Jornal do Sinttel-Rio Edição nº1337

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Manifestantes protestam contra a SIP Depois de ter sido esnobada pela presidenta Dilma, a Sociedade Inte- ramericana de Imprensa (SIP) foi alvo de críticas demolidoras dos movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação. Entidade que reúne os donos dos gran- des conglomerados de comunicação do continente, a SIP realiza em São Paulo a sua 68ª Assembleia para dis- cutir a “liberdade de imprensa”. Com cartazes denunciando os abu- sos praticados por emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas que se comportam como “indústria da into- xicação”, os manifestantes ergueram também a faixa “Monopólio da mídia sufoca liberdade de expressão”, apon- tando como a mercantilização do jor- nalismo conduz a uma espiral de du- pla manipulação: pelo poder econô- mico e pelo poder político. A manifestação e as denúncias são totalmente pertinentes. Há pouco mais de duas semanas, o Sindicato dos Ban- cários de São Paulo teve a edição do seu jornal, Folha Bancária, apreendida a pedido do candidato José Serra. A or- dem de busca e apreensão incluía até o “arrombamento” da sede do Sindicato, “se necessário”. Na manifestação con- tra a SIP, Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato dos Bancários, lembrou que enquanto um órgão alternativo é silenciado, a população é bombardea- da 24 horas por dia por uma mídia que desinforma e reproduz tão somente os interesses de uma pequena elite. A secretária estadual de Comuni- cação da CUT-SP, Adriana Oliveira Magalhães, destacou que diante de tantos e tão reiterados abusos contra a liberdade de expressão, está na hora do governo federal submeter “à consulta popular os 20 pontos do Marco Regulatório da Comunicação”. Entre as prioridades estão a regula- mentação dos artigos da Constituição Federal, como o que proíbe a forma- ção de monopólios e oligopólios, e o que garante o respeito à diversidade regional e à produção independente. Enquanto isso, disse Adriana, os gran- des meios de comunicação “conde- nam os movimentos sociais, crimina- lizam o MST e as centrais sindicais e não dão sequer direito de resposta.” Assembleias de call center Hoje, dia 17, é o último dia das assem- bleias para aprovação da Pauta de Rei- vindicações dos trabalhadores de call center. Uma vez encerradas as assem- bleias, os resultados serão encaminha- dos dia 19 para a Fenattel, para redação da Pauta Unificada de Call Center. Nos dias 24 e 25 a Pauta será entregue para as empresas. Jurídico reintegra demitida da Oi A trabalhadora, portadora de doença grave, foi demitida injustificadamente pela operado- ra. A reintegração foi deferida na primeira audiência, realizada no dia 19 de março deste ano. Desde então a empresa vem recorrendo, sem sucesso. A decisão serve de alerta para todos trabalhadores que, estando doentes, não podem simplesmente ser demitidos pelas empresas, nem sofrer qualquer outro tipo de discriminação. A trabalhadora reintegrada tem mais de 30 anos de serviços prestados a Oi e ocupado, ao longo desse tempo, vários cargos e funções, tendo chegado à gerência. A Oi justifica a demissão alegando baixa produção. Na decisão, o TRT-RJ enfatizou que a reintegração em exame harmoniza-se, pois, com os princípios constitucionais referidos, sendo certo que, na oposição entre os valo- res humanos e os interesses materiais da empresa, a justiça impõe a supremacia dos primeiros”. Outra reintegração conquistada pelo Jurídi- co do Sinttel foi em favor de um trabalhador da Telsul, demitido por ser portador do vírus da Aids (HIV). Além da discriminação, o trabalhador foi humilhado e obrigado a jogar o uniforme e ferramentas num latão para ser inutilizado, pois, segundo a empresa, “ninguém ia querer reaproveitar aquele material”. Numa ação como essa, além da reintegra- ção dos trabalhadores vítimas de discrimina- ção ou preconceito, o Jurídico destaca que elas serviram de embasamento para a súmula 443 do TST, em vias de ser publicada. A Súmula diz: “Presume-se discrimina- tória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego”. As duas empresas fazem parte do conglomerado América Movil no Brasil, que também é dono da NET. Na Claro, a segunda rodada de negociação aconte- ce hoje e amanhã, dias 17 e 18. Na Embratel, a reunião é amanhã, 18. Este ano serão negociadas apenas as cláusu- las econômicas, uma vez que o Acordo Coletivo de cada uma das empresas tem vigência de dois anos. Na primeira reunião de negociação, dia 19 de setembro, a Claro entrou e saiu sem apresentar qualquer proposta. E ainda descumpriu o único compromisso firmado na ocasião, que era o de marcar uma reunião para discutir os problemas do contrato Vidax/Tellus. Por isso, hoje, a