JORNAL Nº12 AORP DEZEMBRO 2012

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LUSADESIGN Coletivo de Designers de Joias BIJORHCA 2013 Participação AORP e Caderno de Tendências III JORNADAS DE OURIVESARIA Eco-Inovação e Ourivesaria

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Jornal Trimestral da AORP - Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal.

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LUSADESIGNColetivo de Designers de Joias

BIJORHCA 2013Participação AORP e Caderno de Tendências

III JORNADAS DE OURIVESARIAEco-Inovação e Ourivesaria

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Filha de Silvia Fendi e do joalheiro francês Bernard Celletrez, Delfina tem incrustado na pele a criatividade dos fundadores da marca Fendi. Delfina é a quarta geração desta família. A Rapunzel é mais uma prova de todo este trabalho de anos.

PULSO COM INFLUÊNCIA EGÍPCIAS

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CAROS COLEGAS,

A AORP é hoje a melhor aliada da Ourivesaria em Portugal!Desenvolve projetos que vão ao encontro das necessidades das nossas empresas. Tem uma intervenção marcada em todas as áreas de interesse para o setor. Em 2012, continuou com a implementação de projetos como o “Programa Formação PME”, envolvendo este ano mais de 30 empresas, o “Ourivesaria on the Move” e “Gold Win Together”, estes últimos apoiados pelo SIAC – Sistema de Incentivos das Acções Coletivas, do QREN, que ambicionam fortale-cer a dinâmica iniciada no projeto “Ourivesaria XXL” (2009-2010) de geração de informação e conteúdos de base estratégica para o setor da ourivesaria nacional e assegurar a sua divulgação e aproveitamento operacional por parte das PME. Também permitiu assegurar a presença da ourivesaria nacional nas atividades da envolvente interna-cional, estando com um stand em diversas feiras internacionais, Madrid, Paris, Munique e participando no Congresso Mundial da CIBJO – Confederação Mundial de Ourivesaria, que este ano se realizou em Vicenza. Em 2011, foi a AORP quem recebeu e organizou, com grande sucesso, este congresso, no Porto, participando mais de 80 representantes das mais prestigiadas entidades internacionais do nosso setor.

Os resultados dos projetos implementados mostram um setor que muda de forma acelerada, sendo  capaz de seguir e criar as tendências que marcam o inovador conceito de peças de design a um preço competitivo que permite im-por uma nova Ourivesaria. Falta-nos ainda uma marca forte que nos afirme coletivamente fora de portas.

Nos últimos anos, mas em particular em 2012, a associação realizou importantes esforços para  se reinventar, permi-tindo alcançar uma nova etapa patente através do desenvolvimento de soluções que permitem a junção entre inteli-gência manual e disciplinas como a criatividade, design ou a gestão da inovação.   Apesar dos tempos menos auspiciosos, a ourivesaria portuguesa tem conseguido melhorar o paradigma,  introdu-zindo doses iguais de tradição e de conhecimento, o que reverte na melhoria contínua e no interesse crescente dos mercados pelos produtos Made in Portugal.  Todas as atividades desenvolvidas pela AORP pretendem impulsionar uma imagem internacional  coerente da ouri-vesaria portuguesa nos mercados externos. A imagem da ourivesaria portuguesa, construída numa base de tradição e arte, está focada nas capacidades criativas, nos domínios do design, da moda mas também na prestação de servi-ços de qualidade que são geralmente pouco reconhecidos.

Nesta edição, deixámos mais uma vez notas inspiradoras para os leitores! Novos talentos, tendências futuras, acon-tecimentos internacionais e um destaque em particular para as terceiras Jornadas de Ourivesaria, realizadas com enorme sucesso na Casa da Música, dedicadas ao tema Eco-Inovação e Ourivesaria e para o lançamento do Concur-so “ECO-JEWELLERY CHALLENGE”.

Quero em nome da Direção da nossa associação deixar-lhes o desejo de passarem umas Boas Festas, e a confiança para vencer o 2013. Que o Santo Eloy nos proteja a todos!

AORP-Associação de Ourivesaria e Relojoaria de PortugalAvenida Rodrigues de Freitas, 204 · 4000-416 PortoT. +351 225 379 161/2/3 · F. +351 225 373 [email protected] · www.aorp.ptTIRAGEM - 2000 exemplares

Sílvia SilvaGabinete de Comunicação e Imagem da [email protected]

(Presidente AORP)

Orlando GonçalvesAnel esquerda: Luisa PedrosoAnel direita: Joana RibeiroPulseira: Lia GonçalvesColar: Materialab by Carla Matos

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04 · TENDÊNCIAS

SHELL RINGSMESI JILLy

Com sua primeira coleção de joias, a designer autodidata Mesi Jilly oferece uma gama de luxo exclusiva com anéis artesanais baseados nas conchas. Estas peças combinam pedras semi-preciosas, madre-pérola e coral com ouro ou prata. Cada anel é único e uma verdadeira obra de arte.

Desenhados por Mesi Jilly e feitos à mão em Itália pelo artista / joalheiro Stefano Zuolo, a linha de anéis de luxo criados por eles podem ser tão facil-mente usados na praia como numa festa.

Os anéis refletem o estilo pessoal Mesi, que combina um look casual-chic com um acessório forte de joalharia.

