Jornalzen Novembro 2012

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JORNALZEN ANO 8 NOVEMBRO/2012 nº 93 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br AUTOCONHECIMENTO SAÚDE CULTURA BEM-ESTAR CIDADANIA Silvia Lá Mon Lu Dressano ZENTREVISTA GRUPO DA PAZ Participantes do Grupo de Estudos pela Paz (Gepaz) no encontro com Helena Heloisa Wanderley, que ministrou a palestra “Trinta e oito passos para a paz”. O próximo encontro está marcado para o dia 20, às 19h30, com a palestra “Mestres da Humanidade na Década de 30”, na sede da Unipaz Campinas. CULTURA ZEN (Pág. 10) ASTROLOGIA DA ALMA Pág. 6 Pensamentos de Pág. 9 Padre Haroldo Amanda La Monica Pág. 18 Viva Bem BEM NUTRIR Pág. 19 ARTIGOS Afinal, o que é mesmo ser feliz? Pág. 5 Pilates e o gerenciamento do estresse Pág. 8 Será que tudo vai dar certo? Pág. 12 A espiritualidade e a psicologia Pág. 14 Sacrifício ou contribuição? Pág. 16 VIDA & SEXUALIDADE Pág. 8 COACHING É TEMA DE COLUNISTAS DO JORNALZEN MIGUEL MELLO MAGDA VILAS-BOAS JULIANA PERNA Pág. 7 Pág. 9 Pág. 13 RAQUEL KUSSAMA: “MUDANÇA: VOCÊ ESTÁ PREPARADO?” (Pág. 9) MOMENTO DE REFLEXÃO JOÃO BATISTA SCALFI Pág. 6 TESOUROS DA VIDA JULIANO SANCHES Pág. 7 ANTROPOSOFIA HOJE, com Ayrton Daniel (Pág. 13)

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Jornal mensal referência em terapias holísticas, saúde, cultura, educação, bem-estar e qualidade de vida. Há sete anos no mercado, circula em oito cidades da região de Campinas (SP).

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JORNALZENANO 8 NOVEMBRO/2012 nº 93 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br

AUTOCONHECIMENTO • SAÚDE • CULTURA • BEM-ESTAR • CIDADANIA

Silvia Lá Mon

Lu DressanoZENTREVISTA

GRUPO DA PAZ Participantes do Grupo de Estudos pela Paz (Gepaz) no encontro com

Helena Heloisa Wanderley, que ministrou a palestra “Trinta e oito passos para a paz”.

O próximo encontro está marcado para o dia 20, às 19h30, com a palestra “Mestres da

Humanidade na Década de 30”, na sede da Unipaz Campinas. CULTURA ZEN (Pág. 10)

ASTROLOGIA

DA ALMAPág. 6

Pensamentos de

Pág. 9

Padre Haroldo

Amanda La Monica

Pág. 18

Viva Bem

BEM NUTRIRPág. 19

ARTIGOS

Afinal, o queé mesmoser feliz?

Pág. 5

Pilates e ogerenciamento

do estressePág. 8

Será que tudovai dar certo?

Pág. 12

A espiritualidadee a psicologia

Pág. 14

Sacrifício oucontribuição?

Pág. 16

VIDA &

SEXUALIDADE

Pág. 8

COACHING É TEMA DE COLUNISTAS DO JORNALZEN

MIGUEL

MELLO

MAGDA

VILAS-BOAS

JULIANA

PERNAPág. 7 Pág. 9 Pág. 13

RAQUEL KUSSAMA: “MUDANÇA: VOCÊ ESTÁ PREPARADO?” (Pág. 9)

MOMENTODE REFLEXÃO

JOÃO BATISTA SCALFIPág. 6

TESOUROSDA VIDA

JULIANO SANCHESPág. 7

ANTROPOSOFIA HOJE, com Ayrton Daniel (Pág. 13)

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JORNALZEN2 NOVEMBRO/2012

AGENDAZENZENZENZENZENCAMPINAS

CONSTELAÇÃO FAMILIAR15/11, às 8h30 – workshop com Antonio

Carlos Dornellas de Abreu (Toni), no

IPEC - Instituto de Pesquisa e Estudo da

Consciência (Rua Monte Azul, 85 - Chá-

cara da Barra). Mais informações: (19)

3252-1565, ipec-transpessoal.com.br

ou [email protected]

ESOTERISMO19/11, das 19h30 às 21h30 – curso de

introdução, com Ricardo Georgini, no

Hotel Dan Inn Cambuí (Avenida Júlio de

Mesquita, 139). Mais informações:

[email protected]

FÉ BAHÁ’Í11/11, às 18h – evento de celebração

do aniversário de Bahá’u’lláh, fundador

da religião, na sede Bahá’í de Campinas

(Rua Paschoal Nicolau Purcchio, 101 -

Nova Campinas). Aberto ao público.

Mais informações: (19) 3233-5247 ou

[email protected]

TEOSOFIA10/11, a partir das 15h – palestra “Trans-

formando nossas relações em relaciona-

mentos iluminados”,com Osmir Silva Cle-

mente, no Cenapec (Rua Mogi das Cru-

zes, 255 - Chácara da Barra). Promoção

do Grupo de Estudos Lótus Branco. Aber-

to ao público. Mais informações: (19)

8815-2970 ou [email protected]

WORKSHOP “5D”8/12, das 9h às 18h30 – apresentação e

treinamento, com a psicóloga Sueli Re-

pulho, a massoterapeuta Silvana Vicen-

tim, a chef de cozinha Sabrina Repulho

e o personal trainer Fellipe Meirelles,

no Cenapec (Rua Mogi das Cruzes, 255 -

Chácara da Barra). Mais informações:

(19) 3327-6228 e (11) 98561-6484 ou

[email protected]

YOGA CRISTÃ30/11 a 2/12 – Retiro de Sadhana, com

Padre Haroldo Rahm, no Loyola Centro

de Eventos (Rua Dr. João Quirino do Nas-

cimento, 1.601 - Jardim Boa Esperan-

ça). Inscrições e mais informações:

[email protected] ou

(19) 3794-2528

PONTOS DE VENDA DO JORNALZENCAMPINAS

CIDADE UNIVERSITÁRIABANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50

FLAMBOYANTBANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frenteà padaria Abelha Gulosa)

GUANABARABANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62BANCA ITAMARATI - Rua Eng. Cândido Gomide, 287

IGUATEMILIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi)

PARQUE IMPERADORBANCA CARREFOUR - Rodovia Dom Pedro I

PROENÇABANCA DO ROBERTO - Av. Princesa D’Oeste, 994

SANTA GENEBRABANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº

SOUSASAVIS RARA Rua Rei Salomão, 295BANCA RICCO PANE Avenida Antônio CarlosCouto de Barros, 871

TAQUARALBANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260

VILA ITAPURABANCA SACRAMENTO - Rua Eng. Saturnino Brito, s/nº

VILA NOVABANCA VILA NOVA - Av. Imperatriz Leopoldina, 100

HOLAMBRA

ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rotados Imigrantes, 605

JAGUARIÚNA*

NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)

* e em todas as bancas da cidade

VINHEDO*

em todas as bancas da cidade

DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (JardimItália)EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (JardimItália)LIVRARIA NOBEL - Avenida Benedito Storani, 111

* e em todas as bancas da cidade

JORNALZEN DIRETORA

Silvia Lá Mon

nossa missão: Informar para Transformar

EDITOR

Jorge Ribeiro Neto

JORNALISTA

RESPONSÁVEL

MTB 25.508

circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

Redação: (19) 3324-2158Comercial: (19) [email protected]

www.jornalzen.com.br

BARÃO GERALDOBANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506ESPAÇO CAFÉ - Rua Christina Giordano Miguel, 250ESPAÇO UNGAMBIKKULA Av. Santa Isabel, 1.834IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200NATURALMENTE - Av. Albino J. B. de Oliveira, 1.905

BOSQUEBANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748

CAMBUÍBANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado dapadaria Massa Pura)BANCA DONA SINHÁ - Rua Cap. Francisco de PaulaBANCA MARIA MONTEIRO - Maria Monteiro, 1.201BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761

CASTELOBANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade(esquina c/ padaria Pão do Castelo)BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão)

CENTROALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425BANCA CONCEIÇÃO - Rua ConceiçãoBANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325BANCA TANNO - Avenida Francisco Glicério, 1.580CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2

CHÁCARA DA BARRACENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255

INDAIATUBACENTROBANCA RUTH - Rua Candelária, 1BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)

ITAICIPADARIA NOVA GALERIA - Avenida Coronel AntonioEstanislau do Amaral, 1.257

JARDIM CALIFÓRNIABANCA DO JANUBA - Praça Renato Villanova

JARDIM DOM BOSCOBANCA ANA PAULA - Avenida Conceição, 51

PARQUE BOA ESPERANÇABANCA LIBERDADE - Avenida Visc. de Indaiatuba,352

VILA NOSSA SENHORA APARECIDAPANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751

VILA VITÓRIABANCA DO JAIR - Rua Humaitá esq. Av. Pres. VargasPADARIA GIANINI - Avenida Presidente Vargas, 472

VILA SUÍÇAPADARIA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855

CASA DO NATURALISTA - Largo do Rosário, 131 (Centro)

CARO LEITOR:

caso não encontre o JORNALZEN,

ligue para (19) 3324-2159

VALINHOS

AMPARO

INDAIATUBA

SAÚDE DA MULHER24/11, das 14h às 17h – workshop “Saú-

de íntima da mulher”, com a psicóloga e

professora de ioga Claudia Hallgren, no

espaço Corpo e Alma (Rua Alberto Santos

Dumont, 974 - Vila Teller). Realização do

Instituto de Cultura Holística. Mais infor-

mações: (19) 3318-0367 e 9182-5545

SÃO PAULO

ALZHEIMER22/11, das 19h30 às 21h30 – palestra

com a geriatra Maristela Soubihe, na

Igreja Dom Bosco (Rua Cerro Corá, 2.101

- Alto de Pinheiros). Aberto ao público.

Mais informações: [email protected]

ARTETERAPIA23 e 24/11 – seminário com artista plás-

tica Maria Alice do Val Barcellos, na

Unipaz (Rua Pedro Morganti, 76 - Vila

Mariana). Inscrições e mais informa-

ções: [email protected] ou

(11) 5083-4278

BENEFICENTE3/12, a partir das 19h – exposição “Arte

em forma de amor”, no MuBE-Museu

Brasileiro da Escultura (Avenida Europa,

218 - Pinheiros). Renda das obras vendi-

das revertida à Associação Nosso Sonho

de Reabilitação e Integração de Pessoas

com Deficiências. Aberto ao público.

Mais informações: (11) 3564-0555

WORKSHOP “RODA DA ABUNDÂNCIA”25/11, das 9h30 às 12h30 – jogo psicote-

rapêutico destinado às pessoas que bus-

cam prosperidade, com a psicóloga Sueli

Repulho. Local: Rua Agudos, 3 - Ipiran-

ga). Mais informações: (19) 3327-6228

e 8241-7890 ou www.psicologasu.com.br

e [email protected]

VALINHOS

ALZHEIMER1º/12, das 9h às 18h – workshop sobre

a doença, no Núcleo Vidas Espaço Te-

rapêutico (Rua das Vitórias Régias 452-

F - Jardim das Vitórias Régias). Parceria

com GeroVida e Associação Brasileira

de Gerontologia. Inscrições e mais in-

formações: (19) 3869-1311

REIKI24/11, das 9h às 18h – curso Nível 3

(Mestrado), com Valéria Avallone, no

Núcleo Vidas Espaço Terapêutico (Rua

das Vitórias Régias 452-F - Jardim das

Vitórias Régias). Inscrições e mais infor-

mações: (19) 3869-1311

INFORMAÇÕESPARA ESTA SEÇÃO

Tel.: (19) 3324-2158ou pelos e-mails:

[email protected]@terra.com.br

Page 3: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN 3NOVEMBRO/2012

Invariavelmente assustador, o diag-nóstico de câncer de mama nãofoi suficiente para derrubar a jor-

nalista Luciene Scomparin Dressano.Então com 39 anos, casada e comquatro filhos, ela resolveu fazer a suaparte. Depois de um período deprimi-da e chorando muito, refletiu e redi-recionou a mente, o que a levou a en-carar a situação como um renasci-mento. Deu certo. Enquanto passavapelo tratamento, Lu Dressano escre-veu textos que geraram um livro –Histórias de cada um... No meio dorio, pequenos e grandes milagres. Pu-blicada em 2008, a obra teve duas edi-ções e faz parte de projeto encampa-do pela jornalista cujo objetivo é levarconforto e fortalecer os pacientes comcâncer e familiares durante a fasemais difícil da doença. Mais de 6 milexemplares foram distribuídos em 39hospitais e centros de tratamento decâncer de 25 cidades de 13 Estados edo Distrito Federal. Aos 52 anos, LuDressano participa de encontros e pa-lestras nos quais relata sua experiên-cia. Nesta entrevista exclusiva ao JOR-NALZEN, ela comenta como é possí-vel despertar a força interior do paci-ente ao fazê-lo enxergar o lado beloda vida, razão pela qual mesclou entreos textos de seu livro fotos da natu-reza seguidas por frases retiradas daherança espiritual da humanidade.