Comissão Nacional de Negociação vai endurecer e cobrar respeito ao compro- misso e uma data para a reunião. A principal reivindicação dos traba- lhadores da Claro é de aumento real e igualdade de tratamento entre Rio e São Paulo. Eles cobram que seja concedido aos trabalhadores do Rio auxílio estaci- onamento, como já existe em São Paulo. Na assembleia da Claro que aprovou a Pauta de Reivindicações entregue à em- presa, os trabalhadores incluíram o auxi- lio creche como direito da criança; custeio para formação para todos os empregados indistintamente, inclusive em MBA; cesta básica e tíquete refeição no mesmo valor de São Paulo, fim do banco de horas, etc. EMBRATEL QUER GANHO REAL O ganho real também é a principal reivindicação dos trabalhadores da Embratel, que querem o INPC mais 5% de ganho real; tíquete refeição de R$ 26,00; cesta básica de R$ 300,00; grati- TIM: terceira rodada Depois de pedir o adiamento da ter- ceira rodada de negociação, que de- veria ter acontecido dia 4, a TIM se reúne amanhã, dia 18, com a Comis- são Nacional de Negociação. Nas duas rodadas anteriores a empresa apre- sentou propostas que foram sumaria- mente rejeitadas pelos representantes dos trabalhadores. A empresa quer pagar 4,15% de reajuste para salários até R$ 6 mil. Acima desse valor, fixo de R$ 249,00. Também propõe um abono de 20,75% para salários até R$ 6 mil e, acima disso, valor fixo de R$ 1.245,00. CAMPANHA DAS OPERADORAS ficação de férias de 70%; auxilio creche e auxílio excepcional de R$ 650,00; data base em 1º de setembro. A Embratel tem caixa para atender a essas reivindicações. De acordo com o ranking Valor 1000, organizado anual- mente pelo jornal “Valor Econômico”, a empresa está em posição de destaque, em 33º lugar entre as mil maiores empre- sas por receita líquida. Já com relação ao EBITDA (lucro antes dos juros, impos- tos, depreciação e amortização), a Em- bratel ficou em 16° entre as mil maiores empresas do Brasil. Os dados referem- se ao ano de 2011. Não é a primeira vitória do Sindicato com a garantia de bloqueio de verbas para pagamento de salários e encargos sociais em atraso. Os trabalhadores da Criativa/Detran foram beneficiados com ação semelhante e já estão recebendo as verbas rescisórias na sede do Sindicato. O bloqueio dos créditos a serem pa- gos à Vidax foi concedido pela Justiça em liminar deferida nos autos da ação coletiva ajuizada pelo Sinttel em favor da categoria. Nos próximos dias, a Claro deverá depositar em juízo os valores devidos à Vidax e só depois esses va- lores serão efetivamente liberados para o pagamento aos trabalhadores. A situação de abuso e descaso na Vidax já se arrasta há mais de um ano. E se agravou ainda mais nos últimos meses quando a Claro entregou parte do contrato para a Tellus. A situação é desesperadora. Sob pres- são, uma parcela dos trabalhadores pediu demissão, foi para a Tellus e até hoje não recebeu suas verbas rescisórias. Os que permaneceram na Vidax estão sem salá- rios e sem benefícios (vale transporte, vale refeição, creche) desde agosto. A empresa também não vem recolhendo os encargos sociais (INSS e FGTS). CLARO NEM LIGA Ao longo de todo esse período de total desgaste e desrespeito da Vidax com os trabalhadores, a Claro foi noti- Justiça bloqueia créditos da Vidax A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro determinou o bloqueio dos créditos da Vidax, empresa que presta serviços de teleatendimento para a Claro no Rio de Janeiro e em São Paulo, em favor dos trabalhadores que estão há dois meses sem receber seus salários e benefícios. ficada e cobrada severamente pelo Sindicato para resolver o problema, já que legalmente é co-responsável pelos terceirizados pela Vidax. O Sindicato está fazendo semanal- mente atos (veja foto) em frente aos prédios da Claro no Rio. “Se a Vidax não pagar o que deve aos trabalhadores a Claro terá que pagar”, é a palavra de ordem da direção do Sinttel. A liminar que bloqueia os créditos à Vidax abrange todos os trabalhadores que subscreveram a ação. Quem ainda não subscreveu e deseja fazê-lo agora deve comparecer ao Departamento Ju- rídico do Sinttel munido de cópias da Identidade, CPF, PIS, CTPS, compro- vante de residência, extrato analítico do FGTS e extrato do CNIS, este último a ser obtido nas agências da Previdên- cia Social ou no endereço eletrônico www.mpas.gov.br. O Jurídico fica na Rua Morais e Silva, 94- Maracanã. O atendimento é de 9 às 18h. CAMILAPALMARES Semana de negociação na Claro e Embratel SOCORRO ANDRADE Calendário de reuniões Nas próximas semanas, haverá novas rodadas de negociação com as demais operadoras. Confira: Oi – Dia 23/10, no Rio Nexter e Algar – Dia 23/10 GVT – Dia 25/10 NSN Sistemas – Dia 31/10 Campanha salarial 2011 da TIM

