Jornalesas Novembro de 2009

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D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V O melhor aluno do secundá- rio Página 2 O Clube Europeu vai fazer 10 anos! Página 3 O centenário da implantação República Página 3 Seminário de Jovens Repór- teres para o Ambiente 2009 Página 4 A importância do espanhol no mundo actual Página 5 Teatro na Escola Página 5 Lugar da Ciência Página 6 ―Pesar Saúde‖ NIPES Página 7 Grupo de Dança Página 8 Clube do Desporto Escolar Página 9 AURÉLIA DE SOUSA SÉCULO XXI Página 10 Baile de Finalistas Página 11 À conversa com Paulo Lis- boa… Páginas 12, 13 e 18 AMA Madrid Página 14 Põe-te a milhas das pastilhas Página 14 Já temos um Parque para bicicletas Página 15 Acreditar não só nas pala- vras Página 16 Lá e Cá Página 17 Direitos humanos Páginas 20, 21, 22 e 23 Logotipo Página 24 € 0,50

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Jornal oficial da Esc. Sec/3 Aurélia de Sousa, Porto.

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Page 1: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V O melhor aluno do secundá-

rio Página 2

O Clube Europeu vai fazer

10 anos! Página 3

O centenário da implantação

República Página 3

Seminário de Jovens Repór-

teres para o Ambiente 2009 Página 4

A importância do espanhol

no mundo actual Página 5

Teatro na Escola Página 5

Lugar da Ciência Página 6

―Pesar Saúde‖ NIPES Página 7

Grupo de Dança Página 8

Clube do Desporto Escolar Página 9

AURÉLIA DE SOUSA – SÉCULO

XXI Página 10

Baile de Finalistas Página 11

À conversa com Paulo Lis-

boa… Páginas 12, 13 e 18

AMA Madrid Página 14

Põe-te a milhas das pastilhas Página 14

Já temos um Parque para

bicicletas Página 15

Acreditar não só nas pala-vras Página 16

Lá e Cá Página 17

Direitos humanos Páginas 20, 21, 22 e 23

Logotipo Página 24

€ 0,50

Page 2: Jornalesas Novembro de 2009

Francisco Carvalho

Pimenta nasceu no Porto

em 1991. Ingressou na

nossa escola no ano lecti-

vo 2003/2004 para iniciar

o sétimo ano de escolari-

dade e veio a concluir o

ensino secundário no Cur-

so Ciências e Tecnologias

em 2008/2009, com a

média de 19,1 valores.

Os professores falam com

emoção de um aluno que

deixou muitas saudades.

Evocam a “modéstia dos

grandes” e exaltam a sua

enorme generosidade.

Quisemos falar com o

Francisco ...

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 2 •

N ós gostávamos de saber

qual o curso que estás a tirar e se

corresponde às expectativas. O cur-

so é o de Engenharia Civil, da Univer-

sidade do Porto e, para já correspon-

de às expectativas.

Só por uma questão de curiosidade,

não era preciso uma média tão alta

para entrar em engenharia civil,

pois não? Qual foi a média de Eng.

Civil? Não. Este ano na 1ª fase foi de

14,7 valores.

A nota que tinhas era muito acima

daquilo que era exigido para entrar

em Engenharia, mas o curso era

uma paixão ?

Não, eu até nem sabia muito bem o

que escolher. Estava indeciso entre o

curso de Física e o de Engenharia

Civil, mas acabei por optar por enge-

nharia, acho que é o que tem mais a

ver com aquilo que eu gostava.

Estás a sentir a diferença entre os

graus de ensino? A única diferença

que noto é que somos muito mais

autónomos, os

professores

apenas dão a

matéria.

Que métodos

de estudo utili-

zaste para

obter tão bons

resultados aqui

na escola? Eu

nunca fui muito

apologista

daquelas pes-

soas que estu-

dam horas e

horas a fio. Por

isso acho

melhor cada um

estudar o que

precisa. Quando

se está uma

hora/hora e

meia a estudar

o cérebro já

‗desligou‘, já não se está a aprovei-

tar nada. Faz sempre bem apanhar

um bocado de ar, estar com os ami-

gos, um horário equilibrado foi o que

sempre achei melhor.

Nomeadamente… Eu sempre tive

mais jeito para as disciplinas que

envolvessem mais raciocínio, não

muito a memória, como conceitos,

filosofias... Biologia e Geologia sem-

pre ‗fugi‘ delas precisamente por

causa disso. Também nunca foram o

meu forte. Com coisas mais resoluti-

vas, como Matemática ou Física,

estava mais à vontade. E até fazia

uns exercícios de vez em quando.

Tinhas algum tipo de ajudas, expli-

cadora, pais…? Não. Sempre fiz um

estudo individual.

Achas que as actividades extracurri-

culares beneficiam ou prejudicam,

de alguma maneira, o estudo diário?

Sem dúvida que beneficiam, eu acho

que tem de haver tempo para tudo,

uma pessoa não pode apenas focar-se

só no estudo. Sair com os amigos, ir

ao cinema faz sempre bem!

Na tua opinião, qual o sítio mais

adequado para realizar um bom

estudo? Para mim , um sítio calmo

com boa luz é suficiente.

Tiveste de abdicar de algo que gos-

tasses de fazer por causa dos estu-

dos? Não e foi uma coisa que eu sem-

pre quis evitar!

Queres deixar alguma mensagem

aos alunos da ESAS, aos

‗Aurelianos‘? Estudar é bom, é

importante, mas há outras coisas na

vida… O equilíbrio é fundamental! Se

uma pessoa só estudar vai perder

muita coisa da juventude que, mais

tarde, não vai poder fazer! Temos

tempo para estudar, para sair com os

amigos, para jogar futebol, para ir ao

cinema… Temos 24 horas por dia e

isso é muita hora…

Francisco Pimenta

o melhor aluno do secundário Entrevistado por Pedro Gomes e Patrícia Costa do 10ºG - Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)

O Francisco a receber o diploma de melhor aluno do ensino secundário pela mão da

Drª Delfina Rodrigues, Directora da Escola DIA DO DIPLOMA— Setembro 2009

Page 3: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 3 •

O Clube Europeu é um espaço transversal e

interdisciplinar, com o objectivo de desenvol-

ver projectos de promoção da cidadania e dimensão euro-

peia, a utilização das tecnologias de informação, a comuni-

cação internacional, e assegurar a participação da escola

em redes nacionais e internacionais.

Fizemos parcerias Comenius visitando e recebendo 10

escolas europeias; recebemos, na Aurélia, as Escolas Asso-

ciadas da Unesco da Holanda; participámos com a rede de

promoção ambiental Jovens Repórteres para o Ambiente a

nível nacional e a nível internacional e colaborámos com a

rede Mondialogo e a Associação Francesa APMCJ

(Associação para uma Melhor Cidadania dos Jovens). De

facto, em rede, já desenvolvemos projectos comuns com

escolas de quase todos os países da União Europeia e para

além da União. No 10º aniversário, que se celebrará no

próximo ano lectivo, faz-se contas à vida. Estamos, pois,

num momento de reflexão.

Contudo, a reflexão no Clube Europeu tem de estar

sempre ligada à acção. No presente ano lectivo e pela pri-

meira vez desde 1999, não temos um projecto Comenius

em desenvolvimento. Estamos a preparar um para breve.

Entretanto, continuamos com a nossa actividade em rede

Jovens Repórteres para o Ambiente e ligação à acção de

outros grupos ambientalistas nacionais e internacionais

como a Associação Campo Aberto e Eco-clubes. Colaborá-

mos com o Projecto Mosaica, Primavera da Europa e a

Europa Mora Aqui no âmbito da União Europeia. E desen-

volvemos projectos no âmbito das Escolas Associadas da

UNESCO.

No blog www.clubeuropeuesas.blogspot.com, pode-se

espreitar algumas das actividades que vão sendo

desenvolvidas. Para fazer parte do Clube Europeu é

necessário inscrição, apresentada no início do blog:

poderás ainda colaborar com os projectos agendados.

O Clube Europeu vai fazer 10 anos!

