Jornal Já Bom Fim - 414

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Porto Alegre, dezembro de 2011 - Ano 25 - Número 414 A remoção dos animais na tarde da segunda-feira (19/12) marcou o fim do minizoo Palmira Gobbi, no Parque da Redenção. Numa operação de seis horas, o último mico leão foi cap- turado por volta das sete da noite. Logo após, os 73 animais foram embarcados num caminhão de mudanças rumo ao viveiro São Braz, em Santa Maria. As cerca de 50 pes- soas que acompanhavam a retirada dividiam-se: uns a favor da remoção e ou-tros que defendiam a recupera- ção e manutenção do espaço. Todos pareciam concordar na crítica ao meio de trans- porte usado, um caminhão baú de mudanças. O veícu- lo, e o seu interior comum, assustaram os presentes. O veterinário do I- bama Paulo Wagner, res- ponsável pela operação, afirmou que o caminhão tinha espaço suficiente para ventilação e estava auto- rizado a realizar a viagem de cinco horas até Santa Maria. “Serão realizadas paradas e respeitadas todas as normas de segurança”, ressaltou. O professor Naor Nemmen, da ONG Lugar de Animal, defendia a remoção: “não quero ver uma criança aqui de novo. A educação ambiental tem de ser feita de outra forma. A visitação a esses animais é antiética”. Já o integrante do Conselho dos Usuários do Parque, Ro- berto Jakubaszko, retrucou – “que presente de Natal o prefeito José Fortunati está dando. Não é só chegar aqui, em uma ação sorrateira, e le- var os animais. Isso tem de ser discutido com o povo”. A retirada foi acom- panhada por quatro ve- terinários da Universidade Federal de Santa Maria. “Devido ao recinto muito ruim não há como ma- nipular os animais de outra maneira. Sedação não é re- comendando, é a ultima coi- sa”, concluiu Wagner. Para o Ibama, o Minizoo não ofere- ce as condições adequadas para ficar com os animais. Entre os problemas aponta- dos está a falta de vigilância 24 horas, poluição e recintos inadequados. O Instituto in- formou ainda que a decisão de fechar o local foi da pre- feitura de Porto Alegre. “É um trabalho técnico árduo, cansativo, havia uma de- cisão do município que não queria mais manter o mini zoo. Este processo tem mais de ano” disse o veterinário. A Prefeitura, por sua vez, entendeu que não se justificariam investimentos devido ao fato do local não apresentar condições ideais para que os animais pudes- sem ter vida salutar. O minizoo foi insta- lado em 1925, quando se iniciou a urbanização do Parque. Em 1984, em ho- menagem a uma conhecida defensora dos animais, rece- beu o nome Palmira Gobbi. Fim do minizoo da Redenção Sob protestos, os 73 animais do minizoo foram tranferidos para Santa Maria. Bom Fim, Urgente Clínicas crescerá 70% até 2016 Hospital Álvaro Alvim reabre em janeiro com unida- de para dependentes químicos. (Pág. central) INAUGURADA na sexta- feira, dia 16/12, a linha de ônibus “Balada segura”. Os usuários aprovaram o itinerário de 45 minu- tos que agora liga bairros boêmios de Porto Alegre. Além de opção para re- tornar da festa em segu- rança, os bôemios já en- contraram outra utilidade para a Linha Interbares, aproveitar o clima festivo para conhecer pessoas e fazer novas amizades. O TRADICIONAL e s- paço do Tablado Andaluz, escola de dança flamenco está de casa nova. Saí da Osvaldo Aranha para uma sede na Venâncio Aires. A escola começará a a- tender os alunos a partir do dia dois de janeiro. O Tablado comemora este anos 20 anos de existên- cia. A PREFEITURA não sabe o que vai fazer com o espaço onde ficava o minizoo. O secretário de meio ambiente, Luiz Fer- nando Záchia diz que, por enquanto, tudo deve ficar fechado. Com o fim das atividades do mini- zoo, a Redenção encerra o ano perdendo mais uma atração, já que o Café do Lago continua sem data para reabrir, e o tren- zinho que circulava pelo Parque também só voltará a funcionar em meados de 2012. A SUBWAY inaugura loja na Venâncio Aires. A lanchonete é uma opção para quem procura uma refeição rápida. Oferece sanduíches que o próprio consumidor pode montar, escolhando os ingredien- tes.

