Jornal Momento de Uruguaiana

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Dobra a mØdia de pessoas crismadas no municpio Uruguaiana, de 17/12 a 6 de janeiro de 2011 - Ano VI nº 323 Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00 RURAL P`GINA 12 CADERNO ESPECIAL Durante os meses de verªo estaremos dando desconto nos anœncios veiculados no jornal Momento de Uruguaiana. Aproveite para anunciar seu produto: sua loja, sua empresa, sua cabanha, atØ mesmo seu trabalho inte- lectual, como currculo com amostra de seus poemas, contos, trechos de ro- mances, telas e outros trabalhos de artes plÆsticas. Esses anœncios irªo tam- bØm para o site www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br Anœncios a preos promocionais Sonho do asfalto se dissolve em poucos meses Muitos uruguaianenses hoje lamentam a qualidade do calamento de suas ruas Nesta Ediªo Suplemento Rural Estudo aponta que 4% das propriedades responde por 70% da produªo de alimentos do pas BARRA DO QUARA˝ Chefe do Executivo Chefe do Executivo Chefe do Executivo Chefe do Executivo Chefe do Executivo Bar Bar Bar Bar Barrense par rense par rense par rense par rense participa de ticipa de ticipa de ticipa de ticipa de reuniªo com Prefeitos e reuniªo com Prefeitos e reuniªo com Prefeitos e reuniªo com Prefeitos e reuniªo com Prefeitos e Intendentes da fronteira Intendentes da fronteira Intendentes da fronteira Intendentes da fronteira Intendentes da fronteira Brasil Ur Brasil Ur Brasil Ur Brasil Ur Brasil Uruguai uguai uguai uguai uguai Prefeitura promove a 2“ Etapa do Projeto Mœsica em Todos os Cantos P`GINA 5 P`GINA 5 P`GINA 18 Barco naufraga em barragem na Santana Velha SEGURAN˙A P`GINA 21 Preso por tentativa de homicdio P`GINA 10 Eleito o mais jovem presidente da histria da Cmara Municipal Corsan atrasa mais uma Corsan atrasa mais uma Corsan atrasa mais uma Corsan atrasa mais uma Corsan atrasa mais uma vez o saneamento vez o saneamento vez o saneamento vez o saneamento vez o saneamento bÆsico de Ur bÆsico de Ur bÆsico de Ur bÆsico de Ur bÆsico de Uruguaiana uguaiana uguaiana uguaiana uguaiana P`GINA 4 P`GINA 8 Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:02 1

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Edição 323 do Jornal Momento de Uruguaiana

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Dobra a média de pessoascrismadas no município

Uruguaiana, de 17/12 a 6 de janeiro de 2011 - Ano VI nº 323

Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00

RURAL

PÁGINA 12

CADERNO ESPECIAL

Durante osmeses de verão estaremos dando desconto nos anúnciosveiculados no jornal Momento de Uruguaiana. Aproveite para anunciar seuproduto: sua loja, sua empresa, sua cabanha, até mesmo seu trabalho inte-lectual, como currículo com amostra de seus poemas, contos, trechos de ro-mances, telas e outros trabalhos de artes plásticas. Esses anúncios irão tam-bém para o site www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br

Anúncios a preços promocionais

Sonho do asfalto se dissolveem poucos meses

Muitos uruguaianenses hoje lamentam a qualidade do calçamento de suas ruas

Nesta EdiçãoSuplemento

Rural

Estudo aponta que4% das propriedadesresponde por 70% da

produção dealimentos do país

BARRA DO QUARAÍ

Chefe do ExecutivoChefe do ExecutivoChefe do ExecutivoChefe do ExecutivoChefe do ExecutivoBarBarBarBarBarrense parrense parrense parrense parrense participa deticipa deticipa deticipa deticipa dereunião com Prefeitos ereunião com Prefeitos ereunião com Prefeitos ereunião com Prefeitos ereunião com Prefeitos eIntendentes da fronteiraIntendentes da fronteiraIntendentes da fronteiraIntendentes da fronteiraIntendentes da fronteiraBrasil � UrBrasil � UrBrasil � UrBrasil � UrBrasil � Uruguaiuguaiuguaiuguaiuguai

Prefeiturapromove a 2ªEtapa do

Projeto Músicaem Todos os

Cantos

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PÁGINA 5 PÁGINA 18

Barco naufragaem barragem naSantana Velha

SEGURANÇA

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Preso por tentativade homicídio

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Eleito o mais jovempresidente da históriada Câmara Municipal

Corsan atrasa mais umaCorsan atrasa mais umaCorsan atrasa mais umaCorsan atrasa mais umaCorsan atrasa mais umavez o saneamentovez o saneamentovez o saneamentovez o saneamentovez o saneamento

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22Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

A Frase Radar

Rua Duque de Caxias, Gal. Barcelona - S/17CEP 97.510-180 – Uruguaiana RS

Redação e Administrativo: 3414-2814Comercial e Assinaturas: 3402-3614

e-mail: [email protected]@jornalmomentodeuruguaiana.com.br

Editor: Ricardo Peró Job (MTB 14010)Diretora Adm.: Vera Ione Molina (MTB 14344)

Diagramador: Marcio Lopes (9928-5414)Impressão: Jornal do Povo - Cachoeira do Sul

Editorial

COLABORADORES: Alberto Moura, Wolmer Jardim, Dudu Ferreira,Nei Duclós, José Édil de Lima Alves, Frank Finoqueto, Colmar Duarte,Tunico Fagundes, Joel Neimann Lopes, Alvaro Guez Velo, André Gue-rin, Newton Alvim, Vera Ione Molina Silva, Guilherme Socias Villela,Luiz Barbará Dias Jr., Elder Filho e Lúcia Silva e Silva.

O Jornal Momento de Uruguaiana não seresponsabiliza pelas opiniões emitidas nascolunas assinadas por seus colaboradoes

Abertura

(Millôr Fernandes)

Em junho de 2009, era rodada nas grá-ficas do Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul,a edição de número 250 do jornal Momentode Uruguaiana. Hoje, um ano e meio e 73números depois, comemoramos a edição 323de nosso jornal. Não foi fácil a jornada, em-bora gratificante, por termos a certeza de que,ao assumirmos o controle do Momento deUruguaiana, mantivemos a proposta inicial dosemanário de seu primeiro editor, nosso co-laborador Wolmer Jardim, de independência,pluralidade e seriedade. As dificuldades fo-ram muitas, mas, amparados por um time decolaboradores de primeira grandeza conse-guimos levar adiante este, hoje já importan-te, veículo de comunicação. Não sucumbi-mos às tentações de uma vida fácil, baseadanuma linha oficialista, tampouco da críticaexacerbada e contumaz. Sempre buscamosinformar, da forma mais imparcial possível,embora algumas pessoas mal informadas

vejam a publicação de fatos acontecidoscomo uma crítica aos envolvidos. O objetivode um jornal é a informação e, subtraí-la,seja por qual motivo for, é não honrar esteprincípio, fundamental no bom jornalismo.Portanto, acho que cumprimos até agoracom nossa proposta.

Após este número, em função das fes-tas de fim de ano, que levarão muitos de nos-sos colaboradores a um merecido descanso,faremos um intervalo de alguns dias em nos-sa publicação, voltando a circular na sexta-feira, dia 7 de janeiro. Em função deste fato,os assinantes de nosso semanário recebe-rão dois números a mais após o vencimentode seus contratos, além de um caderno a maisnesta última edição do ano de 2010. A dire-ção e os colaboradores do jornal Momentode Uruguaiana desejam a todos os seus as-sinantes, leitores, patrocinadores e amigos umfeliz Natal e um Ano Novo cheio de alegrias!

A eleição para a presidênciada Câmara Municipal do jovem ve-reador Ronnie Mello, tendo comovice o vereador Clemente Correa.Com atuações exemplares no Le-gislativo Municipal, ambos tem sedestacado no cumprimento de suasfunções parlamentares de fiscalizaro Poder Executivo e na apresenta-ção de Projetos de Lei de alto inte-resse público. O jornal Momento deUruguaiana cumprimenta aos doisparlamentares e demais membrosda chapa vencedora no pleito le-gislativo, desejando-lhes êxito emseus mandatos.

A perda das verbas públicasdestinadas ao Centro de Zoonosesem Uruguaiana, no valor de R$ 400mil. Por não ter dado início às obrasno prazo legal, a Prefeitura Muni-cipal teve de devolver o dinheiro.Aliás, a perda de verbas por partedo Executivo Municipal está se tor-nando uma constante. Além doCentro de Zoonoses, verbas paraa compra de medicamentos, parao Caps e para a Educação tambémforam denunciadas na CâmaraMunicipal, reflexos de uma centra-lização exacerbada e da desorga-nização do Executivo. Perde a po-pulação de Uruguaiana.

VISÃOO vice-prefeito e secre-

tário municipal da Saúde, LuizAugusto Schneider informa que,por meio do Setor de Tratamen-to Fora de Domicílio, no períododezembro 2010, foram encami-nhados ao Centro Médico daVisão em Rosário do Sul (RS),90 pacientes com deficiência vi-sual em mais de 80% da visão,para cirurgia com o médico Hum-berto Scheuermann, especialis-ta em cirurgia de cataratas. Ospacientes já foram submetidosao procedimento e tiveram suavisão recuperada.

VISÃO II40 pacientes/mês foram

avaliados em primeira consulta(triagem) e acuidade visual pelomédico Ricardo Teixeira; 20 pa-cientes/mês foram atendidospelo médico Cássio Villamarim,em consulta, cirurgia de retina ediabéticos; e 20 pacientes/mês,atendidos pela médica RoxanaNunes da Rosa, em pequenascirurgias: yog-laser, colózio, pte-rízio e via lacrimal.

PANIFICAÇÃOO SEBRAE, em parce-

ria com a Prefeitura, está ela-borando cadastro de pequenase micro empresas de panifica-ção, padarias e confeitarias,para participação em um proje-to social que envolve consulto-ria, visitas técnicas e curso decapacitação. Informações, emhorário comercial, na AgênciaMunicipal de Empregos, na RuaXV de Novembro esquina Presi-dente Vargas, ou pelo telefone3412-6669.

MÚSICAA população em geral

pode assistir, no dia 16, às 20h,na Concha Acústica do ParqueD. Pedro II, apresentação doConjunto Musical Fuzi-Pampa,da Banda de Música do Grupa-mento de Fuzileiros Navais deRio Grande (RS).

CDS E LIVROSTemos CDs da Rhosam-

maria e livros de autores uruguai-anenses por excelentes preços.Rosa canta, além dos cantos deLeontina das Dores e do Gau-dêncio 7 Luas, Cantiga por Lu-ciana, de Paulinho Tapajós eEdmundo Souto, Versejando emCampo Aberto, de Airton Pimen-tel e Luiz Coronel e Chinita, deEnio Rodrigues e Ubirajara Ra-ffo Constant.

�Além de incompetentes, prepotentes e cor�Além de incompetentes, prepotentes e cor�Além de incompetentes, prepotentes e cor�Além de incompetentes, prepotentes e cor�Além de incompetentes, prepotentes e corrrrrruptos,uptos,uptos,uptos,uptos,pelas explicações que dão quando acuados, elespelas explicações que dão quando acuados, elespelas explicações que dão quando acuados, elespelas explicações que dão quando acuados, elespelas explicações que dão quando acuados, elesainda acham que você é débil mental�.ainda acham que você é débil mental�.ainda acham que você é débil mental�.ainda acham que você é débil mental�.ainda acham que você é débil mental�.

O leitor escolheo jornal pelaqualidade?

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33Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

PONTO LIVREWolmer Jardim

Mesmo reconhecendo-o por vezes ta-lentoso, não sou de muito apreciar Paulo San-tana como colunista, por achá-lo em geraloportunista. É useiro e vezeiro em esperarque se forme um conceito crítico coletivo emais ou menos homogêneo sobre determi-nado assunto para só então abordá-lo, en-tão fazendo seu juízo de valor coincidir como da maioria dos leitores. Mas o que ele feznesta semana foi pior. Revelou-se um este-lionatário intelectual ao escrever antes dojogo do Internacional: “Sinto que algo muito

Da imorDa imorDa imorDa imorDa imortalidade e do pangaré sulinotalidade e do pangaré sulinotalidade e do pangaré sulinotalidade e do pangaré sulinotalidade e do pangaré sulino

Não se chega ao pa-tamar da imortalidade poracaso ou por um estalar dededos. É algo só alcançávelpor uns poucos, predestina-dos a uma intangível condi-ção sobrenatural, forjada emfeitos de homéricas dimen-sões e sedimentada em fa-çanhas de contornos míti-cos, capazes de sensibilizaraté mesmo os Deuses dofutebol, de quem se tornameleitos. O Grêmio é um des-ses. E há descomunal dife-rença de trajetórias dos que

habitam o Panteon dos Imor-tais e dos que precisam su-jeitar-se à iníqua condição dereles e falíveis mortais.

Isso explica porqueuma iminente humilhação,como seria a permanênciana Segunda Divisão foitransformada em um episó-dio heróico, a já lendáriaBatalha dos Aflitos, enquan-to que a antevisão do gozoetéreo do bicampeonatomundial se esfarelou e virouum vexame de dimensãoplanetária. Por isso, tam-

bém, que na retina dos gre-mistas a imagem fixada portoda a eternidade será a domásculo guerreiro charruaHugo De Leon, escalavra-do, com o rosto banhadoem sangue, erguendo osímbolo olímpico da vitória.Enquanto que na memóriados colorados a lembrançaque os acompanhará comouma maldição até o fim dostempos será a de um con-golês, em bizarro deboche,simulando cavalgar em umtrôpego pangaré sulino.

Pernas para que te queroDepois que um jacaré congolês comeu a perna restante do saci, este

não sabe como fará para voltar ao Brasil. Cogita-se até que Sérgio Zambiasifaça uma campanha emergencial e para ele consiga uma cadeira de rodas.

Alhos e bugalhosUma coisa é cair na finalíssima, no fortuito e imprevisível cobrar de penalidades e tendo

antes um pênalti calhordamente sonegado pela arbitragem e sendo adversário o poderoso Ajax.Outra coisa, muito diferente, é cair já no primeiro jogo, vitimado por um time tribal de zulusprimitivos, que na delegação invés de um médico provavelmente levaram um pajé. Aliás, dianteda apatia dos vermelhos, até nem sei se os silvícolas fardados não se utilizaram de dardosparalisantes, disparados de zarabatanas escondidas nos calções.

O vermelho amarelou

O campeonato mundial interclubes fi-cou definitivamente prejudicado em sua con-formação geográfica já que a Ásia passou a

ter dois representantes na competição e a Amé-rica do Sul nenhum. Isto depois que o Inter “ama-relou” contra os zulus.

Golpe de vistaO Internacional contra o time do Congo me fez lembrar um goleiro que vai fazer

defesa considerada trivial, fácil, e que já fica olhando o campo à sua frente, para fazera resposição. Esquece da bola, que entra mansamente por entre suas pernas. Ocolorado mirou na Internazionale e esqueceu que primeiramente teria de ganhar doscongoleses.

Um caso de desonestidade intelectualUm caso de desonestidade intelectualUm caso de desonestidade intelectualUm caso de desonestidade intelectualUm caso de desonestidade intelectual

DE MARES E OCEANOS

A torcida do Internacional chegou a Abu Dhabi como um “mar vermelho”. Está saindo delá como o “mar morto”.

bom ou muito ruim me acontecerá nos pró-ximos dias”. Após a derrota colorada, comen-tou com proverbial narcisimo: “Às vezes des-confio que tenho parte com Deus. Não rarasvezes esta coluna foi profética, mas na crô-nica de ontem me sublimei, antecipando-meao que aconteceria em Abu Dhabi à tarde”.Ora, “algo de muito bom ou muito ruim” vaci-nava sua opinião quanto a qualquer resultadodo jogo. Deu uma de Mãe Diná bombachuda.Profético nem tanto, mas desonesto intelec-tualmente, verdadeiramente sim.

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44Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

PolíticaQUANDO A PROPAGANDA É BEMMAIOR DO QUE O CONTEÚDO

Por Frank Finoqueto - Advogado

A performance do Esporte Clube Internacional no mundialinterclubes, além de ter sido vexatória mundialmente, demonstrouuma lição às pessoas, a de que nunca se deve engolir o que amídia produz, sem que se faça uma reflexão acurada, pois, a polí-tica clubista da Instituição esportiva colorada investiu tanto na ima-gem de uma Super Equipe, que a reiteração da mídia abarrotadapelo dinheiro pago pelo Clube sito na beira Rio vender a idéia que oColorado gaúcho possuía um time quase que imbatível, que mui-tos Gremistas e outros tantos torcedores e jornalistas do centro dopaís estavam acreditando piamente na propaganda vendida peloMarketing do Internacional, veiculado pela imprensa gaúcha.

Muitos também acreditavam que a planificação e estratégiado Clube, em preservar o time para os jogos do Brasileirão, esta-vam perfeitas. Ledo engano! Quem viu as atuações da equipe doColorado, em especial a do último Grenal, viu que a equipe não eranada de especial. Então, o que fez a diretoria do Clube? Criou um‘artifício imediato’, o discurso e a prática de ‘preservar’ a equipeesportiva, quando até os quero-queros do estádio da Beira-Rio sa-bem que um time de futebol precisa é de ‘ritmo de jogo’ para estarapto a qualquer enfrentamento, pois isso é o que mais um atletapede no futebol. Mas, o que a diretoria marqueteira queria, em ver-dade, era ‘esconder’ da sua torcida e do resto do país a grandefragilidade técnica em setores da equipe. É lógico que tudo temuma explicação razoável, na medida em que, depois de passarlongos 26 anos de inferioridade de títulos internacionais, em com-paração ao seu eterno rival, qualquer subterfúgio valeria a pena,em se tratando de chance de ultrapassar o Clube da Azenha.

De outro lado, no tocante à soberba tão propalada peloscomentaristas esportivos, como ficou a posição do dirigente Fer-nando Carvalho que proferiu palestras a peso de ouro, até mes-mo aqui em Uruguaiana, no Clube Comercial, a respeito de comose fazer um grande planejamento vencedor? Agora com esse ro-tundo fracasso e erro grosseiro de estratégia, ficamos nos per-guntando: o que estariam pensando aquelas pessoas que paga-ram para assistir à palestra, espraiada por tantos lugares dessepaís pelo dirigente?

Tiremos, então, boas lições desses fracassados e tristes epi-sódios em que, mesmo que seja deveras difícil controlar nossasemoções, especialmente nas searas em que a emoção mexe comnossas ações e termina por turvar nossos pensamentos. Quandose trata de planejamento, a emoção deve ficar num distanciamentosuficiente em que as vaidades, soberbas, não consigam prejudicaro objetivo que se busca.

Assim, que a incursão desafinada e desastrosa do EsporteClube Internacional no Mundial sirva de lição ao Brasil e à seleçãobrasileira que irá sediar a Copa do Mundo de 2014. Sejamos humil-des e bons anfitriões para alcançar o sucesso, ao passo em que,mais um exemplo de extremado fracasso está ai a denotar que nãose devem maquiar defeitos a qualquer preço!

Câmara Municipal aprova projeto de vereador Rafael AlvesCâmara Municipal aprova projeto de vereador Rafael AlvesCâmara Municipal aprova projeto de vereador Rafael AlvesCâmara Municipal aprova projeto de vereador Rafael AlvesCâmara Municipal aprova projeto de vereador Rafael AlvesNa última reunião ordinária

de 2010, a Câmara Municipal apro-vou o projeto de lei de autoria do ve-reador Rafael Alves (PSDB), que dis-põe sobre o bem-estar e o controleda população animal de pequeno egrande porte, visando ações de

combate às zoonoses (doençastransmitidas pelos animais), no mu-nicípio. O projeto, segundo o parla-mentar, visa regulamentar a respon-sabilidade dos proprietários sob apermanência dos animais em áreaspúblicas e o controle de zoonoses

pela administração municipal. “Es-pero que o município possa agir deforma mais incisiva a partir da san-ção deste projeto”, disse o vereador.O projeto aprovado seguirá para asanção do prefeito José FranciscoSanchotene Felice (PSDB).

Projeto de Clemente CorProjeto de Clemente CorProjeto de Clemente CorProjeto de Clemente CorProjeto de Clemente Corrêa dispõe sobre implantação do Proerd no municípiorêa dispõe sobre implantação do Proerd no municípiorêa dispõe sobre implantação do Proerd no municípiorêa dispõe sobre implantação do Proerd no municípiorêa dispõe sobre implantação do Proerd no municípioNesta terça-feira, 14, foi aprovado pela Câmara

o Projeto de Lei proposto pelo vereador José ClementeCorrêa (PT), que dispõe sobre a implantação do Progra-ma Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

- Proerd no município. O projeto, segundo Clemente,autoriza o município a fazer convênio com a Brigada Mi-litar para a implantação do programa na rede municipalde ensino.

Nesta terça-feira, 14, o ve-reador Ronnie Mello (PP) foi eleitocom seis votos para exercer a pre-sidência da Mesa Diretora da Câ-mara Municipal no ano de 2011.Aos 28 anos, o parlamentar será omais jovem presidente da históriada Câmara Municipal de Uruguai-ana. Ronnie Mello está em seu pri-meiro mandato e nesse ano exer-ceu a presidência da Comissão deServiços Municipais, Saúde, Edu-cação, Segurança Pública e De-senvolvimento Econômico.