O seu interesse pelo mar inspirou-a a criar estes anéis concha para a sua primeira coleção.

“I absolutely love the ocean and to spend time at the beach. I am fascinated by seashells and making jewelry has always been my dream. That’s why I wanted to combine these interests and create something unique, something very special, something that will be a beautiful reminder of warm and fun--filled summer days and nights.” Mesi Jilly

MAUD TRAONOs anéis da designer Maud Traon são autênticas esculturas em miniatura de uma vasta gama de materiais recicla-dos e reaproveitados graças à sua cria-tividade. Cobre, fimo, pedras sintéticas, sapos de plástico, cera, aviões de mo-delagem, conchas e mais, compõem os anéis robustos. Traon cria narrativas que contam contos e mostram paisa-gens do pós-apocalíptico.

Traon é graduada da Royal College of Art em Londres, onde o seu foco prin-cipal era o ouro e prata, ferraria e joias. O seu trabalho vai além limites na área da joalharia contemporânea.

COLLEEN JORDAN

“Porque deveriam as suas plantas ficar em casa? Elas ajudam a limpar o

ar que se respira, são lindas, e criam uma conversa inicial maravilhosa.”

É assim que Colleen Jordan começa por abordar o seu projeto “Wearable Planter”. Plantar uma planta ou uma flor que encon-

trou na caminhada matinal são o mote para estes pequenos recipientes que

pode usar como colar, broche ou brincos.

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05 ·TENDÊNCIAS

COLEÇÃO GÓTICA DE DIORCoffret de Victoire

Uma tendência que já se afirmou na Dior, estes anéis fazem parte da coleção Coffret de Victoire. Uns anéis irreverentes para mu-lheres com personalidade.

Créditos Editoriais:Cedric Buchet - PhotographerCarine Roitfeld - Fashion Editor/StylistSam McKnight - Hair StylistPeter Philips - Makeup ArtistLara Stone - Model

www.dior.com

Colar em ouro escovado. VIONNET

Colar em metal, cristal e couro.

LANVIN

Gola “DOTS INFINITY“, pele envernizada e metal.

LOUIS VUITTON

Colar em veludo

e metal.MIU MIU

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06 · XIAO ZI YANG

Octavia Xiao Zi Yang mudou-se para Londres em 2010 para se juntar ao Mestrado em Moda e Artefactos na London College of Fashion, depois de concluir a sua licenciatura em Design de Joalharia, em Xangai.

Natural da China, Xiao Zi Yang foi a vencedora na categoria ITS Jewelry que tem como principal parceiro a Swarowski Elements. Optando por de-senvolver o conceito de Evil (em con-traste com Good), Yang apresentou um conjunto de peças que ultrapassa a ideia clássica de joia. Não se trata apenas de adornar ou acessorizar. Cada uma das suas propostas é uma afirmação, uma forma de intervenção que vale pela capacidade de surpreen-der e de fazer pensar. Mais do que os materiais utilizados, é o trabalho criati-vo da designer que transforma cada uma das suas peças num objeto con-cetual único, que conta uma história e “veste” quem a usa. O júri - composto por profissionais ligados ao design de joias - premiou a capacidade criativa, a originalidade, a técnica e o impacto estético final.

A coleção apresentada faz parte do projeto de mestrado e chama-se “Carpintaria em Joias”. É inspirado na carpintaria asiática, que foi utilizado na arquitetura de madeira e móveis há cerca de 7000 anos de história atrás. A característica típica deste tipo de carpintaria é que a sua construção inteligente pode fazer com que duas partes se unam sem necessidade de

CARPINTARIA ASIÁTICA EM JOIAS

outros objetos, tais como pinos, pre-gos e cola. Com o refino de elementos asiáticos e da combinação de dife-rentes materiais, o objetivo é mostrar os pensamentos de Yin e Yang que o inverso só existe a partir do equilíbrio da relação com o outro. Além disso, a designer quis mostrar que não pode haver força entre os seres humanos e o meio ambiente. Cada peça de joa-lharia pode ser removível pela cons-trução inteligente que ajuda a pro-longar a vida do objeto ao serviço da moda, alterando os componentes para a reparação ou a última tendência de cor e têxtil. Nesta coleção, a técnica tradicional e moderna estão ambas envolvidas, como a prata, impressão 3D e corte a laser.

Fotógrafo: William TangModelo: Shirin ZhangDesigner: [email protected]

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08 · INHORGENTA 2012

Última edição do Livro Tendências para Primavera / Verão 2013. A feira será realizada a partir de sexta-feira, 18 de janeiro a segunda-feira, 21 de

janeiro de 2013 e a AORP - Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal irá participar em mais uma edição da Bijorhca Paris, em janeiro de 2013, ocupando um espaço institucional e mostrando algumas mar-

cas portuguesas.

Esta feira apresenta em exclusivo ideias criativas e inspirações dos cinco temas desenvolvidos por Elizabeth Leriche neste Caderno de Tendên-

cias para criar as suas coleções de verão.

Primavera-Verão 2013 vai ofereceruma moda criativa para os diferentes estados de espírito.

www.bijorhca.com

08 · BIJORHCA 2013

As luzes brancas irão iluminar o verão com um look ultra-contemporâneo, inspiração gótica pouco frequente.