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Jornal Já Bom Fim, edição de final de ano, 2011

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Porto Alegre, dezembro de 2011 - Ano 25 - Número 414

A remoção dos animais na tarde da segunda-feira

(19/12) marcou o fim do minizoo Palmira Gobbi, no Parque da Redenção. Numa operação de seis horas, o último mico leão foi cap-turado por volta das sete da noite. Logo após, os 73 animais foram embarcados num caminhão de mudanças rumo ao viveiro São Braz, em Santa Maria. As cerca de 50 pes-soas que acompanhavam a retirada dividiam-se: uns a favor da remoção e ou-tros que defendiam a recupera-ção e manutenção do espaço. Todos pareciam concordar na crítica ao meio de trans-porte usado, um caminhão baú de mudanças. O veícu-lo, e o seu interior comum, assustaram os presentes. O veterinário do I-bama Paulo Wagner, res-ponsável pela operação, afirmou que o caminhão tinha espaço suficiente para ventilação e estava auto-

rizado a realizar a viagem de cinco horas até Santa Maria. “Serão realizadas paradas e respeitadas todas as normas de segurança”, ressaltou. O professor Naor Nemmen, da ONG Lugar de Animal, defendia a remoção: “não quero ver uma criança aqui de novo. A educação ambiental tem de ser feita de outra forma. A visitação a esses animais é antiética”. Já o integrante do Conselho dos Usuários do Parque, Ro-berto Jakubaszko, retrucou – “que presente de Natal o prefeito José Fortunati está dando. Não é só chegar aqui, em uma ação sorrateira, e le-var os animais. Isso tem de ser discutido com o povo”. A retirada foi acom-panhada por quatro ve-terinários da Universidade Federal de Santa Maria. “Devido ao recinto muito ruim não há como ma-nipular os animais de outra maneira. Sedação não é re-comendando, é a ultima coi-

sa”, concluiu Wagner. Para o Ibama, o Minizoo não ofere- ce as condições adequadas para ficar com os animais. Entre os problemas aponta-dos está a falta de vigilância 24 horas, poluição e recintos inadequados. O Instituto in-formou ainda que a decisão de fechar o local foi da pre-feitura de Porto Alegre. “É um trabalho técnico árduo, cansativo, havia uma de-cisão do município que não queria mais manter o mini zoo. Este processo tem mais de ano” disse o veterinário. A Prefeitura, por sua vez, entendeu que não se justificariam investimentos devido ao fato do local não apresentar condições ideais para que os animais pudes-sem ter vida salutar. O minizoo foi insta-lado em 1925, quando se iniciou a urbanização do Parque. Em 1984, em ho-menagem a uma conhecida defensora dos animais, rece-beu o nome Palmira Gobbi.

Fim do minizoo da RedençãoSob protestos, os 73 animais do minizoo foram tranferidos para Santa Maria.

Bom Fim, Urgente

Clínicas crescerá 70% até 2016Hospital Álvaro Alvim reabre em janeiro com unida-de para dependentes químicos. (Pág. central)

INAUGURADA na sexta-feira, dia 16/12, a linha de ônibus “Balada segura”. Os usuários aprovaram o itinerário de 45 minu-tos que agora liga bairros boêmios de Porto Alegre. Além de opção para re-tornar da festa em segu-rança, os bôemios já en-contraram outra utilidade para a Linha Interbares, aproveitar o clima festivo para conhecer pessoas e fazer novas amizades.

O TRADICIONAL es-paço do Tablado Andaluz, escola de dança flamenco está de casa nova. Saí da Osvaldo Aranha para uma sede na Venâncio Aires. A escola começará a a-tender os alunos a partir do dia dois de janeiro. O Tablado comemora este anos 20 anos de existên-cia.

A PREFEITURA não sabe o que vai fazer com o espaço onde ficava o minizoo. O secretário de meio ambiente, Luiz Fer-nando Záchia diz que, por enquanto, tudo deve ficar fechado. Com o fim das atividades do mini-zoo, a Redenção encerra o ano perdendo mais uma atração, já que o Café do Lago continua sem data para reabrir, e o tren-zinho que circulava pelo Parque também só voltará a funcionar em meados de 2012.

A SUBWAY inaugura loja na Venâncio Aires. A lanchonete é uma opção para quem procura uma refeição rápida. Oferece sanduíches que o próprio consumidor pode montar, escolhando os ingredien-tes.

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Reportagem:Elmar Bones, Patricia Marini

e Tiago [email protected]

FotografiaArfio Mazzei, Tiago Baltz

e arquivo Jornal JÁComercial

Mário Lisboa(51) 3347 7595 / 9877 [email protected]

DiagramaçãoTiago Baltz Tiragem:

10 MIL EXEMPLARESDistribuição gratuita

Impressão:Gráfica CG - (51) 3043-2310

Diretor-Responsável: Elmar Bones

Redação: Av Borges de Medeiros, 915

Conj 203. Centro Histórico

CEP 90020-025 - Porto Alegre/RS

Fone: 3330-7272

Edições anteriores: R$ 3,00

Porto Alegre, dezembro de 2011

Editorial2

www. jo rna l ja .com.br

Leonardo Rolim Guichard(51) 3407.0877(51) [email protected]

Recarga de cartuchosJato de tintaLaser

Av. José Bonifácio, 731 - Bom Fim / Porto Alegre

Cafés Especiais

Chás, Sucos

Tortas Doces

e Salgados

Após 14 meses, trânsito está liberado nos dois sentidos.

