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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL Josyenne Assis Rodrigues Morbidade hospitalar para pneumonia e influenza (gripe), Campo Grande MS, 2008 a 2016 CAMPO GRANDE/MS 2017

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Josyenne Assis Rodrigues

Morbidade hospitalar para pneumonia e influenza (gripe), Campo Grande – MS, 2008 a

2016

CAMPO GRANDE/MS

2017

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Josyenne Assis Rodrigues

Morbidade hospitalar para pneumonia e influenza (gripe), Campo Grande – MS, 2008 a

2016

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal de

Mato Grosso do Sul como requisito

parcial para obtenção do título de

Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª Drª. Alexandra Maria

Almeida Carvalho.

CAMPO GRANDE/MS

2017

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RODRIGUES, J. R. Morbidade hospitalar para pneumonia e influenza (gripe), Campo

Grande – MS, 2008 a 2016. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em: Campo Grande, MS, ____ de __________________ de 2016.

Resultado: ___________________________

BANCA EXAMINADORA

Orientadora ___________________________________________________________

Profª Drª. Alexandra Maria Almeida Carvalho (Orientadora/ UFMS)

1ª Examinadora _________________________________________________________

Profª Drª Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira (UFMS)

2ª Examinadora _________________________________________________________

Profª M.ª Iluska Lopes Schultz (UFMS)

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar fôlego de vida para trilhar o caminho da vida,

com muita esperança e um futuro brilhante. Sem Ele nada disso seria possível.

Aos meus pais, Clementina Assis e Joel Rodrigues, porque me ensinaram valores que me

fez ser o que sou hoje, me educaram, mostraram o caminho, passamos muitas dificuldades até

chegar aqui, mas o mais importante é que conseguimos juntos alcançar mais uma vitória.

Meus irmãos Reny Assis Lobo e Maillon Assis Haiduk e meu esposo Rafael de Araújo

Ferreira. Que estiveram ao meu lado em todos os momentos, e foi um elo muito importante

nessa fase, que exigiu dias de descansos trocados por horas de estudo.

A minha orientadora Profª Drª. Alexandra Maria Almeida Carvalho que me aceitou de

braços abertos, me ensinou, instruiu e me direcionou para o caminho de sucesso. Foram dias

de muita aprendizagem que levarei para toda a vida, minhas singelas palavras são pequenas

para demonstrar o quão grande é minha gratidão.

Aos meus amigos sinceros, que estiveram comigo, apoiando, dando dicas e estendendo a

mão quando mais precisei.

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Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes

coisas do homem foram conquistadas do que

parecia impossível.

Charles Chaplin

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Resumo

Objetivo: Analisar a morbidade hospitalar para influenza (gripe) e pneumonia, Campo

Grande – MS, 2008 a 2016. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo,

retrospectivo, de internações por influenza [gripe] e pneumonia, Campo Grande – MS, janeiro

de 2008 a outubro de 2016. Resultados: ocorreram 26.648 hospitalizações cujo código de

procedimento inicial foi para tratamento de pneumonias ou influenza (gripe). Das AIHs,

23.553 (88.4%) finalizaram a internação com o mesmo código, a maioria (23.179, 98,3%)

tiveram diagnóstico no Capítulo X – doenças do aparelho respiratório. Destas, 9,3%

utilizaram Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12,9% foram a óbito. O tempo de internação

médio foi de nove dias. Predominou o gênero masculino com 55,5%. A frequência por faixa

etária foi maior em crianças de 1 a 4 anos e em idosos maiores de 80 anos. O diagnóstico mais

frequente foi pneumonia não especificada – J18.9 (49,9%), seguido de pneumonia bacteriana

não especificada – J15.9 (21,9%). Referente à influenza, 2,0% foram diagnósticos com CID

J10.0 (Influenza com pneumonia devida a outro vírus da influenza [gripe] identificado) ou

J11.0 (Influenza [gripe] com pneumonia, devida a vírus não identificado). Durante os meses

mais frios (maio-outubro) o número de internações por pneumonia e gripe é maior. O mês que

teve maior número de internações foi agosto de 2013. Influenza apresentou pico em 2009, ano

que ocorreu a pandemia para H1N1. Conclusão: A sazonalidade da morbidade e mortalidade

da pneumonia e influenza (gripe) em Campo Grande/MS, grupos mais frequentes,

diagnósticos principais, obtidos neste trabalho, poderão contribuir para a organização dos

serviços de saúde prestados.