JOIAS:• Colares grandes com pérolas bran-cas e pulseira• Colar de corrente branco com fita de tecido• Escrava de couro branca com recor-tes• Pulseira de metal lacado• Anel com pérola XXL

O preto e branco são as cores incon-tornáveis desta temporada.Este par chique assume um estilo grá-fico, visual, geométrico quase hipnótico.

JOIAS:• colar de couro bib• Colar pérola com cubo em 3D preto e branco• Colar de resina com riscas• Escrava aos quadrados• Anéis arquitetónicos

Um cocktail de cores vibrantes: de-signs glamourosos cheios de optimis-mo.

JOIAS:• Joalharia monocromática elegante• Colar em plexiglass revestido de pedras preciosas• Escrava XXL• Plexiglass e tiras de metal• Anel gigante

Dentro de uma selva reinventada, o confronto dos materiais e dos padrões propõem uma estética tribal e urbana.

JOIAS:• Colares esculturais multi-materiais• Multi Gargantilha estilo tribo “Masai”• Escravas com camuflados e padrão de leopardo• Anel animal e broche

Flores e borboletas evocam o roman-ce e a poesia, enquanto a levezae a delicadeza criam uma tendência extremamente feminina.

JOIAS:• Colar bordado com flores,tecido e lantejoulas• Colar de tecido com pétala• Broche de flor gigante• Anel com detalhe da borboleta

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09 · LUNDAJÓIA

A Lundajóia assumiu no início do novo século que o mundo da ourive-saria hodierno nada tem a ver com as receitas que fizeram o sucesso das empresas - inclusive da própria Lunda - no século passado e procurou criar condições de mais valia e competitivi-dade para os dias presentes e futuros, não renegando as suas raízes, nome-adamente e sobretudo nos campos dos princípios, cultivando uma relação próxima com os clientes, assente no respeito mútuo, “low profile” por parte da empresa, e solidez financeira, não embarcando em aventuras comerciais numa sociedade e mercado que vivia do e para o crédito, muitas vezes não só financeiro como da própria imagem.

Assim, cedo constataram que para singrar precisavam de total autonomia na área do design, com investimento total numa capacidade criativa que os colocasse na vanguarda e ao abrigo da competição pelo preço ou condi-ções de pagamento.

Esta autonomia criativa conduziu às marcas, estas numa lógica invertida em relação ao que se passava no mer-cado: o acento tónico na identificação do PRODUTO com o consumidor, sendo a embalagem, caixa, montra e nome apenas o veículo dessa identi-ficação e não o conteúdo da marca... Produto que assim assumiu a primazia através daquilo em que realmente podiam inovar que era e é a área dos

materiais constituintes da peça que te-riam de ser novos, arrojados e capazes de criar laços identificativos e íntimos com o potencial consumidor, numa lógica em que o design personalizado e em contínuo, assegura as roupagens que acrescenta a “individualidade” a cada peça suscitada pela cumplicida-de entre produto e consumidor.

Deste modo nasceram a “Azorean Se-crets” - peças feitas com pedras pro-venientes do Arquipélago dos Açores e inspiradas na morfologia específica das ilhas de bruma - e a “Mar Portu-guês”, feita com cortiça e espelho de um certo romantismo do “ser” muito português ao longo de oito séculos de história. A Lunda é titular de duas marcas, assentes na total autono-mia do design e tratamento próprio dos materiais empregues - as pedras vulcânicas dos Açores e a cortiça - que são tratados e preparados nas suas instalações, detendo a tecnolo-gia e “modus operandi” apropriados, socorrendo-se do exterior através de reputadas oficinas de ourivesaria para a execução dos seus desenhos.Como objetivos a médio prazo ambi-cionam:- A nível nacional atingir uma faixa do mercado mais exigente e de topo que se possa identificar com aquilo que é realmente português.- A nível externo, exportar uma ideia de PortugalA empresa não renegando o mercado interno pretende chegar à Europa,

porque e o mundo sempre foi a razão de ser deste país e deste povo.

CONSCIêNCIA SOCIALPorque se preocupa e acredita no de-ver da responsabilidade social das em-presas, que não são mais do que um conjunto de pessoas, país, filhos, netos e avós decidiram apoiar uma causa justa. Criaram um protocolo com a “Raríssimas” - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, que existe para apoiar doentes, famílias e todos os que convivem de perto com as Doenças Raras. De acordo com esse protocolo foram lançadas 2 peças de cada marca alusivas à associação, sendo que 10% do valor total da venda reverte a favor da associação, sem que a ourivesaria tenha qualquer tipo de encargo.

Ao perguntarmos qual a característica que mais orgulha a Lundajoia … dizem--nos sem qualquer hesitação que é o facto de nas suas marcas, os materiais, o design, a conceção e fabrico, as cai-xas, as montras, tudo, realmente tudo ser feito em Portugal.

Em 2012, em parceria com a AORP, a Lundajoia desenvolveu com grande sucesso e dedicação o programa Formação PME, que os ajudou a pensar no negócio e a formatar a empresa para os desafios atuais.