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Justiça bloqueia créditos da Vidax

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Manifestantesprotestamcontra a SIP

Depois de ter sido esnobada pelapresidenta Dilma, a Sociedade Inte-ramericana de Imprensa (SIP) foialvo de críticas demolidoras dosmovimentos sociais que lutam pelademocratização da comunicação.Entidade que reúne os donos dos gran-des conglomerados de comunicaçãodo continente, a SIP realiza em SãoPaulo a sua 68ª Assembleia para dis-cutir a “liberdade de imprensa”.

Com cartazes denunciando os abu-sos praticados por emissoras de rádioe televisão, jornais e revistas que secomportam como “indústria da into-xicação”, os manifestantes ergueramtambém a faixa “Monopólio da mídiasufoca liberdade de expressão”, apon-tando como a mercantilização do jor-nalismo conduz a uma espiral de du-pla manipulação: pelo poder econô-mico e pelo poder político.

A manifestação e as denúncias sãototalmente pertinentes. Há pouco maisde duas semanas, o Sindicato dos Ban-cários de São Paulo teve a edição do seujornal, Folha Bancária, apreendida apedido do candidato José Serra. A or-dem de busca e apreensão incluía até o“arrombamento” da sede do Sindicato,“se necessário”. Na manifestação con-tra a SIP, Raquel Kacelnikas, diretorado Sindicato dos Bancários, lembrouque enquanto um órgão alternativo ésilenciado, a população é bombardea-da 24 horas por dia por uma mídia quedesinforma e reproduz tão somente osinteresses de uma pequena elite.

A secretária estadual de Comuni-cação da CUT-SP, Adriana OliveiraMagalhães, destacou que diante detantos e tão reiterados abusos contraa liberdade de expressão, está nahora do governo federal submeter “àconsulta popular os 20 pontos doMarco Regulatório da Comunicação”.Entre as prioridades estão a regula-mentação dos artigos da ConstituiçãoFederal, como o que proíbe a forma-ção de monopólios e oligopólios, e oque garante o respeito à diversidaderegional e à produção independente.Enquanto isso, disse Adriana, os gran-des meios de comunicação “conde-nam os movimentos sociais, crimina-lizam o MST e as centrais sindicais enão dão sequer direito de resposta.”

Assembleias de

call centerHoje, dia 17, é o último dia das assem-

bleias para aprovação da Pauta de Rei-vindicações dos trabalhadores de callcenter. Uma vez encerradas as assem-bleias, os resultados serão encaminha-dos dia 19 para a Fenattel, para redaçãoda Pauta Unificada de Call Center. Nosdias 24 e 25 a Pauta será entregue paraas empresas.

Jurídico reintegrademitida da Oi

A trabalhadora, portadora de doença grave,foi demitida injustificadamente pela operado-ra. A reintegração foi deferida na primeiraaudiência, realizada no dia 19 de março desteano. Desde então a empresa vem recorrendo,sem sucesso. A decisão serve de alerta paratodos trabalhadores que, estando doentes, nãopodem simplesmente ser demitidos pelasempresas, nem sofrer qualquer outro tipo dediscriminação.

A trabalhadora reintegrada tem mais de 30anos de serviços prestados a Oi e ocupado, aolongo desse tempo, vários cargos e funções,tendo chegado à gerência. A Oi justifica ademissão alegando baixa produção.