Palavras-Chave: Hospitalização; Morbidade; Influenza Humana; Pneumonia.

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Abstract

Objective: To analyze hospital morbidity for influenza and pneumonia, Campo Grande - MS,

2008 to 2016. Methods: This was an observational, descriptive, retrospective study of

hospitalizations due to influenza [flu] and pneumonia, Campo Grande - MS, January 2008 to

October 2016. Results: There were 26,648 hospitalizations whose code of initial procedure

was for treatment of pneumonia or influenza (flu). The AIHs, 23,553 (88.4%) completed the

hospital with the same code, the majority (23,179, 98.3%) were diagnosed in Chapter X -

diseases of the respiratory system. Of these, 9.3% were Intensive Care Unit (ICU) and 12.9%

were died. The duration of hospitalization was nine days. The male gender with 55.5%. The

frequency by age was greater in children aged 1 to 4 years and in the elderly over 80 years.

The diagnosis most frequent was pneumonia not specified - J18.9 (49.9%), followed by

bacterial pneumonia not specified - J15.9 (21.9%). Related to influenza, 2.0% were diagnosis

with CID J10.0 (Influenza with pneumonia due to other influenza viruses [flu] identified) or

J11.0 (Influenza [flu] with pneumonia, due to unidentified viruses). During the colder months

(May to October) the number of hospitalizations for pneumonia and influenza is greatest. The

month that had the largest number of hospitalizations was August of 2013. Influenza has

peaked in 2009, the year that occurred the pandemic for H1N1. Conclusions: The seasonality

of the morbidity and mortality of pneumonia and influenza (flu) in Campo Grande/MS,

frequent groups, main diagnoses, may contribute to the organization of the health services.

Keywords: Hospitalization. Morbidity. Human Influenza. Pneumonia.

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Resumen

Objective: Analizar la morbilidad de la influenza (gripe) y la neumonía, Campo Grande - MS

de 2008 a 2016. Tactics: Se realizó un estudio observacional, descriptivo, retrospectivo de las

hospitalizaciones por influenza [gripe] y neumonía, Campo Grande - MS, enero de 2008 a

octubre de 2016. Resultados: no hubo 26,648 hospitalizaciones cuyo código de

procedimiento inicial fue para el tratamiento de la neumonía o influenza (gripe). De AIHs,

23.553 (88,4%) terminó en el hospital con el mismo código, la mayoría (23.179, el 98,3%)

fueron diagnosticados en el Capítulo X - las enfermedades respiratorias. De ellos, el 9,3%

utiliza la Unidad de Cuidados Intensivos (UCI) y el 12,9% murió. La estancia media

hospitalaria fue de nueve días. Masculina predominante con 55,5%. La frecuencia por grupos

de edad fue mayor en los niños de 1 a 4 años de edad y mayores de 80 años. El diagnóstico

más frecuente fue la neumonía no especificada - J18.9 (49,9%), seguida de la neumonía

bacteriana sin especificar - J15.9 (21,9%). Relacionadas con la influenza, 2.0% eran

diagnósticos de la CIE con J10.0 (influenza con neumonía por otro virus de la influenza

[gripe] identificado) o J11.0 (Influenza [gripe] con neumonía, debido a los virus no

identificado). Durante los meses más fríos (mayo a octubre), el número de hospitalizaciones

por neumonía e influenza es más alta. El mes tenía más hospitalizaciones fue de agosto de

2013. Influenza presentó pico en 2009, año en que se dio a la pandemia de gripe H1N1.

Conclusión: La estacionalidad de la morbilidad y la mortalidad por neumonía e influenza

(gripe) en Grande / MS campo, los grupos más frecuentes, los principales diagnósticos

obtenidos este trabajo puede contribuir a la organización de los servicios de salud.

Palabras clave: La hospitalización. morbosidad La influenza humana. La neumonía.

