Jornal Encontro Dezembro 2011

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Página Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 16 - III Série - Dezembro /2011 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo) Entrevista com Ricardo Chibanga Ricardo Chibanga, figura incon- tornável do toureio nacional e internacional, esteve na nossa Escola para falar com o ENCONTRO ENCONTRO - Onde nasceu? Ricardo Chibanga - Em Moçambique. ENCONTRO – Com que idade começou a tourear? Ricardo Chibanga – Comecei a gos- tar de touros em Moçambique: havia uma praça de touros onde iam os tou- reiros portugueses, espanhóis, mexica- nos. Comecei a gostar da festa brava. Não tinha condições para vir para a metrópole, nós não dizíamos Portugal. Na altura chamava-se metrópole por- que Portugal tinha colónias africanas como Guiné, Angola, Moçambique, Cabo Verde. Dessas colónias todas aquela da qual eu gostava mais era de Moçambique porque tinha uma praça de touros. Era lá que encontrávamos touros, cavaleiros… e iam também toureiros portugueses, espanhóis, me- xicanos. Foi por causa disto que eu comecei a ser conhecido destes senho- res … (Página 3) Poesia ou talvez não… (Página 9) ”O Poeta é um fingidor”, Fernan- do Pessoa Página 10) Deambulando pelas ruas de Sin- tra… Percurso Queirosiano (Página 12) Agromais atribui prémio monetá- rios a alunos. No dia 30 de Setembro, designado pelo Ministério da Educação por Dia do Di- ploma, decorreu a cerimónia de entre- ga dos diplomas de Quadros de Valor e de Excelência, de conclusão dos Cur- sos CEF, Profissional e Secundário relativos ao ano letivo 2009/2010. Foi também entregue o Diploma de Mérito ao melhor aluno do Ensino Secundário e do Curso Profissional que fo- ram,respectivamente,Adriana Filipa Soares Narciso e Bruno Alexandre Félix Vedor. … (Página 16) Henrique Bento*João Mendes*Catarina Almeida Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia (Páginas 7 e 8) E porquê o Desenho e a Pintu- ra? ... (Página 17) “Terramoto de 1755, Os Quês e Porquês” (Página 18) "Dia Internacional da Pessoa com Deficiência" (Página 22) Mensagem de despedida Aos colegas que, por mim, manifestaram algu- ma amizade, respeito e consideração durante a minha carreira profissio- nal nesta escola, agrade- ço sinceramente a sua amabilidade e companheirismo. Aos restantes cole- gas peço desculpas por não ter sabido cativar-lhes tão nobres sentimentos. ... (Página 2)

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Jornal Encontro de Dezembro de 2011

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Page 1: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página

Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 16 - III Série - Dezembro /2011 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo)

Entrevista com Ricardo Chibanga

Ricardo Chibanga, figura incon-tornável do toureio nacional e internacional, esteve na nossa

Escola para falar com o ENCONTRO

ENCONTRO - Onde nasceu?

Ricardo Chibanga - Em Moçambique.

ENCONTRO – Com que idade começou

a tourear?

Ricardo Chibanga – Comecei a gos-

tar de touros em Moçambique: havia

uma praça de touros onde iam os tou-

reiros portugueses, espanhóis, mexica-

nos. Comecei a gostar da festa brava.

Não tinha condições para vir para a

metrópole, nós não dizíamos Portugal.

Na altura chamava-se metrópole por-

que Portugal tinha colónias africanas

como Guiné, Angola, Moçambique,

Cabo Verde. Dessas colónias todas

aquela da qual eu gostava mais era de

Moçambique porque tinha uma praça

de touros. Era lá que encontrávamos

touros, cavaleiros… e iam também

toureiros portugueses, espanhóis, me-

xicanos. Foi por causa disto que eu

comecei a ser conhecido destes senho-

res … (Página 3)

Poesia ou talvez não… (Página 9)

”O Poeta é um fingidor”, Fernan-do Pessoa Página 10)

Deambulando pelas ruas de Sin-tra… Percurso Queirosiano (Página 12)

Agromais atribui prémio monetá-rios a alunos.

No dia 30 de Setembro, designado pelo

Ministério da Educação por Dia do Di-

ploma, decorreu a cerimónia de entre-

ga dos diplomas de Quadros de Valor e

de Excelência, de conclusão dos Cur-

sos CEF, Profissional e Secundário

relativos ao ano letivo 2009/2010. Foi

também entregue o Diploma de Mérito

ao melhor aluno do Ensino Secundário

e do Curso Profissional que fo-

ram,respectivamente,Adriana Filipa

Soares Narciso e Bruno Alexandre

Félix Vedor. … (Página 16)

Henrique Bento*João Mendes*Catarina Almeida

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

(Páginas 7 e 8)

E porquê o Desenho e a Pintu-ra? ... (Página 17)

“Terramoto de 1755, Os Quês e Porquês” (Página 18)

"Dia Internacional da Pessoa com Deficiência" (Página 22)

Mensagem de despedida Aos colegas que, por

mim, manifestaram algu-

ma amizade, respeito e

consideração durante a

minha carreira profissio-

nal nesta escola, agrade-

ço sinceramente a sua amabilidade e

companheirismo. Aos restantes cole-

gas peço desculpas por não ter sabido

cativar-lhes tão nobres sentimentos. ...

(Página 2)

Page 2: Jornal Encontro Dezembro 2011

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Coordenadores

(Deste número)

Professores:

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Alunos:

(Os mais assíduos)

5º Ano -Turma B

Francisca Alcobia

Ana Luísa Ferreira

Laura Oliveira

João Mota

Beatriz Santos

Duarte Cerdeira

6º Ano -Turma c

Bernardo Ferreira

7º Ano -Turma C

Manuel Nunes

Daniel Santos

8º Ano - Turma A

Ricardo Carvalho

Rodrigo Ferreira

8º Ano - -Turma B

André Moreira

Reprodução

Luís Farinha

Propriedade

Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)

Sede:

Escola Mestre Martins Correia

Rua Luís de Camões - Apartado 40

2150 GOLEGÂ

Telefone: 249 979 040

Fax: 249 979 045

E-mail: [email protected]

Página Web: www.agrupamentoegap.pt

Moodle: moodle.agrupametoegap.pt

Biblioteca: biblioteca.agrupamentoegap.pt

Jornal: encontro.agrupamentoegap.pt

Tiragem

50 exemplares - Papel

100 exemplares - Digital

Caros leitores,

Cá estamos de novo para vos dar a conhecer o que foi

acontecendo na nossa escola ao longo do primeiro perío-

do.

Como é hábito, temos uma entrevista, desta vez a uma

grande figura do toureio, Ricardo Chibanga. Julgamos que

não devem perder esta entrevista, uma vez que é um gran-

de testemunho de vida, vida construída a pulso. Para além

disso, numa época em que muitos valores que considera-

mos fundamentais tendem a desaparecer é gratificante fa-

lar com uma pessoa que pauta a sua vida pela boa educa-

ção, pelo reconhecimento, pela gratidão e que não se quei-

xa, antes agradece tudo o que a Vida e Deus, dado que é

um homem de fé, lhe proporcionaram.

Temos ainda outras pequenas entrevistas que pensamos

que gostarão de ler, uma vez que são testemunhos de anti-

gos alunos que frequentaram esta escola.

O restante é aquilo a que estão habituados, e que mostra

que este Jornal é feito sobretudo pelos alunos.

É impossível fugir à repetição, por isso deixamos aqui os

nossos desejos de umas Boas Festas, de um bom descan-

so para retomar forças para o segundo período e uma vez

que esta época é de contenção financeira não se esque-

çam que podem sempre esbanjar Amizade, Compreensão,

Solidariedade…

Os dinamizadores da Oficina de Jornalismo

Mensagem de despedida

Aos colegas que, por mim, manifestaram alguma amizade, respeito e conside-

ração durante a minha carreira profissional nesta escola, agradeço sincera-

mente a sua amabilidade e companheirismo. Aos restantes cole-

gas peço desculpas por não ter sabido cativar-lhes tão nobres

sentimentos.

Aos funcionários da nossa escola agradeço toda a colabo-

ração prestada e a paciência que tiveram em me aturar ao

longo de todos estes anos.

Aos meus alunos mais decentes e educados desejo-lhes muitos suces-

sos na vida e faço votos para que, no futuro, ajudem a salvar este país.

A todos muito obrigado e até sempre.

Prof. António Braz

Ficha Técnica Editorial

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Entrevista com Ricardo Chibanga

amigo, de nos trazerem de Moçambique aos dois. Quando

chegámos à metrópole, em Setembro de1962, nós não tínha-

mos bem a noção do que era o toureio; nós tínhamo-nos apai-

xonado pelo traje de luzes

ENCONTRO – Mas este traje não se pode vestir logo, pois não?

Ricardo Chibanga – Não. Foi muito tarde. Chegámos numa

quinta-feira, em Setembro de 1962 e no dia seguinte eram as

festas da Nazaré, nessa sexta-feira toureavam Manuel dos

Santos e Dimantino Viseu e no sábado Manuel dos Santos e

António dos Santos, que eram naturais da Golegã. No domin-

go, sem termos noção do que era o toureio, pois nós quería-

mos ser toureiros mas não tínhamos a noção exata do que

era ser toureiro, gostávamos da festa em si, vestiram-nos de

toureiros para uma vacada, uma brincadeira. Entrámos e co-

mo nessa altura em Portugal os africanos eram futebolistas e

estudantes foi uma grande surpresa, a alegria das pessoas ao

verem-nos, dois africanos numa vacada. Nessa vacada as

pessoas riram, brincaram, acharam graça. Nós tínhamos vin-

do para ficar três meses, setembro, outubro e Novembro e era

para voltarmos novamente para África. No entanto, ficámos

cá a treinar. Levaram-nos para Torres Novas para uma escola

aprender toureio com o senhor Mário Leão. Quando saímos

de Torres Novas ficámos cá dois anos e depois eu fui para a

tropa. Quando acabei a tropa e como gostava da festa, vim

para a Golegã. Na Golegã, foi o senhor Patrício Sousa Cecílio

que nos ensinou a tourear, a mim e a outro amigo. Quando

viram que eu estava em condições, foi nessa altura que eu

comecei a vestir o traje de luzes. Aprendi, tive muita ajuda de

muita gente, de

ENCONTRO - Onde nasceu?

Ricardo Chibanga - Em Moçambique.

ENCONTRO – Com que idade começou a tourear?

Ricardo Chibanga – Comecei a gostar de touros em Mo-

çambique: havia uma praça de touros onde iam os toureiros

portugueses, espanhóis, mexicanos. Comecei a gostar da

festa brava. Não tinha condições para vir para a metrópole,

nós não dizíamos Portugal. Na altura chamava-se metrópole

porque Portugal tinha colónias africanas como Guiné, Angola,

Moçambique, Cabo Verde. Dessas colónias todas aquela da

qual eu gostava mais era de Moçambique porque tinha uma

praça de touros. Era lá que encontrávamos touros, cavalei-

ros… e iam também toureiros portugueses, espanhóis, mexi-

canos. Foi por causa disto que eu comecei a ser conhecido

destes senhores que gostavam da festa brava; nós, na altura,

em Africa, era mais futebol. Na minha zona os jogadores de

futebol eram famosos na metrópole.