Por Maria Rosa Costa Professora responsável pelo Clube Europeu

CLUBE DE FOTOGRAFIA

http://picasaweb.google.com/acarvalhalvs/CLUBEDeFOTOGRAFIAESASFotografias

DaEscolaNova#

http://cfesas.no.sapo.pt/index.html

http://cfesas.no.sapo.pt/cf_intro.html

31 de Janeiro de 1891

a República chegou

primeiro ao Porto

A revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi a

primeira tentativa de implantação do regi-

me republicano em Portugal - A proclama-

ção do novo regime foi feita a partir da

varanda da Câmara Municipal do Porto.

O Grupo Disciplinar de História vai, ao longo do ano

de 2010, assinalar a comemoração do centenário

da implantação da República.

Mais notícias brevemente.

Gravura de Louis Tynayre que representa a Guarda Municipal a atacar os revoltosos entrincheirados no edifício da Câmara Municipal, durante a Revol-ta republicana do Porto (publicada na revista universal Ilustração, impressa

em Paris, 1891, vol.8)

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D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 4 •

Seminário de Jovens Repórteres para o Ambiente 2009 Por José Chen Xu do 10.ºB Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)

N o fim-de-semana de 14 e 15 de

Novembro, o grupo dos Jovens

Repórteres (JRA) da nossa escola participou

em Ovar no Seminário Nacional que visa não

só alertar as pessoas para os problemas

ambientais, mas também agir estrategica-

mente e procurar resolvê-los.

Representaram a nossa escola, as profes-

soras Rosa Costa e Maria José Rodrigues, dois

alunos do 10.ºB, Núria Fonseca e José Chen e

duas do 10.ºI, Ana Clara Mota e Mafalda

Malafaya.

O Seminário abriu com a apresentação da

coordenadora nacional do projecto, Margari-

da Gomes. Foi confirmado o programa para

os dois dias que incluía uma análise de ques-

tões ambientais e foram dados a conhecer

organismos activos nessa área, tais como:

Sociedade de Gestão Integrada de Óleos

Lubrificantes Usados, Lda. (Sogilub ou Eco-

lub), associação Amigos do rio Cáster, jor-

nalistas do programa Biosfera e Câmara

Municipal de Ovar.

Nessa tarde, fomos todos separados em

quatro grupos diferentes: iríamos visitar e

investigar, guiados pelos monitores,o Rio

Cáster, as ribeiras e fontes de Ovar, o Fura-

douro, a Praia da Maceda para observar a

erosão costeira, a Moita e asua biodiversida-

de.

Cada grupo produziu um artigo sobre a

região que percorreu, o que contribuiu muito

para conhecer novas pessoas e trabalhar com

mais entusiasmo, mais animadamente.

No dia seguinte, apresentaram-se as

reportagens realizadas e as respectivas

fotorreportagens. O trabalho mais divertido

foi, talvez, o do grupo da professora Maria

José Rodrigues, uma fotorreportagem trans-

formada em história de amor.

O Seminário organizou três concursos: o

melhor cartaz, a melhor fotografia dos alu-

nos e a melhor fotografia dos professores.

A nossa escola concorreu com o cartaz

ilustrado que, infelizmente, não foi o pre-

miado. Em contrapartida, a professora Maria

José Rodrigues ficou em 2.º lugar no Concur-

so de Fotografia.

Foi uma experiência única ter participado

neste projecto que vai continuar. Até

Dezembro, vamos ―Esmiuçar Copenha-

ga‖ (Quioto 2). Mais tarde continuaremos

com artigos e fotorreportagens e as activida-

des já propostas pelos JRA da Aurélia. Para o

ano há mais Seminário.

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Página 5 •

N o presente ano lectivo, a escola tem Clube

de Teatro. A iniciativa, aberta a todos os

interessados, nasce naturalmente do trabalho que tem

vindo a ser desenvolvido desde o ano lectivo de

2004/05, dando seguimento a uma tradição que a escola

já tinha, na altura em que a edilidade portuense possi-

bilitava a monitorização teatral nas escolas.

Em 2004/05, por ocasião de Um ano com Sophia: fes-

ta de homenagem, no fim do ano lectivo, subiu à cena

Bojador, da autoria da homenageada e com encenação

minha e representação de alunos do sétimo ano.

2005/06 marcou o arranque de uma experiência-

piloto na escola: a disciplina de Expressão Dramática

numa turma de sétimo ano. A finalizar o ano lectivo,

uma noite de teatro, com a peça Pedro e Inês, lembran-

do os 650 anos sobre a morte de Inês de Castro, repre-

sentada por alunos dos décimo segundo e sétimo anos.

Outras noites vieram corporizar todo o entusiasmo

que vinha crescendo:

▪ 2006/07: Uma Televisão para Todos e Um Serão com

Torga (por ocasião do centenário do nascimento do

escritor, respondendo, tal como no ano anterior, a um

desafio da Dra. Luísa Saraiva, responsável pela Bibliote-

ca/ CRE da escola);

▪ 2007/08: Encontros/Desencontros, a concluir três

anos da disciplina de Expressão Dramática, uma produ-

ção dos alunos do 9.º E e do professor.

No presente ano lectivo, ideias não faltam. A seu

tempo, o teatro falará… naturalmente.

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V

Teatro na Escola Por José Fernando Ribeiro Professor responsável pelo Clube de Teatro

O espanhol é, cada vez mais, uma língua

emergente e um factor de diferenciação

positiva e relevante na formação académica e pro-

fissional. Assim, o ensino da língua tem vindo a

ganhar algum relevo, uma vez que o interesse na

sua aprendizagem é cada vez maior por parte dos

alunos. A língua espanhola corresponde à segunda

língua nativa mais utilizada no mundo depois do

mandarim (chinês). No que se refere ao número de

falantes e países em que é língua oficial, o espanhol

é uma das três línguas mais faladas no mundo. Des-

taca-se também como língua de comunicação inter-

nacional, o que lhe confere um lugar determinante

neste campo, dado que é a segunda língua mais

usada depois do inglês. O estudo da língua espanho-

la permitirá ao novo falante adquirir um conjunto

de competências comunicativas que representam na

actualidade grandes oportunidades profissionais,

onde o conhecimento de diversas línguas modernas

significa poder integrar e acompanhar os grandes

temas do mundo actual e global.

A importância do espanhol no mundo actual Por Pedro Magalhães Professor de Espanhol na ESAS

Page 6: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 6 •

Lugar da Ciência LdC Por Carlos Morais Prof. Coordenador do Lugar da Ciência

O Lugar da Ciência é uma estrutura recentemente

criada na escola por professores do Departamento

de Matemáticas e Ciências Experimentais (Matemática, Bio-

logia e Geologia, Física e Química, Informática e Tecnolo-

gias) cujo principal objectivo é a mobilização/sensibilização

da comunidade escolar para a cultura científica e tecnológi-

ca.

Neste âmbito, serão desenvolvidas actividades que conta-

rão com a presença de estudantes do Ensino Básico e Secun-

dário que venham a manifestar interesse em participar junto

dos professores de Matemática, Biologia e Geologia, Física e

Química, Informática e Tecnologias. Para este ano lectivo,

estão previstas as seguintes actividades:

Põe-te a andar robô

Projecto de utilização da tecnologia, em colabora-

ção com o Laboratório de Sistemas Autónomos do

Instituto Superior de Engenharia do Porto. Será

aberto um processo de selecção dos participantes

através dos professores de Matemática e Informáti-

ca.

Aquaurélia

Projecto de utilização da tecnologia aplicada à Bio-

logia em colaboração com o Centro Interdisciplinar

de Investigação Marinha e Ambiental da Universida-

de do Porto (CIIMAR). Participarão todos os estudan-

tes das turmas dos professores de Biologia e Geolo-

gia envolvidos.

Matemática: estudar, experimentar, descobrir

Projecto de utilização das tecnologias na sala de

aula. Participarão todos os estudantes das turmas

dos professores de Matemática envolvidos.

Eco-aurélia

Projecto de acção ambiental, em colaboração com

o Departamento de Valorização Orgânica da Lipor.

Participarão todos os estudantes das turmas dos

professores de Biologia e Geologia envolvidos.

ENEAS

Projecto de monitorização ambiental, em colabora-

ção com a Faculdade de Engenharia da Universidade

do Porto. Participarão todos os estudantes das tur-

mas dos professores de Biologia e Geologia envolvi-

dos.

