Jornal Encontro Junho 2008

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Página Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 06 - III Série - Junho /2008 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo) - Preço 0,40 € Parabéns aos jovens leito- res! No passado dia 4 de Abril, a Ana Luí- sa o João Delgado e a Rita Madeira do 8º C representaram de forma brilhante a nossa escola, na 2ª eliminatória do Concurso do Plano Nacional de Leitu- ra, entre trinta e dois colegas, repre- sentantes dos vários concelhos do dis- trito de Santarém. … (Página 2) Presidente do Conselho Executivo na Sala de Aula No dia 26 de Maio, os alunos do CEF- B receberam na sua sala o Sr. Profes- sor Jorge Saldanha Mendes, na quali- dade de Presidente do Conselho Exe- cutivo da nossa Escola, a fim de lhe fazerem uma entrevista sobre o tema ―Autoridade: Porque precisamos de autoridade?‖. (Página 20) Inauguração de Pólo da Sede da Fundação José Saramago em Azinhaga Grande dia para a Azinhaga No dia trinta e um de Maio dois gran- des acontecimentos puseram a Azinha- ga na agenda nacional e internacional. A Azinhaga adoptou Pilar del Rio como filha da terra. Saramago também já tinha sido adoptado como filho na terra natal da sua mulher Pilar. Ao longo da tarde desenvolveram-se várias activi- dades: actuações do Rancho Folclórico da Azinhaga, da Banda Filarmónica, da Casa da Comédia e leitura de textos de Saramago por antigos e actuais alunos da Escola B. 2,3/S. Mestre Mar- tins Correia. Neste dia foi também inau- gurada a Fundação José Saramago, situada no Largo da Praça. Nesta Fun- dação podemos ver algum mobiliário da família de José Saramago, fotogra- fias, livros. Este espaço tem também computadores, com acesso à Internet, que pode ser usado pela população e pretende-se que seja um espaço de cultura, com diferentes actividades. (Página 20) Entrevista com a Dra Cátia (Responsável pelo Museu Carlos Relvas) Jornal Encontro - Qual o seu nome? Dra. Cátia - Chamo-me Cátia, utilizo o meu apelido salvado apesar do meu apelido ser Fonseca gosto de assinar como Cátia Salvado. Jornal Encontro - Qual é a sua for- mação? Dra. Cátia - Sou licenciada em Histó- ria. Jornal Encontro - Quais são as suas funções? Dra. Cátia - Aqui, na Casa-Estúdio para além de ser guia, também fiz o estudo da casa do Carlos Relvas, por- tanto a minha tese de mestrado é sobre Carlos Relvas e pretendia atra- vés do meu estudo fazer com que se valorizasse o património através da Casa-Estúdio e que a Golegã fosse valorizada e também foi proposto pelo pelouro da cultura da câmara municipal da Golegã fazer um trabalho comunitá- rio entre a Casa-Estúdio e as escolas, portanto é nossa intenção trabalhar com a escola Martins Correia … (Página 4)

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Jornal Encontro Junho 2008

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Página

Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 06 - III Série - Junho /2008 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo) - Preço 0,40 €

Parabéns aos jovens leito-res!

No passado dia 4 de Abril, a Ana Luí-

sa o João Delgado e a Rita Madeira do

8º C representaram de forma brilhante

a nossa escola, na 2ª eliminatória do

Concurso do Plano Nacional de Leitu-

ra, entre trinta e dois colegas, repre-

sentantes dos vários concelhos do dis-

trito de Santarém. …

(Página 2)

Presidente do Conselho Executivo na Sala de Aula

No dia 26 de Maio, os alunos do CEF-

B receberam na sua sala o Sr. Profes-

sor Jorge Saldanha Mendes, na quali-

dade de Presidente do Conselho Exe-

cutivo da nossa Escola, a fim de lhe

fazerem uma entrevista sobre o tema

―Autoridade: Porque precisamos de

autoridade?‖. … (Página 20)

Inauguração de Pólo da Sede da Fundação José Saramago em Azinhaga Grande dia para a Azinhaga

No dia trinta e um de Maio dois gran-

des acontecimentos puseram a Azinha-

ga na agenda nacional e internacional.

A Azinhaga adoptou Pilar del Rio como

filha da terra. Saramago também já

tinha sido adoptado como filho na terra

natal da sua mulher Pilar. Ao longo da

tarde desenvolveram-se várias activi-

dades: actuações do Rancho Folclórico

da Azinhaga, da Banda Filarmónica,

da Casa da Comédia e leitura de textos

de Saramago por antigos e actuais

alunos da Escola B. 2,3/S. Mestre Mar-

tins Correia. Neste dia foi também inau-

gurada a Fundação José Saramago,

situada no Largo da Praça. Nesta Fun-

dação podemos ver algum mobiliário

da família de José Saramago, fotogra-

fias, livros. Este espaço tem também

computadores, com acesso à Internet,

que pode ser usado pela população e

pretende-se que seja um espaço de

cultura, com diferentes actividades.

(Página 20)

Entrevista com a Dra Cátia (Responsável pelo Museu Carlos Relvas)

Jornal Encontro - Qual o seu nome?

Dra. Cátia - Chamo-me Cátia, utilizo o

meu apelido salvado apesar do meu

apelido ser Fonseca gosto de assinar

como Cátia Salvado.

Jornal Encontro - Qual é a sua for-

mação?

Dra. Cátia - Sou licenciada em Histó-

ria.

Jornal Encontro - Quais são as suas

funções?

Dra. Cátia - Aqui, na Casa-Estúdio

para além de ser guia, também fiz o

estudo da casa do Carlos Relvas, por-

tanto a minha tese de mestrado é

sobre Carlos Relvas e pretendia atra-

vés do meu estudo fazer com que se

valorizasse o património através da

Casa-Estúdio e que a Golegã fosse

valorizada e também foi proposto pelo

pelouro da cultura da câmara municipal

da Golegã fazer um trabalho comunitá-

rio entre a Casa-Estúdio e as escolas,

portanto é nossa intenção trabalhar

com a escola Martins Correia …

(Página 4)

Page 2: Jornal Encontro Junho 2008

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Coordenadores (Deste número)

Professores:

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Alunos: 8º Ano - Turma B

Carlos Medinas

8º Ano - Turma C

Joana Dias

Reprodução Luís Farinha

Propriedade Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)

Sede: Escola Mestre Martins Correia

Rua Luís de Camões - Apartado 40

2150 GOLEGÂ

Telefone: 249 979 040

Fax: 249 979 045

E-mail: [email protected]

Página Web: www.eps-golega.rcts.pt

Tiragem 50 exemplares

Oficina de Jornalismo

Página Web http://oficinajornalismo.no.sapo.pt/

E-mail [email protected]/

Finalmente…

O tão desejado final de mais um ano lectivo está aí! Com ele chegou o

terceiro número do jornal Encontro ( Para o ano há mais!!!!!!!!!!!!!!!!!).

