Jornalesas Novembro de 2009
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Transcript of Jornalesas Novembro de 2009
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V O melhor aluno do secundá-
rio Página 2
O Clube Europeu vai fazer
10 anos! Página 3
O centenário da implantação
República Página 3
Seminário de Jovens Repór-
teres para o Ambiente 2009 Página 4
A importância do espanhol
no mundo actual Página 5
Teatro na Escola Página 5
Lugar da Ciência Página 6
―Pesar Saúde‖ NIPES Página 7
Grupo de Dança Página 8
Clube do Desporto Escolar Página 9
AURÉLIA DE SOUSA – SÉCULO
XXI Página 10
Baile de Finalistas Página 11
À conversa com Paulo Lis-
boa… Páginas 12, 13 e 18
AMA Madrid Página 14
Põe-te a milhas das pastilhas Página 14
Já temos um Parque para
bicicletas Página 15
Acreditar não só nas pala-vras Página 16
Lá e Cá Página 17
Direitos humanos Páginas 20, 21, 22 e 23
Logotipo Página 24
€ 0,50
Francisco Carvalho
Pimenta nasceu no Porto
em 1991. Ingressou na
nossa escola no ano lecti-
vo 2003/2004 para iniciar
o sétimo ano de escolari-
dade e veio a concluir o
ensino secundário no Cur-
so Ciências e Tecnologias
em 2008/2009, com a
média de 19,1 valores.
Os professores falam com
emoção de um aluno que
deixou muitas saudades.
Evocam a “modéstia dos
grandes” e exaltam a sua
enorme generosidade.
Quisemos falar com o
Francisco ...
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 2 •
N ós gostávamos de saber
qual o curso que estás a tirar e se
corresponde às expectativas. O cur-
so é o de Engenharia Civil, da Univer-
sidade do Porto e, para já correspon-
de às expectativas.
Só por uma questão de curiosidade,
não era preciso uma média tão alta
para entrar em engenharia civil,
pois não? Qual foi a média de Eng.
Civil? Não. Este ano na 1ª fase foi de
14,7 valores.
A nota que tinhas era muito acima
daquilo que era exigido para entrar
em Engenharia, mas o curso era
uma paixão ?
Não, eu até nem sabia muito bem o
que escolher. Estava indeciso entre o
curso de Física e o de Engenharia
Civil, mas acabei por optar por enge-
nharia, acho que é o que tem mais a
ver com aquilo que eu gostava.
Estás a sentir a diferença entre os
graus de ensino? A única diferença
que noto é que somos muito mais
autónomos, os
professores
apenas dão a
matéria.
Que métodos
de estudo utili-
zaste para
obter tão bons
resultados aqui
na escola? Eu
nunca fui muito
apologista
daquelas pes-
soas que estu-
dam horas e
horas a fio. Por
isso acho
melhor cada um
estudar o que
precisa. Quando
se está uma
hora/hora e
meia a estudar
o cérebro já
‗desligou‘, já não se está a aprovei-
tar nada. Faz sempre bem apanhar
um bocado de ar, estar com os ami-
gos, um horário equilibrado foi o que
sempre achei melhor.
Nomeadamente… Eu sempre tive
mais jeito para as disciplinas que
envolvessem mais raciocínio, não
muito a memória, como conceitos,
filosofias... Biologia e Geologia sem-
pre ‗fugi‘ delas precisamente por
causa disso. Também nunca foram o
meu forte. Com coisas mais resoluti-
vas, como Matemática ou Física,
estava mais à vontade. E até fazia
uns exercícios de vez em quando.
Tinhas algum tipo de ajudas, expli-
cadora, pais…? Não. Sempre fiz um
estudo individual.
Achas que as actividades extracurri-
culares beneficiam ou prejudicam,
de alguma maneira, o estudo diário?
Sem dúvida que beneficiam, eu acho
que tem de haver tempo para tudo,
uma pessoa não pode apenas focar-se
só no estudo. Sair com os amigos, ir
ao cinema faz sempre bem!
Na tua opinião, qual o sítio mais
adequado para realizar um bom
estudo? Para mim , um sítio calmo
com boa luz é suficiente.
Tiveste de abdicar de algo que gos-
tasses de fazer por causa dos estu-
dos? Não e foi uma coisa que eu sem-
pre quis evitar!
Queres deixar alguma mensagem
aos alunos da ESAS, aos
‗Aurelianos‘? Estudar é bom, é
importante, mas há outras coisas na
vida… O equilíbrio é fundamental! Se
uma pessoa só estudar vai perder
muita coisa da juventude que, mais
tarde, não vai poder fazer! Temos
tempo para estudar, para sair com os
amigos, para jogar futebol, para ir ao
cinema… Temos 24 horas por dia e
isso é muita hora…
Francisco Pimenta
o melhor aluno do secundário Entrevistado por Pedro Gomes e Patrícia Costa do 10ºG - Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)
O Francisco a receber o diploma de melhor aluno do ensino secundário pela mão da
Drª Delfina Rodrigues, Directora da Escola DIA DO DIPLOMA— Setembro 2009
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 3 •
O Clube Europeu é um espaço transversal e
interdisciplinar, com o objectivo de desenvol-
ver projectos de promoção da cidadania e dimensão euro-
peia, a utilização das tecnologias de informação, a comuni-
cação internacional, e assegurar a participação da escola
em redes nacionais e internacionais.
Fizemos parcerias Comenius visitando e recebendo 10
escolas europeias; recebemos, na Aurélia, as Escolas Asso-
ciadas da Unesco da Holanda; participámos com a rede de
promoção ambiental Jovens Repórteres para o Ambiente a
nível nacional e a nível internacional e colaborámos com a
rede Mondialogo e a Associação Francesa APMCJ
(Associação para uma Melhor Cidadania dos Jovens). De
facto, em rede, já desenvolvemos projectos comuns com
escolas de quase todos os países da União Europeia e para
além da União. No 10º aniversário, que se celebrará no
próximo ano lectivo, faz-se contas à vida. Estamos, pois,
num momento de reflexão.
Contudo, a reflexão no Clube Europeu tem de estar
sempre ligada à acção. No presente ano lectivo e pela pri-
meira vez desde 1999, não temos um projecto Comenius
em desenvolvimento. Estamos a preparar um para breve.
Entretanto, continuamos com a nossa actividade em rede
Jovens Repórteres para o Ambiente e ligação à acção de
outros grupos ambientalistas nacionais e internacionais
como a Associação Campo Aberto e Eco-clubes. Colaborá-
mos com o Projecto Mosaica, Primavera da Europa e a
Europa Mora Aqui no âmbito da União Europeia. E desen-
volvemos projectos no âmbito das Escolas Associadas da
UNESCO.
No blog www.clubeuropeuesas.blogspot.com, pode-se
espreitar algumas das actividades que vão sendo
desenvolvidas. Para fazer parte do Clube Europeu é
necessário inscrição, apresentada no início do blog:
poderás ainda colaborar com os projectos agendados.
O Clube Europeu vai fazer 10 anos!
Por Maria Rosa Costa Professora responsável pelo Clube Europeu
CLUBE DE FOTOGRAFIA
http://picasaweb.google.com/acarvalhalvs/CLUBEDeFOTOGRAFIAESASFotografias
DaEscolaNova#
http://cfesas.no.sapo.pt/index.html
http://cfesas.no.sapo.pt/cf_intro.html
31 de Janeiro de 1891
a República chegou
primeiro ao Porto
A revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi a
primeira tentativa de implantação do regi-
me republicano em Portugal - A proclama-
ção do novo regime foi feita a partir da
varanda da Câmara Municipal do Porto.
O Grupo Disciplinar de História vai, ao longo do ano
de 2010, assinalar a comemoração do centenário
da implantação da República.
Mais notícias brevemente.