OUTRAS ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO

Ciência filme a filme

Projecto de divulgação da ciência através de docu-

mentários temáticos (em colaboração com a Biblio-

teca). Serão projectados filmes sobre ciência e tec-

nologia nas datas e em local a indicar oportunamen-

te.

Ler Ciência

Projecto de promoção da leitura do livro científico,

do livro de divulgação científica e do livro de ficção

científica (em colaboração com a Biblioteca e pro-

fessores de Português). Participarão todos os estu-

dantes das turmas dos professores envolvidos.

Semana da Ciência e Tecnologia

23 a 27 de Novembro de 2009.

Semana de palestras e actividades de promoção e divulga-

ção da ciência e tecnologia, da cultura científica e tecnoló-

gica.

Página 6 • Página 6 •

Page 7: Jornalesas Novembro de 2009

Página 7 •

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 7 • Página 7 •

N o dia 12 de Outubro de

2009, pelas dez horas e trinta minu-

tos, a turma do 10ºA deslocou-se ao

recreio para participar em várias acti-

vidades, com o título ―Pesar Saúde‖,

promovidas pelo NIPES* da escola.

O projecto estava dividido em três

actividades lúdicas que abordavam a

temática de como ter uma vida sau-

dável. Para melhor funcionamento, a

turma teve que ser dividida em três

grupos, juntando-se a uma turma do

ensino básico.

Um dos grupos ficou no campo de

matraquilhos humanos, uma maneira

didáctica e divertida de mostrar a

importância do exercício físico no

quotidiano da população jovem.

Outra actividade consistia num

questionário sobre a Roda dos Alimen-

tos, na qual os alunos iam completan-

do as divisões da roda.

A última actividade envolvia uma

pequena conclusão sobre todo o pro-

jecto, estando alguns instrumentos

disponíveis para realizar um Quizz

sobre uma alimentação saudável.

Aqui fica a recordação de uma acti-

vidade fantástica e muito divertida.

*NIPES—Núcleo Implementação Pro-

moção Educação Saúde

Participação na actividade “Pesar Saúde” Por alunos do 10ºA - Foto de Lucinda Mota (profª)

Este livro fala de um rapaz, Bruno, filho de um militar nazi. A sua pro-

moção no emprego, faz com que esta família tenha de abandonar a cida-

de de Berlim para outra região onde ele não tem nada para fazer, nem

ninguém para brincar. Bruno, irrequieto, ignora os constantes avisos da

mãe para não explorar o jardim, por detrás da casa, e vai à quinta que

viu ali perto. Nesse local conhece Shumuel, um rapaz da sua idade que

vive uma realidade completamente diferente do outro lado da vedação. O

encontro de Bruno com este rapaz de pijama às riscas vai arrancá-lo da

sua inocência. Os repetidos e secretos encontros com Shumuel trazem

uma amizade com consequências inesperadas e destruidoras.

Este livro trata de grandes crueldades das quais resultaram a morte de

homens, mulheres, idosos e crianças inocentes. Mas no holocausto, havia

os fortes (nazis) e os fracos (judeus). Os nazis eram considerados o topo

do mundo. Este livro não podia representar melhor esta realidade terrível.

O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS de John Boyne Por Vanessa d’Orey do 10ºF

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D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 8 •

F oi numa sexta-feira nublosa de Outono…

Ao princípio, não ficamos completamente con-

vencidas, no entanto, precisávamos de algo para preencher

os minutos dessa tarde vazia. Mas a nossa entrada no Clube

de Dança acabou por ser muito mais do que uma simples

ocupação do tempo. Acabou por ser uma oportunidade para

evoluir e para fazer amizades.

Penso que não há nada mais libertador do que utilizar o

movimento do nosso corpo para soltar todas as emoções acu-

muladas. Usá-lo para interpretar histórias e momentos é

ainda mais fascinante.

E foi isso que fizemos no Clube de Dança, no ano lectivo

2008/09, no âmbito do Ano Internacional da Astronomia.

Tentámos criar um ambiente no qual nós e o público pudés-

semos desfrutar daquele cariz especial que tanto nos fascina

nas noites estreladas de Verão.

Tivemos também oportunidade de expor, no papel, os

nossos sentimentos em relação a este tema.

A nossa participação no Clube de Dança ficará, sem dúvi-

da alguma, nas nossas memórias mais marcantes, assim

como permanecerá para sempre, dentro de nós, aquele

libertador bichinho da dança!

A propósito da minha participação no Grupo de Dança …

Por Maria Araújo do 9ºC

Ana Sofia, Ana Rita, Mariana Barros, Maria Araújo, Mariana Costa, Cláudia Dolores, Sara Ferreira,

Beatriz Araújo, Bítia, Sara Deus, Maria José e Mariana Sá. (da esquerda para a direita e de cima para baixo)

Page 9: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 9 •

GRUPO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

Professora responsável: Catarina Cachapuz

Horário de funcionamento

2ª feira das 17:15h às 19:30h Sala de Dança

GRUPO DE XADREZ

Professor responsável: Jorge Guimarães

Horário de Funcionamento

4ª feira das 13:40 às 15:10 4ª feira das 17h às 18:40h*

Biblioteca/ CRE

(*Em caso de reunião do professor, o horário é à

3ª feira das 11h às 13:00h)

GRUPO DE TIRO COM ARCO E COM ARMA DE PRECISÃO

Professora responsável: Fátima Sarmento

Horário de Funcionamento

3ª feira das 11:45 às 13:00 4ª feira das 13:45 às 15:45

Polidesportivo

Outras Actividades do Clube do Desporto Escolar

Por Catarina Cachapuz Professora responsável do Desporto Escolar Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)

Page 10: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 10 •

AURÉLIA DE SOUSA – SÉCULO XXI “Aqueles

que pas-

sam por

nós não

vão sós,

deixam um

pouco de

si, levam

um pouco

de nós”

Saint-

Exupéry

Página 10 •

H ouve escolas no Porto que pela

qualidade do seu magistério se

tornaram emblemáticas: a Industrial Infante

D. Henrique, a Soares dos Reis, a Aurélia de

Sousa. Eram outros tempos, diria antes: vivia-

se outra Era. A Família e a Escola viviam

estreitamente unidas num objectivo natural,

uno e universal: preparar bem os mais novos

para os apetrechar para o seu próprio futuro,

para serem autónomos, para serem capazes

de ―vencer na vida‖ – como mulheres e

homens com dignidade, com civismo, com

patriotismo, com respeito pelas leis vigentes.

Sem este tecido humano de elevada qualidade

a Nação não presta.

Em oposição ao divisionismo atávico, saloio

e altamente pernicioso para todos, cultivado

por certas facções doentias de professores,

um pouco por todo o País, regista-se, pelo

menos na nossa Escola, um fenómeno sadio de

saudosismo por parte de alunos que partiram

e que, embora seguindo destinos díspares se

mantêm unidos à memória de sua quase esco-

la-berço. A prová-lo está a criação da associa-

ção de antigos estudantes MAIS AURÉLIA cujo

núcleo fundador é hoje composto já por uni-

versitários, alguns deles quase em final de

curso.

Percorremos há dias alguns espaços da

―Aurélia reconstruída‖ e consideramos que

toda a escola beneficiou objectivamente com

a intervenção que nela se faz. Há, obviamen-

te uma muito melhor funcionalidade. Corre-

dores mais luminosos, salas de aula muito

mais confortáveis e muito melhor apetrecha-

das tecnologicamente. Parece que o frio que

suportámos no inverno, anos a fio, é uma

recordação diluída no Tempo e a falta tantas

vezes sentida de um projector deixou de ser

obstáculo. Obviamente que ainda é necessário

fazer um esforço para criar uma simbiose

mental entre a Escola que foi a nossa segunda

casa, com as suas madeiras, os seus armários

antigos repletos de toda uma vida de décadas

de trabalho e de estudo, aquele bar quase ―à

Harry Potter‖, tão aconchegado e onde

―estávamos todos ao monte‖ mas onde era

palpável uma forte carga de calor humano, a

Secretaria onde não havia formalismos buro-

cráticos, enfim, todos aqueles cantos e recan-

tos que já conhecíamos de cor e salteado e

eram tão nossos, já não existem.