ENCONTRO - Qual era a sua zona?

Ricardo Chibanga – É Mafalala onde nasceu o Coluna, o Hilá-

rio, o Matateu, o Vicente, o Eusébio, onde nasceram grandes

jogadores da bola. Eu comecei a ir às touradas e aos toiros

de Portugal, comecei a apaixonar-me pela roupa de toureio o

traje de luzes, apaixonei-me por aquilo, comecei a gostar.

ENCONTRO – Tinha que idade?

Ricardo Chibanga – Tinha 12, 14 anos. Depois tive a sorte

de aqueles senhores gostarem de mim, ajudava a limpar as

praças de toiros, quando havia corridas em Moçambique, no

fim do ano, na Páscoa, nas festas da cidade em Julho. Come-

cei a gostar daquilo, e aqueles senhores também gostaram de

mim, foram grandes senhores na minha vida. Gostaram de

mim e também de um grande amigo meu. Então, foram falar

com o governador geral, que na altura era Sarmento Rodri-

gues, para nos trazer para a metrópole. Quando chegámos cá

eu tinha 18 anos. Vim de avião, da força área de Portugal, no

avião do governador geral. Tive a sorte, assim como o meu

Foto Jornal Expresso

Continua

Page 4: Jornal Encontro Dezembro 2011

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grandes senhores da terra, da Golegã,

que têm touros e ganadarias (é difícil

citar todos e não quero esquecer-me

de nenhum), muitos goleganenses e do

resto do país também Quando viram

que eu estava em condições fui para

Espanha. Em Espanha consegui vitó-

rias. Lutei e houve muitas tardes de

glória, muitas… como também tive

outras tardes difíceis, levei muitas cor-

nadas, mas com êxito. O difícil é quan-

do sentimos que temos de ter valor

para vencer o difícil e eu venci. Conse-

gui ser toureiro e doutorei-me no tou-

reio mundial em 15 de agosto de 1971

em Sevilha, onde tomei a minha alter-

nativa que é o doutoramento de tou-

reio. A minha vida foi espetacular, triun-

fei nos quatro continentes, África, Euro-

pa, América e Ásia, e na Ásia nunca

tinha havido touradas, como por exem-

plo na Indonésia e em Macau. Fui para

muitos países, Moçambique, Angola,

Portugal, Espanha, França, Colômbia,

Venezuela, México, Canadá, Estados

Unidos… Estes são alguns dos países

onde tive a sorte de estar e tive a sorte

de triunfar. E nos momentos difíceis, as

Ricardo Chibanga – São dois animais

que se enfrentam, um racional e o ou-

tro irracional. A paixão faz-nos dominar

o irracional e vencer o medo. Nunca

sacrifiquei nenhum touro como nenhum

nunca me sacrificou. São dois seres

vivos que se enfrentam para que vença

o mais forte, mas por vezes o mais

fraco também pode vencer o mais for-

te. Para mim, era a minha paixão, a

minha glória, era algo que me dava

prazer, que me fazia feliz. Sentir, não

olhar ao perigo. Enfrentar o touro é

também um teste à nossa capacida-

de… capacidade de enfrentar o “mais

forte”.

ENCONTRO – Quando se conhece al-

guém e se convive com essa pessoa,

poder-se-á dizer que existe amizade. O

que significa amizade para si?

Ricardo Chibanga – Amizade existe

quando as pessoas são afáveis e

quando há respeito. Deve existir res-

peito e quando me faltam ao respeito

eu afasto-me. As pessoas são boas,

mas por vezes…são humanas, e quan-

do falta o calor humano… O calor hu-

mano é a base de qualquer pessoa. A

base principal do ser humano é respei-

tar o próximo e quando vejo que uma

pessoa não sabe respeitar o outro eu

afasto-me. Respeito todo o ser huma-

no.

pessoas reconheciam o meu valor e

ajudavam-me.

Tive momentos difíceis, quando levava

cornadas, estive várias vezes às portas

da morte, levei uma cornada no pesco-

ço, estive 18 dias em coma em Espa-

nha. Levei essa cornada quando esta-

va a tourear de joelhos, porque as pes-

soas gostavam de me ver tourear de

joelhos. Tinham simpatia e afeto para

comigo e eu dava tudo por tudo. O Dr

Isabelinha de Santarém, um grande

senhor e um grande médico, ajudou-

me muito porque essa cornada atingiu-

me a vista e tive de ser operado. Pas-

sados uns anos fui operado duas vezes

e colocaram-me uma lente que me

danificou a vista e tive de fazer um

implante da córnea. Tenho de reconhe-

cer que era a minha profissão e não

posso dizer mal porque todas as profis-

sões têm o bom e o mau. E eu, graças

a Deus, estou feliz e consegui o que

nunca tinha conseguido e Portugal deu

-me tudo. Sou o primeiro toureiro negro

mundial e da história. Obrigado Portu-

gal, nunca pensei na minha vida vencer

o que venci, tive todos os apoios, tanto

do governo português como do povo

português. Deram-me tudo.

ENCONTRO - Nunca teve medo quando

enfrentava o touro ajoelhado?

Ricardo Chibanga – Toda a gente

tem medo, mas domina-se. A ambição

de querer vencer faz-nos dominar o

medo. Não há nenhum toureiro que

não tenha medo. Toda a gente tem

medo e cada um tenta dominá-lo para

vencer.

ENCONTRO - Estar frente ao touro, olhar

para ele olhos nos olhos…

Entrevista com Ricardo Chibanga

Page 5: Jornal Encontro Dezembro 2011

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ENCONTRO - Por que motivo é que os

toureiros usam trajes coloridos, brilhan-

tes, dourados e prateados?

Ricardo Chibanga – O traje dourado

é para os matadores de touros e o pra-

teado para os subalternos, isto é, para

os bandarilheiros. E nós como somos

cabeça de cartaz, nós é que somos a

base da festa, por isso a roupa doura-

da, com luzes. Os bandarilheiros usam

a cor prateada.

ENCONTRO – E o significado do capote

vermelho, qual é?

Ricardo Chibanga – O touro não vai

ao vermelho, segue o vulto. O touro

tem uma visão a preto e branco e o

que ele segue é a sombra, o vulto.

ENCONTRO – Não é então a cor verme-

lha que atrai o touro?

Ricardo Chibanga - Não. Pode usar-

se outra cor porque o touro, como já

disse, segue o vulto. O touro vai ao

engano, segue o vulto e o movimento.

Usa-se esta cor por ser mais apelativa,

mais viva.

ENCONTRO – Por isso é que se uma

pessoa estiver parada o touro não rea-

ge?

Ricardo Chibanga – O toureiro não se

mexe, está parado e quando o touro se

aproxima, mexe, abana o capote para

atrair o animal, e este vai ao engano.

ENCONTRO – Quais as características

necessárias para exercer a sua profis-

são?

conhecidos em Portugal e pensava que

gostaria também de ser alguém. Tive a

sorte de poder seguir esta minha pai-

xão e estou cá! Mas tive de lutar para

poder vencer naquilo que eu gostava.

ENCONTRO – Já lhe devem ter colocado

esta questão, gosta de ser toureiro.

Ricardo Chibanga – Adoro, é a minha

paixão. Se voltasse atrás faria tudo da

mesma forma.

ENCONTRO – Se não tivesse sido tou-

reiro, qual teria sido a sua profissão?

Ricardo Chibanga – Não sei. A vida

em África era bastante difícil e não

tinha futuro. Era jovem e não sabia

quais eram as minhas ambições. A

pobreza que existia na minha família,

nessa altura não tinha condições de

vencer, mas tive a sorte de concretizar

o meu sonho, concretizar a minha pai-

xão e ser toureiro. E se não o fosse,

não sei o que iria fazer na minha vida.

ENCONTRO – O que sente quando che-

ga à arena?

Ricardo Chibanga – Quando chego à

arena peço a Deus Todo Poderoso que

me ajude para poder triunfar, para que

o público aprecie o espetáculo e para

que eu possa retribuir a simpatia desse

público.

Ricardo Chibanga – É preciso gostar,

ter paixão, boa forma física e treinar.

Mas a base principal é ter pujança e

querer vencer.

ENCONTRO – São necessárias quantas

horas diárias de treino?

Ricardo Chibanga – Não há horas

específicas. Deve fazer-se ginástica

diariamente, uma hora ou duas horas,

pegar nas muletas, nas bandarilhas.

Mas o principal é a pessoa sentir-se

forte e poderoso. Levei algumas corna-

das quando não me sentia fisicamente

forte, o próprio touro sentia que eu es-

tava mais fraco fisicamente. Quando eu

estava mais forte não sentia medo e

sentia o impacto e confiança para en-

frentar o touro.

ENCONTRO – É necessário ter cuidado

com a alimentação?

Ricardo Chibanga – Não necessaria-

mente.

ENCONTRO – Mas é preciso ter muita

coragem?

Ricardo Chibanga – Lógico mas to-

dos nós temos de ter coragem, mas é

preciso gostar, sentir paixão. Se gos-

tarmos ultrapassamos tudo. Para se

ser toureiro é necessário sentir paixão,

sentir-se feliz na vida. No meu caso, eu

queria vencer. Eu via os toureiros em

África, com aqueles trajes e apaixonei-

me pelos trajes, pela beleza, pelo artis-

ta na praça de touros. Ouvia falar dos

jogadores de futebol que ficaram

Entrevista com Ricardo Chibanga

Continua

Page 6: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 6

ENCONTRO – A Fé é muito importante?

Ricardo Chibanga – É a base princi-

pal porque Deus dá tudo.

ENCONTRO – Tem algum hábito que

cumpre antes de entrar na arena?

Ricardo Chibanga – Deus é a minha

base, tenho os meus santos. Faço as

minhas orações, acredito que vou ser

feliz e peço a Deus que me dê tudo de

bom.

ENCONTRO – Nunca se sentiu revolta-

do? Quando recuperou do coma?

RC – Nunca me revoltei com Deus

porque Ele protegeu-me, a profissão

em si é que me traiu. Foi Deus que me

trouxe pessoas que me ajudaram a

recuperar e que me deram calor. Foi

Deus que trouxe essas pessoas que

me deram mais “garra” para voltar à

arena.

ENCONTRO – Como se sente por ser o

primeiro toureiro negro?