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Lista de Tabelas e Figuras

Tabela 1. Internações com procedimento inicial de internação para

tratamento de pneumonias ou influenza (gripe) segundo

procedimento realizado, Campo Grande-MS, 2008-2016

(n=26.648)

15

Tabela 2. Internações com procedimento realizado por pneumonia e

influenza (gripe) segundo hospital, UTI e Óbito, Campo

Grande – MS, 2008 a 2016 (n=23.553).

16

Tabela 3. Internações com procedimento realizado por pneumonia e

influenza (gripe) segundo diagnóstico principal (CID-10) no

Capítulo x - Doenças do Aparelho Respiratório, 2008-2016

(n=23.179)

17

Figura 1. Internações com procedimento realizado por pneumonia e

influenza (gripe) segundo faixa etária, 2008-2016 (n=23.553).

16

Figura 2. Comportamento sazonal mensal das internações por

procedimento realizado por influenza (gripe) e pneumonia,

2008 a 2016, Campo Grande- MS.

18

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Sumário

1. Introdução.......................................................................................................................... 10

2. Objetivos ........................................................................................................................... 12

2.1 Geral ........................................................................................................................... 12

2.2 Específicos ................................................................................................................. 12

3. Método .............................................................................................................................. 13

4. Resultados ......................................................................................................................... 14

5. Discussão ........................................................................................................................... 18

6. Conclusão .......................................................................................................................... 21

7. Referências ........................................................................................................................ 22

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1. Introdução

A influenza ou gripe é uma das principais causas de morbidade e mortalidade por estar

globalmente distribuída, devido sua alta transmissibilidade (COSTA, 2015). Essa infecção é

configurada pela sazonalidade, onde as formas de transmissão ocorrem pessoa-pessoa,

principalmente por aerossóis ou contato direto com secreções. (ZAMBON, 2014).

Garg et al. (2015) acrescentam que a etiologia da pneumonia associada a gripe pode

incluir pneumonia primária por influenza, secundária sendo ela bacteriana ou pneumonia viral

e bacteriana concomitante. Com importante agravo devido às complicações pulmonares

relacionados à gripe e exacerbação das doenças pulmonares crônicas, sendo que os pacientes

internados pela causa gripe, na sua maioria tiveram ou desenvolverão pneumonia no decorrer

da internação.

As epidemias por influenza (gripe) têm evidenciado um aumento de internações

hospitalares, principalmente por broncopneumonias, associadas a infecções secundárias por

bactérias, elevando o índice de mortalidade devido os agravos (CATARINI; MERCHAN-

HAMANN, 2015).

Devido à dificuldade em distinguir a pneumonia viral da bacteriana decorrente da infecção

pelo vírus influenza, tem-se utilizado dados administrativos de morbidade e mortalidade

combinando códigos de pneumonia e influenza para tentar mensurar seu impacto nos serviços

de saúde (DAUFENBACH et al., 2009).

É difícil quantificar com exatidão os óbitos causados pelo vírus influenza, pois a doença

nem sempre é registrada como causa primária ou contribuinte, devido à ausência de

diagnóstico laboratorial. Há ainda, o sub-registro do número de casos que altera o coeficiente

de mortalidade e letalidade por influenza (CATARINI; MERCHAN-HAMANN, 2015).

As internações realizadas no Brasil são registradas através das Autorizações de Internação

Hospitalar (AIHs) disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (SIH-SUS), e representam cerca

de 80% do total de internações. O Sistema de Informações Hospitalares do SUS vem sendo

considerado confiável e é ferramenta útil para o monitoramento dos serviços, e importante

fonte de dados de morbidade, sendo um registro sistemático e abrangente (FRANCISCO;

DONALISIO; LATTORRE, 2004).

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Através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) é possível obter informações dos

atendimentos realizados no âmbito hospitalar e executar o processamento da produção

referente às internações hospitalares. É considerado um banco de dados administrativo de

saúde que efetua o pagamento de procedimentos aos hospitais conveniados ao Sistema Único

de Saúde (SUS) (SANTOS; ARAUJO, 2013).

O indicador de morbidade hospitalar tem objetivo de subsidiar processos de planejamento,

gestão e avaliação de políticas públicas voltadas para a assistência médico-hospitalar, como

também contribuir na realização de análises comparativas da concentração de recursos

médico-hospitalares (OLIVEIRA et al. 2010).