A primeira impressão arquitectónica quan-

do entramos dentro da ―nova Aurélia‖ é a de

entrarmos num hotel da cadeia Íbis, ou numa

destas clínicas modernas. Cores informais,

portas metálicas com um grande vidro meio,

tectos inundados de ―pladur‖, janelas que

abrem duma forma pouco prática, diga-se, e

uma certa atmosfera demasiado fria que falta

preencher com plantas, gravuras, qualquer

coisa de espiritual. Há ar condicionado quanto

baste, com as suas vantagens e os seus custos

(mudanças atempadas de filtros e gastos de

energia eléctrica) e há muita luz. A Directora

mergulhou no fundo duma vasta sala, mais

longe, muito mais isolada. Não será bem esse

o ―espírito‖ duma escola humanista. Mas seja-

mos práticos e não piegas. Por vezes (tantas

vezes!) os mais velhos receiam a modernida-

de. Mas ela é a lei fundamental da evolução e

da civilização humana e temos que olhar para

a ―mudança‖ como um factor de progresso,

como um esforço são de melhoria e temos que

ser arrojados ―entrando na onda‖, isto é: sal-

tando para dentro do Progresso e sermos nós

também uma parte integrante e ainda funcio-

nal dele. Portanto: VIVA A ANTIGA AURÉLIA E

LONGA VIDA PARA A NOVA.

Por Quinto Barcelos Ex-professor da ESAS Orientador Pedagógico

Foto de António Carvalhal (prof.)

Page 11: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 11

Página 11

Baile de Finalistas Por Catarina Ferraz

G lamour, requinte e muita animação, marcaram a

noite de 5 de Junho 2009. Uma festa que encerrou

um ciclo para muitos de nós, que ingressaram agora no ensino

universitário.

O evento teve lugar no restaurante Triplex, na Avenida da

Boavista, e o tema abraçado foi os anos 90.

A AMA em conjunto com a associação de estudantes teve o

prazer de nos proporcionar momentos inesquecíveis!

As meninas calçaram assim o sapatinho da Cinderela e os

cavalheiros pareciam uns verdadeiros príncipes, enfim, como um

verdadeiro conto de fadas!

Ditados Populares da

Era Digital :)

Amigos, amigos, passwords à ت

parte.

.Melhor prevenir do que formatar ت

.O barato sai caro. E lento ت

Quando a esmola é muita, o santo ت

desconfia que tem um vírus anexa-

do.

Quem semeia e-mails, colhe ت

spams.

,Na informática nada se perde ت

nada se cria. Tudo se copia...

Não adianta chorar sobre ficheiro ت

apagado

O problema do computador é o USB ت

(Utilizador Super Burro)

:Uma impressora diz para outra ت

essa folha é tua ou é impressão

minha?

Page 12: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 12 •

Qual a sua função no processo de

intervenção da nossa Escola? Faço

parte de uma equipa de gestão e fiscali-

zação das intervenções do Parque Esco-

lar no âmbito da reabilitação e mobiliza-

ção do parque em si.

Quais os principais problemas/

obstáculos que teve de enfrentar?

Podemos dividi-los em duas situações

distintas: ligação obra/escola e a obra

em si, dos trabalhos da empreitada. No

que se refere à primeira, o início foi um

poucodifícil, pois tivemos de perceber a

escola, a comunidade escolar, para pro-

teger os alunos de forma a não prejudi-

car o ano lectivo 2008/2009. Quanto à

obra, tínhamos pouco espaço para ope-

rar, pois estamos inseridos num quartei-

rão e o ruído poderia afectar as aulas, o

corpo docente, os alunos e os morado-

res. Além disso, deparámo-nos com um

nível freático muito elevado. Tivemos

problemas que a engenharia nos resol-

veu, mas que dificultaram o desenvolvi-

mento dos trabalhos, surgindo alguns

atrasos.

À conversa com Paulo Lisboa ….

A satisfação pelo novo espaço é um sentimento compartilhado por toda a

comunidade escolar. Mas há sempre questões e por isso pedimos a entrevis-

ta… Paulo Lisboa, responsável pela fiscalização das obras na ESAS sentou-se

connosco e respondeu, com agrado, a tudo que lhe perguntámos. Por Joana Sequeira do 12º H

Fotos por António Carvalhal (prof.)

Page 13: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 13

Professores e alunos reclamam que as salas ficam

abafadas e não há possibilidade de abrir as janelas

para as arejar. Está prevista alguma solução para

atenuar esta situação?

É preciso concluir determinados ensaios para a optimi-

zação das situações e para a qual pedimos alguma

paciência. O objectivo foi aumentar o isolamento das

salas termicamente e acusticamente. As salas tem

UTAs, (unidades de tratamento dear). As janelas abrem

a 30 graus de forma a não haver propagação do ruído.

O professor não necessita de fazer um esforço tão

grande ao nível vocal e, para o aluno, é mais fácil

poder concentrar-se. A iluminação está preparada de

forma a que os alunos não forcem a visão ao nível do

quadro e em termos do plano de trabalho, ou seja, da

mesa de trabalho… Para isto contribui a disposição das

iluminarias de forma a que não haja transmissão de

brilho nos quadros cerâmicos e reflexão, e para que

não haja algo prejudicial para a visão dos alunos em

termos de quadro e plano de trabalho.

Irão ser colocados bengaleiros nas salas? Não, cada

aluno terá o seu cacifo/vestiário, que irão ser coloca-

dos em espaços informais.

E as cores? As cores que estão na escola são neutras,

foram pensadas pela arquitectura de forma a realça-

rem o conteúdo e a facilitarem a concentração aos

alunos. Tudo se conjuga e harmoniza, há ligação entre

o cinza e o branco.

Balneários, porquê o atraso? Há identidades execu-

tantes exteriores à obra, como a EDP, entre outras

empresas, e geram-se situações que fogem ao nosso

controlo. Outras vezes a responsável é a burocracia,:os

procedimentos são morosos e os atrasos surgem.

Muitos se questionam: e palco, não vai existir? A

escola ganhou novos espaços que substituem com van-

tagem o antigo palco, nomeadamente um auditório e

duas salas de ginástica. O Auditório está dividido em 3

circuitos totalmente apetrechado, preparado com um

sistema audiovisual e sonoro como a escola nunca teve.

Há novas áreas para dança e ballet..

Bancos de jardim sobre os canteiros, porquê?

Foram pormenores pensados por um arquitecto paisa-

gista. Pretende-se que haja uma interligação entre o

espaço verde e a própria disposição do banco rústico.

A disposição dos elementos físicos que compõem a

escola tornam a Aurélia de Sousa a elite das elites.

Com os melhoramentos introduzidos na escola, não

irá disparar a factura energética?

Sim, obviamente que irá, devido à iluminação exterior.

Não havia luz no exterior. Contudo, usam-se lâmpadas

económicas e dispomos de quinze painéis solares. Faz—

- se a gestão de energia dos painéis e das caldeiras

pela interacção entre eles. Estamos perante um edifí-

cio inteligente em termos técnicos e acústicos. Temos

células crepusculares que activam quando não há luz

natural. Quando dá o toque de entrada a iluminação

reduz par 50% e é activada quando toca para fora

havendo obviamente redução no consumo A escola está

preparada para colocação dos painéis fotovoltaicos

para poder vir a vender energia à rede pública. Temos

isolamento térmico. Os vidros são todos laminados e

temperados, não são duplos e conjugados com a caixi-

lharia, não ocorrerá o fenómeno de efeito de estufa no

verão e para que, no inverno, o frio não entre. A esco-

la detém um ―relógio mãe‖, que não atrasa nem adian-

ta, que está ligado a um GPS e que por sua vez está

ligado directamente a um satélite geoestacionário.

Continua na página 18

Joana entrevista Paulo LIsboa

Page 14: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 14 • Página 14 •

D esde 2004, a AMA – Associação Mais Aurélia,

apresenta-nos uma solução diferente para

passarmos uma semana das nossas férias da Páscoa na

companhia dos nossos amigos e também de ex-alunos.

Estes dias decorrem sem pais, com alguns professores

convidados e claro com os simpáticos membros da orga-

nização. Depois de Paris e Barcelona, o destino escolhi-

do foi Madrid.