Neste número, os nossos leitores terão a oportunidade de saber um

pouco mais sobre o Museu Carlos Relvas - vide entrevista com Drª

Cátia Salvado, responsável pelo Museu. Poderão ainda ler uma entre-

vista realizada pelos alunos da turma B do CEF ao Professor Jorge

Saldanha - Presidente do Conselho Executivo. Para além destas duas

entrevistas deverá também ler as notícias relativas a algumas das acti-

vidades que se foram realizando ao longo do terceiro período, os tex-

tos produzidos pelos alunos e, não se esqueça, de fazer os passatem-

pos.

E não se esqueça que férias não é só praia. Aproveite para visitar o

nosso concelho, não esquecendo os seus belos museus.

A equipa responsável pelo Oficina de Jornalismo deseja a todos os

seus leitores umas boas férias!

Fernanda Silva — Lurdes Marques — Manuel André

Parabéns aos jovens leitores!

No passado dia 4 de Abril, a Ana Luísa o João Delgado e a Rita Madeira do 8º

C representaram de forma brilhante a nossa escola, na 2ª eliminatória do Con-

curso do Plano Nacional de Leitura, entre trinta e dois colegas, representantes

dos vários concelhos do distrito de Santarém. Os três estão de parabéns, pelo

nível de desempenho e solidariedade para com a aluna seleccionada para a

3ªa eliminatória, Ana Luísa, que ainda terá de enfrentar uma prova duríssima,

entre os melhores leitores juvenis do país. Sabemos que quando o jornal da

escola sair a finalíssima já terá decorrido, no entanto, desejamos à Ana Luísa

coragem e êxito para a finalíssima.

Ficha Técnica Editorial

Page 3: Jornal Encontro Junho 2008

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Convém ter opinião

tuição da Republica, o actual governo

parece não ligar a isso, o que tem pro-

vocado o protesto das populações por

todo o país. E o principal argumento

utilizado pelo governo na sua campa-

nha é que os custos com o S.N.S. têm

crescido de uma forma insustentável e

que é preciso reduzi-los.

Ora, sabendo que a saúde é funda-

mental não só para as pessoas mas

também para aumentar a produtividade

e a competitividade da economia Portu-

guesa, será que reduzir os gastos com

a saúde é uma atitude inteligente e

sensata?

No meu ponto de vista, não só não é

inteligente como é egoísta.

Pessoalmente considero que o estado

devia investir mais na saúde bem como

na educação, pois estes são os pilares

fundamentais do desenvolvimento de

um país.

Porém, são cada vez mais os hospitais,

centros de saúde e maternidades que

fecham e, consequentemente, nos pou-

cos que ficam ao serviço da população,

o tempo de espera e a incapacidade de

atendimento são cada vez maiores, já

para não falar no aumento do número

de doentes por médico que traz consi-

go a impaciência e diminui a qualidade

de prestação de serviços nesta área.

E não há dúvida de que neste sector,

como em tantos outros, há muita pre-

potência, abuso de poder e interesses

ocultos. E é com base nisto que a pri-

vatização dos hospitais é cada vez

maior.

Claro, as pessoas com mais recursos

optam por aqueles onde tudo funciona.

E, estando este país nas mãos do capi-

talismo, os interesses e necessidades

das classes mais baixas são levados

para último plano.

Exemplificando, o Hospital de Vila

Franca de Xira não tem aparelho para

realizar um T.A.C.. Provavelmente, os

doentes são transferidos para o realiza-

rem em Lisboa. Ora, alguém que tenha

um A.V.C. morre pelo caminho.

Bem, mas pelo menos tem para onde

ir. Agora é que é aproveitar para morrer

enquanto o Governo não fecha tam-

bém os cemitérios.

E, como se costuma dizer ―uma des-

graça nunca vem só‖. Assim, como se

a situação não fosse já bastante grave

e deprimente, o aumento dos preços

vem para se ―juntar a festa‖.

Segundo os dados mais recentes publi-

S.O.Saúde

Sinceramente, estava com uma grande

dificuldade em escolher um tema para

desenvolver, mas lembrei-me: Porque

não falar de um assunto que é tão

importante e essencial ao ser humano

e que, infelizmente, não se encontra no

seu melhor estado, como é o caso da

saúde em Portugal?

Confesso que é também um assunto

que me seduz e que me leva a reflectir

bastante, uma vez que é a área que eu

escolhi para continuar os meus estu-

dos.

Desde pequena que o meu grande

sonho sempre foi ser médica. O facto

de trabalhar num hospital, viver ao

máximo toda a pressão sentida numas

urgências, lidar com todo o tipo de pes-

soas, poder ajudar quem mais precisa,

sentir o prazer de ter salvo uma vida e

a angústia de não ter conseguido

(porque infelizmente também faz par-

te), poder chegar ao fim do dia com a

consciência de que dei o melhor de

mim para fazer renascer a esperança

em alguém em que a mesma já tinha

desaparecido… Será que há sensação

melhor?

Todavia, parece que o Estado Portu-

guês não quer que, tanto eu como mui-

tos outros jovens, vivamos esta expe-

riência. As médias de entrada no curso

de medicina já são por si extremamen-

te elevadas e como se isso não bastas-

se, de ano para ano, ainda dificultam

mais as entradas. Este ano são já três

as provas de ingresso para medicina.

Eu nunca desesperei, mas confesso

que já pensei em desistir do meu

sonho.

Com isto, Portugal está a fazer com

que os alunos Portugueses vão para o

estrangeiro, nomeadamente a nossa

vizinha Espanha, onde as médias são

muito mais baixas e não é por isso que

os médicos formados são piores. E a

meu ver, Portugal não se encontra

numa situação muito favorável para se

dar ao luxo de ―dispensar‖ médico

algum.

Infelizmente, em Portugal, os serviços

de saúde estão péssimos. O Serviço

Nacional de Saúde (S.N.S.) está em

―vias de extinção‖ (qualquer dia será

privado) e, futuramente, só lá irá ape-

nas quem não tem outra solução.

Apesar da saúde ser um direito garanti-

do a todos os Portugueses pela Consti-

cados pelo I.N.E., o aumento médio

dos preços da saúde foi de 7,3% no

último ano. E não há dúvida que a cria-

ção de novas taxas moderadoras, o

aumento das já existentes e a redução

da comparticipação do Estado nos

medicamentos são algumas explica-

ções para esta subida.