UMA EMPRESA QUE SE ORGULHA DE SER PORTUGUESA

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10 · NOVA LOJA MARCOLINO

Rui Neves gere a Marcolino Relojo-eiro, empresa que existe há 85 anos e que agora abriu uma nova loja no cruzamento de duas importantes ruas da baixa portuense, da Rua Passos Manuel com a Rua de Santa Catarina. A abertura desta grande loja de re-lógios mesmo no coração do Porto dá-nos o sentimento optimista de que cada vez mais devemos lutar pelos nossos sonhos desde que haja força, motivação e muita sabedoria. A nova loja foi pensada de raiz para o fim a que se destina – a comerciali-zação de alta relojoaria e joalharia de prestígio – ocupando todo o rés-do--chão do histórico edifício da antiga Casa Inglesa, projetado nos primeiros anos da década de 1920 pelo arquiteto Francisco de Oliveira Ferreira (1884-

1957). A decoração ficou a cargo da arquiteta Fernanda Lamelas, espe-cialista em projetos de Arquitetura e Design de Interiores de joalharias.

Aliado ao comércio, Rui Neves, conta--nos que um dos seus objetivos para além de alargar o espaço de forma a deixar as peças “respirarem” era também abrir um espaço de cultura, a Marcolino Art Gallery. Esta Galeria tem como objetivo apresentar artistas do Porto e do Norte para um diálogo com grandes marcas de Luxo internacional. A Galeria foi inaugurada a 20 de Ou-tubro 2012 e o primeiro artista a expor foi o conhecido escultor Paulo Neves.

Rui Neves diz-nos, ainda, que esta

nova loja vai captar todo o tipo de públicos, incluindo estrangeiros com elevado poder de compra que visitam Baixa do Porto. Otimista em relação ao futuro sente que criou algo de diferente e que é bem recebido pelo público.

Marcolino Relojoeiro Inaugura Novo Espaço com Galeria

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11 · 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA

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12 · JORNADAS DE OURIVESARIA 2012

ECO-INOVAÇÃO E OURIVESARIA foi o tema da 3ª edição das Jornadas de Ourivesaria

A ourivesaria ao encontro da inova-ção e da sustentabilidade, foi a ideia central da terceira edição da Jornada de Ourivesaria, organizada no 29 de Novembro.Para esta 3ª edição da Jornada a AORP, promotora da iniciativa, deslo-cou o evento para a Casa da Música, palco da renovação e conexão da Re-gião Norte, e do Porto, com a criativi-dade e as correntes mais novedosas do desenho global. Nesta ocasião o programa apresenta-do foi ao encontro de possíveis e po-tenciais aplicações da eco-inovação no setor. O objetivo final continua a ser o mesmo que em edições anteriores: despoletar renovadas dinâmicas de crescimento para a ourivesaria portuguesa.

A ECO-INOVAÇÃO

A eco-inovação1, é um tema cada vez mais recorrente já que contribui com soluções para superar o desperdíçio de recursos e o certo estancamento atual.

Como modalidade de desenvolvimen-to está destinada a fomentar a compe-titividade sem comprometer o futuro das gerações vindouras, através da implantação de um modelo produtivo mais sustentável.

Resulta da congregação de ecologia e a inovação. Supõe o resultado de criar ideias de valor que geram resultados empresariais, e ao mesmo tempo, ajudam a reduzir o uso dos recursos naturais.

Com a eco-inovação, o crescimento económico vincula-se intimamente com a gestão responsável dos recur-sos e também dos resíduos e exce-dentes. Entre as principais linhas de trabalho, destaca-se neste sentido o objetivo “zero resíduos”, através da eficiência e da reciclagem.

Pressupõe uma nova atitude que conjuga criatividade, para repensar e

melhorar processos a todos os níveis, com a aplicação prática e a vigilância constante do processo para reduzir as perdas. Qualquer iniciativa, por peque-na que seja, pode atingir um impacto positivo transformando os problemas ambientais em oportunidades de negócio.

No âmbito empresarial, é parte central de uma estratégia ganha-ganha des-tinada sobretudo às PME. O encon-tro do mundo empresarial com uma gestão eficiente dos recursos só pode resultar num ganho para todos.

Tem aplicação no setor e práticas da ourivesaria, através de novos mate-riais, novos produtos, novos serviços e novos processos.

No entanto, a prática aponta para a existência de constrangimentos no-meadamente no acesso ao mercado destes novos produtos e serviços, que necessitam de incentivos para me-lhorar a sua penetração no mercado. Neste sentido resultam apoios fun-damentais a introdução de inovações organizacionais e de comercialização.

1 “O conceito” – Francisca Bonet (QUID IDEIAS)

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Eco-inovação significa criação de novos e mais competitivos produtos, processos, sistemas, serviços e procedimentos, de forma a satisfazer as neces-sidades humanas e permitir qualidade de vida às pessoas, com um life-cycle-product completo que permita a mini-mização da utilização dos re-cursos naturais por unidade de produção, bem como o mínimo de libertação de substâncias tóxicas.Definição da Europa INNOVA panel on eco-innovation

13 · JORNADAS DE OURIVESARIA 2012

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FORÇA MOTORA PARA O PROGRESSO

A nível europeu, a eco-inovação, é uma das prioridades estratégicas para o período 2014-2020. Trespassa todos os âmbitos e setores erigindo-se como garante do progresso e da competiti-vidade da economia europeia, “A eco inovação deve ser a força motora para o progresso”. Também a nível nacio-nal, existe um interesse crescente na sua promoção. Como foi possivel cor-roborar com a apresentação realizada pela ADI, a Eco-inovação na Agenda Europeia2.