Gravura de Louis Tynayre que representa a Guarda Municipal a atacar os revoltosos entrincheirados no edifício da Câmara Municipal, durante a Revol-ta republicana do Porto (publicada na revista universal Ilustração, impressa
em Paris, 1891, vol.8)
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 4 •
Seminário de Jovens Repórteres para o Ambiente 2009 Por José Chen Xu do 10.ºB Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)
N o fim-de-semana de 14 e 15 de
Novembro, o grupo dos Jovens
Repórteres (JRA) da nossa escola participou
em Ovar no Seminário Nacional que visa não
só alertar as pessoas para os problemas
ambientais, mas também agir estrategica-
mente e procurar resolvê-los.
Representaram a nossa escola, as profes-
soras Rosa Costa e Maria José Rodrigues, dois
alunos do 10.ºB, Núria Fonseca e José Chen e
duas do 10.ºI, Ana Clara Mota e Mafalda
Malafaya.
O Seminário abriu com a apresentação da
coordenadora nacional do projecto, Margari-
da Gomes. Foi confirmado o programa para
os dois dias que incluía uma análise de ques-
tões ambientais e foram dados a conhecer
organismos activos nessa área, tais como:
Sociedade de Gestão Integrada de Óleos
Lubrificantes Usados, Lda. (Sogilub ou Eco-
lub), associação Amigos do rio Cáster, jor-
nalistas do programa Biosfera e Câmara
Municipal de Ovar.
Nessa tarde, fomos todos separados em
quatro grupos diferentes: iríamos visitar e
investigar, guiados pelos monitores,o Rio
Cáster, as ribeiras e fontes de Ovar, o Fura-
douro, a Praia da Maceda para observar a
erosão costeira, a Moita e asua biodiversida-
de.
Cada grupo produziu um artigo sobre a
região que percorreu, o que contribuiu muito
para conhecer novas pessoas e trabalhar com
mais entusiasmo, mais animadamente.
No dia seguinte, apresentaram-se as
reportagens realizadas e as respectivas
fotorreportagens. O trabalho mais divertido
foi, talvez, o do grupo da professora Maria
José Rodrigues, uma fotorreportagem trans-
formada em história de amor.
O Seminário organizou três concursos: o
melhor cartaz, a melhor fotografia dos alu-
nos e a melhor fotografia dos professores.
A nossa escola concorreu com o cartaz
ilustrado que, infelizmente, não foi o pre-
miado. Em contrapartida, a professora Maria
José Rodrigues ficou em 2.º lugar no Concur-
so de Fotografia.
Foi uma experiência única ter participado
neste projecto que vai continuar. Até
Dezembro, vamos ―Esmiuçar Copenha-
ga‖ (Quioto 2). Mais tarde continuaremos
com artigos e fotorreportagens e as activida-
des já propostas pelos JRA da Aurélia. Para o
ano há mais Seminário.
Página 5 •
N o presente ano lectivo, a escola tem Clube
de Teatro. A iniciativa, aberta a todos os
interessados, nasce naturalmente do trabalho que tem
vindo a ser desenvolvido desde o ano lectivo de
2004/05, dando seguimento a uma tradição que a escola
já tinha, na altura em que a edilidade portuense possi-
bilitava a monitorização teatral nas escolas.
Em 2004/05, por ocasião de Um ano com Sophia: fes-
ta de homenagem, no fim do ano lectivo, subiu à cena
Bojador, da autoria da homenageada e com encenação
minha e representação de alunos do sétimo ano.
2005/06 marcou o arranque de uma experiência-
piloto na escola: a disciplina de Expressão Dramática
numa turma de sétimo ano. A finalizar o ano lectivo,
uma noite de teatro, com a peça Pedro e Inês, lembran-
do os 650 anos sobre a morte de Inês de Castro, repre-
sentada por alunos dos décimo segundo e sétimo anos.
Outras noites vieram corporizar todo o entusiasmo
que vinha crescendo:
▪ 2006/07: Uma Televisão para Todos e Um Serão com
Torga (por ocasião do centenário do nascimento do
escritor, respondendo, tal como no ano anterior, a um
desafio da Dra. Luísa Saraiva, responsável pela Bibliote-
ca/ CRE da escola);
▪ 2007/08: Encontros/Desencontros, a concluir três
anos da disciplina de Expressão Dramática, uma produ-
ção dos alunos do 9.º E e do professor.
No presente ano lectivo, ideias não faltam. A seu
tempo, o teatro falará… naturalmente.
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V
Teatro na Escola Por José Fernando Ribeiro Professor responsável pelo Clube de Teatro
O espanhol é, cada vez mais, uma língua
emergente e um factor de diferenciação
positiva e relevante na formação académica e pro-
fissional. Assim, o ensino da língua tem vindo a
ganhar algum relevo, uma vez que o interesse na
sua aprendizagem é cada vez maior por parte dos
alunos. A língua espanhola corresponde à segunda
língua nativa mais utilizada no mundo depois do
mandarim (chinês). No que se refere ao número de
falantes e países em que é língua oficial, o espanhol
é uma das três línguas mais faladas no mundo. Des-
taca-se também como língua de comunicação inter-
nacional, o que lhe confere um lugar determinante
neste campo, dado que é a segunda língua mais
usada depois do inglês. O estudo da língua espanho-
la permitirá ao novo falante adquirir um conjunto
de competências comunicativas que representam na
actualidade grandes oportunidades profissionais,
onde o conhecimento de diversas línguas modernas
significa poder integrar e acompanhar os grandes
temas do mundo actual e global.
A importância do espanhol no mundo actual Por Pedro Magalhães Professor de Espanhol na ESAS
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Lugar da Ciência LdC Por Carlos Morais Prof. Coordenador do Lugar da Ciência
O Lugar da Ciência é uma estrutura recentemente
criada na escola por professores do Departamento
de Matemáticas e Ciências Experimentais (Matemática, Bio-
logia e Geologia, Física e Química, Informática e Tecnolo-
gias) cujo principal objectivo é a mobilização/sensibilização
da comunidade escolar para a cultura científica e tecnológi-
ca.
Neste âmbito, serão desenvolvidas actividades que conta-
rão com a presença de estudantes do Ensino Básico e Secun-
dário que venham a manifestar interesse em participar junto
dos professores de Matemática, Biologia e Geologia, Física e
Química, Informática e Tecnologias. Para este ano lectivo,
estão previstas as seguintes actividades:
Põe-te a andar robô
Projecto de utilização da tecnologia, em colabora-
ção com o Laboratório de Sistemas Autónomos do
Instituto Superior de Engenharia do Porto. Será
aberto um processo de selecção dos participantes
através dos professores de Matemática e Informáti-
ca.
Aquaurélia
Projecto de utilização da tecnologia aplicada à Bio-
logia em colaboração com o Centro Interdisciplinar
de Investigação Marinha e Ambiental da Universida-
de do Porto (CIIMAR). Participarão todos os estudan-
tes das turmas dos professores de Biologia e Geolo-
gia envolvidos.
Matemática: estudar, experimentar, descobrir
Projecto de utilização das tecnologias na sala de
aula. Participarão todos os estudantes das turmas
dos professores de Matemática envolvidos.
Eco-aurélia
Projecto de acção ambiental, em colaboração com
o Departamento de Valorização Orgânica da Lipor.
Participarão todos os estudantes das turmas dos
professores de Biologia e Geologia envolvidos.
ENEAS
Projecto de monitorização ambiental, em colabora-
ção com a Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto. Participarão todos os estudantes das tur-
mas dos professores de Biologia e Geologia envolvi-
dos.
OUTRAS ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO
Ciência filme a filme
Projecto de divulgação da ciência através de docu-
mentários temáticos (em colaboração com a Biblio-
teca). Serão projectados filmes sobre ciência e tec-
nologia nas datas e em local a indicar oportunamen-
te.
Ler Ciência
Projecto de promoção da leitura do livro científico,
do livro de divulgação científica e do livro de ficção
científica (em colaboração com a Biblioteca e pro-
fessores de Português). Participarão todos os estu-
dantes das turmas dos professores envolvidos.
Semana da Ciência e Tecnologia
23 a 27 de Novembro de 2009.
Semana de palestras e actividades de promoção e divulga-
ção da ciência e tecnologia, da cultura científica e tecnoló-
gica.