Túnel da Conceição liberado Com a conclusão das o-

bras nas duas pistas que estavam bloqueadas, o Tú-nel da Conceição está total-mente liberado para o trân-sito desde sábado, (18/12). A reforma foi con-cluída quatro meses antes do previsto. Em janeiro, deve estar terminada a reconstru-ção da escadaria ao lado da Igreja Nossa Senhora da Conceição. No decorrer da obra do Túnel, foram corri-gidas as armaduras expostas e corroídas, além das fissu-ras e trincas nas paredes. O asfalto das pistas do sentido Centro-bairro foi substituído por concreto, para que au-mentasse resistência da es-trutura. Nas paredes, foram

introduzidos drenos para captar as águas, e canaletas foram construídas ao longo do passeio para direcionar as águas da rede pluvial. Além disso, na pista inferior, foi colocada nova camada de pavimento asfáltico. Todas as alterações no trânsito, que foram plane-

jadas e implementadas pela EPTC em função da obra, serão mantidas. O túnel foi recupe-rado totalmente a um custo de R$ 3,3 milhões. Segundo a prefeitura, a reforma pre-tende garantir, no mínimo, mais 30 anos de vida útil à estrutura.

De acordo com o titu-lar da 10º Delegacia

de Polícia (DP) de Porto Alegre, delegado Abílio Pereira, o crime que con-tinua sendo o de maior in-cidência na região é o roubo de carro. Principalmente nos arredores dos hospitais e das universidades, na Osvaldo Aranha e na Ramiro Barce-los. De dois a três assaltos são registrados por dia, a maior parte são furtos. Ar-rombamentos nos veículos

também são frequentes. O lado bom é que boa parte dos veículos, mais de 70%, são recuperados. Outro problema que continua grava e a prostitui-ção na José Bonifácio, prin-cipalmente masculina, ao entardecer, acontecem rou-bos e agressões no parque Farroupilha. Quase sempre ligado a consumo de drogas e a procura por sexo. O grande avanço no bairro foi à recuperação da

Vila Planetário, próxima a Avenida Ipiranga. No local havia um ponto de tráfico que foi desmanchado, agora, não há registros de crimes graves, “está praticamente pacificada” diz o delegado Abílio. Qual a ocorrência mais frequente? Brigas de condomínio, vizinhos re-clamando de ruídos de um apartamento para o outro. A 10º DP fica na Rua jacinto Gomes, atende 24 horas.

Polícia Civil adverte sobre roubo de carros

A RBS Participações entrou com uma

“oposição” junto ao Insti-tituto Nacional de Pro-priedade Industrial (INPI) questionando o registro da marca “JÁ”, pela empresa Já Porto Alegre Editores, que edita os jornais “JÁ” e “JÁ Bom Fim”, além de ter publicados mais de 40 títulos de livros com o selo “JÁ Editores”. Segundo a re-presentação, o registro da Já Editores “conflita com os direitos da RBS so-bre o sinal JA” pois am-bas atuam no “segmento mercadológico afim”, ca-racterizando “concorrên-cia desleal”, com “sério prejuízo ao consumidor”. A RBS usa as letras J e A, identificadas foneti-camente como “jota-a”, como sigla do Jornal do Almoço, e tem seu regis-tro no INPI desde 2009, na categoria 41 (“serviços de produção de rádio ou tele-visão”). O jornal JÁ circu-la em Porto Alegre desde 1985 e tem uma edição on-line desde 2003 mas

o pedido de registro da marca só foi depositado no início de 2010 e, no iní-cio desde ano, publicado na Revista de Propriedade Industrial, na categoria 16 (“jornais, livros, revistas ou periódicos”). Segundo o edi-tor do JÁ, Elmar Bones, a marca estava registrada anteriormente pelo Diário Popular de São Paulo, mas ficou livre em 2009. “O Diário Popular pelo que sei foi vendido e os novos proprietários se desinter-essaram pela marca. No inicio de 2010 ficamos sa-bendo que estava livre e encaminhamos o pedido, que foi publicado na re-vista do INPI com 60 dias para oposições. Aí surgiu a dona RBS dizendo que o JÁ tem (novo) dono”. A Já Editores en-caminhou sua defesa ao INPI, alegando anteriori-dade de uso da marca (há 26 anos) e inexistência de conflito, uma vez que os registros estão em catego-rias distintas e não há re-lação entre elas. A decisão deve demorar um ano.

A RBS quer a nossa marca!

