Jornal do Ténis - 5 Novembro 2010

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GatoFedorento vice-campeão deparesna MédisCopa Ibérica A etapa da Médis Copa Ibérica em Vilamoura foi afetada pela chuva e necessitou de um dia extra para ficar concluída. O humorista Tiago Dores destacou-se e Portugal somou cinco troféus individuais face aos quatro de Espanha. Não precisa de fazer contas, nós já as fizemos por si. (T: + 351 21 799 87 01 - F: + 351 21 799 87 19 - [email protected] - www.sixt.pt) Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.531 de 5 de Novembro 2010 e não pode ser vendido separadamente FredericaPiedade afastou aideiade arrumaras raquetas, preparando-se pararegressarapós cirurgia. Magali de Lattre alinhou nas meias-fi- nais em Glasgowe Istambul paraingressarno top 400 e MariaJoão Koehlervai pelo mesmo caminho. E o que faz Michelle Brito? Regresso,recuperação euma jovem progressão FERNANDO CORREIA PRÓXIMA EDIÇÃO 19 de novembro CARLOS RODRIGUES FERNANDO CORREIA RuiMachadorecuperouoseu níveltenísticoparafechar oanoemcrescendo eultrapassarFredericoGil norankingmundial. Pelaprimeiravezhádois portuguesesnotop100ATP NÚMERO 1 RuiMachado recuperouoseu níveltenísticoparafechar oanoemcrescendo eultrapassarFredericoGil norankingmundial. Pelaprimeiravezhádois portuguesesnotop100ATP PUBLICIDADE

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Jornal do Ténis - 5 Novembro 2010

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Page 1: Jornal do Ténis - 5 Novembro 2010

GatoFedorentovice-campeãodeparesnaMédisCopaIbérica

AetapadaMédisCopaIbéricaem Vilamourafoi afetadapelachuvaenecessitou deum diaextraparaficarconcluída. O humoristaTiagoDoresdestacou-seePortugal somou cincotroféus individuais faceaosquatro deEspanha.

Não precisa de fazer contas, nós já as fi zemos por si.(T: + 351 21 799 87 01 - F: + 351 21 799 87 19 - [email protected] - www.sixt.pt)

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NÚMERO1

RuiMachadorecuperouoseuníveltenísticoparafecharoanoemcrescendoeultrapassarFredericoGilnorankingmundial.Pelaprimeiravezhádoisportuguesesnotop100ATP

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02 Sexta-feira, 5 denovembrode2010

TÉNISNATV

Rumodecontinuidade

Match-point JOÃO LAGOS

SAUDOSISMO. Nos finaisda década de 80 recordo-mede ter visto num qualquerboteco de beira de estradauma quadra que nunca maisesqueci: “Eusébio para abola / Para os pedais, Agos-tinho / Amália para o fado /E esta tasca para o vinho”.Aquilo chocou-me, porquena altura as referências jáeram ícones lusos de umpassado distante e não quisacreditar que entretanto não

surgissem outros ídolos deigual estatura. Foi um pou-co contra essa cultura quaseopressiva do saudosismo, dofado e do futebol que o se-nhor que escreve o editorialsituado nesta página, porcima das minhas linhas, lu-tou energicamente por criarum espaço nacional para asua paixão: o ténis. O EstorilOpen nasceu há 20 anos; em2000 realizou-se em Lisboaum Masters que foi um tre-

mendo êxito após uma candi-datura que começou apenascomo um exercício de estilo eque bateu a concorrênciamundial. E o que constata-mos num jantar da imprensaespecializada promovido comJoão Lagos porNorberto San-tos, redator principal de Re-cord, para marcar informal-mente os 10 anos do Mas-ters? Sem essas competiçõesdistintas, dificilmente haveriaportugueses no top 100... �

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

Director: João Lagos. Director adjunto: Rui Oliveira. Editores: Miguel Seabra (JT) e Norberto Santos (Record). Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo.Fotografia: Fernando Correia (editor JT), Paulo César (editor Record), Carlos Rodrigues e Gianni Ciaccia. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte),João Henrique, José Fonseca e Pedro Almeida (coordenadores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

No meio deste lamuriar geral queensurdece o país, submersonum cenário catastrófico quealastra como fogo incontrolável

alimentado minuto a minuto pelos me-dia, importa reconhecer que o ténis por-tuguês – que já no Estoril Open estive-ra em grande destaque – vive momen-tos assaz positivos em duas frentes apa-rentemente bem distintas. Preferimosassim apontar aqui o nosso foco paratais valências – para que sejam tomadascomo referências motivadoras dos nos-sos esforços num cenário de dificulda-des que atrai a crítica fácil e destrutiva,onde a inveja encontra terreno fértil paragerminar, o que não leva a lado algum.