Página 6 • Página 6 •
Página 7 •
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N o dia 12 de Outubro de
2009, pelas dez horas e trinta minu-
tos, a turma do 10ºA deslocou-se ao
recreio para participar em várias acti-
vidades, com o título ―Pesar Saúde‖,
promovidas pelo NIPES* da escola.
O projecto estava dividido em três
actividades lúdicas que abordavam a
temática de como ter uma vida sau-
dável. Para melhor funcionamento, a
turma teve que ser dividida em três
grupos, juntando-se a uma turma do
ensino básico.
Um dos grupos ficou no campo de
matraquilhos humanos, uma maneira
didáctica e divertida de mostrar a
importância do exercício físico no
quotidiano da população jovem.
Outra actividade consistia num
questionário sobre a Roda dos Alimen-
tos, na qual os alunos iam completan-
do as divisões da roda.
A última actividade envolvia uma
pequena conclusão sobre todo o pro-
jecto, estando alguns instrumentos
disponíveis para realizar um Quizz
sobre uma alimentação saudável.
Aqui fica a recordação de uma acti-
vidade fantástica e muito divertida.
*NIPES—Núcleo Implementação Pro-
moção Educação Saúde
Participação na actividade “Pesar Saúde” Por alunos do 10ºA - Foto de Lucinda Mota (profª)
Este livro fala de um rapaz, Bruno, filho de um militar nazi. A sua pro-
moção no emprego, faz com que esta família tenha de abandonar a cida-
de de Berlim para outra região onde ele não tem nada para fazer, nem
ninguém para brincar. Bruno, irrequieto, ignora os constantes avisos da
mãe para não explorar o jardim, por detrás da casa, e vai à quinta que
viu ali perto. Nesse local conhece Shumuel, um rapaz da sua idade que
vive uma realidade completamente diferente do outro lado da vedação. O
encontro de Bruno com este rapaz de pijama às riscas vai arrancá-lo da
sua inocência. Os repetidos e secretos encontros com Shumuel trazem
uma amizade com consequências inesperadas e destruidoras.
Este livro trata de grandes crueldades das quais resultaram a morte de
homens, mulheres, idosos e crianças inocentes. Mas no holocausto, havia
os fortes (nazis) e os fracos (judeus). Os nazis eram considerados o topo
do mundo. Este livro não podia representar melhor esta realidade terrível.
O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS de John Boyne Por Vanessa d’Orey do 10ºF
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 8 •
F oi numa sexta-feira nublosa de Outono…
Ao princípio, não ficamos completamente con-
vencidas, no entanto, precisávamos de algo para preencher
os minutos dessa tarde vazia. Mas a nossa entrada no Clube
de Dança acabou por ser muito mais do que uma simples
ocupação do tempo. Acabou por ser uma oportunidade para
evoluir e para fazer amizades.
Penso que não há nada mais libertador do que utilizar o
movimento do nosso corpo para soltar todas as emoções acu-
muladas. Usá-lo para interpretar histórias e momentos é
ainda mais fascinante.
E foi isso que fizemos no Clube de Dança, no ano lectivo
2008/09, no âmbito do Ano Internacional da Astronomia.
Tentámos criar um ambiente no qual nós e o público pudés-
semos desfrutar daquele cariz especial que tanto nos fascina
nas noites estreladas de Verão.
Tivemos também oportunidade de expor, no papel, os
nossos sentimentos em relação a este tema.
A nossa participação no Clube de Dança ficará, sem dúvi-
da alguma, nas nossas memórias mais marcantes, assim
como permanecerá para sempre, dentro de nós, aquele
libertador bichinho da dança!
A propósito da minha participação no Grupo de Dança …
Por Maria Araújo do 9ºC
Ana Sofia, Ana Rita, Mariana Barros, Maria Araújo, Mariana Costa, Cláudia Dolores, Sara Ferreira,
Beatriz Araújo, Bítia, Sara Deus, Maria José e Mariana Sá. (da esquerda para a direita e de cima para baixo)
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GRUPO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA
Professora responsável: Catarina Cachapuz
Horário de funcionamento
2ª feira das 17:15h às 19:30h Sala de Dança
GRUPO DE XADREZ
Professor responsável: Jorge Guimarães
Horário de Funcionamento
4ª feira das 13:40 às 15:10 4ª feira das 17h às 18:40h*
Biblioteca/ CRE
(*Em caso de reunião do professor, o horário é à
3ª feira das 11h às 13:00h)
GRUPO DE TIRO COM ARCO E COM ARMA DE PRECISÃO
Professora responsável: Fátima Sarmento
Horário de Funcionamento
3ª feira das 11:45 às 13:00 4ª feira das 13:45 às 15:45
Polidesportivo
Outras Actividades do Clube do Desporto Escolar
Por Catarina Cachapuz Professora responsável do Desporto Escolar Foto de Maria José Rodrigues (prof.ª)
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 10 •
AURÉLIA DE SOUSA – SÉCULO XXI “Aqueles
que pas-
sam por
nós não
vão sós,
deixam um
pouco de
si, levam
um pouco
de nós”
Saint-
Exupéry
Página 10 •
H ouve escolas no Porto que pela
qualidade do seu magistério se
tornaram emblemáticas: a Industrial Infante
D. Henrique, a Soares dos Reis, a Aurélia de
Sousa. Eram outros tempos, diria antes: vivia-
se outra Era. A Família e a Escola viviam
estreitamente unidas num objectivo natural,
uno e universal: preparar bem os mais novos
para os apetrechar para o seu próprio futuro,
para serem autónomos, para serem capazes
de ―vencer na vida‖ – como mulheres e
homens com dignidade, com civismo, com
patriotismo, com respeito pelas leis vigentes.
Sem este tecido humano de elevada qualidade
a Nação não presta.
Em oposição ao divisionismo atávico, saloio
e altamente pernicioso para todos, cultivado
por certas facções doentias de professores,
um pouco por todo o País, regista-se, pelo
menos na nossa Escola, um fenómeno sadio de
saudosismo por parte de alunos que partiram
e que, embora seguindo destinos díspares se
mantêm unidos à memória de sua quase esco-
la-berço. A prová-lo está a criação da associa-
ção de antigos estudantes MAIS AURÉLIA cujo
núcleo fundador é hoje composto já por uni-
versitários, alguns deles quase em final de
curso.
Percorremos há dias alguns espaços da
―Aurélia reconstruída‖ e consideramos que
toda a escola beneficiou objectivamente com
a intervenção que nela se faz. Há, obviamen-
te uma muito melhor funcionalidade. Corre-
dores mais luminosos, salas de aula muito
mais confortáveis e muito melhor apetrecha-
das tecnologicamente. Parece que o frio que
suportámos no inverno, anos a fio, é uma
recordação diluída no Tempo e a falta tantas
vezes sentida de um projector deixou de ser
obstáculo. Obviamente que ainda é necessário
fazer um esforço para criar uma simbiose
mental entre a Escola que foi a nossa segunda
casa, com as suas madeiras, os seus armários
antigos repletos de toda uma vida de décadas
de trabalho e de estudo, aquele bar quase ―à
Harry Potter‖, tão aconchegado e onde
―estávamos todos ao monte‖ mas onde era
palpável uma forte carga de calor humano, a
Secretaria onde não havia formalismos buro-
cráticos, enfim, todos aqueles cantos e recan-
tos que já conhecíamos de cor e salteado e
eram tão nossos, já não existem.
A primeira impressão arquitectónica quan-
do entramos dentro da ―nova Aurélia‖ é a de
entrarmos num hotel da cadeia Íbis, ou numa
destas clínicas modernas. Cores informais,
portas metálicas com um grande vidro meio,
tectos inundados de ―pladur‖, janelas que
abrem duma forma pouco prática, diga-se, e
uma certa atmosfera demasiado fria que falta
preencher com plantas, gravuras, qualquer
coisa de espiritual. Há ar condicionado quanto
baste, com as suas vantagens e os seus custos
(mudanças atempadas de filtros e gastos de
energia eléctrica) e há muita luz. A Directora
mergulhou no fundo duma vasta sala, mais
longe, muito mais isolada. Não será bem esse
o ―espírito‖ duma escola humanista. Mas seja-
mos práticos e não piegas. Por vezes (tantas
vezes!) os mais velhos receiam a modernida-
de. Mas ela é a lei fundamental da evolução e
da civilização humana e temos que olhar para
a ―mudança‖ como um factor de progresso,
como um esforço são de melhoria e temos que
ser arrojados ―entrando na onda‖, isto é: sal-
tando para dentro do Progresso e sermos nós
também uma parte integrante e ainda funcio-
nal dele. Portanto: VIVA A ANTIGA AURÉLIA E
LONGA VIDA PARA A NOVA.