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3Porto Alegre, dezembro de 2011

Em 2007, o médico e escritor Moacyr Scliar

teve a espinhosa tarefa de falar na mesma noite em que a jornalista Asne Seierstad, no ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, na Capital. A autora de O Livreiro de Cabul encantou o público com histórias sobre o Afeganistão, Chechênia, Sérvia, Rússia e Iraque. O gaúcho optou então pela máxima: “cante sua aldeia que serás univer-sal”. Foi o que fez, ao abor-dar a imigração judaíca para o Rio Grande do Sul, terreno em que esteve a vontade o tempo inteiro, provocando risos do público com seus causos do bairro. Depois da aula de Asne sobre os conflitos gera-dos por diferenças étni-cas, religiosas e culturais, Scliar apresentou a tese de que pessoas que não são iguais podem viver de forma har-mônica, citando como ex-emplo emblemático o Bom Fim de sua infância. Foi o bairro que abrigou os imigrantes de-pois de eles terem vindo da Bessarábia para as colônias de Quatro Irmãos (Erechim) e Philipson (Santa Maria). Era um local multicultural – além de judeus, o Bom Fim abrigava negros, descenden-tes de italianos, entre outros. Um fator decisivo que pesou e muito nessa

convivência harmônica foi a vontade dos imigrantes de que a vida desse certo na nova terra, fato ilustrado com bom humor por Scliar. “Houve uma inte-gração cultural, o Brasil era visto como um paraíso pelo seu clima, a floresta, as fru-tas… Na Bessarábia, acon-tecia de uma família com nove pessoas dividir uma única laranja de sobremesa. Só os ricos compravam. E depois, por aqui, encontra-ram essa abundância”. Scliar ilustrou com uma história: “perto da Vas-co da Gama vivia uma mu-lher que nunca tinha visto um abacate na vida. E lá onde ela vivia, na Europa, essa fruta era só para nobreza. O sonho dela era comer um a-bacate. De modo que depois de passar semanas sofrendo em um navio superlotado, a primeira coisa que ela falou ao marido quando chegou a Porto Alegre foi: ‘Eu quero um abacate’. E mesmo sem falar português, não se sabe como, o homem deu um jei-to de conseguir o tal abacate. A mulher ficou emocionada. Mas nunca tinha provado, e comeu com casca e tudo. O marido, depois de um tempo observando as caretas de sua esposa perguntou: ‘Que tal o abacate?’. E a mulher: ‘Não é o que eu esperava, mas vou me acostumar’. Com essas narra-

tivas, Scliar demonstrou a vontade do imigrante em se adaptar, o que permitiu uma perfeita integração cultu-ral. O escritor contou outras passagens que mar-caram sua infância, como a da mãe judia que estava sempre a alimentá-lo. Ou-tras que ele aprendeu numa época em que as pessoas se reuniam ao fim do dia, em frente às casas, sentados em cadeiras na calçada, for-mando rodinhas na Felipe Camarão, Henrique Dias, Ferandes Vieira…

*Esta reportagem foi pu-blicada originalmente na edição 376 do JÁ Bom Fim. Moacyr Scliar faleceu no dia 27 de fevereiro deste ano.

“Consideremos o Bom Fim um país – um pequeno país, não um bairro de Porto Alegre. Limita-se, ao norte, com as colinas dos Moinhos de Ventos; a oeste, com o centro da cidade; a leste, com a Colônia Africana e mais adiante Petrópolis e as Três Figueiras; ao sul, com a Várzea, da qual é separado pela Avenida Oswaldo Aranha. Em 1943 a região da Várzea, já saneada, estava transformada num parque – a Redenção -, no centro da qual a polícia tinha estabelecido um pequeno forte; fora desta ilha de segurança as noites na Redenção eram perigosas, especialmente no inverno, quando a cerração invadia aquelas terras baixas. Verdadeiro mar, onde boiavam tênues globos de luz”.(Trecho de A Guerra no Bom Fim, Expressão e Cultura, 1974).

Scliar e o Bom Fim

O DMLU e a EPTC es-tão demarcando com

faixas amarelas os lugares definitivos dos contêineres para coleta do lixo orgânico instalados no início de ju-lho. A marcação auxiliará os motoristas a respeitarem a distância mínima necessária entre os carros estacionados e os contêineres, para que haja espaço para o braço mecânico do caminhão que recolhe o lixo. Mas o que se vê na região e que só foram de-marcados 200 ou 400 con-têineres, dos 1.100 – todos os da área azul. Consultada, a EPTC disse que é apenas uma coincidência e que a demarcação começou jus-tamente nas áreas azuis

devido ao fluxo de veículos nestes lugares, o que obriga uma sinalização adequada. Até março devem estar con-cluída as demarcações nas demais áreas. A multa para quem estacionar sobre a faixa será de R$ 85,13 e quatro pon-tos na carteira de motorista. Outra razão que alertou para a necessidade de marcar os lugares é que alguns con-têineres foram removidos do local original, inclusive obstruindo garagens, faixas de segurança e declives para cadeirantes.