A eleição foi aberta e nomi-nal, cumprindo a antecipação de tu-tela deferida pela juíza Cristina Lo-hmann, da 1ª Vara Cível de Uru-guaiana. A juíza acolheu o pedidoliminar feito pelo Partido Progres-sista em um mandado de seguran-ça contra o presidente da CâmaraMunicipal. No entendimento doPartido Progressista, o art. 88 daLei Orgânica de Uruguaiana nãoadmite em nenhuma hipótese ovoto secreto.

Ronnie Mello irá presidir ostrabalhos legislativos de 2011 como auxílio do vereador José Clemen-te Corrêa (PT), eleito para exercera vice-presidência. Também inte-gram a chapa os vereadores Luis

Mais jovem presidente dahistória da Câmara Municipalfoi eleito nesta terça-feira

Gilberto de Almeida Risso (PMDB),Mauro Brum (PMDB) e AdalbertoSilva (PP) que exercerão, respec-tivamente, as funções de primeiro,segundo e terceiro secretários daMesa Diretora. A sessão de vota-ção contou com a presença dos re-presentantes dos diretórios muni-cipais do PP, PMDB e PT.

Após a eleição, o vereadorRonnie Mello falou sobre como de-verá conduzir a Câmara Municipalem 2011. “O objetivo principal seráresgatar a harmonia e o respeitoentre os poderes e engajar o po-der legislativo no trabalho desen-

volvido pelos mais diversos seto-res da comunidade como o Rotarye Lions. Precisamos fomentar ageração de emprego e renda, dan-do respaldo ao setor primário, aotransporte internacional, aos des-pachantes aduaneiros e ao comér-cio. Não deixaremos de atender àsdemandas das áreas de saúde esegurança pública. E, em relaçãoao desenvolvimento de nossos jo-vens, a educação, a cultura e o es-porte também serão áreas para asquais estaremos atentos e dispos-tos a contribuir ao máximo”, decla-rou o futuro presidente.

Adalberto Silva (PP), Clemente Correa (PT), Ronnie Mello (PP) Luis Gilbertode Almeida Risso (PMDB) e Mauro Brum (PMDB)

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Page 5: Jornal Momento de Uruguaiana

55Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

no Município de Uruguaiana, com atuação nas seguintes áreas do Direito:Cível, Contratual, Trabalhista, Agrário, Internacional e Ambiental.

CLÁUDIO PETRINI BELMONTE - OAB/RS 42.579- Professor Universitário (Dir. Contratual, Dir. Agrário e Dir. Internacional);

- Mestre pela Universidade de Coimbra (Portugal);- Doutorando pela Universidade de Salamanca (Espanha).

NATHALIE SUDBRACK DA GAMA E SILVA BELMONTE - OAB/RS 62.305- Especialista em Direito e Processo do Trabalho (PUC – POA/RS)

Porto Alegre/RS: Av. Loureiro da Silva, n° 2.001, sala 515, CEP 90050-240,Fone: 55 51 3225-3178

Uruguaiana/RS: Rua Gal. Bento Martins, n° 2.497, sala 1.502, CEP 97510-001,Fone: 55 55 3402-3733

Itaqui/RS: Rua Rodrigues Lima, n° 376, sala 602, CEP 97650-000, Fones: 5555 3433-1626 / 2650

w w w . b e l m o n t e a d v o g a d o s . c o m . b r

Por Cláudio Petrini Belmonte - OAB/RS 42.579

ARRENDAMENTO RURAL:ALGUMASPECULIARIDADES

BARRA DO QUARAÍ

Difundir a musicalidade rítmi-ca e poética na Barra do Quaraí e ci-dades vizinhas - este foi o objetivo doprojeto Música em Todos os Cantos,promovido pela Prefeitura Municipal,através da Secretaria de Eventos,Desporto e Integração Fronteiriça, ten-do como Secretário responsável dapasta, Rogério Blanco Neto. A 2ª Eta-pa do evento foi realizada na últimasemana, 04 de dezembro, na praci-nha do Loteamento Popular, no Bair-ro Norman Irio Gutierres, anexo àQuadra Poliesportiva, recentementeinaugurada. O evento é realizado bi-mestralmente e teve as seguintesapresentações: Articulo 29 (Bella Uni-ón – ROU); Força Jovem da Igreja doEvangelho Quadrangular (Barra doQuaraí); Perro Negro (Bella Unión –ROU) e Contraband (Uruguaiana).

Chefe do Executivo BarChefe do Executivo BarChefe do Executivo BarChefe do Executivo BarChefe do Executivo Barrense parrense parrense parrense parrense participa de reunião comticipa de reunião comticipa de reunião comticipa de reunião comticipa de reunião comPrefeitos e Intendentes da fronteira Brasil � UrPrefeitos e Intendentes da fronteira Brasil � UrPrefeitos e Intendentes da fronteira Brasil � UrPrefeitos e Intendentes da fronteira Brasil � UrPrefeitos e Intendentes da fronteira Brasil � Uruguaiuguaiuguaiuguaiuguai

Prefeito Maher esteve cum-prindo agenda na última semana, nacidade de Pelotas, juntamente como Secretário Municipal de Saúde, Pro-fessor Richard de Souza, onde parti-ciparam da reunião dos Prefeitos,Intendentes e Secretários Municipaisde Saúde da fronteira Brasil – Uru-guai, na Universidade Federal dePelotas, com o objetivo de discutir aspróximas ações do programa de açãointegrada, promovido pela Universi-dade, com o apoio institucional dosgovernos dos dois países. No encon-tro, outros temas entraram na pauta:

Discussão da implementação dasUnidades Fronteiriças de Saúde, cujoprojeto conta com aval do Ministériode Saúde; UFPel e o município deBarra do Quaraí; unidades de porteum, voltadas para cidades de 50 a100 mil habitantes, contemplando osmunicípios de Aceguá/Acegua, Bar-ra do Quaraí/ Bella Unión e Quaraí/Artigas; enquanto as unidades deporte dois, para cidades 101 a 200mil habitantes, estão direcionadaspara Jaguarão/Rio Branco, Santa Vi-tória do Palmar/Chuí e Santana doLivramento/Rivera. De acordo com o

projeto, as unidades prestarão aten-dimento a pacientes das duas cidadesfronteiriças. Com a adesão do municí-pio a este programa, será disponibili-zado, Telemedicina, Raio X e Eletrocar-diograma e, ainda, quatro médicos daUniversidade, que estarão residindo nomunicípio. Este projeto está em tratati-vas para a adesão do município e trarágrandes benefícios para a comunida-de. Outro tema em discussão foi o Pro-jeto de Saneamento Básico que incluio Programa de Preservação do MeioAmbiente da região da Lagoa Mirim eAquífero Guarani.

Prefeitura promove a 2ª Etapa do ProjetoMúsica em Todos os Cantos

Prefeitura realiza o 8º Domingo da TPrefeitura realiza o 8º Domingo da TPrefeitura realiza o 8º Domingo da TPrefeitura realiza o 8º Domingo da TPrefeitura realiza o 8º Domingo da TransparênciaransparênciaransparênciaransparênciaransparênciaO Domingo da Transparência, neste ano, foi rea-

lizado no mesmo dia do Projeto Música em Todos os Can-tos, no sábado, 04, sendo uma iniciativa do Prefeito Muni-cipal da Barra do Quaraí, Engº. Maher Jaber em 2005,baseado no Controle Social e visando à participação po-pular. O evento é uma forma inovadora de demonstrar ecompartilhar com a comunidade a gestão pública, atra-

vés da prestação de contas referente ao recebimento e apli-cação de recursos, projetos e atividades que se encontramem implementação, possibilitando à sociedade o exercícioda cidadania. Também foram expostas as conquistas doGoverno Municipal no exercício de 2009/2010, as que jáforam entregues à população e ainda, conquistas que embreve estarão sendo entregues para nossa comunidade.

1) Afirmar que o Arrendamento Rural consiste num contrato típico (como defato o é), significa dizer que seus efeitos obrigacionais estão conformes à legislaçãoaplicável (Estatuto da Terra – Lei 4.504/64 – e seu respectivo Regulamento – Decreto59.566/66).

Os efeitos obrigacionais (leia-se, as obrigações dos contratantes) consistem noelemento caracterizador mais importante de um contrato, superando, inclusive, a lingua-gem utilizada pelas partes. Desse modo, se no documento contratual constar a linguagemtípica de uma Parceria, p. ex. (parceiro outorgante, parceiro outorgado, etc.), mas os efei-tos obrigacionais (aos quais as partes estão efetivamente obrigadas, conforme as obriga-ções verificadas na aplicabilidade prática daquele contrato) forem de um Arrendamento (p.ex., obrigação de pagamento de uma quantia fixa em dinheiro), o contrato será um Arren-damento. Numa linguagem coloquial, o contrato é o que é, ou ainda, o contrato é de acordocom o que as partes estão efetivamente obrigadas. No exemplo acima, o contrato é deArrendamento, pois verifica-se a cláusula típica de pagamento de preço fixo, muito emborano documento conste linguagem típica de uma Parceria (novamente: para fins de carac-terização, efeitos são mais importantes que mera linguagem – art. 112 do Cód. Civil).

Pode parecer, num primeiro momento, que as considerações acima geram inte-resse eminentemente teórico, mas, de fato, não cremos que seja assim. Muitas discussõesjurídicas são solucionadas conforme a análise de qual contrato está efetivamente em jogo,pois, feita tal identificação, basta a aplicação das respectivas regulamentações jurídicas esta-belecidas em lei. Exemplificando: se o contrato for um Arrendamento, o possuidor (Arrenda-tário) goza do tão almejado Direito de Preferência na compra da área arrendada, mas, poroutro lado, se o contrato for uma Parceria, o possuidor (Parceiro Outorgado) não se benefici-ará desse direito! Nessa linha, para identificar-se se tal possuidor tem ou não Direito dePreferência na compra do imóvel, tem-se que, previamente, identificar-se se o mesmo con-siste num Arrendatário ou num Parceiro Outorgado (além do contrato, analisa-se notasfiscais, Carteiras de Trabalho dos empregados, recibos, etc., sempre com o intuito deinterpretar-se qual o contrato que efetivamente acontece).

2) O Direito Agrário é caracterizado por fortes influências costumeiras (práticanegocial, tradições, etc.), e não há problema algum nisso, já que usos e costumes tam-bém são fontes do Direito pátrio (de onde nascem soluções jurídicas). Ocorre que, comovivemos num sistema legalista, a norma escrita é hierarquicamente superior à normaconsuetudinária (costume) – art. 4º. da LICC.

Sabe-se que talvez a grande maioria dos contratos de Arrendamento Ruralsejam celebrados estabelecendo o preço em produto (p. ex., 3.000 quilos de boi, porquadra, por ano), ocorre que essa circunstância contraria frontalmente o disposto no art.18 do Regulamento do E.T., que determina que tal preço seja estabelecido em quantiafixa de dinheiro. Ou seja, aplicando friamente a legislação, é inválido o Arrendamentonessa parte (cláusula onde se fixou o preço em produto)!

Não havendo qualquer litigância entre as partes no caso concreto, não haveriaproblemas em termos práticos, pois o Arrendatário efetua o pagamento conforme oestabelecido contratualmente e o Arrendador passa-lhe o respectivo recibo (quitação =conformidade com o que recebeu). Contudo, se a discussão sobre a validade de tal cláusulachegar ao Judiciário, pode haver contratempos, pois o Tribunal de Justiça do RS entendepela validade do preço estabelecido diretamente em produto (reconhecendo a Fonte usos ecostumes), mas o Superior Tribunal de Justiça (instância superior ao TJRS) apresenta váriasdecisões no sentido de que somente haverá validade contratual se a cláusula for estabeleci-da exatamente conforme o art. 18 do Regulamento, ou seja, em quantia fixa de dinheiro.Nestes casos, o STJ não nega que um valor é devido ao Arrendador, mas deverá haver umarbitramento judicial desse montante, o que, sabidamente, poderá ser bastante demorado(produção de prova pericial, etc.). Através das problemáticas acima, procurou-se demons-trar exemplificativamente a importância de uma análise jurídica anterior à celebração doArrendamento, pois, eventuais dissabores ou litígios muitas vezes podem ser totalmenteafastados ou bastante minorados.

Maher (1º à esquerda) se reuniu com autoridades do Brasil e do Uruguai

Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:025

Page 6: Jornal Momento de Uruguaiana

66Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

Por Nei Duclós

JORNALISMOLITERÁRIO

GeralReceita Federal doa Mamógrafo

Digital à Santa Casa

Na segunda-feira, 13, às 10h,o prefeito Sanchotene Felice, acom-panhado do vice-prefeito e secretá-rio municipal de Saúde, Luiz Augus-to Schneider, recebeu da ReceitaFederal do Brasil a doação de ummoderno Mamógrafo Digital – Seno-graphe 2000D, avaliado em R$ 2,8milhões. A entrega foi realizada peloSuperintendente Regional da Recei-ta Federal (RS), Paulo Renato da Sil-va Paz, e pelo Delegado da ReceitaFederal do Brasil em Uruguaiana,Jorge Hergessel.

O “Senographe” (“pintura doseio”, em francês), como foi denomi-nado, o primeiro modelo comercialdesse mamógrafo, foi lançado em1967. A seguir, a empresa CGR co-meçou a trabalhar com a geraçãoseguinte de equipamentos de mamo-

grafia dedicada, um modelo apresen-tado no final da década de 70. Re-centemente, a GE lança o maioravanço em mamografia dos últimos30 anos – Senographe 2000D- o pri-meiro sistema de mamografia digitalde campo total, que mudou definiti-vamente o cuidado com a mama, pro-piciando eficiência digital, confiabili-dade e assistência às pacientes. A GEcontinua a desenvolver e fabricar tu-bos de Raios-X dedicados para ma-mografia e detém várias patentes re-ferentes à tecnologia de seus tubos,contribuindo de forma marcante paraqualidade de imagem. O desenvolvi-mento avançado de sistemas demamografia e de outros tipos de equi-pamentos para aquisição de imagemdas mamas, reflete seu papel contí-nuo como líder mundial na área de

imagem da mama em saúde da mu-lher. O rastreamento do câncer demama, feito pela mamografia, comperiodicidade de um a três anos, re-duz significativamente a mortalida-de em mulheres de 50 a 70 anos.Nas mulheres com menos de 50anos, existe pouca evidência destebenefício. O Instituto Nacional deCâncer recomenda que o ExameClínico das Mamas - ECM seja rea-lizado a cada três anos pelas mu-lheres com menos de 35 anos, acada dois anos pelas mulheres en-tre 35 e 39 anos e anualmente pe-las mulheres entre 40 e 49 anos. Asmulheres na faixa etária entre 50 e70 anos devem submeter-se ao exa-me anual ou semestralmente, sendoa mamografia indicada em casossuspeitos e de alto risco.

O ano de 2010 foi de transparência geral. O site wikileaks (quesignifica “vazamentos compartilhados”) entregou todas na diplomacia efoi o auge de uma tendência hegemônica no ano todo. Começa com aexplosão do twitter e do facebook, em que multidões se colocam porinteiro. Temos agora condições de conhecer as pessoas, que se manifes-tam com suas qualidades e defeitos autorais, em todas as suas nuancespolíticas, culturais e até físicas, já que as mídias sociais são uma somade instrumentos digitais de comunicação. Na política, ficamos sabendomais do que o normal, o passado dos eleitos, suas performances públi-cas ou privadas. As imagens e diálogos rolam pela rede. Artista, intelec-tual, candidato rezam na mesma igreja: a exposição completa.

E daí? Essa é a pergunta. O que se faz com tanta informaçãoantes segredada? O que Hillary Clinton fez das revelações de que teriaofendido algum país estrangeiro, como mostraram os documentos? Pe-diu desculpas e pronto. E trancafiaram o editor chefe do wikileaks. Nofundo, ninguém dá a mínima para os segredos. Ninguém lê tudo. O quefaz as autoridades reagirem com fúria é a ameaça de perderem o empre-go. O escancaramento total leva à desmoralização pública, perda de elei-ções e de cargos. Então há uma movimentação para dizer que isso é umabsurdo, vamos coibir, tomar providências. Há medo de parecer tão vul-nerável nesta era de terrorismo, mas ninguém abandonará seus hábitos.Talvez matem as fontes e só.

Imagino que essa transparência vá provocar um enorme bocejocoletivo. No Brasil, de que adiantou as investigações sobre caixas ar-rombados, cofres roubados, desvios de verbas, tráfico de influências?Os acusados estão aí, lampeiros. Sempre desconfiei dos movimentoscomo o ficha limpa. Acabam na mão de quem deveria ser investigado.Serve para limpar a barra de quem fez alguma coisa. Os EUA torturaramno Iraque e daí? Estão arrombando no Afeganistão e o que tem isso? Aindiferença poderá se seguir (ou se manter) depois de tanta revelação.Ou então teremos alguns escapes, talvez a volta do swing, uma novagrande Voz, um gênio inédito fazendo grandes filmes, um comportamen-to coletivo prazeroso e saudável. Será otimismo demais?

Muita gente lembra a grande criatividade cultural durante a guer-ra. Hoje, as criações tendem a se uniformizar e o diferencial do talentocusta a marcar definitivamente a época. Há de tudo no ar, acontecendosimultaneamente. Ao mesmo tempo, convivemos com precariedades gros-seiras, já que não existe formação escolar para a cultura, escritores con-tinuam amargando problemas básicos de publicação e distribuição, so-mos ainda um país de analfabetos e a leitura marca passo entre nós,apesar dos megaeventos e das megastores. Parece que falta uma senta-da na poeira, um aprofundamento do que temos disponível em excessoou uma consolidação de recursos tradicionais que nos escapam.

Precisamos ter cacife para peitar a avalanche de informação quenos chega. Fazer de 2011 um ano não tão espetacular como 2010, masmais consequente. É o que deveria acontecer.

Revelações para quê?

Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:026

Page 7: Jornal Momento de Uruguaiana

77Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011GeralAMÃODEDEUS

Por Cláudio Noronha

UrUrUrUrUruguaiana recebe �Consultório de Rua�uguaiana recebe �Consultório de Rua�uguaiana recebe �Consultório de Rua�uguaiana recebe �Consultório de Rua�uguaiana recebe �Consultório de Rua�A coordenadora do CAPS de Uruguaiana,

sanitarista Elinar Maria Stracke, informa que Uru-guaiana receberá “Consultório de Rua” do Minis-tério da Saúde. Os chamados “Consultórios deRua” oferecem ações de promoção de saúde,cuidados básicos e redução de danos a pesso-as que moram ou estão em situação de rua esão usuárias ou dependentes de álcool e dro-gas. Geralmente estas pessoas não costumamprocurar os serviços de saúde e, por viveremem situação de extrema vulnerabilidade, tor-nam-se facilmente vítimas de dependência ede outros problemas de saúde. Os Consultóri-os de Rua funcionam com equipe multiprofissi-

onal que fazem a primeira abordagem, para fa-lar com as pessoas em situação de rua e ofe-recer ações de promoção, prevenção e cuida-dos básicos em saúde, para mais tarde, facili-tar o acesso a outros serviços. A característicamais importante desta intervenção é oferecercuidados no próprio espaço de rua, preservandoo respeito ao contexto sócio-cultural da popula-ção. Apenas três cidades do Rio Grande do Sulforam contemplados com este serviço. O CAPS -Centro de Atenção Psicossocial, localiza-se naavenida Presidente Vargas, 2948, altos da Poli-clínica Municipal. Fone/fax: 3412-9480 - E-mail:[email protected]

A vereadora Josefina Soa-res (PSDB) protocolou, nesta se-gunda-feira, 13, na Câmara Muni-cipal, o Projeto de Lei que instituia obrigatoriedade da ‘ficha limpa’para ocupantes dos cargos em co-missão e de confiança no âmbitodos órgãos do Poder Executivo eLegislativo do Município. Pessoasque tenham contra si representa-ção julgada procedente pela Jus-tiça Eleitoral, em decisão transita-da em julgado ou proferida em pri-meira ou única instância, em pro-cesso de apuração de abuso dopoder econômico ou político nãopoderão ocupar estes cargos. Aautora, na justificativa do projeto,argumenta que a proposta não in-terfere no ato de nomeação, queé de livre escolha do chefe do Po-der Executivo. “O objetivo é con-dicionar o exercício dos cargos deprimeiro escalão às mesmas res-trições de quem os nomeou”, diz.

De acordo com Josefina,vários municípios estão adotandoa mesma medida. Se a propostafor aprovada, pessoas condena-das por sentença transitada em

Vereadora Josefina propõe fichalimpa no âmbito Municipal

Projeto da vereadora impede contratação decondenados para cargos comissionados

julgado pela prática de delitos con-tra a economia popular, a adminis-tração pública e o patrimônio pú-blico; contra o sistema financeiro;lavagem ou ocultação de bens,dentre outros, ficará impedida deassumir o cargo. Em nível nacio-nal, a Lei da Ficha Limpa foi umaIniciativa Popular e contou com a as-

sinatura de mais de 1,5 milhão deeleitores, com grande repercussãonacional. Foi proposta pelas entida-des Articulação Brasileira contra aCorrupção e a Impunidade -ABRACCI e Movimento de Com-bate à Corrupção Eleitoral - MCCEe recebeu o apoio de mais de 1,6milhão de assinaturas.