Por Quinto Barcelos Ex-professor da ESAS Orientador Pedagógico
Foto de António Carvalhal (prof.)
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•
Página 11
Baile de Finalistas Por Catarina Ferraz
G lamour, requinte e muita animação, marcaram a
noite de 5 de Junho 2009. Uma festa que encerrou
um ciclo para muitos de nós, que ingressaram agora no ensino
universitário.
O evento teve lugar no restaurante Triplex, na Avenida da
Boavista, e o tema abraçado foi os anos 90.
A AMA em conjunto com a associação de estudantes teve o
prazer de nos proporcionar momentos inesquecíveis!
As meninas calçaram assim o sapatinho da Cinderela e os
cavalheiros pareciam uns verdadeiros príncipes, enfim, como um
verdadeiro conto de fadas!
Ditados Populares da
Era Digital :)
Amigos, amigos, passwords à ت
parte.
.Melhor prevenir do que formatar ت
.O barato sai caro. E lento ت
Quando a esmola é muita, o santo ت
desconfia que tem um vírus anexa-
do.
Quem semeia e-mails, colhe ت
spams.
,Na informática nada se perde ت
nada se cria. Tudo se copia...
Não adianta chorar sobre ficheiro ت
apagado
O problema do computador é o USB ت
(Utilizador Super Burro)
:Uma impressora diz para outra ت
essa folha é tua ou é impressão
minha?
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 12 •
Qual a sua função no processo de
intervenção da nossa Escola? Faço
parte de uma equipa de gestão e fiscali-
zação das intervenções do Parque Esco-
lar no âmbito da reabilitação e mobiliza-
ção do parque em si.
Quais os principais problemas/
obstáculos que teve de enfrentar?
Podemos dividi-los em duas situações
distintas: ligação obra/escola e a obra
em si, dos trabalhos da empreitada. No
que se refere à primeira, o início foi um
poucodifícil, pois tivemos de perceber a
escola, a comunidade escolar, para pro-
teger os alunos de forma a não prejudi-
car o ano lectivo 2008/2009. Quanto à
obra, tínhamos pouco espaço para ope-
rar, pois estamos inseridos num quartei-
rão e o ruído poderia afectar as aulas, o
corpo docente, os alunos e os morado-
res. Além disso, deparámo-nos com um
nível freático muito elevado. Tivemos
problemas que a engenharia nos resol-
veu, mas que dificultaram o desenvolvi-
mento dos trabalhos, surgindo alguns
atrasos.
À conversa com Paulo Lisboa ….
A satisfação pelo novo espaço é um sentimento compartilhado por toda a
comunidade escolar. Mas há sempre questões e por isso pedimos a entrevis-
ta… Paulo Lisboa, responsável pela fiscalização das obras na ESAS sentou-se
connosco e respondeu, com agrado, a tudo que lhe perguntámos. Por Joana Sequeira do 12º H
Fotos por António Carvalhal (prof.)
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 13
Professores e alunos reclamam que as salas ficam
abafadas e não há possibilidade de abrir as janelas
para as arejar. Está prevista alguma solução para
atenuar esta situação?
É preciso concluir determinados ensaios para a optimi-
zação das situações e para a qual pedimos alguma
paciência. O objectivo foi aumentar o isolamento das
salas termicamente e acusticamente. As salas tem
UTAs, (unidades de tratamento dear). As janelas abrem
a 30 graus de forma a não haver propagação do ruído.
O professor não necessita de fazer um esforço tão
grande ao nível vocal e, para o aluno, é mais fácil
poder concentrar-se. A iluminação está preparada de
forma a que os alunos não forcem a visão ao nível do
quadro e em termos do plano de trabalho, ou seja, da
mesa de trabalho… Para isto contribui a disposição das
iluminarias de forma a que não haja transmissão de
brilho nos quadros cerâmicos e reflexão, e para que
não haja algo prejudicial para a visão dos alunos em
termos de quadro e plano de trabalho.
Irão ser colocados bengaleiros nas salas? Não, cada
aluno terá o seu cacifo/vestiário, que irão ser coloca-
dos em espaços informais.
E as cores? As cores que estão na escola são neutras,
foram pensadas pela arquitectura de forma a realça-
rem o conteúdo e a facilitarem a concentração aos
alunos. Tudo se conjuga e harmoniza, há ligação entre
o cinza e o branco.
Balneários, porquê o atraso? Há identidades execu-
tantes exteriores à obra, como a EDP, entre outras
empresas, e geram-se situações que fogem ao nosso
controlo. Outras vezes a responsável é a burocracia,:os
procedimentos são morosos e os atrasos surgem.
Muitos se questionam: e palco, não vai existir? A
escola ganhou novos espaços que substituem com van-
tagem o antigo palco, nomeadamente um auditório e
duas salas de ginástica. O Auditório está dividido em 3
circuitos totalmente apetrechado, preparado com um
sistema audiovisual e sonoro como a escola nunca teve.
Há novas áreas para dança e ballet..
Bancos de jardim sobre os canteiros, porquê?
Foram pormenores pensados por um arquitecto paisa-
gista. Pretende-se que haja uma interligação entre o
espaço verde e a própria disposição do banco rústico.
A disposição dos elementos físicos que compõem a
escola tornam a Aurélia de Sousa a elite das elites.
Com os melhoramentos introduzidos na escola, não
irá disparar a factura energética?
Sim, obviamente que irá, devido à iluminação exterior.
Não havia luz no exterior. Contudo, usam-se lâmpadas
económicas e dispomos de quinze painéis solares. Faz—
- se a gestão de energia dos painéis e das caldeiras
pela interacção entre eles. Estamos perante um edifí-
cio inteligente em termos técnicos e acústicos. Temos
células crepusculares que activam quando não há luz
natural. Quando dá o toque de entrada a iluminação
reduz par 50% e é activada quando toca para fora
havendo obviamente redução no consumo A escola está
preparada para colocação dos painéis fotovoltaicos
para poder vir a vender energia à rede pública. Temos
isolamento térmico. Os vidros são todos laminados e
temperados, não são duplos e conjugados com a caixi-
lharia, não ocorrerá o fenómeno de efeito de estufa no
verão e para que, no inverno, o frio não entre. A esco-
la detém um ―relógio mãe‖, que não atrasa nem adian-
ta, que está ligado a um GPS e que por sua vez está
ligado directamente a um satélite geoestacionário.
Continua na página 18
Joana entrevista Paulo LIsboa
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 14 • Página 14 •
D esde 2004, a AMA – Associação Mais Aurélia,
apresenta-nos uma solução diferente para
passarmos uma semana das nossas férias da Páscoa na
companhia dos nossos amigos e também de ex-alunos.
Estes dias decorrem sem pais, com alguns professores
convidados e claro com os simpáticos membros da orga-
nização. Depois de Paris e Barcelona, o destino escolhi-
do foi Madrid.
No dia 3 de Abril de 2009, deixámos o Porto para mais
uma semana inesquecível. Depois de umas horas de via-
gem, chegámos de manhã cedo ao centro da capital
espanhola e logo partimos à aventura de visitar a cida-
de, a começar pela Plaza de Espanha. Ao longo dos dias
aproveitámos para conhecer o Palácio Real, o Museu do
Prado, o Museu Rainha Sofia, a Estação de Atocha, o
Parque do Retiro, entre muitos outros locais emblemáti-
cos, embora sem qualquer carácter obrigatório, e termi-
námos com sessões de convívio em locais igualmente
interessantes, como a passagem fundamental pelo Hard
Rock Café.
