Jornal do Metalúrgico 995 - Específico Embraer

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Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá ANO 29 ESPECÍFICO EMBRAER www.sindmetalsjc.org.br De 4 a 9 de julho de 2012 Está chegando a hora das negociações por PLR. Mas este ano, não podemos aceitar que a Embraer continue com imposições. Em assembleia, os trabalhadores já decidiram que irão lutar por PLR igual para todos. Qualquer decisão terá de ser aprovada pelos próprios trabalhadores. Chega de autoritarismo! EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES DA EMBRAER EXIGEM Os trabalhadores da GM aprovaram uma Campanha Nacional em Defesa dos Empregos. O plano inclui assembleias, paralisações na fábrica e manifestações nas ruas. Pág. 3 Sindicato pede reunião com RH para abrir discussão sobre a necessidade de construção de creche na Embraer. Pág.2 Para substituir Fator Previdenciário, o governo quer criar Fator 85/95. Medida é prejudicial aos trabalhadores e pode ser votada ainda este mês. Pág.4 PLR 2012 APOSENTADORIA METALÚRGICOS DA GM APROVAM PLANO CONTRA DEMISSÕES VAMOS LUTAR POR CRECHE NA FÁBRICA GOVERNO PREPARA NOVOS ATAQUES À PREVIDÊNCIA Direitos

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Este é o Jornal do Metalúrgico 995, em versão específica da Embraer, que trata dos problemas enfrentados dentro da empresa.

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Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 29 ESpECífICo EMBrAEr

www.sindmetalsjc.org.brDe 4 a 9 de julho de 2012

Está chegando a hora das negociações por pLr. Mas este ano, não podemos aceitar que a Embraer continue com imposições. Em assembleia, os trabalhadores já decidiram que irão lutar por pLr igual para todos. Qualquer decisão terá de ser aprovada pelos próprios trabalhadores. Chega de autoritarismo!

EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES DA

EMBRAER EXIGEM

os trabalhadores da GM aprovaram uma

Campanha nacional em Defesa dos

Empregos. o plano inclui assembleias,

paralisações na fábrica e manifestações

nas ruas. Pág. 3

Sindicato pede reunião com rH

para abrir discussão sobre a

necessidade de construção de

creche na Embraer. Pág.2

para substituir fator previdenciário,

o governo quer criar fator 85/95.

Medida é prejudicial aos

trabalhadores e pode ser votada

ainda este mês. Pág.4

PLR 2012 APOSENTADORIA

MEtALúrGICoS DA GM AprovAM

pLAno ContrA DEMISSõES vAMoS LutAr por CrECHE nA fáBrICA

GovErno prEpArA novoS

AtAQuES à prEvIDênCIA

Direitos

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Trabalhadores da Embraer exigem PLR em partes iguais

PLR 2012

Qualidade das refeições piorou com novo restaurante

Desde que a Embraer levou um novo restaurante (pago)para a fábrica, começou a cair a qualidade das refeições servidas no refeitório tradicio-nal, onde todo mundo almoça e janta a um preço simbólico. Com essa medida, parece que a Embraer quer forçar os trabalhadores a usarem o restaurante pago e reduzir os gastos com a alimentação dos funcionários. É muita mesqui-nharia!

Sindicato pede reunião sobre creche

Mais uma vez, o Sindicato enviou um pedido de reu-nião para o RH da Embraer para discutir sobre a neces-sidade de se implantar uma creche dentro da fábrica. E, mais uma vez, a empresa manteve-se em silêncio.

O direito à creche é uma antiga reivindicação das (os) trabalhadoras (es) da Embraer. Trata-se de uma medida simples, viável e que levaria muito mais tranquilidade para mães e pais que, todos os dias, dão duro na empresa.

“Esta luta tem de ser de todos os trabalhadores e tra-balhadoras. Ter uma creche na fábrica vai fazer toda a di-ferença para quem tem filhos pequenos”, afirma o diretor do Sindicato André Luis Gonçalves, o Alemão.

É nosso direito!