Demarcação irá até Março

Scliar com a esposa Judith e o filho Roberto. Ao lado com a máquina de escrever, no escritório de casa.

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O Hospital de Clínicas de Porto Alegre apresen-

tou seu plano de expansão que prevê aumento de 70% da área construída até 2016. Com recursos no valor de R$210 milhões, as obras das novas unidades de atendi-mento devem começar em setembro de 2012. Durante a cerimônia no auditório do hospital, foi anunciada ainda a reabertura do antigo hospital da Ulbra, agora chamado unidade Ál-varo Alvim, que passa a ser gerenciada pelo HCPA. O Ál-varo Alvim ampliará a oferta de leitos para pacientes do SUS, com uma área destinada ao tratamento de dependentes químicos e outra de apoio à emergência do Clínicas. O presidente do Clíni-cas, Amarílio Vieira de Mace-do Neto, disse que a expansão é fruto de um plano dire-tor que vem sendo discutido desde 2006. O estudo visa à modernização do sistema de gestão do hospital, que em 2011 completou 40 anos. Ao lado do presidente do HCPA, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o se-cretário Municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, também divulgaram a ampli-ação de convênio com a ins- tituição para atendimento do SUS. O acordo prevê aumen-to de 5%, em relação a 2010, da oferta mensal de serviços médico-hospitalares e ambu-latoriais prestados pelo hos-pital. Para Fortunati, o mais importante é que Porto Alegre começa, gradativamente, a recuperar leitos perdidos em função do fechamento re-cente de unidades hospitala-res. “Estamos revertendo essa tendência, permitindo que em muito pouco tempo, no má-ximo dois anos, Porto Alegre não somente recupere a sua

capacidade anterior, mas amplie o número de leitos”. Fortunati lembrou também da parceria na reabertura da Unidade Hospitalar Álvaro Alvim, que deverá ser inau-gurada oficialmente em mar-ço de 2012, e da gerência do HCPA na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Azenha, que iniciará a construção no início do ano que vem. Já o Secretário Casar-telli destacou o aumento de consultas e o incremento dos leitos de UTI. Serão 20 mil exames mensais a mais para o SUS, além do aumento no número de consultas. Sobre a emergência, constantemente lotada, o presidente do Clínicas, desta-cou que a nova área que abri-gara o setor não terá aumento de vagas. “O que é necessário é uma política de reestrutura-ção do sistema de saúde, onde as pessoas passem a procurar os hospitais em reais casos de necessidade” disse Macedo Neto; que lembrou do con-vênio para operar a nova Uni-dade de Pronto Atendimento a ser construída na Azenha. Fortunati disse que as Upas podem ser o começo para resolver a questão das emergências. O prefeito tam-

bém relatou os avanços na negociação pra construção da UPA no atual estacionamento ocupado pelo Palácio da Polí-cia. Ele disse que o governo estadual e a Polícia Civil já concordaram na cessão do terreno.

Leitos disponíveis passarão de 1000 O projeto de expansão do HCPA prevê a construção de quatro novos prédios, uma usina de geração de energia, além de uma unidade de tec-nologia da informação – tudo até 2016. O maior empreen-dimento será o anexo 1, que vai abrigar a UTI, a nova emergência, 24 leitos de he-modinâmica e 30 novas salas de cirurgia “Os recursos para ampliação dos anexos 1 e 2, de R$ 160 milhões, já estão no plano plurianual”, informa o presidente do HCPA. Uma das novidades é a ampliação do número de leitos de UTI. Serão 29 novas vagas, totalizando 87 uni-dades disponíveis. No total, os leitos oferecidos pelo hos-pital passarão dos atuais 698 para cerca de 1050. O número de funcionários deverá man-ter a atual proporção de 5.5 pessoas por leito. O que sig-

nifica contração de cerca de duas mil novas pessoas. O investimento tam-bém terá o objetivo de fo-mentar atividades de ensino e pesquisa. “Formamos muita gente aqui. Para o professor se sentir à vontade, precisa-mos ter aproximação do cun-ho acadêmico com o cunho social. É isso que estamos conseguindo desenvolver”, analisou o presidente do hos-pital.

Álvaro Alvim recebe pacientes em janeiro A Unidade Álvaro Alvim do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, antigo Hospital Luterano da Ulbra, deverá receber os primeiros pacientes ainda em janeiro. No começo, atenderá prioritariamente dependentes químicos. Estão previstos 20 leitos para este tipo de atendimento. Estima-se a realização de 270 internações por mês e mais de 10 mil consultas por ano. A partir de março serão disponibilizados, ainda, 32 leitos clínicos de apoio à emergência do HCPA. Em uma próxima fase, serão abertos mais 32 leitos para álcool e drogas e outros 66 leitos clínicos, com destinação ainda em estudo. A estrutura estava fechada desde abril de 2009, devido à crise financeira da Ulbra. No início de 2011, passou a fazer parte do patrimônio do Hospital de Clínicas. Para reabertura, foi necessário uma reforma geral do hospital, segundo Vicente Neto, praticamente só a carcaça do prédio foi aproveitada, todo o resto passou por uma reconstrução. No final de 2013, com a reforma concluída, o Álvaro Alvim terá 150 leitos e contará com cerca de 600 funcionários.