Ricardo Chibanga – Sinto muita hon-

ra e muito orgulho, não é vaidade é

muito orgulho por ter vencido, por ter

sido o primeiro e por Portugal ter muito

orgulho em mim. Obrigado Portugal por

me ter trazido de África e por me ter

feito toureiro. Sinto muito orgulho por

ser o primeiro toureiro negro da Histó-

ria. Os portugueses deram-me tudo de

bom. Triunfei, fui levado por pretos e

brancos em ombros desde a praça de

touros do Campo Pequeno até ao Sal-

danha. Senti-me muito feliz. Nunca

senti problemas de cor, de raça, nem

em Portugal, nem em nenhum outro

do, feliz. Consegui vencer o que nunca

pensei.

ENCONTRO – Em quantas touradas

participou?

Ricardo Chibanga – Não sei, foram

muitos anos…

ENCONTRO – Pensa reformar-se um

dia?

Ricardo Chibanga – Já estou refor-

mado há perto de cinco anos.

ENCONTRO – Sabemos que tem uma

praça desmontável. Continua a correr o

mundo com a sua praça?

Ricardo Chibanga – É o mundo do

qual eu gosto e enquanto eu puder irei

continuar a fazer aquilo que gosto. Es-

tou e estarei sempre apaixonado pela

festa brava.

ENCONTRO – Sabemos que já é

avô… O seu neto tem o seu nome.

Como se sente?

Ricardo Chibanga – Tenho muito

orgulho e estou muito feliz. Peço a

Deus que o meu neto estude e siga na

sua vida.

ENCONTRO – Gostava que o seu

neto seguisse os seus pisadas?

Ricardo Chibanga – Não, não…

foram muito duras. Mas se ele gostar,

eu estarei cá para o acompanhar no

mundo da festa brava. De modo algum

vou fechar as portas da felicidade ao

meu neto, e estarei cá para a ajudar

naquilo que precisar, pedindo sempre a

Deus que o ajude a estar no bom cami-

nho.

país por onde passei. Quando as coi-

sas corriam bem tinha aplausos, quan-

do corriam mal tinha assobios, mas

sempre me senti feliz. Lutei, trabalhei,

sinto-me muito honrado.

ENCONTRO – Tem alguma praça de

touros que o tenha marcado mais?

Ricardo Chibanga – Não. Todas es-

tão todas no meu coração, no entanto

a de Sevilha tem um lugar especial, foi

lá que fui doutor em toureio. Lisboa,

Sevilha, Madrid, Nîmes… Todas estão

no meu coração. Em Jacarta toureei

num campo de futebol, estavam lá cem

mil pessoas, e também me senti lá

feliz.

ENCONTRO – Tem algum toureiro de

eleição?

Ricardo Chibanga – Tenho respeito e

admiração por todos os meus colegas.

Sinto o valor, as dificuldades com que

enfrentamos os touros. Cada toureiro

sabe lidar o touro, tem a sua arte, tem

a sua forma de enfrentar o touro e ad-

miro todos e tenho respeito por todos

eles.

ENCONTRO – E a nova geração de tou-

reiros?

Ricardo Chibanga - Em Portugal,

estão a fechar as portas ao toureio a

pé. Os novos toureiros a pé não conse-

guem vencer na vida, uma vez que

lhes estão a fechar a porta. Há muitos

que nunca tourearam na praça do

Campo Pequeno; sentem-se desiludi-

dos.

ENCONTRO – Com que idade tirou a

alternativa?

Ricardo Chibanga – Tinha 25 anos,

foi no dia 15 de agosto de 1971.

ENCONTRO – Como se sente ao come-

morar 40 anos de alternativa?

Ricardo Chibanga – Sinto-me honra-

.

Entrevista com Ricardo Chibanga

Page 7: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 7

IDENTIFICAÇÂO

Henrique Manuel Lima Bento

ENCONTRO - Estudou aqui até

que ano?

Não me lembro – talvez 90

ENCONTRO - Quando acabou

aqui os seus estudos, estudou

mais ou foi trabalhar? Para

onde é que foi estudar?

Que curso tirou ou está a tirar?

Quando terminei o curso técnico profissional de agricultura fui

fazer o Arco em fotografia (2 anos), depois fui para Macau

trabalhar como fotógrafo da Câmara das ilhas da Taipa

(Macau). Quando voltei inscrevi-me na licenciatura de Cinema

(4 anos), após terminar a licenciatura em cinema fiquei a tra-

balhar na Universidade como professor de Fotografia. Um

ano depois, fiz o Mestrado em Filosofia (estética), na Universi-

dade Nova de Lisboa. Actualmente estou a frequentar o Dou-

toramento em Comunicação e Artes na Universidade Lusófo-

na.

ENCONTRO - Que profissão tem? – Gosta do que faz? Por-

quê?

Dou aulas, faço fotografia para exposições e realizo curtas

metragens.

ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?

Que coisas o marcaram nesta escola?

Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola,

que queira partilhar connosco?

Gostei de frequentar a escola secundária da Golegã, é sim-

ples dizer porquê os meus colegas eram camaradas, os pro-

fessores eram bons professores mas sinceramente tenho

uma saudade enorme de sentir o cheiro da terra logo de ma-

nhã, aqui em Lisboa não consigo cheirar senão o fumo dos

carros.

Os acontecimentos surgem na minha cabeça, gostava de

estar a ouvir música sozinho perto dos feijoeiros, talvez por-

que estes me inspiravam histórias que só acontecem dentro

da minha cabeça.

IDENTIFICAÇÂO

João Henrique de Jesus Mota Martins Mendes - 31 anos

ENCONTRO - Estudou aqui até

que ano?

Estudei até ao nono ano, tendo

ido depois para outra escola.

Voltei para esta escola, já no 12º

para terminar o secundário.

ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus estudos, estu-

dou mais ou foi trabalhar?

Continuei a estudar.

ENCONTRO - Para onde?

CECOA - Centro de Formação Profissional para o Comércio e

Afins em Lisboa.

ENCONTRO - Que curso tirou ou está a tirar?

Curso Técnico de Gestão de PMEs.

ENCONTRO - Que profissão tem? - Gosta do que faz? Por-

quê?

Director Comercial numa Multinacional ligada ao Turismo não

comunitário. Gosto imenso do que faço. O contacto constante

com pessoas, realizar negociações, desenvolver novos pro-

jectos e ter uma função mentalmente activa são as algumas

das razões que me levam a gostar do que faço.

ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?

Sim, gostei bastante. O facto de ter encontrado bons profes-

sores e ter conhecido pessoas que marcaram a minha vida

são as razões essenciais, mesmo que algumas delas nem se

apercebam que o tenham feito.

ENCONTRO - Que coisas o marcaram nesta escola?

A entrega de alguns professores ao ensino e o facto de acre-

ditarem em nós, fazendo-nos ter a certeza que com trabalho

tudo é possível e alcançável, independentemente do meio de

onde se vem.

Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola,

que queira partilhar connosco?

A que mais me recordo foi um professor de Matemática, em

concreto (Manuel André), que sem dúvida influenciou as mi-

nhas escolhas em termos de continuidade dos estudos.

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

Page 8: Jornal Encontro Dezembro 2011

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IDENTIFICAÇÂO

Catarina Almeida – 28 anos

ENCONTRO – Estudou aqui até que

ano?

Frequentei a Escola Secundária Mestre

Martins Correia, que naquela altura se

designava por Escola C+S da Golegã

até ao 9º Ano.

ENCONTRO – Quando acabou aqui os

seus estudos, estudou mais ou foi

trabalhar?

Quando terminei o 9º Ano, por não

haver na escola a área de artes, conti-

nuei os meus estudos noutra escola,

em Torres Novas.

ENCONTRO – Para onde foi estudar?

Fui para a Escola Secundária Maria

Lamas frequentar a área de artes até

ao 12º Ano, porque na época queria

“ser Arquitecta”. Coloquei de parte a

hipótese de que para alcançar melho-

res resultados para ingressar no ensino

superior com que sonhava, talvez con-

tinuar na “minha escola”, fosse a me-

lhor opção, mas com 15 anos pensava

lá eu nisso! Então lá fui eu para a Es-

cola Secundária Maria Lamas, que não

desvalorizo, tem bons professores e

um bom sistema de ensino, no entanto,

as relações interpessoais entre profes-

sor/aluno não correspondiam às que

estava habituada até ao meu 9º ano.

Carinho, preocupação e atenção por

parte dos professores, que muitas ve-

zes julguei e critiquei ao ponto de pen-

sar ser uma maneira de me controla-

rem…e que hoje constato que estava

tão enganada….

eram interessados, preocupados e

atentos, se tivesse continuado

cá….talvez o meu percurso tivesse

sido bem diferente.

ENCONTRO – Que coisas a marcaram

nesta escola?

Tantas coisas me marcaram nesta es-

cola….foi uma transição da primária

para o ciclo, que se fez sem qualquer

tipo de problema, as “ tias” como nós

chamávamos, eram umas queridas,

apesar de haver algumas que nós

tínhamos prazer em irritar (risos), o

grupo de amigas sempre muito unido,

as cartas, os diários que escrevíamos

umas às outras, que ainda guardo reli-

giosamente e quando bate a nostalgia,

folhei-os e farto-me de rir…. Mas aquilo

que realmente ficou, foi a relação extra-

ordinária que se construiu com alguns

professores, relação que perdura até

hoje com aqueles que continuam a

leccionar na escola, infelizmente outros

foram transferidos para agrupamentos

longínquos, acabando por lhes perder

o rasto, mas que estão presentes na

minha memória.

ENCONTRO – Aconteceu-lhe alguma

coisa de especial nesta escola? Que

queira partilhar?

Penso que já foi tudo dito….Resta a

saudade desta escola, dos professores

que deixei, dos amigos que se perde-

ram e outros que se ganharam. Quero

apenas deixar uma mensagem aos

alunos da Escola Secundária Mestre

Martins Correia “a minha escola”, apro-

veitem ao máximo a escola, os amigos,

as aulas e aqueles que vos ensinam,

porque pode não ser claro para vós

agora, mas …AQUI TÊM TUDO PARA

ALCANÇAR OS VOSSOS SONHOS!!!!

ENCONTRO – Que curso tirou ou está

a tirar?

Entrei para Arquitectura em 2000, fre-

quentei até 2003 acabando por desistir,

porque realmente não era o que eu

gostava, mas com 18 anos sabemos lá

nós o que queremos ser no futuro?!

Daí a importância da Orientação Voca-

cional, para nos auxiliar nas nossas

escolhas que poderão ser para sem-

pre, mas a que não damos importância

na altura em que nos confrontamos

com milhares de opções para o nosso

futuro. No entanto, tive a oportunidade

de mudar de curso porque a minha

família o permitiu, apesar de muito re-

sistente ao início,. Assim em 2004 en-

trei para o ISPA (Instituto Superior de

Psicologia Aplicada), onde tirei a Licen-

ciatura em Ciências Psicológicas e

Mestrado em Psicologia, área de espe-

cialização Psicologia Clínica.