Como surgiu a ideia do livro?A ideia do livro surgiu depois da

escrita. Eu vivia os momentos e sim-plesmente escrevia. Como um desa-bafo. Guardei todos os textos durantedez anos. Quando entendi que as his-tórias de cada um poderiam ajudaroutros pacientes, pensei: então trata-se de um livro para quem sofre e nãoencontra ânimo para superar a doen-ça. E aí tudo aconteceu. Veio o patro-cínio da CPFL Energia, seguido doapoio da Oncocamp, do restauranteA Casa do Yakisoba, da Rede Graal(nas estradas paulistas) e de muitosamigos que ajudaram a promoveruma ‘caminhada social’ por meio dolivro. O livro foi distribuído inicial-mente nos hospitais de referência notratamento de câncer, no Estado deSão Paulo. Dois anos depois, fui con-vidada a realizar palestras para umacampanha chamada “Encontro coma Autoestima”, que visa trabalhar umadas fases mais difíceis do câncer demama: o enfrentamento da doença.A campanha percorre desde 2009 di-versas cidades brasileiras. Durante asações que participei pude comparti-lhar minha história de vida com ou-tras pessoas e levar uma mensagempositiva de vida e de superação.

O que mudou em sua vida depoisdo tratamento contra o câncer?

Tudo. Descobri uma mulher dentrode mim que não conhecia. E, devo con-fessar, gosto muito mais de mim hoje.

ZENZENZENZENZENTREVISTA Lu Dressano

MENSAGEM DE FÉJornalista resume em livro como enfrentou um câncer e distribui aobra a pacientes de hospitais dedicados ao tratamento da doença

Fotos: Divulgação

“A pessoa em tratamentoprecisa buscar a forçaque está dentro dela”

SERVIÇO

O livro Histórias de cada um...No meio do rio, pequenos egrandes milagres está

disponibilizado na internet.

Para acessá-lo:www.ladoaladopelavida.org.bre entrar no blog Luciene

Dressano

Mais informações:[email protected]

O que recomendaria para quem estápassando pelo problema?

Aceitar a doença e fazer a tua par-te da melhor forma possível. Agrade-cer a tudo e a todos. Acreditar quetudo passa, mas faz diferença comocada um de nós passa pelo problema.E talvez o maior dos remédios seja abusca da alegria, que ajuda a mantera nossa imunidade. Tudo isso junto,e exercitado diariamente, nos leva aenxergar o lado belo da vida, vital paraa nossa existência.

Até que ponto a fé pode contribuirna superação da doença?

Fé é acreditar. Se a pessoa acredi-ta que está doente, ela permanecerádoente. Se ela acreditar que vai supe-rar e se transformar, com certeza con-seguirá. Então, é uma questão de es-colha... Em tempos modernos, a me-dicina é avançada, os médicos sãocompetentes e os remédios podero-sos. Mas tudo isso não basta. A pessoaem tratamento precisa buscar a forçaque está dentro dela.

Adota ou passou a adotar algumaprática voltada ao autoconhecimen-to ou à espiritualidade?

Passei a exercitar a todo instante umaprática simples: aquietar a mente, ele-var a alma e ouvir a voz do coração.

Como avalia a proposta editorial doJORNALZEN?

Reconheço como um espaço al-ternativo, que contribui para ampliaras escolhas daqueles que lutam pelasaúde, pela harmonia, pelo equilí-brio, pela igualdade e por dias me-lhores para todos.

Que mensagem gostaria de deixarpara os nossos leitores?

Que procurem se conhecer me-lhor, que não tenham medo de enfren-tar os ‘bichos’ e que acreditem no la-do melhor do ser humano.

“Tudo passa, mas

faz diferença

como cada um

de nós passa

pelo problema”

Page 4: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN4 NOVEMBRO/2012

PANORAMA

EDUCAÇÃO AMBIENTALEnsinar a importância da reciclagem de embalagens de lata de açopós-consumo é o principal objetivo do projeto Aprendendo com o Lata-ço, iniciativa da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço),que oferece recursos educacionais pelo site www.lataco.com.br. O con-teúdo do portal, disponível para download gratuito, foi criado por espe-cialistas em educação e inclui planos de aula e de atividades sobre meioambiente, sustentabilidade e saúde.

FUTEBOL DO BEMDia 11 de novembro, antes da partida entre Ponte Preta e Internacional,pelo Campeonato Brasileiro, os jogadores ponte-pretanos entrarão emcampo com camisetas e uma faixa em prol da campanha coração na ba-tida certa, que promove o Dia Nacional de Prevenção das ArritmiasCardíacas e Morte Súbita, instituído no dia 12 de novembro. A ação éuma iniciativa da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).

ADVOGADOS DO BEMA Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo iniciou a campa-nha “Doação que Salva Vidas”. O objetivo da Caasp, entidade ligadaà OAB-SP, é mobilizar a advocacia em torno de uma ação com resulta-dos práticos em favor da saúde da população: doar sangue. Para parti-cipar, basta se dirigir a um dos 60 hemocentros de todo o Estado lis-tados no sítio www.caasp.org.br .

JANTAR DO HOSPITALHAÇOSA ONG Hospitalhaços promove dia 19, no Tênis Clube de Campinas,jantar comemorativo aos 13 anos de atuação no trabalho de humani-zação em hospitais públicos da região. O convite (60 reais) pode seradquirido até o dia do evento com voluntários ou na sede da associação(Avenida Governador Pedro de Toledo, 507 – Bonfim). Mais informa-ções pelo telefone (19) 3237-2603.

BAZAR DO BOLDRINIEvento em benefício do Centro Infantil Boldrini será realizado pelas vo-luntárias do Grupo de Artesanato e Costura do hospital, dias 21, 22 e 23de novembro, no Clube de Regatas e Natação (Cambuí), em Campinas.O bazar funcionará das 9h às 18 horas, com entrada aberta ao público.Estarão à venda artigos de cama, mesa, banho, artesanato, peças emmadeira e artigos natalinos confeccionados pelas voluntárias do Boldrini.

E se vivêssemostodos juntos?

Há alguns dias, encontrei com algu-mas amigas da época da faculdade,as quais não via há uns 20 anos!Passamos um dia inteiro juntas, fize-mos almoço, conversamos sobre tu-do e a sensação que dava era a mes-ma de quando fazíamos isso na re-pública. Senti-me revigorada poraquela amizade, com tantas afini-dades mesmo depois de décadas.

Assisti ao filme E se vivêssemostodos juntos? e me inspirei para es-crever esta coluna. Estou na casados 50 anos e pertenço a uma gera-ção que quebrou diversos paradig-mas. Costumo dizer que fomos aque-les que cortamos o mato para abriro caminho para os jovens índigosque chegam ao mundo. Muitos denós focamos nossa vida na forma-ção intelectual, na realização profis-sional, política, e fizemos escolhasdas mais diferenciadas. Tenho ami-gas que não se casaram e nem tive-ram filhos por opção e não por faltadela. Outros moram sozinhos desdea faculdade, outros se casaram e sesepararam, até mais de uma vez, ehoje pensam em ficar sozinhos.

Há casos de homens e mulheresque, apesar de não estarem felizesem seu casamento, não se separamporque têm medo de ficarem sozi-nhos na velhice. Somos de uma ge-

Silvia Lá Mon

ração que lutou e preza pela inde-pendência, e creio que não temos aintenção de dependermos e escravi-zarmos nossos filhos, que têm muitoa fazer neste planeta em plena ebu-lição. E, sim, ter a presença deles co-nosco por prazer, não por obrigação.

Um estudo feito por uma agên-cia ligada à ONU apurou que no Bra-sil são quase 20,6 milhões de brasi-leiros acima de 60 anos. Essa popu-lação de idosos no mundo será demais de 1 bilhão em dez anos. Oslares de idosos de hoje, apesar de sepropor a serem modernos, confortá-veis e se esforçarem para criar umclima alegre, não deixam de ser umhotel onde convivem pessoas estra-nhas entre si com cuidados de profis-sionais. Não são e nunca serão um lar.

Acredito que seja uma ótimaideia os velhos amigos velhos se reu-nirem e montarem suas repúblicas.Além de dividirem as despesas, divi-dem também o carinho, a boa con-versa, o cuidado mútuo e conse-guem, assim, manter a jovialidadedo espírito, que é na verdade o quemantém o corpo e a mente saudáveis.Fica a dica: assistam ao filme e reú-nam-se com seus amigos!

[email protected]

cronicasdesilamon.blogspot.com

Page 5: Jornalzen Novembro 2012

5NOVEMBRO/2012 JORNALZEN

(continuação da edição anterior)Uma possibilidade é filmar as pes-soas agressivas, com autorizaçãojudicial, e, com as identificaçõesdos agressores, a polícia recolhe-os nas delegacias nos momentosde piquete ou equivalentes. Foi as-sim que fizeram com torcedoresbaderneiros para que se reduzissea violência nos estádios de futebol.

Para que isso aconteça, faz-semister atitude que alcance além dosseus interesses pessoais. O exercí-cio profissional não apenas para vo-cê, mas também para a sociedade.

Morreu um torcedor do Guaraniapós jogo com a Ponte Preta. Os tor-cedores engalfinharam-se para ge-rar essa fatalidade. Se o encontro des-sas duas torcidas gera conflitos comcerta frequência, e o profissional éadvogado de um dos clubes, dele-gado, investigador, representantedo Ministério Público, representan-te da OAB ou juiz poderia tomar ati-tudes que prevenissem os conflitos.Uma possibilidade é a identificaçãodos arruaceiros e, em todos os jo-gos que haja possibilidade de con-flito, eles fossem obrigados a apre-sentar-se na delegacia. Entretanto,poderá haver soluções mais criati-vas. Cabe ao profissional utilizar as

Trabalho (2)

Clélio Berti

Diretor da Unidade Flamboyant da

Universidade de Yôga (Uni-Yôga)

INFORME PUBLICITÁRIO

suas habilida-des para en-contrá-las.

Penso queo ideal nãosão atitudesde punição esim educati-vas. Melhorque infligir ocastigo é cons-cientizar paramodificar ocomportamento violento.

Qualquer que seja a sua profis-são, não importa qual a sua empre-sa, não depende do cargo que vocêexerce, sempre haverá a possibili-dade de olhar apenas para o umbi-go ou para o todo. Quantas coisasa sua empresa não faz e poderiafazer: separação do lixo? Compos-tagem? Plantação de árvores noestacionamento? Palestras sobrequalidade de vida? Restaurantesustentável? Cobertura ecológica?Relacionamentos mais humaniza-dos? Etc., etc., etc.

Aí entra o Método DeRose:quanto mais você evolui como serhumano, mais poderá contribuirpara o todo. Se aumentar a com-preensão de si mesmo, poderáutilizar as potencialidade que jáexistem, mas, muitas delas jazemadormecidas.

Afinal, o que émesmo ser feliz?

Renata Rissato

Passamos a vida inteira em buscada felicidade. Vivemos para sermos

felizes, somos criados para nos tornar-mos pessoas realizadas e termos sempreuma sensação de bem-estar dentro denós. A felicidade é um bálsamo em nos-sa alma. Ser feliz na vida pessoal e pro-fissional é o que todos desejam realmen-te. Mas não seria isso uma utopia?

Talvez! A felicidade é intocável,mas totalmente acessível para todosos seres humanos, desde que possa-mos compreender que a felicidadenão nos pertence, que a felicidade éum momento, uma sensação apenas,e que se esperarmos sermos felizes24 horas por dia, só encontraremosamarguras e decepções.

O maior erro do ser humano éapoiar-se nesta busca como meta pa-ra sua vida. Pensamos muito em co-mo encontrar a felicidade, mas nosesquecemos de que primeiro precisa-mos entender o que ela significa e queo sentimento provocado por ela nãoé igual para todo mundo.

Somos pessoas diferentes que pos-suem ideais diferentes, ou seja, o queé importante para mim, pode não serpara você. Baseada neste pensamen-to, afirmo que o conceito de felicidadeé diferente entre as pessoas e muitoparticular, e seja ele qual for, deveser respeitado. É importante enten-der que vivemos de momentos felizese que estes momentos nos proporcio-nam a ideia da real felicidade.

