JornalESAS, Junho 2012

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Zodíaco Chinês I Holocausto I Henrique Taveira I Moda I Música I Filme |Lugar da Ciência | Biblioteca l Economia Capa de Maria do Carmo Rola (profª)

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Jornal oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, Porto

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JORNALESAS • Página 2

A s segundas Olimpíadas de Português

realizaram-se na nossa escola no dia

18 de Abril , registando uma forte adesão por

parte dos alunos. Assumindo o compromisso

da sua realização anual, os professores de

Português conseguiram mais do que triplicar a

adesão verificada no ano passado.

À semelhança do que acontece há 30 anos

com as Olimpíadas de Matemática, foi apre-

sentada uma proposta de realização de Olim-

píadas de Língua Portuguesa a nível nacional

ao Ministro da Educação e Ciência, proposta

essa que teve o melhor acolhimento por parte

do Gabinete do Ministro.

A entrega de prémios aos três primeiros classi-

ficados de cada escalão teve lugar na Noite de

Teatro, a 8 de Junho.

Prova do 3.ºciclo Ensino Básico 84 alunos participantes

Os 10 + 1.º Pedro Teixeira 9.º B 91 pontos

2.º Raquel Silva 9.º B 90 pontos

3.º Luís Gigante 9.º D 88 pontos

4.º David Cunha

Carolina Pinho

8.º E

9.º B

87 pontos

87 pontos

6.º Maria Nery 9.º D 86 pontos

7.º Leonor Cid M.

Manuel Maia

8.º A

9.º D

85 pontos

85 pontos

9.º Mara Tribuna 7.º C 84 pontos

10.º Flávio Costa 8.º E 83 pontos

Prova do Ensino Secundário 93 alunos participantes

Os 10 + 1.º Henrique Vasc. 10.º D 172 pontos

2.º Joana Costa 11.º C 162 pontos

3.º Catarina Lourenço 10.º A 154 pontos

4.º Ana Rita Fonseca 12.ºH 153 pontos

5.º Ana Neto

Gonçalo Pires

Rafaela Santana

11.º C

11.º D

12.º F

149 pontos

149 pontos

149 pontos

8.º Ana Sofia Silva

Tiago Almeida

11.º I

11.º I

148 pontos

148 pontos

10.º Núria Fonseca 12.º B 147 pontos

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Foto de António Carvalhal (prof.)

Exmo. Senhor Ministro da Educação e Ciência Professor Doutor Nuno Crato É com enorme satisfação que tomamos conhecimento, a partir de diversas declarações públicas nomeadamente as ocorridas na sessão de entrega de prémios das trigésimas Olimpíadas de Matemática, do esforço que está a ser desenvolvido pelo Ministério da Educação para “concentrar o ensino nas matérias essenciais, como a Matemática, a Língua Portuguesa ou a História”. À semelhança do que vem sendo feito, desde há trinta anos, para incentivar o gosto e o conhecimento da Matemática, gostaríamos de propor a organização de Olimpíadas de Língua Portuguesa a nível nacional, para alunos dos diversos graus de escolaridade, com even-tual possibilidade de provas internacionais entre os países que inte-gram a CPLP. Convém referir que esta prova se realiza a nível interno na Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, pelo segundo ano consecutivo, com significativa adesão por parte dos alunos. A nossa experiência profissional tem-nos permitido constatar que um número muito significativo de alunos apresenta dificuldades de expressão escrita e oral, repercutindo-se estas dificuldades na com-preensão e interpretações de textos, perguntas ou problemas, ou ainda capacidade leitora e consequente gosto pela leitura. Por outro lado, também alguns professores continuam a desvalorizar a má utilização da língua portuguesa, entendendo que erros ou difi-culdades nesta matéria são da exclusiva responsabilidade do profes-sor de português. As Olimpíadas de Língua Portuguesa reforçariam a atenção para a importância da língua materna em todo o processo de ensino/aprendizagem e proporcionariam um maior envolvimento ativo de alunos e professores, e da sociedade em geral. Aumentar o domínio da língua materna equivale a ser capaz de com-preender e interpretar melhor, exprimir-se melhor, pensar melhor. Conseguir que todos os professores se empenhem nesta causa será, ainda, uma forma de instituir o domínio da língua como algo que ultrapassa as aulas de português e subjaz a todos os atos de ensino/aprendizagem, contribuindo definitivamente para o sucesso escolar. Esperamos que esta proposta possa ter o melhor acolhimento junto de V. Exª. e de todos aqueles que, com responsabilidade nesta maté-ria, acreditam, como Fernando Pessoa, que a nossa “Pátria é a Língua Portuguesa”. A Diretora e Presidente do Conselho Pedagógico—Professores do Departa-mento de Línguas e Literaturas e Equipa da Biblioteca/Centro

Carta ao Ministro da Educação

Olimpíadas de Língua Portuguesa Na sequência de uma exposição enviada, no mês de Abril, ao Ministro da Educação e Ciência pelo Grupo de Portu-guês e pela Equipa de trabalho da Biblioteca, em que se propunha de forma fundamentada a realização de Olim-píadas de Língua Portuguesa a nível nacional, com possibi-lidade de alargamento aos países que integram a CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa, recebemos, no dia 6 de Junho, da Direção de Serviços e Desenvolvi-mento Curricular, o seguinte ofício que transcrevemos: “ Em sequência da V/ mensagem, sobre o assunto em epígrafe, enviada para Sua Exª. o Ministro da Educação e Ciência, e de posterior contacto telefónico, vem esta Dire-ção-Geral agradecer a proposta apresentada, a qual consi-deramos de grande interesse e relevância. Assim, e tendo em vista a organização de Olimpíadas de Língua Portuguesa, gostaríamos de propor uma parceria entre a Direção-Geral da Educação (DGE) e a ES/3 Aurélia de Sousa (ESAS), a qual poderia ser alargada à Associação de Professores de Português (APP). Consideramos igual-mente que, numa fase inicial, seria enriquecedor convidar uma escola de um país da CPLP para integrar esta iniciati-va, que se poderia estender posteriormente a outras. Para concretização deste propósito, e caso a V/ escola esteja interessada nesta parceria, pensamos que seria muito útil a realização de uma reunião entre representan-tes da DGE, da ESAS e da APP para apresentação das Olimpíadas de Língua Portuguesa realizadas na ESAS e para reflexão sobre o alargamento a nível nacional desta iniciativa. (…)” Sentimo-nos muito honrados com este convite que valori-za e alarga os efeitos da nossa iniciativa e louvamos a atenção e pronta resposta do Ministério da Educação e Ciência à nossa proposta. Maria Luísa Saraiva (professora/bibliotecária)

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• Página 4 JORNALESAS

Concurso Nacional de Leitura Texto de Pedro Gomes (12ºG) e Juliana Silva (12ºH)

Os alunos com o escritor Gonçalo Cadilhe—Da esquerda para a direita : Tiago (9ºB), Joana (7ºB), Adriana (9ºA), Juliana (12ºH), Gonçalo Cadilhe (escritor), Bianca (12ºD) e Pedro (12ºG)

D epois de passarem a fase inicial, na nossa escola, do

Concurso Nacional de Leitura, os alunos do básico,

Joana Marques, do 7ºB, Adriana Pereira, do 9ºA, e Tiago Mace-

do, do 9ºB, em conjunto com os alunos do secundário, Bianca

Vasconcelos, do 12ºD, Juliana Silva, do 12ºH, e Pedro Gomes, do

12ºG, participaram na fase distrital deste concurso. Esta elimina-

tória realizou-se na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no dia

24 de Abril. A primeira etapa consistiu numa prova escrita sobre

os livros de leitura obrigatória: As Aventuras de João Sem Medo,

de José Gomes Ferreira, Patagónia Express, de Luís Sepúlveda

(para o básico), Nos Passos de Magalhães, de Gonçalo Cadilhe, e

Livro, de José Luís Peixoto (para o secundário). Os cinco melho-

res de cada um dos ciclos passariam à prova oral, em que teriam

de apresentar a sua opinião sobre um dos livros, seguindo-se

uma leitura em voz alta e a apresentação de duas quadras redigi-

das pelos participantes. A aluna Joana Marques, da turma B do

7ºano, foi a única, da ESAS, apurada para a fase nacional, tendo

contado com o apoio de todo o grupo.

Desenho de Sara Rodrigues do 10º I

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A fase regional realizou-se no Porto, no dia 28 de abril de 2012. O vencedor do escalão B (alunos do 11ºano de escolaridade) foi Alexandre Carvalho Truppel, aluno do 11º E desta Escola – medalha de ouro. A fase nacional ocorreu no Museu da Eletricidade em Lisboa, no dia 9 de junho de 2012. Nesta fase, o Alexandre foi distinguido com uma menção honrosa (alunos classificados do 4º ao 10º lugar). Esta fase nacional das Olimpíadas apura para: Olimpíadas Internacionais 2013 (julho 2013, Dinamarca) e Olimpíadas Iberoamericanas 2013 (setembro 2013, Paraguai).

Texto de Graça Bastos (profª de Física)

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• Página 6 JORNALESAS

Por Maria Monteiro (10ºC) e Rita Magalhães (10ºD)

Qual é a força do nosso mar?

D urante este ano letivo, os Jovens Repórteres Para o

Ambiente do Clube Europeu ESAS desenvolveram um

projeto de pesquisa e intervenção sobre a energia das ondas

subordinado ao título “A Força do Nosso Mar”.

Ainda no primeiro período, um grupo representativo de alunos

deste Clube foi convidado para participar no Seminário Nacional

JRA apresentando, com sucesso, o seu projeto de trabalho para

o ano letivo. A escolha deste tema justificou-se pela consciência

da informação vaga que tínhamos sobre este tipo de energia

alternativa e por sentirmos que era algo importante para o nos-

so país e que merecia maior destaque. Propusemo-nos então a

procurar informação sobre esse tema, apresentando um projeto

de divulgação a nível nacional.