ENCONTRO – Que profissão tem?

Gosta do que faz?

Depois do meu percurso académico se

não gostasse do que faço estava tra-

mada (risos), seria uma pessoa infeliz

certamente. Sou Psicóloga Clínica,

adoro o que faço, apesar de achar que

a Psicologia em Portugal ainda não é

bem entendida e valorizada pela popu-

lação em geral, o que acaba por ser

um desafio para nós Psicólogos de

última geração, construindo e mostran-

do o que realmente é a Psicologia e o

trabalho de um Psicólogo, independen-

temente do contexto de intervenção.

ENCONTRO – Gostou de andar nesta

escola, porquê?

Se me tivessem colocado essa questão

quando tinha 14/15 anos, a minha res-

posta seria não, mas com essa idade

apesar de acharmos que sabemos

tudo, não sabemos nada….achava que

era um ambiente muito controlado,

toda a gente sabia o que fazia e o que

não fazia (risos). Hoje respondo que

Gostei e Muito e no meu interior existe

um arrependimento de não ter continu-

ado até ao 12º ano na escola da Gole-

gã, onde o ambiente era acolhedor, os

professores

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

Page 9: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 9

Sombras

Existi num momento do qual ficou apenas uma sombra

Que sentimentos regista esta imagem? Nenhuns! É apenas

uma sombra, um registo de alguém que existiu no momento.

Não é possível ler rosto no conjunto. Nem uma réstia de olhar

ficou, apenas uma mancha no meio de folhas mortas que não

voltará a repetir-se. Quantas sombras passaram entre aque-

las folhas?

Quantos risos passaram por aquele caminho?

Que resta de mim naquele lugar? Nada! Nem a sombra ficou.

Resolveu seguir-me mas perdeu-me logo que apanhei outra

sombra maior que a minha. Esta sombra nunca mais existirá.

Ficou no passado decidindo não me seguir para o presente…

E eu?! O que sou? Uma sombra? Não! Claro que não. Sou

apenas um fazedor de sombras…

Manuel André

A melhor amiga do homem

A melhor amiga do homem é aquela que sempre esteve ali

mesmo ao seu lado

sem que por vezes tenha dado por ela

virgem, imaculada

nua mas vestida de branco

uma simples folha de papel

Encontramo-la normalmente em estado puro

sem nada escrito

Nela lavramos as nossas emoções, os nossos desencantos e

dores

amores e desamores

Nada diz mas tudo ouve

Consente que nela despejemos os nossos segredos

sem reclamar

sem criticar

apenas aceitando

Para ela é uma dádiva

deixou de ser uma folha em branco

já não é virgem, mas continua pura

agora tem conteúdo

emoções que pode perpetuar até à eternidade

A palavra pensada e depois nela escrita passou a ser a sua

alma

O homem aqui encontra uma grande amiga

quase a namorada perfeita

Dão prazer um ao outro

trocam sentimentos

os que o homem escreve

os que o homem lê

os que o homem recorda

Após a morte a namorada mantém vivo o espírito de quem a

namorou

de quem dela se serviu para desabafar

enfim

amigos

até que a morte os separe

M. André

Poesia ou talvez não...

Page 10: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 10

Se não sinto

É porque minto,

Se o pensar é mentira, por não sentir

Então todos mentimos enquanto vivemos a sor-

rir.

Se o senti em tempos,

Posso agora repetir

E tudo o que direi não será mentir

Ou serei assim tão louco para fingir?

Alexandre Santos - 12ºA

Uma das dores

É a sentida

Graças ao leitor

No texto, ela está contida.

Filipe Feijão - 12ºA

Tardes passadas

A sentir dor,

Faço tudo

Para esconder este ardor.

Fingir não serve,

Pois permite-me perceber

Que estou “verde”

De dar a entender.

Joana Bexiga - 11ºA

”O Poeta é um fingidor”, Fernando Pessoa

Para fingir

Por vezes, é preciso mentir

Sem pensar

No que se está a sentir

Quando penso,

Na mentira que pronuncio

Começo a sentir

A dor que queria afastar.

E agora só me resta,

Deixar de pensar

Nesta dor que sinto

Para esta quadra acabar.

Miguel Santiago - 12ºA

A vida a passar

Um ser a sentir

Com vontade de brincar

Num momento a sorrir.

Escrever com poucas palavras

A dor que o tempo cura

Tentar sentir às claras

Com imensa ternura.

Num momento de inspiração

Poderei sentir sem a razão

Dando chama ao coração

Para não sofrer uma ilusão.

Carlos Medinas – 12ºA

Page 11: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 11

Pensar é sentir

Tudo o que se sente

Para refletir

Sobre quem não mente

Quem sabe fingir

É porque dor não tem

ão é que saiba mentir

Mas quer enganar alguém

Para vidas transformadas

É preciso viver

Não pensar nas passadas

E sobreviver

Joana Dias - 12ºA

Eu que tenho esta dor

Esta dor que é sentida

Tenho de me esquecer dela

Para esquecer uma dor fingida

Pensam que é mentira

Mas não compreendem

Eu modelo, crio e transformo

Tudo o que vejo na vida

O que vejo só eu sei

O que os outros pensam não quero saber

O que eu escrevo é a fingir

Ficando o outro a perder

Luís Rainha - 12ºA

Ouvi dizer que poesia é fingir

Fiquei então a perceber

Que na poesia não há mentir,

O poeta apenas a sensação quer fornecer.

A poesia trabalha

Com sentimentos transmitidos,

Uns confusos

Outros divertidos.

O poeta é um fingidor

Tem na base o inteleto

Quer fingir a dor

Esperemos que fique atento.

José Júlio - 12ºA

Por eu fingir

Há muita coisa que não sinto

Mas por vezes deixo-me ir

Por vontade do destino

Querer é sentir

É sinal que não minto

Quando não me apetece fugir

Daquilo que sinto

Logo, se sentir

Não estou a mentir

E como não vou fugir

O melhor é fingir

Catarina Alves - 11ºA

”O Poeta é um fingidor”, Fernando Pessoa

Page 12: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 12

Deambulando pelas ruas de Sintra… Percurso Queirosiano

No passado dia 21 de novembro, os alunos do Ensino Secun-

dário e dos Cursos Profissionais “deambularam” pelas ruas de

Sintra, seguindo os passos de Carlos da Maia, herói da famo-

sa obra Os Maias de Eça de Queirós. Foram acompanhados

por uma responsável do Departamento de Cultura, Turismo,

Juventude e Desporto da Câmara Municipal de Sintra que, ao

longo da “deambulação”, foi relembrando excertos da obra.

Esta visita de estudo teve como objectivos promover o desen-

volvimento integral dos alunos, alargando os seus conheci-

mentos e forma de apreensão do mundo; tomar contacto com

autores e obras da Literatura Portuguesa; desenvolver nos

alunos diversas competências entre as quais, a capacidade

de observação, de análise e o espírito crítico; estimular a rela-

ção do aluno com espaços naturais e o interesse pela nature-

za; desenvolver o sentido estético; desenvolver competências

sociais, de forma a promover um convívio saudável entre to-

dos.

A ação d' Os Maias pas-

sa-se em Lisboa, na se-

gunda metade do séc.

XIX. Conta-nos a história

de três gerações da fa-

mília Maia.A ação inicia-

se no outono de 1875,

altura em que Afonso da

Maia, nobre e rico propri-

etário, se instala no Ra-

malhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fra-

co, resultante de uma educação extremamente religiosa e

protecionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negrei-

ra, Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e

uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para

fugir com um napolitano, levando consigo a filha - Maria Edu-

arda - de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho –

Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô,

após o suicídio de Pedro da Maia.

Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em

Medicina, em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Rama-

lhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos,

como o João da Ega, Alencar, Dâmaso Salcede, Euzébiozi-

nho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos

que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gou-

varinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado

ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasi-

leiro Castro Gomes. Carlos segue-a algum tempo sem êxito,

mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chama-

do por Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta

- Miss Sarah. Começam então os seus encontros com Maria

Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos

chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.

Castro Gomes descobre o sucedido, através de uma carta

enviada por Dâmaso Salcede e procura Carlos, dizendo que

Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e

que, portanto, podia ficar com ela.

Entretanto, chega de Paris um emigrante, Sr Guimarães, que

diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura

para lhe entregar um cofre que, segundo ela lhe disse, conti-

nha documentos que identificariam e garantiriam para a filha

uma boa herança. Essa mulher era Maria Monforte – a mãe

de Maria Eduarda e também a mãe de Carlos. Os amantes

eram irmãos...Contudo, Carlos, inicialmente, não aceita este

facto e mantém abertamente a relação – incestuosa – com a

irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre

de desgosto. Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora

rica, parte para o estrangeiro, e Carlos, para se distrair, vai

correr o mundo.

Continua

Page 13: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 13

"Só ao avistar o Paço descerrou os

lábios:

- Sim senhor, tem cachet!

E foi o que mais lhe agradou - este

maciço e silencioso palácio, sem flo-

rões e sem torres, patriarcalmente as-

sentado entre o casario da vila, com as

suas belas janelas manuelinas que lhe

fazem um nobre semblante real, o vale

aos pés, frondoso e fresco, e no alto as

duas chaminés colossais, disformes,

resumindo tudo, como se essa residên-

cia fosse toda ela uma cozinha talhada

às proporções de uma gula de rei que

cada dia come todo um reino."

"Eram duas da tarde quando os dois

amigos saíram enfim do hotel, a fazer

esse passeio a Seteais - que desde

Lisboa tentava tanto o maestro. Na

praça, defronte das lojas vazias e silen-

ciosas, cães vadios dormiam ao sol:

através das grades da cadeia, os pre-

sos pediam esmola.(...)

O romance termina com o regresso de

Carlos a Lisboa, passados dez anos, e

o seu reencontro com Portugal e com

Ega, que lhe diz: - "Falhámos a vida,

menino!".

Sintra e Os Maias

" Era uma linda manhã muito fresca,

toda azul e branca, sem uma nuvem,

com um lindo sol que aquecia, e punha

nas ruas, nas fachadas das casas,

barras alegres de claridade dourada."

Os Maias, Cap.VIII

" De vez em quando aparecia um boca-

do da serra, com a sua muralha de

ameias correndo sobre as penedias, ou

via-se o Castelo da Pena, solitário, lá

no alto.”

"Defronte do hotel da Lawrence, Carlos retardou o passo, mostrou-o ao Cru-ges. - Tem o ar mais simpático..."

Deambulando pelas ruas de Sintra… Percurso Queirosiano

Continua

Page 14: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 14

seu grande escudo de armas."

(...) Iam ambos caminhando por uma

das alamedas laterais, verde e fresca,

de uma paz religiosa, como um claus-

tro feito de folhagem."

"Quando passaram o arco,encontraram

Carlos sentado num dos bancos de

pedra, fumando pensativamente a sua

cigarrette. (...) do vale subia uma fres-

cura e um grande ar; e algures, em

baixo, sentia-se um prantear de um

repuxo."