Contudo, não seria um projecto da AMA se não hou-
vesse a mais marcante atracção destas férias: a visita ao
parque temático Warner Brothers, no qual dedicamos
um dia inteiro ao divertimento.
No nosso roteiro de visitas, para além do centro de
Madrid, fomos ainda a Toledo e Salamanca, duas cidades
com muita história e beleza, que ficaram marcadas não
só pelas suas características naturais e arquitectónicas,
mas também porque foram testemunhas da nossa ani-
mação e criatividade onde todos juntos fizemos muita
festa.
Mas foi Toledo o momento alto da viagem, marcado
pela união e invasão por todo o grupo, em que fomos o
centro das atenções, chegando mesmo a sermos confun-
didos com animadores de rua. Esta enchente só foi com-
parável à massiva e ruidosa ocupação que fizemos de
um restaurante da cidade para assistirmos a um desafio
de futebol entre o Manchester e o F. C. Porto, do qual
saímos com um resultado bastante positivo. (Chegou-nos
inclusive aos ouvidos que o F. C. Porto preparou em
segredo aquela exibição em homenagem à AMA!)
Em suma, toda a visita cultural é importante, mas as
viagens da AMA são mais do que isso: são diversão, ani-
mação, amizade e tudo mais. É uma semana fantástica,
mesmo que o destino não cative, pois quem faz a via-
gem somos nós e não o destino.
AMA Madrid 2009
Por Juliana Ferraz e Maria João Dias
PÕE-TE A MILHAS DAS PASTILHAS Por José Chen Xu do 10ºB
Porque são eles [os adolescentes] os principais consumidores desta dro-
ga.‖ Teresa Summavielle, que pretendeu alertar-nos para os efeitos do
ecstasy, é a grande impulsionadora do projecto e-drogas. Visitem: http//e-drogas.blogspot.com
N o passado dia 2 de Novembro, os alunos do
10.º ano (turmas A, B e J) assistiram a uma
palestra sobre os efeitos das drogas, apresentada por esta
professora universitária.
Teresa Summavielle, do Instituto Biomolecular e Celular
da Universidade do Porto (IBMC), é uma das autoras do
estudo publicado no Journal of Neuroscience. Veio à nossa
escola apresentar uma palestra que forneceu muitas infor-
mações ao nível dos efeitos e perigos do consumo de drogas
em relação dos adolescentes.
Explicou que as drogas e o álcool interrompiam as sinap-
ses dos neurotransmissores, isto é, impediam que a mensa-
gem destes fosse transmitida para o outro neurónio. Esta
paragem demorava cerca de uma hora, impedindo que a
mensagem de ―prazer‖, ao drogar-se, chegasse ao destino,
sendo desviada para outro lugar. É por isso que, quando
essa paragem termina, o indivíduo drogado (ou bêbado) se
sente, muitas vezes, deprimido.
Para comprovar que as drogas, principalmente o ecs-
tasy, nos fazem mal, apresentou dados relativos a experiên-
cias com ratos brancos ―adolescentes‖ para nos conscien-
cializarem e chegarmos à conclusão que as drogas afectam
o sentido de percepção.
Apresentou, entre a variada informação que nos sur-
preendeu, o estado do cérebro de experiências realizadas
nos Estados Unidos em macacos. A perda de milhões de
neurónios durante a toma de drogas durante oito dias con-
secutivos foi uma realidade. A recuperação destes, em sete
anos, é de menos de 50% dos que existiam inicialmente.
Foi uma palestra muito interessante e vantajosa pois,
graças a ela, foi possível esclarecer muitas dúvidas sobre as
drogas e tomar conhecimento de novas situações relaciona-
das com elas.
Assim, podemos tomar consciência do que nos pode
acontecer ao drogarmo-nos ou embebedarmo-nos e que,
consequentemente, podemos ficar com deficiências cere-
brais e motoras permanentes.
Visitem: http://e-drogas.blogspot.com
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 15
•
Página 15
E m minha opinião, um parque de bicicletas "puxará"
pela utilização da bicicleta, esta pelos parques e
CICLOVIAS, estes pelo usos da bicicleta e assim sucessiva-
mente...
Como se explica que os países mais desenvolvidos do mun-
do sejam os que mais utilizam a bicicleta?
Não... a topografia das cidades não responde a isso! Já vi
muitos "europeus" a treparem colinas; no Porto, pode-se
"descer de bicicleta e subir com a bicicleta no metro" ou
usar, nas subidas, ―a 1ª‖ das dezenas de velocidades das
modernas bicicletas. Pode-se até utilizar uma bicicleta assis-
tida a motor eléctrico, etc.
Motivos evocados para sustentar o uso da bicicleta:
Reduzir o consumo de recursos energéticos e matérias-
primas não renováveis que contribuem para o patético
desequilíbrio do Planeta causado pelo Ser Humano
(poluição, aquecimento global, mudanças climáticas,
secas, inundações, subnutrição, fome, etc., etc...)
Aproveitar as deslocações casa-escola, por exemplo,
fazendo exercício físico;
Contribuir para a redução do trânsito motorizado e
osseus conflitos.
Bom e proveitoso ano de trabalho, rumo ao desenvolvimen-
to sustentável!
Já temos um Parque para bicicletas
na nossa Escola! Por José Maria Sá
Professor de Geografia
PÕE-TE A MILHAS DAS PASTILHAS Por José Chen Xu do 10ºB
Porque são eles [os adolescentes] os principais consumidores desta dro-
ga.‖ Teresa Summavielle, que pretendeu alertar-nos para os efeitos do
ecstasy, é a grande impulsionadora do projecto e-drogas. Visitem: http//e-drogas.blogspot.com
N o passado dia 2 de Novembro, os alunos do
10.º ano (turmas A, B e J) assistiram a uma
palestra sobre os efeitos das drogas, apresentada por esta
professora universitária.
Teresa Summavielle, do Instituto Biomolecular e Celular
da Universidade do Porto (IBMC), é uma das autoras do
estudo publicado no Journal of Neuroscience. Veio à nossa
escola apresentar uma palestra que forneceu muitas infor-
mações ao nível dos efeitos e perigos do consumo de drogas
em relação dos adolescentes.
Explicou que as drogas e o álcool interrompiam as sinap-
ses dos neurotransmissores, isto é, impediam que a mensa-
gem destes fosse transmitida para o outro neurónio. Esta
paragem demorava cerca de uma hora, impedindo que a
mensagem de ―prazer‖, ao drogar-se, chegasse ao destino,
sendo desviada para outro lugar. É por isso que, quando
essa paragem termina, o indivíduo drogado (ou bêbado) se
sente, muitas vezes, deprimido.
Para comprovar que as drogas, principalmente o ecs-
tasy, nos fazem mal, apresentou dados relativos a experiên-
cias com ratos brancos ―adolescentes‖ para nos conscien-
cializarem e chegarmos à conclusão que as drogas afectam
o sentido de percepção.
Apresentou, entre a variada informação que nos sur-
preendeu, o estado do cérebro de experiências realizadas
nos Estados Unidos em macacos. A perda de milhões de
neurónios durante a toma de drogas durante oito dias con-
secutivos foi uma realidade. A recuperação destes, em sete
anos, é de menos de 50% dos que existiam inicialmente.
Foi uma palestra muito interessante e vantajosa pois,
graças a ela, foi possível esclarecer muitas dúvidas sobre as
drogas e tomar conhecimento de novas situações relaciona-
das com elas.
Assim, podemos tomar consciência do que nos pode
acontecer ao drogarmo-nos ou embebedarmo-nos e que,
consequentemente, podemos ficar com deficiências cere-
brais e motoras permanentes.
Visitem: http://e-drogas.blogspot.com
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Acreditar não só nas palavras, mas no Mundo que elas criam
P ediram-me para
escrever um livro, um romance
com cerca de quinhentas páginas,
uns dezassete capítulos e bastan-
tes daquelas palavras difíceis de
soletrar. Mas não, não me pedi-
ram para escrever meros conjun-
tos de letras, soltos, sem harmo-
nia ou magia, pediram-me para
escrever sobre um Mundo, pedi-
ram-me para acreditar, para sen-
tir que aquela realidade que criei
existe, de facto. E eu acedi,
escolhi aquelas páginas brancas
como tela, pano sem nome aonde
pintei as cores que me saíam do
coração. Escrever é não o preen-
cher a tinta
azul indelével
uma série de
linhas finitas,
mas o transpor
para a página,
de um mundo
que nós
(escritores)
olhamos como
leitores.