Com o decorrer do ano letivo, os trabalhos de pesquisa prosse-

guiram (intercalados de outros projetos do mesmo clube) e sur-

giu-nos a oportunidade de visitar o Departamento de Hidráulica

da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), onde nos aperce-

bemos da real importância da investigação nessa área e do pro-

tagonismo que tem sido atribuído a Portugal neste tópico. Reali-

zamos duas entrevistas a professores deste departamento

(Doutor Francisco Pinto e Doutor Paulo Santos), que nos infor-

maram sobre o trabalho de pesquisa experimental que tem vin-

do a ser desenvolvido pela FEUP.

De volta à escola, elaboramos uma reportagem para ser subme-

tida ao concurso dos Jovens Repórteres para o Ambiente

(http://www.youtube.com/watch?

v=KMit0GgkZc&feature=my_liked_videos&list=LLOmcCR-

jOdny1qbI43cFSLg) e uma notícia, já publicada na anterior edi-

ção deste jornal.

Estando no fim do ano e refletindo sobre o trabalho desenvolvi-

do, apercebemo-nos de que, quando começamos a prestar aten-

ção ao tema (Energia das Ondas), vemos o quão atual e impor-

tante ele é, pois as notícias sobre o mesmo são constantes e

relevantes. Assim, agradecemos todas as oportunidades com

que nos deparamos e que aumentaram a nossa motivação e o

nosso conhecimento, não só deste, mas também de outros

temas relacionados com o Ambiente. Alguns de nós antevêem-

-se, num futuro próximo, a realizar pesquisa mais aprofundada

sobre este tema na FEUP.

http://sigarra. up.pt/f eup/unidades_geral. vi sual izar?p_unidade=47 – FEUP – Departamento de Hidráulica.

JRA na FEUP

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Continua na página 10

Página 7•

JRA: Porque escolheu trabalhar nesta área da Engenharia? Prof. Francisco Pinto: Quando acabei o curso, escolhi esta área de especialização em Hidráulica, depois fiz o doutoramento em Enge-nharia Costeira e, a partir daí, dediquei-me quase a 100% a esta área do conhecimento.

JRA: Neste momento, o que está a fazer no âmbito da energia das ondas? Prof. F.P.: Em relação à energia das ondas estou a orientar uma tese de doutoramento precisamente nesta área, para além de acompanhar alguns estudos que estão a ser efetuados no nosso porto de Leixões.

JRA: O que aconteceu ao projeto relacionado com a energia das ondas implementado pela UP há uns anos na Aguçadoura? Prof. F.P.: A Aguçadoura tem uma área criada como zona-piloto, onde as empresas podem instalar e testar dispositivos. Foi defini-da como área destinada a elevar o potencial em termos de energia e de recursos, onde os grupos interessados podem colocar os seus protótipos. Foi o que aconteceu com o Pelamis e está, neste momento, a acontecer com o Windflow, um outro sistema, não de

aproveitamento da energia das ondas, mas da energia do vento em alto mar, financiado pela EDP. Portanto, funciona como uma zona de grandes dimensões, onde se podem testar vários dispositivos. Enfim, o Pelamis foi colocado lá inicialmente, mas depois foi retira-do devido a problemas técnicos.

JRA: A comunicação social noticiou a existência de um projeto de aproveitamento da energia das ondas dirigido pelo município de Peniche. Este projeto lança novas ideias sobre o assunto? Prof F.P.: Esse projeto é precisamente o Waveroller, que vos foi apresentado aqui. O dispositivo é colocado no fundo do mar, é uma espécie de comporta que se desloca ao longo de um eixo. Os ensaios preliminares do sistema foram realizados no Departamen-to de Hidráulica. Estão em fase de testes no protótipo para verifi-car a rentabilidade do sistema, no sentido de se colocar não um, mas mais do que um dispositivo. Sabe-se que um desses dispositi-vos consegue extrair energia, mas um só não é rentável. É preciso colocar vários dispositivos para que se consiga retirar energia em quantidade suficiente para que a instalação do sistema seja rentá-vel. O investimento é elevado, portanto tem de haver um retorno que o compense. Esse sistema está a ser trabalhado e está em curso.

Entrevista ao Professor Doutor Francisco Pinto

Secção de Hidráulica da Faculdade de Engenharia da UP Por Beatriz Malafaya (10ºD), Catarina Durán (10ºC), José Chen (12ºB), Maria Miguel (10ºC) e Maria Monteiro (10ºC)

Francisco de Almeida Taveira Pinto, professor catedrático na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, é, desde 2006, o responsável pela Secção de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente, departamento pertencente ao ramo da Engenharia Civil. Para além disso, é membro do Conselho do Departamento de Engenharia Civil, partici-pando também no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental.

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Rock in Rio: For a Better World

Texto de José Chen do 12ºB

O s Jovens Repórteres para o Ambiente deixaram a sua

marca num dos maiores festivais internacionais, o Rock

in Rio (RIR), através de uma missão organizada pela ABAE—

Associação Bandeira Azul Europa. O objetivo desta colaboração

foi alertar e consciencializar as pessoas para a preservação do

ambiente e reparar as ações negativas da sociedade, que acabam

por destrui-lo.

Inicialmente, era necessária uma candidatura para a participação

do JRA nesta missão, contendo os seguintes documentos: uma

carta de motivação explicativa da razão da sua candidatura e uma

reportagem sobre energia. Os alunos selecionados partiriam para

Lisboa, onde ficariam por três dias numa Eco-Escola – que, neste

caso, foi o Colégio Valsassina. Todas as atividades, estadia e ali-

mentação foram da responsabilidade da ABAE. Foram ainda

dadas credenciais a estes jovens para que pudessem entrar no

recinto do Rock in Rio durante o fim de semana.

Para cumprir o objetivo a que se propuseram, os JRA entrevista-

ram vários indivíduos, aos quais se colocaram questões, desta-

cando-se as seguintes: Que preocupações ambientais tem a orga-

nização do Rock in Rio?, Que práticas sustentáveis adota para

preservar o ambiente? e O que faria se fosse dono do Rock in

Rio?. As respostas dadas foram muito diversificadas, mas sufi-

cientes para que os repórteres pudessem escrever artigos e fazer

fotorreportagens.

Por outro lado, os JRA tiveram contacto com uma das vozes da

Rádio Renascença, Marta Ventura, para além de terem entrevis-

tado os músicos Marcelo Jeneci e Mafalda Veiga. Através das

várias questões colocadas e das respetivas respostas, os Jovens

Repórteres para o Ambiente inquiriram que hábitos sustentáveis

tinham os mais famosos e qual era o seu ponto de vista face às

preocupações ambientais da organização do RIR.

Apesar de todo o trabalho árduo desenvolvido pelos jovens

repórteres, estes também dispuseram de algum tempo livre para

assistir aos espetáculos que tinham lugar no recinto, como, por

exemplo, os concertos das bandas norte-americanas Linkin Park e

Metallica.

Em suma, os JRA conseguiram explorar a dimensão mais ecológi-

ca do RIR, que pode, por vezes, passar despercebida.

Vindos de várias escolas do país, desde Porto a Faro, os Jovens Repórteres do Ambiente colaboraram com a ABAE na missão Rock in Rio 2012.

JRA no RIR, com os intérpretes Marcelo Jeneci e Mafalda Veiga—maio 2012

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Europa: Que futuro? Texto de Rafaela Santana e de Ana Sofia Castro, do 12ºF

Um pouco de História A Europa nasceu com um sonho, o sonho de um sistema em que não houvesse “guerra nunca mais”. Primeiro, os países fixaram-se nos instrumentos de guerra, o carvão e o aço, e geriram-nos juntos, formando a CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Nasceu, então, um projeto de paz, que visava que a Europa crescesse em prosperidade e justiça, aproximando-se do Mode-lo Social Europeu. As perturbações na Europa O aumento da população idosa veio criar pressão sobre as finan-ças públicas, surgindo assim um problema demográfico. Tam-bém os novos países emergentes provocaram perturbações na Europa. Assim, à paz vieram juntar-se mais objetivos, como a solidariedade. A Europa nasceu no pressuposto de que cada país tem uma posição. Contudo, atualmente, é a Alemanha que toma a maio-ria das decisões e “é aí que começa o nosso problema”. É tam-bém importante mencionar que, durante muito tempo, se gas-tou muito mais do que aquilo que se tinha. Hoje, temos de assu-mir isso e resolver a situação, sendo necessárias diversas refor-mas para que o Projeto Europeu sobreviva. Portugal, um país especial O atual presidente do Conselho Económico e Social Português fez ainda questão de destacar o importante papel que Portugal teve nos Descobrimentos e de sublinhar que, por isso, somos um país especial na Europa, tendo evidenciado a nossa capaci-dade de interação com os países colonizados. Ainda assim, beneficiou bastante com a entrada neste espaço de integração. Este elogio deve incentivar-nos à mudança, através de um esfor-ço coletivo, por uma união de compromisso.