Clínicas ganha mais 70% de área construídaAo s 4 0 a n o s , o

H o s p i t a l d e C l í n i c a s d e P o r t o Alegre não é apenas uma referência como hospital escola para o Brasil. Ele é também um exemplo de superação, que precisou vencer décadas de descrença e desinteresse. E m 1 9 3 1 , o s jornais já anunciavam a c o n s t r u ç ã o d e um grande hosp i ta l d e e n s i n o l i g a d o à F a c u l d a d e d e M e d i c i n a . A t é a pedra fundamental foi lançada em 1943.

M a s a o b r a s ó foi começar quase dez a n o s d e p o i s . Q u a n d o estava com a estrutura de concreto erguida, foi novamente paralisada por falta de verbas. E assim ficou, ao relento, por mais de uma década. Foi apel idado “ o e s q u e l e t o ” p e l a população. Depois , avançou um pouco mais, ganhou paredes e parou de novo. Tornou-se o “elefante branco”. Uma comissão interna chegou a sugerir q u e o p r é d i o f o s s e vendido. Só em 1972, quando

mui ta gente já não acreditava, o hospital começou a funcionar, precariamente. H o j e , c o m s e u s 1 5 a n d a r e s e seus 140 mil metros de área construída, t o r n o u - s e u m d o s maiores do continente su lamer icano , com mais de 1.500 médicos num total de quase seis mil funcionários. É u m c a s o exemplar, vai ser o modelo na reforma dos 45 hospitais ligados à s u n i v e r s i d a d e s federais, que o governo está planejando.

Acima, a maquete do projeto de expansão. E a fachada do hospital Álvaro Alvim, que reabre em janeiro.

Um exemplo para o Brasil

Exposição da maquete no saguão do hospital.

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Porto Alegre, dezembro de 20116

Feiras são opções para o natalNem só de shoppings

lotados vive o comércio neste final de ano, as feiras de rua são excelentes opções para encontrar presentes e artigos de decoração para as festas. Para quem desejar, uma boa dica é conferir a 26ª Feira de Natal do Bom Fim. Organizada pelas comissões da Feira de Sábado, Feira do Mercado do Bom Fim e integrantes do Brique da Redenção, a atividade ocorrerá entre os dias 19 e 23 de dezembro, das 15h às 22h, na Rua José Bonifácio. São mais de 300 Expositores, que estarão ofertando guirlandas, enfeites natalinos, pães-de-mel, panetones, brinquedos e arranjos. E na véspera de Natal, a feira funcionará das 9h às 14h. Nem mesmo a Feira de Agricultura da Redenção irá parar as suas atividades. Nos sábados dos dias 24 e 31 de dezembro, a Feira Ecológica, como tradicionalmente é conhecida, terá o seu funcionamento normal. E quem for ao local no dia 24 e levar sacolas ecológicas ainda concorrerá a cestas

preparadas com produtos orgânicos comercializados diretamente pelos produtores. Outra oportunidade é a Feira do Gasômetro, do dia 16 ao dia 23. E desde o dia 14 também acontece a Feira Temática de Natal do Mercado Publico, com 50 expositores. Ainda no mercado, foi aberta na semana de natal a nova edição da Feira do Vinil. O acervo conta com mais de 25 mil discos, incluindo raridades, com preços de R$5 a R$180. O evento vai até sexta-feira, 23.

Quem quiser pode conferir o Caminho dos Antiquários. Uma rica mistura de antiguidades, arte, cultura e lazer. É um passeio cultural que se pode visitar de segunda a sábado, num trecho especial, no coração de Porto Alegre. Localiza-se num “triângulo” formado pela Praça Daltro Fº (a Praça do Capitólio), a Praça Marquesa de Sevigné e o Viaduto da Borges. A arquitetura do lugar é tipicamente do início do século passado e abriga cerca de 20 lojas de antiguidades. Já a Feira do caminho dos Antiquários acontece todos os sábados, na última quadra da rua Marechal Floriano - entre as Av. Fernando Machado e Demétrio Ribeiro; e se estende até

a praça do Capitólio. Lá, 40 expositores e lojistas espalham pela via e calçadas suas pratarias, móveis, artesanato, louças, relógios, quadros, esculturas, artes plásticas, cristais, raridades, curiosidades e peças de coleção, que compõem uma atmosfera peculiar. O diferencial, e grande sucesso, está no fato de que os lojistas podem expor, na rua, peças sofisticadas e refinadas. Ao mesmo tempo, objetos simples e inusitados compõem o cenário que atrai curiosos, colecionadores e turistas. Há outras atrações que dividem a atenção das pessoas, como apresentações artísticas, musicais e exposições. Duas atividades fixas se intercalam a cada sábado.