RÁPIDAS

Os trabalhadores da Embraer têm sido surpreendidos com a precarização dos planos de saúde. Alguns exames deixa-ram de ter cobertura, apesar dos valores das mensalidades terem aumentado. E tem mais: o convênio-farmácia também está deixando de fora vários medicamentos. Estas duas situações são absurdas e serão apuradas pelo Sindicato. A Embraer não pode tratar a saúde do trabalhador com descaso!

Convênio médico e farmácia estão precarizados

Os trabalhadores da Embraer já decidiram: a PLR tem de ser

dividida em partes iguais e aprovada em assembleia da categoria.

Não podemos mais aceitar que as discussões sobre PLR fiquem restritas apenas à chefia e uma comissão de 27 membros que são incapazes de ouvir a opinião de mais de 17 mil fun-cionários.

Semana passada, os trabalhado-res aprovaram, em assembleia, quais serão as propostas apresentadas para a empresa (veja quadro ao lado).

Hoje, os trabalhadores da Embra-er são obrigados a engolir a PLR im-posta pela empresa. É a velha fórmu-la do fixo +proporcional ao salário. O resultado é que poucos ganham muito, e muitos ganham pouco.

Por isso, a categoria exige que não haja distinção entre os funcionários. Todos têm de receber exatamente o mesmo valor, independente do car-go ou unidade em que trabalha.

“Em todas as fábricas metalúrgi-cas, a PLR é aprovada em assembleia pela categoria. Na Embraer não pode ser diferente. Além disso, assim como em todo o Brasil, os trabalhadores da Embraer estão endividados, e a PLR é uma forma de amenizar essas dí-vidas”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.

Campanha Salarial deste ano terá setembro como data-base

Está chegando a Campanha Salarial dos metalúrgicos. Este ano, os trabalhadores da Embraer e de todo o setor aeronáutico realizarão campanha junto com toda a categoria, com data-base em setembro. Vale lembrar que a mudança de novembro para setembro foi uma con-quista dos trabalhadores, que durante anos reivindicaram a unificação da data-base. Nas próximas semanas, o Sindi-cato deve dar início às as-sembleias para aprovação da pauta de reivindicações. “A unificação vai fortalecer ainda mais nossa luta por reajuste salarial na Embraer. É, sem dúvida, um grande avanço”, afirma o diretor Valmir Diniz Ferreira, o Babão.

Governo libera R$ 246 milhões para a AvibrasA Avibras será uma das beneficiadas pelo novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado semana passada pelo Governo Federal. A empresa receberá R$ 246 milhões este ano

para a construção de 30 veículos lançadores de mísseis. O Sindicato defende que a Avibras garanta estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e pague o que deve.

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PLR em partes iguais para todos trabalhadores da Embraer (Efetivos, temporários, estagiários e aprendizes do Senai).

Que a PLR não tenha divisão entre as áreas via PMS. O valor deve ser pago para todos os trabalhadores de forma igual, independente de área ou unidade.

Que na distribuição da PLR não haja distinção e exclusão de mulheres grávidas e trabalhadores que estejam afastados por motivo de doença ou acidente. E a PLR seja paga integralmente independente de proporcionalidade de tempo de trabalho.

Que toda decisão tomada pela Comissão de PLR seja submetida à apreciação de assembleias dos trabalhadores, que deverão ser coordenadas pelo Sindicato preponderante da fábrica (o Sindicato dos Metalúrgicos), em conjunto com os membros da Comissão.

As propostas dos trabalhadores

Saúde e segurança no trabalho

A CIPA está de olhoPonte sem manutençãoOs trabalhadores do F-220 levaram um grande susto, semana passada. Uma ponte rolante quase caiu, por falta de manutenção. Se a peça tivesse de fato caído, certamente haveria feri-dos ou algo mais grave. Uma tremenda irres-ponsabilidade da empresa!

Barulho altoA Embraer realizou inspeção no F-60 e descobriu que há excesso de ruído no local. Agora, os trabalhadores estão usando equipamentos adequados, mas a pergunta é: por que só agora apareceu o problema? E como fica a situação dos trabalhadores que durante anos foram submetidos a essa barulheira? O Sindicato vai entrar com uma ação para garantir adicional por insalubridade pelo período em que os funcionários ficaram sem o equipamento de proteção.