Vereadora Josefina Soares

Não fazia muito que chegara à cidade o tal do DelegadoPiva. Vinha cercado de boas referências. A comarca tinha ficadoquase cinco anos sendo atendida pelo Dr. Vilar que se deslocava,semanalmente, de Santana. Era a primeira vez que saíamos parauma diligência juntos. Eu era o inspetor encarregado da zona ru-ral. Excetuando algum roubo de gado que outro ou um chibo maisgrosso, por denúncia decorrente de escuso interesse, nada acon-tecia. Hoje sim; uma mulher fora encontrada morta numa proprie-dade perto do Passo dos Prestes. Um vizinho fora chamado porum menor. Presumindo tratar-se de envenenamento, mandara umpróprio, a cavalo, nos avisar.

Chovera muito. A camioneta da Delegacia, com pneus jásem sulcos, atrapalhava-se para manter-se nos trilhos afundadospelos caminhões que puxavam arroz naquele fundão. Eu não iriame botar a correr sem necessidade. Levaríamos umas duas ho-ras para cobrir o percurso. Dava para aproveitar e conversar bas-tante. Pretendo conhecer melhor o homem. Tinha muita fama,bastante jovem, de uns 35 anos, quando muito. Uma águia, se-gundo advogado local que o tivera como colega na faculdade.

Comecei puxando conversa. Conhecia bem a finada. Eraaté meio aparentada com uma cunhada do meu irmão. Tinhasido pega, à força, por um tio que bebia, quando novinha, eembuchara. Lá pelos idos dos anos quarenta, quando o fato sesucedera, isso era mais normal que nos dias de hoje. Dolores, avelha parteira, que vivia nas cercanias, por súplica da mãe cho-rosa e temente das conseqüências, fora chamada, às escondi-das. Nervosa, com medo, sabendo que o que fazia não era cer-to, tratou de remover a criança às pressas, meio de qualquerjeito e machucou muito a pobre da moça.

Diziam que tinha ficado capona. Casou com um viúvo, jácom uns trinta forte. Não tiveram filhos. Ele trazia um casal, umamocinha e um piá. A filha não suportou o convívio com a madras-ta, logo arrumou um jeito de ir morar com uma tia na cidade, apretexto de fazer o Curso Normal. Dizem que era muito malvadamesmo, a defunta. Beliscões, desses de deixar roxo na volta esangrar no meio, era o que havia de mais comum.

O pobre do guri, o pai sempre distante, trabalhando de piãopor dia, fora a gritos, taponas nas orelhas e a laçaços de relhadorno lombo, nos casos de pecados mais fortes. Tudo segundo afinada. Ela não fazia nada. Passava o dia se embalando numacadeira velha, de palhas bastante puídas, a ouvir um radio depilhas. E meta ordem! O menino, além da lida da volta da casa,varrer pátio, colher frutas, cuidar da horta, encerrar vacas, racio-nar galinhas, ainda cozinhava e mantinha limpa a vivenda quehabitavam. E sempre debaixo de puteadas.

-Para que o Doutor Delegado avalie bem o que era malevaa tal da sem-vergonha, ela conseguiu convencer o marido de queela própria trataria da educação do enteado, que o faria aprendera ler e a escrever. E melhor do que na escola rural. Logo ela,Doutor, que mal e mal acolherava meia-dúzia de letras. Era paranão perder o escravo, para poder seguir ouvindo seu radinho,suas novelas. E para comer infindáveis mingaus de aveia comcanela. Seu vício.

O pobre guri cresceu assim, analfabeto, trabalhando desol a sol, de domingo a domingo. E quando o pai voltava paracasa, à noite, por vezes, aplicava ainda surras de cinto, semprepelo lado da fivela, fazendo justiça a mentirosos queixumes damegera. Não tinha amigos, distração, nada. Trabalho, castigos,mentiras e medo. Muito medo. Do pai, da madastra, do universodo seu convívio.

O Doutor Piva a tudo ouvia. Comia minhas palavras comseus ouvidos. Perguntava muito, prestava atenção como ninguém.Aposto que seria capaz de repetir tudo o que dissera, sem esque-cer uma frase sequer. Assim estávamos quando, depois de umacurva à esquerda, divisamos a funesta moradia.

(PARTE1)

Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:027

Page 8: Jornal Momento de Uruguaiana

88Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

Por Vera Ione Molina

COTIDIANO

Nós, uruguaianenses, criamosnossas próprias celebridades

Lançada pedra fundamental do Foro TLançada pedra fundamental do Foro TLançada pedra fundamental do Foro TLançada pedra fundamental do Foro TLançada pedra fundamental do Foro Trabalhistarabalhistarabalhistarabalhistarabalhista

“Oito cartas pessoais que a princesa Diana enviou a um mordomo deconfiança da família real britânica foram vendidas, há cerca de três anos, pormais de 19 mil libras (23.750 euros) em um leilão realizado em Colchester, nosudoeste da Inglaterra”. Num primeiro momento, poderia parecer futilidade esco-lher para leitura este tipo de notícia, mas não conheço ninguém que em algummomento da vida não tenha dito eu-queria-ser-uma-formiguinha-para-escutar-aquela-conversa, ou para-assistir-àquela-cena.

No caso da princesa Diana, existem muitas razões para um colecionadoradquirir parte da correspondência que fala de sua vida íntima. A morte dela nãoficou bem esclarecida, sua história admite muitas interpretações, o material podeser aproveitado para literatura, cinema, matérias. Mas o acesso à vida privada deoutras pessoas é uma coisa fascinante e, quanto mais diferenciadas elas são,tanto maior o interesse. Tenho ouvido falar que “Uruguaiana tem muitos jornais eque os uruguaianenses não vivem sem coluna social e que isso é um atraso, nosoutros lugares não é assim”. Existem até mesmo jornais que tentam fazer pági-nas sociais mais populares, mas quem se interessa por saber da vida de pesso-as comuns? Esse espaço das celebridades é universal, no Brasil existem muitasrevistas que dão conta do tema. Nós, uruguaianenses, que vivemos tão longe dacapital de nosso Estado, temos uma cultura própria, damos valor a um produtohíbrido que resulta das influências do Uruguai, da Argentina, da convivência combrasileiros de todos os estados, já que tivemos três quartéis do Exército, repre-sentação da Marinha e batalhão de fuzileiros navais que deixaram suas mar-cas. Convivemos com pessoas cheias de estilo e nos achamos mais importan-tes que os demais gaúchos, somos o supra-sumo da arrogância. Tivemos oprimeiro festival de música nativista, o melhor carnaval do Estado e terceiro doBrasil, alguns dizem, nosso município é o maior produtor de arroz, o que temos melhores campos, tivemos a primeira refinaria de petróleo e uma vinícolaque produzia vinhos premiados nacionalmente, anterior às da serra. Para apla-car a sensação de afastamento de grandes acontecimentos e tomadas de deci-sões, criamos nossa própria metrópole: UruguaYork, expressão cunhada poruma jovem colunista social faz uns cinco anos. Aquela piada que fazemos arespeito do argentino, sobre seu sentimento de superioridade, aplica-se tam-bém ao habitante de Porto Alegre e potencializa-se no extremo-oeste. Daí surgi-rem nossas próprias celebridades em todas as áreas e querermos saber notíciasdelas: se elas estavam presentes em determinado acontecimento, de quem esta-vam acompanhadas, onde vão passar as férias e seus planos para o futuro. Nãochegamos ao ponto de tentar comprar correspondências trocadas por pessoasnotáveis, mas nos interessamos por suas origens, relacionamentos e vida social.Isso é facilmente observável em nossa relação com os jornais locais e com ossites de relacionamento mais utilizados, nos quais, em muitos casos, a página dealguns usuários se transforma em suas salas de visitas, com álbuns de fotografi-as contendo legendas que contam suas vidas e que chegam a ser acessadasmais de 100 vezes por dia.

O resultado disso são colunas sociais bem diferentes umas das outras,onde existe a queridinha dos que desfrutam de uma melhor posição ou estãolutando por ascenção social. Não importa que esteja em um jornal relativamentenovo, ou que não fique bem claro quem a escreve e organiza, é aquele espaçoque confere prestígio porque tem um texto mais bem escrito, se ocupa das pes-soas que já são e não das que estão sendo construídas, mistura as notíciassociais com cultura com muita propriedade.

Não nos venham aconselhar a fazer uma segunda coluna social, maispopular, por duas razões: primeira delas - porque ninguém gosta de jogar nosegundo time; segunda, porque as pessoas só fazem questão de “ser o filho doque tem banca de frutas, enquanto o outro candidato é filho de um rico empresá-rio” quando concorrem a cargo político, jamais em sociedade.

Vá conferir se aquelas senhoras “finas” que mandavam e-mails nas elei-ções apontando as diferenças e considerando a origem humilde uma grande van-tagem faz essa opção ao elaborar a lista de convidados para suas recepções.

O presidente da Federasul,José Paulo Dornelles Cairoli, recebeuna terça-feira, 14, a Medalha do Mé-rito Farroupilha, honraria máxima doParlamento gaúcho, concedida aoscidadãos que desenvolvem um tra-balho de destaque. A homenagem foiproposta pelo presidente da Casa,deputado Giovani Cherini (PDT). An-tes de entregar a medalha, Cherinifez um resumo da trajetória do em-presário. Natural de Porto Alegre for-mou-se em Engenharia Civil em1974. Foi diretor de Marketing e deAssuntos do Mercosul da Ipiranga,diretor-presidente do BRDE e sócio-proprietário da Agropecuária Recon-quista e da Privatto Investimentos.Também presidente da AssociaçãoBrasileira de Angus e, desde 2006,presidente da Federasul. Em 2009,tornou-se presidente da Confedera-ção das Associações Comerciais eEmpresariais do Brasil - CACB. “Suaatuação na condução da Federasulcaracteriza-se pela defesa dos inte-resses da classe que representa den-tro de um interesse maior, o Rio Gran-de do Sul. Neste sentido, à frentedesta gigantesca federação, tem pro-porcionado a promoção do conheci-

José Paulo Cairoli recebe a Medalha do Mérito FarJosé Paulo Cairoli recebe a Medalha do Mérito FarJosé Paulo Cairoli recebe a Medalha do Mérito FarJosé Paulo Cairoli recebe a Medalha do Mérito FarJosé Paulo Cairoli recebe a Medalha do Mérito Farroupilharoupilharoupilharoupilharoupilha

mento e do debate reflexivo acercade nosso futuro, o fortalecimento dasentidades e das comunidades e a ino-vação permanente”, disse o deputa-do. Cairoli agradeceu a honraria eafirmou que, segundo seu ponto devista, a medalha não é dirigida a ele,mas à Federasul. “A nossa entidadetem pautado suas ações por ideiasclaras, defendendo sempre os mes-mos ideais, independentemente departidos”, disse. O líder empresarialressaltou que gostaria de homenage-ar também os seus colegas de Fe-deração, que têm atuado voluntaria-

mente pela entidade e reforçou queela não pertence a nenhum partido,embora esteja disposta a dialogarcom todos os políticos. Participaramda solenidade os deputados RaulCarrion, Kalil Sehbe, Zilá Breitenba-ch e Edson Brum, o secretário daFazenda, Ricardo Englert, que repre-sentou o governo do Estado, o pre-feito de Porto Alegre, José Fortunati,o presidente da OAB/RS, ClaudioLamachia, e o presidente da Câma-ra de Vereadores de Porto Alegre,Nelcir Tessaro, além de diversas li-deranças empresariais.

Na quinta-feira, 09, às 17h, na Esplanada daJustiça, em solenidade presidida pelo Desembargador-Corregedor Regional do Tribunal Regional do Trabalhoda 4ª. Região, Juraci Galvão Júnior, com a presença doprefeito de Uruguaiana, José Francisco SanchoteneFelice, do diretor do Foro do Trabalho e juiz Titular da 1ª.

Vara do Trabalho de Uruguaiana, Marco Aurélio BarcellosCarneiro, do Juiz do Trabalho Substituto em Uruguaiana,Tiago Mallmann Sulzbach, do presidente da OAB/Uru-guaiana, Roberto Duro Gick, e de advogados, servidorese convidados, foi lançada a pedra fundamental do futuroForo Trabalhista de Uruguaiana

A Prefeitura de Uruguaianarecebeu na segunda-feira, 13, a co-municação do Tribunal de Contas doEstado - TCE, suspendendo a auto-rização da concorrência dos serviçosde água e esgotos. A decisão tem porbase em pedido do Ministério Públi-co de Contas - MPC que na semanapassada ingressou com recurso parasuspender o processo.

No recurso o órgão especial

Corsan atrasa mais uma vez osaneamento básico de Uruguaiana

sustentou que, mesmo com a con-corrência suspensa por força de me-dida cautelar, antes do julgamentopelo pleno do TCE, o município deuandamento ao processo sem autori-zação. Segundo o MPC, a medidaferiu os princípios que regem as con-corrências. A Prefeitura alega que oMunicípio, depois de intimado, ime-diatamente suspendeu a licitação,retomando-a quando devidamente

autorizado. Na própria notificação foiconcedido prazo de 15 dias. A sus-pensão ocorreu no primeiro dia e,portanto, não procede a alegação. ACorsan, em 2008 fez proposta pararenovar sua parceria com o municí-pio de Uruguaiana, prevendo investi-mentos superiores a R$ 100 milhõesnos sistemas de água e esgotos sa-nitários, que não foi aceita pela Pre-feitura, devido ao não cumprimentode contratos anteriores e à flagrantefalta de investimentos ao longo dosanos em que aqui atuou a empresaestatal, embora retire de Uruguaianacerca de R$ 1 milhão por mês. Des-de a manifestação do Executivo denão renovar o contrato com a Cor-san, a empresa, através de medidasjudiciais, tem evitado que o Municí-pio contrate, através de edital, outraempresa, embora jamais tenha con-corrido nas licitações, sob a alega-ção de que os editais restringiam asua participação. Assim sendo, Uru-guaiana continua sem saneamentobásico.

Cairoli (C) agradeceu a honraria

Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:028

Page 9: Jornal Momento de Uruguaiana

99Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Tradição

Por Colmar Duarte

[email protected]

LEMBRANDO O GAÚCHO CONFÚCIO

HÁMUITO TEMPO NA ESTRADA

Jairo Rodrigues Foge por um instante do homem irado, foge para sempre do homem hipócrita.

Não mal comparando, o sol entrando é assim... Como um boi sangradobem no sangrador.

E o céu fica ensanguentado como copa de carmim no tempo que dá flor.

Ao passar por São Borja, um dia desses, me vieram à lembrança ospoemas de Vargas Neto, poeta ali nascido, cuja genialidade foi fundamentalpara que a poesia regional gaúcha conquistasse sua cidadania. Anos maistarde, outro grande poeta fez daquela terra vermelha a matéria prima de seuspoemas, quando adotou São Borja como querência – Apparício Silva Rillo.Não seria necessário mais do que isso para passar por ali como se transpuses-se a porta do templo do sol, o Korikancha dos Incas. Descubro a cabeça e mecurvo em reverência. Na praça central de São Borja há um memorial, mas nãoé em homenagem a nenhum dos dois poetas.

Depois - não sei se vacê já reparou –As estrelas vão chegando no tranquito,Como um rodeio branco mui bonito,Que vem berrar,Que vem rezar,Pelo rastro do sol que se sangrou...

(Carniça – Vargas Net)

Como recebi a informação de que a partir de hoje, estaremos em fériascoletivas, aproveito esta última oportunidade em 2010, para desejar aos leito-res do MOMENTO, de Uruguaiana, Paso de los Libres e adjacências internaci-onais, um guapo e feliz Natal e um novo ano com muitas alegrias e realiza-ções. E, acima de tudo, com muitas esperanças. Esperanças de que a justiçasempre prevaleça; que os tiranos, os déspotas e os hipócritas continuem sen-do minoria; que políticos e tradicionalistas não se juntem para fazer nada (poisnão vai dar certo); que tenhamos sempre mais acertos a comemorar e menosdesavenças a lamentar; que se reúnam confrarias e congregações para reali-zar algo de proveito, e não para celebrar os prazeres etílicos e criticar as reali-zações dos outros; que aqueles que carregam o cetro ou o arreador sejaslembrados pelos caminhos que abriram e não pelos inimigos que fizeram.

Nazareno fui chamado,Por sobrenome – da CruzNazareno da Cruz, um seu criado,Por acaso tocaio de Jesus.

Tropeiro sou. Ele Pastor. Irmãos de ofício,Embora algumas diferenças que hão de por.Todo pastor tem o seu pouco de tropeiro,Todo tropeiro alguma coisa de pastor...

Há quem O chame de Pai Nosso e Lhe tem medoE há quem não ouça um ó-de-casa! que Ele dá.É que não sabem, como eu sei, que meu tocaioÉ bom e simples como um sonho de piá.

Mateamos juntos, estradeamos lado a lado,Embora o olho da descrença não O veja.Talvez porque hajam levado meu tocaioDo sol dos campos para a sombra das igrejas...

Nazareno sou chamadoPor sobrenome – da Cruz.Nazareno da Cruz, um seu criado,Por acaso tocaio de Jesus.

(Coplas de Nazareno—Apparício S. R.)

Tenho certeza que 2011 nos reserva grandes alegrias e muitas conquis-tas a serem comemoradas. Quem sabe Deus transforma esse gelo da terra doPapai Noel em açúcar, e adoça o coração de todos nós? Assim espero.

Fim de ano

O 31° Rodeio Crioulo Internacional de Osório2011 acontece em maio de 2011 no Parque de RodeiosJorge Dariva em Osório/RS.

No rodeio de Osório 20101 são esperadas aparticipação de ginetes do Chile e do Uruguai. Entre as

�RODEIOS RIO GRANDE DO SUL�atrações do Rodeio Internacional de Osório 2011 haveráprovas artísticas e campeiras, bailes e shows. Dentro doevento, ainda acontece a 4ª Exposição de Cavalos Criou-los, o 3º Remate de Potros Crioulos e a 13ª Feira Agrope-cuária.

O 2º Rodeio Internacional da cidade de ArroioGrande/RS acontece em maio de 2011 no Parque Gui-lhermino Dutra (Sindicato Rural de Arroio Grande).

O Rodeio de Arroio Grande conta com diversasatrações como Praça de Alimentação, Playgound paracrianças, Mostra de Artesanato e alguns eventos parale-los ao rodeio como Mateadas, Motras Artística de Inver-no, Remates e muito mais. O Rodeio Internacional deArroio Grande receberá em torno de 10 mil visitantesnos 3 dias de festa incluindo cerca de 150 ginetes doBrasil, Uruguai e Argentina.

Na programação do rodeio, teremos competições

2º Rodeio Internacional de Arroio Grande � Rodeio de Arroio Grande 2011

de gineteada em equino e bovino, competição entre asmaiores tropilhas do estado e um grande desafio entrenações (Brasil, Uruguai, e Argentina) com premiações altascomo um carro e uma moto 0km além de prêmios emdinheiro. Um super palco foi montado para o Rodeio deArroio Grande 2011 para receber show de artistas comoJoca Martins, Cristiano Quevedo entre outros. Outra atra-ção é a “Lona de Bailantas” que abrigará os bailes nastrês noites.

O 2º Rodeio Internacional de Arroio Grande estáno calendário de eventos da cidade como um dos maio-res eventos da região sul do estado.

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1010Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

A alegria de ter a sua quadraasfaltada, livrando-se para sempre dobarro, da poeira e das poças de água,durou pouco para Maria Gorete. Mo-radora de uma das muitas quadrasasfaltadas pela atual administração,viu, em pouco tempo, seu sonho sedeteriorar, juntamente com o asfaltode sua rua, nas proximidades doCentro Esportivo Nova Esperança.Assim como ela, muitos uruguaianen-ses hoje lamentam a qualidade docalçamento de suas quadras, muitasem ruínas, poucos meses depois deentregues à população. Buracos, ca-lombos e, em muitos trechos, a voltado chão batido. A reportagem doMomento de Uruguaiana, após diver-sas denúncias sobre a má qualidadedo calçamento asfáltico da cidade,visitou e fotografou algumas das qua-dras calçadas pela atual administra-ção, seguindo os quatro pontos car-deais. O resultado, os leitores pode-rão observar através das fotografiasdesta matéria. O que ocorre, segun-do um profissional do ramo, que pe-diu para não ser identificado, é que arua, antes de terra, é apenas patrola-da, buscando uma superfície regularpara aplicação da camada asfáltica.Não é realizado o abaloamento davia e, em muitos casos, não existesarjeta. Também a falta de esgoto,assim como a falta de drenos e ca-nalização contribuem para a conta-minação da camada asfáltica. Segun-do o profissional, o solo de nossa ci-dade possui uma primeira camada deterra com características vegetais(solo sem resistência à compressão),sendo fundamental sua retirada parachegar a um solo que ofereça me-lhor resistência Depois de realizadaa escavação, é de extrema necessi-dade que seja refeito, o chamado re-forço de subleito, com material ade-quado, com, por exemplo, basalto -bastante comum em nossaregião. Antes de repor o material sefaz necessária a construção de dre-nos para escoar as águas vindas dosubsolo. A finalidade do dreno é evi-tar que as águas do lençol freáticovenham a atingir a camada superfi-cial. As camadas debasalto possuem granulometria es-pecifica e são compactadas e vibra-das com rolo campactador. Após acolocação do basalto, geralmentecoloca-se uma camada de brita comgraduação especificada em projeto(granulometria e espessura da ca-mada), que também é compactadae vibrada e colocada na caixa de rua,respeitando a marcação topográficaque indica o devido abaloamento domeio para as laterais a fim de que aságuas da chuva sejam dirigidas àsarjeta para serem encaminhadas àsbocas de lobo, que nada mais são

Sonho do asfalto se dissolve em poucos mesesSonho do asfalto se dissolve em poucos mesesSonho do asfalto se dissolve em poucos mesesSonho do asfalto se dissolve em poucos mesesSonho do asfalto se dissolve em poucos meses

do que os coletores da rede de tubu-lação pluvial. Após este procedimen-to, toda a superfície é molhada e ro-lada para que se atinja a conforma-ção desejada. Feito isto, toda a su-perfície receberá uma pintura paraque haja a liga do asfalto com a basepreparada. Por último, vem acamada asfáltica, que nada mais édo que o acabamento de uma super-

fície sem irregularidades. Segundonossa fonte, o Tribunal de Contas játeria encaminhado uma intimaçãopara ver o projeto e o responsávelpela execução do mesmo. Caso nãoexista responsável, além de respon-der ao Tribunal por desperdício dedinheiro público, o Executivo tambémterá que responder ao CREA porexercício ilegal da profissão.