A Hora das Questões Sobre a possibilidade de um plano Marshall nos dias de hoje, o Dr. Silva Peneda é de opinião de que é possível; todavia, este deve ser aliado ao que já existe, sendo fundamentalmente necessário um plano que não tenha um horizonte de 2 anos, mas sim de 7 ou 8 anos. Temos que refletir acerca do que deve-mos fazer para criar competitividade e identificar as áreas em que podemos ser competitivos, criando incentivos e apoios às empresas. Por sua vez, quanto à situação de Portugal, o economista referiu que hoje já não estão nas nossas mãos muitas das decisões e sim nas de quem nos empresta dinheiro, o que nos torna mais fracos. Deste modo, devemos trabalhar em equipa, ter em conta a interação das diferentes áreas e formar as pessoas com inte-resses e entusiasmo para solucionar as questões. Quanto ao regresso à antiga moeda nacional, afirmou que podia ser desas-troso: a dívida multiplicar-se-ia e ficaríamos ainda mais pobres. A questão sobre a formação dos “Estados Unidos da Europa” teve uma resposta negativa, visto que não é possível uniformizar políticas. De facto, a Europa só se foi associando através dos interesses comuns, existindo contudo competências muito pró-prias, que inviabilizam a formação de um Estado soberano, onde apenas um governa. Outros assuntos como a questão grega, a emigração, as eleições em França, as influências das agências de rating, o próprio traje-to profissional do Dr. Silva Peneda foram também abordados ao longo da conferência.

O Dr. Silva Peneda, licenciado em Economia pela Universidade do Porto, ex-deputado do Parlamento Europeu e atual presidente do Conselho Económico

e Social Português, esteve presente na conferência Europa: Que futuro?, integrada nas comemorações da Semana da Europa. Destacamos aqui os aspetos mais relevantes desta palestra.

ESAS— Dia 10 de maio de 2012

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N o dia 20 de março de 2012, juntamente

com os outros membros do Clube Europeu,

apanhei, no aeroporto Sá Carneiro, o primeiro de três

aviões da viagem que nos levaria à Eslováquia, a fim

de participar na conferência ZAMUN. A viagem

decorreu normalmente, tendo sido apenas um pouco

cansativa, pois durou cerca de 18 horas.

Chegamos à estação de comboios de Žilina, onde as

famílias de acolhimento nos esperavam, por volta da

meia-noite. A minha família tinha dois filhos: um

rapaz, de sete anos, e uma rapariga, de catorze.

Só na minha imaginação me tinha visto a debater

seriamente os assuntos da política internacional da

atualidade num grupo de cerca de 100 pessoas como

eu. Ao fim de dois dias, conseguimos aprovar propos-

tas de reforma do Conselho de Segurança das Nações

Unidas.

Em jeito de balanço, devo referir que vivi durante

quatro dias no seio de uma família de acolhimento

que me proporcionou o contacto com uma nova

cultura e o conhecimento de uma história e de uma

gastronomia diferentes. Conheci muitos jovens com

interesses semelhantes aos meus, fiz muitos amigos,

com alguns dos quais ainda me mantenho em con-

tacto. Aprendi ainda que esquecer o Irão numa vota-

ção é extremamente perigoso e também normas de

debate formal. Foi uma experiência muito enriquece-

dora.

Sessão Académica Conferência das Nações Unidas Žilina, Eslováquia

20 a 26 de março de 2012 Texto de Maria Monteiro, do 10ºC

JRA: As portas da FEUP estão abertas para que tipo de visitantes? Prof. F.P.: Periodicamente, temos visitas de escolas secundárias.

Todos os anos, o Departamento de Engenharia Civil realiza a Sema-

na “Profissão do Engenheiro” em que várias escolas se inscrevem e

podem visitar várias áreas e laboratórios. Para além disso, temos

visitas de outras faculdades e organismos de outros países. Temos

gosto em mostrar este laboratório; não é muito grande, mas tam-

bém não é muito pequeno: é como se fosse a nossa sala de visitas.

JRA: Que países exploram a energia das ondas? Prof. F.P.: Há países que, por terem mais recursos, estão um pouco

mais avançados no aproveitamento da energia das ondas. O Reino

Unido: a Irlanda, a Escócia e Inglaterra, por terem maior experiên-

cia e um historial mais longo de ligação a esta área, são países que

estão a trabalhar mais e a tentar aproveitar este recurso. Portugal

também tem trabalhado nas últimas duas ou três décadas nesta

área. Como recurso disponível na costa portuguesa, a energia das

ondas é bastante interessante e Portugal também dedica a esta

área bastante tempo em termos de investigação e de projetos

nacionais e internacionais. Outros exemplos são a República da

Irlanda, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Austrália. São países

que, por terem um recurso elevado de costa marítima, dedicam

também algum esforço em termos financeiros, humanos e de

conhecimento.

JRA: Tendo em conta a riqueza do mar português, que expetati-vas tem relativamente à utilização da força do nosso mar? Prof. F.P.: Se fizermos um paralelo com outras tecnologias, nomea-

damente com a energia do vento – se pensarmos que, há vinte ou

trinta anos, a energia do vento existia, mas não estava a ser apro-

veitada e que, hoje em dia, já é uma energia perfeitamente instala-

da e credível, uma tecnologia rentável, a minha perspetiva é que o

mesmo possa acontecer com a energia das ondas. Posso dizer que,

daqui a 10 ou 20 anos, esta tecnologia talvez atinja os níveis de

aplicação, de desenvolvimento e de rentabilidade que hoje existem

para a energia do vento. Isto demora… Como expliquei, esta ques-

tão da investigação, dos testes em laboratório, dos testes em com-

putador, até chegarmos ao protótipo, é muito demorada… E, mes-

mo quando chegamos a este ponto, o protótipo tem de produzir

energia suficiente e ser seguro. A minha expectativa é que, daqui a

dez ou vinte anos, a energia das ondas possa estar no patamar

atingido hoje pela energia eólica.

Continuação da Entrevista ao Dr. Francisco Pinto da pág. 7

JORNALESAS

Da esquerda para a direita: Miguel Ramalho (10ºD), Rita Magalhães (10ºD), Maria Monteiro (10ºC) e Henrique Vasconcelos (10ºD)

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J U N H O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I I JORNALESAS

Diário de uma viagem Mafalda Freitas (12ºB), Leandro Berenguer (12ºB) e Inês Ferreira (12ºG)

O grupo junto ao palácio de Buckingham

1º dia: Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Aeroporto Gatwick, Bays-water Hostel, Natural History Museum, Armazéns Harrods, Bays-water e Bayswater Hostel. Alunos e professores encontraram-se no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, às 7:00 horas, ansiosos pela tão prometida viagem a Lon-dres. Às 9:00 horas, o voo partiu em direção a Gatwick e chegou ao aeroporto londrino por volta das 11:00. O início da viagem foi mar-cado por um atraso significativo devido a danos em algumas malas. Só por volta das 13:00 é que todos entraram numa camioneta em direção a Bayswater para descarregar as malas na pousada e almo-çar. Iniciamos a descoberta da cidade pelo Museu de História Natural, visto um pouco à pressa, uma vez que chegamos cerca de uma hora antes deste fechar. Maravilhados com todas as reconstituições (desde mamíferos a dinossauros, aos esqueletos dos mesmos, à reconstituição da evolução humana, aos minerais, à famosa Sequóia gigante, entre muitas outras maravilhas da história do nos-so planeta) prosseguimos para uma visita mais livre aos famosos armazéns Harrods, os quais são frequentados pela família real e pelas famílias londrinas do mais alto nível. Este primeiro dia, 29 de Março, foi o suficiente para todos nós ter-mos ficado deslumbrados com a multiculturalidade existente, admi-rados com a maravilhosa arquitetura e com os fantásticos carros, termos conhecido o metro londrino e, por último, termos ficado mais atentos às diferenças de trânsito existentes entre Inglaterra e os restantes países europeus. 2º dia: St.James Park, Buckingham Palace, Trafalgar Square, 10

Downing Street, Big Ben, Westminster Abbey, Convent Garden, The British Museum, Oxford Street, Hard Rock Café, Bayswater Hostel. Viajamos uma vez mais no medro londrino (“underground”) em direção a St. James Park. Depois de apreciarmos a natureza envol-vente, seguimos para o Palácio de Buckingham, onde pudemos admirar a fachada do palácio da família real e tirar algumas fotogra-fias com os guardas reais. Percorremos o “The Mall”, passando pelo memorial da Rainha Vic-toria, pela coluna do Duque de York e pelo Admiralty Arch. Chega-dos a Trafalgar Square, paramos para descansar, comer algo e visi-tar a Galeria Nacional. Seguimos pelo Whitehall, passamos pelo nº 10 de Downing Street (onde reside o primeiro ministro inglês) e, finalmente, chegamos à Parliament Square, onde pudemos obser-var a grandeza do Big Ben, das Casas do Parlamento e da Abadia de Westminster (a qual visitamos por dentro). O destino que se seguia era Convent Garden, conhecido pelo seu comércio e por ser uma zona de entretenimento e de cultura. Assis-timos a algumas peças teatrais de rua, passeamos pelas tendinhas, lanchamos e descansamos, e só depois partimos para o Museu Britânico. Aí, estivemos em contacto com a história e com a cultura de todos os continentes. O último destino deste dia foi a famosa Oxford Street, marcada pelas lojas mundialmente conhecidas e pelas lojinhas onde se pode comprar umas lembrançazinhas de Inglaterra, mais especificamen-te, Londres. Jantamos no Hard Rock Café, onde fomos muito bem servidos e passamos um bom resto de noite, tendo-nos, posterior-mente, recolhido à pousada para um merecido descanso.

Nas férias da Páscoa, alguns alunos da nossa escola fizeram a mala e levantaram voo rumo à capital inglesa - LONDRES. Viagem que vai ficar na memória de todos como ines-quecível.

Continua na página 15

Página 11 •

Page 12: JornalESAS, Junho 2012

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• Página 12

D urante a “Semana da Energia “, que

decorreu entre 28 de maio e 1 de

junho, o Lugar da Ciência (LdC) promoveu a reali-

zação de algumas palestras, de entre as quais

destacamos “A Biotecnologia no desenvolvimen-

to de processos”, orientada pelo Professor Dou-

tor José António Teixeira, da Universidade do

Minho. Um público atento e interessado, consti-

tuído por alunos do ensino secundário dos cursos

científicos, encheu o auditório da escola.

