.

As taxas de inscrição variam de R$400,00, para estudantes associados àentidade, a R$ 1.320,00, para interes-sados sem vínculo com a SBQ. Aces-se www.sbq.org.br/41ra/ para obtermais detalhes sobre o evento e fazersua inscrição.

Arquivo

Zarbin: esforço para ampliar investimentos

Francisco Krug fará a conferência de abertura

SBQ