No dia 3 de Abril de 2009, deixámos o Porto para mais

uma semana inesquecível. Depois de umas horas de via-

gem, chegámos de manhã cedo ao centro da capital

espanhola e logo partimos à aventura de visitar a cida-

de, a começar pela Plaza de Espanha. Ao longo dos dias

aproveitámos para conhecer o Palácio Real, o Museu do

Prado, o Museu Rainha Sofia, a Estação de Atocha, o

Parque do Retiro, entre muitos outros locais emblemáti-

cos, embora sem qualquer carácter obrigatório, e termi-

námos com sessões de convívio em locais igualmente

interessantes, como a passagem fundamental pelo Hard

Rock Café.

Contudo, não seria um projecto da AMA se não hou-

vesse a mais marcante atracção destas férias: a visita ao

parque temático Warner Brothers, no qual dedicamos

um dia inteiro ao divertimento.

No nosso roteiro de visitas, para além do centro de

Madrid, fomos ainda a Toledo e Salamanca, duas cidades

com muita história e beleza, que ficaram marcadas não

só pelas suas características naturais e arquitectónicas,

mas também porque foram testemunhas da nossa ani-

mação e criatividade onde todos juntos fizemos muita

festa.

Mas foi Toledo o momento alto da viagem, marcado

pela união e invasão por todo o grupo, em que fomos o

centro das atenções, chegando mesmo a sermos confun-

didos com animadores de rua. Esta enchente só foi com-

parável à massiva e ruidosa ocupação que fizemos de

um restaurante da cidade para assistirmos a um desafio

de futebol entre o Manchester e o F. C. Porto, do qual

saímos com um resultado bastante positivo. (Chegou-nos

inclusive aos ouvidos que o F. C. Porto preparou em

segredo aquela exibição em homenagem à AMA!)

Em suma, toda a visita cultural é importante, mas as

viagens da AMA são mais do que isso: são diversão, ani-

mação, amizade e tudo mais. É uma semana fantástica,

mesmo que o destino não cative, pois quem faz a via-

gem somos nós e não o destino.

AMA Madrid 2009

Por Juliana Ferraz e Maria João Dias

PÕE-TE A MILHAS DAS PASTILHAS Por José Chen Xu do 10ºB

Porque são eles [os adolescentes] os principais consumidores desta dro-

ga.‖ Teresa Summavielle, que pretendeu alertar-nos para os efeitos do

ecstasy, é a grande impulsionadora do projecto e-drogas. Visitem: http//e-drogas.blogspot.com

N o passado dia 2 de Novembro, os alunos do

10.º ano (turmas A, B e J) assistiram a uma

palestra sobre os efeitos das drogas, apresentada por esta

professora universitária.

Teresa Summavielle, do Instituto Biomolecular e Celular

da Universidade do Porto (IBMC), é uma das autoras do

estudo publicado no Journal of Neuroscience. Veio à nossa

escola apresentar uma palestra que forneceu muitas infor-

mações ao nível dos efeitos e perigos do consumo de drogas

em relação dos adolescentes.

Explicou que as drogas e o álcool interrompiam as sinap-

ses dos neurotransmissores, isto é, impediam que a mensa-

gem destes fosse transmitida para o outro neurónio. Esta

paragem demorava cerca de uma hora, impedindo que a

mensagem de ―prazer‖, ao drogar-se, chegasse ao destino,

sendo desviada para outro lugar. É por isso que, quando

essa paragem termina, o indivíduo drogado (ou bêbado) se

sente, muitas vezes, deprimido.

Para comprovar que as drogas, principalmente o ecs-

tasy, nos fazem mal, apresentou dados relativos a experiên-

cias com ratos brancos ―adolescentes‖ para nos conscien-

cializarem e chegarmos à conclusão que as drogas afectam

o sentido de percepção.

Apresentou, entre a variada informação que nos sur-

preendeu, o estado do cérebro de experiências realizadas

nos Estados Unidos em macacos. A perda de milhões de

neurónios durante a toma de drogas durante oito dias con-

secutivos foi uma realidade. A recuperação destes, em sete

anos, é de menos de 50% dos que existiam inicialmente.

Foi uma palestra muito interessante e vantajosa pois,

graças a ela, foi possível esclarecer muitas dúvidas sobre as

drogas e tomar conhecimento de novas situações relaciona-

das com elas.

Assim, podemos tomar consciência do que nos pode

acontecer ao drogarmo-nos ou embebedarmo-nos e que,

consequentemente, podemos ficar com deficiências cere-

brais e motoras permanentes.

Visitem: http://e-drogas.blogspot.com

Page 15: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 15

Página 15

E m minha opinião, um parque de bicicletas "puxará"

pela utilização da bicicleta, esta pelos parques e

CICLOVIAS, estes pelo usos da bicicleta e assim sucessiva-

mente...

Como se explica que os países mais desenvolvidos do mun-

do sejam os que mais utilizam a bicicleta?

Não... a topografia das cidades não responde a isso! Já vi

muitos "europeus" a treparem colinas; no Porto, pode-se

"descer de bicicleta e subir com a bicicleta no metro" ou

usar, nas subidas, ―a 1ª‖ das dezenas de velocidades das

modernas bicicletas. Pode-se até utilizar uma bicicleta assis-

tida a motor eléctrico, etc.

Motivos evocados para sustentar o uso da bicicleta:

Reduzir o consumo de recursos energéticos e matérias-

primas não renováveis que contribuem para o patético

desequilíbrio do Planeta causado pelo Ser Humano

(poluição, aquecimento global, mudanças climáticas,

secas, inundações, subnutrição, fome, etc., etc...)

Aproveitar as deslocações casa-escola, por exemplo,

fazendo exercício físico;

Contribuir para a redução do trânsito motorizado e

osseus conflitos.

Bom e proveitoso ano de trabalho, rumo ao desenvolvimen-

to sustentável!

Já temos um Parque para bicicletas

na nossa Escola! Por José Maria Sá

Professor de Geografia

PÕE-TE A MILHAS DAS PASTILHAS Por José Chen Xu do 10ºB

Porque são eles [os adolescentes] os principais consumidores desta dro-

ga.‖ Teresa Summavielle, que pretendeu alertar-nos para os efeitos do

ecstasy, é a grande impulsionadora do projecto e-drogas. Visitem: http//e-drogas.blogspot.com

N o passado dia 2 de Novembro, os alunos do

10.º ano (turmas A, B e J) assistiram a uma

palestra sobre os efeitos das drogas, apresentada por esta

professora universitária.

Teresa Summavielle, do Instituto Biomolecular e Celular

da Universidade do Porto (IBMC), é uma das autoras do

estudo publicado no Journal of Neuroscience. Veio à nossa

escola apresentar uma palestra que forneceu muitas infor-

mações ao nível dos efeitos e perigos do consumo de drogas

em relação dos adolescentes.

Explicou que as drogas e o álcool interrompiam as sinap-

ses dos neurotransmissores, isto é, impediam que a mensa-

gem destes fosse transmitida para o outro neurónio. Esta

paragem demorava cerca de uma hora, impedindo que a

mensagem de ―prazer‖, ao drogar-se, chegasse ao destino,

sendo desviada para outro lugar. É por isso que, quando

essa paragem termina, o indivíduo drogado (ou bêbado) se

sente, muitas vezes, deprimido.

Para comprovar que as drogas, principalmente o ecs-

tasy, nos fazem mal, apresentou dados relativos a experiên-

cias com ratos brancos ―adolescentes‖ para nos conscien-

cializarem e chegarmos à conclusão que as drogas afectam

o sentido de percepção.

Apresentou, entre a variada informação que nos sur-

preendeu, o estado do cérebro de experiências realizadas

nos Estados Unidos em macacos. A perda de milhões de

neurónios durante a toma de drogas durante oito dias con-

secutivos foi uma realidade. A recuperação destes, em sete

anos, é de menos de 50% dos que existiam inicialmente.

Foi uma palestra muito interessante e vantajosa pois,

graças a ela, foi possível esclarecer muitas dúvidas sobre as

drogas e tomar conhecimento de novas situações relaciona-

das com elas.

Assim, podemos tomar consciência do que nos pode

acontecer ao drogarmo-nos ou embebedarmo-nos e que,

consequentemente, podemos ficar com deficiências cere-

brais e motoras permanentes.