Neste contexto, a AORP posiciona-se para proporcionar novos ativos para a melhoria continua da ourivesaria portuguesa. 

Na Jornada a apresentação teórica e prática do conceito articulou-se num programa composto por três painéis. No primeiro painel “Eficiência”3 foram expostas experiências e propostas inovadoras e ecológicas numa com-ponente hard da eco-inovação apli-cada à ourivesaria. Com propostas de materiais e processos, ouro ecológico, pedras verdes e uma aproximação fundamental para à eficiência nos pro-cessos de produção.

Num segundo painel “Ecodesign”4 demonstrou as possibilidades da apli-cação das premissas do design à eco--inovaçao. Exibiu duas visões de adap-tação conceptual à ourivesaria: design inspirado na natureza e valorização de

materiais não comuns na ourivesaria. Também a importância da integração da alta tecnologia nos processos. Duas perspetivas que validam a importância do design ou melhor do eco-design como metodologia de produção de peças contemporâneas e da criação de valor para além do simples material ou do trabalho manual.

Com “Gestão de Negócio”5, título do terceiro e último painel, incidiu na apli-cação empresarial do conceito. Como potenciar a criação de ideias de valor que geram resultados empresariais e, ao mesmo tempo, ajudam a reduzir o uso dos recursos naturais e promo-vam a eficiência das práticas. Neste contexto a marca afigura-se como um organismo vivo, resultado de uma abordagem global e uma resposta ao contexto. 

2 “A eco-inovação na Agenda Europeia” – Luís Ferreira (ADI)3 “Ecogold como tendência inovadora na ourivesaria” – Julián Sarda (SEMPSA) “Pedras “verdes”” – Rui Galopim de Car-valho (Gemólogo / Portugal Gemas) “Eficiência produtiva” – Óscar Teixeira (Engenheiro industrial)4 “Craft+Design+Natureza” – João Nunes (Designer/docente na Universidade de Aveiro)“A experiência da portuguesa Carla Matos” – Carla Matos (Designer / Materialab)5 “Branding 3.0” – Tânia Savaget (Tátil Design Brasil)

14 · JORNADAS DE OURIVESARIA 2012

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A palestra foi ilustrada pelo processo de criação da marca olímpica e paralimpica de RIO 2016, desenvolvido pela Tatil Design representada por Tânia Savaget, que convidámos a estar presente nestas jornadas, vinda do Brasil, para partilhar a importância do design de ideias na criação de conexões sustentáveis entre as marcas e as pessoas para conceder mais valor e sustentabilidade.

O ponto culminante da jornada foi o lançamento do concurso “Eco--Jewellery Challenge”. Pretende acelerar a aplicação direta da eco--inovação no setor. Pretende distinguir pela inovação peças/protótipos/projeto de joalharia e ourivesaria originais, apresentados pela primeira vez ao público, podendo incidir num ou vários destes âmbitos: novos produtos, novos serviços, novos processos e/ou novos materiais.6 Está aberto até 28 de Fevereiro próximo para duas categorias de participan-tes: alunos e ex-alunos (com menos de 3 anos desde a data da finaliza-ção dos estudos) de joalharia das escolas nacionais e para empresas e profissionais do setor (com mais de 3 anos de experiência acreditada).

Com a temática apresentada, a AORP, este ano ambicionou ir mais além. Tendo como intuito dar a conhecer o futuro da ourivesaria.A missão foi cumprida trazendo a sustentabilidade, o progresso, a ecologia, a criatividade, o design, a responsabilidade, a eficiência, o equilíbrio, a ecologia, a criatividade, o ambiente e a inovação para o discurso direto da ourivesaria nacional.

*Esta iniciativa é financiada pelo Programa SIAC – Sistema de Apoio às Ações Coletivas do QREN.

6 Regulamento do concurso disponível no site da AORP - www.aorp.pt

15 · JORNADAS DE OURIVESARIA 2012

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16 · LUSADESIGN

A AORP foi conhecer melhor este grupo de jovens designers que surgiram pela primeira vez ao público na passada edição da Portojóia. O grupo Lusadesign é constituído por 14 elementos: Joana Ribeiro; Rui Seixas; Lia Gonçalves; Inês Costa Araújo; Romeu Bettencourt & Carolina Brose; Sofia Rocha; Miguel Sereno; Carolina Santa; Sofia Gomes; Maria Magnólia; Zeca Folhadela; ‘Affaire Jewellery; Joana Andresen.

COMO SURGIU ESTE PROJETO?

Este projeto já é ambicionado há algum tempo por al-guns dos elementos do grupo. Na altura era um pequeno grupo e sentimos alguma insegurança. O tempo foi pas-sando e em abril deste ano o grupo cresceu a partir da convivência num atelier de trabalho já existente, aí che-gamos a conclusão que havia uma boa equipa para ser unida, várias personalidades, conceitos distintos, projetos arrojados e vontade em crescer, estava o mix perfeito, foi

só avançar com a ideia e delinear pormenores. (O grupo apresenta-se como um coletivo de designers de joias, não somos uma marca comum, somos todos designers com marcas individuais, sem nunca perderem a sua essência...)Como somos todos muito jovens,  juntamo-nos para da melhor forma promover as nossas joias, para conseguir-mos estar onde desejamos, procurando destacar o nosso design, nacional. Este coletivo pretende promover o trabalho de todos, visto que temos linguagens totalmen-te opostas uns dos outros. E nada é mais enriquecedor do que reunir com 10 ou mais elementos, cada um com uma personalidade e debater ideias para stands, carta-zes, etc...O nosso Objetivo Fulcral é procurar através de feiras e eventos divulgar as nossas joias, enquanto produto na-cional, dialogar com agentes da área e fazer negócio.