No SIH os dados são sintetizados com base na Autorização de Internação Hospitalar

(AIH), documento preenchido no momento da internação, o qual contém os dados de

identificação do paciente, dos diagnósticos – principal e secundário – e descrição dos

procedimentos realizados durante a internação (PREZOTTO; CHAVES; MATHIAS, 2015).

Para alcançar o objetivo da pesquisa, analisar a morbidade hospitalar para influenza e

pneumonia, Campo Grande – MS, 2008 a 2016, foram feitas as seguintes perguntas: Pacientes

internados sob código de procedimento da AIH para pneumonia e influenza (gripe) tiveram no

desfecho o mesmo procedimento? Como são caracterizadas as internações que tiveram o

mesmo procedimento no desfecho? Como foi o comportamento sazonal das internações com

diagnóstico principal no Capítulo X – doenças respiratórias, e especificamente, da influenza.

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2. Objetivos

2.1 Geral

Analisar a morbidade hospitalar para influenza (gripe) e pneumonia, Campo Grande –

MS, 2008 a 2016.

2.2 Específicos

Comparar o procedimento inicial de internação por pneumonia e influenza (gripe) com

o procedimento do desfecho.

Descrever o desfecho das internações por pneumonia e influenza (gripe);

Caracterizar o perfil epidemiológico das internações cujo desfecho o procedimento

para pneumonia e influenza (gripe);

Verificar o comportamento sazonal das internações cujo procedimento de desfecho na

AIH foi por pneumonia e influenza (gripe).

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3. Método

Trata-se de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de internações por

influenza [gripe] e pneumonia, Campo Grande – MS, janeiro de 2008 a outubro de 2016.

Dados foram extraídos da AIH Reduzida por meio de arquivos dissemináveis para

tabulação do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS, no site do Ministério da

Saúde – DATASUS (http://www2.datasus.gov.br/DATASUS. BRASIL, 2016). Os arquivos

são disponibilizados por unidade da federação, mês/ano. No programa TABWIN, os arquivos

obtidos (formato DBC) foram convertidos para arquivos separados por vírgula (CSV), e

posteriormente organizados em planilhas no Microsoft Excel 2010.

Foram incluídas as AIHs cujo procedimento solicitado para internação foi influenza

[gripe] e pneumonia (código 303140151), município de Campo Grande (código 500270),

janeiro 2008 a outubro 2016. Foram analisadas variáveis referentes à internação: internações

segundo procedimento realizado e final (código de procedimento do SIH), diagnóstico

principal (baseado no CID-10), tempo de internação (data de entrada e de saída), mês/ano de

competência, instituição hospitalar de internação, desfecho (alta ou óbito).

Para análise foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS,

versão 20.0.

Este estudo analisou dados secundários dos registros de internações em hospitais

conveniados ao SUS, não havendo contato direto com o paciente e não fazendo identificação

ou utilização dos dados individuais. Foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa da

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no mês de dezembro 2016, CAAE:

62169416.8.0000.0021.

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4. Resultados

Em Campo Grande - MS, de janeiro/2008 a novembro/2016, ocorreram 26.648

hospitalizações cujo código de procedimento inicial foi para tratamento de pneumonias ou

influenza (gripe), com média mensal de 248 internações.

Das AIHs, 88,4% finalizaram a internação com o mesmo código, tratamento de

pneumonias ou influenza (gripe). A Tabela 1 detalha o desfecho da internação, conforme o

procedimento realizado.

Tabela 1. Internações com procedimento inicial tratamento de pneumonias ou

influenza (gripe) segundo procedimento realizado na AIH, Campo Grande-

MS, 2008-2016 (n=26.648).

Procedimento realizado (AIH) Nº. %

Tratamento de pneumonias ou influenza (gripe) 23.553 88,4

Toracostomia com drenagem pleural fechada 766 2,9

Tratamento de outras doenças bacterianas 708 2,7

Diagnostico e/ou atendimento de urgência em clinica medica 221 0,8

Diagnostico e/ou atendimento de urgência em clínica pediátrica 137 0,5

Tratamento de insuficiência cardíaca 98 0,4

Tratamento das doenças crônicas das vias aéreas inferiores 97 0,4

Outros procedimentos com cirurgias sequenciais 65 0,2

Tratamento de distúrbios metabólicos 62 0,2

Descorticação pulmonar 54 0,2

Traqueostomia 51 0,2

Outros procedimentos* 430 1,6

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

Nota: * procedimentos com frequência menor que 50.