Fundos do Colégio Santana Tiradentes fundos do colégio Santana

14 de Julho próximo ao Centro Esportivo Nova Esperança 14 de Julho próximo ao Centro Esportivo Nova Esperança

Perpendicular ao Centro Esportivo Nova Esperança

Proximidades da Esplanada do Judiciário

General Hipólito

Tiradentes antes dos trilhos

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1111Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

O menino chegou a estas plagas por volta de 1868, com dezesseteanos de idade. Vindo inicialmente das províncias bascongadas, Espanha, etendo passado aproximadamente quatro anos na antiga província Cisplatina,chegou a Uruguaiana. Com a basquita que lhe seria esposa, que conheceuaqui, dezessete anos mais nova, construiu casa de pedras lascadas, chãobatido em quase toda, cobertura de quincha atada com couro de cavalo. Insta-laram-se com tambo e horta. Ela chegara com mais ou menos catorze anos,acompanhando outra família basca, que vinha instalar-se aqui. Ele tambémfazia longas carreteadas pra mantimento e comércio.

O fogão da cozinha foi construído também de pedras, com grade deferro em cima. Um galpão de madeira abrigava animais, forragens, ferramen-tas e algum andante ou desabrigado. Era também o galpão do tambo. Outro,menor, de pedras, conservava a produção da horta, do pomar, da quinta, quei-jos, carnes. Árvores nativas, casuarinas, laranjeiras, palmeiras, tamareiras, fi-gueiras, pessegueiros, marmeleiros e algumas outras compunham a arboriza-ção. Para cultivar, além das vinhas, implantadas na parte mais alta da proprie-dade, havia a horta, a quinta e o jardim. Para cuidar também havia pequenosanimais e guaxos. No campo, ovelhas, gado bovino, cavalos. Abaixo da casa,um pequeno açude. No fim do renque de casuarinas, que se alongava entre acasa e o pomar, o poço de bocal alto, fundo e farto. Nos limites extremos docampo, serpeava o Salso de Baixo, na época, piscoso.

O local passou a ser conhecido como Chácara Matias, porque o nomedo senhor, aquele menino que partira da Espanha com treze anos de idade,era Matias Urroz. Depois do falecimento do casal, que teve sete filhos, dosquais apenas dois homens, havia quem se referisse ao estabelecimento comoChácara dos Matias, Chácara das Matias ou pelo nome original, que foi dadopelos que se referiam desse modo à chácara.

Veio estrada, e ela cortou o campo. Chegou o aeroporto, construídosobre o campo do casal de imigrantes bascos, cuja área de terra foi desapropri-ada, mas jamais paga. Vieram as chamadas de revoluções. Dentre elas, a de1923, dois anos antes do falecimento dele. Foi quando Uruguaiana sofreu (osegundo) cerco. Houve escavação de trincheira, roubaram ovelhas e outros ani-mais, envenenaram sangas. Os dois filhos precisaram ser escondidos. Porões,com ferramentas e outros utensílios velhos, garrafas fechadas, garrafas vazias,poucas e pequenas armas bem guardadas, muita teia de aranha e poeira, podi-am esconder colchões e pessoas. Olhando de fora, só se viam dois pequenosrespiros gradeados no rés do chão. Sempre no escuro e no silêncio absoluto, foipossível passar dois ou três meses de olhos mais fechados que abertos, urinan-do em garrafas vazias e as tampando e guardando empilhadas como as devinho, esperando a noite para receber comida e água e retirar excrementos, a fimde livrar-se das lâminas, do fogo e do sequestro de voluntários.

Em tempos de paz, contudo, foi possível ser feliz. O casal, os filhos, acarreta, ora esperando ora sulcando o chão com seu vagar, o tambo, a horta ea quinta sustentando o essencial, e os cavalos mansos e os cavalos xucrosconstruíram a condição da esperança. Para quem vinha da Europa de tradiçãomedieval e colonialista, ter cavalos e montar neles era privilégio de poucos.Sempre imagino o que teria significado para aquele Matias Urroz, quando jámaduro, poder montar a cavalo e tocar outros, soltos e xucros, no fundo docampo da pequena propriedade. Só muito ricos, os chamados de nobres, po-diam montar a cavalo naquela Europa longínqua, de onde vieram os primeiroscolonizadores e os primeiros possessores à nossa América. Certamente afamília e a estabilidade econômica foram as compensações maiores daquelecasal de meninos pobres, oriundo do norte espanhol, no solo uruguaianense.Posso também supor a satisfação pessoal daquele menino, então homemmaduro, de ter encontrado nestas plagas o que não teria conseguido, pelomenos em parte, em seu país natal. Fica difícil imaginar, todavia, a reconstru-ção da nossa memória social. O imaginário social, atualmente, está marcadopelo que os meios de comunicação divulgam e com os quais se sustentam ese locupletam.

A Chácara Matias depois, habitada por quatro irmãs, sobreviveu comopôde. Manteve o tambo, a criação de ovelhas e de pequenos animais. Carate-rizou-se por abrigar simultaneamente várias pessoas necessitadas, às vezestransitoriamente, às vezes quase permanentemente. Entre essas pessoas,alguns talvez possam lembrar-se do Bubu, conhecido também como Sete-Trouxas, de quem pretendo noutra oportunidade falar.

A esperança encolheu. Atualmente, da Chácara Matias restam cam-pos recortados, uma casa e um galpão, mas nada das primeiras construções.Já não se pode ver a primitiva casa de pedras, porque as pedras foram retira-das de lá. O aeroporto em breve terá a pista alongada. No prolongamento aoeste, vai avançar sobre a casa que resta e arrasar a arborização reduzida emutilada que ainda resiste.

*Professor, doutor em Letras, escritor.

Por Cicero Galeno Lopes,OTAMANHODAESPERANÇA

Nesta semana, a Secretariade Obras Públicas do Estado do RS,através da 10ª Coordenadoria Regi-onal de Obras, em Uruguaiana, anun-ciou a assinatura da ordem de início

Reforma do Albergue Estadualde Uruguaiana está autorizada

das obras de reforma do AlbergueEstadual de Uruguaiana. As obrasconsistem na geral da instalação elé-trica, orçadas em R$ 195 mil. A em-presa Conbase Estacas Ltda execu-

tará a reforma num prazo de 90 dias.O Diretor do Departamento de Ges-tão de Obras da Secretaria Estadualde Obras Públicas, Odir Baccarin jáautorizou o início dos serviços.

Odir Baccarin (D)

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1212Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Rural

PRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOS

ERNANDO CIDADE & CIA LTDARUA GENERAL HIPÓLITO, 3265 - FONE: (55) 3412-4054 - FAX: (55) 3412-2784 /

URUGUAIANA - RS - e-mail: [email protected]

Por Tunico Fagundes

CAMPEREANDO

O tempo muitas vezes me assusta, nãoo tempo clima, o que me assusta, na verdade,

é o tempo que passa sem nos darmos conta.Já é Natal outra vez, já faz mais de um ano que es-

crevo estas crônicas no Momento, já é hora de encerrarmais um ano, hora de “contabilizar” perdas e ganhos, deanalisar o que foi feito, o que foi mal feito e o pouco quefizemos “bem feito”.

A crônica ou as crônicas são feitas, principalmente, paraagradar os leitores, elas estão sempre no mesmo local dojornal, pretendem criar assim, no transcurso da semana (nonosso caso), uma familiaridade entre quem escreve e quemlê, na verdade isso me parece muitas vezes assustador, poisrevela minha intimidade, expõe minhas fraquezas, angústi-as, vaidades, anseios e, mais do que tudo isso, como disse opoeta Retamozo, “...estou do avesso e por fora mostro o car-nal de auroras que nunca se animaram ser...”.

Natal, Ano Novo, época de sentimentos “na flor dapele”, momento de muita reflexão, hora de, com muita ho-nestidade, pensar no muito que temos a fazer e do poucoque fizemos.

Espírito de Natal, um sentimento que deveríamos ter oano inteiro, amor ao próximo, fraternidade, boas festas e tan-tas outras frases de efeito deveriam ser o vocabulário do co-tidiano, não apenas deste momento.

Esta é a última crônica de 2010, junto com ela, nestefim de tarde aqui na estância, termina mais um dia de traba-lho, enquanto escuto o gorjeio das andorinhas, o canto dosbem-te-vis, a gargalhada do joão-de-barro e a quietude boni-ta da tarde adormecendo, que desperta em mim a vontadede abraçar a todos os que têm a paciência de ler o que escre-vo, os que nunca leram e também, meus irmãos da mesmaforma, que nem sabem que existo.

Desejo a todos que o Cristo menino chegue montadonum cavalo, crioulo, é claro, muito bom e que traga nos“pezuelos” muito amor, muita saúde, paz e compreensãoentre todos.

Feliz Natal e um 2011 cheio de realizações cristãs!

Um estudo encomendadopela Confederação de Agricultura ePecuária do Brasil (CNA) revela queapenas 4% das propriedades brasi-leiras respondem por 70% da pro-dução de alimentos. Para a presiden-te da entidade, senadora Kátia Abreu(DEM-TO), é necessário crédito esustentabilidade dos preços parareverter esse quadro. Para a CNA,2010 foi um ano de recuperação dospreços agrícolas pós-crise financei-ra de 2008. A projeção é de que oPIB do agronegócio feche em 7%, eas exportações dos produtos agro-pecuários rendam mais de US$ 76bilhões. Para o próximo ano, a pre-visão é de um cenário positivo des-de que a China tenha um crescimen-to superior a 8%. É que se o PIB dopaís asiático for menor, há o riscode o preço das commodities agríco-

Estudo aponta que 4% das propriedades respondeEstudo aponta que 4% das propriedades respondeEstudo aponta que 4% das propriedades respondeEstudo aponta que 4% das propriedades respondeEstudo aponta que 4% das propriedades respondepor 70% da produção de alimentos do paíspor 70% da produção de alimentos do paíspor 70% da produção de alimentos do paíspor 70% da produção de alimentos do paíspor 70% da produção de alimentos do país

las despencar. Um estudo da CNAencomendado à Fundação GetúlioVargas revela um dado preocupan-te. Apenas 4% das propriedades ru-rais são responsáveis por 70% daprodução de alimentos. Isso signifi-ca que mais de quatro milhões depropriedades produzem muito poucoou nada. A presidente da CNA diz quealgo precisa ser feito para reverteressa situação.

– Nós precisamos atualizar apolítica agrícola brasileira, não só ocrédito. O crédito é só um componen-te da política agrícola. Embora dis-ponibilizado, o produtor não conse-gue tomar o crédito oficial hoje pelosriscos que se encontra e o créditoprivado pelos riscos que o setor re-presenta estão fugindo do setor. En-tão, é uma política agrícola ampla quevem a dar sustentabilidade aos pre-

ços – explica a senadora.A possibilidade de indicações

políticas em cargos antes ocupadospor técnicos do Ministério da Agricul-tura também preocupa a instituiçãorepresentativa dos produtores rurais.

– Eu fico bastante pesarosade que a primeira presidente mulherdo Brasil possa estar montando umgoverno com tanta pressão partidá-ria. A manutenção política e o apoiopolítico são essenciais, mas as car-gas técnicas que devem ser coloca-das, pessoas preparadas, com inteli-gência que o Brasil possui, estaremsendo divididos partidariamente é la-mentável para a própria presidente –critica Kátia. A presidente da CNAtambém lamentou o fato de a propos-ta do Código Florestal ter ficado paraser decidida no ano que vem peloCongresso Nacional

CNA: Brasil pode dobrar sua produçãoagrícola sem desmatamentos

“Uma das maiores potências do mundo estádando um passo gigantesco, unindo seu setor produ-tivo, governamental e científico, para que se possaduplicar a produção de alimentos sem desmatar”, dis-se a senadora Kátia Abreu, presidente da Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), duran-te lançamento do projeto Biomas no Espaço Brasil,durante a Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), da Organização das Nações Unidas (ONU), emCancun, no México. Também esteve presente o pes-quisador Gustavo Curcio, coordenador técnico do pro-jeto, da Embrapa Florestas. Curcio afirmou que a ár-vore pode ocupar um papel crucial para vitalizar o usoda propriedade rural, trazendo benefícios socioeco-nômicos e socioambientais, além de gerar subsídioscientíficos para embasar o aprimoramento da legisla-ção ambiental brasileira. A senadora Kátia afirmou queo projeto, por meio do qual serão estudados seis bio-mas brasileiros, funcionará como seis vitrines tecno-lógicas para os proprietários rurais, que poderão es-colher o melhor para a sua propriedade, a partir deexemplos reais já colocados em prática. “Agora os pro-

dutores poderão produzir com segurança, tendo a cer-teza e o embasamento científico de que não farão malao meio ambiente”, constata a senadora. Segundo ela,o projeto Biomas dará as respostas e as diretrizes paraque o Brasil possa dobrar a produção de alimentos semderrubar uma árvore sequer. “Pelo contrário, introduzi-rá o componente arbóreo para a recuperação de áreassensíveis e vitalização da produção rural.” Durante odebate foi perguntado se a mudança do Código Flo-restal causaria mais desmatamento. A senadora reite-rou a posição da CNA, dizendo que em seu entendi-mento o projeto que tramita no Congresso em nenhummomento permite o avanço do desmatamento. Eleapenas libera as pequenas propriedades de manter areserva legal, mas não permite que se destrua o rema-nescente de qualquer mata nativa. Carlos Rivaci Spe-rotto, vice-presidente da CNA e presidente da Federa-ção da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul(Sistema Farsul), disse que se o Código Florestal nãofor alterado a maioria dos produtores de arroz do RioGrande do Sul, que possuem suas plantações nas vár-zeas de rios, estará produzindo ilegalmente

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1313Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

RURALElder Filho

[email protected]

A partir deste ano o Ranking Angus ganhou novo formato,visando dar visibilidade e incluir na competição um maior número decriadores, seja em suas regiões, através de seus núcleos, seja no âm-bito nacional.

Assim, a Associação Brasileira de Angus (ABA) premiou oscriadores e os expositores do Ranking Regional e os criadores e expo-sitores do Ranking Nacional. Da mesma forma foram premiados oscompetidores nos Rankings Regional e Nacional de Rústicos.

De forma sintética, publicamos a seguir a relação dos vende-dores do Ranking Angus deste ano. Na próxima edição do jornalAngus@newS será publicada ampla matéria explicando os detalhesdas modificações realizadas e as exposições que pontuaram em cadacertame - regional ou nacional, de rústicos ou de argola.

A entrega Dos prêmios foi um dos pontos altos da Festa deConfraternização e Encerramento do ano da Associação Brasileira deAngus (ABA), no dia 2 de dezembro, na Associação Leopoldina Juve-nil, em Porto Alegre, RS.

PREMIADOS DO RANKING NACIONAL E REGIONAL,DE ARGOLA E DE RÚSTICOS DE CRIADORES

E EXPOSITORES DA ABA EM 2010:

Campeã do Ranking Nacional de Criadores e de Expositores -Argola - Cláudia Indarte Silva, da Cabanha Rincón Del Sarandy,

de Uruguaiana, RS.Vice-Campeão do Ranking Nacional de Criadores de Argola e 3ºlugar no Ranking Nacional de Expositores de Argola - José PauloDornelles Cairoli, Reconquista Agropecuária Ltda., Alegrete, RS

Vice-Campeões do Ranking Nacional de Expositores de Argola -Luis Anselmo Cassol e Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno,

Parceria Cabanha da Corticeira e GB Agropecuária, São Borja, RSe Porecatu, PR

3º lugar no Ranking Nacional de Criadores de Argola - Luis AnselmoCassol, Cabanha da Corticeira, São Borja, RS

4º lugar no Ranking Nacional de Criadores de Argola e 5º lugarno Ranking Nacional de Expositores de Argola - Antônio Maciel

Neto, FSL Angus Itu, Itú, SP4º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Argola e 5º lugar noRanking Nacional de Criadores de Argola - Eloy Tuffi, Fazenda MC,

Espírito Santo do Pinhal, SPCampeã do Ranking Nacional de Expositores de Rústicos - Par-ceria Rotta Assis, Estância Tradição, Santa Vitória do Palmar, RSVice-Campeão do Ranking Nacional de Expositores de Rústicos -

Carlos Inácio Talavera Campos, Agropecuária Albardão, Santa Vitóriado Palmar, RS

3º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos -Sérgio Tessaro, Cabanha Santa Amábile, Pelotas, RS

4º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos - JoaquimFrancisco Bordagorry de Assumpção Mello, Estância Santa Eulália,

Pelotas, RS5º lugar no Ranking Nacional de Expositores de Rústicos -

Helena Rodrigues Rotta, Estância Santa Amélia, Santa Vitória doPalmar, RS

Campeão do Ranking Regional de Expositores e Criadores de Argolada Região Oeste do RS - Angelo Bastos Tellechea, Cabanha Umbu,

Uruguaiana, RS Vice-Campeão do Ranking Regional de Criadores de Argola e3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola da Re-gião Oeste do RS - João Vieira de Macedo Neto, Cabanha Azul,

Uruguaiana, RS

Confira os vencedores do rankingAngus 2010 e do Troféu Mérito

Genético Angus - Luiz Alberto Fries

Vice-Campeão do Ranking Regional de Expositores de Argola e 5º lugarno Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Oeste do RS -

Antonino Souza Dorneles, Estância Olhos D’Água, Alegrete, RS3º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola e 5º lugar no

Ranking Regional de Expositores de Argola da Região Oeste do RS- Susana Macedo Salvador, Cia Azul Agropecuária, Alegrete, RS4º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região

Oeste do RS - Antonino Souza Dorneles e Átila e Ximena Dorneles,Estância Olhos D’Água, Alegrete, RS

4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola daRegião Oeste do RS - Lila Franco Tellechea, Cabanha Paineiras,

Uruguaiana, RSCampeã do Ranking Regional de Expositores de Rústico da Região

Oeste do RS - Fazenda Querência, Tarumã Agropecuária, Alegrete, RSVice-Campeão do Ranking Regional de Expositores de Rústi-cos da Região Oeste do RS - Ricardo Macedo Gregory, Estân-

cia da Barragem, Barra do Quaraí, RSCampeões do Ranking Regional de Expositores e de Criadores deArgola da Região Leste do RS - Mauricio e Fernando Lampert Wei-

and, Cabanha Maufer, Cruzeiro do Sul, RSVice-Campeão do Ranking Regional de Expositores e de Cria-dores de Argola da Região Leste do RS - Jandir Ribas, Caba-

nha Castelo, Osório, RS3º lugar no Ranking Regional de Expositores e de Criadores deArgola da Região Leste do RS - Lindo Cristaldo, Cabanha M3K,

Viamão, RS4º lugar no Ranking Regional de Expositores e o 5º lugar no

Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Leste doRS - Irani Bertolini, Fazenda Bertolini, Minas do Leão, RS

4º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola da Região Lestedo RS - Fábio Luiz Gomes, Cabanha Catanduva, Cachoeira do Sul, RS

5º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola daRegião Leste do RS - Milton Machado de Souza, Temil Agrope-

cuária, Tapes, RSCampeão do Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região

Leste do RS - Jorge de Lara, Estância Chalé, Cachoeira do Sul, RSVice-Campeão do Ranking Regional de Expositores de Rústi-cos da Região Leste do RS - Angelo Domingos Zanela, Caba-

nha Umbu, Cachoeira do Sul, RS3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região

Leste do RS - Ruben Cesar Prates Kury, Cabanha Boca Negra,Cachoeira do Sul, RS

4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Rústicos daRegião Leste do RS - Luiz Henrique Sesti, Cabanha Seival Del

Toro, Cachoeira do Sul, RS5º lugar no Ranking Regional de Expositores de Rústicos da Região

Leste do RS - Carla Sandra Staiger Schneider, Cabanha SantaBárbara, São Jerônimo, RS

Campeão do Ranking Regional de Expositores e de Criadoresde Argola do Paraná - José Filippon, Estância Ponche Verde,

Guaraniaçu, RSVice-campeão do Ranking Regional de Expositores e de Criadores de

Argola do Paraná - Antonio Zancanaro, Fazenda Rio da Paz, Cascavel, PR3º lugar no Ranking Regional de Criadores de Argola do Paraná

e 4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola doParaná - Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno, GB Agropecuá-

ria, Porecatu, PR3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola do ParanáCarlos Eduardo Santos Galvão Bueno e Ivan Magalhães Siqueira,

GB Agropecuária, Porecatu, PRCampeão do Ranking Regional de Expositores de Argola deSão Paulo e 3º lugar no Ranking Regional de Criadores de

Argola de São Paulo - Eloy Tuffi, Fazenda MC, Espírito Santodo Pinhal, SP

Campeão do Ranking Regional de Criadores de Argola de SãoPaulo - Valdomiro Poliselli Jr., VPJ Pecuária, Jaguariúna, SP

Vice-Campeão do Ranking Regional de Criadores de Argola deSão Paulo - Antônio Maciel Neto, FSL Angus Itu, Itú, SP

Vice-Campeão do Ranking Regional de Expositores e o 4º lugar noRanking Regional de Criadores de Argola de São Paulo - Elio Sac-

co, Agropecuária Fumaça, Paranapanema, SP3º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola de São

Paulo - Celso Guazzo, Angus Lago Dourado, Pirajú, SP4º lugar no Ranking Regional de Expositores de Argola de São Paulo -Luiz Henrique Campana Rodrigues, HR Agropecuária, Pontalinda, SP5º lugar no Ranking Regional de Expositores e de Criadores deArgola de São Paulo - Paulo de Castro Marques, Casa Branca

Agropastoril, Fama, MG

AGORA OS AGRACIADOS COM O TROFÉU MÉRITOGENÉTICO ANGUS – LUIZ ALBERTO FRIES 2010

1º LUGAR: Eduardo Macedo Linhares, GAP Genética, Uruguaiana, RS

2º LUGAR: Antônio Martins Bastos Filho, Cabanha São Bibiano, Uruguaiana, RS

3º LUGAR: Susana Macedo Salvador, CIA Azul Agropecuária, Uruguaiana, RS

4º LUGAR: Fazenda Querência, Tarumã Agropeciária, Alegrete, RS

5º LUGAR: Antonino Souza Dorneles, Estância Olhos D’água, Alegrete, RS

Cláudia Indarte Silva, da Cabanha Rincón Del Sarandy, de Uru-guaiana, RS.