No entanto, a mãe de todas as leis

continua a estabelecer no seu artigo

64º que “todos têm o direito à protec-

ção da saúde e este é realizado atra-

vés de um serviço nacional de saúde

universal e geral e, tendo em conta as

condições económicas dos cidadãos,

tendencialmente gratuito‖

Resumindo, o mal está nas pessoas,

na falta de profissionalismo de muitos,

na falta de sentimentos de outros tan-

tos, na incapacidade de perceber o

outro, de se imaginar do outro lado.

Contudo, também está na desorganiza-

ção, na má gestão dos recursos.

A meu ver, enquanto os profissionais

de saúde forem escolhidos apenas por

uma média que mostra que são exce-

lentes alunos mas não implica que

sejam bons profissionais e os recursos

forem geridos apenas com interesses,

Portugal não vai avançar. Pelo contrá-

rio.

Deste modo, concordo que todas as

reformas a realizar deveriam ser direc-

cionadas para dar às pessoas um aten-

dimento de qualidade, em tempo útil,

com eficácia e humanidade.

Eu, continuo com a esperança de que

um dia possa vir a fazer parte do grupo

de ―jovens médicos‖ que desejam tor-

nar Portugal num país mais ―saudável‖

e promissor. Basta que não me ―cortem

as asas‖ e me deixem voar.

Joana Madeira — 12ºA

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Entrevista com a Dra Cátia (Responsável pelo Museu Carlos Relvas)

Jornal Encontro - Qual o seu nome?

Dra. Cátia - Cátia Salvado.

Jornal Encontro - Qual é a sua forma-

ção?

Dra. Cátia - Sou licenciada em História.

Jornal Encontro - Quais são as suas

funções?

Dra. Cátia - Aqui, na Casa-Estúdio,

para além de ser guia, também fiz o

estudo da Casa de Carlos Relvas. A

minha tese de mestrado é sobre Carlos

Relvas e pretendia através do meu

estudo fazer com que se valorizasse o

património através da Casa-Estúdio e

que a Golegã fosse valorizada. Foi pro-

posto pelo pelouro da cultura da Câma-

ra Municipal da Golegã fazer um traba-

lho comunitário entre a Casa-Estúdio e

as escolas, portanto é nossa intenção

trabalhar com a Escola Martins Correia

e também com os jardins-escola, a

escola do 1º Ciclo para que todas as

pessoas do concelho fiquem a saber

quem foi realmente Carlos Relvas, prin-

cipalmente os goleganenses, mas não

só, também levar além fronteiras o

nome do eminente fotógrafo Carlos

Relvas. Mas para que isso aconteça é

preciso que os próprios goleganenses

valorizem o seu património, não pode-

mos estar à espera que venham outras

pessoas valorizá-lo, mas sim educar as

pessoas para que fiquem a conhecer o

seu património porque o património é

dos goleganenses.

Jornal Encontro - Porquê esse seu

interesse?

Dra. Cátia - Sou uma apaixonada por

fotografia e acho que Relvas foi um

fotógrafo e uma personalidade extre-

mamente interessante porque, para

além de ter sido fotógrafo, também foi

inventor, esgrimista, toureiro, portanto

ele engloba o saber enciclopédico com

raízes no próprio humanismo. Acho

fantástico que uma personagem como

Carlos Relvas deve ser valorizada e

este museu deve ter um papel impor-

tante na educação da população, por-

que é para isso que se formam os

historiadores para partilharem o seu

conhecimento com as outras pessoas e

eu penso que, numa região como a

ribatejana, que muitas vezes não valo-

riza a cultura, porque também não

chama a atenção para o próprio patri-

mónio. A minha intenção assim como a

do Pelouro da Cultura da Câmara

Municipal da Golegã é que todas as

pessoas saibam apreciar o património,

por isso é que nós fazemos uma distin-

ção de linguagens e de públicos de

forma a que todas as pessoas possam

entender e valorizar o património. Pen-

so que só através do conhecimento

poderemos ser melhores pessoas e

contribuir para o desenvolvimento da

região e do país.

Jornal Encontro - Gosta daquilo que

faz?

Dra. Cátia - (risos) Adoro o que faço.

Jornal Encontro – Que actividades

está a desenvolver no museu?

Dra. Cátia - Estou também a fazer ser-

viço educativo, pretendo trazer cá pro-

fessores de todas as áreas para mos-

trar que este museu não é só para pro-

fessores de História, mas também

poderá ser útil para outras áreas, como

a Matemática. Se não fossem os mate-

máticos como é que se tinha feito este

belo edifício? Veja-se a própria geo-

metria que está nos mosaicos. Em rela-

ção a outras áreas como o Francês

percebemos a importância da cultura

francesa no século XIX presente aqui

na Casa Relvas. A nível de Biologia

temos este jardim com várias espécies

que também poderia ser trabalhado.

Na Química temos os grandes quími-

cos que também contribuíram para o

desenvolvimento da própria fotografia e

assim sucessivamente. Penso que

deveremos trabalhar com todas as

áreas e trazer várias pessoas ligadas a

áreas que não é muito comum virem ao

museu.

Jornal Encontro - A visita guiada é

―Standart‖ ou adapta as visitas con-

soante a área da pessoa?

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Dra. Cátia - Nesse caso agradecia

que enviasse um mail dizendo qual era

a área e assim não fazia a visita stan-

dart, mas direccionada para a área.

Jornal Encontro - O espólio do

museu está todo exposto?

Dra. Cátia - Não, temos cerca de dez

mil negativos(ou seja, vidrinhos com as

fotografias gravadas) e também dez mil

positivos, que são as próprias fotogra-

fias. Encontram-se neste momento a

restaurar em Lisboa, mas dentro em

breve virão para o museu.

Jornal Encontro - Os goleganenses

valorizam o seu património e temem

que este se perca nestas andanças.

Está assegurado que vem tudo?

Dra. Cátia - A essa pergunta só quem

poderá responder é o Sr. Presidente da

Câmara, Dr. Veiga Maltez. O que me

foi dito é que houve um protocolo com

o Instituto Politécnico de Tomar ficando

eles incumbidos de trazer o espólio:

eles irão muito brevemente restaurar a

casa que se encontra aqui ao lado, irão

transformá-la numa casa com todas as

condições térmicas para poder recolher

o património fotográfico e a intenção do

Sr. Presidente é que venha todo para

ser instalado nesse edifício.

Jornal Encontro - O que vemos é

uma pequena parte..

Dra. Cátia - Exactamente, cerca de

dez mil negativos e positivos é um

espólio imenso. Relvas fotografava o

país inteiro de norte a sul, também

temos fotografias no estrangeiro, onde

ia buscar inspiração, ele ia buscar ins-

piração a outros ateliers, ele era uma

pessoa extremamente viajada e fazia

este tipo de observações.

Jornal Encontro - Que material cons-

titui o espólio e qual a quantidade?