Os momentos felizes podem serdivisíveis. O primeiro momento é aque-le de felicidade coletiva, quando algode bom acontece no mundo e todosjuntos comemoramos, como ganharuma copa do mundo, por exemplo. Aeuforia, a alegria invade nosso interiore nos causa uma sensação de felici-dade. O segundo momento é o nossoparticular, apenas nós o sentimos.Um momento único e que nos traz amesma sensação do coletivo, porémé um sentimento pessoal, uma sensa-ção intransferível e que muitas vezesapenas para nós será importante.

Portanto, para sermos felizes nãoprecisamos nos tornar seres perfeitose nem nos desagradar para fazer o ou-tro feliz. Nossa felicidade não esta nasmãos de outra pessoa, e sim nas nos-sas próprias mãos.

Necessitamos desfazer este mito deque é preciso ser feliz o tempo todo.Temos que estar sempre conectadoscom o nosso eu, e entender o que nosfaz feliz e de que forma eu escolho teresses momentos. Precisamos perceberque a felicidade nada mais é do queuma sensação boa que nos traz alegriae confiança naquilo em que acredita-mos. Não existe uma fórmula mágicapara buscarmos a felicidade eterna.Somos feitos de momentos, e são elesque dão força e movimento paraseguirmos o nosso caminho, e nos tor-narmos verdadeiramente felizes!

Renata Rissato é consultora comporta-

mental, palestrante e terapeuta holística

Page 6: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN NOVEMBRO/20126

O mantra espiritual de Escorpião é:“Guerreiro eu sou, e da batalha emer-jo triunfante.”

A relação entre o Eu Superior e oeu inferior é muitas vezes represen-tada como uma luta. Poderia ser re-presentada também como uma dan-ça, por exemplo, ou uma conversa,ou um trabalho conjunto. Mas a luta,realmente, simboliza bem certos as-pectos dessa relação entre o superiore o inferior dentro de nós. E pode serde grande valia refletir sobre isso.

O eu inferior, também chamado depersonalidade, abrange o corpo físi-co, as emoções e a mente analítica.

ASTROLOGIA DA ALMARICARDO GEORGINI - [email protected]

O Eu Superior, também chamado dealma, é a mente intuitiva, a sede den-tro de nós da sabedoria, do amor, davontade espiritual e de todas as de-mais qualidades superiores. Natural-mente, o eu inferior tem uma percep-ção bastante limitada e ilusória sobresi mesmo, os outros e o mundo. Na suavisão, todos os seres estão separadose ele é independente e isolado dos de-mais. Já o Eu Superior tem um per-cepção muito mais abrangente e exa-ta sobre as coisas. Ele vê a interliga-ção e interdependência em tudo e per-cebe a si mesmo como um com todos.

A partir de cada uma dessas duas

JOÃO BATISTA SCALFI - [email protected]

MOMENTO DE REFLEXÃO

FéPara encontrar o bem e assimilar-lhe a luz, não basta admitir-lhe aexistência. É indispensável buscá-lo com perseverança e fervor.

Entretanto, como exprimir a fé?A fé não encontra definição no

vocabulário vulgar.É força que nasce com a pró-

pria alma, certeza instintiva na Sa-bedoria Divina que é a própria vida.Palpita em todos os seres, vibraem todas as coisas. Mostra-se nocristal fraturado que se recompõee revela-se na árvore decepadaque se refaz, gradativamente, en-tregando-se às leis de renovaçãoque abarcam a Natureza.

Seja qual for a nossa interpreta-ção religiosa da ideia de Deus, éimprescindível acentuar em nós aconfiança no bem para refletir-lhe

a grandeza.O Bem Eterno é a mesma luz para

todos, mas concentrando-lhe a forçaem nós, por intermédio de positiva se-gurança íntima, decerto com mais efi-ciência lhe retrataremos a glória.

Busquemo-lo, pois, infatigavel-mente, sem nos determos no mal.

Procuremos a boa parte das cria-turas, das coisas e dos sucessosque nos cruzem a lide cotidiana. Te-remos, assim, o espelho de nossamente voltado para o bem, incorpo-rando-lhe os tesouros eternos, e afelicidade que nasce da fé, generosae operante, libertar-nos-á dos gri-lhões de todo o mal, de vez que obem, constante e puro, terá encon-trado em nós seguro refletor.

Quando Jesus estava entre o po-vo, um homem se aproximou e lan-çou-se de joelhos aos seus pés, e lhedisse: Senhor, tende piedade de meufilho, que está lunático e sofre muito,

porque ele cai frequentemente no fo-go e na água. Eu apresentei-o aos vos-sos discípulos, mas não puderam cu-rá-lo. E Jesus respondeu, dizendo: “Óraça incrédula, até quando hei de estarconvosco? Até quando vos sofrereis?Trazei-me aqui essa criança”. E Jesus,tendo ameaçado o demônio (espíritodo mal, obsessor) ele saiu da criança,que ficou curada no mesmo instante.

Então os discípulos vieram ter comJesus e lhe disseram: “Por que nãopudemos expulsar esse demônio?”Jesus lhes respondeu: “É por causada vossa incredulidade. Se tivésseisfé como um grão de mostarda, direisa esta montanha: transporta-te daquipara ali, e ela se transportaria, e nadavos seria impossível” (São Mateus,

INFORME PUBLICITÁRIO

cap XVII, v.14 a 20).No sentido das coisas mate-

riais, não se consegue, quando seduvida de si, mas aqui é precisoentender essas palavras no sentidomoral. As montanhas que a fétransporta são as dificuldades, asresistências, a má vontade, os pre-conceitos, o interesse material, oegoísmo, a cegueira do fanatismo,as paixões orgulhosas, são outrastantas montanhas que barram ocaminho da humanidade.

A fé robusta dá a perseverança,a energia e os recursos que fazemvencer os obstáculos!

Noutra acepção, a fé se diz daconfiança que se tem na certezade atingir determinado fim.

visões, surgem objetivos de vida dife-rentes, com motivações e condutascorrespondentes. O eu inferior vê oegoísmo como bem, enquanto o EuSuperior percebe que o bem é o altruís-mo. Contudo, as duas visões (a maisestreita e a mais ampla) existem den-tro nós. Ao longo dos dias e das sema-nas, nós costumamos oscilar entre umfoco maior numa dessas visões e umfoco maior na outra. Em certas situa-ções, até conseguimos perceber o con-flito dessas duas visões dentro de nós,cada uma delas procurando prevalecernaquele momento. E muitas vezes, aoenfrentarmos alguma decisão, ficamosdivididos entre escolher o que parecebom para o eu inferior ou o que o EuSuperior percebe como melhor.

Toda essa situação é ainda maiscomplicada devido ao fato de que, emdiversas circunstâncias, não sabemoscom clareza qual alternativa está deacordo com os interesses do eu infe-rior e qual está de acordo com os do

Eu Superior; vemos as alternativas,mas não discernimos o que está portrás delas. Frequentemente, as coisasnão são o que parecem, e o egoísmofacilmente se disfarça de altruísmo— dentro de nós mesmos!

O local onde todo esse conflitointerno pode ser resolvido é o campomental. A mente analítica e a menteintuitiva devem aprender a se enten-der mutuamente e trabalhar juntas.A mente intuitiva deve esclarecer amente analítica, e esta, por sua vez,deve então orientar as emoções e asações de acordo com o esclarecimen-to obtido. Isso significa que a soluçãoé a mente analítica buscar interna-mente a visão maior da mente intuiti-va. Mas, além disso, depois de ilumi-nada pela luz superior, a mente analí-tica deve lançar essa luz sobre as emo-ções e ações. É como se a mente ana-lítica tivesse que explicar (paciente-mente e quantas vezes for preciso)para a faceta emocional e o corpo fí-sico aquilo que foi compreendido, pa-ra que eles possam se ajustar e parti-cipar adequadamente.

É assim que o indivíduo pode sacri-ficar alegremente os seus estreitos in-teresses egoístas em favor dos interes-ses maiores coletivos. É assim que o EuSuperior triunfa e o eu inferior se tornaseu parceiro. Então, cada um deles de-sempenha o seu devido papel: o EuSuperior indica o propósito, os princí-pios e os valores da vida; e o eu inferioré quem deve fazer a aplicação práticae materializar tudo isso. Não há vitóriasem união. A vitória do Eu Superiornão se trata de derrotar o eu inferior,mas de conquistar a sua cooperação.

Escorpião: a soluçãodo conflito interno

Page 7: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN 7NOVEMBRO/2012

Tesouros da Vida

neo, asséptico. Uma família adequa-da às convenções.

Uma amiga comentou, inclusive,que tem vivido uma forte crise existen-cial, porque sente autocobranças deter filhos, de se casar, e de idade. Enão consegue corresponder a essas ex-pectativas. Quem criou essas crenças?

A indústria de necessidades cria um“modelinho de vida”, e exige que a psiquedas pessoas se renda a isso. É uma violên-cia brutal! O caminho para tentar sairdisso é a recusa às “fórmulas prontas”.

“Você tem que isso, para aquilo...”,pregam. Vendem a conformação, comogarantia de recompensa futura. Criamnecessidades de consumo, para supriràs carências afetivas criadas, baseadasnos padrões gerados em torno da vidasocial. Fazem as pessoas se tornaremreféns dos seus próprios instintos.

“Beba isso ou coma aquilo, quevocê terá um momento de válvulade escape, no que diz respeito aosseus sentimentos de falência”. E,quando as pessoas constatam a fa-lência, em si mesmas, em atender aesses padrões – que não são seus,mas, sim, externos a elas –, a auto-imagem fica fragilizada.

Juliano Sanches é jornalista e palestrante

casadojulianosanches.blogspot.com

[email protected]

Depressão e suicídio:leituras contemporâneas

JULIANO SANCHES

A depressão é o mal do século? O de-semprego cresce. As profissões entramem crise. As economias estão sucatea-das. O suicídio aparece como respostaà indiferença manifestada pela socie-dade. É algo, que remete aos dramasexpostos pelo escritor Kafka.

A sensação de mal-estar civilizatórioculmina com a constatação da indife-rença. Do ser que se percebe falível noatendimento às estratificações sociais(papéis sociais, procriação, aparência,manutenção de família, valores...).

A tragédia humana contempo-rânea se confunde com a de Gregor.Na sensação de incapacidade. De re-pente, os jovens se descobrem meta-morfoseados em criaturas singulares,alheias aos valores caros a um padrãode vida conservador. E, para a socie-dade estratificadora, essas metamor-foses/mutações não devem ocorrer.São temores, abominações. “Precisamser combatidas com investimentos emsegurança”. E não com o acesso de-mocrático a uma educação pública,que permita construir uma vida so-cial, que escape à alienação, e quepossibilite uma existência minima-mente digna até o óbito biológico.

Numa sociedade, que prega o pa-drão social – a família e os filhospara o atendimento das necessidadesdo mercado –, tudo deve ser homogê-

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O que é coaching?INFORME PUBLICITÁRIO

Em tempos atrás, a ex-pressão coach advinhadaquele que “conduziauma carruagem”. Pas-sando por algumas trans-formações e até adapta-do às universidades,passou então a ser “a-quele que era o tutor,preparando estudantesaos testes”. E aos pou-cos, com os princípiosde treinamentos esporti-vos, passou-se a desco-brir no coaching uma po-derosa ferramenta em âmbito pro-fissional (negócios e executivos) epessoal (vida, carreira, relaciona-mentos, finanças, esportes, espiri-tualidade e outros). Mas, afinal, oque é coaching?

Trata-se de um processo deparceria no qual o coach (facilita-dor) e o seu coachee (cliente) com-prometem-se a uma causa diag-nosticada em sessões que, dife-rentemente do que se pensa, nãodá ao coachee as respostas procu-radas, mas com ferramentas espe-cíficas para cada caso o conduzcomo em um “Bolero de Ravel” aoencontro consigo mesmo. Com is-

so, é possível identificarveracidade na expressão“Tudo do que precisamosjá está em nós”. Com es-sas técnicas o coach atuacomo um “espelho” docoachee, remetendo-o areflexos e reflexões nabusca de suas respostas.

Mesmo que esse pro-cesso pareça “provocati-vo”, a missão do coach éinstigar seu coachee a“encontrar-se”, desbra-vando suas potencialida-

des camufladas por “crenças limi-tantes” que o impedem de obterêxito em sua vida e carreira, porter em algum momento “dado ouvi-dos” às vozes sabotadoras de seus“fantasmas interiores”.

A quem se destina o coaching?A todo aquele que possuir dentrode si determinação e atitude demudar, maiores que seus medosde tentar...

Então, você está preparado pa-ra uma sessão? É um belo proces-so, no qual coach e coachee cele-brarão com alegria, ao final dele, asrespostas encontradas neste tempode aprendizagem e descobertas.