Por essa
razão, escre-
ver é, em pri-
meiro lugar,
olhar o Mundo
como se fosse
a milionésima
vez que o
fazemos e,
simultanea-
mente, vê-lo,
percepcioná-
lo mesmo, como se fosse a pri-
meira. Por isso, quando um jorna-
lista redige uma notícia, fá-lo
sem paixão, sem coração, mas
quando alguém (por mais novo
que seja) escreve um conto, fá-lo
com toda a dor e toda a humani-
dade que existe à sua volta.
Assim, escrever é uma necessi-
dade, tal como o respirar ou o
beber; não se escolhe fazê-lo,
escolhe-se como fazê-lo, escolhe-
se como viver o Mundo. Quando
aprendemos a falar, por exemplo,
não sabemos, de imediato, orga-
nizar as palavras, trata-se de uma
aprendizagem; quando começá-
mos a escrever, começamos tam-
bém a sentir verdadeiramente o
que sempre fez parte de nós – a
humanidade; mas é um percurso
longo, o imaginar, o criar, o
sonhar. ―Todo o Homem sonha‖,
já dizia alguém, mas quantos dos
que sonham conseguem realmen-
te imaginar, transformar, moldar
a sua própria existência mundana
e vulgar numa outra e mais fan-
tástica realidade?
Eu escrevo, não porque posso,
mas porque tenho que fazê-lo.
Quando sinto a caneta a pressio-
nar a minha mão e o empurrar do
bico na folha, estou realmente
em casa, estou realmente feliz.
Escrever não é mostrar-se feliz, é
sê-lo, pelo menos durante os bre-
ves momentos em que tocamos
na página.
Oxalá todo o que escreve se
veja como um leitor, porque
todos os leitores são na verdade
escritores. A única diferença é
que a sua página em branco é o
seu coração onde moldam, tam-
bém, o seu próprio Mundo.
Por Cláudia Correia do 12ºC
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 17
•
Página 17
Lá e cá
O riunda da cidade Londrina
- Paraná, no sul do Brasil, Nicole já
reside em Portugal há 5 anos. Numa
primeira fase, correspondente ao
primeiro ano, sentiu, como é nor-
mal, algumas dificuldades de adap-
tação principalmente no que se
refere ao ambiente escolar e tam-
bém ao clima. Como sabemos, o
clima do Brasil é, na maior parte das
regiões, bem diferente do de Portu-
gal, não sendo de todo ameno, mas
antes, quente.
Já numa segunda fase da sua con-
vivência com o Porto, cidade onde
reside, sentiu claramente algumas
diferenças no que diz respeito à
cultura, na maneira de pensar, de
agir, de falar das pessoas. Diz-nos
que, em Portugal, o nível cultural
destas é mais elevado em determi-
nados aspectos como na arte, litera-
tura e cinema. Passo a citar: ― Os
Jovens são mais abertos às Artes.‖
Outro aspecto de que sentiu mui-
ta diferença, foi um aspecto carac-
terístico da nossa cultura tradicio-
nal, ou seja, a gastronomia portu-
guesa.
Relativamente ao sistema de
ensino, ou melhor, ao contraponto
entre o brasileiro e português, esta
considera que o sistema educacional
português é mais exigente, específi-
co e especializado, pois no Brasil os
estudantes não são divididos por
áreas, estudam todos as mesmas
matérias. Já aqui, como sabemos, as
disciplinas e matérias dadas são
divididas consoante o curso escolhi-
do. Refere ainda o facto de, no Bra-
sil, o uso de uniforme em escolas
públicas ser obrigatório, o que per-
mite que não haja diferenças a nível
social entre os alunos.
No que toca ao ingresso no ensino
superior, a nossa entrevistada pensa
em seguir Direito ou Sociologia.
Para finalizar, é importante aper-
cebermo-nos das realidades que nos
rodeiam, todas elas distintas, todas
elas únicas. E não esquecer que,
por todo o mundo, há aspectos que
necessitam urgentemente de ser
mudados para que assim, com disci-
plina, ordem e rigor, todos possam
da melhor maneira, receber uma
excelente formação.
Assim sim, as oportunidades serão
gerais e não exclusivas.
Visto que a rubrica “Lá e Cá” serve para darmos a conhecer a toda a
comunidade escolar os testemunhos reais de jovens que por qualquer circunstância mudaram de país e consequentemente, de vida, aqui está mais um. Desta vez, uma estudante de origem brasileira, chamada Nico-le Solcci Violato que vive em Portugal há cerca de cinco anos. Actual-mente frequenta o 12ºH na área de estudos - Ciências Sociais e Huma-nas.
Por Joana Sequeira do 12ºH
Nicole com os amigos, Rita, Patrícia, Daniela, Joana, Inês, Francisca e João
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 18 • Página 18 •
Quanto ao consumo de água? E nas
zonas ajardinadas?
Foram colocadas torneiras tempori-
zadas e os duches também o são.
Nas zonas ajardinadas há um sistema
de rega ligado a um pluviómetro
que faz a regulação da água e que
se activa automaticamente, quando
não chove. Para além disso, há liga-
ção do nível freático ao sistema de
incêndio e de rega. A agua é, por-
tanto, reaproveitada.
Tratamento dos lixos, esta prevista
a sua separação?
A escola dispõe de um posto de
transformação localizado no lado
oeste para a recolha de lixos dife-
renciada. Sítios para lixo orgânico,
zona para fazer compostagem,
recolha de tetra-packs, pilhómetros,
a Escola esta preparada para tudo
isso.
No corpo C, as salas são, na sua
maioria, ligadas às artes visuais don-
de resultam águas sujas com tintas.
Por isso, a Escola está preparada
com um tanque próprio para o trata-
mento dessas águas evitando a con-
taminação da rede.
No compartimento da cozinha existe
também a recolha dos óleos, três
separadores de gorduras, um para
lavagem de contentores orgânicos e
outro para o depósito das gorduras.
A escola teve um Plano Geral de
Qualidade a acompanhar as obras
que será entregue ao dono da
obra, a Parque Escolar - empresa
pública.
A Gestão e Fiscalização é feita
segundo vários parâmetros ao nível
da produção, segurança e ambien-
te.
“Espero que todos
reconheçam o
esforço árduo que
foi dispendido na
requalificação
deste edifício e
que tirem o
melhor partido
dos espaço e dos
equipamentos
fazendo o bom
uso através de
boas práticas de
civismo e de utili-
zação, para que
possa ser apro-
veitado por mui-
tos.”
Fotos por António Carvalhal (prof.)
E ste editorial abre-nos novas perspecti-
vas que se consubstanciam na reconversão de uma
escola. Não nos cabe a nós, Jornalesas, definir
quais os parâmetros que deveriam nortear essa
mesma modernização e estamos cientes que há
muitas e variadas opiniões, tal como orgulhosa-
mente damos conta, com a publicação de vários
artigos sobre este tema nas nossas páginas. A preo-
cupação foi o de fazer esse mesmo levantamento
de opiniões e darmos a conhecer, à verdadeira
comunidade que é a Aurélia de Sousa, os protago-
nistas dessa novidade em que se tornou a escola.