Dra. Cátia - Agora o espólio que está

visível, para além do edifício que só por

si é único no mundo e que só por si dá

para contar uma história, temos algu-

mas máquinas fotográficas, algum

mobiliário, alguns diplomas de Relvas,

muitos livros, embora não tenhamos os

quatro mil que constituíam a biblioteca,

temos cerca de duzentos só sobre foto-

grafia e de setecentos ao nível da

Ciência em geral. Não podemos esque-

cer que Relvas se interessava por tudo.

Quando Relvas transforma o edifício

em residência ele dedica-se à astro-

nomia e é nesta altura que surgem as

fotografias da lua que vemos no catálo-

go, muitos livros também com a temáti-

ca da literatura das viagens, História

francesa, História de Portugal, relacio-

nados com música, porque a família

estava muito ligada à música, havia

elementos que tocavam piano, outros

cítara, violino. Por exemplo o conheci-

do republicano José Relvas aprendeu a

tocar violino com Nicolau Ribas, um

dos mais famosos violinistas portugue-

ses do século XIX.

Jornal Encontro - E o resto dos

livros e outro material?

Dra. Cátia - Muitos livros foram leva-

dos pelos descendentes e outro mate-

rial teve destinos diversos.

Jornal Encontro - Tem ideia de que

tipo de pessoas visita o museu e

qual a sua opinião ?

Dra. Cátia - O museu é visitado por

todo o tipo de pessoas, há muitos

estrangeiros que também vêm visitar o

museu, muitos porque conheceram os

arquitectos responsáveis pelo restauro,

outros ligados ao mundo da fotografia.

Tivemos importantes figuras da história

da fotografia, temos também desde

jardins escolas a escolas, temos aquilo

que costumamos designar por pessoal

especializado, os fotógrafos, os arqui-

tectos, pessoas ligadas à arte.

Jornal Encontro - Tem ideia de quan-

tos estrangeiros já visitaram o

museu?

Dra. Cátia - Não sei bem, mas tivemos

cerca de oito mil visitantes num ano; os

estrangeiros não foram a maioria, foi

um número muito reduzido.

Jornal Encontro - A ideia que temos

é que quem vem gosta, porém não

sei se há divulgação suficiente...

Dra. Cátia —É um facto que não há

divulgação suficiente, apesar de se ter

tentado divulgar. As pessoas transmi-

tem umas às outras, os estrangeiros

que nos vêm visitar muitos deles não

conhecem a Casa Estúdio. Ouviram

falar na Casa Estúdio e eles por curio-

sidade vieram visitar, outros por acaso

encontraram um edifício bonito e resol-

veram entrar. As pessoas que nos têm

visitado têm gostado bastante, desde

as pessoas ditas ―entendidas‖ a pes-

soas que normalmente são tidas por

não apreciarem muito a cultura, o que

eu sou contra, eu acho que desde que

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nós expliquemos às pessoas o que o

património significa ficam a gostar e é

isso que tem acontecido na Casa Estú-

dio. Desde pessoas mais simples às

pessoas com mais conhecimentos,

teóricos, todos saem encantados e

para além disso trazem pessoas consi-

go. Para comprovar o que estou a dizer

temos o livro de visitas, com muitas

críticas positivas, dizendo que adoram

a casa, apenas lamentando a sinaliza-

ção insuficiente. Algumas mostram

mesmo vontade em voltar à Casa Rel-

vas.

Jornal Encontro - A apresentação

virtual de Carlos Relvas também

ajuda a cativar o público…

Dra. Cátia - As pessoas gostam muito.

O texto é da responsabilidade do Dr.

Paulo Oliveira, historiador que esteve

antes de mim na Casa Relvas. As pes-

soas ficam encantadas com o hologra-

ma, que é uma das atracções da Casa

Estúdio, embora as pessoas também

fiquem deslumbradas com o edifício.

Jornal Encontro - Que outros objec-

tivos tem a Casa Relvas?

Dra. Cátia - Um dos nossos objectivos

é trabalhar com as escolas uma vez

que só faz sentido se partilharmos os

nossos conhecimentos e contribuirmos

para o desenvolvimento da Golegã.

Jornal Encontro - Não há uma pági-

na na Net?

Dra. Cátia - Neste momento não exite

mas está a ser tratado.

Um facto curioso é que Relvas tem as

suas câmaras nos baptistérios, portan-

to há todo um simbolismo do baptismo,

do nascimento da própria fotografia.

Neste edifício era o atelier e a Casa era

à frente tendo ardido em 1957. Esta-

mos no piso dos laboratórios, na época

não se chamavam câmaras escuras

como actualmente, câmaras escuras

era as máquinas fotográficas. Estes

laboratórios eram designados como

salas de impressão. A fotografia e o

negativo eram em vidro, a imagem

eram fixa num negativo e impressa no

papel, no positivo, daí a designação

das salas de impressão. O negativo em

vidro era colocado debaixo do funil,

onde era colocada uma substância foto

-sensível, que permitia que a imagem

ficasse gravada no negativo (códio).

Depois vinha para o laboratório, era

colocada num fixador e ficava a secar.

Relvas sempre que queria fotografar no

exterior tinha que transportar todo o

material que está no laboratório, por-

que assim que tirava a fotografia tinha

que fazer a impressão. Quando se des-

cobre o códio seco pode fazer-se a

impressão mais tarde em vez de andar

com uma carroça com todo o laborató-

rio passa a andar apenas com

Visita Guiada

De seguida a Drª Cátia fez-nos uma

visita guiada à Casa Relvas.

Estamos diante do Edifício que é consi-

derado o templo da fotografia, cons-

truído entre 1871 e 1876. O autor do

projecto foi o arquitecto português Hen-

rique Carlos Afonso e este edifício pre-

tendeu ser uma homenagem à fotogra-

fia. Por isso Relvas colocou na sua

fachada os bustos dos pioneiros Nièp-

ce e Daguerre e por baixo destes bus-

tos, encontramos duas medalhas de

mérito de Carlos Relvas, que eram

prova de que estava apto a ensinar

esta arte a quem pretendesse aprendê-

la. Nas paredes laterais estão anjos a

segurar máquinas fotográficas. Por

curiosidade este edifício também com-

posto por trinta e três toneladas de

ferro. A nível arquitectónico é composto

pelos revivalismos do século XIX, neo-

medieval, neo-gótico. Por contraste, o

edifício inferior é marcadamente neo-

clássico, mais concretamente neo-

românico. Era o sítio onde Relvas tinha

os seus laboratórios.

Page 7: Jornal Encontro Junho 2008

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uma malinha.