Juliana Perna

Palestrante, treinadora

comportamental

e contabilista

Page 8: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN NOVEMBRO/20128

VIDA & SEXUALIDADESANDRA SEPULVEDA

Casamento e erotismo:par perfeitoAh, vida contemporânea!

Dinâmica acelerada do cotidiano, falta de tempo, dificuldades financei-ras, chegada dos filhos, dupla jornada de trabalho ou desemprego, per-das familiares, preocupações, raivas, mágoas, chateações, baixa vitali-dade pelo sedentarismo, tabagismo, bebidas alcoólicas, má alimentação,doenças, envelhecimento do corpo... Faltou algum elemento antissexual?

Falta é ânimo, até para se pensar no assunto.Sobram razões para um casamento sem sexo ou um sexo sem casamento.Elementos assim influenciam o desempenho na cama, roubam a ener-

gia para sexualidade e diminuem qualidade da vida erótica do casal.É natural existirem fases de recolhimento da libido, mas se o sexo é

valorizado na vida do casal é importante se perguntarem: qual o nívelde satisfação com a vida sexual? É possível dialogar sobre esse assunto?Já aconteceu isso em outras ocasiões? Como têm administrado essafase? Que outras fontes de prazer em conjunto estão ativas?

Se deixar o desejo se dilui na rotina estressante ou se perde nos labirintosdo ressentimento e o casal pode passar a ser sexualmente disfuncional. Ébom lembrar que a saúde sexual é um dos fatores de qualidade de vida, fontede satisfação pessoal, gera bioquímica saudável ao organismo e, além dis-so, aproxima o casal, aumenta a cumplicidade e fortalece o relacionamento.

Casamos querendo ser amados e desejados, para sempre, por aque-la mesma pessoa. Acreditamos nisto como sendo um processo naturale automático, basta encontrarmos a cara-metade. Mas na equação amor+ erotismo + relacionamento de longa duração, o resultado é trabalho.Trabalho, pois paixão e desejo têm como molas propulsoras a novidade,o mistério; já a convivência diária tem como base o oposto: a repetição.

Na complexidade dos relacionamentos, a institucionalização do amorpor meio do casamento sedimenta a ilusão de que outro é meu e dá afalsa garantia do para todo o sempre. Ultrapassamos o limite sutil entrecuidar um do outro e sufocar um ao outro. Nessas relações de fusão,em que o “eu” se aliena no “nós”, há a sensação de segurança emocio-nal e há a inibição do clima de aventura, de desafio, ingredientes mante-nedores da chama sexual.

Para o sexo acontecer é preciso haver um encontro e o pré-requisitoé a distância. A manutenção da individualidade de cada um em um rela-cionamento de longa duração possibilita a coexistência de um espaçonecessário entre o par. É pró-sexual a preservação do “eu/meu” e do“você/seu”, cria expectativas, instiga descobertas, move, naturalmente,a busca pelo “nós/nosso” e pela sexualidade como forma de se preencher.

Concluindo, no casamento que pretende ter vitalidade erótica nãopode haver monopólio da sexualidade e precisa haver trabalho dos cônju-ges. Ambos precisam manter um limite de espaço na relação, para queum busque ao outro e se encontrem no ponto do prazer.

Sandra F. Sepulveda (CRP – 06/83606) é psicó[email protected]

ção você está controlando a consciên-cia, e, ao controlar a consciência, vo-cê dá ritmo à respiração”.

Já se comprovou que a respiraçãolenta e profunda reduz significativa-mente os níveis de cortisol no sangueao longo do tempo. A hipersecreçãocontínua de cortisol, responsável pelareação de estresse generalizada, é a res-ponsável pelos estados negativos comodepressão, por exemplo, e, em contra-partida, baixos níveis de cortisol estãorelacionados à sensação de bem-estar.

Por esse motivo, terminamos umaaula de pilates sentindo o corpo traba-lhado, energizado e com uma grandesensação de bem-estar.

Outro componente para a reduçãodo estresse é aprender a mover-se semtensão, usando apenas os músculos ne-cessários para a realização de um deter-minado movimento. O relaxamento cons-ciente e seletivo proporciona maior eco-nomia de movimentos, facilita a fluidez,o controle e a precisão de movimentos.

A concentração garante a execuçãode movimentos conscientes e corretos.Ao concentrar-se em si mesmo, nopróprio corpo, elimina-se a tendênciade vaguear a mente por assuntos diver-sos que não nos ocupam aqui e agora.

A melhor notícia é que exercitar-sedesta forma traz benefícios não apenasdurante e logo após o término da aulade pilates. Esse aprendizado de si mes-mo é levado para todas as situações co-tidianas nos ajudando a reconhecer osestados físicos e mentais e consequen-temente nos proporcionando a oportu-nidade de agir de forma mais eficientee consciente em todos os planos da vida.

Aquietar a mente, desenvolver equili-bradamente o corpo reconhecendo oseu limite integra nosso ser e nos apro-xima de nossa alma. Era isso que Jo-seph Pilates almejava com seu método:a saúde integral. Está aí à nossa dispo-sição, experimente!

Suely Tambalo é professora de pilates

Pilates e o gerenciamentodo estresse

Suely Tambalo

Mais do que uma atividade com-plementar para preparar o cor-

po de forma equilibrada para a corri-da, a prática de pilates vai muito alémdo condicionamento dos músculos,da correção do gesto técnico e da pre-venção de lesões.

Criado com a intenção de restabele-cer e manter a saúde integral do indiví-duo, o método pilates tem papel de ex-trema importância no gerenciamentodo estresse negativo em nossas vidas.

Primeiramente porque o métodofoi estruturado levando em considera-ção a forma pela qual devemos nosmover para atingir o perfeito equilí-brio e economia de movimentos, res-peitando as estruturas anatômicas ebiomecânicas do corpo. Para tanto,cada exercício foi pensado para serrealizado de determinada forma e rit-mo, com baixo número de repetiçõese alta qualidade de execução.

Isso foi possível porque Joseph Pila-tes, criador da técnica foi atento obser-vador da natureza e dos animais e estu-dioso praticante de diferentes formasde esportes e atividades físicas. Ele con-seguiu reunir em uma só técnica a sabe-doria das práticas milenares do Oriente,como a ioga e as artes marciais, e otreinamento físico com vistas ao con-dicionamento e fortalecimento do cor-po praticados no Ocidente.

Levando em consideração não ape-nas que exercícios realizar, mas princi-palmente como realizá-los, vamos real-mente atingir o controle e a consciên-cia necessária para a prática do pilates.

E de que forma isso ajudaria a equi-librar o estresse?

Primeiramente pela prática consci-ente e completa da respiração durantea execução de todos os exercícios.Segundo B.K.S. Iyengar, mestre in-diano de ioga, “controlar a respiraçãoe observar seus ritmos aquieta aconsciência. Ao controlar a respira-

Page 9: Jornalzen Novembro 2012

NOVEMBRO/2012 JORNALZEN 9

Os recursos materiais e emocionaisdos pais têm limites. Portanto, assu-mam, tranquilamente, suas limita-ções. Seja rico ou pobre, nossos re-cursos materiais são limitados.Quer dizer que coisas materiais nãoresolvem problemas espirituais. Cla-ro, coisas materiais ajudam. Porexemplo, os pais têm de ter dinheiropelo menos para pagar o ônibus queos levam ao trabalho. É necessárioter uma casa, alugada ou não, e terrefeições. Somos somáticos e temosque comprar roupas. Evidentemen-te, precisamos de verba para viver.

Emoções são muito mais difí-ceis. Uma emoção é o espírito men-tal influenciando o corpo à alegriaou tristeza. Emoções têm degraus:são bem negativas ou muito positi-vas. Dificilmente controlamos nos-sas emoções. Para viver bem e cor-retamente com nossas emoções,uma espiritualidade profunda é ne-

Padre Haroldo

Pensamentos de

cessária. Apesar disso, nem sempreusamos nossas emoções racional-mente. Cerebralmente, muitas ve-zes seguimos nossa parte límbica,não deixando nosso encéfálo nosguiar. Biologicamente falando, se-guimos mais nossa parte animal doque o setor espiritual.

Segue-se: sabemos que os paissão limitados. Queremos a solução.É muito fácil resolver esse proble-ma. Com a ajuda de Deus, lute paraver se pelo menos está cumprindocom os Dez Mandamentos. As Es-crituras ensinam que devemos amara Deus com todo o nosso coração,e com todo o nosso ser; e nosso pró-ximo como a nós mesmos. Tentan-do viver esse amor, controlamosbem nossas emoções. Em resumo,falaria como a Bíblia mostra que aúnica coisa necessária é o amor.Vamos ver se nosso amor é exigente.

Haroldo Joseph Rahm é fundador da Insti-

tuição Padre Haroldo, para pessoas com sín-

drome de dependência alcoólica e química,

em Campinas. Telefone: (19) 3794-2500.

[email protected]

Espiritualidade

Mudança: você está preparado?Raquel Kussama

Mudanças significam crescimento,a busca pelo novo. Isso é dife-

rente de ser inovador ou criativo.

Mudar é uma atitude de cada pes-soa em si própria. É o olhar interno ea capacidade de colocar para foracomportamentos e pensamentos dife-rentes do padrão atual.

Muitas vezes o processo de mu-dança deixa de existir pela dificulda-de de enfrentar sentimentos, pois sãoos sentimentos de frustração, de me-do, rancor, que impedem o soltar eenfrentar novas situações.

Buscar o novo é sim uma árduatarefa ao coração e ao pensamento.Parece fácil para as pessoas abertasa mudança. Mas a grande verdade éque uma pessoa para se lançar aonovo tem a necessidade de abrir amente e as portas internas.

No dia a dia atuamos com desen-volvimento de carreira e de empresas,sendo assim vivemos histórias, tristese engraçadas, sobre o comportamen-to humano. São dificuldades que as

pessoas têm em enxergar fatos, em

realizar ações com desenvoltura, com

presteza. O comportamento externo nos

mostra como a pessoa pensa e sente.

Atividades lúdicas evidenciam os

pontos fortes e fracos das pessoas. Ca-

da profissional tem que ter as compe-

tências necessárias ao exercício do cargo.

Competência: “entendemos como

capacidade, a aptidão adequada de

um profissional na execução de

funções inerentes ao cargo que

exerce; habilidade e inteligência pa-

ra a realização de uma ação; ou se-

ja, o conjunto de ações observáveis

no eficaz desempenho de uma fun-

ção requerida pela organização”.

Em empresas podemos aplicar em:

� Formação da cultura organizacional

� Seleção profissional

� Capacitação profissional

� Avaliação de desempenho

� Avaliação da pessoa no cargo

� Descrição de cargo

O processo de crescimento e desen-

volvimento de qualquer ser humano é

centrado na relação de confiança mútua,

na vontade de ajudar o outro a crescer

em sinergia com a equipe de trabalho e

em prol do objetivo único de uma organi-

zação saudável, competitiva e lucrativa.

Para isso, é fundamental que os líde-

res da organização assumam a respon-

sabilidade e comprometam-se com o

processo de mudança, em conformi-

dade com a velocidade da mudança da

realidade global. O acompanhamento,

com aceitação das dificuldades pes-

soais e organizacionais nesse processo

deve ser entendido como desafio a ser

vencido pelo líder que comanda os

membros de uma equipe com objetivos

e metas estabelecidas.

As empresas são fonte de troca de

conhecimentos. Nas empresas são as

pessoas que no exercício do papel

profissional criam, recriam, realizam

projetos, atividades, sucessos ou fra-

cassos, resultados positivos ou nega-

tivos. Daí a necessidade de investir

nas pessoas e nos talentos.

Acreditamos que as pessoas pre-

cisam e podem mudar seus compor-

tamentos, mas também que com a

colaboração de um líder pode adqui-

rir força e incentivo externo.

Porém a mudança somente ocor-

re pela vontade própria, pelo desafio

pessoal de transformar e ver o novo!

Invista em você, enxergue suas limi-

tações e crie caminhos para o seu

processo de mudança.

Raquel Kussama é consultora do NJE Ciesp-Indaiatuba e coordena-

dora do Grupo de Agronegócio do Ciesp-Campinas; professora da HSM

Educação e membro do Comitê Técnico Cientifico do 15º CRIARH - Re-

cife. Graduada em Serviço Social, com especialização em Recursos Hu-

manos e cursos em Antropologia e Desenvolvimento Organizacional.