O investigador fez a audiência presente “viajar”

pelas diferentes áreas de estudo e aplicação da

Biotecnologia: a indústria alimentar, a agricultu-

ra, a indústria petrolífera, a indústria farmacêuti-

ca, entre outras, têm aplicado e utilizado com

grande sucesso os conhecimentos da Biotecnolo-

gia. Foi uma palestra de inquestionável interesse

numa das áreas da ciência que tem conhecido

grande desenvolvimento nas últimas décadas.

Texto de Manuela Montenegro (profª)

Ilustração de Teresa Viegas (profª) para LdC - Solução deste desafio no facebook do Jornalesas—fim de julho

Solução do desafio Jornalesas XXXII - Desde julho de 2011 o mundo conta com o Sudão do Sul cuja capital é Juba.

É o 193º país do Mundo e resultou da partição do Sudão.

JORNALESAS

Semana da energia

29 de Maio—1 de Junho

2011-2012

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A pesquisa científica é feita de avanços e recuos. As des-cobertas abrem-nos novos horizontes e iludem-nos com

os hipotéticos níveis de conforto que auspiciam, mas nem sem-pre as promessas se concretizam. Acima de tudo, é importante que estejamos atentos à panóplia de soluções que encontra-mos, pois as investigações trazem frequentemente resultados imprevisíveis. Desta feita, aquilo que à partida seria expectável pelo encadear de raciocínios lógicos, mais ou menos complexos, pode surpreender-nos. Ter ideias preconcebidas pode vir a deturpar as análises dos resultados. Foi com este espírito aberto que ouvimos o professor Rui Morais Sarmento, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, que, fazendo uso de uma linguagem simples, mas clara e objeti-va, nos explicou, passo a passo, como o uso das fontes de ener-gia “renováveis” impulsionaram o progresso das sociedades. Esquecemo-nos, amiudadamente, que foram elas que suporta-ram os pequenos e os grandes passos dados pelas civilizações ao longo da história. Mas o professor Rui Sarmento também nos surpreendeu quan-do, na abordagem que fez ao consumo crescente das energias fósseis (carvão, petróleo, gás natural), deixou a esperança de que a engenharia poderá encontrar soluções para os problemas que hoje nos parecem tão limitadores da qualidade de vida, ou seja, para os nossos receios de que as emissões de dióxido de carbono e de outros GEE (gases de efeito de estufa) destruam de forma irreversível a biodiversidade do planeta, promovendo o seu aquecimento e, desta forma, eliminando os recursos das gerações futuras. Mas as coisas poderão ter outro desfecho, se, por exemplo, descobrirmos formas de gerir os produtos nocivos resultantes da combustão/consumo das energias não renová-veis. É óbvio que não poderemos deixar cair o investimento que se tem feito nas energias renováveis nem esquecer as boas práti-cas ambientais que tanto apregoamos. Mas devemos manter a inquietação e o sentido crítico apurado. Aliás, o fabrico dos painéis solares e de aerogeradores é responsável pela produção

de grandes quantidades de resíduos difíceis de tratar, nomeada-mente os metais pesados. Portanto, há que agir com alguma cautela. Afinal, não são tão inofensivos como chegamos a pen-sar. Contudo, prevê-se que o futuro seja voraz em consumos energéticos, que precisaremos de mais e mais energia; por isso, não podemos descartar qualquer possibilidade. As palavras do investigador deixaram-nos mais confiantes num futuro em que os avanços da Ciência podem abrir novos cami-nhos e quiçá suavizar o pesadelo que têm sido as últimas déca-das, em que as teorias apresentadas vão maioritariamente no sentido da inevitável incapacidade de gerirmos os resíduos que produzimos.

Palestra com o professor Rui Sarmento (ISEP)

Energias Renováveis

Uma moda recente ou uma história antiga? Texto e foto Equipa Jornalesas e alunos de Geografia (10ºF)

Este ano comemora-se o Ano Internacional da Energia Sustentável Para Todos e não podíamos deixar passar em branco esta efeméri-de, conscientes de que a energia e o desenvolvimento andam de mãos dadas.

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A s atividades letivas e a Formação em Contexto de Trabalho previstas

no âmbito do Curso são anualmente com-plementadas por um Plano de Atividades que inclui Visitas de Estudo “à medida”, plano esse que é destinado a consolidar e a otimizar o Perfil Profissional dos futuros Técnicos de atendimento, receção e acolhi-mento turísticos formados na ESAS. No final do curso, é esperado que os “alunos de Turismo” (de)tenham um conhecimento efetivo de determinados destinos e tipos de turismo. Nessa medida, os roteiros das visitas de estudo, previa-mente preparados em sala de aula e, em alguns casos, concebidos pelos próprios alunos, abarcam um vasto leque de desti-nos e de intenções. Eis alguns exemplos! - A cidade do Porto, respetivos percursos e polos de interesse turístico. No presente

ano letivo, os alunos de 12º ano realizaram um peddy paper na cidade com os profes-sores de Área de Integração, Educação Física e Operações Técnicas; os alunos do 10º ano visitaram, por seu turno, o Palácio da Bolsa e toda a área envolvente com os professores de Turismo – Informação e Animação Turística e de Português. Numa outra vertente, relacionada com o patrimó-nio cultural da cidade, regista-se a visita à casa da Música, organizada pela professora de Inglês do 12º ano. - A área de inserção geográfica da cidade do Porto, enquanto parte integrante de um eixo que inclui o Norte de Portugal e a Província Espanhola da Galiza, tem motiva-do a organização de várias visitas de Estudo ao Norte e Portugal e Espanha. No presente ano letivo, a visita dedicada a esta vertente centrou-se na Citânia de Briteiros e Museu da Cultura Castreja e na cidade de Guima-rães Capital Europeia da Cultura 2012. A visita foi organizada pelo professor de

Turismo – Informação e Animação Turística e contou com a participação de outros pro-fessores. - Os Eixos Prioritários do Turismo: privile-giou-se em 2011-2012 o turismo termal – Eixo Saúde e Bem-estar e os alunos do 12º ano visitaram as Termas da Curia e Luso em roteiro organizado pela professora de Geo-grafia. - A dimensão internacional do Curso con-cretizou-se na visita à Feira de Turismo de Madrid – a maior da Europa em termos de variedade e número de expositores – com os alunos do 12º ano. Na extensão da feira, foram realizados percursos pedonais e em autocarro pela cidade de Madrid. A organi-zação da visita esteve a cargo da Direção de Curso e contou com a colaboração dos professores de OTET e de Área de Integra-ção.

2011-2012 ESAS ON TOUR CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE TURISMO: AS VISITAS DE ESTUDO

AO SERVIÇO DA CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL PROFISSIONAL Texto de Rosa Lídia (Coordenadora do Curso Profissional de Turismo)

As turmas de Turismo na escadaria do museu da cultura castreja—Citânia de Briteiros

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A identidade da Escola também se forma com "procura de conhecimen-to" e com muito e salutar convívio. Fomos muitos descobrir Salzedas,

Tarouca, Ucanha e, claro... brindar nas caves Murganheira!

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Viagem no Tempo Coordenadora do Departamento das Ciências Sociais e Humanas—Maria João Cerqueira

3º dia: Tower of London à Tower Bridge à St. Paul’s à Tate Gallery à London Eye à Madame Tussauds à Picadilly Circus O primeiro destino deste dia foi a Torre de Londres. Visitamos o seu interior, onde podemos ver a coleção das joias da coroa inglesa. De seguida, atravessamos a famosa Tower Bridge e fizemos um longo passeio pelas margens do rio Tamisa em direção à Tate Gallery, passando pelo The Monument e pela catedral de São Paulo, onde nos foi apresentada uma breve explicação sobre a mesma. Segui-mos, então, em direção a uma das grandes atrações de Londres: o “London Eye”, no qual tivemos oportunidade de andar e ter uma vista dinâmica sobre a bonita cidade de Londres. A meio da tarde seguimos para o famoso museu de cera Madame Tussauds. Aqui pudemos observar esculturas de pessoas mundial-mente conhecidas, como atores e cantores, e personalidades histó-ricas. Depois de jantarmos, fomos a Picadilly Circus, uma enorme praça onde vive a noite de Londres. Aproveitamos para conviver, tirar fotografias e visitar algumas lojas, passando também pelo Soho e pela Chinatown.

4ª Dia: Hyde Park à Royal Albert Hall ao Aeroporto No último dia da nossa aventura, madrugamos para fazer uma lon-ga caminhada pelos jardins londrinos – Kensington e Hyde Park –, onde podemos ver palácio de Kensington, no qual residiu a Rainha Victoria, e o memorial ao Principe Alberto (localizado mesmo em frente ao Royal Albert Hall), um monumento fantástico que, sendo um hino ao amor, é simultaneamente evocativo da grandiosidade do império britânico. Já de regresso à pousada almoçamos junto do Speaker Corner e seguimos rumo ao aeroporto. Não queremos deixar de fazer um especial agradecimento aos professores que nos acompanharam nesta visita, nomeadamente à professora Fátima Valério, pois, sem eles, esta viagem não seria possível. Agradecemos também à agência Pinto Lopes Viagens, cujo apoio e logística nos permitiu ver tanto em tão pouco tempo. E, claro, a todos os alunos que participaram nesta descoberta da cida-de londrina.