Na câmara escura podem ver-se

alguns materiais específicos para reve-

lação. Aqui temos os bustos de Nièpce

e Daguerre. A fotografia foi inventada

por Daguerre em 1839. A presença do

revivalismo mourisco pode-se ver nos

mosaicos; e o neo-clássico presente no

tecto e no candeeiro. De seguida

temos as salas de tonificação: as foto-

grafias quando era impressas ficavam

a preto e branco e para adquirir a tona-

lidade chamada sépia tinham de levar

um banho dado nas pias, era a chama-

da viragem a sépia e depois ficavam a

secar nestas salas. Actualmente estão

consagradas para contar a vida de

Relvas.

Relvas era polivalente: toureiro, cava-

leiro, inventor. Inventou a sela à Rel-

vas, um barco salva-vidas e uma

máquina fotográfica. Tinha também

uma praça de touros, que se situava

onde está hoje o Hotel Lusitano.

Aqui temos o primeiro Atelier, onde se

encontram as plantas do arquitecto

Henrique Carlos Afonso, alguns catálo-

gos que Relvas recebia do Porto , cida-

de que estava muito mais desenvolvido

a nível industrial do que a cidade de

Lisboa , daí que Relvas tenha preferido

passar mais tempo nesta cidade do

que em Lisboa.

Podemos ver a biblioteca fotográfica de

Relvas, maioritariamente em francês.

Relvas documentou fotograficamente

todas as fases do edifício e esta sala

que vemos é a sala de montagem e

retoque. Inicialmente a casa era como

está agora, mas houve uma altura em

que foi modificada para residência.

Vemos também alguns manuscritos de

negócios, sobre o edifício, algumas

revistas com as quais colaborava.

Grandes fotógrafos, sempre que escre-

viam uma obra, tinham o cuidado de

enviar um exemplar a Relvas, temos

várias obras de grandes estudiosos de

fotografias com dedicatórias a Carlos

Relvas. Na sala de convívio existia

todo um ritual, havia a distinção entre o

espaço de trabalho e o espaço de

lazer. As pessoas que vinham ser foto-

grafadas não se misturavam com as

pessoas que estavam a trabalhar na

parte dos laboratórios. As pessoas

entravam pelas traseiras, aguardavam

na salinha de espera ao som do piano

para descontrair, subiam, eram fotogra-

fadas e, após de terem sido purificadas

pela arte fotográfica, desciam e contac-

tavam com os jardins e a fachada do

edifício.

José Malhoa fez este desenho a car-

vão do salva-vidas, também conhecido

por sempre em pé, numa homenagem

a Carlos Relvas. Este barco, o sempre

em pé, já não existe. Não se sabe por-

que é que este modelo não foi produzi-

do de forma intensa em Portugal. A

partir de uma determinada altura deixa

de haver um interesse em produzir o

bote sempre em pé e nunca se chegou

a saber a razão. Sabemos contudo que

este bote contém o segredo dos

actuais veleiros, estes não se voltam

porque têm chumbo no fundo. O segre-

do está no pilar central que é de ferro.

Treze anos antes de ter sido inaugura-

da a Torre Eiffel existe na Golegã um

edifício com treze toneladas de ferro.

Henrique Carlos Afonso antecipou-se a

Eiffel.

No estúdio de Carlos Relvas podemos

encontrar a sala onde se vestiam e

maquilhavam os modelos.

Parte do espólio de Carlos Relvas foi

doado a várias pessoas e outra parte

desapareceu. Houve outro facto inte-

ressante após a morte de Carlos

Page 8: Jornal Encontro Junho 2008

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Relvas: a viúva vendeu grande parte

das máquinas fotográficas a um fotó-

grafo.

Quando Relvas transformou o atelier

em estúdio só ficou um corredor que

manteve como atelier. Manteve os

quartos, as divisões e a parte envidra-

çada foi substituída por alvenaria fican-

do a parte mais grossa de ferro. As

casas de banho situavam-se onde é

hoje o espaço galeria, dedicado às

exposições temporárias. Esta casa foi

habitada até finais do século XX.

Também podemos encontrar as máqui-

nas que restaram de Carlos Relvas e

há uma que foi considerada portátil.

Antes da descoberta do clódio seco era

com essa máquina que Relvas fotogra-

fava no exterior. Temos a lanterna de

ampliar, considerada como a lanterna

mágica: punham-se umas fotografias

transparentes, provavelmente os nega-

tivos em vidro, pintados, e projectavam

-se em tamanho gigante. É o equiva-

lente ao actual projector.

Está também uma máquina que era

usada pelos fotógrafos de exterior, que

costumam andar perto dos

monumentos, e funcionava da seguinte

forma: tinham os negativos em vidro de

ambos os lados, dava para duas foto-

grafias. Tinham o clódio, substância

que permitia gravar a imagem – esta

substância não podia receber luz solar

– por isso tinha que ter o tradicional

pano preto para que, quando Relvas

abrisse a tampinha, não estragasse a

fotografia. Também tinha que ter uma

lente com outra tampa que era o obtu-

rador - retirá-lo equivale a carregar no

botão – abrindo uma tampa e retirando

a outra surgia a fotografia.

Encontram-se também fotografias de

familiares espalhadas pelas paredes,

nomeadamente de um irmão mais novo

que morreu.

A Casa Estúdio, o atelier de Relvas era

frequentado por fotógrafos amadores e

profissionais, portugueses e estrangei-

ros, e era no escritório que conversa-

vam, trocavam impressões. O estudo a

nível de processos e de químicos seria

feito nos laboratórios.

9ºB Expõe na Ascensão

Nos passados dias 30 de Abril a 4 de

Maio decorreu na Ascensão, na Cha-

musca, uma exposição de cartazes no

âmbito da sustentabilidade do planeta

(Projecto Curricular de Turma), feitos

pelos alunos do 9ºB na disciplina de

Educação Visual com a professora

Elisabete Semedo, na escola Mestre

Martins Correia.

Os cartazes estavam expostos no

stand da ONGA Tejo (Organização

Não Governamental do Ambiente), com

a finalidade de alertar as pessoas para

os problemas existentes no nosso Pla-

neta, como gasto de energia, animais

em vias de extinção, mas também para

alertar para a necessidade da separa-

ção e da reciclagem do lixo, que são

muito importantes hoje em dia.

Claúdia Fransisco Madalena Nunes

Susana Nunes 9ºB

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Limpo e trato de palavras

Trato das palavras...

Das palavras que me acolhem

E das palavras que me alegram!

A palavra sol ilumina o meu dia,

Trato dela com carinho...

A palavra lua acolhe-me de noite

Sonho sempre com ela...

A palavra amor deixa-me a pensar

E a palavra amizade faz-me rir...

Mas também limpo palavras...

Limpo-as quando preciso,

Quando não as quero utilizar...

Tento evitá-las!

Mas elas perseguem-me...

Limpo a palavra mentira, ódio, infelici-

dade e choro...

Limpo-as todos os dias...

Pois estas palavras não gosto de as

ouvir!