A maioria das internações com procedimento final pneumonia e influenza (gripe) tiveram

diagnóstico, conforme CID-10, no Capítulo X - doenças do aparelho respiratório (n=23.179,

98,3%), e o restante distribuídos no Capítulo XVI - Algumas afecções originadas no período

perinatal (n=226), Capítulo I - Algumas doenças infecciosas e parasitárias (147) e uma

internação no Capítulo XII - Doenças da pele e do tecido subcutâneo.

As 23.179 internações com diagnóstico principal no Capítulo X foram caracterizadas

segundo hospital, necessidade de UTI e óbito hospitalar (Tabela 2). O hospital com maior

frequência de hospitalização foi a Santa Casa com 45,9%, 9,3% utilizaram Unidade de

Terapia Intensiva (UTI) e 12,9% foram a óbito. A quantidade média de diárias foi de nove

dias.

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Tabela 2. Internações com diagnóstico no Capítulo X - doenças do aparelho

respiratório segundo hospital, UTI e óbito, Campo Grande – MS, 2008 a

2016 (n=23.179).

Variáveis N°. %

Local de internação

Hospital Santa Casa 10.635 45,9

Hospital Regional de Mato Grosso do Sul 7.988 34,4

Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian 3.982 17,2

Hospital São Julião 528 2,3

Associação de Amparo à Maternidade e a Infância AAMI e 46 0,2

Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão

UTI

Não 21.026 90,7

Sim 2.153 9,3

Óbito

Não 20.188 87,1

Sim 2.991 12,9

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

Nestas internações, a idade média foi de 34,37 ± 33,86 anos e predominou o gênero

masculino (55,5%). A frequência por faixa etária foi maior em crianças de 1 a 4 anos (32,5%)

e em idosos com mais de 80 anos (15,5%), como observado na Figura 1.

Figura 1. Internações com diagnóstico principal no capítulo X segundo faixa etária,

2008-2016 (n=23.179).

Dentre as internações com CID no Capítulo X (Tabela 3), Pneumonia não especificada

(J18.9) apontou maior frequência (49,9%), seguido da pneumonia bacteriana não especificada

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

< 1

1 a 4

5 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

>= 80

Número de internações

Fa

ixa

etá

ria

(a

no

s)

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(21,9%) e broncopneumonia não especificada (10,6%), especificamente. Relativo à influenza,

2,0% foram diagnósticos com CID J10.0 (Influenza com pneumonia devida a outro vírus da

influenza [gripe] identificado) ou J11.0 (Influenza [gripe] com pneumonia, devida a vírus não

identificado).

Tabela 3. Internações com procedimento realizado por pneumonia e influenza (gripe)

segundo diagnóstico principal (CID-10) no Capítulo X - doenças do

aparelho respiratório, 2008-2016 (n=23.179).

Diagnóstico (CID-10) N°. %

J18.9 - Pneumonia não especificada 11.574 50,0

J15.9 - Pneumonia bacteriana não especificada 5.074 21,9

J18.0 - Broncopneumonia não especificada 2.452 10,6

J18.8 - Outras pneumonias devidas a microorganismos não

especificados 1.433 6,2

J16.8 - Pneumonia devida a outros microorganismos

infecciosos especificados 741 3,2

J15.8 - Outras pneumonias bacterianas 705 3,0

J11.0 - Influenza [gripe] com pneumonia, devida a vírus não

identificado 325 1,4

J15.0 - Pneumonia devida à Klebsiella pneumoniae 202 0,9

J10.0 - Influenza com pneumonia devida a outro vírus da

influenza [gripe] identificado 140 0,6

J18.1 - Pneumonia lobar não especificada 107 0,5

J13 Pneumonia devida a Streptococcus pneumoniae 105 0,4

Outros diagnósticos* 321 1,4

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

Nota: * diagnósticos com frequência menor que 100.