“(...) o maestro declarou que preferia

estar ali, ouvindo correr a água, a ver

monumentos caturras...

- Sintra não são pedras velhas, nem

coisas góticas... Sintra é isto, uma pou-

ca de água, um bocado de musgo...

Isto é um paraíso!...”

" - Vejam vocês isto!- gritou o Cruges,

que parara, esperando-os, isto é subli-

me.

Era apenas um bocadito de estrada,

apertada entre dois velhos muros co-

bertos de hera, assombreada por gran-

des árvores entrelaçadas, que lhe fazi-

am um toldo de folhagem aberto à luz

como uma renda: no chão tremiam

manchas de sol: e, na frescura e no

silêncio, uma água que se não via ia

fugindo e cantando."

" Mas ao chegar a Seteais, Cruges

teve uma desilusão diante daquele

vasto terreiro coberto de erva, com o

palacete ao fundo, enxovalhado, de

vidraças partidas, e erguendo pompo-

samente sobre o arco, em pleno céu, o

"Cruges, no entanto, encostado ao

parapeito, olhava a grande planície de

lavoura que se estendia em baixo, rica

e bem trabalhada, repartida em qua-

dros verde-claros e verde-escuros, que

lhe faziam lembrar um pano

feito de remendos assim que ele tinha

na mesa do seu quarto. Tiras brancas

de estrada serpeavam pelo meio(...)

O mar ficava ao fundo, numa linha uni-

da esbatida na tenuidade difusa da

bruma azulada: e por cima arredonda-

va-se um grande azul lustroso como

um belo esmalte,(...)”

" -Agora Cruges, filho, repara tu naque-

la tela sublime.

O maestro embasbacou. No vão do

arco, como dentro de uma pesada mol-

dura de pedra, brilhava, à luz rica da

tarde, um quadro maravilhoso, de uma

composição quase fantástica, como a

ilustração de uma bela novela de cava-

laria e de amor. Era no primeiro plano o

terreiro, deserto e verdejando (...) e

emergindo abruptamente dessa copa-

da linha de bosque assolhado, subia no

pleno resplendor do dia, destacando

vigorosamente num relevo nítido sobre

o fundo do céu azul-claro, o cume airo-

so da serra.”

Deambulando pelas ruas de Sintra… Percurso Queirosiano

Page 15: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 15

“Lá fora - Cá dentro”

A paragem seguinte foi o Centro de

Ciência Viva de Sintra que aguardava e

era aguardada, com ansiedade, pelos

alunos dos 7ºs anos de escolaridade e

3º ano do Curso Profissional.

Pisando o palco … in English

“I spy with my little eye”

Na manhã do passado dia 21 de no-

vembro, os alunos do 3º Ciclo do Ensi-

no Básico, do Ensino Secundário e dos

Cursos Profissionais tiveram a oportu-

nidade de assistir e participar numa

representação teatral em inglês.

Após a representação, seguiram direta-

mente para Sintra, tendo almoçado no

jardim da vila. Aproveitaram esta pausa

para respirar o “micro-clima”, conviver

… e ainda percorrer algumas ruas da

vila, esperando encontrar as famosas

queijadas e os deliciosos travesseiros

da Piriquita…

Esta visita de estudo teve como objecti-

vos promover o desenvolvimento inte-

gral dos alunos, alargando os seus

conhecimentos e forma de apreensão

do mundo; desenvolver nos alunos

diversas competências entre as quais,

a capacidade de observação, de análi-

se e o espírito crítico; estimular a rela-

ção do aluno com espaços naturais e o

interesse pela natureza; desenvolver o

sentido estético; desenvolver compe-

tências sociais, de forma a promover

um convívio saudável entre todos; esti-

mular os alunos para a aprendizagem

da língua estrangeira e desenvolver as

competências de oralidade/

comunicação nas línguas mãe e es-

trangeira.

Page 16: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 16

Notícias

Agromais atribui prémio monetários a

alunos

No dia 30 de setembro, designado pelo Ministério da Educa-

ção por “Dia do Diploma”, decorreu a cerimónia de entrega

dos diplomas de Quadros de Valor e de Excelência, de con-

clusão dos Cursos CEF, Profissional e Secundário relativos

ao ano letivo 2010/2011. Foi também entregue o Diploma de

Mérito ao melhor aluno do Ensino Secundário e do Curso

Profissional que foram, respetivamente, Adriana Filipa Soares

Narciso e Bruno Alexandre Félix Vedor.

O Ministério atribuía um prémio monetário de 500€ a cada

curso. De acordo com o documento da DRELVT recebido no

dia 27/11/2011, a Escola foi informada que “este ano não será

atribuído o prémio monetário de 500 euros a cada aluno de

mérito no dia da entrega dos respectivos diplomas, dia 30 de

Setembro… “.

A Agromais, Entreposto Comercial Agrícola C.R.L., organiza-

ção de agricultores com sede em Riachos - Torres Novas,

fundada em 1987 com o objetivo de consolidar e defender os

interesses dos produtores agrícolas da Região do Norte do

Vale do Tejo, ofereceu-se para atribuir os prémios monetários

a estes alunos. A cerimónia decorreu no dia 25 de novembro,

na sala multiuso, e contou com a presença do Presidente da

Direção da Agromais – Engenheiro LuisVasconcellos e Sou-

za, outros membros da Direção, o Diretor Executivo da Agro-

mais – Dr Jorge Neves, um dos fundadores da Agromais –

Engenheiro Alfredo Orvalho e ainda com o Presidente da

Agrotejo – Engenheiro António José Carvalho. Em represen-

tação da autarquia esteve o Senhor Vereador Rui Medinas. O

Diretor do Agrupamento agradeceu esta decisão da Agro-

mais. De seguida, falou o Presidente da Agromais que fez um

pequeno historial desta organização, da sua importância na

região, salientando a importância da formação das gerações

futuras e manifestou ainda o desejo de haver um estreitar de

relações entre o Agrupamento e a Agomais. O Presidente do

Conselho Geral agradeceu a generosidade e o gesto de me-

cenato.

O aluno Constantino Diky proporcionou um agradável mo-

mento musical com a sua flauta transversal

Page 17: Jornal Encontro Dezembro 2011

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E porquê o Desenho e a Pintura? ...

E porquê o Desenho e a Pintura? Por-

quê levar as crianças a aprender a

cortar papel e a colá-lo criando algo

novo? A utilizar uma régua ou um com-

passo para traçar linhas que revelam o

certo e o errado? Porquê levá-las a

representar o mundo que as rodeia ou

a expressar no papel ou na tela o seu

olhar crítico e sonhador.

Fala-se que alguns dos senhores que

governam, ou pretendem governar este

país, consideram a hipótese de fazer

desaparecer a disciplina ou em limitar

os tempos de aula onde a aprendiza-

gem de técnicas de trabalho, exploran-

do o concreto ou imaginário, pode ser

feita. Pois bem, não se esqueçam eles

que muitas das competências no âmbi-

to da motricidade fina, de autoconfian-

ça e de integração das crianças em

grupo são desenvolvidas nas discipli-

nas sempre menosprezadas de Educa-

ção Visual e Tecnológica, Educação

Visual e Educação Tecnológica. É atra-

vés do trabalho plástico, na comunica-

ção expressiva das artes/ofícios que se

No dia 31 de Outubro, (véspera do Dia

de todos os Santos) a Escola Básica

2,3/S Mestre Martins Correia comemo-

rou o Halloween (abreviatura de All

Hallows Even - Véspera de Todos os

Santos), um evento tradicional e cultu-

ral dos Estados Unidos e do Reino

Unido, e sinalizou o Dia de todos os

Santos (All Hallows Day), comemorado

em Portugal no dia 1 de Novembro.

Nas aulas de E.V.T. e de Inglês, os

alunos dos 2º e 3º ciclos empenharam-

se na criação de motivos alusivos a

esta festividade,

tendo posteriormente a oportunidade

de exporem os seus trabalhos.

Bruxas, monstros, fantasmas, esquele-

tos, morcegos, aranhas, abóboras

transformadas em Jack O’Lanterns,

Dráculas e Frankesteins fizeram, as-

sim, parte de um cenário com símbolos

alusivos ao evento e alteraram a deco-

ração da sala polivalente. A par disso,

podiam visualizar-se diapositivos sobre

a origem e a tradição da comemoração

do Dia de Todos os Santos, iniciativa

tomada pela BE/CRE.

A quem brincou ao “Trick or Treat –

Travessura ou Doçura”, não faltou um

docinho, não fosse alguém lembrar-se

de pregar uma partida.

Os alunos consideram que esta iniciati-

va deve ter continuidade, por permitir

conhecer aspetos culturais nacionais e

estrangeiros.

pequenos talentos que, a não serem

desenvolvidos em tenra idade, se po-

derão perder bons designers, artistas

plásticos, arquitetos e engenheiros, já

para não falar das simples profissões

que no dia-a-dia precisam de conheci-

mentos transmitidos nestas disciplinas.

Haverá algo melhor que o deleite do

nosso olhar pelos trabalhos dos alunos

expostos pelos corredores das escolas

ao longo do ano? A mim sabe-me bem

observar os seus sorrisos quando o

seu trabalho é valorizado. Mais ainda

quando é destacado num espaço públi-

co. Algo como alguém disse um

dia….deixem-nos trabalhar, deixem-

nos criar….

Cristina Rodrigues

Comemoração do Hallowe`en

Page 18: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 18

Atividade desenvolvida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil em articulação com

o "Projeto Viagem no Tempo".

O objectivo desta acção de sensibilização foi a introdução a medidas de protecção

durante sismos, incêndios e inundações, tendo como base os acontecimentos de 1 de

Novembro de 1755. Foram explicados cada um dos fenómenos e as ações tomadas

para mitigar a situação. A atividade / ação de sensibilização destinou-se aos alu-

nos dos 3º e 4º anos das escolas do 1º ciclo, no aniversário do terramoto de 1755.

Foram apresentados slides alusivos ao terramoto de 1755, de modo a motivar os alu-

nos e a suscitar discussão sobre as atitudes a tomar em caso de sismo, incêndio ou

inundação; seguiu-se um momento de esclarecimento de dúvidas e conversa com os

alunos sobre ações e agentes de protecção civil.

O que deves fazer:

▲Não te precipites para as saídas;

▲Mantém-te afastado das janelas, espelhos, chaminés, candeeiros ou móveis.

▲Protege-te no vão de uma porta interior, canto de uma sala, debaixo de uma mesa

ou mesmo de uma cama

▲Não corras nem andes a vaguear pelas ruas.

▲Mantém-te afastado dos edifícios, sobretudo dos antigos, altos ou isolados, dos pos-

tes de eletricidade, dos taludes ou muros.

▲Liga para o 112 ou avisa os Bombeiros.