Isabel Revelles - 8ºC

Há palavras que falam

Há palavras que falam

como o riso e a gargalhada.

Há outras que são mudas

como o olhar no vazio.

Há palavras que fazem sonhar

como o amor e a esperança.

Outras que não têm sentido

como a indiferença e a guerra.

Muitas são ditas todos os dias

e não são ouvidas como

a confiança e o perdão.

A maior parte das que são ditas

nem sequer deviam ser pensadas

pois caem no vazio

e ninguém as sente nem pode tocar.

Alexandre Santos Coelho – 8º C

Liberdade

Abril é confiança

Foi a liberdade

Que acabou com a ditadura.

A revolução trouxe

A alegria

Que se fez a democracia

Nuno Mogas

A Queda dos Gigantes

Vou escrever em honra deles, dos dois enormes gigantes que me guardam a casa, os risos, sonhos e memórias da

infância.

Lá ao fundo, do outro lado da estrada, onde as árvores não estão em agonia, um tractor lavra a terra seguido por uma parada de

garças, graciosamente brancas, que aumenta a cada aterragem.

O primeiro dia de Primavera é celebrado por este solzinho quente, contemplo-as, tão serenas face à morte. Os meus dois gigantes,

ajudados pela brisa, ondulam os seus enormes braços, saudando-me. Estão fracos, debilitados. Estes braços que agora me

saúdam, velhos, acastanhados, mas ainda assim enormes e acolhedores, não são os mesmos verdes e frondosos de outras

primaveras. As minhas pinheiros, os meus gigantes, estão doentes.

Eles eram dois apenas, elas aos montes, tão numerosas quanto as pragas do Egipto, impiedosas e implacáveis. As lagartas

fizeram filas e treparam-nas, violaram os seus troncos, santuários da minha infância. No lugar das pinhas, os ramos, que me

ampararam tantas subidas, que ainda seguram os sonhos e risos ingénuas da criança que fui, estão minados com esféricas

colónias de parasitas. Estão tão tristes, tão murchas, as minhas amigas. O verde esmoreceu a olhos vistos, as agulhas caíram

por terra em massa, e elas batem-se digna e honrosamente pela vida. É como David a lutar contra Golias, só que, desta vez,

David são aquelas lagartas sedentas de seiva e eu anseio que "os meus pacíficos Golias" saiam vitoriosos.

Hoje, vim visitá-los, mais esperançosos depois das últimas chuvas. Estou no meu banco, eles contam-me como sentem a vida

voltar a povoá-los a cada fervorosa golada de seiva bruta que as suas raízes bombeiam da terra. Ganharam, continuam serenos,

não se vangloriam, continuam sim de braços erguidos, saudando o céu e, também, a mim. Não querem falar de si, em vezes disso

querem ouvir-me, consolar-me, sarar-me, com o som perfumado da meninice, as feridas que me amargam, por vezes, o sorriso.

Os meus dois gigantes ainda estão de pé, lutando pela vida. E é assim que também querem que eu esteja...

Inês Cordeiro

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Passatempos

Sopa de Letras

Procure em todos os sentidos, excluindo na diagonal, as 22 palavras relacionadas com GRAMÁTICA, da lista abaixo:

ABSTRACTOR – ADJECTIVOS – ADVÉRBIOS – COLECTIVOS – DÚVIDA – EXDRÚXULAS – EXCLUSÃO – FRASE

– INCLUSÃO – LUGAR – MODO – NEGAÇÃO – NUMERAIS – PARAXÍTONAS – POLISSÍLABAS – PONTO – PRE-

POSIÇÕES – PROPAROXÍTONAS – QUANTIDADE – TEMPO – TRISSÍLABAS - VÍRGULA

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Palavras Cruzadas—Autores Portugueses

Vertical:

POETA PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI. AMPLAMENTE TRADUZIDO E ADMIRADO, É CONSIDERADO POR MUI-

TOS A FIGURA CIMEIRA DA LÍNGUA E DA LITERATURA PORTUGUESAS

Horizontal:

1 - Escritor e político português do século XIX. Autor de Falar Verdade a Mentir, Viagens na Minha Terra, Frei Luís de

Sousa, Folhas Caídas

2 - Escritor do século XX. Autor de Bichos, Contos da Montanha

3 - Dramaturgo e poeta português conhecido como sendo “o pai do teatro em Portugal”

4 - Foi o introdutor, na literatura portuguesa, do soneto, do terceto, da oitava, do metro decassilábico e da comédia clás-

sica

5 - Escritor do século XIX. É tido por muitos como um dos maiores prosadores da literatura portuguesa. Autor de Os

Maias, A Relíquia, O Primo Basílio, O Conde de Abranhos, A Cidade e as Serras

6 - Poeta do século XIX conhecido como “o poeta da cidade de Lisboa”. Em 1887 foi organizada, postumamente, uma

compilação dos seus poemas com o nome O Livro de Cesário Verde

7 - Escritor do século XIX. Destacou-se como novelista, poeta, contista, dramaturgo, polemista, jornalista, tradutor e edi-

tor. Autor de Amor de Perdição

8 - Poetisa e contista do século XX. Autora de O Cavaleiro da Dinamarca, O Rapaz de Bronze, A Floresta, Histórias da

Terra e do Mar

9 - Escritor natural da Azinhaga. Foi Nobel da Literatura em 1998

10 - Poeta português natural de Setúbal

11 - Poeta e político. Na sua poesia estão presente esforços de contestação e luta, as memórias do exílio e a temática

da guerra colonial. Autor de Cão como Nós

12 - Escritor português do século XX. Autor de Um Homem Não Chora, Angústia para o Jantar, Felizmente Há Luar

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Palavras Cruzadas

Horizontais

1 - Epopeia de Homero. Senhor do Olimpo

2 - Pagãos (Cristianismo)(pl). Elemento de formação das palavras que exprime a ideia de três

3 - Sorri. Artigo definido. Liga de ferro e carbono

4 - Unia-se por matrimónio. Símbolo químico do cobalto

5 - Ordem militar criada por Eduardo III de Inglaterra

6 - A parte mais profunda da psique. Chaga

7 - Forreta. Lição

8 - Letra do alfabeto. Lavrar

9 - País africano. Campeão. Membro das aves

10 -Presidente da República. Prefixo de privação. Pigmento

11 - Rio da Suíça. Adia

Verticais

1 - Edifício destinado ao culto religioso. Estaca que suporta as videiras

2 - Regra. Gostara

3 - Prefixo de negação. Verosímil

4 - Boato. Andava

5 - Falou. Batráquio. Símbolo químico de Neptúnio

6 - Contracção de preposição e artigo. Tratara por tu

7 - Peixe que desova nos rios portugueses na Primavera. Nojo

8 - Top (vestuário feminino). Porco (inv.)