A tradicional feira do brique (á esquerda) irá funcionar até a vesperá de natal. Na direita, feira de discos de vinil no mercado público.

Ao lado, também no mercado público, feira de artesanato. Já a Feira de antiguidades tem atrações culturais no sábado (abaixo).

O BOM FIM PASSA POR AQUI

Caminho dos antiquários tem atrações culturais e de lazer

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Porto Alegre, dezembro de 2011 7

Encontro encerra oito meses de debates sobre a cidadeO Centro de Eventos da

PUCRS foi palco nos dias 09 e 10 do encerramento do V Congresso da Cidade. As atividades mobilizaram lideranças comunitárias e representantes de diversos segmentos da sociedade nas discussões sobre o futuro da Capital. Além do prefeito José Fortunati, do secretário da Governança Local, Cesar Busatto e lideranças mu-nicipais, o ganhador do de-safio Campus Party - Como tornar Porto Alegre uma ci-dade ainda mais inovadora, o mexicano Rodrigo Lo-pez, também participou da cerimônia de encerramento do encontro. Desde que foi lançado, em março de 2011, o V Congresso da Cidade reuniu durante oito meses aproximadamente 6 mil par-ticipantes. Para o prefeito For-tunati, as 1.182 lideranças, empresários, parceiros e quatro grandes universi-dades, que participaram de 76 encontros moderados nos territórios da cidade e de 53 seminários conjun-

tos representam a grandio-sidade da iniciativa. “Essa participação democrática demonstra a característica de nossa população. Temos orgulho desse exemplo de cidadania que estamos pro-movendo aqui”, enfatizou o prefeito. Uma experiência, na avaliação de Busatto, que poucas cidades no mundo são capazes de reproduzir. “Não temos informação de outra experiência similar ao V Congresso da Cidade, que está servindo para redefinir o conceito de governança solidária local, partindo do pressuposto de que o desen-volvimento de uma cidade

só é verdadeiramente sus-tentável se for articulado a partir de seus cidadãos e ter-ritórios”, lembrou. Segundo o diretor de Governança da SMGL, Plínio Zalewski, o V Con-gresso da Cidade agregou a experiência das edições anteriores, trazendo novos atores e novas tecnologias para a discussão sobre a ci-dade e seus desafios. “O caso da plataforma colaborativa portoalegre.cc e o desafio do Cumpus Party são exemplos de articulação para a melho-ria da cidade, tudo pensado de forma compartilhada”, enfatizou.

ARTICULAÇÃO Com a integração de moradores, prefeitura, en-tidades parceiras, empresários e universidades, o 5º Congresso da Cidade ampliou a rede de participação democrática da cidade. Foram discutidos de forma con-junta motes e metas para a cidade em 82 bairros, 17 regiões do Orçamento Participativo e oito regiões de Planejamento. Para transformar o planejamento coletivo para a cidade em realidade, foram constituídos 51 Comi-tês de Mobilização e identificados 158 ações e projetos para o desenvolvimento local.

AVALIAÇÃO Para se avaliar o grau do desenvolvimento dos ter-ritórios da cidade, o que auxilia na identificação de proje-tos, foi criada a Bússola do Desenvolvimento Local. Os resultados foram construídos a partir de 14 indicadores oficiais e 1.235 entrevistas de percepção com lideranças locais, que conhecem a realidade de cada bairro e região da cidade. Ao final do 5º Congresso, todos os 82 bairros, as 17 regiões do Orçamento Participativo e as oito regiões de Planejamento têm uma Bússola do Desenvolvimento Local. Já a bússola da cidade de Porto Alegre indica menor grau de desenvolvimento no aspecto regularização fundiária e maior grau para o item liberdade, seguido por saúde, atividade comercial e educação básica”.