Antes de mais, pela primeira vezna suahistória o ténis luso coloca dois atletas notop 100 masculino, o que é de facto rele-vante tendo em conta o cada vez mais di-fícil e competitivo acesso a este clube deelite, naquela que é uma das modalidadesindividuais mais globalizadas do planeta,onde centenas de milhares de jovens atle-tas tentam a profissionalização e a árduaescalada na hierarquia ATP ou WTA.

Parabéns muito sentidos assim ao jo-

vem algarvio Rui Machado, cujo percur-so e entrada no “clube dos 100” merecejusto realce nas página centrais deste nú-mero de Jornal do Ténis. E se o franquearda porta deste grupo restrito constitui cer-tamente o realizar de sonho antigo a jus-tificar muitas e extenuantes horas de sa-crifício e dedicação, difíceis de imaginarpor quem acompanha a carreira de atle-tas só pelos media, a manutenção de talestatuto é ainda mais árdua, exigindoconcentração acrescida num caudal deesforço no mínimo semelhante ao que foifeito para lá chegar. De facto, esse alme-jado “clube dos 100” é castelo diariamen-te bombardeado por um exército de no-vos candidatos que, tendo finalmentechegado às suas portas, fazem um últimoesforço para lá entrar e assim justificar otrabalho e sacrifício de anos da sua juven-tude. Paralelamente, ao começarem aaceder a torneios de outro peso, encon-tram pela frente adversários bem mais co-tados e preparados, não sendo nada fácilgerir eliminações prematuras em primei-ras rondas e a falta de confiança que issogera. Que o diga Frederico Gil, que tevede recorrer a todo o seu empenho e for-

ça mental para conseguir reentrar no top100, de onde resvalou como se pisasselama escorregadia após ter brilhantemen-te alcançado a 66.ª posição.

Coincidência ou não, no meio de tãoconturbado cenário económico, que geradificuldades em todos os sectores de ati-vidade, a nível federativo vive-se períodode acalmia insuspeita, inteligentementeassegurada através de uma gestão cuida-da e realista de arrumação da casa e defi-nição clara de prioridades. O rumo dadopor José Correa de Sampaio e continua-do por José Maria Calheiros, seu anteriorpar de Direção, consolidando estratégiasdelineadas com muita transparência e rea-lismo, constitui o melhor dos antídotos àcontrovérsia e rivalismo negativo que porvezes grassa no meio do associativismodesportivo, campo muito fértil ao desen-volvimento de protagonismos pessoais. Éassim de louvar a posição assumida porCorrea de Sampaio face à decisão de nãorecandidatura de Calheiros, assumindoque (só) se candidatará se não surgir can-didato que lhe mereça confiança. É umaaposta na continuidade, que aplaudimose apoiamos sem reservas. �

FERN

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CORR

EIA

BASILEIA.RogerFedererjoga otorneio dasua cidadenatal naSport TV

Nota: a programação é fornecida pelos respectivos canais, pelo que quaisqueralterações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores.

9/11 23:30h-0:30h Fed Cup: Resumo Final EUA v. Itália12/11 0:30h-2:30h ATP 1000 Paris24/11 1:10h-3:10h ATP Finals Londres – 4.º Dia25/11 23:30h-1:30h ATP Finals Londres – Melhor Encontro26/11 0:00h-2:00h ATP Finals Londres – Melhor Encontro

5/11 13:00h-21:00h ATP 500 Basileia – ¼ Final21:00h-23:00h ATP 500 Valência – ¼ Final

6/11 19:10h-21:00h ATP 500 Basileia – ½ Final1:20h-2:10h ATP 500 Basileia – ½ Finais2:10h-3:20h ATP 500 Valência – ½ Finais

8/11 10:00h-15:30h ATP 1000 Paris – 1.ª Ronda16:00h-17:30h ATP 1000 Paris – 1.ª Ronda

9/11 10:00h-15:30h ATP 1000 Paris – 1.ª e 2.ª Ronda16:00h-17:30h ATP 1000 Paris – 1.ª e 2.ª Ronda

10/11 9:30h-17:00h ATP 1000 Paris – 2.ª Ronda2:10h-2:40h ATP Uncovered

11/11 9:00h-9:30h ATP Uncovered9:30h-19:00h ATP 1000 Paris – 1/8 Final

12/11 9:30h-10:00h ATP Uncovered13:00h-16:30h ATP 1000 Paris – ¼ Final18:30h-22:00h ATP 1000 Paris – ¼ Final

15/11 17:10h-19:10h ATP 1000 Paris19:10h-19:40h ATP Champions Tour Graz (Áustria)

16/11 17:50h-18:50h Fed Cup: O Melhor de 201022:20h-23:20h ATP 1000 Paris – Resumo