Visitem: http://e-drogas.blogspot.com

Page 16: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 16 • Página 16 •

Acreditar não só nas palavras, mas no Mundo que elas criam

P ediram-me para

escrever um livro, um romance

com cerca de quinhentas páginas,

uns dezassete capítulos e bastan-

tes daquelas palavras difíceis de

soletrar. Mas não, não me pedi-

ram para escrever meros conjun-

tos de letras, soltos, sem harmo-

nia ou magia, pediram-me para

escrever sobre um Mundo, pedi-

ram-me para acreditar, para sen-

tir que aquela realidade que criei

existe, de facto. E eu acedi,

escolhi aquelas páginas brancas

como tela, pano sem nome aonde

pintei as cores que me saíam do

coração. Escrever é não o preen-

cher a tinta

azul indelével

uma série de

linhas finitas,

mas o transpor

para a página,

de um mundo

que nós

(escritores)

olhamos como

leitores.

Por essa

razão, escre-

ver é, em pri-

meiro lugar,

olhar o Mundo

como se fosse

a milionésima

vez que o

fazemos e,

simultanea-

mente, vê-lo,

percepcioná-

lo mesmo, como se fosse a pri-

meira. Por isso, quando um jorna-

lista redige uma notícia, fá-lo

sem paixão, sem coração, mas

quando alguém (por mais novo

que seja) escreve um conto, fá-lo

com toda a dor e toda a humani-

dade que existe à sua volta.

Assim, escrever é uma necessi-

dade, tal como o respirar ou o

beber; não se escolhe fazê-lo,

escolhe-se como fazê-lo, escolhe-

se como viver o Mundo. Quando

aprendemos a falar, por exemplo,

não sabemos, de imediato, orga-

nizar as palavras, trata-se de uma

aprendizagem; quando começá-

mos a escrever, começamos tam-

bém a sentir verdadeiramente o

que sempre fez parte de nós – a

humanidade; mas é um percurso

longo, o imaginar, o criar, o

sonhar. ―Todo o Homem sonha‖,

já dizia alguém, mas quantos dos

que sonham conseguem realmen-

te imaginar, transformar, moldar

a sua própria existência mundana

e vulgar numa outra e mais fan-

tástica realidade?

Eu escrevo, não porque posso,

mas porque tenho que fazê-lo.

Quando sinto a caneta a pressio-

nar a minha mão e o empurrar do

bico na folha, estou realmente

em casa, estou realmente feliz.

Escrever não é mostrar-se feliz, é

sê-lo, pelo menos durante os bre-

ves momentos em que tocamos

na página.

Oxalá todo o que escreve se

veja como um leitor, porque

todos os leitores são na verdade

escritores. A única diferença é

que a sua página em branco é o

seu coração onde moldam, tam-

bém, o seu próprio Mundo.

Por Cláudia Correia do 12ºC

Page 17: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 17

Página 17

Lá e cá

O riunda da cidade Londrina

- Paraná, no sul do Brasil, Nicole já

reside em Portugal há 5 anos. Numa

primeira fase, correspondente ao

primeiro ano, sentiu, como é nor-

mal, algumas dificuldades de adap-

tação principalmente no que se

refere ao ambiente escolar e tam-

bém ao clima. Como sabemos, o

clima do Brasil é, na maior parte das

regiões, bem diferente do de Portu-

gal, não sendo de todo ameno, mas

antes, quente.

Já numa segunda fase da sua con-

vivência com o Porto, cidade onde

reside, sentiu claramente algumas

diferenças no que diz respeito à

cultura, na maneira de pensar, de

agir, de falar das pessoas. Diz-nos

que, em Portugal, o nível cultural

destas é mais elevado em determi-

nados aspectos como na arte, litera-

tura e cinema. Passo a citar: ― Os

Jovens são mais abertos às Artes.‖

Outro aspecto de que sentiu mui-

ta diferença, foi um aspecto carac-

terístico da nossa cultura tradicio-

nal, ou seja, a gastronomia portu-

guesa.

Relativamente ao sistema de

ensino, ou melhor, ao contraponto

entre o brasileiro e português, esta

considera que o sistema educacional

português é mais exigente, específi-

co e especializado, pois no Brasil os

estudantes não são divididos por

áreas, estudam todos as mesmas

matérias. Já aqui, como sabemos, as

disciplinas e matérias dadas são

divididas consoante o curso escolhi-

do. Refere ainda o facto de, no Bra-

sil, o uso de uniforme em escolas

públicas ser obrigatório, o que per-

mite que não haja diferenças a nível

social entre os alunos.

No que toca ao ingresso no ensino

superior, a nossa entrevistada pensa

em seguir Direito ou Sociologia.

Para finalizar, é importante aper-

cebermo-nos das realidades que nos

rodeiam, todas elas distintas, todas

elas únicas. E não esquecer que,

por todo o mundo, há aspectos que

necessitam urgentemente de ser

mudados para que assim, com disci-

plina, ordem e rigor, todos possam

da melhor maneira, receber uma

excelente formação.

Assim sim, as oportunidades serão

gerais e não exclusivas.

Visto que a rubrica “Lá e Cá” serve para darmos a conhecer a toda a

comunidade escolar os testemunhos reais de jovens que por qualquer circunstância mudaram de país e consequentemente, de vida, aqui está mais um. Desta vez, uma estudante de origem brasileira, chamada Nico-le Solcci Violato que vive em Portugal há cerca de cinco anos. Actual-mente frequenta o 12ºH na área de estudos - Ciências Sociais e Huma-nas.

Por Joana Sequeira do 12ºH

Nicole com os amigos, Rita, Patrícia, Daniela, Joana, Inês, Francisca e João

Page 18: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 18 • Página 18 •

Quanto ao consumo de água? E nas

zonas ajardinadas?

Foram colocadas torneiras tempori-

zadas e os duches também o são.

Nas zonas ajardinadas há um sistema

de rega ligado a um pluviómetro

que faz a regulação da água e que

se activa automaticamente, quando

não chove. Para além disso, há liga-

ção do nível freático ao sistema de

incêndio e de rega. A agua é, por-

tanto, reaproveitada.

Tratamento dos lixos, esta prevista

a sua separação?

A escola dispõe de um posto de

transformação localizado no lado

oeste para a recolha de lixos dife-

renciada. Sítios para lixo orgânico,

zona para fazer compostagem,

recolha de tetra-packs, pilhómetros,

a Escola esta preparada para tudo

isso.

No corpo C, as salas são, na sua

maioria, ligadas às artes visuais don-

de resultam águas sujas com tintas.

Por isso, a Escola está preparada

com um tanque próprio para o trata-

mento dessas águas evitando a con-

taminação da rede.

No compartimento da cozinha existe

também a recolha dos óleos, três

separadores de gorduras, um para

lavagem de contentores orgânicos e

outro para o depósito das gorduras.

A escola teve um Plano Geral de

Qualidade a acompanhar as obras

que será entregue ao dono da

obra, a Parque Escolar - empresa

pública.

A Gestão e Fiscalização é feita

segundo vários parâmetros ao nível

da produção, segurança e ambien-

te.

“Espero que todos

reconheçam o

esforço árduo que

foi dispendido na

requalificação

deste edifício e

que tirem o

melhor partido

dos espaço e dos

equipamentos

fazendo o bom

uso através de

boas práticas de

civismo e de utili-

zação, para que

possa ser apro-

veitado por mui-

tos.”

Fotos por António Carvalhal (prof.)

Page 19: Jornalesas Novembro de 2009

E ste editorial abre-nos novas perspecti-

vas que se consubstanciam na reconversão de uma

escola. Não nos cabe a nós, Jornalesas, definir

quais os parâmetros que deveriam nortear essa

mesma modernização e estamos cientes que há

muitas e variadas opiniões, tal como orgulhosa-

mente damos conta, com a publicação de vários

artigos sobre este tema nas nossas páginas. A preo-

cupação foi o de fazer esse mesmo levantamento

de opiniões e darmos a conhecer, à verdadeira

comunidade que é a Aurélia de Sousa, os protago-

nistas dessa novidade em que se tornou a escola.