Parceria Rotta Assis, Estância Tradição, Santa Vitória do Pal-mar, RS

Eduardo Macedo Linhares, GAP Genética, Uruguaiana, RS

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1414Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

SociedadeLaura Starlit

Happy hourIdéia feliz e carinhosa foi a da marchand

Gilda Barzoni Bastos de reunir clientes e amigosparahappyhourde fimdeanocomsorteiodeumaobra de arte. Espumante gelado, canapés, muitos

encontros e Gilda acabou sorteando três telas. Aprimeira premiada foi Lilia Crespo; a segunda, nossacolunista de Moda, Gilce Faria Correa; e a terceiracontemplada foi Verônica Pavin.

Nilza Dornelles, Lila Crespo, a anfitriã Gilda e Lina Kuhn

Verônica Pavin, Lina Kuhn, Zenaira Machado, Mireya Bastos e Gilda

Diva Ceolin concorrendo no sorteio de uma obra de arte

Overlap emUruguaiana

Norma Stricker e KarinaNunes estarão com sua coleçãoShades of Summer do verão2011 Overlap, inspirada nas co-res e sensações dos sunsets esunrises da estação. Coleçãoromântica, sensual e contempo-rânea espera por você na Ope-ra Paris (Rua Tiradentes 2361),dias 18 e 19 de dezembro, das18h30min às 23h30min. Infor-mações pelo telefone (55)3411-9972 e através do sitewww.overlapcollection.com.br

Maria Luiza Ormazabal Faria Correa e Ana Braccini

Casaredo

Cônsul argentino José Luis Cassal e consulesa Graciela Cassal

Ricardo, Simone, Valéria, Ernani Hickmann, Chico Alves e Bebeto Alves que esteve durante ofim de semana em Uruguaiana e não pode deixar de ir encontra os amigos no Café da Praça

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1515Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Social

AAssociação Comercial e Industrial de Uruguaiana promoveu jantar de confraternização defim de ano para empresários, dirigentes de entidades, autoridades e amigos. Muitas presençasimportantes, simpáticas e com boa conversa garantiu horas de muita alegria e comunicação.

Jantar de confraternização

Luiz Carlos Beheregaray e Claudio Sano

Giancarlo Ferriche da Fonseca, Jorge Prestes Lopes e Luciane Lopes

Darcy Sano, Meliza Beheregaray, Maria Rita Schneider e Sandra Grecco

Ricardo Peró Job, Fernando Alves, Noca Martini e Luiz Augusto Schneider

Vários nomes de destaque de nosso município, entre eles Lauro Delgado e Mauro Aymone Lopes

Eda Cunha Eichembrener, Fátima Winckler, Cristina e Alarico Moraes

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1616Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

Almoços, coquetéis, jantares, happyhours, Natal, Réveillon. Despedidasmil, reencon-tros, carinhos, votos felizes. Cidades se enfeitampara tornar esses dias inesquecíveis.

O verão de Gramado hoje atrai mais visi-tantes que durante a tradicional temporada deinverno, graças ao Natal Luz, a maior festa natali-na do Brasil, que recebe 1 milhão de pessoas aolongo de 74 dias.

A árvore-símbolo do Natal Luz é apenasuma das atrações domegaevento que pipoca porpontos variados da cidade.Oápice éo grandedes-file de Natal, uma parada estilo Carnaval na Sa-pucaí, que acontece três vezes por semana, logo

Gilce Faria Correa

BOM-TOM Gramado, São Paulo, Rio de Janeiro...

depois do acendimento da árvore,mas grandes es-petáculos acontecem, ainda, em dois gigantes te-atros a céu aberto, construídos especialmente parao Natal Luz. Sem falar em outros palcos menores,espalhados pela cidade com concertos e exposi-ções, ou até na vila natalina, cheia de lojinhas eartesãos.

O Réveillon em São Paulo terá 6 shows,15 minutos de fogos de artifícios e 2 milhões depessoas na Avenida Paulista. Caminhar nesta capi-tal é ver um verdadeiro espetáculo de luzes e bomgosto em decoração natalina.

No Rio de Janeiro, 4 palcos, 20 minutosde show pirotécnico e a expectativa de mais de 2milhões de festeiros na Praia de Copacabana. A ár-vore de Natal da Bradesco Seguros, na Lagoa Ro-drigo de Freitas, é a maior árvore flutuante domundo. Com 85 metros foi apresentada ao públi-co com queima de fogos e shows de Simone eMil-ton Nascimento, além da apresentação de AnaBotafogo e Carlinhos de Jesus.

Há também uma novidade que Rio e SãoPaulo compartilham. Todo o dinheiro para sua re-alização virá da iniciativa privada, por meio de pa-trocínios.

Em Uruguaiana, tradicionais clubes se or-ganizam para fazerem uma passagem de ano commuito astral. Muitas casas e apartamentos estão seaprontando para receber familiares e amigos comceias emúsicas chamando 2011 commuita alegria.

Independente do lugar onde se for espe-rar o próximo ano, a roupa deve ser descontraída.É hora de jogar com cores, acessórios e compri-mentos das roupas.

Pense em túnicas, colares grandes, brincosimportantes, pulseiras, saias ou shorts de paetês,brilhos, estampas e muita atitude para fazer as es-colhas das roupas das festas deste mês.

Homens podem usar calças esportivas ou

jeans com camisa ou camisetas diverti-das.

Quem optar por vestidos lon-gos pode usar uma rasteirinha com bri-lho e ainda ousar no decote.

As jovens que preferiremasmi-nissaias ou shortinhos podem escolheruma parte de cima mais comportada,com bordado, e uma maquiagem fluo-rescente ou perolada, sandálias altas ecabelos elaborados.

DesdequeaestilistaMaryQuanttesourouovestidodamodeloTwiggy,nosanos60,aminissaianãosaiumaisdoguar-da-roupa feminino.

Com certeza a moda neste Ré-veillon vai ser alegre e vibrante como hátempos não se via.

Escolha seu destino, seu lugare sua moda e Feliz Ano Novo!

Dezembro, mês de Festas!

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1717Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

Por Newton Alvim

BALAIO DE ESCRITOS

Graças a sua rara beleza, esbelteza e traços finos, Laura Alvim é considerada aprimeira Garota de Ipanema. Viveu no Rio de Janeiro, entre 1902 a 1984, e foi umabenemérita que lutou pelo sonho de transformar a sua casa, na Avenida Vieira Souto, emIpanema, num centro cultural, que hoje é uma realidade que orgulha a Cidade Maravilho-sa. Tenho que consultar minha árvore genealógica para saber se era minha parenta, o queé bem provável, pois, como dizia meu pai, os Alvim são de um ramo apenas, que veio láde Portugal e se disseminou a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, para oresto do Brasil.

Mas Laura Alvim foi uma figura incomum, com uma vida similar a grandes perso-nagens da literatura. O que sabemos é que quando tinha oito anos, em 1910, seus paismudaram para um casarão à beira do mar de Ipanema, então um baita areal. Filha domédico Álvaro Alvim, introdutor do raio X no Brasil e neta de Ângelo Agostini, um dosmaiores caricaturistas do Segundo Reinado, a linda guria cresceu num ambiente cheio decultura. Ela gostava de ler e era fascinada pelas artes, com o sonho de ser atriz. Com opedido negado pelos pais, resolveu abrir sua casa para artistas e intelectuais da entãocapital da República. Aparecia por lá Bibi Ferreira, Ernesto Nazareth, Burle Marx, ÁlvaroMoreira, Isadora Duncan, Fernanda Montenegro e Tônia Carrero.

Belíssima, culta e charmosa, Laura Alvim despertou muitas paixões e, apesar deter recebido 49 pedidos de casamento, nunca aceitou nenhum. Mas amou muito, e issopara ela era o mais importante. Tinha personalidade forte e ficou conhecida por sua irreve-rência e espírito de contestação. Preferiu, nos anos 50, dedicar-se ao projeto de transfor-mar sua casa num grande centro cultural, numa espécie de homenagem ao pai, quemorreu em 1928. Desde então, Laura viveu sozinha com a mãe e, mais tarde, com umagovernanta cearense. Em meio ao início das obras, em 1969, sua casa se encheu denovo. Dessa vez, o casarão passou a ser habitado pelos parentes da governanta, quevinham do Nordeste. Como a casa era grande, cerca de 60 pessoas chegaram a morar aliaté encontrar moradia e emprego. Tinha bom coração, a Laura.

Apesar de ter vendido os terrenos que o pai possuía, ela perderia boa parte dagrana investindo na Bolsa de Valores e ficou sem condições de tocar seu projeto. Porcausa de uma doença na pele, tornou-se reclusa, pois já não se sentia tão bonita eapresentável para receber as pessoas. Sem dinheiro, alugava os quartos do casarão.Cercada por objetos, livros e revistas, ela passava dia e noite desenhando e dando formaa sua ideia fixa: transformar o casarão num centro cultural.

Mesmo sem dinheiro, Laura não desistiu do ideal de usar o casarão como ummeio de democratizar a arte. Consta que recusou propostas milionárias de construtoras eincorporadoras de olho na espaçosa propriedade de 2 mil metros quadrados da AvenidaVieira Souto, que já era o metro mais caro do Rio de Janeiro. Embora doente, ela conti-nuou a opinar sobre todos os assuntos referentes ao sonhado projeto. No seu leito demorte, em 1984, doou a casa ao governo do Rio de Janeiro, legando à cidade o casarãoonde viveu por quase 80 anos. O centro cultural seria inaugurado dois anos depois.

Situada de frente para o mar, a Casa de Cultura Laura Alvim abriga hoje todas asmanifestações artísticas e vem preservando o ideal de Laura, que era transformar o seular num palco aberto a todos que, assim como ela, amam a arte. Em endereço nobre deIpanema, de frente para o mar, a casa passou por uma grande reforma e abriga três salasde cinema, o Teatro Laura Alvim, com 245 poltronas, e o Espaço Rogério Cardoso, com70 cadeiras. O local tem ainda uma galeria de arte, o café do Ateliê Culinário e ofereceuma série de cursos que variam da interpretação teatral a pintura botânica, além de contarcom um barzinho incrementado. No terceiro andar, o Museu de Laura mantém em expo-sição permanente os seus móveis e objetos pessoais. O local possui facilidades paraidosos e portadores de necessidades especiais. Quando você for ao Rio, não deixe deconhecer esse ambiente tão sonhado por Laura Alvim.

************** Este escrevinhador dá uma paradinha estratégica e retorna remuniciado no

início de fevereiro. Boas festas a todos os leitores e amigos, com a baita esperança de um2011 bem melhor.

O sonho de Laura Alvim

Casa onde morava Laura Alvim

A Cátedra Bernardo Alberto Houssay de Neu-rociências e Inclusão Social, promovida pelo Institu-to Mercosul de Estudos Avançados - IMEA, da Uni-versidade Federal da Integração Latino-Americana -UNILA, ocorreu nos dias 29 e 30 de novembro nasede provisória da Universidade, no Parque Tecnoló-gico Itaipu - PTI, em Foz do Iguaçu. Os professoresCháriston André Dal Bello, do Campus São Gabriel,e Pâmela Mello Carpes, do Campus Uruguaiana,ambos pesquisadores na área de Neurociências, re-presentaram a Instituição no evento. O professorCháriston integra o corpo docente do Mestrado emCiências Biológicas, em São Gabriel, enquanto a pro-fessora Pâmela faz parte da equipe responsável peloMestrado em Bioquímica, no Campus Uruguaiana.Ambos os programas de pós-graduação da UNIPAM-PA vão iniciar as atividades letivas em 2011.

No evento, o pesquisador Miguel Nicolelisapresentou suas ideias para a educação no Brasil(na segunda foto, da esq. para a dir.: professores

UNIPAMPA

Universidade do Pampa na expectativade recurso do estado para PampaTec

Na quinta-feira, 3 de dezem-bro, na Universidade Federal doPampa, Campus Alegrete, a equipediretiva e a reitora Maria Beatriz Lucereceberam o deputado estadualAdão Villaverde. A ideia é expandiro PampaTec para outros campi,posteriormente. A visita do parla-mentar, ex-secretário estadual daCiência e Tecnologia, um dos arti-culadores da implantação do Cen-tro Nacional de Excelência em Tec-nologia Eletrônica Avançada (Cei-tec) e que atuou no primeiro proje-to de lei de incentivo à inovaçãotecnológico (LIT), foi organizadapara que ele conhecesse o projetodo PampaTec, o Parque Científicoe Tecnológico do Pampa, que teráo início de suas atividades no Cam-pus Alegrete, através da implanta-ção de uma incubadora de empre-sas de base tecnológica.

Além do parlamentar e dareitora, participaram do encontro ocoordenador do PampaTec, Émer-son Oliveira Rizzatti, o diretor técni-co da Secretaria Estadual de Ciên-cia e Tecnologia, Lúcio do PradoNunes, a vice-prefeita de Alegrete,Preta Mulazani, o secretário munici-pal de Indústria e Comércio, Arnal-do Paz, o presidente do Centro Em-presarial de Alegrete, Deonir Marti-ni, o coordenador acadêmico doCampus Alegrete, professor Ales-sandro Gonçalves Girardi, e coorde-nadores de cursos do Campus Ale-grete. Émerson, a reitora e a arqui-teta Laura Machado conduziram aapresentação dos diferentes aspec-

tos do Parque Tecnológico do Pampa. A apresentação do PampaTec

também serviu como um pedido aonovo governo estadual para que o pro-jeto receba atenção ágil para o seudesenvolvimento, sem prejuízos porconta da transição. O deputado e odiretor técnico Lúcio se comprome-teram a ajudar no processo, para quea transição seja segura e eficiente.O parlamentar também solicitou es-clarecimentos sobre detalhes do re-gimento do PampaTec, aprovado naúltima reunião do Conselho Superi-or Universitário (Consuni), no que areitora explicou que o projeto contem-pla a característica multicampi da uni-versidade.

ALGUNS DETALHES DO PAMPATECO projeto preliminar contém

uma área para a incubadora de em-presas de base tecnológica (Praça daInovação, com 4,5 mil m²), lotes paraempresas (Condomínio Empresarial,com 38 lotes de 600 a 2 mil m²) e umespaço para a administração do Pam-paTec, com 4,6 mil m², além de áreaverde. Outros serviços serão ofereci-dos: sala de reuniões, secretaria,show-room, auditório, estrutura de co-municação como internet, fax e ban-da larga, serviço de videomonitora-mento, portaria 24 horas, segurança,limpeza, consultorias especializadas,treinamentos, orientação para comer-cialização e exportação, integraçãocom empresas e entidades e benefí-cios fiscais.

Além dos recursos que se es-pera obter através do Edital 03/2010

do PGTec, o parque Tecnológico doPampa terá condições de captar re-cursos de outras fontes públicas es-taduais e federais e da iniciativa pri-vada, segundo Rizzatti. Outro aspec-to em destaque é o fato do Pampa-Tec ser um órgão da UNIPAMPA queserá instalado em Alegrete, cuja açãonão se restringirá ao Campus local.Para a participação de empresas ede iniciativas na incubadora, o coor-denador afirma que os critérios deta-lhados de seleção de projetos e áre-as de desenvolvimento ainda estãosendo definidos, mas adianta algunsprincípios gerais:

- Os projetos serão prioriza-dos levando-se em conta alguns cri-térios como: inovação; forte ligaçãocom pesquisas realizadas nas unida-des da UNIPAMPA ou de outras Insti-tuições de ensino da região; plano denegócio bem elaborado, demonstran-do a viabilidade do projeto e sua liga-ção com o desenvolvimento regional.

Para a reitora da UNIPAMPA,Maria Beatriz Luce, “esse foi um diamuito importante, de apresentação doprojeto ao deputado e lideranças deAlegrete. O projeto do PampaTec jádesperta o interesse de Institutos eFundações para ações conjuntas emdiferentes campos de pesquisa edesenvolvimento”. O coordenador doParque Tecnológico, Émerson Olivei-ra Rizzatti, frisa que a expectativa éque o Governo do Estado publiquelogo o resultado do edital no qual aUNIPAMPA inscreveu o PampaTec,com o objetivo de receber recursosfinanceiros.

UNIPUNIPUNIPUNIPUNIPAMPAMPAMPAMPAMPA representada em evento de Neurociências e Inclusão Social na UNILAA representada em evento de Neurociências e Inclusão Social na UNILAA representada em evento de Neurociências e Inclusão Social na UNILAA representada em evento de Neurociências e Inclusão Social na UNILAA representada em evento de Neurociências e Inclusão Social na UNILAPâmela Mello Carpes, do Campus Uruguaiana, pesquisadora naárea de Neurociências, representou a Instituição no evento.

Cháriston Dal Bello, Miguel Nicolellis, Hélgio Trinda-de (reitor da UNILA) e Pâmela Mello Carpes)

A Cátedra Latino-Americana de Neurociênci-as e Inclusão Social teve como fundador o neuroci-entista paulistano Miguel Nicolelis, escolhido por seualto prestígio acadêmico-científico e com reconheci-da competência internacional em sua especialida-de. O patrono Bernardo Houssay, renomado pesqui-sador argentino premiado com o Nobel de Fisiolo-gia/Medicina de 1947 por suas pesquisas sobre aglândula hipófise e sua relação com o metabolismohumano, é o homenageado pela relevante contribui-ção acadêmico-científica na área da Fisiologia.

O professor Miguel Nicolelis apresentou suaexperiência em tópicos avançados de neurociência,sobretudo o capital cultural, científico e tecnológicodessas pesquisas avançadas, que foi contextualiza-do em um cenário de inclusão social, a partir do pro-jeto de educação científica que desenvolve no Insti-tuto Internacional de Neurociência de Natal, RN.

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1818Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Especial

Advento, no uso antigo,significava a vinda do rei, do im-perador ou algum de seus colabo-radores. Com o cristianismo, ad-quire um significado religioso, avinda de Jesus, sendo assim, re-cebe um espaço litúrgico na Igre-ja, comemorando aquela mesmaespera do Antigo Testamento.