Diário de uma viagem — continuação da página 11

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CLUBE DO DESPORTO ESCOLAR Texto de Catarina Cachapuz (Profª coordenadora do Desporto Escolar)

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BLIC

IDA

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O Clube do Desporto Escolar da ESAS tem como principal objetivo facultar a participação num

conjunto de atividades recreativas, formativas e compe-titivas que complementem o currículo escolar dos nos-sos alunos e que, sempre que possível, valorizem abor-dagens interdisciplinares. Esforçamo-nos também por contribuir para que essa oferta seja capaz de aumentar os níveis de atividade física e de aptidão física, numa ótica de sensibilização para o papel da prevenção na saúde e para a importância da prática desportiva na melhoria da qualidade de vida. Não descuramos igual-mente o interesse do intercâmbio de experiências edu-cativas com outras escolas, participando em encontros, com ou sem caráter competitivo, numa ótica de abertu-ra ao exterior. É também no âmbito do Desporto Escolar que é prestado apoio à preparação dos nossos alunos que pretendem realizar os pré-requisitos para admissão à Faculdade de Desporto da UP ou ao ISMAI.

COMPAL AIR Basquete

MANDELA DAY Judo

Sky Serra da Estrela

PU

BLIC

IDA

DE

Ténis

Rua Santos Pousada nº 1204 [email protected]

Telemóvel: 911710979

Rua Aurélia de Sousa , 55 Telefone: 225 024 182

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Tiro com arco Feira QUALIFICA na EXPONOR

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D urante este ano letivo, funciona-ram nas instalações da escola

seis grupos: dança contemporânea, ginástica acrobática, ténis, tiro com arco e com arma de precisão, voleibol e xadrez. Perto de uma centena de alunos participou regularmente nos treinos semanais e nos encontros / competições promovidos pela DREN, ao sábado de manhã. Todos merecem o nosso apreço pela dedicação demonstrada! No entan-to, julgamos ser aqui oportuno destacar as medalhas conquistadas pelos grupos de ginástica acrobática e de tiro com arco e de arma de precisão. Este último foi igualmente convidado, pela DREN, para representar a ESAS na “Qualifica@2012 – Feira Educação, For-mação, Juventude e Emprego”, que decorreu de 26 a 29 de abril, na Exponor. Para além dos grupos supracitados, foram dinamizadas várias atividades, tais como: corta-mato escolar; participação no Corta-Mato distrital; Viagem à Serra da Estrela com aulas de ski e snowboard; Fim de semana no Campo de Férias do Cadaval; participação no Mandela Day: maior aula do judo do mundo; caminha-das; III Corrida Solidária; aulas abertas de dança, ténis de mesa, badminton, assim como torneios de futebol, voleibol e basquetebol. Nesta última modalidade, e no âmbito do Compal Air – torneio de basquetebol 3x3, a equipa de juvenis masculinos, após apuramento na fase local, que decorreu na ES Rocha Peixoto – Póvoa, sagrou-se campeã da região norte, em encontro disputado a 19 de

maio, em Vila Real. Terminamos o ano, a 14 de junho, com a participação no espetáculo “Há palavras que nos beijam”, onde todos foram con-vidados a cirandar pela escola, num per-curso em que nos deparamos com poe-sia, dança, filosofia e ginástica acrobáti-ca. (ver página 25). Por fim, uma palavra de apreço para todos os professores, e foram muitos, que acompanharam os nossos jovens, quase sempre ao fim de semana. Para o próximo ano cá estaremos de novo e contamos com a vossa presença!

Corta Mato ESAS

Tiro com arco e de arma de precisão

na competição rea-lizada entre 30

escolas a nível da região Norte obte-

ve 8 medalhas

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Desp

ort

o

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O Grupo de Desporto Escolar de Ginástica Acrobática da ESAS

alcançou 5 dos 6 pódios a que concor-reu durante a época desportiva 2012, que agora chega ao fim. No somatório das 3 competições realizadas, os ginas-tas da Escola Secundária Aurélia de Sousa suplantaram os seus mais dire-tos adversários e venceram nos Pares Mistos e Trios Femininos.

Pares Mistos - nível 2 1º Márcio Cardinal/Inês Abrunhosa 2º Guilherme Bráz/Bárbara Teixeira

3º José Chen/Sofia Abrunhosa

Trios Femininos - nível 1 1º Mafalda Santos/Gabriela Caffi/

Beatriz Araújo 2º Núria Fonseca/Verónica Afonseca/

Inês Abrunhosa

Trios Femininos - nível 2 7º Mariana Fernandes/Núria Fonseca/

Bárbara Teixeira

O Grupo pretende agradecer à coreógrafa Úrsula Martins (que muito contribuiu para este sucesso) e à professora Catarina Cachapuz pelo inestimável apoio prestado na última competição.

Texto e fotos de Lourenço França (prof.)

Alcança 5 pódios nas finais

ACRO ESAS

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PUBLICIDADE

Clube de Fotografia ESAS PINHOLE DAY

Texto de António Carvalhal (prof.)

http://cfesas.no.sapo.pt/index.html A pin-hole ("buraco de alfinete"), ou

câmara sem lentes, pode considerar-se

a câmara fotográfica mais simples que existe,

pois trata-se de uma câmara escura onde é pos-

sível registar imagens, quer em película quer em

papel fotográfico. Basicamente, o processo é

igual ao desenvolvido por Henry Fox Talbot há

cerca de 150 anos. Para construir uma pin-hole,

basta uma caixa ou lata, totalmente vedada à

entrada da luz, cujo interior seja pintado de

preto mate, com um pequeno orifício exatamen-

te no centro.

O CLUBE DE FOTOGRAFIA da ESAS usa duas

"câmaras" PIN-HOLE. Uma feita com uma lata,

onde normalmente se sensibiliza a imagem em

papel fotográfico, sendo que a outra é basica-

mente a "caixa" de uma normal câmara de

35mm - com um pequeno furo na tampa frontal,

onde se coloca o filme, que se faz rodar de uma

forma rudimentar após cada tomada de

"exposição"/fotografia. Duas alunas do CF (Clube de Fotografia) usando uma das câmaras pin-hole.

Fotografia feita com uma câmara pin-hole CF (Clube de Fotografia).

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N o âmbito das comemorações do Dia da Liberda-

de, no auditório da ESAS, teve lugar um coló-

quio subordinado ao tema “25 de Abril - os ecos da revo-

lução”. O colóquio teve a presença de Avelino Gonçalves,

ex-Ministro do Trabalho do primeiro governo a seguir à

revolução, José Soeiro, ex-deputado e sociólogo, e João

Baptista Magalhães, da Associação 25 de Abril, tendo sido

moderado pelos alunos Liliana Duarte e Tiago Castilho, do

12º F.

O colóquio tinha por objetivo debater os rumos traçados

- politica, social e valorativamente pela sociedade portu-

guesa, partindo da contextualização histórica da revolu-

ção e dos seus principais propósitos e avaliando o signifi-

cado do 25 de abril na atualidade.

Os intervenientes fizeram um relato das experiências

vividas no período da revolução e recordaram o ambien-

te sentido pelos cidadãos no período de transição da

ditadura para a democracia, sublinhando as principais

mudanças estruturais e valorativas.

O colóquio terminou com um conjunto de questões

levantadas pela assistência, que enchia o auditório e que

esteve sempre atenta aos testemunhos, participando

ativamente.

Como preparação para o colóquio, a turma do 12º F fez

uma apresentação intitulada A Era de Abril, retratando os

momentos mais significativos daquele acontecimento.

Os ecos da revolução Colóquio 25 de abril

Texto de José Soares (prof.)

Cartaz Comemorativo do 25 de abril Portugal

Painel Comemorativo do 25 de abril Itália

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N o dia 19 de abril, o Coronel Boaventura dos

Santos deslocou-se à Escola Secundária/3

Aurélia de Sousa para dar o seu testemunho como

“soldado de abril”. Ele foi, como muitos outros portu-

gueses, forçado a ir para a guerra colonial e, segundo

o seu relato, viveu momentos difíceis, momentos em

que se sentiu ameaçado, momentos em que sentiu

saudade dos que deixou para trás e que não sabia se

voltaria a ver.

Durante o seu testemunho, leu aos alunos duas cartas

que escrevera para a sua mãe, nos quais transparecia

a desilusão pela guerra, a angústia face à situação que

piorava e a saudade de casa e dos seus.

O Coronel Boaventura teve um papel importante na

noite de 24 para 25 de abril de 1974, impedindo que,

no Porto, as forças apoiantes do regime atentassem

algo contra a revolução. Muito modesto, afirmou que

o seu papel foi facilitado, pois não houve qualquer

tipo de afronta contra os revolucionários.

A palestra permitiu aos alunos que tiveram o privilégio

de estar presentes conhecer a versão de um homem

que assistiu à revolução e que a viveu por inteiro.

Texto de Inês Alves do 11ºG Fotografia de António Catarino

25 d

e A

bril, se

mpre

!

25 DE ABRIL EM ITÁLIA

FESTA DELLA LIBERAZIONE

O 25 de abril também é italiano!

E m Itália, o dia 25 de abril também é feriado

nacional. Com efeito, o fim do fascismo italiano

coincide com o dia da queda do Estado Novo. Ou seja,

quer o 25 de abril italiano quer o 25 de abril português

estão ligados ao fim do fascismo.

O “25 di Aprile” deu-se em Itália em 1945. Os

"partigiani" (guerrilheiros antifascistas) e as forças

aliadas protagonizaram a libertação da ocupação das

tropas nazis, pondo fim à ameaça do ressurgimento do

fascismo no panorama político italiano. Na verdade, o

fascismo já estava comprometido desde o desembar-

que dos aliados na Sicília, no verão de 1943. A 25 de

julho do mesmo ano, o órgão máximo do fascismo

decidira derrubar e prender o "Duce", devido aos seus

fracassos militares. Em 1944, o rei Vittorio Emanuele

rendeu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha

nazi, que apoiara anteriormente.