▲Anda de gatas se houver fumo.

▲Não corras se a tua roupa começar a arder.

▲PARAR-DEITAR-ROLAR.

▲Antes de abrires uma porta verifica, com a palma da mão, se ela está quente.

▲Se não conseguires sair em segurança procura uma janela ou varanda de onde pos-

sas ser visto.

▲Afasta-te das zonas inundadas para não seres arrastado pela corrente.

▲Não brinques nem nades nas águas da inundação, pode ser muito perigoso!

▲Fica junto dos adultos.

▲Não fiques perto de cabos de eletricidade que estejam caídos no chão. Podes ficar

elecrocutado.

▲A água da inundação pode estar contaminada com substâncias perigosas. Podes

ficar doente se a beberes ou se comeres alimentos que estiveram em contacto com

ela.

▲Procura abrigo num sítio alto. Para pedires socorro usa um pano, a lanterna a pilhas,

ou aquilo que tiveres à mão.

Em caso de terramoto:

Em caso de incêndio:

Em caso de inundação:

“Terramoto de 1755, Os Quês e Porquês”

Page 19: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 19

Espaço do 6º C

O Presente de Natal

Faltava um mês para o Natal.

- Vou tricotar um cachecol para a Nádia

– disse Helena.

- Que boa ideia! – observou a mãe da

Helena – um presente feito por nós é

sempre especial.

- A Nádia vai gostar de um às riscas –

decidiu Helena, enquanto a mãe esco-

lhia os novelos de lã e as agulhas de

tricot.

Enquanto ia fazendo o trabalho domés-

tico, a mãe de Helena foi ensinando à

Helena como se tricotava. Helena sen-

tou-se com Marmelada, a sua gata, e

começou lentamente a primeira fiada.

Tricotou, tricotou e tricotou. Não viu

televisão nem saiu de casa para brin-

car. E não contou à Nádia o seu segre-

do.

A Nádia também estava a pensar no

Natal.

- Vou tricotar um cachecol para a Hele-

na – disse ela à mãe.

- Um presente feito por nós é sempre

especial – comentou a mãe de Nádia.

– Boa ideia!

- A Helena gosta de riscas – disse Ná-

dia, enquanto a mãe escolhia os nove-

los de lã e as agulhas de tricot.

Helena embrulhou o cachecol da Nádia

em papel vermelho e atou-o com um

grande laço verde. Depois correu à

procura de Nádia.

Por fim, o cachecol de Nádia também

ficou bastante comprido. Tricotou mais

uma fiada.

- Porque gosto muito da Helena, mais

este bocadinho – afirmou ela rindo-se.

A mãe rematou-o.

Nádia embrulhou o cachecol de Helena

em papel verde e atou-o com um gran-

de laço vermelho. Depois correu à pro-

cura de Helena.

Helena e Nádia abriram os seus pre-

sentes, no meio de um confusão de

papel, laços e muitos nervos.

Depois de verem os presentes puse-

ram os cachecóis ao pescoço e abra-

çaram-se.

- Vou usar sempre o meu cachecol –

disse Helena.

- E eu nunca o vou tirar – retorquiu

Nádia.

Nádia Sofia Lopes— 6º C

Sopa de letras

A mãe de Nádia, por entre o seu traba-

lho, mostrou-lhe como se fazia. A se-

guir a Nádia sentou-se com o seu gato

Tom e continuou a fazer lentamente a

primeira fiada. Nádia tricotou,

tricotou e tricotou. Não viu televisão,

nem saiu de casa para ir brincar. E não

contou a Helena o seu segredo.

O cachecol de Helena estava cada vez

mais comprido. O da Nádia também ia

aumentando cada vez mais.

Na véspera de Natal, Helena achou

que o cachecol já estava bem comprido

e pediu à mãe que o rematasse.

- Ainda não chega! Tem de ser mais

comprido – disse-lhe a mãe.

Por isso, Helena continuou a tricotar

pela noite dentro e na manhã de Natal

ainda estava a tricotar.

- Deves gostar muito da Nádia – obser-

vou a mãe.

- Pois gosto – respondeu Helena.

Na véspera de Natal, Nádia também

achou que o cachecol já estava muito

comprido e pediu à mãe que o rema-

tasse.

- Ainda não chega – disse-lhe a mãe.

Tem de ser mais comprido.

Nádia tricotou a noite toda e na manhã

de Natal ainda estava a tricotar.

- Deves gostar muito da Helena – co-

mentou a mãe.

- Pois gosto – confirmou Nádia.

Finalmente o cachecol da Helena ficou

bem comprido. Ainda assim tricotou

mais uma fiada antes de a mãe o re-

matar.

- Porque gosto da Nádia, mais este

bocadinho – disse ela rindo-se.

Page 20: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 20

Espaço do 6º C

Natal

O Natal é o aniversário do nascimento

de Jesus Cristo, filho de Deus.

Para o celebrarmos fazemos a partilha

de presentes à volta de um pinheiro

enfeitado e de um presépio. As crian-

ças mais pequenas acreditam que um

senhor gordo, de longas barbas bran-

cas e de vestes vermelhas, chamado

Pai Natal, percorre o mundo distribuin-

do presentes por todas as crianças. No

entanto, em alguns países, só se dão

os presentes no Dia de Reis (6 de Ja-

neiro) e não no dia 25 de Dezembro.

Para mim, a partilha de presentes é

uma homenagem a Jesus Cristo, apro-

veitando-se a reunião de toda a família

para celebrar o seu nascimento. Mas

antigamente, há muitos séculos atrás,

a Igreja Católica não comemorava o

Natal. Foi em meados do século IV d.

C. que se começou a festejar o nasci-

mento do Menino Jesus, quando o Pa-

pa Júlio I determinou a data de 25 de

Dezembro para esse efeito, já que se

desconhece a verdadeira data do seu

nascimento. Assim, o Natal é dedicado

a Cristo, pelos cristãos, e é uma das

festas mais importantes da Igreja, tal

como a Páscoa.

No dia 24 de Dezembro, véspera de

Natal, à noite, há a ceia de Natal

Dia do Não Fumador

No dia 17 de novembro, nós, a turma C

do 6º ano, comemorámos o “Dia do

Não Fumador”.

Para esse efeito, fizemos trabalhos

individuais, em pares e em grupo, com

a intenção de alertar os restantes alu-

nos, funcionários e professores para os

malefícios causados pelo tabaco e su-

as consequências. Para facilitar tal

divulgação, os referidos trabalhos fo-

ram expostos no Centro de Recursos

da Escola.

Para reforçar o conhecimento das do-

enças provocadas pelo tabaco, recebe-

mos a visita do senhor enfermeiro Fer-

nando Graça, que nos mostrou radio-

grafias de pulmões de fumadores e de

não fumadores, sendo evidente nas

primeiras o efeito das toxinas inaladas.

Com tudo isto ficámos mais conscien-

tes de que o tabaco prejudica a saúde

de todos, quer sejamos fumadores,

quer não, pelo que fumar é um ato

irresponsável.

Os alunos do 6º C

(chamada consoada) Nesta ceia serve

-se bacalhau cozido com couves e os

doces tradicionais: rabanadas, sonhos,

coscorões, o tronco de Natal e muitos

outros doces deliciosos que sabore-

amos, enquanto conversamos e joga-

mos em família pela noite dentro. Ainda

no dia 24, no final da ceia, há a missa

do galo, à meia-noite. É também tradi-

ção haver um presépio e um pinheiro

enfeitado que se transforma numa linda

e luminosa árvore de Natal (que só se

desfazem no dia 6 de Janeiro) e a troca

de presentes. No entanto, apesar de

tudo isto ser importante, a verdade é

que o verdadeiro significado do Natal é

o nascimento de Cristo, que veio ao

mundo com uma mensagem de paz e

amor. Por isso, o Natal não é só boni-

tas decorações e presentes, sendo a

sua essência o festejo do nascimento

de Cristo, que deu a sua vida por nós.

Esta é uma época que tem um brilho

especial, porque para além da luz pró-

pria dos enfeites e das iluminações,

uma outra luz brilha mais: a generosi-

dade que sentimos uns pelos outros,

nesta altura do ano.

Laura Gonçalves - 6º C

Page 21: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 21

Espaço do 6º B

Dia da Alimentação

Como comemorámos o Dia da Ali-

mentação?

Formámos grupos de trabalho

E começámos a trabalhar

Com muito empenho e dedicação

O fomos realizar

Uns fizeram panfletos

Outros cartazes

E, todos nós mostrámos

Daquilo que somos capazes

Maçãs e pêras fomos dar

A quem quisesse

Mais saudável ficar

Uma boa alimentação

É algo essencial

Para a nossa saúde

É o ideal! Filipa e Carolina

No Dia da Alimentação

Alimentação que é necessária

Necessária à vida

Vida de todos nós

Nós que participámos nas atividades

Atividades propostas pelos professores

Professores que nos deram uma tarefa

Tarefa importante

Importante de explicar

Explicar às pessoas a importância

Importância daquele dia

Dia em que todos os grupos

Grupos de trabalho

Trabalho sobre a alimentação

Alimentação que demonstrámos

Em cartazes e slogans

Slogans e panfletos

Panfletos que muitos receberam

Receberam uma peça de fruta

Fruta saudável

Saudável à nossa vida! Ana Beatriz e Leonor

Dia do Não Fumador

No dia 17 de Novembro, nós, a turma

C do 6º ano, comemorámos o “Dia do

Não Fumador”.

Para esse efeito, fizemos trabalhos

individuais, em pares e em grupo, com

a intenção de alertar os restantes alu-

nos, funcionários e professores para os

malefícios causados pelo tabaco e su-

as consequências. Para facilitar tal

divulgação, os referidos trabalhos fo-

ram expostos no Centro de Recursos

da Escola.

Para reforçar o conhecimento das do-

enças provocadas pelo tabaco, recebe-

mos a visita do senhor enfermeiro Fer-

nando Graça, que nos mostrou radio-

grafias de pulmões de fumadores e de

não fumadores, sendo evidente nas

primeiras o efeito das toxinas inaladas.

Com tudo isto ficámos mais conscien-

tes de que o tabaco prejudica a saúde

de todos, quer sejamos fumadores,

quer não, pelo que fumar é um ato

irresponsável.

Os alunos do 6º C

Dia do Não Fumador

Cigarro, cigarrinho

Vai-te embora

Seu mauzinho!

Ana Sofia e Beatriz Costa

Adivinha

O que é que faz mal à nossa saúde,

polui o ar e que enegrece os pulmões?

R: O cigarro.

Ana Sofia e Beatriz Costa

O tabaco faz mal à saúde

E todos nós o deveríamos saber.

O nosso objetivo é explicar,

O que muitos não conseguem perce-

ber.

Fizemos cartazes e um PowerPoint

sobre o tabagismo

E logo ficámos a perceber,

Este assunto é sério

Em relação ao nosso viver.