17/11 13:00h-13:30h ATP Champions Tour Graz (Áustria)13:30h-14:30h ATP 1000 Paris – Resumo23:30h-0:00h ATP Uncovered

18/11 18:50h-19:10h Médis Copa Ibérica – 3.ª Etapa Vilamoura19/11 18:30h-19:30h Fed Cup: O Melhor de 2010

22:20h-22:40h Médis Copa Ibérica – 3.ª Etapa Vilamoura22:40h-0:30h ATP Finals Londres 2009

– Davydenko v. Del Potro21/11 13:40h-14:00h Médis Copa Ibérica – 3.ª Etapa Vilamoura

14:00h-16:00h ATP Finals Londres – 1.º Dia23:50h-1:50h ATP Finals Londres – 1.º Dia

22/11 14:00h-16:00h ATP Finals Londres – 2.º Dia19:40h-20:00h Médis Copa Ibérica – 3.ª Etapa Vilamoura20:00h-21:30h ATP Finals Londres – 2.º Dia

23/11 14:00h-15:30h ATP Finals Londres – 3.º Dia24/11 14:00h-15:30h ATP Finals Londres – 4.º Dia25/11 14:00h-15:20h ATP Finals Londres – 5.º Dia

20:00h-21:30h ATP Finals Londres – 5.º Dia26/11 14:00h-15:20h ATP Finals Londres – 6.º Dia

20:00h-21:30h ATP Finals Londres – 6.º Dia27/11 21:10h-23:10h ATP Finals Londres – ½ Final

6/11 21:40h-1:10h Fed Cup: Final – EUA v. Itália7/11 14:00h-16:00h ATP 500 Basileia – Final

16:00h-18:00h ATP 500 Valência – Final21:00h-0:00h Fed Cup: Final – EUA v. Itália

13/11 13:00h-16:30h ATP 1000 Paris – ½ Finais14/11 14:00h-16:00h ATP 1000 Paris – Final23/11 20:00h-21:30h ATP Finals Londres – 3.º Dia27/11 14:00h-15:30h ATP Finals Londres – ½ Final28/11 17:30h-19:30h ATP Finals Londres – Final

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03Sexta-feira, 5 denovembrode2010

MASCULINOSMaiores de 40 anosFernando Granero Almameda (Espanha)v. Nuno Delfino (Portugal), 6-4, 7-5Maiores de 45 anosJosé Luís Villuendas-Ortiz (Espanha) v.Pablos Benavides (Espanha), 6-3, 6-1Maiores de 50 anosManuel Coimbra (Portugal) v. FranciscoCarrilho (Portugal), 6-2, 6-4Maiores de 55 anosLuís Filipe Silva (Portugal) v. Juan Fran-cisco Arcones-Pastor (Espanha), 3-6,des.Maiores de 60 anosBuenaventura Velazquez (Espanha) v.John Howarth (GB), 7-5, 6-1Maiores de 65 anosNuno Allegro (Portugal) v. Francisco Ma-raver (Espanha), 2-6, 6-1, 10/3Maiores de 70 anosAntónio Trindade (Portugal)-Félix Can-dela (Espanha), 7-5, 6-2

FEMININOSMaiores de 40 anos(round robin) 1.ª Luísa Gouveia (Portu-gal), 2ª Cristina Almirall-Garbayo (Espa-nha)Maiores de 50 anosCarmen Lang-Verdugo (Espanha) v. Isa-bel Cunha d’Eça (Portugal), 6-2, 6-2Maiores de 60 anosBirgit Bocken-Jacob (Bélgica) v. VickyMikolajczak (Bélgica), des.

RESULTADOSFINAIS[ ]

MédisCopa Ibérica

�Um ano depois de ter atingido, eperdido, a final de pares do quadrodestinado aos maiores de 35 anos,Tiago Dores regressou à MédisCopa Ibérica para voltar a ceder nadiscussão do mesmo título. O mem-bro dos Gato Fedorento não ali-nhou desta vez ao lado de Nuno Al-meida, tendo surgido na companhiade Nuno Luís Rodrigues, seu habi-tual parceiro de treino nos cortes doJamor. Oferecendo novamente óp-tima réplica não evitou os parciaisde 5-7 e 4-6, a favor de Rui Jesus eJoão Zilhão, este último elementoda entidade organizadora (João La-gos Sports), ainda com fôlego paracompetir a um elevado nível, depoisda pressão a que foi sujeito pelos in-

cómodos causados pela chuva epela secagem –nem sempre bem su-cedida –dos cortes, principalmentenas jornada de sexta e sábado.