Entretanto, Hitler ajudou Mussolini a fugir. O fascismo

italiano constituiu a República Social Italiana a norte

do país. Iniciou-se, assim, um período bastante negro,

em que ao movimento de resistência contra os ale-

mães se juntou a guerra civil entre os "partigiani" e os

combatentes da República Social.

O 25 de abril italiano foi, portanto, o fim tão desejado

e esperado de uma história extremamente dramática.

As pessoas sentiam-se finalmente livres e com vontade

de recomeçar.

25 DE ABRIL EM PORTUGAL

Texto de Lucia Natali do 12ºH

Lucia Natali

Lucia Natali junto ao painel comemorativo do 25 de Abril

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O coronel Boaventura dos Santos com a profª de História Mª João Cerqueira

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Filoso

fia

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A Filosofia na e para a cidade Convicção, Tolerância e Diálogo

Texto de Carolina Cruz, nº6, Joana Silva, nº15, Inês Ferreira, nº13 e Ana Rita Gonçalves, nº2 , do 11ºB

H oje, se formos ao supermercado, ao procurarmos produtos frescos, podemos encontrar ananases de

Angola, alhos da China, uvas do Chile ou maçãs da África do Sul. Por outro lado, cada vez mais convivemos com as chama-das “comidas étnicas”. A presença destes produtos, à distân-cia de um passo, só é possível graças às relações comerciais entre as mais diversas sociedades do Mundo, as quais vão implicando progressivamente uma interdependência entre os povos. Tal reflete ainda a existência de processos de mudan-ça social em larga escala que forçaram diferentes partes do Mundo a relacionarem-se umas com as outras. Em relação ao passado, o Mundo em que vivemos hoje em dia tornou-nos muito mais interdependente das outras pessoas, ainda que estejam a milhares de quilómetros.

O incessante caminho da globalização trouxe-nos, hoje, uma maior consciência dos problemas que o Mundo atraves-sa no início do início do século XXI. O estreitar dos laços entre os povos fez com que tenhamos consciência de que o que fazemos tem consequências na vida dos outros e de que os problemas mundiais têm consequências para nós.

O facto de o Mundo “se abrir” mais facilmente ao indi-víduo faz com que esse mesmo indivíduo tenha mais oportu-nidades para reconfigurar a sua vida em comparação com o passado. Antigamente, a tradição e os hábitos exerciam uma influência determinante sobre a vida das pessoas. Fatores como a classe social, o género, a etnia e até mesmo a religião podiam fechar ou abrir determinadas oportunidades. Nascer-se filho mais velho de um alfaiate, por exemplo, provavel-mente quereria dizer que se iria aprender a profissão do pai e ser-se também alfaiate para o resto da vida.

Sob a globalização, estamos perante a emergência de um novo individualismo, no qual as pessoas têm de se consti-tuir a si próprias de modo ativo e construir as suas identida-des. A globalização está a obrigar as pessoas a viver de uma forma mais aberta e reflexiva. Isto significa que estamos constantemente a responder ao contexto de mudança à nos-sa volta e a ajustar-nos a ele. Principalmente devido às relações comerciais e à imigração,

a necessidade de coexistirem diferentes maneiras de ver o Mundo faz com que cada vez seja mais importante a capaci-dade de o indivíduo ser capaz de se interrelacionar com o outro. E para que essa relação se estabeleça e perdure, é fundamental a tolerância, não necessariamente segundo uma perspetiva de integração redutora, mas sim de direito à diferença e igualdade de dignidade. Mas uma sociedade evoluída deve tolerar o intolerável? Qual o alcance do tolerável? Apesar de partilharmos a cons-ciência de que ninguém detém a verdade total, temos a noção de que, perante determinada situação ou caso, quer o indivíduo quer a sociedade têm de ter as suas convicções sobre o que é o bem e o que é o mal. E o ter convicções impli-ca lutar por elas, se possível através do modo mais humano de ser humano: o diálogo. Diálogo como forma de manifes-tar as diferenças, diálogo como forma de construir a cidada-nia. No entanto, se optássemos por uma tolerância absoluta, teríamos que tolerar mesmo os intolerantes, o que poria em risco a sobrevivência da própria tolerância. Tudo seria mais fácil se fosse possível deduzir matematica-mente todos os comportamentos e atitudes que seriam, ou não seriam, aceitáveis. Não sendo isso possível, as sociedades têm de escolher determinados direitos fundamentais, na convicção de que qualquer agressão aos mesmos significa um ataque à tolerância. Essa aproximação da uniformização só é possível através de um consenso de opiniões, livre e dinâmi-co, só possível num regime político em que vigore a Demo-cracia. É hoje consensual, numa sociedade democrática, que os princípios estruturantes de uma sociedade intolerante são a discriminação (em função do sexo, religião, etnia, etc.), o domínio absoluto sobre o outro e o recurso à violência como forma de fazer valer as suas opiniões. É na Democracia que o Povo decide livremente – única forma de conseguir um con-senso mais ou menos duradouro – confiar ao Estado o papel de exercer, de forma legislativa e coerciva, a regulação da sociedade de forma a garantir aqueles que são os direitos fundamentais dos cidadãos.

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Filo

sofia

online

http://www.issuu.com(pesquisa: jornalesas)

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O homem não se realiza como indivíduo isolado, uma vez que a convivência é uma das suas necessidades

básicas. A um só tempo, o homem é um ser público e privado, indivíduo que possui uma identidade particular e social. A sua ação supõe sempre um plano individual, que é indissociável da relação com os outros e com a sociedade. Qualquer decisão pessoal é também coletiva, pois afeta a vida na sociedade. A convivência numa sociedade civil tem de ser regulada pelo direito e requer uma organização política do estado. Na Grécia antiga, o espaço privado era o relativo à esfera pessoal ou da família, da conduta privada, distante e protegi-do do que era público, contrariamente ao espaço público, que representava o espaço de realização do cidadão, enquanto ser livre, onde se incluíam os direitos e deveres civis e políticos. O sujeito é possuidor de razão e de consciência e é por isso responsável pelas suas ações. A consciência é uma constru-ção social, mas faz parte de um plano individual e, por isso, é capaz de se distanciar do social e de avaliá-lo ou criticá-lo. O indivíduo deve ser fiel à sua individualidade, mas não deve ser individualista. Vivemos todos juntos e as nossas ações influenciam os outros e são influenciadas por eles. Idealmente, o espaço privado seria a procura do melhor para o indivíduo, enquanto o espaço público seria a procura do melhor para todos. O equilíbrio entre o espaço público e o privado é aquilo que equilibra, igualmente, as nossas intenções, vontades, sensações e emoções. É o que equilibra as nossas solidões e as nossas exposições. Com o passar do tempo, foram-se alterando substancialmen-te certos conceitos, a forma como se analisam os problemas, os métodos utilizados, os modos de organização (do traba-lho, dos processos ou mesmo da política), bem como o rela-cionamento em sociedade e em família. Estas diferenças devem-se a diversos fatores, de entre os quais salientamos a explosão demográfica (a forma política implementada na Grécia, nas polis, só foi possível porque eram relativamente poucos os cidadãos livres que participa-vam na vida política), o crescimento urbano, a industrializa-ção, as descobertas científicas, os recursos tecnológicos, a informatização e o aumento da comunicação. Atualmente, seria impensável um tipo de regime político em que o governo dependesse diretamente de todos os cida-dãos. No entanto, foram os gregos que semearam o núcleo normativo básico da atual estruturação institucional demo-

crática e a capacidade argumentativa mantém-se como primordial na vida política atual. Contrariamente ao que ocorria na Grécia antiga, a maior parte da população das sociedades democráticas atuais dá uma enorme importância à sua vida privada e despreza a vida pública. No entanto, e cada vez mais, a crescente influência dos meios de comunicação de massas, a emergên-cia da chamada “sociedade de informação”, contribuiu para modificar as fronteiras tradicionais entre o público e o priva-do e alargar a esfera do espaço público, de tal modo que alguns temas tradicionalmente do foro privado das famílias (aspetos relacionados com a sexualidade e com a intimidade) são discutidos na “praça pública”. Vivemos numa sociedade global. Com o desenvolvimento da tecnologia e da sociedade de informação, com a democrati-zação de equipamentos informáticos e internet, esbateram-se as fronteiras. Cada vez mais existe uma interatividade entre culturas. Neste meio de comunicação e informação, os cidadãos de todo o mundo estão a descobrir também novas formas de debaterem as questões públicas locais ou globais e já mostra-ram que são capazes de formar importantes correntes de opinião e intervir de forma eficaz na esfera pública. Não somos simples cidadãos nacionais. Somos cidadãos do Mundo.