No domingo da alegria, oassim chamado domingo “lætare”(“alegrai-vos”) aconteceu tambéma celebração do sacramento daCrisma de vários adultos. Em2010, tivemos mais do que o do-bro da média de pessoas crisma-das no município de Uruguaiana,segundo o bispo Dom Aloísio Al-berto Dilli. Isso se deve a um cons-tante trabalho missionário. A Igre-ja propõe a alegria, nos exorta aestarmos alegres. E estamos, poistemos muitas graças a agradecerneste ano de 2010. Prova disso erao número de pessoas que canta-vam no interior da capela, tornan-do aquele lugar ainda mais santo.Na entrada dos fiéis que receberi-am o sacramento formou-se umafila muito longa, à frente dela, alémde Dom Dilli, o capelão Fabrício,o diácono, a ministra, integrando

3º Domingo do Advento é celebrado comcrisma de adultos na Capelania Militar

A liturgia é, portanto, umhino à alegria. A 1ª leitura do pro-feta Isaías assim dizia: “O espíritodo Senhor Deus está sobre mim,porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa nova aos hu-mildes, curar as feridas da alma,pregar a redenção para os cativose a liberdade para os que estãopresos; para proclamar o tempo dagraça do Senhor e o dia da vin-gança do nosso Deus; para con-solar todos os que choram, parareservar e dar aos que sofrem porSião uma coroa, em vez de cinza,o óleo da alegria, em vez da afli-ção, o manto do louvor, em vez datristeza...” Portanto, devemos en-cher nossos corações de esperan-ça no tempo que está por vir. Nãouma esperança mágica, devemosconstruir a nossa vida com boasações, caridade, práticas de acor-do com a ética e os bons costu-mes para podermos ser dignos daspromessas de Cristo.

A paz que mora na alma dofiel inspira uma alegria interior atra-ente, que se manifesta no humore contagia até com a simples pre-sença. Por isso aqueles que rece-beram o sacramento da Crisma es-tavam acompanhados de suas fa-mílias, a capela tinha decoraçõesnatalinas, havia muitos fotógrafosregistrando a confirmação do ba-tismo, através do qual os fiéis re-cebem o Espírito Santo que o Se-nhor enviou.

Toda essa celebração co-incidiu com o dia dedicado a Nos-sa Senhora de Guadalupe, padro-eira da América Latina. Mais ummotivo para nos fortalecermosnestes dias que antecedem as fes-tas de fim de ano, que certamenteserão alegres para quem tem es-perança e paz no coração. Nossosfamiliares falecidos gostarão desaber que estamos com Jesus nocoração e fé na vida eterna.

O 4º Domingo do Adventoserá no dia 19 de dezembro e últi-mo domingo antes do Natal. O 4ºdomingo do Advento anuncia a vin-da iminente do Messias. José foipré-advertido. Uma Virgem conce-berá o Filho de Deus, Jesus Cris-to, da estirpe de Davi. A notícia écomunicada a Maria. O trono deDavi será firme para sempre. Omistério calado por Deus duranteséculos é agora revelado. TambémIsabel agora sabe. De Judá sairáaquele que vai reger Israel. Elevem para cumprir a vontade deDeus. A 4ª vela será acesa emnossa igreja.

o cortejo.Estamos vivendo um tem-

po de feliz e piedosa expectativa,se compramos presentes, prepa-

ramos festas para nossas famíliasé porque celebramos a chegadado filho de Deus que se fez huma-no para nos dar exemplo de como

devemos nos comportar, especial-mente com relação à fraternidade,à solidariedade, à justiça. Cristo éo esperado, é o centro de tudo.

Bispo Dom Aloísio Alberto Dilli e capelão Fabrício Prado

Vista geral da Capela Militar Entrada dos crismandos e padrinhos guiados pelo Bispo e capelão

Padrinhos e fiéis que receberam o sacramento da crisma recebendo cumprimentos dos familiares e dos amigos

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1919Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

O curso de tricô, crochê e bordado foi realiza-do para vinte mulheres residentes no Bairro João Al-ves, em Rosário do Sul, totalmente gratuito. O SenacUruguaiana ministrou o curso, através de um convê-nio firmado entre a Administração Municipal e o Go-verno do Estado do Rio Grande do Sul, via programa

Senac Uruguaiana realiza ProjetoEmancipar - Curso de Tricô, Crochê

e Bordado em Rosário do Sul

de Trabalho e Renda - Emancipar. Foram desenvolvi-dos 100h/aula no turno da tarde, sendo concluído nodia 03 de dezembro. A entrega de certificados ocorreuno dia 07 de dezembro, relata o Rodrigo Dora Bessow,responsável pela Rede de Relacionamentos do SenacUruguaiana.

O Papai-Noel que marcou a minha infância tinha nome eapelido: Rafael Rios, o “Faéco”. Portanto, era um Papai-Noelconhecido, com CPF, RG e endereço fixo. Na verdade, o “Fa-éco” era Papai-Noel e locutor -naquele tempo se dizia assim -da Rádio Alegrete e morava num apartamento vizinho dos meustios, Romário e Elza. O Papai-Noel esse me distinguia peloapelido de “pata de piola”, que era como meu pai nos chamavaa mim a ao meu irmão, quando guris.

Eu gostava do “Faéco” e daquele seu jeito manso e bon-doso no trato com as crianças. Na verdade o que me incomo-dava nele era o personagem natalino que ele incorporava acada dezembro. Não que eu não gostasse... Eu tinha era medomesmo! Talvez por culpa e inabilidade de quem o maquiava,sei lá!

Então, noite de Natal no Alegrete era sempre assim. Lávinha o Papai-Noel magrelo do “Faéco” com sua macia e as-sustadora barba de algodão, a indisfarçável voz empostada delocutor de rádio AM, falsa barriga de travesseiro estranguladapela guaiaca preta, tirando caramelos do bolso como um mági-co tira coelhos da cartola, para o alvoroço da gurizada da vizi-nhança! Menos eu. O único e mais emburrado piá no mundoque tinha medo de Papai-Noel!

Eu sabia que o “bom velhinho” e o “Faéco” eram a mes-ma pessoa. Sabia, sim! Mas tinha medo, ué! E não acreditavaem nenhum dos dois. E fugia para abrigar-me no colo da minhamãe. E tapava os olhos para não ver, nem o “Faéco” e nem oPapai-Noel magrelo dele. E nada me demovia do meu ato decovardia infantil. Nem quando meus primos caçoavam de mime me acusavam de fiasquento. E nem mesmo quando o “Fa-éco” me chamava pelo apelido de “pata de piola”, tentando com-prar com caramelos minha simpatia e confiança.

Pelo resto dos mais de cinqüenta natais da minha vidaeu busquei uma explicação para o meu medo do Papai-Noel do“Faéco”, mas nunca achei uma resposta convincente para aminha esdrúxula fobia natalina! Seria uma Santaclaustofobia?Ou uma Noelfobia? Mais tarde descobri que muitas pessoassofrem desse meu mesmo medo, mas que poucos têm cora-gem de confessar.

No Natal passado lembrei do “Faéco”. Eu já tinha cresci-do, minha barba embranquecera e não senti mais medo dele.Prometi a mim mesmo que qualquer hora eu lhe entregarei umbelo de um abraço. E sem traumas! Tenho certeza que destavez vou encará-lo sem medo e flagrarei em seus olhos mansosum brilho de ternura quando relembrarmos essa nossa históriade antigos natais no Alegrete.

Engraçado! Algo me diz que a partir desse encontro euvou voltar a acreditar em Papai Noel depois de tanto tempo.Mas, será que o “Faéco” ainda carrega caramelos no bolso?

Por Silvio Aymone Genro

MEDODEPAPAI-NOEL

Alunos da Escola Dr.Maia se engajam na

preservação ambiental Na terça-feira, 07, foi realizada na sede da AssociaçãoComercial e Industrial de Uruguaiana – ACIU, uma Assembléia GeralExtraordinária do Aeroclube de Uruguaiana. Na ordem do dia, adestituição da diretoria e nomeação da junta administrativa, alémde outros assuntos. Os trabalhos foram dirigidos pelo advogadoAlfeu Brittes, secretariado por Gilberto Barth. Aprovada a dissolu-ção da diretoria, foi eleita a Comissão de Emergência compostapor Vânia Ceratti, Décio Bortolazzo e Leonel Carrilho Machado que,juntamente com empresas e associações, pretendem reativar oAeroclube. O Aeroclube de Uruguaiana completou 71 anos em 2010,e faz parte da história do Município e do Estado, tendo formado, em1942, a 1ª turma de mulheres aviadoras do Rio Grande do Sul.

Coordenados pela professora Ana Apareci-da Pedroso, alunos do 2º ano da Escola de EnsinoFundamental Dr. Maia, se engajaram num projetovisando à preservação do meio-ambiente. Apósouvirem palestras ministradas pelos estagiários docurso de Biologia da Unipampa, realizaram coletade pilhas e baterias usadas, encaminhando-as pos-teriormente para a reciclagem.

Comissão de Emergênciapretende reativar Aeroclube

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2020Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

GeralPor Ricardo Peró Job

VOZESDACIDADE

O crime compensaA 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São

Paulo cassou, esta semana, a decisão que condenou o ex-prefeitoPaulo Maluf por improbidade administrativa em uma compra superfa-turada de frangos pela Prefeitura de São Paulo. A condenação revoga-da foi a que levou o deputado a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa,anulando os 497 mil votos que Maluf recebeu para a deputação federalnas últimas eleições. A decisão permitirá que o deputado entre com umrecurso no Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão do TRE-SP,liberando-o para ser diplomado como eleito na sexta-feira, 17. Alémdele, também serão diplomados os "fichas-sujas”, candidatos a depu-tado federal Beto Mansur, do PP paulista; Augusto Maia, do PTB per-nambucano; Manoel Salviano, do PSDB cearense; Eugênio Rabelo,do PP cearense e outros 54, que reverteram as decisões no TSE. Maisde um terço dos políticos julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, porconta da aplicação da Lei da Ficha Limpa, tiveram suas candidaturasliberadas após serem considerados "fichas-sujas" pelos Tribunais Re-gionais Eleitorais estaduais. E o que é pior: faltando menos de umasemana para a diplomação dos eleitos para o Legislativo, marcadapara sexta-feira, 17, ainda há mais de 70 casos dependentes de julga-mento final pelo TSE. A maior parte dos candidatos vitoriosos no TSEfoi beneficiada por um afrouxamento na aplicação da lei. O afrouxa-mento da Lei também atinge ministros e secretários estaduais, muitosimplicados ou investigados em casos de corrupção e desvio de verbaspúblicas, quando não em casos ainda mais graves. A conclusão é a deque, assim como os criminosos comuns, os de “colarinho branco” sebeneficiam da frouxidão de nossas leis, para seguirem com suas car-reiras de delinquentes. Está para ser analisada em uma das comis-sões do Senado Federal projeto que aumenta os anos de cumprimen-to obrigatório da pena (no Brasil ninguém pode ficar mais de 30 anosencarcerado, seja lá qual for a condenação). Não vai passar, pois, comopodemos deduzir diante dos fatos, muitos dos diretamente interessa-dos estarão legislando em causa própria.

Há poucos dias assistimos horrorizados, polícia e exército de-salojando bandidos encastelados nos morros do Rio de Janeiro, que,além de viverem do comércio de drogas, cometiam todo o gênero deatrocidades possíveis contra a população carioca, principalmente con-tra os que ali residiam e não contavam com o amparo do Estado, queos deixara à mercê de sua própria sorte. Como sempre acontece quandoações violentas são executadas, inocentes também foram atingidos,mas, diante do caos, não restava alternativa ao governo do Rio deJaneiro. Quem sabe uma ação destas na capital federal também nãoteria lá seus efeitos benéficos?

O deputado Frederico Antunes (PP) reuniu-se namanhã de quarta-feira, 08, em Brasília, com os senado-res Francisco Dornelles (PP-RJ), Paulo Paim (PT-RS ) ePedro Simon (PMDB-RS) para tratar de detalhes do pro-jeto de lei nº 123, de autoria da senadora Ideli Salvatti(PT-SC) que trata de mudanças do Simples Nacional. Opresidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneirosdo RS, Lauri Kotz, participou do encontro, já que a cate-goria está incluída nas mudanças que aguardam vota-ção final do plenário do Congresso Nacional.

Segundo Lauri Kotz, em torno de quinhentos pro-fissionais autônomos e trezentas empresas seriam be-

Despachantes Aduaneiros esperampor inclusão no Simples Nacional

neficiadas. “A mudança representaria uma significativa reduçãode diversas taxas, como Imposto de Renda, PIS, Cofins e INNS,entre outros”, disse o presidente do SDAERGS. Estes profissi-onais trabalham em Porto Alegre e diversos municípios frontei-riços do Estado, como Uruguaiana, São Borja, Chuí, Itaqui,Rio Grande e Aceguá, entre outros.

O projeto de lei tramitou por várias comissões eaguarda inclusão na pauta de votação do Congresso Na-cional. Caso a matéria não seja apreciada nesta legislatu-ra, a expectativa é de que a presidente eleita, Dilma Rous-seff, remeta novamente o projeto nos mesmos termos,logo no início do ano.

No sábado, 11, o Sindicatodos Despachantes Aduaneiros doEstado do Rio Grande do Sul – SDA-ERGS reuniu mais de 100 associa-dos para confraternização de finalde ano. O jantar-baile teve lugar nosalão de festas da entidade, comsorteio de brindes de natal e apre-sentação do novo vídeo institucio-nal do Sindicato.

Em seu discurso, o presiden-te Lauri Kotz falou da importância dese realizar um trabalho com respon-

SDAERGS reúne mais de cem pessoaspara festa de final de ano

sabilidade e transparência e a pre-servação de uma competição sadiada classe. A diretoria da Confraria dosDespachantes, que se reúne men-salmente no SDAERGS para chur-rasco e conversa foi apresentada porKotz aos convidados. O presidenteda Confraria aproveitou a oportuni-dade para convidar os demais des-pachantes para participarem do gru-po. A festa se estendeu até as 6h commuita música e descontração.

Os anfitriões Lauri e Suzana Kotz.

Despachantes e familiares aprovei-taram o jantar-baile até às 6h.

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2121Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

SegurançaPor Marcos Rolim

TRAFICANTES EMAFIOSOS

Lucas Samuel FerreiraFernandes foi preso sob acusa-ção de tentativa de homicídio con-tra Leandro de Ávila Gomes, 22anos. O fato aconteceu na madru-gada de sábado, 11, na vila Pró-Lar. Foi apurado que havia umarixa antiga entre os dois. Leandroencontra-se na UTI. De acordocom a polícia, Lucas S. F. Fernan-des tem várias passagens pordelitos diversos e é acusado deautoria de um homicídio em 2007.

Na quinta-feira, 2, em solenida-de no Palácio da Polícia, na cidade dePorto Alegre, o Tenente Coronel ArlindoFiladelfo Alves de Araújo Rego, coman-dante do 1º BPAF, recebeu o DiplomaPolícia Civil – Comunidade, pelos rele-vantes Serviços prestados em parceriacom a Polícia Civil na cidade de Uruguai-ana. A merecida homenagem deve-se àvitoriosa integração das forças de segu-rança pública no combate ao crime emnossa cidade.

Dois homens desapareceramnas águas de uma barragem, na Santa-na Velha, quando o barco no qual pes-cavam, naufragou. Segundo os bombei-

Comandante da Brigada Militar é homenageado pela Polícia CivilComandante da Brigada Militar é homenageado pela Polícia CivilComandante da Brigada Militar é homenageado pela Polícia CivilComandante da Brigada Militar é homenageado pela Polícia CivilComandante da Brigada Militar é homenageado pela Polícia Civil

Não é admissível que grupos armadosdominem territórios como ocorre há décadas no Rio. Por isso,recuperar para o império da lei comunidades assoladas peloterror é tarefa civilizatória. Reside aí a importância da ofensivadesencadeada na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.Penso, entretanto, que é preciso afastar o delírio triunfalistaque anestesia o País desde que a ocupação de favelas comuso de blindados foi comparada ao desembarque dos aliadosna Normandia. Carlos Resa Nestares, da Universidade Com-plutense de Madrid, diferencia dois tipos de estruturas crimi-nais: aquelas que vendem drogas e aquelas que produzeminteligência e proteção para qualquer comércio ilícito, inclusi-ve com drogas. As primeiras formam grupos de traficantes, asoutras formam máfias. No Rio de Janeiro, as facções do tráfi-co são o “Comando Vermelho”, o “Terceiro Comando”, o “Ter-ceiro Comando Puro” e a “Amigos dos Amigos”. As máfiassão as “milícias”, formadas por bandidos que trabalham naspolícias. As milícias já controlam áreas maiores que as fac-ções. Ali, monopolizam a oferta de serviços ilegais, da ven-da de terras públicas e gás, ao transporte clandestino e àinstalação de TV a cabo (a famosa “Netcat”). Quando con-veniente, os milicianos alugam regiões para o tráfico (com amesma naturalidade, alugam “caveirões” para as facções);quando não, deslocam os traficantes, assumindo a vendade drogas diretamente. As milícias – que já elegem candida-tos ao parlamento - são, de longe, o mais grave problema desegurança pública no Rio. Por isso, a polarização pressu-posta nas coberturas jornalísticas entre “polícia” e “trafican-tes” não existe no RJ. Traficantes mantém bases territoriaise pontos fixos de venda porque compram proteção dos seg-mentos criminosos das polícias. Tudo funciona como em umaS/A de capital fechado. Boa parte das armas do tráfico éfornecida por policiais que, assim, colocam em risco a vidade todos, sobretudo a vida dos policiais honestos, aquelesque – apesar dos baixos salários- honram sua missão e nosprotegem. Estes estão fora da “sociedade” e, por isso, cor-rem riscos extras em suas corporações. Os atentados comqueima de ônibus e carros não foram uma “reação às UPPs”como o governo afirmou. Versão que - como de costume quan-do o tema é segurança - foi assumida sem perguntas pelamídia. Em breve saberemos os verdadeiros motivos e, então,haverá perplexidade. Mas o mais importante é compreender–como o demonstra a experiência mundial – que, em umademocracia, não é possível derrotar o tráfico de drogas com a“guerra”. Devemos impedir a existência da modalidade (já emdeclínio) do tráfico com domínio territorial e grupos armados.Mas quando alcançarmos isto o tráfico terá encontrado for-mas mais ágeis e baratas para abastecer o mercado. Paraderrotá-lo será necessária uma política pública de redução dedanos que permita segmentar o mercado com experiênciasprogressivas de legalização das drogas. A opinião pública noBrasil, entretanto, por desinformação e preconceito, não estádisposta sequer a fazer este debate. Os traficantes e seussócios, é claro, agradecem.

ros, os ventos que alcançaram 85 km porhora no sábado, 11, teriam ocasionado atragédia. A Corporação de Bombeiros foichamada para auxiliar no resgate.

Barco naufraga em barBarco naufraga em barBarco naufraga em barBarco naufraga em barBarco naufraga em barragem na Santana Vragem na Santana Vragem na Santana Vragem na Santana Vragem na Santana VelhaelhaelhaelhaelhaPreso portentativa dehomicídio

Blitz na Baixada apreende materiais pirateadosBlitz na Baixada apreende materiais pirateadosBlitz na Baixada apreende materiais pirateadosBlitz na Baixada apreende materiais pirateadosBlitz na Baixada apreende materiais pirateadosA poucos dias do

Natal, na quarta-feira, 15,uma equipe da ReceitaFederal, apoiada poragentes da Polícia fede-ral e Brigada Militar, reali-zaram uma operação embusca de materiais falsifi-cados na Baixada da RuaDuque de Caxias. Foramapreendidos 149 volu-mes, contendo centenasde mercadorias, avalia-das em R$ 200 mil.

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Esporte

PAIXÃOCOLORADA

IMORTALTRICOLORFonte portal do Grêmio Por Joel Neimann Lopes - [email protected]

A temporada de corridas de 2010 encerrou-se nosábado, 11, no Parque D. Pedro II, com a Rústica de En-cerramento. O evento contou com as presenças do se-cretário de Esporte e Lazer, Vicente Majó da Maia, e deLuis Alberto Barbará Gonzalez, presidente da CAUL. Aprova principal foi vencida por Andrés Esteban Altamira-no, da cidade de Villaguay, província de Entre Rios, naArgentina, com o tempo de 24 minutos e 18 segundos.Na prova feminina, a campeã foi Rosane Alves Medeiros(ACORU), com o tempo de 32 minutos e 22 segundos. Opercurso constava de duas voltas na pista de ciclismo doParque e duas voltas na Avenida Presidente Vargas, notrecho compreendido entre a Rua dos Andradas e a Pra-ça do Gaúcho, envolvendo 7 km. Nas demais categori-

Rústica de Encerramentofecha a temporada 2010

Olimpíada Rural em João ArOlimpíada Rural em João ArOlimpíada Rural em João ArOlimpíada Rural em João ArOlimpíada Rural em João Arreguireguireguireguiregui

Futebol é assim mesmo, se ganha e se perde. Perdemos pornossa incompetência, mas a fiel torcida colorada que invadiu os Emi-rados está de parabéns. A confraternização com os árabes foi emoci-onante. A vida continua e continuaremos desfrutando da ILHA DAFANTASIA.... Saudações coloradas.