ErgonomiaOs gabaritos da Embraer não têm formato adequado e acabam gerando problemas de saúde nos trabalhadores. Por isso, os cipeiros Zeca e Luiz Carlos irão encaminhar uma carta à empresa para exigir uma vistoria ergonômica nos gabaritos.

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Propostas do Sindicato são totalmente viáveisO Sindicato já divulgou uma série

de propostas para manter e ampliar o número de empregos em São José e continua aberto ao diálogo para um novo ciclo de investimentos da GM.

São propostas que não represen-tam grandes despesas para a monta-dora. A transferência da produção do Classic, por exemplo, é plenamente viável e poderia, a um baixo custo, ser implementada imediatamente.

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Solidariedade aos trabalhadores europeus da Opel-GMO Sindicato enviou uma moção de solidariedade à luta dos trabalhadores europeus da Opel-GM e PSA (Peugeot-Citroën). Na quinta-feira, dia 28, foi um dia de luta na Europa contra o fechamento das plantas dessas empresas em Bochum (Alemanha) e Paris (França). Nas assembleias realizadas na GM, na semana passada, os trabalhadores também aprovaram sua solidariedade.

RÁPIDAS

GM mantém perseguição a ativistas na fábricaA GM continua endurecendo em sua política de atacar dirigentes sindicais e cipeiros.No último período, vários ativistas foram suspensos por desempenharem seu papel e defenderem os interesses dos trabalhadores. Os casos mais recentes são dos com-panheiros Serrat e Monteiro.Serrat foi suspenso, semana passada, sob a acusação mentirosa de tumultuar a realização de um procedi-mento que a empresa queria realizar sem a fiscalização da CIPA. Já o Monteiro foi afastado da empresa nesta segunda, dia 2, por se dirigir a uma área para atender os trabalhadores.

Futebol Society tem 11 jogos empenúltima rodadaA penúltima rodada da primeira fase do Campeo-nato de Futebol Society dos Metalúrgicos foi realizada no sábado, dia 30. Foram 11 jogos ao todo. O destaque da vez fica para a partida Sobraer 9 x 6 Ericsson. O resultado de todos os jogos pode ser conferido no site do Sindicato www.sindmetalsjc.org.br (clique no banner na parte direita da página). No próximo sábado, o Cam-peonato tem uma “folga”, devido ao feriado prolonga-do. Por isso, a rodada final acontece somente no dia 14 de julho.

Calendário de eleições da CipaNos próximos dias, teremos eleição na Hitachi, Volex e Parker Hannifin.Na Hitachi, na Zona Leste, a eleição ocorre nesta terça-feira, dia 3. Já na Volex, em Jacareí, a votação acontece na próxima semana, no dia 11 de julho. Os trabalha-dores da Parker Hannifin, também de Jacareí, podem se inscrever de 6 a 24 de agosto, e a eleição será reali-zada no dia 3 de setembro.

Metalúrgicos aprovam plano de lutas em defesa dos empregos na GM

Mobilização e negociação

Os metalúrgicos da GM aprova-ram, nesta segunda-feira, dia

2, a realização de um plano de lutas contra o projeto de fechamento do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores) e a demissão de até 1.500 trabalhadores.

Aprovado em assembleia, o plano inclui paralisações na fábrica, mani-festações de rua, caravana a Brasília, protestos em frente a concessionárias Chevrolet e um ato nacional com dife-rentes sindicatos e centrais sindicais.

Política mundialEm reunião com o Sindicato, na se-

mana passada, a GM deu a entender que vai desativar o MVA, onde são fabricados os modelos Corsa, Classic, Meriva e Zafira.

O ataque da GM é mundial. A exemplo do que fez nos Estados Unidos e está em curso na Europa, a companhia quer “enxugar” a mão de obra ao máximo para garantir seus lucros.

Por conta disso, o Sindicato tam-bém vai buscar apoio internacional

e propor ações conjuntas contra as demissões.

Aos dirigentes sindicais, a direção da GM afirmou que não há “vetos” a novos investimentos na cidade. No entanto, não há sinalização por parte da empresa de que essas discussões ocorram no curto prazo.