A Filosofia na e para a cidade Espaço Público e Espaço Privado

Texto de Ana Sofia Moreira, nº4, Maria Fonseca, nº13, Maria Margarida Martins, nº14 e Rui Lima, nº18, do 11ºF

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A qui estou eu na minha primavera no coração da Europa! A viagem de domingo foi desgastante, mas tenho a dizer-vos que Viena de

Áustria é bonita até no aeroporto, rodeada de jardins. De Viena para Kosice (cidade na Eslováquia), a viagem foi uma verdadeira montanha russa! O avião era minúsculo e o piloto devia ser estagiário; portanto, um belo cenário de pessoas aos berros e a vomi-tar! De Kosice vim para Presov! A chegada foi um choque... A entrada na cidade é o reflexo dos anos intensos de pertença à ex-União Soviética, com estradas arruinadas, possivelmente dos anos setenta, e campos abandonados! Para completar o cenário, cheguei a um hotel que não tem descrição possível... Um elevador dos anos 60, que teve a última revisão nos anos 90… Absolutamente ASSUS-TADOR! Corredores largos, frios e deprimentes! A entrada no quarto foi de gritos! Uma casa de banho velha, suja, com uma banhei-ra minúscula (sem cortina), sendo que a torneira do lavatório era a mesma da banhei-ra! Duas camas duras, um armário, um tronco de árvore como bengaleiro, teias de aranha e uma varanda propícia ao suicídio! Ou seja, é mais grave do que uma questão de adaptação! A paisagem envolvente é constituída por bairros altos e degradados rodeados de lindas montanhas. Este ano (ao contrário do ano passado, na Turquia) não houve partilha de quartos com estudantes internacionais! Estou com uma menina portuguesa, muito querida, limpinha, arrumada e faladora como eu! Há a acrescentar mil falhas na organização e uma grande falta de acompanhamento à chegada! A faculdade é uma casa amarela antiga a cair de podre, com um jardim à volta, salas de aulas altas e frias! Ponto fulcral, é ortodoxa! Os santos estão em todos as paredes... Tem uma igreja colada ao edifício e almoçamos sempre no seminário! Praticamente, obrigam-nos a rezar e adorar a comida, que é absolutamente INTRAGÁ-VEL! É caso para pensar: O FIM DO MUNDO TEM UM NOME – PRESOV! Apesar de tudo isto, descobri o centro de Presov, a terceira maior cidade da Eslová-quia, embora se consiga dar a volta em meia hora! Fiquei FASCINADA, é LINDO LIN-DO! Uma praça pequena com casas coloridas, árvores bonitas, estátuas, flores e um palco com um show de ginástica ao vivo! Quanto aos grupos, não há dúvida de que os Portugueses são não só os mais ANIMADOS como também os mais bem preparados e trabalhadores! E digo-vos que é um orgulho ser da Universidade do Porto, aqui perce-be-se realmente a diferença... A acompanhar, estão belgas, lituanas, alemães (frios) e eslovacos (pouco hospitaleiros). Fizemos uma tarde multicultural e, lá está, tivemos à mesa pastéis de nata e vinho do porto! Um vídeo de Portugal, um fado da Mariza e, para acabar em grande, dançamos "Oh malhão"! Aspetos práticos do curso intensivo: aulas das 9 as 18h; criação de um manual comum de diagnóstico para recrutamento de voluntários para áreas especificas: idosos, pes-soas com incapacidade e em crise! Desafio: construir um projeto para ser implementa-do numa instituição durante um ano, com financiamento de 10 000 mil euros. A partir de amanhã, vamos conhecer os contextos e mãos à obra! Eu vou trabalhar sobretudo com idosos e cruzar num programa intergeracional com crianças! Tudo isto num grupo internacional (o meu tem 10 pessoas é o fim da picada - muitas ideias, muitas cabeças a pensar, discussões...) e, claro, eu na liderança, cheia de ansiedade e a querer tudo para ontem! Apesar de um começo atribulado, estou agarrar a primavera e sei que vou crescer imenso com esta experiência!

Mil beijinhos no coração Francisca

Cart

as

dos

noss

os

alu

nos

• Página 24 JORNALESAS

A Francisca escreveu-nos... Uma experiência contada na primeira pes-

soa. Desta vez, foi a Francisca Ferreira que nos

escreveu relatando as suas impressões da via-

gem e da chegada a Presov (cidade da Eslová-

quia), para onde se deslocou no âmbito do traba-

lho de mestrado na área de psicologia.

Page 25: JornalESAS, Junho 2012

Página 25 • J U N H O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I I

Há Palavras que Nos Beijam

Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca. Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto; Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas inesperadas Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado No mármore distraído No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte. Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

Poesia Mariana Barros (11º I)

Danças tradicionais—professores

Alunos (11ºJ) com a professora Catarina Cachapuz

Espetáculo na Aurélia

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• Página 26 JORNALESAS

Pelos caminhos de Portugal

Os alunos das turmas F e G do 10ºano Foto de Carmo Oliveira

A Mata Nacional do Buçaco, situada no extremo da

Serra do Buçaco, foi mandada plantar pela Ordem dos

Carmelitas Descalços, no primeiro quarto do século XVII. Consi-

derada área protegida, possui espécies vegetais do mundo

inteiro, algumas gigantescas. Encontra-se hoje cercada por um

muro de 5750 metros de comprimento e 3 de altura, limitando

uma área de 400 hectares, sendo extremamente rica no que diz

respeito à flora.

Apesar das previsões de chuva intensa, numa zona já de si

tradicionalmente pluviosa, conseguimos percorrer os belos e

misteriosos recantos deste lugar único, com uma riqueza vege-

tal inigualável. A chegada ao miradouro da Cruz Alta (547

metros) foi para muitos o momento mais apreciado, pela pleni-

tude da paisagem que permite vislumbrar, apesar do nevoeiro

que nos acompanhou ao longo da subida. Vamos certamente

recordar os recantos como o Vale dos Fetos, os pontos da Via

Sacra e o sumptuoso Palace Hotel do Buçaco, que se conta

entre os 10 mais belos hotéis românticos da Europa de estilo

neomanuelino. Pela raridade que representa, a Mata do Buçaco

foi um dos lugares nomeados para ser uma das Sete Maravilhas

Naturais de Portugal.

Este lugar foi uma surpresa e uma oportunidade para conhecer

mais um pouco do nosso país e perceber que existem alternati-

vas ao tradicional turismo de “sol e praia”.

Ficámos todos com vontade de repetir esta aventura: foi um

desafio e tanto!

F oi, no mínimo, um dia inesquecível aquele que passa-

mos na vila do Luso e que previa uma visita à fábrica

de engarrafamento das águas do Luso e uma passagem pelo

antigo Hotel/casino, além de uma caminhada pela serra do

Buçaco.

Tivemos a possibilidade de observar como um recurso natu-

ral endógeno, neste caso as águas do Luso, dão o mote para a

organização e gestão de todo um território cuja dinâmica vive

exclusivamente da sua exploração, pois é o único garante do

desenvolvimento económico e sustentável da região.

Assim, a população local trabalha na fábrica de engarrafa-

mento das águas, no hotel das termas, no SPA, nos restau-

rantes ou nas pequenas lojas de lembranças. O turismo sazo-

nal, de Maio a Setembro, associado ao termalismo, está a ser

combatido por um novo espaço, uma clínica com SPA, que

labora todo o ano. Esta água é um património hídrico que

devemos reconhecer e valorizar. A sua excelência permite

que “LUSO “ seja a única marca de água do mundo de produ-

to certificado. Considerado um símbolo da portugalidade, é

explorada há 160 anos.

Ficou claro para todos que a qualidade excecional deste

recurso, que não é mais do que a água da chuva filtrada pelos

terrenos da serra do Buçaco, se deve ao bom estado de pre-

servação da Mata, ou seja, é resultado do cuidado que as

diferentes gerações têm tido na preservação da natureza. E

assim deve continuar!

Alunos das turmas F e G do 10ºano—Serra do Buçaco—com as profs. Carmo Oliveira, Catarina Cachapuz e Julieta Viegas

Page 27: JornalESAS, Junho 2012

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Página 27 • J U N H O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I I

A história de três gerações de uma família nortenha portuguesa é o tema

principal de Ernestina, um romance de José Rentes de Carvalho publica-

do em 2009.

“Deus criou o mundo em Vila Nova de Gaia, numa tarde quente de Maio em

1930” é a afirmação com que se inicia a obra e que nos leva numa viagem pelo

início do século XX, alternando entre a vida citadina e a rural.

De facto, com um discurso autobiográfico, Rentes de Carvalho apresenta-nos

uma perspetiva honesta e crua da vida, ao mesmo tempo que preza a família, o

amor e a terra em que cresceu. Através de um relato descontraído e simples, o

autor capta a atenção do leitor ao longo do romance, o qual apresenta um final

assaz inesperado.

Ernestina Juliana Silva do 12ºH

F irst Aid Kit é um duo composto por duas irmãs suecas,

Johanna e Klara Söderberg. A sua música é inspirada por

Fleet Foxes e Joanna Newson, exibindo um estilo folk. O dueto

ficou conhecido quando fez uma cover de Tiger Mountain Pea-

sant Song, dos Fleet Foxes. Mais tarde, assinaram com a Rabid

Records e lançaram o seu álbum de estreia, The Big Black & The

Blue, em 2010. Depois de fazerem uma tour que percorreu os

Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Europa, as

irmãs apresentaram o segundo álbum, The Lion’s Roar, que

colheu muitas críticas positivas. Destacam-se os temas Ghost

Town, The Lion’a Roar e Emmylou.

First Aid Kit Ana Rita Fonseca do 12ºH

Page 28: JornalESAS, Junho 2012

• Página 28 JORNALESAS

A Noite de Teatro da ESAS, realizada a 8 de junho do corren-te ano, teve como espaço a Biblioteca/CRE, utilizada pela

primeira vez para o efeito. Por volta das 21 horas e 45 minutos, teve início o espetáculo, constituído por três peças de teatro:

História do Sábio Fechado na sua Biblioteca (Manuel António Pina) ─ foi objeto de uma magnífica repre-sentação de seis alunos do 9.º D. A peça, com drama-turgia e encenação do Professor José Fernando Ribei-ro, foi a prevista homenagem ao escritor que, infeliz-mente, por razões de saúde, não pôde estar presen-te.

O Astrólogo Embasbacado (Vergílio Alberto Vieira) ─ a peça, interpretada por três alunas do 10.ºG, propor-cionou momentos de boa disposição e qualidade teatral.

Os Piratas (Manuel António Pina) ─ esta longa peça,

magistralmente representada por nove alunos de Expressão Dramática do 9.ºD, com encenação do Professor José Fernando Ribeiro, foi a outra peça incluída na homenagem ao escritor.