Um enfermeiro ensinou

Como incentivo

Incentivo que aprendemos

Com entusiasmo. Alunos do 6ºB

Page 22: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 22

"Dia Internacional da Pessoa com Deficiência"

No âmbito do Projeto "Partilhar para

Inovar - Gerir Comportamentos/Educar

para Incluir", o Grupo de Educação

Especial organizou em parceria com o

CRIT (Centro de Reabilitação e Inte-

gração Torrejano) a Comemoração do

"Dia Internacional da Pessoa com

Deficiência".

O evento teve o seu início no dia 30 de

novembro com a abertura da exposi-

ção/venda de artigos realizados pelos

alunos do CRIT da Valência Profissio-

nal. No dia 5 de dezembro contou com

a boa colaboração dos alunos e técni-

cos do CRIT, que nos trouxeram a

equipa de BOCCIA (modalidade des-

portiva paralímpica), um grupo de dan-

ça e um grupo de teatro.

Porquê comemorar o "Dia Internaci-

onal da Pessoa com Deficiência"?

Esta atividade, de grande importância,

teve como principal objetivo sensibilizar

a Comunidade para a Educação Inclu-

siva. A Educação Inclusiva não é uma

utopia, podemos torná-la realidade,

basta cooperar, participar em tudo da

vida de uma Escola, dizendo a todos

os alunos e agentes educativos que

vale a pena ver e fazer acontecer o

sonhado.

A inclusão não é um privilégio é um

direito. É um exercício de cidadania da

comunidade educativa.

Um agradecimento muito GRANDE a

todos os docentes, assistentes operaci-

onais e alunos que participaram e cola-

boraram.

Partilhamos algumas fotografias do

evento e dois trabalhos dos alunos do

1.º Ciclo do Ensino Básico da Golegã.

Exposição/venda 30/11 a 5/12

Continua

Por Cristina Matos Docente de Educação Especial

Modalidade de BOCCIA, dança e teatro 5 de dezembro

Page 23: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 23

"Dia Internacional da Pessoa com Deficiência"

Page 24: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 24

Viagem do passadao ao presente...

No ano letivo de 1990 /91 foi criado na

Escola C+S da Golegã o Jornal EN-

CONTRO, experiência partilhada por

alunos, professores e pessoal não do-

cente. Depois de uma pausa de dois

anos lectivos (1991 /93), foi retomado

no ano lectivo de 1993 /94, tendo so-

brevivido até ao ano lectivo de 1994/95

graças ao empenho de alguns profes-

sores que, mesmo sem a atribuição de

horas de redução para o efeito, segui-

ram em frente, com a colaboração in-

dispensável de outros professores, de

alguns elementos do pessoal não do-

cente, de vários alunos, da Associação

de Pais e Encarregados de Educação e

ainda do apoio do Conselho Directivo.

Nos anos lectivos de 1995/98 o Clube

de Jornalismo funcionou, porém com a

atribuição de créditos horários. Seguiu-

se uma nova pausa e, no ano lectivo

de 2006/2007 retomou de novo a sua

actividade que se manteve ininterrupta-

mente até hoje.

No jornal Encontro pode encontrar tudo

sobre o nosso Agrupamento e também

sobre a Comunidade Educativa em que

se insere: atividades, notícias, traba-

lhos de alunos, entrevistas, textos de

opinião da Comunidade Educativa.

Incluimos aqui algumas das capas de

números publicados entre 1990 -

2007.apresentadas por ordem cronoló-

gica. O trabalho mais recente quase

toda a gente conhece.

Oficina de Jornalismo - Metas e Finalidades 2011/13 Envolver 15 alunos dos vários níveis de

Ensino nas atividades desenvolvidas

no âmbito da redação;

Envolver três professores nas activida-

des desenvolvidas no âmbito da reda-

ção;

Envolver 20% dos alunos e 20% dos

professores do Agrupamento em activi-

dades nomeadamente elaboração de

trabalhos e/ou artigos e dinamização

de grupos/turma em participações cole-

tivas;

Publicação trimestral do Jornal EN-

CONTRO – 50 exemplares em suporte

papel e 100 exemplares (formato PDF)

distribuídos por email, por trimestre;

Será enviado um exemplar do jornal às

várias entidades do concelho (C. Muni-

cipal, Juntas de Freguesia, Santa Casa

da Misericórdia, …) e TIC existentes na

escola.

Nota final

Os dinamizadores de Clubes/Oficinas

que pretendam ver o seu trabalho pu-

blicitado com igual destaque podem

fazê-lo remetendo para à redação do

jornal ENCONTRO artigo(s) com títulos

em arial 11 negrito e textos a arial 9

com espaçamento entre linhas entre

espaço simples a 1,5 ocupando o

artigo final no máximo uma página A4.

Page 25: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 25

Acontece...

Feira dos Minerais

Nos próximos dias 14 e 15 de dezem-

bro vai realizar-se, mais uma vez, a

Feira dos Minerais. Esta atividade, di-

namizada pelo Grupo 520 (Ciências

Naturais/Biologia) é dirigida a toda a

comunidade educativa e terá lugar na

sala polivalente do bar.

A feira apresenta amostras de mine-

rais, fósseis, rochas e bijuterias.

Lá, poderás encontrar um presente

especial para uma pessoa especial!

Para assinalar o

Ano Internacional

da Floresta, o

Continente, em

parceria com a

Quercus, lançou a

iniciativa “Rolhas

que dão folhas”.

Este projecto tem

como objectivo

sensibilizar as

comunidades escolares, familiares e amigos para a reciclagem de rolhas de cortiça e

para o apoio à reflorestação de Portugal.

As escolas que juntarem mais rolhas, proporcionalmente ao número de alunos, ga-

nham prémios.

As rolhas recolhidas serão depois enviadas para reciclagem e o valor angariado com

esta recolha vai permitir à Quercus realizar acções de reflorestação, através do pro-

jecto Green Cork. Este projecto tem como objectivo promover a cortiça enquanto ma-

terial ecológico e a reflorestação com árvores autóctones.

A Escola B. 2,3/S Mestre Martins Correia já está inscrita!

Esta iniciativa apenas poderá ter êxito se toda a comunidade educativa se empenhar.

Recolhe o maior número de rolhas de cortiça junto de familiares, amigos e restauran-

tes que queiram aderir a esta iniciativa.

XVII Olimpíadas do Ambiente

Realizam-se, este

ano lectivo, as

XVII Olimpíadas

do Ambiente. O

tema central das

XVII Olimpíadas

do Ambiente é o

Mar, focando as

ameaças globais,

conservação da

natureza, estilos

de vida, política

ambiental, polui-

ção, realidade

nacional e recursos naturais.

O Mar é, para muitos, uma fonte de rendimento e, para outros, uma fonte de inspira-

ção. Para todos é, no entanto, o berço da vida, onde as primeiras moléculas se asso-

ciaram para constituir os organismos que deram origem à vida que hoje conhecemos

e que devemos preservar.

A Escola já está inscrita na edição deste ano das Olimpíadas do Ambiente, na modali-

dade "Ambiente à Prova" (3º ciclo).

Esta modalidade tem por objetivo avaliar os conhecimentos e incentivar o interesse

pela temática, e será disputada em duas eliminatórias e uma Final Nacional.

A primeira eliminatória terá lugar no dia 10 de Janeiro de 2012, a segunda será a 16

de Março de 2012, e a Final Nacional terá lugar em Lisboa, nos dias 4, 5 e 6 de Maio

de 2012.

Mostra que tens consciência ecológica – Inscreve-te e participa!

Page 26: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 26

Ferramentas gratuitas Microsoft educação

A Suite de Aprendizagem Microsoft é

uma combinação de aplicações e

ferramentas interativas com conteú-

dos formativos, destinados tanto a

professores como a alunos, facilitan-

do a organização e o planeamento

das aulas, e permitindo torná-las

mais interativas e interessantes. Po-

de fazer download em

http://www.microsoft.com/portugal/

educacao/Educacao.aspx?id=601,

estas podem ser utilizadas sem limi-

tações. Ficam alguns exemplos:

Comunicação e Colaboração

Ferramentas que potenciam a comu-

nicação e a partilha entre toda a co-

munidade educativa, dentro e fora da

sala de aula.

Imagine um único local online atra-

vés do qual pode usufruir de conver-

sações instantâneas com os seus

colegas, da partilha de fotografias e

ficheiros com os seus alunos, do

contacto direto com toda a comuni-

dade educativa.

Criatividade

Recursos para a promoção da criati-

vidade e do conhecimento dos alu-

nos, tornando as aulas e o trabalho

escolar mais estimulantes.

vimento de Software (SDKs) muito

completos para o desenvolvimento

de software diverso.

Alunos e Professores dos cursos

tecnológicos de Informática e progra-

mação dos Ensinos Secundário e

Universitário podem ficar a conhecer

um leque muito variado de Ambien-

tes Integrados de Programação que

abarcam as necessidades do progra-

mador inexperiente até ao programa-

dor sénior.

Microsoft Office 2010

As aplicações do Microsoft Office

são das ferramentas mais úteis den-

tro e fora da sala de aula. Seja para

realizar uma apresentação interativa

com o Microsoft PowerPoint®, escre-

ver com o Microsoft Word®, ou tirar

notas com o Microsoft OneNote® - o

Office é parte essencial do processo

de ensino e aprendizagem.

Iniciativas Microsoft

para a Educação

A Microsoft colabora com os parceiros

educativos locais, nacionais e internaci-

onais com o objetivo de disponibilizar

tecnologias, ferramentas, programas e

soluções que ajudam a enfrentar os

desafios da educação bem como a

melhorar as oportunidades de ensino e

aprendizagem. Colaborou também com

o nosso Agrupamento cedendo-nos

gratuitamente a sua plataforma para

alojar o nosso servidor de correio elec-

trónico.

Augusto Ramos

Imagem e Vídeo

Ferramentas de visualização, criação

e edição de vídeos e imagens que

permitem produzir apresentações

multimédia e interativas no âmbito de

qualquer disciplina ou atividade não

curricular.

Recursos

Conjunto muito variado de ferramen-

tas para a sala de aula, orientadas

para envolver alunos e professores

na dinamização e exploração de con-

teúdos curriculares de forma mais

atrativa e estimulante.

Segurança

Proteger o computador e as crianças

e jovens contra software malicioso e

conteúdos indesejáveis é uma preo-

cupação de qualquer Pai, Professor

ou Profissional de Educação.

Nesta secção encontrará algumas

das ferramentas e recursos para me-

lhorar a segurança do computador,

ajudar a proteger as informações

pessoais dos utilizadores e promover

uma utilização consciente e segura

da Internet.