Acompanhe os correspondentes do jornal Momento de Uru-guaiana, Raul Valls e Rodrigo Steiner, em Abu Dhabi , através do blog(www.discovering.com.br)

as, os vencedores foram:

- Pré-Mirim – 6 a 8 anos – 200 me-tros – Salvador Evandro Dinat Ribeiro(ACORU), no masculino e Mel Clara de Oli-veira Fanti (Unidos pelo Esporte), no femi-nino; - Mirim – 9 a 11 anos – 720 metros –Marcelo Renan Pereira (Unidos pelo Es-porte); - Infantil – 12 a 14 anos – 1.440metros – Jean da Silva Carvalho (ACORU);- Juvenil Masculino – Cleiton do Nascimen-to da Rocha (8º R C Mec); - Masculino 20 /24 anos – Julio César Silveira Zacarias(CMD Itaqui); - Masculino 25 / 29 anos –Marcelo Elias Schnewald Linn (Igreja Qua-drangular); - Masculino 30 / 34 anos – Éder-son da Rosa Montanha (Igreja Quadran-gular); - Masculino 35 / 39 anos – JordãoGoulart Serpa (ACORU) – 3º lugar Geral; -

Masculino 40 / 45 anos – José Vanderlei da Silva (Quarai); -Masculino 45 / 49 anos – Diógenes Cezar Rodrigues (ACORU)– 2º lugar Geral; - Masculino 50 / 59 anos – Mário GuillermoGonzalez Garcia (Artigas – Uruguai); - Masculino 60 anos emdiante – Otílio Gomez Rodriguez (Artigas – Uruguai); - Feminino15 anos em diante – Adriana Fagundes Dornelles (ACORU).

O tradicional Encontro de Gerações reuniu o atle-ta mais veterano, Floravante D’Ávila Pedroso, de Quarai,com 70 anos e a atleta mais jovem, Ane Emanuely DutraCosta, com 7 anos. Ao encerrar a temporada, a direçãoda ACORU agradeceu a parceria da Prefeitura Municipale o apoio da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Briga-da Militar, Corpo de Bombeiros e todos os que, de umamaneira ou outra, participam desta caminhada da ACO-RU em busca do desenvolvimento do esporte.

Confraternização nos EmiradosÁrabes ameniza tristeza

Ao centro Raul Valls e a seguir Rodrigo Steiner

Na quarta-feira, 08 de dezembro, aconteceu a solenidade deabertura da XXIX Olimpíada Rural Estudantil (de 08 a 11/12) e inaugu-ração da cobertura da quadra de esportes da Escola Municipal AlceuWamosy, na vila de João Arregui, no interior do município. A Olimpíadafoi concluída no dia 11 de dezembro.

Quando se pensa que já viu de tudo, sem-pre acaba surpreendido de alguma forma. Só semolha quem anda na chuva. Quem escolhe o guar-da-chuva da mediocridade não corre riscos. Mes-mo assim a minha frustração e da nação verme-lha é grande, mas ela passa longe de segundadivisão. Foi só um jogo errado, como na vida acon-tecem dias errados. Só que esse dia e esse jogorepercutirão por muito tempo. O descuido foi fatale custou mais que uma derrota. Custou o sonho.

Lamento mesmo pelos colorados que láestavam, na maior invasão de torcedores brasilei-ros a outro continente. Mesmo assim foi uma de-monstração de grandeza. Das coisas que ouvidepois do jogo, uma chamou especial atenção: umtorcedor, em Abu Dhabi, no auge da tristeza, di-zendo que sua paixão é muito maior que um mo-mento de raiva e que logo estaria novamente tor-cendo com todo fervor. E é isso mesmo. Felizmentetemos essa capacidade de esquecer o que foi ruime lembrar só dos grandes momentos.

Mas, e o mas é inevitável nesta hora, umaderrota dessas deixa suas lições. E elas são enor-mes. A primeira é que o Inter e a sua torcida torna-ram-se megalomaníacos. Tudo agora é superlati-vo. Absoluto. Campeão de Tudo. Gigante. A so-berba cobrou seu preço. Depois da derrota, aindaouvi nas rádios quem dissesse que o Inter deveriater escolhido ser campeão brasileiro como prepa-rativo para o Mundial, mas preferiu descansar. Éesse tipo de pensamento que se torna pernicioso.Ora, ser campeão brasileiro é um merecimento,não uma escolha. Você até decide disputar o títu-lo, mas para obtê-lo precisa merecer.

Com a eliminação precoce encerra-se o

ciclo do treinador (espero) e de vários jogadoresno clube: Alecsandro, Renan, Wilson Mathias, Ín-dio, Nei, Guiñazu. Todos esses foram aquém dagrandeza do Inter. O centroavante há muito, oununca, disse a que veio. O goleiro foi imposto nocarteiraço. Wilson Mathias, além de comum, é len-to. Índio foi um grande zagueiro. Dos melhores.Passou. Nei é um esforçado sem talento. E Gui-nãzu, um esforçado com grife. Volante que nãoguarda posição e, se abre espaço indo ao ataque,não conclui, não tem serventia. Joga prá torcida.Repito: joga prá torcida. E D’Alessandro? Na horado craque, sumiu. Como o Kleber.

No entanto, há material de primeira gran-deza no elenco: Tinga e Sóbis, os incrivelmentesubstituídos, somam-se a Giuliano, Oscar, Andre-zinho. Muriel. Há bons zagueiros na base: Romá-rio e Dalton. Bons volantes: João Paulo Mior, Juli-ano e Augusto. A safra do Inter é muito boa. Unidaa reforços pontuais vão dar liga. O fatídico 14 dedezembro vai atrapalhar um pouco, mas o plane-jamento está correto. O que não está certo é opoder que é dado ao treinador. Quando ele disseque se arrepiou ao entrar no estádio, a torcida fi-cou de cabelo em pé. Técnico covarde é tudo oque não precisamos.

Passou. Vem aí 2011 e mais uma sériede competições: Gauchão, Libertadores, Recopa,Brasileiro. Agora a paixão adormece para voltarainda mais forte no final de janeiro, quando osdesafios chamarem novamente.

Boas Festas a todos e Feliz Ano Novo!

Saudações Coloradas!

Prezado Amigo GremistaAo fim do nosso mandato, venho à pre-

sença do Amigo fazer um breve relato do que foifeito durante nossa gestão 2009/2010 a frente donosso Grêmio.

Estejam certos que a missão não é sim-ples, nem fácil. Mas emociona ver a grande Na-ção Tricolor vibrando com conquistas e vitórias.Esta talvez seja a maior recompensa de um diri-gente. Dois anos não são muito, mas são sufici-entes para que algumas importantes realizaçõespudessem ser realizadas e deixadas como lega-do para o futuro.

Sobre estas, mencionarei a seguir, quemsabe, algumas das mais importantes. Levarei gran-des lembranças dos momentos em que estive afrente do Grêmio.

Da mesma forma, como acontece comtodos, também levarei na memória alguns momen-tos de angústia que são próprias do futebol quan-do alguns resultados não aparecem. Como aspectonegativo, que é mister mencionar, levo a frustra-ção de não haver conseguido equilibrar as contasdo Clube na medida que gostaria de fazer. As al-tas despesas do Futebol atual, somadas as ne-cessidades de um clube com a grandeza do Grê-mio, a exigências de sua torcida na manutençãode um time altamente competitivo, mais receitasque embora em continuo crescimento ainda não

Carta aberta ao torcedor gremistaMensagem do Presidente Duda Kroeff

são suficientes para cobrir as despesas integraisdo Clube, nos obrigam ainda a negociar Atesta-dos Liberatórios para equilibrar nossas contas. Equando o marcado não está comprador, comoaconteceu na crise econômica internacional, apartir de 2008, ás vezes entendemos que é me-lhor segurar um bom atleta até que seu passevalorize mais, ao invés de negociá-lo por valoraquém do que realmente vale.

Assim, se é verdade que temos um défi-cit financeiro a cobrir, também é verdade que dei-xamos contratado um plantel de alto padrão, comjogadores com presente e/ou futura convenientevalorização de mercado.

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de segurança para hospitais. (R.P.J)

COLETÂNEA

Com o Salão Júlio de Castilhos lo-tado, foi lançada na noite de quinta-feira,09, a segunda edição da coletânea A Dita-dura de Segurança Nacional no Rio Gran-de do Sul (1964-1985): História e Memó-ria. A obra é uma parceria entre a Assem-bleia Legislativa e a Universidade Federaldo Rio Grande do Sul. O deputado AdãoVillaverde (PT), presidente da Escola doLegislativo Romildo Bolzan e, representan-do o presidente da Casa, deputado Giova-ni Cherini (PDT), agradeceu a todos quecolaboraram para a realização da coletâ-nea. Ele destacou que a obra procura si-tuar o que foi o regime militar no Brasil eseus reflexos no Rio Grande do Sul, alémda importância do papel desempenhadopela Assembleia Legislativa durante todoaquele período. (V.I.M.S)

FROUXIDÃO MORAL

O desvio de dinheiro público, pormeio de entidades de fachada, foi estimu-lado por vetos do presidente Luiz Inácio daSilva. Os vetos abrandaram as exigênciaspara o repasse de verbas do Orçamento aentidades privadas sem fins lucrativos. Emagosto de 2009, o presidente vetou dispo-sitivo da Lei de Diretrizes Orçamentáriasque cobrava das entidades a apresentação

de cópia de declaração de informaçõeseconômico-fiscais, emitida pela Secretariada Receita Federal. Com o veto a essa exi-gência, as candidatas ao repasse ficaramobrigadas a apresentar apenas uma decla-ração de funcionamento emitida por três au-toridades locais. E viva la Pátria! (R.P.J)

NÃO APRENDEM

A presidente eleita, Dilma Rousseff,convidou o aspone para Assuntos Interna-cionais, Marco Aurélio Garcia, declaradoamigo de ditadores e inimigo da imprensa,para permanecer no cargo. Que os deusesnos protejam. (R.P.J)

EL SUPREMO

O ditador venezuelano, Hugo Chá-vez, disse no domingo, 12, que seu pedidode poderes especiais deve-se à urgênciaem aprovar leis para reconstruir a Venezue-la. A oposição classifica como uma jogadapara anular sua derrota eleitoral na vota-ção legislativa de setembro. Chávez querque a Assembleia Nacional, dominada pelogoverno, lhe habilite a passar leis por de-creto. (R.P.J)

INVEJA

O ditador venezuelano Hugo Chá-vez mandou para o parlamento uma refor-ma legislativa que procura estender à mí-

MuralAGÊNCIA REGULADORA MUNICIPAL

Na quinta-feira, 09, foi realizadareunião para formação da Agência Regu-ladora Municipal, que contará com um re-presentante da Associação Comercial e In-dustrial de Uruguaiana - ACIU, um repre-sentante da Câmara de Dirigentes Lojis-tas - CDL, um representante da Ordem dosAdvogados do Brasil - OAB, um represen-tante do Conselho Regional de Engenha-ria e Arquitetura - CREA, um representan-te do Conselho Regional de Medicina/RS- CREMERS, e dois representantes de As-sociações de Bairros e Vilas de Uruguaia-na. (Vera Ione Molina Silva)

SALÁRIO

No apagar das luzes do ano, depu-tados aumentaram seus salários em 62%,e o da presidente em 133%. Já o saláriomínimo... (Ricardo Peró Job)

SALÁRIO II

Aliás, a prática não é só federal. Aquino Município, grande parte dos funcionári-os públicos recebe salários próximos aomínimo, sem nenhum aumento desde oinício da atual administração. Já os salári-os do primeiríssimo escalão... (R.P.J)

TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS

O resultado final na prova objetivado concurso para cargos Técnico-Admi-nistrativos da Universidade Federal doPampa - UNIPAMPA foi divulgado naquarta-feira, 8, no site da Fundatec, rea-lizadora da prova. Os candidatos do edi-tal 156/10, exceto o cargo de Assistenteem Administração, já podem conferir suapontuação e classificação no site. (VeraIone Molina Silva)

TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS II

Os resultados do cargo de Assis-tente em Administração devem ser di-vulgados no dia 21 de dezembro, con-forme informa a Pró-reitoria de Gestãode Pessoal, uma vez que para esse car-go foi feita a convocação para a perí-cia médica dos candidatos que se de-clararam portadores de deficiência. Asperícias acontecerão no dia 17, segundoo Edital. (V.I.M.S)

GOVERNADOR BONZINHO

Centro cirúrgico do hospital públicode Ceilândia e UTI neonatal do hospital deTaguatinga, no DF, estão infestados de pi-olhos, sem contar com a bactéria KPC, quejá matou 25 pacientes. Mas o governadorRogério Rosso, ignorando o problema, estárenovando, sem licitação, um contrato deR$ 30 milhões com a empresa Dinâmica,

dia digital as “regulações” legais sobre rá-dio e televisão. A modificação da Lei deResponsabilidade Social em Rádio e Te-levisão foi enviada à Assembleia Nacio-nal para "estabelecer um controle aosprovedores de internet e mídia digital".Franklin Martins deve estar morrendo deinveja. (R.P.J)

INVEJA II

Na semana que passou, o presiden-te da Associação de Jornalistas do Irã,Mashallah Shamsolvaezin, foi condenadoa 16 meses de prisão por ter "prejudicadoo regime" islâmico e "insultado" o presi-dente Mahmoud Ahmadinejad. Shamsol-vaezin dirigiu vários jornais reformistasfechados pelo governo entre 1998 e 2000.Foi preso em várias ocasiões, inclusivedurante a repressão aos protestos da opo-sição contra a reeleição fraudulenta dopresidente Ahmadinejad, em 2009. Que in-veja hein, Franklin! (R.P.J)

TERNO DE REIS

O nosso homem do campo desco-nhecia as comemorações de Natal à ma-neira como há cerca de mais de meioséculo são usuais nas cidades, comuma árvore enfeitada de neve e de pre-sentes ansiosamente esperados, comum Papai Noel atemorizando os guristravessos ou fazendo elogios ao bomfilho. Isto não quer dizer que no campoos homens tenham se esquecido dasmensagens cristãs de Natal, da entra-da do Ano Novo e do Dia de Reis. Se odia 1º de Janeiro é festivamente assi-nalado por churrascos e “ressacas”, nãomenos vibrante são os festejos de Na-tal, com os “Ternos de Reis” – gruposmusicais que anunciavam, de rancho emrancho, de casa em casa, o nascimentodo Salvador. (V.I.M.S)

TERNO DE REIS II

O objetivo desta visita variava de umTerno para outro: alguns visavam unica-mente louvar a memória de Jesus Meni-no; outros Ternos visavam propiciar aoscantadores uma doce retribuição ao des-gaste de suas cordas vocais, através defartos comes e bebes que os donos dascasas nunca se esquecem de oferecer.Finalmente, havia aqueles que, oprimidospelas necessidades materiais que muitasvezes afligiam nossos trabalhadores ru-rais, saiam “pedindo ou tirando reis”, nacerteza de que ao menos no campo, ain-da não se esqueceram de todo, as liçõesde fraternidade que o Cristo legou aoshomens de bem. Em outros estados sãoainda os Ternos são uma prática, no RioGrande do Sul, somente em algumas cida-des do Litoral Norte. Fonte: Cyber Galpão– Vai um mate? (V.I.M.S)

O coral do Centro de Convivência Maior Comendador Gabriel VijanteBermúdez prestou uma homenagem de agradecimento à Câmara Municipal,na manhã de sexta-feira, 10. No saguão de entrada do Palácio Borges de Me-deiros, o grupo coral cantou duas canções natalinas para os vereadores e fun-cionários do Legislativo Municipal. O presidente da Câmara Municipal, verea-dor Adalberto Silva, agradeceu a homenagem e desejou “saúde e muita força”aos integrantes do coral.

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2424Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

Dudu FerreiraGASTRONOMIA

e-mail: [email protected]

PARA PENSAR: "Um aspecto essencial da criatividade é não termedo de fracassar."Dr. Edwin Land

BOM FINALDE SEMANAA TODOS!!

INGREDIENTES:1 dente de alho picado

1/4 de xícara de salsa picada1/4 de colher (chá) de pimenta-dedo-de-moça sem

semente, picada em cubos pequenos50 ml de azeite extravirgem

50 ml de óleo de girassol1/2 colher (chá) açafrão em estigmas

1/2 colher (chá) de mostarda1/4 de xícara de pão branco em cubos pequenos

1 colher (chá) de vinagre balsâmico1 colher (sopa) de vinagre branco

sal a gosto2 beterrabas pequenas cruas1/4 de cabeça de funcho cru5 flores de couve-flor cruas

1 nabo redondo cru1 abobrinha crua

1 pimentão amarelo cru1 abacate pequeno.

PASSO A PASSO:

Coloque o açafrão na água quente para que solteseu aroma. Reserve.

Coloque o alho, a salsa e a pimenta numa bacia;derrame o óleo e o azeite em fio, sempre batendocom um batedor até que fique emulsionado. Acres-cente o vinagre balsâmico, a mostarda e a água de

açafrão.Deixe o pão de molho no vinagre por um minuto,

amasse e acrescente o molho.Com uma faca afiada, corte os legumes o mais fino

possível (o ideal é usar mandolin).Arrume os legumes nos pratos de forma atraente

aos olhos, valorizando as cores, mas com cuidadopara não encher demais.

Regue com molho e sirva.

Para ler...A qualidade das crônicas do

Jornal Momento, na verdade, nãome causa surpresa. Ali estão pre-sentes gente da melhor qualidadeda nobre arte da escrita. Colmar Du-arte, Nei Duclós, Cláudio Noronha,Vera Molina, Newton Alvim, RicardoPeró, Cícero Galeno Lopes e tantosoutros colegas que tem mostradorara sensibilidade ao transmitir, emmuitos casos, experiência, sensatez,realidade e história aos seus leito-res, no qual me incluo, fielmente. A

cidade deveria agradecer por ter qui-lates de sabedoria concentrada emum só jornal. Não é tão comum as-sim encontrarmos tamanha qualida-de de crônicas em um só espaço. Naúltima edição, gostei muito das colu-nas do amigo e ex-professor CíceroGaleno Lopes e do colega Noronha.Me identifico muito com eles, não sópela proximidade da faixa etária,mas que inegavelmente equaliza-senos conceitos de vida e da dura rea-lidade em que hoje vivemos.

CarCarCarCarCarne de búfalone de búfalone de búfalone de búfalone de búfaloRecebi um e-mail do pecuarista

João Gaspar Almeida, produtor da car-ne de búfalo, sobre uma interessantepesquisa efetuada na Itália e publicadano European Journal of Clinical Nutriti-on com o tema "Impactos benéficos norisco cardiovascular do consumo de car-ne de búfalos".

Os pesquisadores acompanharamdurante 12 meses, 300 pessoas adultasdivididas em consumidores recentes decarne de búfalos, indivíduos que nuncaconsumiram carne de búfalos e consumi-dores da carne a longo prazo. O consumofoi cerca de 600 g de carne semanais (comredução concomitante de carne bovina).

Ao final do estudo, verificou-se queos consumidores de carne bubalina apre-sentaram redução significativa nos níveisde colesterol e triglicérides, redução da fre-quência cardíaca, bem como melhor res-

posta ao stress oxidativo comparativamen-te aos indivíduos que não consumiram car-ne de búfalos. Concluíram os autores queo consumo desta carne, que além de fonteprotéica, pode conferir efeitos cardiovascu-lares significativos.

Esta pesquisa pode ter um signifi-cativo impacto na bubalinocultura em todoo mundo. Até então, os indícios da compo-sição mais adequada do ponto de vista car-diovascular da carne bubalina estava rela-cionada a uma melhor adequação teóricade seus componentes (menos gordura,melhor perfil destas gorduras, etc). A pes-quisa clinica vem comprová-la.

Destaque-se, porém, que qualquerbenefício mercadológico que mais este as-pecto particular do búfalo proporcione de-penderá logicamente da capacidade dosprodutores em organizar tal cadeia, um obs-táculo a ser superado em boa parte do país.

Abu Dhabi: O fiasco do séculoAbu Dhabi: O fiasco do séculoAbu Dhabi: O fiasco do séculoAbu Dhabi: O fiasco do séculoAbu Dhabi: O fiasco do séculoA verdade dói e é cru-

el, mas em 101 anos da glori-osa história do Sport Club In-ternacional essa derrota prema-tura e inesperada frente aoMazembe, do Congo, no Mun-dial Interclubes foi a manchaque se eternizará nos coraçõesde todos os colorados, como omaior fiasco do clube gaúcho.Motivo soberba, salto-alto, au-toconfiança demasiada, des-preparo psicológico para a par-tida que antecederia a grandefinal e finalmente um time queenganou a todos. Lasier Mar-tins, no Jornal do Almoço do

dia seguinte mencionava exa-tamente isto. Como um timeque já vinha cambaleante noBrasileiro, não ganhando dequase ninguém no segundoturno poderia inspirar confian-ça à sua torcida?

Para o Internacional, apreocupação e a concentraçãoestava direcionada para a fi-nal do mundial, dia 18. Nadamudaria isto. Até que um talde Mazembe entrou em cam-po e desfilou competência,preparo físico e objetividadenas conclusões a gol. Pronto:derrota histórica!

Hoje, pelo nivelamen-to técnico das equipes do mun-do todo, nada pode ser prog-nosticado, muito menos resul-tados. Que sirva de lição. So-berba tem um gosto amargoquando cai por terra as previ-sões de otimistas infundados.Cést la vie...

Tem o outro lado: aten-ção gremistas! É bom o timefazer bonito nas próximascompetições porque senão aflauta vai ser pesada, amigos,com o devido e usual revan-chismo raivoso dos colorados.

Bom retorno aos pagos!!