No período do estudo ocorreram em média 219 internações por mês para procedimento

realizado por influenza (gripe) e pneumonia. A taxa média foi de 2,82 internações por 10 mil

habitantes.

Na Figura 2 a linha de tendência de dois pontos foi usada para mostrar o comportamento

sazonal das internações das doenças respiratórias (Capítulo X – CID10) de 2008 a 2016. Os

picos mostram que durante os meses mais frios (maio-outubro) o número de internações é

maior. O mês que teve maior número de internações foi agosto de 2013 (n=479). Entre os

meses de janeiro e março as internações apresentaram menores valores em todos os anos.

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Figura 2. Comportamento sazonal mensal das internações por procedimento realizado

por influenza (gripe) e pneumonia, 2008 a 2016, Campo Grande- MS

(n=23.553).

A Figura 3 representa o comportamento sazonal dos diagnósticos J 10.0 e J11.0,

específicos para influenza. O pico maior aconteceu em 2009.

Figura 3. Comportamento sazonal mensal das internações diagnóstico principal J10.0 e

J11.0, 2008 a 2016, Campo Grande- MS (n=23.179).

0

100

200

300

400

500

600

Nov

-07

Feb

-08

Jun

-08

Sep

-08

Dec

-08

Mar

-09

Jul-

09

Oct

-09

Jan-1

0

May

-10

Aug

-10

Nov

-10

Feb

-11

Jun

-11

Sep

-11

Dec

-11

Apr-

12

Jul-

12

Oct

-12

Jan-1

3

May

-13

Aug

-13

Nov

-13

Mar

-14

Jun

-14

Sep

-14

Dec

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15

Jul-

15

Oct

-15

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6

May

-16

Aug

-16

Nov

-16

Mar

-17

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10

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1

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11

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11

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13

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13

Oct

-13

Jan-1

4

Apr-

14

Jul-

14

Oct

-14

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5. Discussão

Estudos com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, através do SIH-SUS, são

fundamentais para descrever a cerca das hospitalizações como a morbidade da pneumonia e

influenza (gripe). Oliveira et al. (2010) destacam que informações geradas através de dados

secundários possuem suas limitações desde a origem até seu processamento, porém nos

últimos anos houve melhoria tanto na qualidade dos dados gerados, quanto na ampliação

geográfica de cobertura.

Neste estudo, as AIHs registradas para o procedimento solicitado tratamento de

pneumonia e influenza (gripe) tiveram, na sua maioria, no desfecho o mesmo procedimento.

Não foram encontrados trabalhos que analisassem esta variável, apesar de vários trabalhos

que utilizaram AIHs como fonte de dados. Em estudos sobre morbidade hospitalar utilizam-se

o diagnóstico baseado no CID-10. Daufenbach et al. (2009) descreveram a morbidade

hospitalar por causas relacionadas à influenza em idosos no Brasil (1992 a 2006). No estado

de São Paulo, de 1992 a 2006, foi investigada a morbidade hospitalar por doenças

respiratórias também em idosos (FRANCISCO; DONALISIO; LATTORRE, 2004).

De acordo com a lista de morbidade das doenças do aparelho respiratório, a pneumonia

não especificada (J18.9) apontou maior frequência dentre as internações analisadas. Dutra et

al. (2010) corroboram que a pneumonia constitui importante causa de internação em idosos

nas macrorregiões de Minas Gerais. Também foi demonstrada na Bahia crescente morbidade

por pneumonia em toda população (SILVA et al. 2006). No Ceará, o aumento do número de

internações por pneumonia na população idosa também foi descrito, mesmo após vacina para

influenza (FAÇANHA, 2005).

Ao verificar o desfecho das internações deste estudo, 9,3% pacientes necessitaram de

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12,9% foram a óbito. Song et al. (2015) analisaram

internações por influenza relacionando-a com pneumonia e verificou que dos 2.262 doentes,

329 foram hospitalizados, 22 (6,6%) foram internados na UTI e 13 (4,0%) pacientes

morreram. Riquelme et al (2010) destacaram que dos pacientes internados por influenza

(gripe) com complicação para pneumonia, apenas 22,0% necessitaram de UTI. Já Jain et al.