Na decisão, o TRT-RJ enfatizou que “areintegração em exame harmoniza-se, pois,com os princípios constitucionais referidos,sendo certo que, na oposição entre os valo-res humanos e os interesses materiais daempresa, a justiça impõe a supremacia dosprimeiros”.

Outra reintegração conquistada pelo Jurídi-co do Sinttel foi em favor de um trabalhador daTelsul, demitido por ser portador do vírus daAids (HIV).

Além da discriminação, o trabalhador foihumilhado e obrigado a jogar o uniforme eferramentas num latão para ser inutilizado,pois, segundo a empresa, “ninguém ia quererreaproveitar aquele material”.

Numa ação como essa, além da reintegra-ção dos trabalhadores vítimas de discrimina-ção ou preconceito, o Jurídico destaca queelas serviram de embasamento para a súmula443 do TST, em vias de ser publicada.

A Súmula diz: “Presume-se discrimina-tória a despedida de empregado portador dovírus HIV ou de outra doença grave quesuscite estigma ou preconceito. Inválido oato, o empregado tem direito à reintegraçãono emprego”.

As duas empresas fazem parte doconglomerado América Movil no Brasil,que também é dono da NET. Na Claro,a segunda rodada de negociação aconte-ce hoje e amanhã, dias 17 e 18. NaEmbratel, a reunião é amanhã, 18. Esteano serão negociadas apenas as cláusu-las econômicas, uma vez que o AcordoColetivo de cada uma das empresas temvigência de dois anos.

Na primeira reunião de negociação,dia 19 de setembro, a Claro entrou e saiusem apresentar qualquer proposta. Eainda descumpriu o único compromissofirmado na ocasião, que era o de marcaruma reunião para discutir os problemasdo contrato Vidax/Tellus. Por isso, hoje,a Comissão Nacional de Negociação vaiendurecer e cobrar respeito ao compro-misso e uma data para a reunião.

A principal reivindicação dos traba-lhadores da Claro é de aumento real eigualdade de tratamento entre Rio e SãoPaulo. Eles cobram que seja concedidoaos trabalhadores do Rio auxílio estaci-onamento, como já existe em São Paulo.Na assembleia da Claro que aprovou aPauta de Reivindicações entregue à em-presa, os trabalhadores incluíram o auxi-lio creche como direito da criança;custeio para formação para todos osempregados indistintamente, inclusiveem MBA; cesta básica e tíquete refeiçãono mesmo valor de São Paulo, fim dobanco de horas, etc.

EMBRATEL QUERGANHO REAL

O ganho real também é a principalreivindicação dos trabalhadores daEmbratel, que querem o INPC mais 5%de ganho real; tíquete refeição de R$26,00; cesta básica de R$ 300,00; grati-

TIM: terceira rodadaDepois de pedir o adiamento da ter-

ceira rodada de negociação, que de-veria ter acontecido dia 4, a TIM sereúne amanhã, dia 18, com a Comis-são Nacional de Negociação. Nas duasrodadas anteriores a empresa apre-sentou propostas que foram sumaria-mente rejeitadas pelos representantesdos trabalhadores.

A empresa quer pagar 4,15% dereajuste para salários até R$ 6 mil.Acima desse valor, fixo de R$ 249,00.Também propõe um abono de 20,75%para salários até R$ 6 mil e, acimadisso, valor fixo de R$ 1.245,00.

CAMPANHA DAS OPERADORAS

ficação de férias de 70%; auxilio crechee auxílio excepcional de R$ 650,00; database em 1º de setembro.

A Embratel tem caixa para atender aessas reivindicações. De acordo com oranking Valor 1000, organizado anual-mente pelo jornal “Valor Econômico”, aempresa está em posição de destaque,em 33º lugar entre as mil maiores empre-sas por receita líquida. Já com relação aoEBITDA (lucro antes dos juros, impos-tos, depreciação e amortização), a Em-bratel ficou em 16° entre as mil maioresempresas do Brasil. Os dados referem-se ao ano de 2011.

Não é a primeira vitória do Sindicatocom a garantia de bloqueio de verbaspara pagamento de salários e encargossociais em atraso. Os trabalhadores daCriativa/Detran foram beneficiados comação semelhante e já estão recebendo asverbas rescisórias na sede do Sindicato.