Tiago Dores ainda participounuma clínica de ténis dirigida acrianças desfavorecidas da Institui-ção Dom Francisco Gomes/Casados Rapazes, sediada em Faro, e queregistou também a presença do ex-vice-campeão mundial de maioresde 45 anos, Meca-Saavedra, bemcomo de Gabriel Aguilar, um uru-guaio radicado em Portugal, integra-do nos quadros técnicos do CIF. Nofinal dessa sessão, o humorista dos“Gato” trocou a raqueta pela cane-ta e investiu numa sessão contínuade autógrafos �

HUMORISTATIAGODORESSEMPREMUITOPOPULAR

Gatovice-campeão

MANUEL PEREZ

�Até a chuva fez questão de marcarpresença na festiva 100.ª etapa da Mé-dis Copa Ibérica, mas com o recursoa uma jornada suplementar a sessãoalgarvia permitiu à representação por-tuguesa reequilibrar as contas, depoisdo saldo negativo trazido da rondaanterior, em Madrid. Na tradicionalterceira e última etapa da fase regu-lar – falta apenas disputar o Masters,

em dezembro, para encerrar a 31.ªedição deste campeonato de vetera-nos pontuável para o ranking da ITF–, as instalações do Vilamouraténis vi-ram Portugal conquistar cinco títulos,apenas mais um do que a Espanha,voltando a Bélgica a ficar com o já ha-bitual domínio no escalão femininode maiores de 60 anos.

Históricos.Nas categorias mais jo-vens (40 e 45 anos), e, como tal, tam-bém mais competitivas, a Espanha es-teve implacável. Fernando GranadoAlameda estreou-se na Médis Copa

Ibérica com um triunfo na final sobreNuno Delfino, o campeão nacional demaiores de 40 anos, enquanto nos“45” Jose Luis Villuendas Ortíz bateuo compatriota Pablos Benavides, cam-peão no Estoril, beneficiando da re-núncia de Albert Meca-Saavedra, ex-número dois mundial e dominadordacampanha 2008 da “Copa” – vence-dor das três etapas e do Masters.

Entre os portugueses, e para alémde mais títulos conseguidos por Nu-no Allegro (65 anos) e António Trin-dade (70), destaque para o primeirosucesso de Luís Filipe Silva, nos “55”,com a colaboração de Juan Arcones-Pastor, recém-consagrado campeãode Espanha, vítima de uma lesão nascostas que implicou o abandono dafinal, após vencer o primeiro set.

Nas senhoras, Luísa Gouveia deua melhor sequência ao título de Ma-drid e voltou a ganharno Algarve, no-vamente diante da rival espanholaCristina Almirall Garbayo. A portu-guesa, sétima do ranking mundial demaiores de 45 anos, passa a integrarum elitista grupo de hegemónicoscampeões da Médis Copa Ibérica, cu-jas principais referências são, porexemplo, Virgílio Coutinho, Maria Jo-sé Silva ou o ainda muito ativo Antó-nio Trindade. �

APÓSTEREMSIDODOMINADOSEMMADRID,PORTUGUESESEQUILIBRAMASCONTASNOALGARVE

RescaldoparavernaSportTVaolongo

destefim-de-semana

ESTILO. Tiago Dores voltou a revelar uma excelente técnica

CLÍNICA. Crianças da Casa dos Rapazes aprenderam a jogar ténis

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EM EVIDÊNCIA. Luísa Gouveia e Nuno Allegro ajudaram a fazer pender a balança no confronto com os rivais ibéricos na prova

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DiferençamínimaO título acimapode daraen-

tenderacoroação de algunscampeões inesperados, mas naverdade trata-se do nome dabandaque animou o habitualJantarde Gala, no Fórum do Ho-tel Dom Pedro, criando um am-biente revivalista, com temas dosanos 60, 70 e 80.

The Outsiders

Entre o alargado rol de cam-peões, destaque-se o título depares mistos arrebatado por Isa-bel CunhaD´Eçae José CarlosSantos Costa. Umaduplaquetem aparticularidade de ser for-madaporumavice-presidentedaFederação Portuguesade Té-nis e pelo eterno secretário-geraldaentidade que regulaanossamodalidade.

Dupla federativa

Se bem que esta100.ªetapadaMédis Copa Ibérica tenha fi-cado marcadapelachuvanosdois primeiros dias, aindahouvetempo paraocuparos participan-tes em algumas atividades para-lelas. Foi o caso, porexemplo, deum jogo de futebol Portugal-Es-panha, ou de um test drive pro-movido pelaOpel paradaraco-nhecero novo Insígnia.