No fim do espetáculo, a Diretora, Dra. Delfina Rodrigues, entre-gou diplomas e prémios individuais aos atores, aos alunos que participaram na Final Distrital do Concurso Nacional de Leitura e aos vencedores das Segundas Olimpíadas de Língua Portuguesa (Básico e Secundário), a nível de escola. No uso da palavra, agra-deceu a todos os que tornaram possível a realização de mais uma noite de teatro e garantiu que o teatro não deixará de ser uma voz da Escola.

Noite de Teatro ESAS 2012

Falando com a Francisca (ex – aluna da ESAS) - continuação da pág.24

A geração “à rasca" devia intitular-se de “geração

desenrascada”! Qualquer curso não é o fim da linha, é

uma das mil ferramentas para fazer muitas coisas!

Especialmente no meu curso, o desafio são as PESSOAS,

o COMPORTAMENTO e a INTERVENÇÃO! O mundo pre-

cisa de nos ouvir, mas nós temos de sorrir para poder-

mos sobretudo criar as oportunidades.

O que é isso da programa IP HELP? Estás a tirar o mes-

trado no curso de Psicologia, mas em que especializa-

ção?

Estou a tirar o mestrado em Intervenção Psicológica,

Educação e Desenvolvimento Humano. A minha área de

especialização é INTERVENÇÃO PRECOCE E DESENVOL-

VIMENTO DA CRIANÇA. O IP HELP é um programa inten-

sivo sobre Social Works and Voluntary Activities –

H.E.L.P.: Humanity, Education, Learning, Prosperity. Não

tem diretamente a ver com o meu mestrado, mas é da

minha área de interesse cientifico e pessoal. Abriram as

candidaturas, eu concorri entre 100 pessoas, fiquei nas

6 selecionadas para representar Portugal! O objetivo

do programa é promover nos/as estudantes em mobili-

dade competências profissionais ao nível da supervisão

e gestão de projetos de intervenção, nomeadamente no

âmbito do voluntariado, através de estratégias

pedagógicas diversificadas.

Noite de Teatro— ESAS 2012—fotografia de António Catarino

Page 29: JornalESAS, Junho 2012

Página 29 • J U N H O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I I

Patrícia Costa e Pedro Gomes do 12ºG

MU

LHER

Apesar de ser intemporal, a ganga marca,

fortemente, esta estação e surge nas mais

variadas tonalidades, com especial desta-

que para o efeito Tie-dye. Os tons neutros,

como o branco, assumem um papel

importante num look completo ou apenas

em algumas peças. Tudo o que tenha por-

menores de tachas também marca a esta-

ção, podendo ser observadas, principal-

mente, em slippers e em camisas. Contu-

do, há uma aposta em tons fortes e na sua

combinação, sem quaisquer receios.

HO

MEM

Para homem, a tendência é o uso e o abuso da cor.

Misturas pouco prováveis de tecidos, tons e padrões

é o que se destaca nesta primavera/ verão 2012. Em

relação a peças, estão muito na moda os calções

justos e as calças de ganga modelo skinny, com duas

ou mais dobras na ponta, que as tornam mais curtas.

Camisolas de manga curta básicas ou com simples e

pequenos detalhes, como bolsos. Para complementar

o look, sapatos de vela (gastos) ou mocassins.

MU

LHER

A cor da primavera/verão 2012 éTangerini Tango: uma peça quecontenha esta cor é um must-have.No entanto, existem outros tons epadrões que marcam estasestações, como os tons pastéis, aganga (sob a forma de Tie-dye) e ostons neutros, como o branco. Aspeças essenciais são as saiascompridas e camisas comtransparência.

HO

MEM

Para homem, a tendência é o uso e oabuso da cor. Misturas pouco prováveisde tecidos, tons e padrões é o que sedestaca nesta primavera/ verão 2012 .Em relação a peças, estão muito namoda os calções justos e as calças deganga modelo skinny com duas ou maisdobras na ponta, tornando-as maiscurtas. Camisolas de manga curtabásicas ou com simples e pequenosdetalhes, como bolsos. Paracomplementar o look, sapatos de vela(gastos) ou mocassins.

Detalhes do Baile de Finalistas

Page 30: JornalESAS, Junho 2012

A Casa do Ribeirinho, em Matosi-

nhos, serviu de cenário para

uma das noites mais memoráveis da

ESAS: a noite do Baile de Finalistas. Os

alunos das diferentes turmas do 12º ano

da nossa escola, bem como alguns dos

seus professores, vestiram-se formalmen-

te para este acontecimento. O evento

teve início às 19h30 e, chegados os convi-

dados, os aperitivos começaram a ser

servidos nas salas da Casa, acompanha-

dos pela atuação da banda Under the Box

of Consciense (fotografias nesta página).

Mais tarde, as portas da sala de jantar

abriram-se e a escadaria de acesso a essa

sala foi alvo de atenção pela presença de

uma passadeira vermelha, onde todos os

alunos e professores puderam ser foto-

grafados (primeiro grupo de fotografias

da página seguinte), tendo-se seguido o

jantar. Por fim, houve a entrega de diplo-

mas de participação no Baile de Finalistas

2012 e a comunicação de quem seria

coroado King of the Prom and Queen of

the Prom. Protagonistas deste momento

foram Pedro Gomes (12ºG) e Catarina

Dias (12ºA). Houve também um brinde

por parte de todos os presentes e,

depois, inaugurou-se a pista de dança,

tendo-se seguido longas horas de pura

diversão que perduraram até de manhã.

Por de Pedro Gomes, Patrícia Costa e Inês Ferreira (12ºG)

• Página 30 JORNALESAS

Page 31: JornalESAS, Junho 2012

Agradecimentos: NVSTUDIO; Casa do Ribeirinho; Associação de Estudantes ESAS; professores, finalistas e acompanhantes presentes.

J U N H O 2 0 1 2 I N Ú M E R O X X X I I I Página 31 •

Page 32: JornalESAS, Junho 2012

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FICHA TÉCNICA

Coordenadores: Ana Amaro (Profª) António Catarino (Prof.) Julieta Viegas (Profª) Equipa redatorial Ana Amaro (Profª) Ana Rita Fonseca António Catarino (Prof.) Inês Ferreira José Chen Juliana Silva Julieta Viegas (Profª) Leandro Berenguer Mafalda Freitas Patrícia Costa Pedro Gomes Repórteres Ana Rita Fonseca José Chen Juliana Silva Leandro Berenguer Mafalda Freitas Patrícia Costa Pedro Gomes Publicidade Julieta Viegas (Profª) Tratamento da Informação Ana Amaro (Profª) Julieta Viegas (Profª) Paginação e Maquetagem Julieta Viegas (Profª ) Ana Rita Fonseca Juliana Silva Patrícia Costa Pedro Gomes Revisão de textos Ana Amaro (Profª) António Catarino (Prof.) Ana Rita Fonseca Juliana Silva Mafalda Freitas Consultadoria Técnica António Carvalhal (Prof.) Vítor Sarmento (Prof.) Financiamento Estrela Branca - Pão quente , pastelaria Porto Alto - Pão quente , pastelaria Nota + Centro de explicações Helena Costa - Instituto de beleza Não + Pêlo - Estética Olmar - Artigos de papelaria Cerdiberus—Produtos Alimentares Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa

Editorial

Os textos para a edição XXXIII do Jornalesas foram redigidos segundo as novas normas do acordo ortográfico

V ive-se na escola um clima de fim de ciclo. A nova estrutura cur-

ricular, a introdução de novas metas na avaliação e na aprendi-

zagem dos nossos alunos do ensino básico, para além de mudanças pon-

tuais no ensino secundário, faz-nos pensar em novas práticas que, a

continuarem, exigirão dos professores mudanças significativas no seu

entendimento relativo à Educação. Cremos que mais medidas surgirão

em breve que comprovarão o que dizemos. Mas é a lógica dos mega

agrupamentos, instituída pelo MEC e com aprovação da troika, que mais

levanta dúvidas nos professores, funcionários, pais e alunos.

A Aurélia de Sousa tem todas as razões para ver a constituição do novo

agrupamento com alguma cautela e muitas apreensões. Não por causa

da ideia de agrupamento em si, questionável é certo, mas porque nestes

anos, a Direção e os seus órgãos pedagógicos foram construindo uma

ideia em torno da Escola que merece ser compreendida e mantida, custe

o que custar. Não é um fait divers dizer que esta Direção (também ela

em fim de ciclo) estava ancorada na legitimidade de quem era consecu-

tivamente eleita pela comunidade escolar. Hoje, embora nomeada, tem

essa legitimidade democrática intacta. Os balanços far-se-ão, sem dúvi-

da noutros locais e noutras ocasiões provavelmente mais oportunas,

mas esta Direção soube, como poucas, conferir um caráter de rigor, de

exigência e de grande humanismo à prática educativa. Seria um erro de

enormes proporções deixar que se perca este legado que se construiu

durante anos. Não será necessária a constituição de «guardiões do tem-

plo», esses sim sem qualquer legitimidade democrática, mas sabemos

como é fácil destruir o que levou anos a construir.

Também o JornalESAS está a findar mais um ciclo. Este muito importan-

te: os nossos alunos que mais colaboraram na realização do jornal irão

para a universidade. Como ninguém, souberam dar o seu melhor e criar

opiniões que melhoraram em muito os artigos de opinião, a reportagem,

a própria imagem do jornal. Formaram uma verdadeira equipa que vai

ser difícil esquecer. Por isso mesmo, a equipa de professores que fazem

parte do JornalESAS deseja-lhes o que melhor se pode oferecer numa

fase destas: que o seu percurso de vida seja o que eles imaginaram des-

de o início.

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ESCOLA SECUNDÁRIA AURÉLIA DE SOUSA/3 Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto

Telf. 225021773— [email protected]