O bloqueio dos créditos a serem pa-gos à Vidax foi concedido pela Justiçaem liminar deferida nos autos da açãocoletiva ajuizada pelo Sinttel em favorda categoria. Nos próximos dias, a Clarodeverá depositar em juízo os valoresdevidos à Vidax e só depois esses va-lores serão efetivamente liberados parao pagamento aos trabalhadores.

A situação de abuso e descaso naVidax já se arrasta há mais de um ano.E se agravou ainda mais nos últimosmeses quando a Claro entregou partedo contrato para a Tellus.

A situação é desesperadora. Sob pres-são, uma parcela dos trabalhadores pediu

demissão, foi para a Tellus e até hoje nãorecebeu suas verbas rescisórias. Os quepermaneceram na Vidax estão sem salá-rios e sem benefícios (vale transporte,vale refeição, creche) desde agosto. Aempresa também não vem recolhendo osencargos sociais (INSS e FGTS).

CLARO NEM LIGAAo longo de todo esse período de

total desgaste e desrespeito da Vidaxcom os trabalhadores, a Claro foi noti-

Justiça bloqueia créditos da VidaxA Justiça do Trabalho do

Rio de Janeiro determinou

o bloqueio dos créditos da

Vidax, empresa que presta

serviços de teleatendimento

para a Claro no Rio de

Janeiro e em São Paulo, em

favor dos trabalhadores que

estão há dois meses sem

receber seus salários e

benefícios.

ficada e cobrada severamente peloSindicato para resolver o problema, jáque legalmente é co-responsável pelosterceirizados pela Vidax.

O Sindicato está fazendo semanal-mente atos (veja foto) em frente aosprédios da Claro no Rio. “Se a Vidaxnão pagar o que deve aos trabalhadoresa Claro terá que pagar”, é a palavra deordem da direção do Sinttel.

A liminar que bloqueia os créditos àVidax abrange todos os trabalhadores

que subscreveram a ação. Quem aindanão subscreveu e deseja fazê-lo agoradeve comparecer ao Departamento Ju-rídico do Sinttel munido de cópias daIdentidade, CPF, PIS, CTPS, compro-vante de residência, extrato analíticodo FGTS e extrato do CNIS, este últimoa ser obtido nas agências da Previdên-cia Social ou no endereço eletrônicowww.mpas.gov.br. O Jurídico fica naRua Morais e Silva, 94- Maracanã. Oatendimento é de 9 às 18h.

CAMILA PALMARES

Semana de negociação na Claro e Embratel

SOCORRO ANDRADE

Calendário de reuniõesNas próximas semanas, haverá novas rodadas de negociação com as demais

operadoras. Confira:Oi – Dia 23/10, no RioNexter e Algar – Dia 23/10GVT – Dia 25/10NSN Sistemas – Dia 31/10

Campanha salarial 2011 da TIM

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bersot

humor no1.337

R. Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 - Fax Geral 2567-1589E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

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DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

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EDIÇÃOSocorro Andrade Reg. 460 DRT/PB

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ASSESSORIA DE IMPRENSARosa Leal Reg. 740 DRT/DF

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REDAÇÃOSocorro Andrade e Rosa Leal

ILUSTRAÇÃOAlexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

ESTAGIÁRIACamila Palmares

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Natal nas

colônias de

fériasSe você está pensando em jun-

tar a família e passar as festas deNatal e Ano Novo nas colônias deférias do Sinttel, em Barra de SãoJoão ou Miguel Pereira, o prazo deinscrição termina sexta-feira, dia19 de outubro. Se o número deinscritos for maior que o de quartosdisponíveis haverá sorteio dia 23/10, às 18h, no auditório da entidade(Rua Morais e Silva, 94). Faça suainscrição pelos telefones 2568 0572ou 2204 9300 ramal 203.

BAILE ANOSDOURADOS

Que tal reviver, ou viver a expe-riência dos anos 50 e 60? Dançaro rock pioneiro de Bill Halley eElvis Presley? Ou ao som dosCarpenters, Ray Charles, JamesBrown? Se você se amarra nessavolta ao passado não perca a opor-tunidade de participar do Baile dosAnos Dourados na Colônia de Fé-rias do Sinttel-Rio em Miguel Pe-reira, de 23 a 25 de novembro.

Dentre as atrações, música aovivo, o tradicional bingo (com umacartela grátis), buffet e bebidasliberadas e concurso com prêmiopara a melhor caracterização. Oônibus sai da sede do Sinttel às 20horas (impreterivelmente) do dia 23.