Contrariar a chuva

Ambiente de festa no D. Pedro

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04 Sexta-feiPortuguesesnoranking

gunda ronda em Buenos Aires conse-guiu descolar e a tournée teve comoponto alto o triunfo em Asunción so-bre o ídolo local, Ramon Delgado (pe-rante o nacionalismo exacerbado dopúblico!) e as meias-finais em Santia-go do Chile. Assim, Rui irá concluirpela quarta vez um ano como núme-ro 1 português no ranking mundial,igualando precisamente Frederico Gilnesse aspeto – com Nuno Marques aliderar essa tabela com 8 vezes, secun-dado por João Cunha e Silva com 6. Ocerto é que, tal como a dialética entreMarques e Cunha nos anos 80 e 90,também a saudável corrida entre Ma-chado e Gil promete ajudá-los a am-bos… e ao ténis nacional. �

MIGUEL SEABRA

� Esta é, em princípio, a última se-mana de competição para os dois me-lhores tenistas nacionais da atualida-de – e, salvo alguma surpresa ou mo-vimentações inesperadas de jogado-res classificados entre os postos 90 e120 da hierarquia mundial, tudo in-dica que Rui Machado terminará aépoca como primeiro número umluso na hierarquia mundial (eventual-mente no top 85 ou top 90) e que oténis português terá pela primeira vezdois jogadores imiscuídos no lote doscem primeiros no ranking de fim deano do ATP World Tour.

Rui Machado e Frederico Gil fazemhistória em conjunto, depois de teremprotagonizado indiretamente um in-teressante despique pelo melhor posi-cionamento possível na classificaçãomundial – com o algarvio a aprovei-tar a série de Challengers na América

do Sul para ultrapassar o seu amigo erival, já que o sintrense não conseguiunenhum brilharete nos mais forteseventos ATP World Tour que esco-lheu jogar na Europa.

Jamor.No dealbar da primavera já seantevia uma interessante luta entre am-bos pela primazia no ranking, mas oduelo fratricida que protagonizaramnos quartos-de-final do Estoril Opennão só lançou Frederico Gil para umafinal que esteve perto de ganhar comotambém lhe deu o ascendente classifi-cativo durante vários meses.

É que, para além de uma dura der-rota em três sets sofrida em condiçõesexcecionais (não fez alarido disso,mas atuou debilitado com uma gas-troenterite) e que o afetou psicologi-camente durante algumas semanas, àentrada do verão Rui Machado tam-bém foi confrontado com a sua pró-pria necessidade de se separar do gru-po de trabalho de João Cunha e Silvapara assumir um técnico a tempo in-teiro – situação que também o consu-miu mentalmente durante um perío-do crítico da temporada.

Américas.A partir do momento emque a decisão ficou tomada e a esco-lha recaiu sobre Bernardo Mota, os re-sultados começaram a aparecer numpériplo encetado conjuntamente nocontinente sul-americano e que aténem começou em condições ideais:problemas nas costas trazidos da eli-minatória da Taça Davis face à Bósnia-Herzegovina e uma virose perturba-ram-lhe a prestação no primeiro tor-neio (desistiu na segunda ronda emMontevideu), mas depois de nova se-

MachadadafinaNALUTAPELOPOSTODENÚMERO1PORTUGUÊSNORANKINGATP,ALGARVIOCONSEGUEMELHORPONTAFINALQUEORIVALEAMI

ELOGIOS.A imprensa

paraguaia nãose cansou de

elogiar o triunfode Rui Machado

sobre o heróilocal Ramón

Delgado (quedefendia o

título),conseguido

num ambienteinfernal de

nacionalismoexacerbado

RuiMachadodeveráestrear-senotop90nalistaapublicar

napróximasemana

�O período menos bom da épocade Rui Machado coincidiu com o seudesaire face a Frederico Gil nos quar-tos-de-final do Estoril Open e tevedepois uma segunda fase relaciona-da com a sua mudança de acompa-nhamento técnico. Mas o que se pas-sou no Jamor marcou decisivamen-te o ano do algarvio (e do sintrense).

“É-me difícil explicar bem o quesucedeu após o Estoril Open”, assu-me Rui Machado; “eu não estavabem (NR: padecia de uma virose)nesse embate dos quartos-de-final eadmito que foi uma derrota muitodura –não propriamente por perder,mas porestarnos quartos-de-final doEstoril Open, o maior torneio de té-nis português, com o estádio cheio.Afetou-me muito durante algumtempo, pensei demasiado no queaconteceu durante as semanas se-guintes… a única coisa que me re-confortou foi que dei o máximo aten-dendo às circunstâncias e tive capa-

AADMISSÃODAEXPERIÊNCIA

«EstorilOpen

�Uma outra “situação” perturbou aprestação de Rui Machado ao longodo verão: “Tive de tomar uma deci-são, bastante pensada, que implicouuma mudança na minha vida profis-sional – e enquanto esse processonão ficou resolvido, durante algumassemanas também não consegui estarde cabeça livre para jogar o meu me-lhor”, confessou Rui Machado.“Quando tomei a decisão de deixara equipa técnica do João Cunha e Sil-va, recuperei a confiança e comeceia ter melhores resultados – já jogueibem em Como e em Sevilha”.