Atua há mais de 20 anos na área de RH e estratégias empresariais aten-

dendo empresas nacionais e multinacionais de pequeno, médio e grande

porte na aplicação do conceito de Estratégias de Pessoas & Negócios e

implantação de processos e ferramentas de RH. Premiada pela Certifica-

ção em Gestão de Pessoas, pela Fiesp em 2004. Diretora da Lexdus.

contato pelo e-mail: [email protected]

Consultoria ou coaching?INFORME PUBLICITÁRIO

Cada vez mais a empre-sa precisa de estraté-gias para levar avanteseus objetivos, com ru-mo a resultados de ex-celência, uma vez que omercado encontra-se a-cirrado. Ao mesmo tem-po há sempre mais for-mações e especifica-ções em relação a me-todologias para repen-sar o negócio, aproveitarbem os talentos e fazeradaptações necessáriasà vida da empresa. Para que vocêpossa discernir que atitudes tomar,apresentamos os conceitos e utili-zações das estratégias.

O consultor reflete junto do pro-fissional sobre seu negócio ou car-reira. Está ligado a solução de pro-blemas de estratégia ou gestão.Ele reflete sobre processos que nãosão efetivos e sugere soluções.

O mentoring é alguém muitoamadurecido e experiente em de-terminado assunto e passa sua ex-periência para crescimento naque-la área específica. Compartilha sua

experiência. O processo de coa-

ching é um conjunto deestratégias que incidesobre o aperfeiçoamentode habilidades e compe-tências, especificamenteno talento humano den-tro da empresa, por meiodo aprimoramento dopotencial de todas aspessoas envolvidas naempresa. É um processode colaborar com o em-presário ou com os pro-

fissionais, no sentido de levar aspessoas a investigarem o objetivo,os valores e obstáculos. Desenvol-ve habilidades de comportamentoque façam com que o cliente crieplanos de ação que o leve à reali-zação de seus objetivos. Ação essabem fundamentada na prática.

Há também, ainda outras for-mas específicas de coaching, co-mo, por exemplo, o leader coaching,

team work coaching, life coaching,

executive coaching e outros.

Estamos à disposição paraatendê-lo (a). Um abraço.

Magda Vilas-BoasPsicologia Organizacional

Coaching e

Qualificação Humana

CONTATO: (19) 9605-6363 ou [email protected]

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Page 10: Jornalzen Novembro 2012

NOVEMBRO/201210 JORNALZEN

Silvia Lá Mon

CULTURAZENZENZENZENZENJuliana Perna

(dir.) com

Miriam Braga,

proprietária

do Salão

Maison Auguri,

onde ministrou

a palestra

“Mulher de

Metamorfoses”

Silvia Lá MonReproduçãoA jornalista Lu Dressano

(de azul na foto) esteve na

unidade campineira do Grupo

de Assistência aos Portadores

de Câncer (GAPC) para bate-

papo com usuários da entidade,

no qual relatou a experiência

vivida na recuperação da

doença e relatada em livro

Magda Vilas-Boas e Humberto

Estevam lançaram livro durante

evento de educação na Unicamp

Maria Inês

Carvalho

(ONG Gabriel),

Renato Sargo e

Hudson Vergennes

no anúncio de

parceria do Banco

de Olhos de

Sorocaba com o

Hospital Augusto

de Oliveira

Camargo para

captação de

córneas em

Indaiatuba

Divulgação

Silvia Lá Mon

Helena Wanderley em encontro do

Grupo de Estudos pela Paz (Gepaz)

Page 11: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZENNOVEMBRO/2012 11

Recanto do Poeta

Doces palavrasElas chegam de repente,Despertando emoções,Amontoam-se, aconchegam-se...Palavras & expressões!

Aos poucos chegam as rimas,Palavras adocicadas...Poesias, “serotoninas”...Chocolates derramados!

Escorrendo pela boca,Do poeta a degustar...Palavras doces singelas...A todos, vem adoçar!

Com inspirações vêm trazendo,O amor vem derramando,Ao poeta bendizendo...À poesia, saudando!

Juliana Perna

MANDALA PARA PINTAR - OZENI LUCAS -

Visualizo um luzir, céu deslumbrante.Diáfanos azuis, a esparramarnuvens, entre uma luz magnetizante,sobre as flores, ali a entrelaçar.

Onde a tênue azul, tons aconchegantes,que flui o belo e vai perpetuarfelicidade, em luzes ofuscantes,o azul na intensidade a clarear.

Sem limite, translúcido no espaçofascínio de azul que invade a alma, e assim alcançacom sonhos entre o amor; mar de poesia.

Neste céu, resta apenas um pedaçodo azul, sumindo junto com o dia;na lentidão da noite, só lembrança.

Oculta-se o azul

Geni Fuzato Dagnoni

Espetáculo musical em Paulíniaterá jovens do Grupo PrimaveraFada Mel e as Cores da Primavera éo nome do novo espetáculo da Com-panhia Florada, formada por atorese músicos profissionais e 152 meninase jovens atendidas pela ONG GrupoPrimavera, de Campinas.

A história, que será apresentadanos dias 13 e 14 de novembro, às19h30, no Theatro Municipal de Pau-línia, é baseada no filme Tinker Bell– Uma Aventura no Mundo dasFadas e conta sobre uma fadinha re-cém-nascida que descobre que seudom é ser uma fada artesã.

Este ano a Companhia Floradaconta com a parceria do InstitutoAnelo, ONG de formação musical daregião do Campo Grande, onde jovens

talentos foram descobertos e hoje in-tegram a banda do espetáculo, tam-bém composta por alunos da Unicamp.

Fundado em 1981, o Grupo Pri-mavera tem quase 9 mil meninas e jo-vens atendidas em 30 anos de atuaçãono Jardim São Marcos, bairro da peri-feria de Campinas reconhecido pelaviolência. Hoje, a ONG atende aaproximadamente 500 crianças e jo-vens por meio de programas e proje-tos de educação e convívio social, cul-tura, bem-estar e profissionalismo.

O espetáculo é gratuito, mas os in-gressos devem ser reservadosantecipadamente pelo [email protected] oupelo telefone (19) 3246-0021.

Page 12: Jornalzen Novembro 2012

JORNALZEN NOVEMBRO/201212

CULTURA DE LETRASARUÂNGUA - [email protected]

A mulher do meu quintal (2)

Já era meio da tarde quando se le-vantou e veio respirar um pouco

de ar lá fora. Espreguiçava-se en-quanto dava conta de todas as coi-sas que haviam deixado no quintalna noite anterior, quando viu umcorpo de mulher deitado no bancode Kombi. Não pode acreditar noque via. Não tinham estado mulhe-res ali na noite passada. Aliás, ja-mais levara o mulherio de farra pa-ra dentro de sua casa. Ali queriasossego total. Foi quando se lem-brou daquela visita inusitada logopelas primeiras horas de sol. Compassos lentos, cavando um tempopara recobrar-se da surpresa, apro-ximou-se, cuidadoso, daquelamiragem. Ela per-manecia deitadade lado e dormia asono solto. Des-calça, o corpo ma-gro, moreno, umrosto bem propor-cional, maçãs sali-entes e lábios bemdesenhados. Aspontas dos braçose das pernas, ma-gros e dependura-dos, pra além dobanco. Parou ate-morizado. Umamulher no quintaldele e dormindo.Recuou devagarpara depois afas-tar-se rapidamente.

Ligou para a faxineira que cos-tumava ajudá-lo com a limpeza dacasa e preparando alguns pratosque deixava no frízer e pediu-lheque viesse fazer uma lasanha parao dia seguinte. Maravilha! Ela ti-nha aceitado a convocação. A Eli-zete veio e logo perguntou quem eraaquela. Ele contou-lhe que ela vie-ra para ver o móvel e quando eleacordara ela estava ali dormindo,ainda. Elizete cozinhou, limpou acasa, recolheu copos, pratos e gar-rafas deixadas no quintal desde anoite anterior. Limpou a cozinha e

ainda fez uma desinfecção no ba-nheiro. Não sabia o porquê, masnão queria acordá-la. Fez os possí-veis por não incomodá-la. Acabouas tarefas e a mulher ainda dor-mia no banco de Kombi. Arnaldopensou que já era hora de trocaraquele banco por algo mais con-fortável. Mas logo se arrependeude seus pensamentos e repisou nacabeça que ali era casa de homeme não precisava de mais confortos.Pediu a Elizete que fosse chamaro marido da dita cuja. Afinal, vaique a mulher estava ruim de saú-de, tendo uma crise, passando malou coisa parecida...

O marido chegou e em vista daexplicação dada,olhou o móvel ve-lho meteu a mãono bolso e pagou aquantia pedida.Arnaldo ajudou-oa carregar o móvelpara a casa da es-quina. Voltaram aoquintal de Arnaldoe acordaram a mu-lher de olhos ne-gros. Ela mal con-seguia abrir os o-lhos, ainda muitoinchados... Ergueuum pouco o troncoapoiada sobre umdos cotovelos efranziu as sobran-

celhas para controlar a luz quelhe entrava pelos olhos. Disse:-Hum... Voltou a cair sobre o ban-co de Kombi e voltou o rosto paraas costas do mesmo. O maridopegou mais uma nota do bolso es-tendeu a Arnaldo e atalhou: - Po-de ficar com ela! Girou sobre oscalcanhares e saiu deixando Ar-naldo de mãos estendidas e per-plexo, completamente sem ação,que por sua vez danou a entrar esair de casa pela porta dos fun-dos e não conseguia atinar comnada do que se passava.

(continua na próxima edição)

Será que tudovai dar certo?

Vitor Sampaio

Quando dizemos para alguém que “tudo vai dar certo”, queremos

acreditar nessas palavras. Esquece-mos, no entanto, que quem as escutaaté gostaria de acreditar, mas sabeque são palavras vazias de certeza.Fatos vão acontecer em nossas vidas,bons e ruins.

Quando os acontecimentos ruinsnos acometem, cabe a nós respeitaresse momento, ao invés de atropelá-lo com um desejo de que logo passe.Respeitar a dor é aprender com ela,é respeitar a nós mesmos.

Suponhamos que seu animal de es-timação esteja doente. Precisará pas-sar por uma cirurgia de emergência.Você está preocupado. Está naqueladisposição afetiva onde nada maisexiste em sua vida além do animal.Mal consegue comer ou pensar. Nãose aflija, “tudo vai dar certo”.

O prazo para a entrega da mo-nografia está chegando ao fim. Pou-co ou nada foi produzido. Você ain-da precisa escrever a conclusão, re-visitar a introdução e finalizar aanálise dos dados. Seu orientadornem quer mais olhar na sua cara,certo de que você irá falhar. Nãose aflija, “tudo vai dar certo”.

Você terminou o noivado. Oitoanos com aquela pessoa amada, quede tão amada, era a única pessoa quelhe importava em todo o mundo. Vocêterminou com alguém que foi maisdo que um relacionamento de oitoanos, alguém que compartilhou todaa sua vida e agora sofre. Não se aflija,“tudo vai dar certo”.

Sempre que temos uma situaçãodifícil, um sofrimento evidente, umatristeza profunda, fundada ou infun-dada, temos no mínimo um amigo pa-ra nos abraçar e dizer: Não se aflija,“tudo vai dar certo”.

De onde, afinal, tiraram essacerteza? Simplesmente te disseramisso porque não havia mais o quedizer. É nosso desejo de que nadanesta vida saísse ao nosso controle,de que nada machucasse aqueles aquem amamos. Apelamos, assim,para essa condescendente frase,tentando convencer aos outros e anós mesmos, tentando confortar aosoutros e a nós mesmos.

O que nunca vemos ao dizer issopara alguém, é que talvez tudo nãodê certo. Talvez – apenas porque vi-ver nem sempre é um jogo de video-game – o prazo para entregar a mo-nografia expire, e não tenhamos umanova chance, reiniciando a partir dafase anterior. Talvez, o tempo corramais do que nossa capacidade de ler

e escrever, e assim nos vemos perdi-dos, reprovados, falhando em nossasambições acadêmicas. “Tudo vai darcerto” deixa de ser um consolo, umalento, uma esperança. Passa a seruma obrigação.

E então todos concluem que amelhor coisa a dizer quando alguémtermina um relacionamento é quelogo isso vai passar. Que aquela dorque lhe é insuportável, vai logo ter-minar. Todos se apressam a lhe di-zer que aquele sentimento de ter seufígado moído dentro de seu intesti-no e retirado pela sua boca juntocom o estômago vai logo ser substi-tuído pela visão de coelhos saltitan-tes. Termine um relacionamento,seja ele longo ou curto, bom ouruim, e verá instantaneamente bro-tar ao seu lado alguém para lhe di-zer que “tudo vai dar certo”. Não,nada vai dar certo. Você acabou determinar oito anos de um relaciona-mento. Ou melhor, você acabou determinar um relacionamento de umavida inteira, de um passado compar-tilhado, de um futuro no qual vocênão conseguia mais imaginar outrapessoa, e agora, não há ninguém.Mesmo assim, aparece alguém paralhe dizer “tudo vai dar certo”. Ledoengano. Pior do que isso, sinto-meenganado ao ouvir tal afirmação.Chega a ser uma provocação.