O FUTURO Embora tenham sido encerradas as atividades de 2011, com a construção do planejamento coletivo e a articulação de comitês de mobilização, o ano de 2012 será marcado pela condução de vários projetos de desen-volvimento. Algumas dessas iniciativas foram apresenta-das nas feiras de ideias e projetos na sexta-feira. Com a agregação de parceiros será possível, ao final do ano, uma reavaliação da Bússola do Desenvolvimento Local.

o 5º Congresso da Cidade foi uma oportunidade

para a população apresen-tar criatividade e talento nas feiras de artesanato e de i-deias. A mostra realizada no saguão do Centro de Eventos da PUC reuniu as-sociações e instituições de diversas regiões da capital. Na Feira de Artesanato, o visitante pode conhecer o que de melhor é oferecido

pelo setor em Porto Alegre. Toalhas bordadas, vidros decorados, artigos natalinos, peças produzidas com capim dourado, crochê e pintura em tecido foram apenas al-guns dos trabalhos expostos. Na Feira de Ideias, o visitante pode conhe-cer melhor o projeto Porto Alegre.cc – desenvolvido pela Universidade do Vale Rio dos Sinos (Unisinos). O conceito se refere a uma

Feiras exibem criatividade da Capital

Abertura do Encontro Final do V Congresso da Cidade.

plataforma digital que per-mite a discussão da história, da realidade e do futuro de territórios específicos. Outro destaque foi a instalação da Estante Públi-ca. Nela, as paradas de ôni-bus de Porto Alegre ganham nova função ao receber, no antigo espaço para publici-dade, estantes de livros. As publicações ali encontradas são de uso do público, sem burocracia. Mostras foram realizadas no prédio 40 da PUC.

Resultados do evento

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Porto Alegre, dezembro de 20118

Porto Alegre sediará Fórum TemáticoO Comitê Organizador

Municipal de Porto Alegre, para o Fórum So-cial Temático, foi instalado oficialmente na terça-feira (20/12), às 16 horas, na sala do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O Fórum Social Temático é um encontro preparatório para a “Cúpula dos Povos” da Conferência Rio+20. O encontro temáti-co será realizado em Porto Alegre, Canoas, São Leo-poldo e Novo Hamburgo, de 24 a 29 de janeiro de 2012. O Comitê Organiza-dor de Porto Alegre promete trabalhar com o objetivo de “tornar a capital gaúcha sede permanente de discussões, onde se possa debater e re-fletir sobre as desigualdades e injustiças políticas e soci-ais, fazendo um contraponto ao Fórum Econômico rea-lizado em Davos, na Suíça”. A ideia é firmar Porto Alegre como referência nesses temas e que todos os anos o debate por outro mundo possível, que se consolidou desde o primeiro FSM, no ano de 2001, aconteça aqui, independentemente de se realizar em qualquer outra parte do mundo. Na página do Cômitê

de Porto Alegre podem ser feitas inscrições para ofici-nas, hospedagem solidária, cadastro de voluntários e para Acampamento Inter-continental da Juventude, que em 2012 estará ocu-pando o parque Harmonia. O endereço do site é - www.forumsocialportoalegre.com O site oficial é www.fstematico2012.org.br/ e é nele que podem ser feitas as inscrições para participação individual, para as ativi-dades autogestionárias (já há mais de 300 atividades inscritas), para a economia solidária e os serviços de ali-

mentação. É ali também que está o formulário de creden-ciamento de imprensa. O Fórum Social Temático, em janeiro, terá a tradicional marcha de a-bertura, que sairá do centro de Porto Alegre e irá até a orla do Guaíba. No final do dia, vários shows musi-cais ocorrerão no Anfiteatro Pôr-do-Sol. Outros destaques do encontro serão o Fórum Mundial de Educação, a Fei-ra de Economia Solidária e a Aldeia da Paz, que preten-dem servir como exemplos de espaços de sustentabili-dade ambiental e social.

Os Grupos Temáti-cos se encontrarão em Por-to Alegre nos dias 25 e 26 de janeiro de 2012 para a sistematização dos debates. Nos dias 27 e 28 de janeiro haverá articulação dos vári-os diálogos entre si ao redor dos eixos temáticos. Para estes encontros já estão con-firmadas mais de 200 ativi-dades. As inscrições encer-ram no próximo dia 06 de janeiro de 2012. As ações podem ser promovidas por pessoas ou entidades e pre-cisam se encaixar em um dos quatro eixos temáticos

fundamentais do evento:

Eixo1 – Fundamentos éticos e filosóficos: subjetividade, dominação e emancipação.

Eixo 2 – Direitos Humanos, povos, territórios e defesa da mãe terra.

Eixo 3 – Produção, distri-buição e consumo: Acesso às riquezas, bens comuns e economia de transição.

Eixo 4 – Sujeitos políticos, arquitetura de poder e de-mocracia.

As atividades podem acontecer em uma das quatro cidades que receberão o FST 2012, sendo elas Porto Alegre, Canoas, São Leo-poldo e Novo Hamburgo. O proponente deve também escolher a cidade onde re-alizará sua ação, entre as quatro. Além das atividades autogestionárias, o Fórum Social Temático contará com Grupos de Trabalho discutindo os 20 temas a serem debatidos na Confe-rência das Nações unidas Rio +20, marcada para ju-nho, no Rio de Janeiro.

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A tradicional marcha de abertura fará parte das atividades do Fórum Temático.