A escolha do novo treinador foifeita em Agosto. “Elaborei uma pe-

AHISTÓRIADOPROCESSODE

«TrabalhopeFE

RNAN

DOCO

RREI

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CUMPLICIDADE. Boa comunica

Page 5: Jornal do Ténis - 5 Novembro 2010

05ra, 5 denovembrode2010 Portuguesesnoranking

alIGOSINTRENSE

BERNARDOMOTAAVALIAPRIMEIRASSEMANASDEPARCERIACOMPUPILO

Altapercentagemcidade de sacrifício, não tendo nadaa recriminar-me nesse aspeto. Mas asituação afetou o meu desempenhonos torneios seguintes!” �

ATRAUMÁTICANOJAMOR...

nafetou-me»

quena lista de treinadores que me in-teressavam e por sorte fiquei-me logopela minha primeira opção – escolhio Bernardo Mota pelo trabalho quetínhamos desenvolvido no LagosTeam quando vim de Barcelona paraPortugal. Sabia que ele me poderiadar um trabalho mais personalizadoe estar disponível para este tipo deacompanhamento; achei que ele mepoderia ajudar a atingir os objetivosa que me tinha proposto e tudo cor-reu da melhor maneira: o meu obje-tivo de carreira era atingir o top 100e já lá estou. Agora, a intenção é per-manecer lá o máximo de tempo pos-sível e... ir melhorando sempre.” �

ESCOLHADONOVOTREINADOR

ersonalizado»

� Escreveu-se sobre sobre o triunfode Rui Machado em Asunción: “Ra-món Delgado teve pela frente um ad-versário de nível estupendo, que apre-sentou um ténis de grande consistên-cia – desde o serviço, passando pelasjogadas no fundo do campo até à ca-pacidade de conclusão”. Foi uma vi-tória épica, alcançada perante um pú-blico tão hostil que chegava a aplau-dir errosnoprimeiro serviçoparaper-turbaro segundo saque do algarvio…

mas que no fim foi seduzido pelo dis-curso do vencedor: “Nunca jogueinum sítio em que o público fosse tãofiel ao seu jogador!”.

O rescaldo a fazer, antes dos quar-tos-de-final em Medellín? “Passei aprimeira semana doente e a segundaa recuperar; em Asunción, tive umasegunda ronda difícil que me lançoudefinitivamente e foi nessa semana,nas meias-finais com o Carlos Berloq,que terei efetuado o meu melhor en-

contro da digressão: senti-me a jogara um nível altíssimo. A boa prestaçãona resposta, devolvendo muitos servi-ços, torna-me muito competitivo; noserviço, em vários encontros passeidos 80 porcento de primeiros saques.Aconfiança ajuda –sinto-me mais jo-gador, mais lúcido, a facilidade emabrir ângulos com a direita, sobretu-do a cruzada, está a fazer a diferençae até tenho completado muitas joga-das com finalizações à rede.” �

AAVALIAÇÃOPESSOALDOATUALLÍDER NACIONALÀPRESTAÇÃOSUL-AMERICANA

«Sinto-memaislúcido,maisjogador»

FERN

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CORR

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ação com o técnico Bernardo Mota No centro das atenções

ÊXITO. Assenta em pragmático espírito competitivo e elevados índices percentuais no serviço e na direita

NÚMEROUMNOFIMDAÉPOCARegisto dos líderes portugueses no rankingde final de temporada no ATP World Tour.1986 – João Cunha e Silva – 339.º ATP1987 – João Cunha e Silva – 282.º ATP1988 – João Cunha e Silva – 211.º ATP1989 – Nuno Marques – 158.º ATP1990 – Nuno Marques – 102.º ATP1991 – Nuno Marques – 151.º ATP1992 – João Cunha e Silva – 121.º ATP1993 – João Cunha e Silva – 132.º ATP1994 – Nuno Marques – 166.º ATP1995 – Nuno Marques – 90.º ATP1996 – Nuno Marques – 124.º ATP1997 – Nuno Marques – 187.º ATP1998 – Nuno Marques – 226.º ATP1999 – João Cunha e Silva – 288.º ATP2000 – Bernardo Mota – 367.º ATP2001 – Emanuel Couto – 314.º ATP2002 – Bernardo Mota – 341.º ATP2003 – Rui Machado – 486.º ATP2004 – Rui Machado – 393.º ATP2005 – Rui Machado – 259.º ATP2006 – Frederico Gil – 154.º ATP2007 – Frederico Gil – 144.º ATP2008 – Frederico Gil – 110.º ATP2009 – Frederico Gil – 69.º ATP2010 – Rui Machado – ?????