O Tribunal Superior do Trabalho(TST) determinou por meio de sú-mula assinada dia 14/09 e aindanão publicada, que as empresaspassam a ser obrigadas a manter oplano de saúde de empregados afas-tados por acidentes de trabalho, detrajeto, doenças provocadas pelaatividade laboral ou que se aposen-tarem por invalidez.

Antes da existência desta novasúmula, o Departamento Jurídi-co do Sinttel-Rio (DJUR), pormeio de diversas ações judiciais,já vinha garantindo o direito àmanutenção do plano de saúdeou assistência médica aos traba-lhadores que tinham o plano su-mariamente suspenso.

Na maioria dessas ações o nossoJurídico conseguiu assegurar o tra-

tamento médico necessário e regu-lar aos trabalhadores vítimas deacidente de trabalho. O DJUR aler-ta para dois aspectos importantes:

1- A súmula abarca apenas ostrabalhadores cujo acidente de tra-balho tenha sido reconhecido pelaPrevidência Social ou que tenhamsido aposentados por invalidez.

2- Caso o acidente de trabalhonão tenha sido reconhecido pelaPrevidência Social, o trabalhadornecessita ajuizar uma ação de con-versão de benefício perante a Jus-tiça Estadual.

VIGÊNCIAA súmula só entrará em vigor

após sua publicação e não teráefeito retroativo, ou seja, só bene-ficiará aqueles que vierem a sofrer

Provider enrolaApós confirmar reunião com o Sindicato para o dia 15, quando deveria começar a discutir a proposta de

pagamento da PPR/2012, a Provider, mais uma vez, na maior cara de pau, cancela a reunião. Ela é a únicaempresa do setor de call center que até agora não fechou a proposta de PPR para seus empregados.

Essa prática é típica de quem quer enrolar. O Sindicato exige que a Provider respeite os seus compromissos,compareça à reunião e apresente sua proposta, pois nem o Sinttel-Rio nem os trabalhadores podem ficar àdisposição da empresa.

acidentes a partir da publicação.Mesmo assim a assinatura dessasúmula é motivo de comemoraçãopara os sindicatos e para os traba-lhadores.

O setor de telecomunicações,por exemplo, cujos trabalhadoressão representados pelo Sinttel-Rio,tem um elevado índice de aciden-tes de trabalho, especialmente nasáreas operacionais (rede e callcenters). Para Edna Maria, direto-ra de Saúde do Sindicato, a súmulaé mais um instrumento de proteçãodo trabalhador.

Além de diversas ações traba-lhistas no DJUR do Sindicato, otrabalhador também conta comatendimento na área previdenciá-ria. Fique ligado no seu Sinttel-Rioe sindicalize-se.

Deputadosdo Rio têmmedo daverdade

Hoje, dia 17, pela sexta vez a Assem-bleia Legislativa do Rio tenta votar oprojeto de lei 889/2011, que cria a Co-missão da Verdade Estadual. O proje-to, apresentado pelo deputado estadualGilberto Palmares (PT), pretende auxi-liar os trabalhos da Comissão da Verda-de nacional uma vez que o Rio deJaneiro foi um dos estados onde a re-pressão da ditadura militar (1964-1985)mais atuou.

Em artigo publicado no domingo, dia14, no jornal O Globo, o deputado Gil-berto Palmares destaca que dos 82centros de tortura que funcionaram noregime militar, 13 estavam no estadodo Rio, dentre eles o quartel do Exércitoda Rua Barão de Mesquita, na Tijuca,sede do Destacamento de Operaçõesde Informações — Centro de Opera-ções de Defesa Interna (DOI-Codi), ea Casa da Morte, em Petrópolis. Nessescentros foram presos e torturados cen-tenas de estudantes, jornalistas, operá-rios, sindicalistas e dirigentes sindicais,muitos dos quais terminaram assassi-nados. Até hoje, os corpos de váriosdeles não foram encontrados, paradesespero de seus familiares.

O projeto da Comissão da Verdadeestadual vem sendo boicotado por umaparcela de parlamentares, lideradospelo deputado Flavio Bolsonaro, com adesculpa que os militares estão sendoatacados. Palmares destaca, contudo,que a intenção da Comissão é resgatara verdade e dar uma resposta à socie-dade e, principalmente, aos pais, ir-mãos e filhos dos desaparecidos. Elelembra que muitos militares que seopuseram ao regime também foramtorturados e mortos.