Será pedir muito para que res-peitem o momento uns dos outros?Será que é impossível para as pes-soas deixarem doer? Seu animal po-de morrer, sim, e você vai sofrer.Você pode não entregar a monogra-fia, e vai sofrer. Seu relacionamentoacabou e não vai mais voltar. Sofra.Sofra muito. Você precisa. Mais doque isso: é direito seu. Você merecesofrer à vontade, sem ter alguém aseu lado dizendo de forma inconse-quente “tudo vai dar certo”.

Quando dizemos isso, queremosacreditar nisso. Esquecemos, noentanto, que quem escuta até gos-taria de acreditar, mas sabe, maisdo que ninguém, que as chances doanimal sobreviver são pequenas,que a capacidade de escrever não étão grande, e que a perda de umamor é um caso único. Podemos edevemos respeitar essa dor, ao in-vés de sufocá-la com um sentimentoinútil e opressivo de que tudo dêcerto. Talvez nada dê certo. O me-lhor a fazer é sofrer para entendera dor e aí, sim, recomeçar.

Vitor Sampaio é psicólogo, pós-graduado

em psicologia clínica e mestrando da linha

de fenomenologia-existencial

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NOVEMBRO/2012 JORNALZEN 13

ANTROPOSOFIA HOJE

às vezes, caracteres de mais de umdesses temperamentos.

Para a antroposofia o desenvol-vimento humano acontece em ci-clos de sete anos. O que significainterpretar que a cada sete anosnovos serão os objetivos e desafiosbioespirituais de cada pessoa. Por-tanto, a biografia é fato primordialna anamnese antroposófica.

Para a antroposofia não temossó cinco sentidos, temo doze. Sim,pois não somos só visão, audição,tato, olfato e paladar, temos tam-bém o sentido do equilíbrio, o sen-tido térmico, o sentido do movi-mento, o sentido da palavra, osentido da saúde ou da vitalidade,o sentido do pensamento e o sen-tido do Eu alheio.

Ainda na visão antroposóficasão sete os processos vitais humanose são sete os planetas aos quais te-mos uma grande ligação cósmica.

Assim, torna-se fácil entenderque a proposta da antroposofia co-mo ampliação da arte médica resi-de em buscar entendimento de qualfoi o desequilíbrio que facultou ainstalação de uma doença. Umolhar holístico para o indivíduo aten-to à sua biografia, ao seu ambientede vida, às suas características cons-titucionais bem como à configura-ção de seus corpos e sistemas tenta-rá resumir a doença como fruto deum desequilíbrio sim, mas também esobretudo, como um alerta da ne-cessidade e oportunidade evolutivaindividual de cada um de nós.

Sua saúde,pelo olharantroposóficoA antroposofia tem um olhar próprio.

Para ela o ser humano não éapenas um corpo, mas quatro.Além do corpo físico o homem seconstitui do corpo vital, que estápresente desde os vegetais, do cor-po anímico, que está presente nosanimais, e finalmente, do quartocorpo, presente apenas no ser hu-mano, e que o caracteriza sua “ima-gem e semelhança a Deus”, o Eu.

Para ela nosso organismo fun-ciona em três grandes sistemas: oSistema Neuro Sensorial (SNS),frio, estático, consciente, de baixometabolismo ligado ao pensar. Nooutro extremo, o Sistema Metabó-lico Motor (SMM), constituído dasregiões visceral e musculoesquelé-tica é quente, dinâmico, pratica-mente inconsciente e de alto meta-bolismo, está ligado à vontade. Eo terceiro, que media a comunica-ção entre os extremos, o SistemaRítmico (SR), constituído pelo co-ração e o pulmão, órgãos de ritmoinvoluntário, que se comunicamentre si e levam vida para ambosextremos, neste reside o sentir.

Para a antroposofia o ser huma-no exibe quatro tipos de tempera-mento. O colérico, o melancólico,o fleumático e o sanguíneo, sendoque muitos indivíduos apresentam,

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Coaching: umajanela para a alma

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A maior parte das dispensas e insu-cessos no trabalho ocorre por moti-vo comportamental. As pessoas pos-suem traços de personalidade queelas mesmas e as pessoas próxi-mas conhecem. Elas também podemter certos traços que são um segre-do pessoal. Até aqui, tudo bem.

O problema surge quando os ou-tros veem nela algo que ela mesmanão enxerga ou quando certas moti-vações existem sem o conhecimen-to dos outros e nem da própria pes-soa. Nesses casos, a pessoa podeprocurar ajuda psicológica porquese sente estranha; adoeceu fisica-mente; ou suas relações de trabalhoficaram tensas ao ponto de teremse tornado improdutivas, e estar aponto de perder o emprego.

Como psicólogo, deparei com to-das essas situações e é gratificanteperceber como o coaching pessoalserviu de janela para acessar a al-ma e ajudar a pessoa a explorar no-

vas possibili-dades indodo aconse-l h a m e n t osobre carac-terísticas pes-soais e se des-d o b r a n d opara aspec-tos mais pessoais, abrindo a janelapara novos vislumbres da alma.

No coaching pessoal, o que ini-cialmente parecia ser uma questãocircunscrita ao trabalho pode semostrar como algo que pertence aoutros sistemas: da relação consi-go próprio, familiar, social e até mes-mo espiritual. Nesses casos o que,a princípio, parecia ser um proble-ma de maior monta, com o coa-ching, se converte em uma oportu-nidade de mudança ampla para al-guém que, agora, abriu uma janelavoltada para a sua alma e pode sere fazer diferente.

Miguel Antoniode Mello Silva

Psicólogo (CRP 06/37737-2)

CONTATO: (19) 3213-4716 / 3213-6679 ou [email protected]

e múltiplos olhares para uma quei-xa apresentada. Sendo assim, a psi-copedagogia vem analisar o edu-cando como um todo, um ser bio-psicossocial e não somente seu fra-casso escolar ou a dificuldade emnão aprender um novo conceito.

Muitas vezes as crianças sen-tem-se intimidadas e não conse-guem falar sobre seus problemase é por meio de desenhos, jogos,brincadeiras que elas demons-tram suas angústias. Então, apósa avaliação e identificada a difi-culdade (cognitiva, motriz ouafetiva) o psicopedagogo utilizadiversas atividades como jogos,brinquedos, brincadeiras, histó-rias e outros recursos que foremoportunos, facilitando a assimila-ção de novos conteúdos.

Portanto, podemos dizer que apsicopedagogia clínica tem comopapel principal retirar crianças,adolescentes e adultos de suas con-dições de não aprendizado, permi-tindo perceber suas potencialida-des e recuperando seus processosinternos, tanto nos aspectos cogni-tivos como nos afetivo-emocionais.

Fernanda Junqueira é psicopedagogainstitucional e clínica, neuroeducadorae coaching life. Integra a equipe da CiaVita, espaço de bem-estar e tratamen-to holístico em Campinas.

O que é psicopedagogia?Fernanda Junqueira

Sendo uma área de conhecimen-to interdisciplinar, a psicopeda-

gogia tem como objetivo o estudoda aprendizagem humana.

Surgiu da necessidade de auxi-liar a busca de soluções das ques-tões que envolvem as dificuldadese/ou problemas de aprendizagemque transcendem a pedagogia e apsicologia.

A atuação do psicopedagogoacontece como forma de prevençãoou terapêutica e pode ocorrer den-tro das áreas:

Clínica – contendo a preven-ção e métodos para trabalhar oaprender;

Institucional – dentro de esco-las, empresas com processos deaprendizagem individual ou orga-nizacional, em parceria com psicó-logo e profissional de recursos hu-manos e ONGs;

Hospitalar – em conjunto comoutros profissionais no que diz res-peito à continuidade do processodo aprender.

Tendo caráter multidisciplinar,a psicopedagogia atua em parceriacom diversas áreas, sendo a psico-logia, fonoaudiologia, fisioterapia,neuropsicologia, neurologia – me-dicina, tendo então, diversas faces

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JORNALZEN NOVEMBRO/201214

WORKSHOP 5D: NOVOCONCEITO DE VIDA

Hoje em dia, o stress, a falta de tempo,a desarmonia na família nos desgastamdemais. Provavelmente você não sesente compreendido, valorizado, reco-nhecido ou aceito; e na procura de umasolução, sente-se cansado e desani-mado. Talvez hoje você gostaria de po-der viver de forma tranquila, plena ecom mais satisfação.5D: NOVO CONCEITO DE VIDA,consiste em 5 ferramentas:

1. Percepção de resistência2. Dimensão física3. Consciência sensorial4. Detectar e transformar5. Eficiência da prática

Essas ferramentas promovem seu bem-estar, potencializando uma economia sig-nificativa do seu tempo, energia e dinheiro.

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Uma equipe de quatro profissionais – apsicóloga Sueli Repulho, a massotera-

peuta Silvana Vicentim, a chef de cozi-nha Sabrina Repulho e o personal trai-ner Fellipe Meirelles estarão apresen-tando e treinando esse novo conceito,num workshop que promoverá o up-grade que você deseja em sua vida.

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com o dinheiro, afinal...QUEM É DONO DE QUEM???

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sessão de coaching individual)

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A espiritualidadee a psicologia

Vera Saldanha

É primavera, flores, cores, perfu-me, beleza, sutileza. Traz para a

vida o encanto das cores do arco-íris,toca nossos sentidos e nossa alma.Tem o poder de nos fazer sentir per-tencentes a algo muito maior do quenosso próprio eu.

William James definiu a psicologiacomo o estudo da consciência, quan-do esta separou-se da filosofia e ad-quiriu o status de ciência. Entretanto,como um longo ciclo de inverno, aespiritualidade se manteve presentena psicologia sob forma de sementes,ou mesmo como árvores resistentes,isoladas, que podem perder suas fo-lhas mas se mantêm firmes em pé coma certeza da chegada de novos ciclospromissores. Muitos são os autoresque regaram essas árvores, tais comoCarl Gustav Jung, Jacob Levi More-no, Vitor Frankl, Abraham HaroldMaslow, entre outros.

A espiritualidade pode ser concei-tuada como busca pessoal pelo enten-dimento de respostas a questões so-bre a vida, seu significado e relaçõescom o sagrado e transcendente, quepode ou não estar relacionada a pro-postas de uma determinada religião(Koenig et alli, 2001). Diferentemen-te, religião é um sistema organizadode crenças, práticas, rituais e símbo-los projetados para auxiliar a proximi-dade do indivíduo com o sagrado e/ou transcendente (Koenig et alli, 2001).Assim na saúde, educação, organiza-ções, ter escuta para essa dimensão, in-serir recursos que mobilizem a espiri-tualidade é muito mais que um mo-dismo passageiro, é realmente opor-tunizar um trabalho com qualidade,que promove resultados exitosos.

Sem dúvida tal inserção precisa serfeita sob a orientação de uma meto-dologia científica, validada, demons-trada. Essa é nossa intenção quandopropomos a AIT (Abordagem Inte-grativa Transpessoal), objeto de nos-sa tese de doutorado na Unicamp e

resultado de um trabalho aplicado hámais de duas décadas. Apesar da rele-vância da espiritualidade na vida sau-dável do ser humano, ainda pouco sedivulga ou se faz, especialmente napsicologia, na qual certamente deve-ria ser o grande canteiro de obras epesquisas nessa área.

Este ano comemoram-se 50 anosda psicologia no Brasil. Somos o paísque congrega o maior número de psi-cólogos devidamente representadosem sua categoria de classe. No mun-do os dados divulgados pelo Jornal doConselho Federal mostram que há noBrasil 216 mil psicólogos no CadastroNacional de Psicólogos do SistemaConselhos de Psicologia; entretantomuito pouco da psicologia e espiri-tualidade é apresentada como práticapsicoterapêutica devidamente emba-sada, fundamentada no Brasil. Há doisgrandes blocos de profissionais pre-dominantes: os que excluíram a espiri-tualidade em face de sua opção meto-dológica e outro que inclui a espiri-tualidade como fator relevante em suaprática psicológica, mas não a faz va-ler em sua representação de classe.

É o momento dos psicólogos se po-sicionarem mais sobre a espiritualidadena prática clínica, educacional, organi-zacional, ou seja, na sua prática profis-sional. Há associações, conselhos, co-ordenação, institutos e federações derepresentação de classe nas quais po-demos ser atuantes com um imensocontributo de retorno para o ser huma-no. Além disso, é uma sugestão não sópara os psicólogos participarem maisativamente, como também extensiva,para todos os profissionais. Muitas as-sociações incluem não psicólogos,áreas diversas além da prática clínica.

É importante nos mostrarmosmais, de validar em nossa profissãoaquilo que já é validado como qualida-de de vida: a espiritualidade.