Mais do que a parte física, interessa-nos saber que

reais possibilidades pedagógicas de acompanha-

mento dos novos tempos se perfilam e se estare-

mos à altura de responder positivamente aos desa-

fios vários que se nos colocam para este ano lecti-

vo. E não são poucos, os desafios: para já, conse-

guiu-se responder, com êxito, à tensão a que se

assistiu no último ano no plano da avaliação do

desempenho docente em todo o país e à incomodi-

dade face ao estatuto do aluno. Depois, o nosso

lugar no famoso «ranking» das escolas pode origi-

nar expectativas desmesuradas sobre o nosso

desempenho e sabemos como, por vezes, isso se

pode tornar num verdadeiro escolho à existência

de um clima pacífico e saudável que se exige na

aprendizagem. Mesmo com alguns problemas resi-

duais na nova escola, toda a comunidade escolar

compreendeu o que estava em jogo e está a res-

ponder muito positivamente aos problemas que

vão existindo. A força de uma comunidade vê-se

nas respostas positivas que dá, perante os proble-

mas que vão aparecendo. A Aurélia consegue

seguir em frente porque os objectivos estão defini-

dos desde há muito.

Uma prova dessa mesma dinâmica encontra-se

na força deste jornal e na variedade dos temas

apresentados. Basta folhear as actividades e pro-

jectos que nos rumam para compreender a força

desta comunidade escolar. É um verdadeiro elogio

aos nossos alunos a forma como souberam levar

por diante o projecto do jornal e torná-lo uma

referência base de toda uma escola que teima em

pautar-se por critérios de exigência.

A todos eles e aos professores que os apoiam,

um muito obrigado. Cá estaremos para continuar

este Jornalesas com a identidade que nos foi doa-

da e que sentimos a responsabilidade.

Página 19

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 19

Editorial

Fotos de António Carvalhal Professor responsável pelo Clube de Fotografia

Page 20: Jornalesas Novembro de 2009

D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V

B erlim, no ano de 1936,

era a capital do Império

do Adolph Hitler, curiosamente,

um austríaco que governava a

seu bel-prazer a Alemanha. Está-

vamos num período de grande instabilidade: tínha-

mos uma Alemanha poderosíssima renascida 1ª

Guerra Mundial e os Estados Unidos da América lan-

çados no crescimento da sua influência mundial.

Sendo assim, os Jogos Olímpicos que se realizavam

nesta cidade iriam ser o ―tira-teimas‖ entre estes

dois colossos. Para além disso, Hitler iria servir-se

desta ocasião para comprovar a superioridade da

raça ariana, o seu grande objectivo. A vontade era

tão grande, que a comitiva germânica era a maior

até à data .

Sendo assim, temos que a equipa alemã era o

protótipo do ideal hitleriano: caucasianos, altos e

com um grau alto de instrução académica. Do outro

lado, tínhamos os EUA constituídos, como tem sido

apanágio até aos dias de hoje, na maioria, por atle-

tas negros. Entre as duas equipas destacavam-se

dois grandes homens: Luz Long e Jesse Owens sen-

do. Ambos, um acrescento à média das caracterís-

ticas raciais e, ao mesmo tempo, as ―estrelas da

companhia‖, já que Long era um atleta extrema-

mente versátil. Owens era o recordista dos 100

metros. Resumindo, muita tinta iria correr em rela-

ção ao que acontecia dentro e fora das pistas.

Foi mesmo com estes dois homens que aconteceu

um dos episódios mais marcantes da História Olím-

pica quer pela sua emotividade, quer pela coragem

e confiança envolvidas: estávamos nas qualificações

do salto em comprimento e Jesse Owens estava

prestes a ficar fora da final. Long, ao ver o que se

passava, foi falar com Owens e aconselhou-o a

arrancar para o salto uns centímetros antes. Dito e

feito! O americano qualificou-se para a final que

iria ganhar ao alemão por uma margem de 19 cm.

Num acto de amizade, os dois abandonaram a final

rumo aos balneários abraçados. Ora bem, este foi o

seu último momento juntos: nunca mais se reencon-

traram, sendo que Luz Long, denominado de ―O

Inimigo da Alemanha e de Hitler‖, morreu na frente

de batalha na 2ª Guerra Mundial. No final da com-

petição, o americano ganhou os 100m, 200m, os

4x100m e o ―mítico‖ salto em comprimento, com-

petições nas quais o presidente do Reich se recusou

a estar presente na entrega das medalhas ao negro

americano. Ah, já agora que estamos a falar de

medalhas… nem aqui o ―Sr. Adolfo‖ conseguiu

demonstrar a superioridade da raça ariana (quer

dizer, o que ele achava), uma vez que os EUA obti-

veram o maior número de lugares no pódio: 89

medalhas face às 75 medalhas germânicas.

Por este exemplo podemos concluir que os ideais

olímpicos ―Mais Forte, Mais Rápido, Mais Alto‖, mui-

tas vezes são interpretados de modo diferente ou

são levados para segundo plano, isto é, como ocor-

reu em 1936, servem para mostrar o poderio de

uma nação como espelho do seu poder de influência

internacional, ou mesmo, para melhorar qual ideo-

logia politica é a mais eficaz através dos seus atle-

tas. Tudo isto leva a que o objectivo da união dos

povos (bem explicito na bandeira olímpica) seja por

vezes esquecido tomando como se cada um dos aros

olímpicos se desunisse dos outros na tentativa de se

superiorizar!

Para rematar, é importante apelar a políticos e

governantes para terem mais coragem e poder de

reacção no sentido de calar estes actos provocados

por muita gente influente, de modo a que não seja

necessário que os heróis olímpicos (os atletas) espe-

lhem o que não se deve fazer e mostrem o quão

errada muita gente está (tal como fizeram Owens e

Long), já que, citando uma canção dos U2: “We’re

one, but we’re not the same / Leaves you baby if

you don’t care for it” (Somos um, mas não somos

iguais / Deixa-te se não o cuidares).

Bibliowebgrafia: DVD – ―100 Anos de Glória Jornal Público, 18 de Agosto de 2008, página Suplemento P2, Jornal Público, 19 de Agosto de 2008 http://sobrehistoria.com/wp-content/uploads/erlin1.jpg

―A Primeira Azia de Adolfo‖ Por Luís Pedro Airosa Carvalho Brás do 11ºE

Página 20 •

Page 21: Jornalesas Novembro de 2009

A s mulheres tiveram, desde sempre,

um papel contestado na sociedade.

No inicio dos Jogos Olímpicos, que surgiram

na Antiga Grécia, a presença das mulheres nesta

competição era nula. As mulheres não eram consi-

deradas cidadãs, e, por esse motivo, eram impedi-

das até de assistir aos Jogos.

Quando em 1896, em Atenas, foram retoma-

dos os Jogos Olímpicos pelas mãos do Barão de

Coubertin, a presença das mulheres continuava a

estar impossibilitada, pois para o Barão as

―mulheres só serviam para coroar os vencedores‖.

Só aquando a sua morte, e com a pressão do movi-

mento feminista, é que as mulheres ganharam o

direito de competir, fazendo-o pela primeira vez

nos Jogos Olímpicos de Paris em 1900.

Para reinvindicar os seus direitos as mulhe-

res, associaram-se a clubes de alpinismo, mas a

modalidade que permitiu a entrada das mulheres

na competição foi o Ténis, onde estas se destaca-

ram.

A natação foi a 1ª modalidade a ser partilha-

da por ambos os sexos.

A Mulher, ao longo dos séculos, passou de

uma postura de aceitação, para uma postura mais

radical. Hoje em dia a Mulher luta pelos seus direi-

tos e reivindica-os.

Apesar da mudança nas mentalidade existe

ainda um longo caminho a percorrer, sendo ainda

evidente a discriminação de que continua a ser

alvo, como é o caso das atletas muçulmanas que só

podem participar nos Jogos usando lenços que lhes

cobrem a cabeça.

Contudo a Mulher, vai continuar a lutar e a

mostrar o seu valor.

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―A presença das Mulheres nos Jogos Olímpicos‖ Por Daniela Nora do 12ºH

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Encontramo-nos, no entanto, longe de conseguir

este objectivo. As ambições do homem são desmedi-

das e estão a consumir o planeta, impedindo que este

seja suficiente para atender a todas a s necessidades

humanas. Mas, ―a Terra é um palco muito pequeno

numa gigantesca arena cósmica‖, afirmou Carl Sagan.