PORTUGUESESEMCLÃCOESO

ConfrarialusanaAméricadoSul�Rui Machado tem beneficiado deapoio suplementar: “Não é normalhaver tantos portugueses, geral-mente ando sempre com grupos deoutras nacionalidades – aqui temhavido o nosso próprio grupo, éuma fortaleza e é muito gratifican-te contar com o apoio deles”. Paraalém de Bernardo Mota, têm esta-do também no périplo sul-america-no Leonardo Tavares (durante duassemanas acompanhado do técnicoNuno Marques), Pedro Sousa (como treinador Manuel Costa Matos)e Gastão Elias (com o técnico bra-sileiro Jaime Oncins). Leonardotem conseguido bons resultadosque perspectivam a sua reentradano top 200; Pedro e Gastão nãotêm tido sorte nos qualifyings e jo-gam agora eventos Future. �

Com Leonardo, Pedro e Gastão

MIGUEL SEABRA

�Veni, vidi, vinci – de facto, Bernar-do Mota chegou, viu e Rui Machadovenceu. O ex-campeão nacional aju-dou o novo pupilo a estabilizar emo-cionalmente e a cumprir o desejo dequebrar a barreira psicológica do top100. Como é que avalia o percursodo seu jogador?

“O Rui está atualmente mais rela-xado na sequência do seu acesso aotop 100. Antes estava tenso, comoque numa missão”. E revela que o seupapel tem sido facilitado pelas quali-dades intrínsecas do algarvio: “É es-perto e perspicaz; é também muitoambicioso mas de forma realista – ea sua personalidade prática projeta-se no jogador que é, sabendo canali-zar as suas forças para o que é neces-sário. Nunca grita vitória antes dotempo, luta sempre até ao fim. É umrapaz de personalidade vincada, defortes convicções, um profissional ex-celente e exigente. Por vezes dá mos-

tras de estar cansado, outras vezesqueixa-se… mas quando é precisosabe ir buscar as forças necessáriaspara atingir os seus objetivos”.

Técnica.Nesta fase terminal de umaépoca desgastante, Bernardo Motatem sobretudo efetuado com Rui Ma-

chado um trabalho de gestão emocio-nal, orientação geral e de recupera-ção – insistindo em exercícios bidiá-rios de flexibilidade e seguindo umplano cuidadosamente gizado pelopreparador físico Paulo Figueiredo.O limar de algumas arestas técnicase o aumento do arcaboiço físico fica-rá sobretudo para a pré-época; parajá, o atual número um português tem

evidenciado grande confiança na ex-ploração das mais valias e até no re-curso aos aspetos menos fortes do seujogo. Mota faz o retrato:

“O Rui é um jogador que gosta do-minar no fundo do campo com umbaixíssimo número de erros não for-çados e atacando sobretudo com asua direita – e a sua direita cruzadaé muito forte, criando muitos dese-quilíbrios. A esquerda cruzada tam-bém desequilibra e temos trabalhadoas acelerações na esquerda paralela.O seu serviço tem sido muito sólido,com percentagens altíssimas de pri-meiras bolas; à semelhançade RafaelNadal antes, não é um serviço atacá-vel mas não lhe dá muitos pontos di-retos, vamos fazer com que no futu-ro consiga mais saques ganhantes ouque proporcionem pontos mais cur-tos. Está sobretudo a marcar a dife-rençanarespostaaoserviçoe temsur-preendido os adversários com subi-das à rede: os próprios rivais têm elo-giado essa evolução no seu jogo!” �

Gosta de dominar no fundodo campo e a forte direitacruzada cria desequilíbriosdireita cruzada criadesequilíbrios

Page 6: Jornal do Ténis - 5 Novembro 2010

06 Sexta-feira, 5 denovembrode2010

PEDRO CARVALHO

�Rui Machado e Frederico Gil têmdominado as atenções dos amantesdo ténis – e serão muitos os que es-peram semelhante correspondênciano sector feminino para que um diaseja também possível ver duas lusasno top 100 mundial. O caminho nãoé fácil, mas há atletas dispostas a su-bir no ranking a pulso: Maria JoãoKoehler (18 anos) e Magali de Lattre(23), ambas ainda longe de arrumaras raquetas este ano.

Atualmente na sexta semana con-secutiva “fora de casa”, a portuenseregressou aos torneios de 10.000 dó-lares – “apenas o segundo este ano”,diz com orgulho – numa temporadamarcada, para já, por 19 provas, com

um saldo de 23V e 17D. As meias-fi-nais jogadas no Cairo (Egito) na se-mana passada são o melhor registo,atendendo à categoria da prova(25.000). O descanso, esse, aindavem longe. “Fisicamente sinto-mebem e depois ainda terei mais doiseventos de 10.000 dólares, estandoem aberto um 25.000. Continuo naluta e espero que esta série de torneiosme deem pontos para entrardireto namaioria dos torneios em 2011”, ex-plicou a partir das Baleares. Quandoconseguir descansar da longa jorna-da, fá-lo-á com o pensamento nos In-terclubes e na pré-época. Férias a sé-rio serão curtas e em casa, no Porto.