9 - Elemento de formação das palavras que exprime a ideia de costume. Acusado. Medida de superfície

10 - Pátria de Abraão. Personagem d´Os Maias

11 - Edifício para guardar cereais. Autores. Dama de companhia

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Trabalhos realizados por alunos,

inspirados na Obra do Mestre Mar-

tins Correia, realizados em lápis de

cera.

Trabalho realizado recorrendo à

técnica de colagem

Actuação de um grupo de músicos da Banda da Azinhaga

Bonecas do Mundo

__________________________________

Outras Actividades:

“Instrumentos Musicais”

―Pintura Mural‖

―Master de Aeróbica‖

―Actuação dos alunos da Oficina de Música‖

―Actuação de um grupo de músicos da

Banda da Golegã”

Exposição ―O Mestre vem à Escola‖ Semana das Expressões

12 a 16 de Maio

Outras Actividades Semana das Expressões

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De Anima Natura

Está a chegar ao fim mais um ano lectivo,

um ano que passou ferozmente e cujas con-

sequências já são visíveis nos rostos cansa-

dos dos professores. Portugal precisa de

bons professores. Aliás, Portugal precisa de

pessoas competentes em todos os sectores

da vida social, capazes de enfrentar desa-

fios cada vez mais exigentes e até mesmo

perturbadores do quotidiano em que temos

vivido instalados. Pessoas possuidoras de

competências tecnológicas adequadas ao

paradigma da sociedade do século XXI,

mas que não deixem, por isso, de ser pes-

soas, cuja essência se fundamente no que

de mais sagrado tem caracterizado a natu-

reza humana - De anima natura. Pessoas

autênticas, cuja acção se firma no respeito

pelo outro, no caminho da polis. As verda-

deiras mudanças, aquelas que queremos

que sejam positivas, só se concretizam

quando acreditamos nelas. É esse acreditar

que fomenta o ânimo em cada ser humano

e que o move à acção, no caminho dos

valores da cidadania. Valores que não se

decretam, nem se compram, mas que pode-

rão ser adiados, com atitudes autoritárias, a

forma mais fácil e egoísta de apropriação do

poder e do exercício instituído, sem decre-

tos, ofícios ou despachos, do desrespeito

pelo outro. No quadro actual das novas lite-

racias, mais que nunca, é essencial a com-

preensão do lugar que ocupamos na multi-

plicidade de tarefas que nos absorvem, para

que possamos também olhar para trás e

nos orgulhemos daquilo que fomos cons-

truindo.

Margarida Tomaz

Inauguração da Sala do Aluno

A «sala do aluno» foi

um projecto há muito

sonhado, mas que só

este ano, de facto, se

efectivou. Para que

assim fosse, um grupo

de alunos e professo-

ras empenharam-se a

sério, e durante muitas

horas transformaram

uma sala incaracte-

rística que mais pare-

cia um armazém, numa colorida e simpática sala de convívio.

Tal como o nome indica, é um espaço reservado exclusivamente aos alunos,

onde podem estar, durante os intervalos grandes, a conversar, jogar (há diver-

sos jogos e matraquilhos), ouvir música, ver televisão, enfim, a CONVIVER: É

também lá que funciona a sede da Associação de Estudantes. A Associação é

responsável por manter este espaço a funcionar, o que implica ter actualizado

um mapa das tarefas (arrumação da sala, requisições do material, limpeza em

cada dia) bem como zelar para que não haja comportamentos ou atitudes desa-

justadas do espaço escolar.

Em Maio fizemos a «abertura oficial». Houve música e dança. Contudo, logo

este dia nos anunciou que é preciso uma vigilância e acompanhamento constan-

tes para que este projecto que, indiscutivelmente, é necessário na Escola, possa

cumprir aquilo para que

foi criado. É que...

falhou a instalação

sonora - sem microfone

não era possível falar

para uma assembleia

de trezentas pessoas -

e o PowerPoint progra-

mado não apareceu...

Dois dos oradores. Professora Celeste Isabel e aluno José Roque

Page 18: Jornal Encontro Junho 2008

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grupo entre eles atletas e juízes, todos

eles orientados pela Professora Ana

Rainho Gil.

Nesta prova destacaram-se vários atle-

tas da nossa escola, a qual obteve

todos os 1º lugares em ambos os

sexos e todos os níveis.

No âmbito da Semana das Expres-

sões, teve lugar no dia 15 de Maio de

2008, um Master de Aeróbica, nos

campos desportivos exteriores da nos-

sa escola.

Esta actividade foi dinamizada pela

Professora Ana Gil, e nela participaram

entusiasticamente muitos alunos e Pro-

fessores de todos os ciclos da nossa

Escola.

Iniciativas destas que dão a conhecer

novas modalidades, colocam a nossa

escola em actividade e promovem o

convívio entre toda a população esco-

lar, são de repetir.

Dinamização

No dia 16 de Abril de 2008, realizou--

se o MEGASPINTER regional na pista

coberta de Atletismo em Alpiarça.

Nesta prova participaram 13 alunos do

2º, 3º Ciclo e Secundário, dos quais se

destacaram: o aluno João Silva que

obteve o 3º lugar na prova de megas-

printer, no escalão de juvenis; e a alu-

na Mariana Pombo, no escalão de

infantis B, que obteve o 2º lugar na

prova de megasprinter e o 1º lugar na

prova de megasalto, tendo sido assim

apurada para a Fase Nacional de

MEGASPRINTER, na qual conseguiu o

5º lugar na prova de megasprinter.

Todos os alunos foram acompanhados

pelos Professores; Rafael Salvaterra e

José Mendes.

No passado dia 23 de Abril de 2008, a

nossa Escola recebeu a ultima compe-

tição da ADE de Desportos Gímnicos,

nela participaram 34 alunos do nosso

No dia 15 de Maio de 2008, realizou-

se na Escola Secundária Artur Gonçal-

ves, em Torres Novas, a Fase Regional

do COMPAL BASQUETEBOL, na qual

a nossa escola esteve mais uma vez

muito bem representada pela equipa

de Infantis Masculinos, tendo obtido o

5º lugar.

Estes alunos foram acompanhados

pelos Professores Rafael Salvaterra e

José Mendes.

No dia 14 de Maio de 2008, o Grupo

de Desportos Gímnicos, acompanhado

pela Professora Ana Rainho Gil e pela

D. Fernanda, esteve em representação

da nossa Escola, na Festa do Desporto

Escolar em Rio Maior.

Mais uma vez, e como já vem sendo

hábito o nosso grupo aumentou, os

nossos resultados melhoraram e quase

todos trouxeram uma ou duas meda-

lhas para casa.

A nível de Actividade Interna continua a

decorrer o Torneio Inter-Turmas de

Futsal.