“Vamos intensificar as mobili-

zações e resistir contra esse grave ataque da GM. Vamos buscar apoio de toda a sociedade, parlamentares e governos. Fazemos um chamado à população e às organizações demo-cráticas para que se somem a essa luta em defesa do emprego”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio de Barros, o Macapá.

Governos podem ajudar a evitar uma tragédia

Os governos podem cumprir um importante papel na defesa da manu-tenção dos postos de trabalho.

O governo federal, por exemplo, já abriu mão de R$ 26 bilhões em impos-tos para a indústria automotiva, incluin-do a GM. No mínimo, deveria garantir que as empresas dessem estabilidade de emprego aos trabalhadores.

Os governos estadual e municipal também poderiam se somar à luta em defesa dos empregos na GM. Inclusive, se pronunciando contra as demissões.

Além da responsabilidade das auto-ridades em garantir emprego, não pode haver cumplicidade com um ataque dessa dimensão, realizado por um setor beneficiado por bilhões de reais em

isenções com dinheiro público. Além disso, as montadoras

que estão fazendo cortes enviaram US$ 14,6 bilhões ao exterior, na forma de lucros e dividendos para as matri-zes, nos últimos três anos e meio.

Novas reuniõesO Sindicato aguarda uma nova

reunião com a Prefeitura, que ante-riormente havia sido agendada para esta terça-feira.

Já foi protocolado pedido de audiência pública no Senado e estão sendo agendadas reuniões com o Ministério do Trabalho, Secretaria Geral da República e governo do Estado.

Volks Taubatéabre PDV

A direção da Volkswagem anunciou, na última semana, a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na planta de Taubaté. A empresa não informou a meta de adesão.

A abertura do PDV na Volks comprova que a investida contra os empregos ocorre de forma generalizada entre as montadoras de automóveis.

O anúncio comprova ainda que a aceitação de acordos com redu-ção de direitos e banco de horas (caso do Sindicato dos Metalúrgi-cos de Taubaté/CUT) não significa estar imune às demissões.

ProPostas do siNdicato:

- Não ao fechamento do MVA- Manutenção dos postos de trabalho;- Produção de 100% do Classic na planta de São José;- Nacionalização da produção;- Volta da fábrica de caminhões - Reabertura do 2º turno do MVA;- Reintegração dos demitidos.

Tanda Melo

Assembleia no MVA, realizada nesta segunda, dia 2

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Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected] - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Ana Cristina Silva - Redação: Douglas Dias, Rodrigo Correia e Shirley Rodrigues. Editoração Eletrônica: Bruno César Galvão Ilustração: Bruno César Galvao. Fotolito e Impressão: UniSind Gráfica Ltda (11) 3271-1137

Expediente

Ataques à Previdência

Governo quer aumentar idade para aposentadoria e cortar pensões

Presente!

Só em 2023...

Morre ex-diretor do Sindicato, Marquinhos Lagartixa

Comissão do PNE aprova 10% do PIB na Educação

A categoria metalúrgica per-deu, no dia 1º, o companheiro Marco Antonio Pinto Ribeiro, também conhecido como Mar-quinhos Lagartixa. O ex-diretor foi sepultado nesta segunda-fei-ra, no Parque das Flores.

Trabalhador da Eleb, Mar-quinhos foi cipeiro e diretor do Sindicato no período de 1993 a 2006. Fez parte da resistência

A Comissão Especial do Plano Na-cional de Educação aprovou, dia 26, a aplicação de 10% do PIB (Produto In-terno Bruto) para a Educação somente em 2023. Hoje, o governo aplica me-nos de 5% no setor. O percentual subi-rá para 7% apenas em 2017. Apesar do aumento do repasse para a educação já ter sido aprovado há 10 anos, isso nunca foi cumprido. O governo ainda é contra essa meta, já rebaixada da comissão. En-quanto isso, professores, funcionários e estudantes seguem em greve contra as condições de trabalho precárias.

contra a privatização da Embra-er e deixou um histórico de lutas, sempre em defesa dos direitos dos trabalhadores. Também es-teve à frente de atividades cultu-rais do Sindicato, voltadas para a categoria e recentemente aju-dou na luta do Pinheirinho.

Marquinhos tinha 45 anos, era casado e tinha uma filha de três anos. Marquinhos, presente!