Obstáculos.Tempo livre é algo quetambém Magali de Lattre não temtido em grandes quantidades. Aapos-ta além-fronteiras é mesmo para con-tinuar e voltou a dar frutos recente-mente, com uma meia-final em Glas-gow (Escócia) e quartos-de-final nasemana passada em Istambul (Tur-quia). “Esta época tem sido a maispositiva de toda a minha carreira”, co-meça por dizer a luso-helvética, semesquecer as dificuldades dos primei-ros cinco meses do ano. “Foram mui-tos quilómetros até Miramar e Pom-bal para fazer fisioterapia e ortodôn-cia de modo a resolver as dores nascostas mas, com a ajuda dos médicose dos treinadores do Carcavelos Té-nis, consegui recuperar e as vitóriasem Montemor e Alcobaça devolve-ram-me a confiança”, garante.

Antes de fechar o ano, Magali temainda agendadas participações nos In-terclubes e em duas provas no Dubai(10.000 e 75.000) onde, a convite deuma academia local, deverá perma-necer para fazer a pré-época e con-

fiante para 2011. “Aproveitando a es-tada no Médio Oriente vou procurarpatrocínios que me possam ajudarnas despesas. Hoje em dia tenho aajuda da Wilson e a Angelini, mas

continuo a ter de partilhar quartos dehotel e a optar por companhias low-cost, mesmo que implique dar umavolta inteira à Europa para jogar umtorneio na própria Europa.” �

Circuitofeminino

RANKINGWTADE1NOVEMBRO198.ª Michelle Larcher de Brito387.ª Magali de Lattre415.ª Maria João Koehler829.ª Neuza Silva862.ª Rita Freitas891.ª Frederica Piedade935.ª Sofia Araújo

1042.ª Bárbara Luz1068.ª Ana Claro

CANCELOU TORNEIONAPRÓXIMASEMANA

Michellesóparaoano?�Michelle Brito está atualmenteem Bradenton com o seu tutor paraacabar os estudos liceais e fazerpraia; entretanto, recomeçou a apu-rar a condição física e em breve es-tará de regresso aos treinos de cam-po –revela o seu empresário no âm-bito da IMG, Ben Crandell.Depreende-se, assim, que Michelleterá colocado, há mais de um mês,um ponto final numa temporada naqual somou apenas 12 encontrosganhos face a 17 desaires indivi-duais, maioritariamente em provasdo escalão WTA Tour (incluindoGrand Slams). Um registo que co-loca a jovem emigrante bem longedo seu melhor ranking (76.ª em ju-lho de 2009) e com pouca margemde conforto para enfrentar 2011,que poderá ser um ano do tudo ounada, atendendo à enorme expec-tativa que, desde cedo, tem envol-vido a sua carreira. Em 2010, vá-rias vezes Michelle defendeu-secom a limitação de torneios impos-ta pela sua idade para justificar apressão sentida nas horas de maioraperto. Um cenário que, dentro dedois meses e meio, deixará de fazer

sentido. No final de janeiro chega atão ambicionada maioridade e opassaporte para todos os torneiosque quiser jogar. E aí novas espe-ranças renascerão: será Michelle ca-paz de comprovar todo o seu po-tencial “sem qualquer pressão” so-bre os seus ombros? �

PORTUGUESASDENOMEESTRANGEIROACOMPANHAMREGISTOSEMALTADOSRAPAZES

KoehleredeLattrecomresultadosauspiciosos

MariaJoãoeMagaliprocuramfechara

épocade2010dentrodotop350mundial

GARRA.A jovemMaria JoãoKoehlerpersegueo sonho deintegrar top100; Magalide Lattreestá de novoa jogar bem

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2010 foi uma época frustrante

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COMRANKINGPROTEGIDO

Frederica semmuitapressa� Antiga “ponta-de-lança” do té-nis feminino nacional, FredericaPiedade (27 anos) continua na sen-da da recuperação total da opera-ção ao ombro esquerdo –numa le-são em tudo semelhante à de Ma-ria Sharapova, afastada dos courtsdurante 10 meses. A portuguesanão compete desde a Fed Cup (fe-vereiro) e o regresso à competiçãosó acontecerá em 2011. “Não que-remos apressar nada, pois seria ar-riscar muito e poderíamos ter devoltar atrás. A Frederica voltará acompetir só para o ano, com orankingprotegido, e confiante parafazer uma boa época”, adiantou opai e treinador Miguel Horta. ��

Ex-número 1 vai regressar