Desporto Escolar

Page 19: Jornal Encontro Junho 2008

Página 19

O Grupo de Desportos Gímnicos da

nossa Escola, orientado pela Professo-

ra Ana Rainho Gil, veio a crescer ao

longo do ano lectivo, dando aos alunos

não só a hipótese de conhecer e evo-

luir na modalidade de Ginástica Artísti-

ca, mas também a oportunidade de

desenvolver as suas capacidades na

Dança Aeróbica, articulando com

outros Clubes e Disciplinas.

Os nossos alunos mostraram-nos do

que são capazes, vencendo a maioria

das provas da sua ADE, e sendo os

únicos a atingir nível 2 e a apresentar

provas masculinas.

Por tudo isto, pelas experiências novas

e pelo convívio, valeu a pena e esta-

mos todos de parabéns…para o Ano

há mais!

No que respeita aos Desportos de Ar

Livre, o Grupo de Orientação, dirigido

pelo professor José Leote, tem vindo a

aumentar consideravelmente, tendo

grande adesão por parte dos alunos

dos currículos alternativos.

Disputou várias provas, obtendo bons

resultados, sendo de destacar em

todas elas principalmente os do aluno

Ricardo Singeis.

IX Concurso Inter-Escolas

de Flauta de Bisel

No dia 25 de Maio o aluno Constan-

tino Dykiy do 5º A representou a Esco-

la E. B. 2, 3 /S Mestre Martinsd Cor-

reia, Golegã, no IX Concurso Inter-

Escolas de Flauta de Bisel que decor-

reu na Escola E. B. 2,3 /S Luís de

Camões, em Constância. Ao aluno foi

atribuído o 1º prémio, no escalão A.

Eu

Eu…

Mais Eu …

E de novo Eu…

O outro …

Qual outro?!

Só conheço o Eu

Não me falem do outro.

O outro...

Qual outro!?

Só Eu e pronto!

Mas será que Eu serei Eu?

Ou serei o Outro?

Mas afinal quem sou eu?

Talvez o Outro!?

Não!

Só existo Eu.

M. A.

Grupos Equipa

No Futebol, a nossa equipa de Inicia-

dos Masculinos, orientada pelo Profes-

sor José Mendes, representou muito

bem a nossa Escola, ganhando a sua

ADE.

Este Grupo Equipa foi constituído por

20 alunos, tendo sido todos utilizados

nos 4 jogos disputados.

A Nossa Equipa de Basquetebol de

Juvenis Masculinos, orientada pelo

Professor Rafael Salvaterra, uma vez

que não tinha equipas adversárias do

mesmo escalão teve que competir no

escalão de Juniores, o que se revelou

uma boa experiência para todos os

alunos, pois jogaram com alunos mais

velhos e federados.

Esta equipa conseguiu obter o 3º lugar

na sua ADE.

Page 20: Jornal Encontro Junho 2008

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Cada um tem uma função diferente,

mas todos contribuem, para o mesmo

objectivo final – regular o funcionamen-

to da Escola. No entanto, a participa-

ção da Comunidade Educativa fica

assegurada através das estruturas

intermédias de representação, que são:

delegado de turma; associação de

estudantes; direcção de turma; depar-

tamentos; coordenação das diferentes

estruturas escolares; conselho de

docentes, etc..

A questão de indisciplina em meio

escolar também foi abordada, tendo

ficado a ideia de que estamos a passar

por uma crise devido à ―falta de cumpri-

mento das regras estabelecidas‖, mas

também à falta de autoridade, de

alguns, para ―fazer cumprir essas

regras‖. A saída desta crise implica,

mas palavras do Exmo. Senhor Presi-

dente do Conselho Executivo, uma

mudança de atitude por parte dos pais

e encarregados de educação, que mui-

tas vezes, por falta de tempo e de dis-

ponibilidade facilitam na aplicação de

regras em casa e depois os alunos não

querem ser submetidos a essas regras

dentro da Escola. Por outro lado, ape-

sar da existência de um Regulamento

Interno e de um Estatuo do Aluno, que

definem direitos e deveres, e que todos

devem conhecer, verifica-se que nem

sempre isso parece acontecer. A per-

missividade na aplicação das regras é

outro factor de indisciplina.

Para finalizar, com esta entre-

vista percebemos a importância da

autoridade como forma de fazer funcio-

nar uma qualquer estrutura ou institui-

ção, aplicando regras que todos reco-

nhecem como legitimas e que a não

aplicação dessas mesmas regras está

relacionada com a ocorrência de pro-

blemas, nomeadamente com os casos

de indisciplina.

Grande dia para a Azinhaga No dia trinta e um de Maio dois gran-

des acontecimentos puseram a Azinha-

ga na agenda nacional e internacional.

A Azinhaga adoptou Pilar del Rio como

filha da terra. Saramago também já

tinha sido adoptado como filho na terra

natal da sua mulher Pilar. Ao longo da

tarde desenvolveram-se várias activi-

dades: actuações do Rancho Folclórico

da Azinhaga, da Banda Filarmónica,

da Casa da Comédia e leitura de textos

de Saramago por antigos e actuais

alunos da Escola B. 2,3/S. Mestre Mar-

tins Correia. Neste dia foi também inau-

gurada a Fundação José Saramago,

situada no Largo da Praça. Nesta Fun-

dação podemos ver algum mobiliário

da família de José Saramago, fotogra-

fias, livros. Este espaço tem também

computadores, com acesso à Internet,

que pode ser usado pela população e

pretende-se que seja um espaço de

cultura, com diferentes actividades.

João Luís Dinis Santos

Presidente do Conselho Executivo na Sala de Aula

No dia 26 de Maio, os alunos do CEF-B

receberam na sua sala o Sr. Professor

Jorge Saldanha Mendes, na qualidade

de Presidente do Conselho Executivo

da nossa Escola, a fim de lhe fazerem

uma entrevista sobre o tema

―Autoridade: Porque precisamos de

autoridade?‖. Este tema está a ser tra-

balhado na aula de Cidadania e Mundo

Actual com a coordenação da profes-

sora Ana Bela Marques.

As perguntas formuladas foram previa-

mente preparadas e permitiram ficar-

mos a conhecer melhor a organização

escolar em termos de autoridade. A

primeira pergunta foi sobre o conceito

de autoridade que foi definido como ―o

poder para fazer cumprir regras pré-

definidas, com a participação de todos,

e que todos devem conhecer e respei-

tar‖. Os órgãos máximos da Escola em

termos de autoridade, são: Assembleia

de Agrupamento; Conselho Executivo;

Conselho Pedagógico e Conselho

Administrativo.

Entrevista ao Presidente do Conselho Executivo realizada pelos alunos do C. E. F. Turma B

Inauguração de Pólo da Sede da Fundação José Saramago em Azinhaga