A situação dos aposentados e pensionistas é cada vez mais

dura. Não bastassem ataques como a desoneração da folha, que ameaça a Previdência, e o arrocho no valor dos benefícios, duas medidas anun-ciadas pelo governo na última se-mana mostram que novos ataques à aposentadoria ainda estão por vir.

A Câmara dos Deputados está para votar o fim do Fator Previden-ciário, mecanismo que reduz em até 50% o valor das aposentadorias. Mas a presidente Dilma já deixou claro que, se aprovado, o projeto será vetado por ela. O fim do fator já foi vetado por Lula, em 2010.

Dilma aceita o fim do fator, mas quer colocar outro mecanismo ain-da pior no lugar: o Fator 85/95.

Através desse fator, a aposenta-doria por contribuição seria extinta, e passará a valer a soma da idade mais os anos de contribuição, que deverão totalizar 85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens. As centrais governistas CUT, Força Sindical e CTB defendem o fator

85/95 que, na prática, aumenta a idade da aposentadoria.

PensõesNesta segunda, dia 2, o ministro

da Previdência, Garibaldi Alves Fi-lho, anunciou que pretende “endu-recer” as regras para concessão de pensões por morte. É outro ataque.

A maior mudança está na insti-tuição de um período de carência de dois anos de contribuição, para que filhos e cônjuges tenham direi-to a receber o benefício. Além dis-so, só terá direito à pensão cônju-

Governo realiza reforma da Previdência de forma fatiada e prepara novos ataques aos direitos

Em São José, PSTU lança candidatos à Prefeitura e CâmaraMais de 200 pessoas estiveram na Convenção Municipal do PSTU, realizada na última sexta, dia 2. Foram definidos os nomes de Ernesto Gradella, como candidato a prefeito de São José dos Campos, e a funcionária dos Correios, Raquel de Paula, como vice. O advogado Toninho Ferreira, ex-presidente do Sindicato, vem com tudo para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores.

Charge da semana

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ges com mais de dois anos de união estável comprovada. Mesmo assim, perderão o benefício aqueles que se casem novamente com parceiros de até 40 anos de idade. O governo também pretende reduzir as novas pensões para 70% do valor inte-gral, no caso de cônjuges sem filhos menores de 21 anos.

“O governo dá desoneração para os patrões e só sobra arrocho para os trabalhadores. Não vamos aceitar esse ataque. É preciso mobilização”, afirma o secretário-geral do Sindi-cato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Reajustes nos planos de saúde

EncenaçãoO novo supervisor do KC-390, Gilberto Ferreira, quer mostrar serviço para a chefia. Colocou os funcionários para fazerem teatro sobre educação, traba-lho em equipe, união etc. Al-

guém precisa avisar pra ele que ninguém está aqui pra ficar

fazendo teatrinho. Se a Embra-er tem dinheiro sobrando pra gastar com isso, o melhor era

aumentar nossa PLR!

EspiãoO supervisor Fausto, da mon-tagem de célula do F60 (1º turno) tá achando que é o próprio xerife do pedaço. É

só chegar algum trabalhador de outra área que ele logo dá um jeito de procurar o chefe

do visitante para contar o que aconteceu. Será que esse

supervisor acha que tem gente espionando a área? Fala sério!

Bateu, levou!Ninguém mais aguenta o

supervisor Claudinho, do F60 Equipagem (2º turno). O cara

diz que está apanhando da gerência e que, agora, também vai bater. Só que na peãozada. Se você tá achando que o pes-soal aqui vai amarelar, tá muito

enganado. Abre seu olho!

Lente de aumentoO supervisor Carlão, da Tu-

bulação de Eugênio de Melo, está precisando usar óculos.

Enquanto ele fica discursando sobre qualificação da célula, os

trabalhadores têm de operar em gabaritos mal posiciona-dos, que podem cair a qual-

quer momento e machucar o pessoal. Tá cego, é?

Pelego em dobroO supervisor Renato, do 2º

turno do F-66, pressiona a ga-lera para responder a pesquisa

de clima e falar bem dele! Enquanto isso, o pelego do

monitor Marcão entrega todo mundo e fica formando suas panelas. Deixem a galera em

paz, seus pelegos!