SITE: www.facebook.com/coletivolusadesign

COLETIVO DE DESIGNERS DE JOIAS

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17 - LUSADESIGN

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Joana Vasconcelos! Gosto do cruza-mento das diferentes áreas das artes, acho enriquecedor conjugar a joalha-ria com as várias áreas do design, ou artes plásticas, ou pintura...

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Tenho uma neces-sidade enorme de “meter as mãos na massa”! De ver a peça nascer e ir decidindo o passo seguinte à medi-da que ela vai crescendo. Por isso... dêem-me recursos ilimitados que eu depois respondo!

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Agora vou sonhar um bocadinho, mas gostava de ver no MOMA em Nova Iorque!

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? A peça que mais prazer me deu em criar foi o colar Flow, um trabalho de-senvolvido para um projeto académico feito em cortiça. Foi o meu primeiro contacto com a cortiça como matéria--prima para o meu trabalho, onde me apercebi de toda a sua potencialidade e versatilidade, e que deu origem ao desenvolvimento do meu atual proje-to.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Apercebi-me que este era o meu lugar quando vi que é possível conciliar o nosso trabalho com aquilo que mais gozo nos dá fazer. Por vezes a nos-sa realidade obriga-nos a ser mais racionais e a optar por caminhos mais seguros, e nos tempos que correm o mundo da Joalharia não é um bem de primeira necessidade, mas quando se gosta do que se faz, faz-se de tudo para ultrapassar as dificuldades.

B.I.

NOME: Sofia GomesSITE:  www.sofiagomes.pt

E-MAIL: [email protected]: Porto

ATIVIDADE FAVORITA: ViajarINSPIRAÇõES: O meu Porto, os seus

pormenores e as suas pessoas

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... O joalheiro, Onno Boekhoudt. Sem dúvida.

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Acharia muito interes-sante desenvolver joias com o “con-ceito” wearable, mais pela audácia em “deslocar-me” da minha “área de conforto”, mais ligada à matéria e ao craft.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Num espaço como o MOMA, sem dúvida!

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? Uma pulseira (wave) feita em prata e cortiça, desenvolvida no projeto 2nd Skin. Foi logo no inico do meu curso.

Com muito pouca informação sobre técnicas de joalharia e ainda ter de in-troduzir a cortiça na peça, deixou-me preocupada, mas muito entusiasmada, e todo o processo de pesquisa e “ten-tativa/erro” até chegar ao idealizado foi extremamente enriquecedor.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Não foi muito pensado, conheci a escolha onde estudei e vi uma apre-sentação de uma aluna de Joalharia e fiquei rendida, mas pensei “ nunca virei para aqui”, pensava seguir arqui-tetura e achava a opção de joalharia quase utópica. Contudo, um ano a pensar verdadeiramente no que me veria a fazer o resto da vida, levou-me à melhor escolha: Joalharia.

B.I.

NOME: Lia GonçalvesSITE: www.joalhariadeautor.comE-MAIL: [email protected]: Viana do CasteloATIVIDADE FAVORITA: ViajarINSPIRAÇõES: Texturas, natureza, sistema solar

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18 ·LUSADESIGN

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Gostaria de trabalhar com o joalheiro holandês Ted Noten. Não me importava de trabalhar no seu atelier durante um mês e teste-munhar de perto as suas experiências e processos criativos.

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Há medida que a minha experiência profissional vai aumentando, são vários os limites que vou ultrapassando. Não tenho nenhu-ma peça em concreto que gostasse de fazer, no entanto gosto sempre que me desafiem e que surjam clien-tes com pedidos aliciantes que me obriguem a superar dificuldades e a aprender novas abordagens.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Na passadeira vermelha dos Óscar! Gostaria de ver uma actriz portuguesa nomeada para um Óscar utilizando uma joia minha.

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? O anel Ruber Folium é, para mim, a joia que me reflete como designer pois mostra a delicadeza do trabalho aliada à forte cor e plasticidade da tinta metálica, um material não tão comum na joalharia. Este anel venceu o 3º Prémio na categoria de inovação da VIPJóias 2010.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Aos 16 anos, eu criava os meus pró-prios acessórios, nomeadamente as minhas bijuterias. Notei que tinha ap-tidão para a joalharia quando os meus acessórios eram cobiçados por estra-nhos que me pediam para os vender. Iniciei-me com um pequeno “negócio” na área da bijuteria e assim optei pelo curso de design de Joalharia.

B.I.

NOME: Joana RibeiroSITE: www.joanaribeirojoalharia.com

E-MAIL: [email protected]: Leça da Palmeira

ATIVIDADE FAVORITA: Ir ao CinemaINSPIRAÇõES: Natureza, texturas…

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Antonio Bernardo.