Mais do que a parte física, interessa-nos saber que
reais possibilidades pedagógicas de acompanha-
mento dos novos tempos se perfilam e se estare-
mos à altura de responder positivamente aos desa-
fios vários que se nos colocam para este ano lecti-
vo. E não são poucos, os desafios: para já, conse-
guiu-se responder, com êxito, à tensão a que se
assistiu no último ano no plano da avaliação do
desempenho docente em todo o país e à incomodi-
dade face ao estatuto do aluno. Depois, o nosso
lugar no famoso «ranking» das escolas pode origi-
nar expectativas desmesuradas sobre o nosso
desempenho e sabemos como, por vezes, isso se
pode tornar num verdadeiro escolho à existência
de um clima pacífico e saudável que se exige na
aprendizagem. Mesmo com alguns problemas resi-
duais na nova escola, toda a comunidade escolar
compreendeu o que estava em jogo e está a res-
ponder muito positivamente aos problemas que
vão existindo. A força de uma comunidade vê-se
nas respostas positivas que dá, perante os proble-
mas que vão aparecendo. A Aurélia consegue
seguir em frente porque os objectivos estão defini-
dos desde há muito.
Uma prova dessa mesma dinâmica encontra-se
na força deste jornal e na variedade dos temas
apresentados. Basta folhear as actividades e pro-
jectos que nos rumam para compreender a força
desta comunidade escolar. É um verdadeiro elogio
aos nossos alunos a forma como souberam levar
por diante o projecto do jornal e torná-lo uma
referência base de toda uma escola que teima em
pautar-se por critérios de exigência.
A todos eles e aos professores que os apoiam,
um muito obrigado. Cá estaremos para continuar
este Jornalesas com a identidade que nos foi doa-
da e que sentimos a responsabilidade.
Página 19
•
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 19
Editorial
Fotos de António Carvalhal Professor responsável pelo Clube de Fotografia
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V
B erlim, no ano de 1936,
era a capital do Império
do Adolph Hitler, curiosamente,
um austríaco que governava a
seu bel-prazer a Alemanha. Está-
vamos num período de grande instabilidade: tínha-
mos uma Alemanha poderosíssima renascida 1ª
Guerra Mundial e os Estados Unidos da América lan-
çados no crescimento da sua influência mundial.
Sendo assim, os Jogos Olímpicos que se realizavam
nesta cidade iriam ser o ―tira-teimas‖ entre estes
dois colossos. Para além disso, Hitler iria servir-se
desta ocasião para comprovar a superioridade da
raça ariana, o seu grande objectivo. A vontade era
tão grande, que a comitiva germânica era a maior
até à data .
Sendo assim, temos que a equipa alemã era o
protótipo do ideal hitleriano: caucasianos, altos e
com um grau alto de instrução académica. Do outro
lado, tínhamos os EUA constituídos, como tem sido
apanágio até aos dias de hoje, na maioria, por atle-
tas negros. Entre as duas equipas destacavam-se
dois grandes homens: Luz Long e Jesse Owens sen-
do. Ambos, um acrescento à média das caracterís-
ticas raciais e, ao mesmo tempo, as ―estrelas da
companhia‖, já que Long era um atleta extrema-
mente versátil. Owens era o recordista dos 100
metros. Resumindo, muita tinta iria correr em rela-
ção ao que acontecia dentro e fora das pistas.
Foi mesmo com estes dois homens que aconteceu
um dos episódios mais marcantes da História Olím-
pica quer pela sua emotividade, quer pela coragem
e confiança envolvidas: estávamos nas qualificações
do salto em comprimento e Jesse Owens estava
prestes a ficar fora da final. Long, ao ver o que se
passava, foi falar com Owens e aconselhou-o a
arrancar para o salto uns centímetros antes. Dito e
feito! O americano qualificou-se para a final que
iria ganhar ao alemão por uma margem de 19 cm.
Num acto de amizade, os dois abandonaram a final
rumo aos balneários abraçados. Ora bem, este foi o
seu último momento juntos: nunca mais se reencon-
traram, sendo que Luz Long, denominado de ―O
Inimigo da Alemanha e de Hitler‖, morreu na frente
de batalha na 2ª Guerra Mundial. No final da com-
petição, o americano ganhou os 100m, 200m, os
4x100m e o ―mítico‖ salto em comprimento, com-
petições nas quais o presidente do Reich se recusou
a estar presente na entrega das medalhas ao negro
americano. Ah, já agora que estamos a falar de
medalhas… nem aqui o ―Sr. Adolfo‖ conseguiu
demonstrar a superioridade da raça ariana (quer
dizer, o que ele achava), uma vez que os EUA obti-
veram o maior número de lugares no pódio: 89
medalhas face às 75 medalhas germânicas.
Por este exemplo podemos concluir que os ideais
olímpicos ―Mais Forte, Mais Rápido, Mais Alto‖, mui-
tas vezes são interpretados de modo diferente ou
são levados para segundo plano, isto é, como ocor-
reu em 1936, servem para mostrar o poderio de
uma nação como espelho do seu poder de influência
internacional, ou mesmo, para melhorar qual ideo-
logia politica é a mais eficaz através dos seus atle-
tas. Tudo isto leva a que o objectivo da união dos
povos (bem explicito na bandeira olímpica) seja por
vezes esquecido tomando como se cada um dos aros
olímpicos se desunisse dos outros na tentativa de se
superiorizar!
Para rematar, é importante apelar a políticos e
governantes para terem mais coragem e poder de
reacção no sentido de calar estes actos provocados
por muita gente influente, de modo a que não seja
necessário que os heróis olímpicos (os atletas) espe-
lhem o que não se deve fazer e mostrem o quão
errada muita gente está (tal como fizeram Owens e
Long), já que, citando uma canção dos U2: “We’re
one, but we’re not the same / Leaves you baby if
you don’t care for it” (Somos um, mas não somos
iguais / Deixa-te se não o cuidares).
Bibliowebgrafia: DVD – ―100 Anos de Glória Jornal Público, 18 de Agosto de 2008, página Suplemento P2, Jornal Público, 19 de Agosto de 2008 http://sobrehistoria.com/wp-content/uploads/erlin1.jpg
―A Primeira Azia de Adolfo‖ Por Luís Pedro Airosa Carvalho Brás do 11ºE
Página 20 •
A s mulheres tiveram, desde sempre,
um papel contestado na sociedade.
No inicio dos Jogos Olímpicos, que surgiram
na Antiga Grécia, a presença das mulheres nesta
competição era nula. As mulheres não eram consi-
deradas cidadãs, e, por esse motivo, eram impedi-
das até de assistir aos Jogos.
Quando em 1896, em Atenas, foram retoma-
dos os Jogos Olímpicos pelas mãos do Barão de
Coubertin, a presença das mulheres continuava a
estar impossibilitada, pois para o Barão as
―mulheres só serviam para coroar os vencedores‖.
Só aquando a sua morte, e com a pressão do movi-
mento feminista, é que as mulheres ganharam o
direito de competir, fazendo-o pela primeira vez
nos Jogos Olímpicos de Paris em 1900.
Para reinvindicar os seus direitos as mulhe-
res, associaram-se a clubes de alpinismo, mas a
modalidade que permitiu a entrada das mulheres
na competição foi o Ténis, onde estas se destaca-
ram.
A natação foi a 1ª modalidade a ser partilha-
da por ambos os sexos.
A Mulher, ao longo dos séculos, passou de
uma postura de aceitação, para uma postura mais
radical. Hoje em dia a Mulher luta pelos seus direi-
tos e reivindica-os.
Apesar da mudança nas mentalidade existe
ainda um longo caminho a percorrer, sendo ainda
evidente a discriminação de que continua a ser
alvo, como é o caso das atletas muçulmanas que só
podem participar nos Jogos usando lenços que lhes
cobrem a cabeça.
Contudo a Mulher, vai continuar a lutar e a
mostrar o seu valor.
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V
―A presença das Mulheres nos Jogos Olímpicos‖ Por Daniela Nora do 12ºH
Página 21
Continuação da página 20
Encontramo-nos, no entanto, longe de conseguir
este objectivo. As ambições do homem são desmedi-
das e estão a consumir o planeta, impedindo que este
seja suficiente para atender a todas a s necessidades
humanas. Mas, ―a Terra é um palco muito pequeno
numa gigantesca arena cósmica‖, afirmou Carl Sagan.
Este é o nosso planeta e, por muito pequeno que seja
comparado com a imensidão do universo, devemos
estimá-lo porque é a nossa casa.