Vera Saldanha é psicóloga, doutora emPsicologia Transpessoal e presidente

da Alubrat Brasil

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NOVEMBRO/2012 JORNALZEN 15

MARCELO SGUASSÁBIA

Líricas Bulhufas

Engana-se quem pensa que vida desanto é um infinito dolce far nien-te. Nem ao mais preguiçoso delesé dada a graça de ficar chupandochicabon eternidade afora. E aque-le estereótipo de se recostar emnuvens, entre cânticos e cítaras, émais coisa de anjo que de santo -e anjo de quadro barroco, idealiza-do e fora de contexto histórico.

Santo passa maus bocados, ver-dade seja dita. E nem por isso osdevotos lhes tratam com o devidorespeito, o respeito que o santo,justamente por ser santo, exige.

Por exemplo, esse estranho há-bito terráqueo de entornar no míni-mo 10% da cachaça no chão da ven-da, dizendo que é pro santo. Possodizer com certeza que todos elesabrem mão da homenagem e pas-sam muito bem sem ela. Se gostas-se mesmo de água que passarinhonão bebe, santo não seria santo.Muito pelo contrário.

Depois, tem outra: manda aJustiça Divina que, toda vez quese oferece algo pro santo, e não seespecifica pra qual santo é o pre-sente, a oferenda seja repartidapor todos indistintamente. Vai daíque cada gole oferecido é dividido,em partes iguais, para a santosferainteira. Sabendo-se que os santossão atualmente milhares, a cadaum cabe geralmente uma gotinhade nada – e não é isso que vai des-viar a santaiada do bom caminho.Até aí, nada de mais. Mas aconteceque se a gente levar em conta quecada pinguço manda pra goela pelomenos uns três copos da marvada,e que só no Brasil temos milhõesde alcoólatras, o estrago divino égrande, provocando em vários delesinternações frequentes – quandonão diárias. E as mais prejudica-das são as santas, que com um ti-

quinho de martíni já estão tran-çando as pernas.

Outro problema sério são asimagens dos santos – tanto as pin-tadas quanto as esculpidas. Temsanto lá em cima que excomungasem dó alguns dos displicentes artis-tas terrenos, pela falta de semelhan-ça deles com as imagens que os re-presentam. Esse tipo de episódioproduz verdadeiras catástrofes esté-ticas. Outro dia mesmo toda a corteceleste saiu em passeata, com car-tazes, faixas e gritos de guerra, pro-testando contra um lote de 250 está-tuas de Santa Edwiges que saiu defábrica com cara de Rita Cadilac.Um repulsivo sacrilégio, que merecepunição exemplar. Para evitar no-vos contratempos, São Tomé pro-pôs em assembleia a instituição doselo “Ver para Crer”, que certifica aimagem beatificamente reconheci-da, ou seja, aquela que tem a bên-ção do respectivo santo e que guar-da nítida semelhança com a sua fi-gura dos tempos de carne e osso.

Além desse tipo de desrespeito,há também injustiças que agrideme irritam a turma de auréola. Amaldosa e irônica expressão “Nadescida todo santo ajuda” vem me-recendo, de uns tempos para cá,um revide da parte dos ofendidos.Julgam eles que a frase denota umacerta acomodação, dando a enten-der que os santos têm braço curtoe que não se empenham nas tarefasmais difíceis, onde só um milagrepode resolver a parada. “Não va-mos ajudar mais na descida, aindaque o carro do sujeito esteja semfreio. Pois que se espatifem, apren-dam a lição e vão para o inferno”desabafa um conhecido santo, quenão quis se identificar.

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

Vida de santo

Luz na escuridãoINFORME PUBLICITÁRIO

noram o senti-do maior daE x i s t ê n c i a ,que é o auto-conhecimento,e vivem na es-curidão.

Para ver ex-ternamente,precisa-se deuma fonte deluz; para ver internamente é neces-sária a luz interna chamada Cons-ciência. Acender essa luz dependeda vontade e da escolha de cada um.

A sociedade atual é visual: tele-visão, internet e toda forma de apa-relho apela pelo aspecto visual ex-terno, mas também é preciso “verinternamente”, olhar para dentrode si é lançar luz na escuridão e oresultado é a felicidade em viveruma vida com significado e plena.

Para o yoga, o sentido chamado“visão” é representado pelo ele-mento fogo, pois só se pode verporque existe luz. Não adianta tero aparelho perfeito chamado“olho” para enxergar, pois na au-sência de luz só é possível ver aescuridão.

Pode-se enxergar pois existe aluz do Sol (que também representao fogo). À noite, essa mesma luzsolar reflete e revela a Lua, e naausência do Sol e da Lua, a foguei-ra, a vela ou a luz elétrica trazema possibilidade de iluminar a escu-ridão. Simbolicamente, essa mes-ma escuridão pode estar dentro denós e é chamada ignorância.

Existem vários tipos de ignorân-cia, mas a maior delas é a ignorân-cia de si mesmo. Ao se percebe-rem apenas como egos, seres limi-tados e finitos, muitas pessoas ig-

Márcio AssumpçãoProfessor de ioga e diretor

do Instituto de Yogaterapia

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JORNALZEN16 NOVEMBRO/2012

Sacrifício ou contribuição?Kelly Albrecht

Culturalmente aprendemos que a vida é repleta de sacrifícios e ba-

talhas. Ouço muitas pessoas encon-trando dificuldades para tudo – issoé difícil, aquilo é difícil, empecilhos,imprevistos, muitas coisas atrapa-lhando seus planos, sonhos; muitas li-mitações que impedem realmente decomeçar a enxergar soluções. Comoresolver sem dificultar? O que eu façosem me lamentar ou culpar?

E a mensagem oculta de sacrifíciocontinua implícita, gravada na men-te. Muitas fontes que poderiamtransmitir mensagens capacitantespersistem na ideia: não importa, oque quer que você faça, haverá sacri-fício! Novelas mostram diariamentedo ingênuo ao vilão, todos têm seussacrifícios, ou seja, existe um limite.Não se esforce muito porque nãoadianta: você esbarrará no limite, vo-cê terá que se sacrificar.

A mídia procura disseminar a viverno automático, alimenta a distração por-que é um alivio ao “sacrifício” e a gran-de maioria das pessoas vive nesse ritmo.

O que poderíamos ter aprendidoem lugar disso é o modelo de contri-buição. Ou achamos mesmo que nos-so Criador quer sacrifício? Tivemosum grande modelo de contribuiçãoque deixou muitos exemplos sobremilagres possíveis para aqueles queacreditam, Ele contribuiu ativamentee o Criador nos abençoou com o be-nefício de controlar nossa mente esermos capazes de dirigi-la paraqualquer finalidade.

Ora, estamos no controle da nos-sa mente. Também estamos no con-trole da nossa vida e, se é isso queacontece, são nossos pensamentos afonte geradora de tudo que vivemos.No automático, você perde o con-trole de seus pensamentos e viveconforme o ritmo alienado. Algunslampejos de pensamentos ocorrem,mas ainda não são suficientes.

Afastados do senso de contribui-ção que não é de domínio material,existe a contribuição muito mais ex-pressiva, quando usamos forças que

são nossas, como afeto, paciência,compreensão, palavras de estímulo emuitas outras ofertas generosas quenão necessitam de nenhum recursomaterial, só requer um pouco de de-dicação, tempo e pensamento.

Fica a pergunta: como posso con-tribuir?

Contribuindo no trabalho, na fa-mília, nos locais que frequenta, nasredes sociais que participa!

Você começa a assumir o controlesobre sua vida levando-a para cir-cunstâncias de gratidão, de bem-es-tar. Sairá do sacrifício para o controlefirme sobre o seu futuro.

Não importa o ontem, importa dehoje em diante e todos merecem no-vas oportunidades.

Pare de acreditar que o passado tecondena. Isso é conversa.

Ontem, enquanto uma ONG localfazia uma campanha em benefício decrianças carentes, eu ouvia, perplexa,a queixa de muitas pessoas: “Nossa, queapelação!”, e me pergunto: até ondechega o nível de alienação? Sem som-bra de dúvida, muitos não se importamcom a triste realidade de crianças aban-donadas à própria sorte e há quempense: “eu não tenho culpa disso”!

Novamente, não precisa ter sacri-fício nem culpados. Precisamosaprender a contribuir, perder a des-culpa de pensar “eu sozinho não pos-so mudar o mundo”.

Você faz a sua parte (do jeito quepuder), eu faço a minha parte e cadaum faz a sua. O que lhe parece agora?

Parafraseando o filósofo Mario Ser-gio Cortella: “Somos um entre 6 bi-lhões e 400 milhões de indivíduos,que compõem uma única espécie en-tre 3 milhões de espécies identificadasque vivem num planetinha que giraem torno de uma estrelinha que éuma entre 100 bilhões de estrelas quecompõem uma única galáxia entreoutras 200 bilhões de galáxias numdos universos possíveis...”.

Pense nisso. Pare de se sacrificar e co-mece a contribuir. Você verá o milagre!

Kelly Albrecht é coach, psicóloga eorientadora vocacional

a primeira vez que senti que é possí-vel chegar no profundo amor pelocaminho da beleza, suavemente,sem dramas. Fiquei espantada!

Dançar em roda traz a magia dainfância, a pureza da criança, a le-veza do brincar. Os movimentos docorpo refletem o viver em todas assuas nuances: dar e receber, pedir eagradecer, abrir e recolher, ser aceitoe aceitar, andar e parar, cantar e si-lenciar, seguir em frente e andar paratrás, começar e terminar, cansar eenergizar, sorrir e chorar. A dualida-de da vida está presente na roda dedança circular sagrada como umsom invisível ou uma luz silenciosa,na dimensão do nosso ser que, inal-cançável, nos alcança.

A música e o olhar, linguagensque só a alma entende, envolvemos dançarinos em uma atmosferacircular de desassosego e calmaria,liberdade e vergonha, medo e cora-gem. Novamente, a dualidade sefaz presente em ritmo acelerado,enquanto o coração bate no seupróprio compasso, misturando-sea todos os passos.

Do meu mais puro dentro, abra-cei o todo. Do som mais meu, mer-gulhei no som de todos. Do meugesto mais único, misturei nasmãos dos outros. De repente, nãosabia mais quem era eu, porque tu-do era tão grande e eu tão peque-na. Mas como eu era parte, entãoeu também era expandida, do ta-manho do vasto universo....

Tudo isso eu vivi. E sem que nin-guém precisasse me explicar, com-preendi. O verdadeiro sentido reli-gioso se fez presente no centro, emvolta, aqui e acolá. O caminho doamor é tão simples....

Lembrei, então, da minha crian-ça cirandando e pensei: “Como ébom voltar pra casa!”

Deborah Dubner é escritora,psicóloga e jornalista

Ciranda cirandinha,vamos todos cirandar

Deborah Dubner

Quando eu era pequena, gostavamuito de brincar de ciranda ciran-dinha. Eu não entendia porque exa-tamente era tão gostosa essa brin-cadeira singela e repetitiva. Masera comum, na hora do recreio, aturminha se reunir em roda e cantaressa e outras músicas que relem-bram tempos de antigamente.

Cresci e esqueci. Os adultoscostumam esquecer essas coisasimportantes, por não acharem im-portante. É de se pensar nisso... emquantas coisas significativas es-quecemos, pelo simples motivo denão ter motivo.

Acontece que a vida, nesse “ircrescendo”, coloca à nossa frentesituações que nos fazem lembrar.De repente, por sorte, merecimentoou alegria, somos conduzidos paralugares e pessoas que abrem dentroda gente portinhas que estavamtrancadas, empoeiradas e esqueci-das. Como é curioso encontrar ver-dadeiros salões que moravam den-tro da gente e que nem habitáva-mos! Saber que eles estavam aqui,dentrinho do nosso ser, silenciosos,transparentes e adormecidos!

Aí acontece um “encontrão”,um “esbarrão”, que chacoalha tu-do como se fosse um liquidificadorde memórias e sentimentos, e tudosai do lugar. O que era importantese torna irrelevante. A rotina pedeurgência de encontro e a noção dotempo escorrendo toma conta dadimensão do corpo e da alma.

O “encontrão” que me aconte-ceu foi a dança circular. A roda gi-rou, girou e me levou para todas asrodas da minha vida, trazendo pro-fundidade e beleza. Me espanteicom a possibilidade de passar porum processo tão transformador,sem dor. Não sei por que nós acha-mos que para haver mudança ne-cessariamente deve haver dor. Foi

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JORNALZEN 17

INDICADOR TERAPÊUTICO

NOVEMBRO/2012

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JORNALZEN NOVEMBRO/201218

Viva [email protected]

Andando pelo centro de Indaiatuba, vejo duas grandes lojas já com enfeites natalinos. Confesso que não gosto. Claro que amo esses enfeites! Natal,

árvore colorida, luzinhas, ceia. Mas pra que tanta antecedência? Sim, já seiqual é a resposta: antecipar as vendas. O que me entristece mais ainda.