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Há várias peças que gostaria de reproduzir se o tempo, as condições e custos o permitissem.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Gostaria de ver num grande museu internacional, como por exemplo no Cooper-Hewitt National Design Museum em Nova Iorque, ou no Museu de Artes Decora-tivas em Paris.

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? Talvez a primeira peça que realizei após ter estado quase dois anos afas-tada do trabalho de banca, foi uma peça que me fez perceber do quanto me sentia realizada nesta área e claro porque o resultado me surpreendeu.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Desde pequena que admirava tudo o que era belo, e talvez à medida que fui crescendo fui admirando a forma como as pessoas se apresentavam, de como se exprimiam através da sua aparência, e obviamente que as joias complementam e fazem parte do género de mulher que admiro e me inspiro.

B.I.

NOME: Carolina SantaFACEBOOk: CarolinaSantaJoalhariaE-MAIL: [email protected]: PortoATIVIDADE FAVORITA: Criar para depois dar vida às pro-postas que idealizoINSPIRAÇõES: Mulheres citadinas e tudo que as possa envolver

Page 19: JORNAL Nº12 AORP DEZEMBRO 2012

19 · LUSADESIGN

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Leonor Hipólito

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Gostaria que as peças que vier a pro-duzir, embuidas de uma forte lingua-gem simbólica, tivessem uma grande aceitação em termos sociais sem que fossem catalogadas como peças de arte no sentido de algo que apenas se

expõe. Para mim a joalharia é uma arte que traduz várias abordagens desde uma tendência de moda, a um veículo de comunicação de opiniões sociais...

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Sem dúvida que seria um enorme orgulho poder ver as minhas peças serem usadas também por mulheres de renome em Portugal como Catarina Furtado por exemplo. Seria, de facto, a prova em como o meu trabalho é valorizado.

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU

B.I.

NOME: Inês Costa AraújoE-MAIL: [email protected] CIDADE: BragaATIVIDADE FAVORITA: DesenharINSPIRAÇõES: Criação a partir da experimentação

PRAzER CRIAR E PORQUê? Uma das peças que mais me marcou e mais gosto me deu a fazer foi sem dúvida a peça intitulada “Remembe-ring Box”. Foi uma peça que surgiu a partir da interpretação de uma música de Ney Matrogrosso chamada Rosa de Hiroshima. Uma música com uma car-ga simbólica muito forte motivo pelo qual resolvi fazer uma peça que, de alguma maneira, materializasse da me-lhor forma o tema da música Hiroshi-ma) tentando através da peça fazer lembrar as vítimas deste desastre.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Surge como resposta a uma neces-sidade de criação artística sentida desde muito nova!

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20 · LUSADESIGN

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Bagau, foi o meu mestre, identifico-me muito com ele, com a maneira de ser, de trabalhar e com o seu trabalho.

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Eventualmente trabalhar com mate-riais raros e por isso muito caros para serem adquiridos.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Cruzar-me com pessoas em lugares ocasionais e ver que elas andam com as minhas criações.

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? A peça que mais prazer me deu em criar foi “Quem vê caras, não vê corações”, foi um desafio trabalhar o tema “Revivalismo” para um concurso. Pensei nas várias hipóteses para dar

resposta a um tema tão vago e depois de refletir encontrei uma resposta que me deixou bastante satisfeita. Mais tarde a peça foi vencedora do 1º Pré-mio PORTOJÓIA Design 2011.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Quando estudava escultura em belas artes, no último ano, tínhamos um projeto anual livre. Quis desenvolver o meu trabalho utilizando joias, mas não tinha conhecimento na área e portan-to tive de abandonar essa ideia para conseguir acompanhar o ritmo que me era exigido. Isso deixou-me inquieta. Mas, só mais tarde, passados 3 anos de terminar o curso de Escultura, deci-di então satisfazer essa vontade que já vinha da faculdade e iniciei o curso de Joalharia na Escola Contacto Directo.

B.I.NOME:

Joana AndresenSITE:

www.joanaandresen.comE-MAIL:

[email protected]: Porto

ATIVIDADE FAVORITA: Viajar

INSPIRAÇõES: A realidade, o quotidiano,

dia a dia,...

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... João Carqueijeiro.

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Vestido de noiva.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Museum of Arts and Design

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? A minha primeira encomenda!Um alfinete de peito em filigrana para uma despedida de solteira.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?A joalharia não estava prevista na mi-nha vida; surgiu de forma intuitiva.

B.I.

NOME: Joana SantosFACEBOOk: www.mariamagnolia.comE-MAIL: [email protected]: PortoATIVIDADE FAVORITA: ViajarINSPIRAÇõES:Natureza, Arquitetura, Objetos

Page 21: JORNAL Nº12 AORP DEZEMBRO 2012

21 ·LUSADESIGN

SE PUDESSE TRABALHAR COM UM ARTISTA ESSE SERIA... Arquiteto Santiago Calatrava

QUE PEÇA GOSTARIA DE FAzER SE NÃO LHE FOSSE IMPOSTO QUAL-QUER LIMITE? Penso que explorar os limites da escala da joalharia com a arquitetura seria algo fascinante de explorar. Basear peças de joalharia em grandes construções de arquitetura.