Este é o nosso planeta e, por muito pequeno que seja

comparado com a imensidão do universo, devemos

estimá-lo porque é a nossa casa.

E, após todo este devaneio filosófico, eis a derra-

deira questão: qual o lugar do homem no universo ? E

a resposta é: provavelmente nenhum. Não somos nada

comparados com a imensidão do universo. Erro, acaso

biológico, acidente cósmico… não interessa a nossa

origem. Interessa aproveitar a nossa curta existência

ao máximo e ser feliz.

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V ivemos num minúsculo ponto dum imen-

so universo. Não passamos de um erro,

de um feliz acidente cósmico. Existimos porque num

campo infindável de probabilidades, houve um pla-

neta que por ter uma determinada inclinação e por

estar situado a uma certa distância de uma estrela

com uma determinada

dimensão, permitiu a exis-

tência de vida tal como nós

a conhecemos.

― (…) a humanidade é um

acaso, uma falha, um aci-

dente biológico. Desenvol-

veu-se desordenadamente

sobre uma rocha perdida

num canto infinitesimal.

Um dia, desaparecerá para

sempre sem que ninguém

dela guarde memórias sem

que ninguém se preocupe‖,

afirmou Roger-Pol Droit.

Isto significa então que

ao contrário daquilo que

durante séculos pensamos,

o universo não existe por

nossa causa. Não somos o

centro. Talvez esta ideia já

esteja enraizada dentro de

nós, uma vez que, continuamos a agir e a pensar

como tal. Agimos como se existíssemos para sempre

ou, pelo menos, como se fossemos ser eternamente

recordados. Mas não o seremos. Tal como existimos

ocasionalmente, sem motivo aparente, assim tam-

bém, um dia, deixaremos de existir e para tal, é

suficiente que uma das muitas características que

nos permitem a vida deixe de ser favorável e este

feliz acaso biológico caiará então no esquecimento.

Queremos ser sempre glorificados e reconhecidos

e, para tal, muitas vezes, cometemos atrocidades,

que no fim acabam por ser inúteis, porque mais

cedo ou mais tarde a espécie humana extinguir-se-á

e aí não terá qualquer importância. Não importará

quanto sangue foi derramado, quantas vidas se per-

deram, quem foram os vencedores e os vencidos…

tudo foi em vão. Vivemos num curto período de tem-

po comparado com a escala geológica. E embora

tenhamos presente tudo isto, continuamos a nossa

busca pela imortalidade. Neste momento, a forma

mais simples é deixar registos escritos. Atente-se,

por exemplo, no caso de Sócrates que durante

séculos se pensou ser apenas uma personagem das

obras de Platão, por não ter deixado nada escrito,

e no entanto agora é considerado uma das maiores

senão mesmo a maior referência filosófica.

Mas, de facto, nós somos um ser vivo estranho e

complexo, talvez por termos em nós um lado racio-

nal e um outro emocional. Por um lado usamos a

razão, mas por outro muitas vezes usamos os nossos

instintos, os nossos sentidos. Valorizamos aquilo que

temos em oposição ao que não temos. Precisamos de

ver tristeza para dar valor à felicidade, escuridão

para dar valor à luz, morte para dar valor à vida.

Assim seria, provavelmente, mais eficaz partilhar-

mos o que temos e aceitarmos o outro, ultrapassan-

do a barreira da indiferença de forma a criar uma

sociedade mais justa, o que permitiria ao homem

desfrutar do curto período de tempo que lhe resta

na Terra, trilhando assim um caminho que nos leva-

ria a uma sociedade intercultural, em que deixaría-

mos de nos centrar no eu, para nos preocuparmos

com o outro.

Continua na página 23

O Lugar do Homem no Universo Por Sara Araújo, Gonçalo Azevedo, João Oliveira, e Patrícia Santos do 11ºA

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O Lugar do Homem no Universo Por Joana Carina, Tatiana Correia, Diogo Sá e Beatriz Pereira do 11ºB

O ―lugar do Homem no Uni-

verso‖ tem vindo a ser

discutido desde os tempos mais remotos.

Tanto Carl Sagan como Roger-Pol Droit

são exemplos de um cientista e de um

filósofo, respectivamente, que o debate-

ram com visões mais contemporâneas.

Estes dois ―pensadores‖ defendem duas

visões opostas – uma mais optimista e

outra mais pessimista – mas que apre-

sentam, no entanto, pontos em comum.

Carl Sagan aborda esta questão de

uma forma humanista visando uma evo-

lução no sentido positivo, através da

qual a coexistência vai melhorando –

– o progresso. Assim, a Humanidade é

dada como ―boa‖ e capaz de feitos

memoráveis. É, também, através das

descobertas de astronomia, que o

Homem toma noção da sua posição no

Universo e, consequentemente, da sua

insignificância e impotência – ―A Terra é

um palco muito pequeno numa gigantes-

ca arena cósmica‖ (Carl Sagan). Esta

insignificância é-nos apresentada como

favorável ao progresso, na medida em

que nos consciencializa da nossa auto-

dependência como espécie e da Terra

como habitat, sendo ambas essenciais à

sobrevivência – ―Na nossa obscuridade,

em toda esta vastidão, não há

nenhum indício de que virá

alguém para nos salvar de nós

próprios‖ (Carl Sagan).

Por outro lado, Roger-Pol Droit

considera a ―Humanidade como

um erro‖, fazendo críticas duríssi-

mas à sociedade. Droit admite

que temos uma falsa impressão da

nossa importância e, apesar das

descobertas científicas e da

suposta evolução do Homem, con-

tinuamos, de certa forma, a

defender o antropocentrismo. Tal

como Carl Sagan, reconhece a

nossa insignificância, dando ênfa-

se aos erros do homem, chegando

mesmo a referir que vamos desa-

parecer sem deixar rasto e, contraria-

mente a Carl Sagan, nunca nos uniremos.

Citando Roger-Pol Droit: ―É que, sobre

este fundo sem sentido e de horror, o

estilhaçar de todos os sublimes vibra

com uma graça sem igual. As músicas

perfeitas, os quadros inesquecíveis, a

glória das basílicas, as lágrimas dos poe-

mas, o riso dos amantes… Tantas derivas

do erro. Tantas surpresas inomináveis.‖.

Concluindo, segundo este filósofo, devía-

mos ser melhores e valorizar a qualidade

em detrimento da quantidade.

Segundo o nosso ponto de vista, ambas

as visões dos filósofos fazem sentido. No

entanto, temos uma visão mais optimista

que Droit, mas não tão optimista quanto

a de Sagan. Concretizando, os erros do

Homem são notáveis e até graves,

porém, acreditamos que ainda vamos a

tempo de os corrigir se trabalharmos no

sentido da união. Para tal, é importante

consciencializarmo-nos da nossa insigni-

ficância e impotência. Mas será o

Homem capaz de mudar e abdicar de

alguns privilégios no sentido de promo-

ver a preservação?

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FICHA TÉCNICA

Coordenadores:

Prof. António Catarino Profª Julieta Viegas Redacção e Tratamento da Informação:

Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem:

Profª Julieta Viegas Equipa de alunos:

Joana Sequeira 12ºH

Pedro Gomes 10ºG

Patrícia Costa 10ºG

Diana Castro 10ºF

Vanessa d‘Orey 10ºF

Apoio e financiamento :

AMA—Associação Mais Aurélia

Repr.: Francisca Ferreira

www.amaurelia.com

Agradecimentos:

a todos os que, de alguma forma, contribuíram para esta edição do JORNALESAS.

LOGÓTIPO ESAS

por António Carvalhal

O ―volume‖ alaranjado simboliza o

edifício antigo. O vermelho magenta, o(s) novo

(s). São inclinados para simular perspectiva e

crescimento para o futuro.

As linhas tanto simbolizam o ―verde‖ da árvo-

re principal, em frente à escola, como as áreas

de ensino disponibilizadas pela escola – Básico

mais seis cursos do Secundário.

As duas silhuetas simbolizam os alunos, a

população escolar, a alegria, o bem-estar …

A fonte (lettering) utilizada é Helvetica Light

que permite leitura em impressões até 2 cm no

lado maior.

O logótipo é apresentado em versão a cores e

a preto e branco e em quatro tamanhos, para

serem usados conforme as circunstâncias.