Sinto com tudo isso que cada vez mais o Natal perde o seu encanto. Cadavez mais acaba sendo uma data meramente comercial. As crianças já nãoacreditam em Papai Noel ou param de acreditar cada dia mais cedo. Com is-so o Natal deixa de ter toda aquela magia que havia até alguns anos atrás.

Quando vi essas duas lojas lindamente decoradas, senti uma saudade demim mesma, de pelo menos uns 25 natais atrás. Que expectativa se viviaquando começava a segunda metade de novembro... O cardápio da ceia queera decidido em família... O amigo-secreto, que era sorteado geralmente nodia 21 de novembro, aniversário de minha cunhada... O arrumar da árvorede Natal, cada ano com cores e enfeites diferentes.

E a guirlanda? Sempre tive paixão por elas e a cada ano eu transformavaa anterior numa quase obra de arte. Eram laços coloridos, raminhos, pinhas...Dizia naquela época que gostaria de morar numa casa, com uma porta enormesó para poder fazer aquelas guirlandas imensas que se vê em filmes natalinos.

Ainda hoje sou louca por elas e quem sabe um dia, quando trabalhar me-nos, farei guirlandas para vender, exatamente para essas casas com portasimensas, nesses condomínios maravilhosos que temos ao redor da cidade, daforma como sonhei lá atrás.

Natal... Que saudades tenho dos de outrora... Claro que a vida melhoroumuito nos últimos 30 anos. Mas algumas coisas eram tão mais alegres, tãomais afetivas... Como era bom receber os cartões de Natal, com lindos dese-nhos de casinhas rodeadas de neve e crianças com gorros coloridos, típicosdos países gelados. Por que será que nunca fizeram cartões de Natal para onosso dezembro calorento? Faltaria magia provavelmente.

Há momentos que as saudades que sentimos de nós mesmos tornam-se ca-da vez maiores. E isso não tem nada a ver com idade. Tem a ver com sensibili-dade. Tem a ver com lembranças de momentos felizes que você pode ter vividoem qualquer época da vida, mesmo que só tenha 30 anos. O mais importanteé que essas lembranças continuem vivas em nossas mentes e que elas se acumu-lem com outros momentos também felizes e que não se apaguem jamais.

Bate-papo

FORNO & FOGÃO ESPECIAL

Ingredientes:

1 ovo12 colheres (sopa) de margarina15 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro1 colher (sopa) de casca de laranja ralada1 colher (sopa) de casca de limão ralada1 colher (sopa) de especiarias (canela em pó, cravo-da-índia moído, noz-moscada ralada e gengibre ralado)150 g de frutas cristalizadas picadas25 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada

Modo de fazer:

Em uma tigela, bata o ovo comum batedor manual por 30segundos. Reserve. Bata nabatedeira 12 colheres (sopa) demargarina e o açúcar, por 3minutos ou até obter um creme

Biscoito de Natal(para pendurar na árvore)

Recorte e guarde estas receitas para suas ceias de final de ano

esponjoso e esbranquiçado.Aos poucos, adicione o ovobatido, mas sem parar de bateraté ficar homogêneo. Acrescenteas raspas da laranja e limão, asespeciarias e a frutas cristalizadase bata mais um minuto. Aospoucos, adicione a farinhamexendo delicadamente até ficaruma massa grumosa. Faça umabola com a massa e embrulhe-aem filme plástico. Leve àgeladeira por 30 minutos.Em seguida, ligue o forno àtemperatura média. Abra a massaem uma superfície lisa entre doispedaços de papel manteiga emuma espessura de 3 cm. Com umcortador com motivos natalinos,corte a massa e distribua em trêsassadeiras untadas commargarina. Leve ao forno por 15minutos ou até começar a dourar.Retire do forno e depois de umminuto retire os biscoitos comuma espátula. Ainda quente, fure-os com um palito para depois defrio você passar um fio e pendurá-los na árvore de Natal.

Farofa tropical para a ceiaIngredientes:

1 manga madura e firme picada em cubos½ abacaxi maduro cortado em cubos médios1 maracujá1 cebola picadinha2 xícaras (chá) de farinha de mandioca torrada2 colheres (sopa) de salsinha picadinha2 colheres (sopa) de margarina

Modo de fazer:

Em uma frigideira coloque amargarina e deixe aquecer.Coloque a cebola picadinha erefogue. Acrescente as frutas eenvolva-as na cebola. Deixecozinhar por uns cinco minutos.Acrescente a farinha de mandiocajá torrada só para aquecer emisturar com as frutas.Experimente o sal. Por último,acrescente a salsinha.

Ganhei da querida amiga Ana Ma-ria um presente de aniversário mui-to interessante: uma bacia própriapara fazer escalda-pés e sais comefeito relaxante. Prática das maisusadas pelas nossas avós, hoje estávoltando com força total, por seraltamente relaxante após um diaestafante de trabalho. Você já ex-perimentou fazer?

Dizem que o escalda-pés já erausado 4000 a.C. para aliviar os pésdepois de longas caminhadas. Euganhei os sais, mas você pode jun-tar na água quente (38º) o seguinte:* Arnica – diminui a dor* Calêndula e manjericão – antissép-tico e antibactericida, combate frieiras.

* Guiné – para dores nas articulações.* Arruda – ativa a circulação.* Sal grosso – diminui edemas.* Cravo/canela/alecrim – estimulante.* lavanda/cidreira/camomila –relaxante, estimula o sono.

Amei o presente e disse para a AnaMaria como é bom quando vocêtem amigos que conhecem bem oseu perfil. Assim não tem comoerrar ao presentear.

Escalda-pésReprodução

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JORNALZEN 19

BEM NUTRIR

NOVEMBRO/2012

Água para todosLaerte Scanavaca Júnior

A água é o bem mais precioso da Terra, ela não há vida, por isso

é preciso cuidar melhor dela. O Bra-sil é privilegiado neste recurso. É opaís com a maior disponibilidade mun-dial de água, mas não é por isso quepodemos desperdiçá-la tanto comotemos feitos há séculos. É necessá-rio manter ou aumentar sua produ-ção e racionalizar sua utilização.

A maior floresta do mundo é aAmazônica com 7 milhões de quilô-metros quadrados, dos quais 3,8milhões estão no Brasil. A maiorbacia hidrográfica do mundo tam-bém é a amazônica com 2.220 mm/ano de precipitação, em média. ABacia do São Francisco, no semiári-do brasileiro, apresenta uma preci-pitação média de 916 mm/ano. Issonão é coincidência, a floresta pro-duz e conserva água.

A Amazônia representa 60% dasuperfície do Brasil e produz 72%de sua água. Mais do que isso, a flo-resta purifica ou limpa e depura (eli-mina os micro-organismos que cau-sam doenças em humanos e outrosanimais) a água. Essa relação flores-ta-água é especialmente importante

na Amazônia porque a região é umabacia sedimentar terciária, portantoé uma planície (em planícies não épossível fazer hidroelétricas por quepara geração de energia, além deágua em grande volume, também énecessário haver um acentuado des-nível). Esta planície é extremamentepobre porque é formada por soloslixiviados da Cordilheira dos Andes,são areias quartzosas ou latossolosamarelos distróficos.

A riqueza da floresta amazônicavem da camada de matéria orgânicaacumulada em milhões anos. A águada chuva contém todos os macro emicronutrientes necessários para odesenvolvimento das plantas. As flo-restas, por possuírem um sistemaradicular profundo e um ciclo de vi-da longo, conseguem captar estesnutrientes disponíveis na chuva evão enriquecendo o solo com o pas-sar dos anos. Portanto, os milharesde anos possibilitaram a criação da-quela floresta exuberante.

Se você cortar a floresta, seja paraplantar soja ou criar gado, você que-bra esse ciclo. O solo é extremamentepobre. As cinzas da floresta queimadacontêm nutrientes que conseguemsustentar a soja, ou pastagem ou ou-

tra cultura qualquer por três a cincoanos, no máximo. Depois disso, o solovolta ao seu estado original e não con-segue sustentar nenhuma cultura. Es-queça preço e logística, nem com todoadubo existente no mundo conseguerecuperar os solos da Amazônia. Por-tanto se a floresta for cortada, aquelaárea se transformará num deserto, co-mo são o deserto do Saara (África) eoutros nas regiões tropicais do mundo.

A floresta amazônica funciona co-mo uma bomba de sucção, sugandoágua do Oceano Atlântico. Utiliza50% da água que chega do Oceano.Os outros 50% vão até as Cordilheirasdos Andes e em função dos ventosdescem. Deste modo, 50% das preci-pitações das regiões centro-oeste, su-deste e sul do Brasil, chegando até aBacia do Prata, na Argentina, são abas-tecidos pela floresta amazônica. Ouseja, em nossa região, cuja precipita-ção é de aproximadamente 1.500 mm/ano, sem a floresta amazônica nossaágua cai pela metade também. O queserá possível produzir com 750 mm/ano de água? Mandacaru, palma, jua-zeiro e outras espécies do semiárido.Desta forma, a região sudeste, quehoje é celeiro do Brasil, precisará im-portar alimentos de outras regiões.

Então, o primeiro problema nos-so, que é produzir água, é relativa-mente fácil de conseguir. É só pre-servar a floresta amazônica. O se-

gundo, que é utilizá-la racionalmen-te, é um pouco mais difícil, mas nãoimpossível, e mais, é importante, énecessário, e todos estamos convo-cados a participar desta campanha.

Os setores florestal e agrícola têmde fazer uso mais racional da água,irrigando as plantas no início ou finaldo dia para diminuir o consumo e pa-ra que a absorção pela planta sejamais efetiva. Também devem utilizartecnologias mais limpas, que consu-mam menos e reutilizem a água e ain-da a purifiquem antes de devolvê-la.

Os governos devem procurar fa-zer saneamento básico em todo oterritório nacional, além de captaçãoe tratamento de esgoto. Recomporas APPs, que barateiam os custosdos tratamentos e ajudam a evitarenchentes nas grandes cidades.

O cidadão comum deve economi-zar água em tudo que for possível,fechando a torneira enquanto escovaos dentes ou se barbeia, tomar ba-nhos mais curtos, cozinhar em pane-las de pressão ou fechadas, não var-rer calçadas ou quintais com água,lavar o carro com água armazenadaem baldes ou outros recipientes enão com mangueiras.

Todos temos que fazer nossaparte. A natureza agradece.

Laerte Scanavaca Júnior é pesquisador

da Embrapa Meio Ambiente

PEIXES OLEOSOS: ALIMENTOS PODEROSOS PARA UMA DIETA EQUILIBRADACozido, grelhado, assado, frito, cru ou à mila-nesa, os peixes são ricos em proteínas e indis-pensáveis para uma dieta saudável. Ao contrá-rio do que se imagina, os peixes oleosos tam-bém são alimentos poderosos e trazem inú-meros benefícios à saúde. Por isso, devemestar presentes à mesa.

Conhecidos pelo sabor peculiar, os peixesoleosos como salmão, atum, sardinha, aren-que e cavalinha são importantes fonte de ôme-ga 3, com exceção do atum enlatado, que tempouca quantidade dessa substância. Além de

um excelente anti-inflamatório natural, o ômega 3evita doenças do coração, coágulos no corpo eatua nas doenças ósseas.

Estes peixes possuem diversas proprieda-des terapêuticas como redução da pressão ar-terial, do nível de colesterol total e do LDL (co-lesterol ruim) e diminuição dos coágulos dosangue. Eles ainda atuam em doenças inflama-tórias como dermatite, artrite reumatoide, pso-ríase e inflamações no intestino grosso (colites)e protegem o organismo de câncer, aumentandoa resistência do corpo.

Ao ingerir ômega 3 é necessário aliar às re-ceitas alimentos fontes de vitamina E para prote-ger as propriedades atuantes do ômega 3 de se-rem oxidadas. Sementes como nozes, amêndoase avelã são fontes da vitamina E. Já os óleos de gi-rassol e linhaça são responsáveis pela vitamina D.

Os peixes defumados, em geral, tambémsão excelente fonte de ômega 3. Na preparaçãode peixes defumados é adequado associar ali-mentos que contenham vitamina C, pois tambémevitam a oxidação e produção de substânciastóxicas que são subprodutos dessa degradação.

O ideal são duas refeições de peixes nasemana, em torno de 250 gramas para mu-lheres e 400 gramas para homens. Vale lem-brar que a ingestão de mais de 700 gramaspor semana não produz benefícios adicionaisà saúde. De acordo com estudos realizadosno Instituto do Coração e Pulmão dos EUA, oconsumo de 50 gramas de peixe defumadoou 100 gramas de salmão por dia evitam ata-ques cardíacos. (por Sylvana Braga,nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialistaem prática ortomolecular)

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JORNALZEN20 NOVEMBRO/2012