EM QUE SÍTIO GOSTARIA DE VER UM DIA UMA PEÇA SUA? Penso que um reconhecimento nacio-nal do meu trabalho seria uma realiza-ção pessoal, e uma forma de crescer e pensar na Europa como expansão do

meu trabalho. Para poder chegar ao MOMA The Museum of Modern Art.

QUAL A PEÇA QUE MAIS LHE DEU PRAzER CRIAR E PORQUê? Tenho um anel, feito num projeto da faculdade, que foi baseado numa obra do Santiago de Calatrava, foi um trabalho intenso, mas todo o empenho compensou. O estudo para transfor-mar arquitetura em joalharia foi muito enriquecedor.

QUANDO SE APERCEBEU QUE QUE-RIA ENTRAR NO MUNDO DA JOA-LHARIA?Estive 3 anos no curso de arquitetura, e percebi que procurava algo onde pudesse trabalhar escalas mais pe-quenos e desenvolver o meu trabalho manual. A arquitetura retinha mais a minha concentração quando era necessário fazer maquetas, ou fazer desenhos rigorosos à mão.Então decidi arriscar numa paixão desde pequena, nunca pensei em ser joalheira, mas neste momentos não me imagino a fazer outra coisa.

B.I.

NOME: Cristina Sofia Almeida RochaSITE: www.facebook.com/SofiaRochaJoalharia

E-MAIL: [email protected]: Porto

INSPIRAÇõES: Arquitetura

Page 22: JORNAL Nº12 AORP DEZEMBRO 2012

22 · NOTÍCIAS

A diversificação dos mercados é uma oportunidade das empresas portugue-sas encontrarem no mercado interna-cional uma forma de responder aos novos desafios, numa conjuntura eco-nómica interna particularmente difícil, contribuindo de forma positiva para o equilíbrio das contas externas. Fruto do desenvolvimento tecnoló-gico, da flexibilidade na produção e da capacidade de apresentar novos produtos, as exportações têm vivido uma evolução positiva, mas ainda com grande margem de progressão se criarmos as condições necessárias, desde logo, pela captação de compra-dores estrangeiros a Portugal. O setor de fabricação de joalharia, ou-rivesaria e artigos similares (CAE 3212) em Portugal é composto por mais de 800 empresas de pequena e média dimensão, que reúnem o know-how de séculos de atividade, apresentando, contudo, algumas limitações ao nível do contacto com o mercado, princi-palmente o estrangeiro.

Devido a uma concorrência agressiva não só proveniente de países orientais, como também do desempenho da indústria setorial de alguns países eu-ropeus, é premente a necessidade de captar a atenção de alguns mercados, estreitando relações que consigam absorver a produção nacional, fomen-tando as exportações.

Para isso a Exponor está a desenvol-ver encontros de negócios do setor da Ourivesaria e Joalharia.Esta ação tem como propósito au-mentar as vendas para o mercado externo das empresas do setor da ourivesaria e joalharia.

As principais atividades a desenvolver: 1.º ciclo de reuniões de negócios: A realizar no Palácio do Freixo, Porto, em março de 2013, trata-se de reuni-ões previamente agendadas entre os principais fabricantes nacionais do se-tor (cerca de 20) e representantes de empresas internacionais, com perfil de distribuidores ou de grandes cadeias

de lojas. Através de uma inquirição feita junto dos principais fabricantes nacionais, foram selecionados como mercados-alvo a Rússia e a Polónia.Em paralelo às reuniões de negócio será organizada uma palestra sobre requisitos legais dos processos de exportação para esses mercados. 2.º ciclo de reuniões de negócios: A realizar na Exponor, em Matosinhos, em setembro de 2013, trata-se de reu-niões previamente agendadas entre os principais fabricantes nacionais do setor (cerca de 20) e representan-tes de empresas internacionais, com perfil de distribuidores ou de gran-des cadeias de lojas, indicadas pelos fabricantes ou selecionadas pela AEP. Através de uma inquirição feita junto dos principais fabricantes nacionais, foram selecionados como mercados--alvo Alemanha, Suíça, França e países da América Latina.

As empresas que pretendam partici-par nestas ações deverão inscrever-se junto da Exponor.

EXPONOR LANÇA PROGRAMA DE MISSõES COMERCIAIS INVERSAS PARA O SETOR DA OURIVESARIA

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OURIVESARIA PORTUGUESA DE APARATOSéCULOS XV E XVI

Esta obra, da autoria de Nuno Vassallo e Silva em versão bilingue (português e inglês) é profusa-mente ilustrada, incluindo obras em prata existentes em coleções em Portugal e no estrangeiro.

www.SCRIBE.PT

23 · SUGESTÕES

BRITISH HALLMARkING COUNCILO Reino Unido, é visto como um exemplo de todos os países no mundo que têm um sistema de

marcação rigorosa para proteger o consumidor e o comércio.O British Hallmarking Council tem o dever de defender e proteger um sistema que foi criado há

várias centenas de anos e que é invejado por muitos outros países ao redor do mundo.www.BIS.GOV.Uk/BRITISHHALLMARkINGCOUNCIL

O SELO “PORTUGAL SOU EU“Mais de 170 empresas já manifestaram interesse em qualificar os seus produtos

com o selo “Portugal Sou Eu”Vital para a economia portuguesa, o programa é dirigido a cidadãos, empresas e entidades públicas

com o objetivo de valorizar a oferta nacional.www.PORTUGALSOUEU.PT

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