Confirmado: fundo americanoé o novo dono da AtentoConforme antecipamos na

edição nº 1335 do Jornal

do Sinttel, a venda da

Atento pela Telefônica

agora é fato consumado.

A empresa foi vendida por

U$ 1,3 bilhões para o

fundo de investimentos

americano Bain Capital

Partners. O fundo,

sediado em Boston,

Estados Unidos, tem entre

seus fundadores o

republicano Mitt Romney,

candidato à presidência

dos Estados Unidos.

Mulheres lutampela ratificação daConvenção 189

A Secretaria da Mu-lher Trabalhadora daCUT-Rio, coordenadapela diretora de nego-ciações do Sinttel-Rio,Virginia Berriel, farána sexta-feira, dia 19,um grande debate sobo tema “Mulheres Cutistas na Luta pela Ratificação daConvenção 189 da OIT”. A Convenção 189 equipara asdomésticas aos demais trabalhadores, garantindo-lheos mesmos direitos.

O debate é aberto à participação de todas as mulherestrabalhadoras. Entre os expositores estão a deputada fede-ral Benedita da Silva, que iniciou sua militância políticacomo líder das domésticas do Rio de Janeiro; o deputadoestadual Gilberto Palmares, ex-presidente do Sinttel-Rio eque pauta seu mandato na defesa dos interesses da classetrabalhadora; e Rosane Silva, da Secretaria da Mulher daCUT Nacional.

O debate terá início às 14h. Ao final, por volta das17h30, a CUT apresentará as mulheres representantesdas diversas entidades que vão compor o Coletivo deMulheres da CUT-Rio.

TST garante plano de saúde a acidentado

Esse é o terceiro grande negócioadquirido pelo fundo em menos de 12meses - e o segundo na mesma sema-na. O mais assustador é que, de acordocom as agências internacionais de no-tícias, o Bain Partners está entre as dezempresas investigadas pelo estado deNova York por evasão de divisas.

As especulações sobre a venda daAtento começaram no ano passado. Onegócio teria por finalidade reduzir adívida líquida da Telefônica, estimadaem US$ 75 bilhões. Inicialmente a Te-lefônica planejou fazer ofertas de açõesno mercado mas, temendo a crise naEuropa, recuou.

OS REFLEXOS NO BRASILA nossa federação, Fenattel, e o

Sinttel-Rio estão entre os signatáriosda Resolução da UNI Global Union, aentidade que congrega os trabalhado-res de telecomunicações em escala

dores exige da nova dona da Atento osseguintes compromissos: Não a de-missões; Reconhecimento dos direitosde sindicalização e de negociação co-letiva dos trabalhadores; Eliminaçãoda prática do sindicalismo de proteçãopatronal no México; Ratificação doAcordo Global e do diálogo existentecom a UNI Sindicato Global.

Para os analistas de mercado os re-flexos da venda no Brasil são graves,visto que o Brasil responde hoje porquase 54% do faturamento da Atento.A empresa administra um total de 165call centers em 17 países. É também amaior empregadora privada do país,

mundial, que aprovou uma ResoluçãoInternacional sobre o assunto intitulada“Em defesa do emprego, dos direitossociais e do respeito ao direito de sin-dicalização dos empregados da Atentoem todo o mundo”.

Na nota, a UNI Global destaca atrajetória corporativa da Bain Partners,“caracterizada por dispensas em mas-sa, violações sistemáticas aos direitosdos trabalhadores, a precarização doemprego, a terceirização e, finalmen-te, depredação da empresa e bancarro-ta, tal e como já aconteceu nos casos de“Stage Stores y Detail Inc”. Por isso,a entidade internacional dos trabalha-

com 85 mil funcionários em 12 cidadesbrasileiras. Em todo o mundo a Atentotem 152 mil trabalhadores.

SERVIÇOS CONTINUAMSegundo informes da Telefônica, no

acordo de venda para o Bain Capitalficou acertado que a empresa de tele-comunicações continuará usando osserviços da Atento por mais noveanos.A Telefônica é e continuará sen-do o maior cliente da Atento. Em 2011,o faturamento mundial da Atento foi deUS$ 2,3 bilhões. Metade desse totalcorresponde a serviços prestados àprópria Telefônica.

TIAGO QUEIROZ/AE - REPRODUZIDO DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO DE 13/10/2012