Software de Desenvolvimento

Esta secção apresenta um conjunto

de ambientes integrados de progra-

mação (IDEs) e de Kits de Desenvol-

Page 27: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 27

Escola Básica do 1º Ciclo - Golegã

Page 28: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 28

Escola Básica do 1º Ciclo - Golegã

O terramoto de 1755

O terramoto de 1755 foi um dos mais

marcantes de Portugal. Diz-se que foi

de 9 na escala Richter. Depois do ter-

ramoto houve réplicas, originando a

queda de edifícios e outros problemas

graves como os incêndios. Era Dia de

Todos os Santos e muita gente morreu

dentro das igrejas por estar na hora da

missa. Outros estavam a fazer o almo-

ço e os fogões de lenha incendiaram

as casas. Pensando ser mais seguro,

algumas pessoas foram para a foz do

rio Tejo. Mas, não contavam que o rio

transbordasse criando uma enorme

onda gigante, um maremoto que atin-

giu os 30 metros de altura, varrendo as

pessoas e grande parte da cidade.

Minutos depois toda a cidade estava

destruída. Os ladrões aproveitaram

para roubar o que encontraram pelo

caminho. Os sobreviventes ficaram a

viver em tendas, parecidas com as de

campismo, e a família real também

teve a sua.

O rei D.José I ordenou ao seu primeiro-

ministro, Sebastião José de Carvalho e

Melo, Marquês de Pombal, que dirigis-

se a reconstrução da cidade. A frase

do Marques de Pombal que mais se

destacou na altura foi: «Cuidar dos

vivos e enterrar os mortos».

A nova cidade nasceu com avenidas largas, modernas e prédios anti-sísmicos.

Francisco Luz Sala dos Papagaios de Papel - 4ºano

O meu dia-a-dia

Eu de manhã acordo, tomo o pequeno-

almoço, lavo os dentes e penteio-me.

Vou para a escola e faço os trabalhos

das várias disciplinas: Língua Portu-

guesa, Matemática ou Estudo do Meio

nos livros ou na folha do dia.

fingir-se de morta.

Pela manhã, o lavrador foi lá espreitar

e viu a raposa, pensou matá-la, mas

ela parecia-lhe morta, ele agarrou-a

pelo rabo e atirou-a para o meio da

horta.

De repente, e para seu espanto, a ra-

posa levantou-se, pôs a cauda virada

para o ar e fugiu…

O pobre lavrador jurou que nunca mais

confiaria em raposas.

A GALINHA VERDE

Num belo dia a Galinha Verde levantou

-se com muito cuidado para não acor-

dar os pintainhos que ainda dormiam.

Foi buscar um avental e começou a

varrer a capoeira. Nisto alguém bateu à

porta. A galinha Verde abriu a janela e

viu a Galinha Amarela que lhe pergun-

tou se tinha roupa para engomar. A

Galinha Verde explicou-lhe que fazia

tudo em casa e fechou-lhe a janela no

bico.

A galinha Amarela foi embora a res-

mungar.

A Galinha Amarela foi bater à porta da

Galinha Preta, que era gorda, dizendo

que tinham de expulsar dali a Galinha

Verde porque era tão esquisita que

lhes podia fazer mal.

Foram as duas à esquadra da polícia

falar com o Galo Vaidoso. De seguida

foram todos para casa da Galinha Ver-

de.

Bateram à porta e a Galinha Verde

ficou assustada. Quando abriu a porta

eles entraram e estiveram a conversar.

Quando acabaram a conversa o galo

defendeu a galinha Verde e as outras

foram embora zangadas.

A Galinha Verde convidou o Galo Vai-

doso para beber um licor e ver os seus

filhotes (pintainhos) brincar.

O Galo e a Galinha combinaram ficar

amigos para sempre.

O SEGREDO DO RIO (um aluno ima-

ginou-se como uma das persona-

gens)

Eu e o rapaz que vivia numa casa no

campo junto do ribeiro brincávamos

Quando toca a campainha vou ao inter-

valo e brinco com as minhas amigas e

os meus amigos. Volto para a sala de

aula e faço outra coisa.

A campainha toca novamente e vou

almoçar com o centro, vou para o

“comboio” à espera do meu par. Às

vezes vou de carro por causa da chu-

va.

Almoço sopa, carne ou peixe e fruta.

No fim de almoçar vou ver televisão

para o salão e depois vou fazer o

“comboio” outra vez.

Quando chego à escola, vou fazer ou-

tras coisas diferentes e a professora

marca os trabalhos de casa.

Toca novamente, arrumo o material

saio da escola e vou para o centro lan-

char. Lancho pão com manteiga e leite

com chocolate. Vou para a minha sala

fazer os trabalhos de casa e a seguir

vou brincar. À noite, vou jantar a casa

da minha avó.

Quando a minha mãe quer, vamos ao

café ou à feira.

Adoro o meu dia-a-dia!

Carolina Carvalho Turma dos Amiguinhos - 2º Ano

A leitura é muito importante!

Os alunos desta turma gostam muito

de ler!

Na turma fizemos algumas leituras.

Aqui ficam resumos de algumas

das nossas leituras e a recriação de

uma personagem.

A RAPOSA NO GALINHEIRO

Numa noite de primavera uma raposa

entrou num galinheiro através de um

buraco.

Lá, viu tantas galinhas que acabou por

comê-las todas, ficou inchada e depois

não conseguia sair.

Estava a amanhecer e a raposa decidiu

Continua

Page 29: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 29

Escola Básica do 1º Ciclo - Golegã

juntos sempre que podíamos. Nós gos-

távamos muito de ir ver as árvores de

fruto e de comer maçãs, laranjas, pêras

e pêssegos.

O nosso sítio favorito era junto ao ribei-

ro que tinha muitos peixes.

Nós jogávamos à bola e xadrez, brincá-

vamos com os peixes, atirávamos pe-

dras ao ribeiro e subíamos às árvores.

A mãe do rapaz fazia compotas com

fruta que havia no pomar ao longo de

todo ano e dava-nos ao lanche.

Uma vez, ao fim do dia o rapaz apre-

sentou-me o peixe e ficámos no ribeiro

a contar e a recordar histórias da nossa

vida. Foi maravilhoso!

Por fim concluímos que gostaríamos de

“ser peixes para nadar e descer ao

fundo do ribeiro sem precisar de vir à

tona respirar”

.Turma de 4º ano “Patitos”

-

Page 30: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 30

Jardim de Infância - Golegã - ala Amarela

Feira do Outono

No passado mês de novembro realizámos uma Feira do Outono no nosso Agrupa-

mento.

Com os doces que nós fizemos e também com os das nossas avós, com as broinhas

e muita fruta da época que as mães ofereceram, decorámos um “carrinho do Outono”

muito divertido.

Superámos as nossas expectativas.

Os meninos e meninas da sala amarela agradecem muito a colaboração de todos.

Palavras Cruzadas

Page 31: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 31

Jardim de Infância - Golegã

Sabem quem somos?

Somos o grupo de crianças da Sala

Verde do Jardim de Infância de Go-

legã! Alguns já frequentámos a Sala

Verde no ano passado. Outros, viemos

do Centro Social e Paroquial da Go-

legã. Um dos nossos colegas veio de

mais longe: Lisboa. E os mais pe-

queninos vieram dos miminhos dos

avós!

Todos nós nos adaptámos muito bem.

Só chorámos um bocadinho nos

primeiros dias. Parece que faz parte da

nossa idade, como diz a nossa Educa-

dora Tina!

Ao longo destes meses já aprendemos

muitas coisas na Sala Verde. Em

primeiro lugar fomo-nos conhecendo

uns aos outros, através de jogos e de

canções. Depois de estarmos adapta-

dos construímos e trabalhámos as re-

gras da nossa Sala. Com as regras

aprendemos algumas palavras mági-

cas: “desculpa”, “por favor”, “com licen-

ça” e “obrigado”.

Fizemos a Festa da Fruta através das

atividades da Semana da Alimentação.

Aprendemos que todos os alimentos

fazem bem ao nosso organismo, mas

uns devem-se comer em mais

quantidade e outros menos.

Vivemos a tradição do Dia do Bolinho,

com a expressão ‘Bolinho, bolinho, à

porta do seu vizinho’. Enfeitámos com

abóboras pintadas por nós os

saquinhos dos bolinhos, que levámos

para os nossos Pais!

Nestas últimas semanas temos estado

a falar e a trabalhar sobre o Outono.

Construímos a Árvore do Outono, que

tem cores muito bonitas como o ver-

melho, o amarelo, o castanho e cor de

laranja!

E agora a seguir vem o Natal! Durante

o mês de dezembro vamos decorar a

nossa sala com muitos motivos de Na-

tal feitos por nós e, ainda, queremos

preparar a Festa de Natal para fazer-

mos em conjunto com os nossos Pais!

Só nos resta desejar a todos um Feliz

Natal!

Meninos e Meninas da Sala Verde do

Jardim de Infância de Golegã

Page 32: Jornal Encontro Dezembro 2011

Página 32

Última hora...

Vai realizar-se na Escola, no dia 16 de dezembro (6ª-feira) a

atividade “Cantar o Natal”. Haverá uma sessão de abertura

com a apresentação de um momento musical, pelos alunos

do Grupo de Flautas de Bisel da Oficina da Música.

Os alunos terão oportunidade de conhecer e entoar canções

de Natal de vários pontos do mundo.

Esta atividade destina-se aos alunos do 5º e 6º anos.

Os alunos interessados em participar nesta atividade devem

inscrever-se previamente, junto dos respetivos Delegados de

turma e da professora Maria do Carmo Lopes, até ao dia 9 de

Dezembro.

No dia dezasseis de dezembro, os alunos inscritos devem

deslocar-se às salas de aula de acordo com o seu horário,

para marcarem a presença junto do respetivo professor. De

seguida devem dirigir-se à sala 6, para participarem nesta

atividade e entoarem canções de Natal. O horário de partici-

pação das turmas é o seguinte:

Vai decorrer no dia 5 de janeiro, a atividade “Cantar as Ja-

neiras”, prevista no Plano Anual de Atividades do Agrupa-

mento, através do projeto da oficina da música, em articula-

ção com a professora Teresa Cruz da E.B.1 da Golegã. O

grupo das Janeiras percorrerá as ruas do concelho a cantar

as janeiras seguindo um percurso previamente definido e di-

vulgado.

A atividade terá início às 18.00 horas, na Escola Sede do

Agrupamento.

Esta atividade encontra-se aberta à comunidade educativa,

devendo os interessados proceder à sua inscrição até ao dia

13 de dezembro, junto das professoras Maria do Carmo Lo-

pes e Teresa Cruz.

Preveem-se dois ensaios gerais, na escola sede do agrupa-

mento (sala 9), nos seguintes dias:

14 de dezembro (4ª feira), das 15.40h às 17.10 h;

4 de janeiro (4ª feira), no mesmo horário.

Horas Anos/Turmas

10.20h-11.05h 6ºA/6ºC/6ºD

12.00h-12.45h 5ºA/5ºC

12.45h-13.30h 5ºB/5ºC