E, após todo este devaneio filosófico, eis a derra-
deira questão: qual o lugar do homem no universo ? E
a resposta é: provavelmente nenhum. Não somos nada
comparados com a imensidão do universo. Erro, acaso
biológico, acidente cósmico… não interessa a nossa
origem. Interessa aproveitar a nossa curta existência
ao máximo e ser feliz.
D E Z E M B R O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X V Página 22 • Página 22 •
V ivemos num minúsculo ponto dum imen-
so universo. Não passamos de um erro,
de um feliz acidente cósmico. Existimos porque num
campo infindável de probabilidades, houve um pla-
neta que por ter uma determinada inclinação e por
estar situado a uma certa distância de uma estrela
com uma determinada
dimensão, permitiu a exis-
tência de vida tal como nós
a conhecemos.
― (…) a humanidade é um
acaso, uma falha, um aci-
dente biológico. Desenvol-
veu-se desordenadamente
sobre uma rocha perdida
num canto infinitesimal.
Um dia, desaparecerá para
sempre sem que ninguém
dela guarde memórias sem
que ninguém se preocupe‖,
afirmou Roger-Pol Droit.
Isto significa então que
ao contrário daquilo que
durante séculos pensamos,
o universo não existe por
nossa causa. Não somos o
centro. Talvez esta ideia já
esteja enraizada dentro de
nós, uma vez que, continuamos a agir e a pensar
como tal. Agimos como se existíssemos para sempre
ou, pelo menos, como se fossemos ser eternamente
recordados. Mas não o seremos. Tal como existimos
ocasionalmente, sem motivo aparente, assim tam-
bém, um dia, deixaremos de existir e para tal, é
suficiente que uma das muitas características que
nos permitem a vida deixe de ser favorável e este
feliz acaso biológico caiará então no esquecimento.
Queremos ser sempre glorificados e reconhecidos
e, para tal, muitas vezes, cometemos atrocidades,
que no fim acabam por ser inúteis, porque mais
cedo ou mais tarde a espécie humana extinguir-se-á
e aí não terá qualquer importância. Não importará
quanto sangue foi derramado, quantas vidas se per-
deram, quem foram os vencedores e os vencidos…
tudo foi em vão. Vivemos num curto período de tem-
po comparado com a escala geológica. E embora
tenhamos presente tudo isto, continuamos a nossa
busca pela imortalidade. Neste momento, a forma
mais simples é deixar registos escritos. Atente-se,
por exemplo, no caso de Sócrates que durante
séculos se pensou ser apenas uma personagem das
obras de Platão, por não ter deixado nada escrito,
e no entanto agora é considerado uma das maiores
senão mesmo a maior referência filosófica.
Mas, de facto, nós somos um ser vivo estranho e
complexo, talvez por termos em nós um lado racio-
nal e um outro emocional. Por um lado usamos a
razão, mas por outro muitas vezes usamos os nossos
instintos, os nossos sentidos. Valorizamos aquilo que
temos em oposição ao que não temos. Precisamos de
ver tristeza para dar valor à felicidade, escuridão
para dar valor à luz, morte para dar valor à vida.
Assim seria, provavelmente, mais eficaz partilhar-
mos o que temos e aceitarmos o outro, ultrapassan-
do a barreira da indiferença de forma a criar uma
sociedade mais justa, o que permitiria ao homem
desfrutar do curto período de tempo que lhe resta
na Terra, trilhando assim um caminho que nos leva-
ria a uma sociedade intercultural, em que deixaría-
mos de nos centrar no eu, para nos preocuparmos
com o outro.
Continua na página 23
O Lugar do Homem no Universo Por Sara Araújo, Gonçalo Azevedo, João Oliveira, e Patrícia Santos do 11ºA
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O Lugar do Homem no Universo Por Joana Carina, Tatiana Correia, Diogo Sá e Beatriz Pereira do 11ºB
O ―lugar do Homem no Uni-
verso‖ tem vindo a ser
discutido desde os tempos mais remotos.
Tanto Carl Sagan como Roger-Pol Droit
são exemplos de um cientista e de um
filósofo, respectivamente, que o debate-
ram com visões mais contemporâneas.
Estes dois ―pensadores‖ defendem duas
visões opostas – uma mais optimista e
outra mais pessimista – mas que apre-
sentam, no entanto, pontos em comum.
Carl Sagan aborda esta questão de
uma forma humanista visando uma evo-
lução no sentido positivo, através da
qual a coexistência vai melhorando –
– o progresso. Assim, a Humanidade é
dada como ―boa‖ e capaz de feitos
memoráveis. É, também, através das
descobertas de astronomia, que o
Homem toma noção da sua posição no
Universo e, consequentemente, da sua
insignificância e impotência – ―A Terra é
um palco muito pequeno numa gigantes-
ca arena cósmica‖ (Carl Sagan). Esta
insignificância é-nos apresentada como
favorável ao progresso, na medida em
que nos consciencializa da nossa auto-
dependência como espécie e da Terra
como habitat, sendo ambas essenciais à
sobrevivência – ―Na nossa obscuridade,
em toda esta vastidão, não há
nenhum indício de que virá
alguém para nos salvar de nós
próprios‖ (Carl Sagan).
Por outro lado, Roger-Pol Droit
considera a ―Humanidade como
um erro‖, fazendo críticas duríssi-
mas à sociedade. Droit admite
que temos uma falsa impressão da
nossa importância e, apesar das
descobertas científicas e da
suposta evolução do Homem, con-
tinuamos, de certa forma, a
defender o antropocentrismo. Tal
como Carl Sagan, reconhece a
nossa insignificância, dando ênfa-
se aos erros do homem, chegando
mesmo a referir que vamos desa-
parecer sem deixar rasto e, contraria-
mente a Carl Sagan, nunca nos uniremos.
Citando Roger-Pol Droit: ―É que, sobre
este fundo sem sentido e de horror, o
estilhaçar de todos os sublimes vibra
com uma graça sem igual. As músicas
perfeitas, os quadros inesquecíveis, a
glória das basílicas, as lágrimas dos poe-
mas, o riso dos amantes… Tantas derivas
do erro. Tantas surpresas inomináveis.‖.
Concluindo, segundo este filósofo, devía-
mos ser melhores e valorizar a qualidade
em detrimento da quantidade.
Segundo o nosso ponto de vista, ambas
as visões dos filósofos fazem sentido. No
entanto, temos uma visão mais optimista
que Droit, mas não tão optimista quanto
a de Sagan. Concretizando, os erros do
Homem são notáveis e até graves,
porém, acreditamos que ainda vamos a
tempo de os corrigir se trabalharmos no
sentido da união. Para tal, é importante
consciencializarmo-nos da nossa insigni-
ficância e impotência. Mas será o
Homem capaz de mudar e abdicar de
alguns privilégios no sentido de promo-
ver a preservação?
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FICHA TÉCNICA
Coordenadores:
Prof. António Catarino Profª Julieta Viegas Redacção e Tratamento da Informação:
Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem:
Profª Julieta Viegas Equipa de alunos:
Joana Sequeira 12ºH
Pedro Gomes 10ºG
Patrícia Costa 10ºG
Diana Castro 10ºF
Vanessa d‘Orey 10ºF
Apoio e financiamento :
AMA—Associação Mais Aurélia
Repr.: Francisca Ferreira
www.amaurelia.com
Agradecimentos:
a todos os que, de alguma forma, contribuíram para esta edição do JORNALESAS.
LOGÓTIPO ESAS
por António Carvalhal
O ―volume‖ alaranjado simboliza o
edifício antigo. O vermelho magenta, o(s) novo
(s). São inclinados para simular perspectiva e
crescimento para o futuro.
As linhas tanto simbolizam o ―verde‖ da árvo-
re principal, em frente à escola, como as áreas
de ensino disponibilizadas pela escola – Básico
mais seis cursos do Secundário.
As duas silhuetas simbolizam os alunos, a
população escolar, a alegria, o bem-estar …
A fonte (lettering) utilizada é Helvetica Light
que permite leitura em impressões até 2 cm no
lado maior.
O logótipo é apresentado em versão a cores e
a preto e branco e em quatro tamanhos, para
serem usados conforme as circunstâncias.