Novo Resort (Resort Makenna) nosul da Bahia mistura praia linda com arqui-tetura modernista, serviço de primeira e umtoque gastronômico muito especial. A Cos-ta do Cacau, no litoral da Bahia, é uma daspoucas fronteiras ainda não totalmente des-bravadas pelo turismo nacional. É possivel-mente a região da costa brasileira onde aMata Atlântica permanece mais preserva-da. É por essas e outras que a surpresa deencontrar ali, no meio da floresta, uma cons-trução de impactantes traços modernistasque remetem imediatamente à Bauhaus ouas obras de Niemeyer é grande. E torna-seainda maior quando se descobre que a im-pressionante estrutura abriga um hotel ex-clusivo e alto luxo, no qual a união entregastronomia refinada, mordomia e mimospersonalizados complementa a paz e o con-vívio com a natureza. O chef do local cha-ma-se Paulinho Martins, 34 anos, 13 de co-zinha. Lidera a empresa Panela Brasil, fazconsultoria para as cozinhas de todos ostamanhos, especializando-se em hotelaria.

Resort Makenna: diárias para ca-sal a partir de R$ 1.300 com meia-pensão(café da manhã e jantar). Site:www.makenna.com.br. Estive na Bahia em2004, quando minha filha Carolina trabalha-va em um resort na Costa do Sauípe. Ali pudeidentificar locais, pequenos na época, que ti-nham uma gastronomia muito identificadacom o local de origem. Muitos empreende-dores gaúchos e europeus estavam desbra-vando zonas até então desconhecidas. Lem-bro bem de Imbassaí, onde Carlina morava,uma ilha de pescadores com uma praia mag-nífica. Passados 6 anos, já tem resort de luxopor lá e rodeado de excelentes restaurantes.Com a proximidade da Copa do Mundo seraqui no Brasil, o nordeste, pilastra turísticado Brasil promete revolucionar em investi-mentos no setor hoteleiro.

Paraíso baiano Receita da semana: Carpaccio devegetais com vinagrete de açafrão

Quinta 323.p65 16/12/2010, 17:0424

Page 25: Jornal Momento de Uruguaiana

2525Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Geral

Por Maria Clara Prati

AVIDANÃOESTÁPASSANDOMAISDEPRESSA, ESSESENTIMENTOÉDAQUELESQUEQUEREMPASSARA

ETERNIDADE JOVENSEBELOSPORFORA

Jorge Unamuzaga

A Agência de Desenvolvi-mento de Uruguaiana – ADU, atra-vés de seu diretor Fernando Martinsde Menezes, participou no último dia7, em Brasília, do Seminário “Pers-pectivas para a Faixa de Fronteira”,que ocorreu no Anexo I do Paláciodo Planalto. A Faixa de Fronteira éuma linha que atinge 150 km de ex-tensão, partindo desde o início dascidades fronteiriças do Brasil e quepossui 16.886 km de comprimento,sendo que mais de 600 cidades bra-sileiras encontram-se nestes limites.

O seminário teve como fina-lidade discutir as perspectivas dedesenvolvimento dentro dos limitesda Faixa de Fronteira, o que natural-mente interessa ao município de Uru-guaiana e cidades vizinhas.

Existe uma preocupação dasautoridades federais com as ques-tões relativas à segurança, visto ocor-rer nas fronteiras tráfico de drogas,armas e contrabando. Entretanto,segundo o diretor da ADU, o foco prin-cipal do seminário foi a região Ama-zônica, em razão de seus inúmerosproblemas com tráfico, áreas indíge-nas, influência de ONGs e biopirata-

Perspectivas de desenvolvimentopara a Faixa de Fronteira

ria. Apesar disso foi possível chegar-se a conclusão de que os municípiossituados na Faixa de Fronteira devemarticular-se a partir de arranjos pro-dutivos locais, promovendo a integra-ção com os municípios dos paísesvizinhos e apresentando projetos aogoverno estadual e federal, contan-do com o apoio dos ministérios. Deacordo com Fernando Menezes não

podemos ficar de braços cruzados,esperando que o governo federaltome as decisões em relação à Fai-xa de Fronteira, é necessário que osmunicípios adiantem-se nessa inici-ativa, salientou. Com relação à redu-ção dos 150 km da Faixa de Frontei-ra o assunto ainda está em estudo epoderá ocorrer alguma decisão nopróximo ano.

Fernando Martins de Menezes

Chega de saudade. Além da música do Tom Jobim na qual semprefalo, pois aprecio muito, tenho dito muito essa frase para meus amigos e paren-tes que vem choramingar porque o ano passou rápido e a vida está passandocada vez mais depressa.

A vida não está passando mais depressa, esse é um sentimento da-queles que não sabem envelhecer, querem passar a eternidade jovens e belospor fora. Quanta coisa útil aprendemos em 2010, quantas boas ações pratica-mos, quanta gente boa conhecemos ou reencontramos. É isso que temos quecontabilizar para nos sentirmos felizes no aguardo deste novo ano, para o qualcertamente temos muitos planos. Se não temos, está na hora de fazer, corram.

Exercício bom de realizar é apanhar uma caneta e uma folha de papelem branco e anotar tudo o que nos aconteceu de positivo em 2010. Se possí-vel, colar em uma porta do roupeiro, aquela que abrimos todos os dias e, quan-do estivermos meio deprimidos, nos determos por um tempo, agradecendo àvida e, principalmente a Deus. Isso é uma forma de oração, pois nessa açãosempre pensamos: Graças a Deus que o meu filho conseguiu aquele emprego,graças a Deus minha neta melhorou bastante o comportamento, graças a Deusestou aprendendo a perdoar as pessoas que me fizeram mal (já que não perdo-ar faz tão mal à saúde).

Certa vez eu vivia um problema que parecia sem solução, estava de-sesperada e caminhava pela Rua Riachuelo, quando escutei uma oração emjaponês. Curiosa que sou e como andava assim numa baita pua, entrei e perce-bi que era um ritual de fim de ano de uns adeptos de uma filosofia de vidajaponesa. Lá eu aprendi a desenhar uma árvore, que faço há mais de quarentaanos em dezembro. Nas raízes do lado esquerdo, escrevo o nome do meu pai,abaixo, do pai e da mãe dele; nas raízes do lado direito, escrevo o nome daminha mãe e tenho o mesmo procedimento com avó e avô maternos. Desenhoum tronco reto e nos galhos, que costumo numerar, coloco todos os meusdesejos e planos para o próximo ano. Geralmente coisas que peço para osmeus queridos, mas também peço para mim, sou uma pessoa cheia de espe-rança. O título, que vai acima da árvore, é Árvore da Prosperidade para 2011 deMaria Clara Prati. Experimentem tudo o que faz bem, principalmente rezar paraJesus, Maria e os santos de sua devoção, além de escutar músicas que trans-mitam tranquilidade. Quem tiver que passar o Natal sozinho, se gostar decinema, vá à locadora e faça um estoque de filmes. Não de comédias bobas,de filmes que contem histórias bem contadas e com bons diretores e atores.

É bom saber que o mundo estácheio de causas que precisamde nossa participação. Às ve-zes elas parecem pequenas, éuma vizinha que está se sepa-rando, é alguém que perdeuum parente e precisa desaba-far. Ouvir quem precisa desa-bafar não é baixo astral, muitopelo contrário, isso nos faz nossentirmos úteis e sabermosque vivemos num mundo queé cheio de problemas, masonde podemos encontrar muitoamor e solidariedade.

Feliz Natal, Feliz AnoNovo, Feliz Vida!

Bancos com horário especial no fim de anoBancos com horário especial no fim de anoBancos com horário especial no fim de anoBancos com horário especial no fim de anoBancos com horário especial no fim de anoCom a chegada das festas de

fim de ano, as agências bancárias deUruguaiana irão modificar os seus ho-rários de atendimento. Os bancos de-verão funcionar no dia 24, véspera deNatal, somente no período da manhã,entre 9h e 10h. Na sexta-feira, dia 31,as agências não abrirão, reabrindo so-mente na segunda, dia 3 de janeiro de2011, ficando, portanto, a quinta-feira 30,como último dia do ano com atendimen-to bancário.

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2626Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011

NAQUELES TEMPOSAlberto Moura

O BEBEDOURO

EM ALGUM LUGAR NO PASSADO

O Dr. João Fagundes foi o 8o intendente de Uruguaianana era republicana. O seu mandato seria de 1928 a 1932, mascom o advento da Revolução de 1930, teve o período prorrogadoaté 1935, quando renunciou.

Junto com Fagundes que teve Pedro Surreaux como vice,elegeram-se para o Conselho Municipal os seguintes cidadãos:Antônio Mary Ulrich, José Cândido dos Santos, Nemésio Fabrí-cio, José Câmara Guimarães, Jaime Tarragó, Flodoardo Martinsda Silva, Alfredo Lisboa Ribeiro, José Carvalho Peró e ArnaldoPignone Balvé.

João Fagundes realizou uma administração fecunda e pro-gressista. Foi no seu governo a implantação de 25 quilômetrosde esgoto cloacal e rede d’água na cidade. Esta obra havia sidoprojetada na administração de João Câmara Vasques (1908/1912)e contratada na de João Batista Arregui (1924/1928) que, inclusi-ve, contraiu um empréstimo no exterior para a execução da obra,no valor de 513 mil dólares.

Fagundes criou o Horto Florestal e a Guarda Municipal.Providenciou, ainda, na remodelação da iluminação pública.

Na área da educação construiu nova escolas na cidade einterior do município, destacando-se a Escola Júlio de Castilhos,utilizando o prédio onde havia funcionado a “cadeia velha”.

Em outubro de 1928, acabava de ser construído o prédiodo Moinho Riograndense, pertencente à firma Stefanel, Cassa-retto & Cia. na confluência das rua Benjamin Constant e 28 desetembro, atual Doutor Maia. No largo fronteiro a esse prédio selocalizava a primeira estação férrea de Uruguaiana, com seusdepósitos de cargas. Centenas de carroças tracionadas por ca-valos ou mulas diariamente faziam o transporte de mercadoriasno local. O governo municipal sentiu a necessidade da constru-ção de um bebedouro para os animais.

O bebedouro custou 3.600$000, dinheiro da época, trêsmil e seiscentos contos de réis. O fornecimento d’água era feitopelo Moinho, mediante convênio com a intendência.

Feito de concreto, o bebedouro possuía, na parte de bai-xo, uma concha redonda que servia para recipiente da água. Aoseu redor havia uma artística guarda grega e na coluna central,constituída de uma espécie de obelisco de três faces com umaluminária para cada face.

Em 1958 o bebedouro foi retirado do local, já que havia setornado um problema para o trânsito que naquele tempo já era inten-so no local. Foi transferido para rua Benjamin Constant, frente ondehoje está o Ginásio Municipal Gilberto Oscar Miranda Schmitt.

Alguns anos depois foi removido para o Centro Cultural Dr.Pedro Marini.

Hoje o bebedouro se encontra nos parques da AssociaçãoRural, bem conservado o ocupando um lugar de destaque.

Foto da década de 1950, mostra a Rainha doClube Comercial, Lourdes Surreaux, que deixava o tro-no para a senhorita Vera Fabrício. As rainhas estão lade-

adas pelos Drs. Mário Valls e Luiz Martins Bastos. Estafoto é mais uma gentileza de nossa colaboradora, Regi-na Núria Beheregaray.

CAPELA

No local onde hoje está a Igreja do Carmo, havia uma capela que se chamava Nossa Senhora da Conceição.

CONTRA MÃO

Até a construção da Ponte Internacional os veículos automotores na Argentina, transitavam na contra mão,isto é, pela esquerda. Com a abertura da ponte mudou a mão pela direita, no país todo.

BARÃO DE URUGUAIANA

Era baiano, formado em direito pela Faculdade de Olinda. Magistrado, deputado em 1843 reelegendo-sevárias vezes. Senador, Presidente do Rio Grande do Sul, Ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Ministros.Foi ministro da Guerra por duas vezes.

Moinho Riograndense

CURIOSIDADES

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2727Uruguaiana,17/12 a 6 de janeirode 2011Cultura

Álvaro Guez Velo

[email protected]

Eleição para Academia Uruguaianensede Letras teve chapa única

A Academia Uruguaianense de Letrasprocedeu na quarta-feira, dia 15 de dezembro,a eleição da sua Diretoria para o biênio 2011/2012, contando a chapa única apresentadacom os seguintes nomes:

Presidente - Ricardo Pereira Duarte;Vice-presidente - Luiz Machado Stabile; Se-cretário - Gelsa Soares Verdum; Tesoureiro -Gennaro Alfano; Diretor do Patrimônio Do-cumental - João Carlos Fonttes; ConselhoFiscal - Daniel Fanti - Fernando Pereira daSilva Filho - Francisco Alves; I - Comissão deSindicância e Crítica - Luiz Machado Stabile- Rafael Ovídio da Costa Gomes - Sílvio Ay-

mone Genro; II– Comissão de Relações Pú-blicas - Rubens Calliava Montardo Junior -Fernando Pereira da Silva Filho - Francisco Al-ves; III– Comissão de Assessoria Jurídica -Gennaro Alfano - Luiz Machado Stabile - Rafa-el Ovídio da Costa Gomes.

A reunião de Assembléia-Geral Ordiná-ria estatutária aconteu às 18 horas na Bibliote-ca Pública Municipal Luiz do Prado Veppo emarcou o encerramento de atividades para opresente ano de 2010, reiniciando as ativida-des da Academia em março de 2011, após orecesso legal, quando será dada a posse festi-va dos eleitos.

CHICO BUARQUE – O ÚLTIMO GÊNIO

É verdade que vivemos uma fase,já há tempos, de entressafra e falta de lu-minosidade de nossos grandes composi-tores, mas seria um crime esquecermosde alguns deles. O carioca Francisco Bu-arque de Holanda é o maior exemplo dis-so, pois, quanto mais o escuto, mais gos-to, e mais descubro poesia e genialidadeem seus versos, nos sambas, e em qua-se toda sua obra em geral. Graças a umafamosa editora, Chico está sendo mos-trado em CDs nos quais, além das mag-níficas faixas, o público é também premi-ado com encartes que contam a históriadas músicas e da época em que elas fo-ram compostas. Este é um grande presen-te de Natal, para nós, para nossos filhos epara nossos amigos.

NOEL ROSA – O MAIOR GÊNIO

Se alguém fosse falar sobre a vidade Noel Rosa, deveria começar assim:Essa é a história de um homem que reali-zou uma grande obra genial, com apenas26 anos. Noel de Medeiros Rosa faria cemanos no último dia onze, ele era o poeta daVila, o poeta do samba, dos pobres, dosricos e dos iluminados, sua capacidade decriação e improviso era imensurável. Cer-ta vez alguém entrou em um botequim exal-tando várias escolas de samba, mas nãomencionou a Vila Isabel. Noel Rosa pron-tamente lhe respondeu com um samba quecomeçava assim:

Quem é você que não sabe o que diz?Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,

Oswaldo Cruz e MatrizQue sempre souberam muito bem

Que a Vila Não quer abafar ninguém,Só quer mostrar que faz samba também!

IVAN LINS – O PREFERIDO DE CIDE GÜEZ

• O engenheiro químico Ivan Lins é,certamente, um dos maiores na história damúsica brasileira. Nascido no Rio, Ivan foibem influenciado pelo pai, um militar apai-xonado por marchas marciais, Jazz e Soul.Segundo uma pesquisa da revista RollingStone, Ivan Lins é o brasileiro mais respeita-do no meio da música mundial. Compositorde canções belíssimas, o pianista é famoso

por sua harmonia irreparável, assim, até hojesegue lotando shows nos Estados Unidos ena Europa. Quem me mostrou Ivan Lins pelaprimeira vez foi o maestro Cide Güez, gran-de admirador do pianista carioca. Quemouviu jamais irá esquecer as noites no Bar-do Cide, em que Cide interpretava Ivan Linscomo ninguém. Hoje, infelizmente, o Bardoe seu maestro só estão presentes nas nos-sas boas lembranças. Ah, grandes noitesaquelas!

2010 E 2011

Gostaria de agradecer aos leitoresque me acompanharam durante o ano de2010, espero ter levado boas informaçõese boas histórias sobre música.

Assim como John Lennon escreveuem sua música, desejo a todos: Um NatalMuito Feliz, e um Feliz Ano Novo!!!

SIRI CASCUDO - O SABOR DA CIDADEAlmoço e Jantar - Viandas, Marmi-

tex e Almoço, a partir de R$5,00. Saboro-sos Cheeseburgers, Pizzas, Hot Dogs, Pi-cados e Porções. Na Rua XV de Novembron° 2143 – Fone: 3413 6474

Coletânea resultante do Prêmio Comerciáriodo Ano está disponível no Sesc Uruguaiana

Chegou ao jornal Momento de Uru-guaiana o livro Era Uma Vez no Comércio,edição 2010, produto do Prêmio Comerciáriodo Ano do qual, em Uruguaiana, saiu vitoriosaAdriana Falcão Trindade, da empresa SensorComércio de Peças e Equipamentos Industri-ais. Iniciativa do Arte Sesc – Cultura por todaparte, o concurso consistiu da elaboração deum texto em prosa contando uma experiênciainteressante, de humor, marcante no ambien-te de trabalho do comerciário.

O resultado do concurso é um belíssi-mo livro colorido e ilustrado, com 120 páginasque contêm cinquenta e duas histórias seleci-

onadas por comissões julgadoras formadas porprofessores, escritores e sindicalistas em cadaum dos municípios participantes.

A promoção é alusiva ao Dia do Co-merciário, comemorado em 30 de outubro,desde 1932, oportunidade em que foi publica-do no Diário Oficial da União o decreto-lei4.042/32, que regulamentou a jornada de tra-balho, reduzindo a carga horária de 12 horasdiárias para 8 horas. A nossa representante,Adriana Falcão Trindade, narrou, com muitohumor e talento uma experiência vivenciadaem 1986, na loja A Liquidatária, que vale serconferida na página 102.

Lançamento de livro jurídicoLançamento de livro jurídicoLançamento de livro jurídicoLançamento de livro jurídicoLançamento de livro jurídico

Dr. Cássio de Castro, Juiz da 2ª VaraCriminal de Uruguaiana, teve o livro intituladoTemas de Ciências Penais: na perspectivaneoconstitucional” lançado pela Editora Ver-bo Jurídico de POA no dia 15, às 18h30min,

na Biblioteca Municipal Prado Veppo. Compa-receram muitos colegas, pessoas ligadas aoDireito em geral e amigos, tornando o coquetelde lançamento um local de conversas muitoentusiasmadas.

Exposição Outono no Rio Grande do Sul pode ser visitada até 06 de janeiroExposição Outono no Rio Grande do Sul pode ser visitada até 06 de janeiroExposição Outono no Rio Grande do Sul pode ser visitada até 06 de janeiroExposição Outono no Rio Grande do Sul pode ser visitada até 06 de janeiroExposição Outono no Rio Grande do Sul pode ser visitada até 06 de janeiroCom entrada franca, a exposi-

ção Outono no Rio Grande do Sul po-derá ser visitada até dia 06 de janeiro,das 9h às 21h e, aos sábados, das 14hàs 19h no Sesc Uruguaiana (Rua Flo-res da Cunha, 1984). A mostra itine-rante é “O Outono no Rio Grande doSul” é resultante do VI Concurso Sescde Fotografias.

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PoesiaCEIA DE NACEIA DE NACEIA DE NACEIA DE NACEIA DE NATTTTTALALALALAL

(Ligia Chisté)

É ceia de Natal,é burburinho.O capinzinho

seco, amarelinho,também enfeita,

a mesa de renda.No castiçal,

tremula a vela,a luz, a baixela.

A eletrônica,comanda,ensurdece,

nada ou tudoacontece,

e juntos brindamentornam

taças de cristal.Numa agitação

um vai, outro vem,com direção,

com marcaçãoteatral: do maior

ao menor.Geral.

O capinzinhode repente,

desbotaentristece.Até que...

uma cantata,ao aniversariante,levemente soou,

“... um filho se nos deu ...... Pai da Eternidade,Príncipe da Paz...”Tocou, deu sinal.O amor venceu!Jesus nasceu!

Feliz Natal

Maria do Horto Bastos Kuhn , que já teve uma longa fase pintan-do tramas, trançados, cercas, está agora passando por um período dedi-cado às cadeiras. Instigante a enorme tela onde aparecem três cadeirasazuis, uma de frente para a outra e a terceira, distante, de costas. Segun-do Marreca a forma e cor delas são inspiradas naquelas utilizadas noColégio do Horto do seu tempo. Ela também trabalha com muitos pa-drões de mosaicos no seu trabalho minucioso e inquietante, resultante demuita pesquisa da obra de artistas como Gaudi e horas de trabalho solitáriode experimentação no ateliê.

Zenaira Machado agora investe algum tempo diário na atualizaçãodo seu blog de poesia. Conta ela em off que até 2008 escrevia “escondida”.Como toda a pessoa exigente, Zaina sentia-se insegura para submeter seuspoemas a críticas. Hoje ela se expõe e tem grande apoio da família, pelo quetemos observado, pois quando autografa as antologias das quais participaestá sempre acompanhada de boa parte dela. Zenaira também escreve crô-nicas, recentemente publicou uma delas no Momento de Uruguaiana. Mas oimportante é que Zenaira está em processo de descoberta de autores e estáse expondo através de sua escrita poética.

Artistas conversam informalmentesobre seus processos de criação

Parte do acervo da galeria Graffiti

Tela de Rogério Severo da Mostra Transparências

Tela do argentino Maximo Arias

Artísta Plástica Maria do Horto Bastos Kuhn e poeta Zenaira Machado

Telas de Soriano e Rogério Severo

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