(2009) dos 272 pacientes avaliados 25,0% foram admitidos em UTI e 7,0% faleceram.

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As internações por doenças respiratórias acometeram mais frequentemente em crianças de

1 a 4 anos e em idosos.

Oliveira et al. (2010) analisaram as principais causas de hospitalização de crianças de zero

a quatro anos, e identificaram que no Brasil as doenças respiratórias foram consideradas a

primeira causa de hospitalização nessa faixa etária, predominando principalmente em crianças

de 1 a 4 anos (40,3%). Destacaram também que a região Centro-Oeste (42,7%) apresentou a

segunda maior média de internação no Brasil em 2009.

Francisco, Donalisio e Lattorre (2004) avaliaram o comportamento da morbidade

hospitalar por doenças respiratórias em idosos do Estado de São Paulo, e verificaram maiores

taxas de internação nos acima de 80 anos. Também destacam que os determinantes que

podem estar relacionados a estes eventos são diversos, como a maior susceptibilidade

imunológica, podem explicar a maior frequência de internações nessa faixa etárias. Além da

pequena resposta imunológica à vacina contra a influenza entre os mais idosos.

Ferrer, Marcon e Santana (2008) através do estudo ecológico descritivo, com população

idosa do estado do Paraná, trouxeram que o risco de internar por doenças respiratórias,

principalmente pneumonia e influenza foi 1,09 vezes (8,36%) maior entre os homens 3,2

vezes maior para aqueles de idade superior a 80 anos. Wang et al. (2015) corroboram que

homens tiveram taxa mais elevada de hospitalização por gripe, do que as mulheres.

De 2008 a 2016, em Campo Grande, a frequência de internação foi maior no sexo

masculino. Bohland et al. (2012) na analisaram a morbimortalidade por pneumonia e

influenza em Aracaju/SE, 1998 a 2010, com total de 2.229 hospitalizações, e observaram

maior frequência entre mulheres.

Nicolini et al. (2011) em seu estudo prospectivo observacional na região de Ligúria, Itália,

o tempo médio de internação de pneumonia associada a influenza, 11,6±8,2 dias. Similar ao

encontrado para Campo Grande, 9 dias.

Ao verificar a sazonalidade, as internações por pneumonia e influenza predominaram

durante os meses mais frios (maio-outubro). O mês que teve maior número de internações foi

agosto de 2013. No verão (dezembro a março) as internações foram menos frequentes.

Façanha (2010), em Fortaleza/CE, mostrou que o período de maior número de internações

ocorre entre março e abril. Chang et al. (2016), um estudo americano, apresentam que os

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picos sazonais foram principalmente nos meses de inverno. Dutra et al. (2010), através da

análise sazonal acumulada, determinaram que as internações por doenças respiratórias como a

pneumonia acontecem especialmente nos meses de maio, junho, julho e agosto.

Nesse estudo a influenza (gripe) com diagnósticos J10.0 e J11.0 obteve pico elevado nos

meses de maio a setembro de 2009. Esse resultado corrobora com Melchior et al. (2011) que

em maio desse mesmo ano, foi confirmado o primeiro caso de infecção pelo novo vírus

influenza A (H1N1) no Brasil, elevando o número de hospitalização por suspeita de infecção.

Uma limitação desse estudo, talvez pioneiro no uso do código de internação hospitalar da

AIH como variável de inclusão, e não o código de diagnóstico do CID-10, mas que não

influenciou os resultados, pois este último foi utilizado como variável de análise.

Não encontramos dados sobre outras pesquisas que trouxessem o código da AIH para

comparar, todavia foi possível analisar a frequência de hospitalizações, pois é a maneira mais

eficaz de se estimar a morbidade causada pela pneumonia e influenza, superando até a análise

das medidas de mortalidade.

Os resultados encontrados neste trabalho sugerem novas pesquisas que investiguem o

desfecho de internações que tiveram como procedimento registrado na AIH tratamento para

pneumonia e influenza (gripe).

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6. Conclusão

A partir dos indicadores de morbidade hospitalar estudados, foi possível observar o

comportamento dessas internações em um longo período de tempo.

No detalhamento desse estudo, evidenciou que nas Autorizações de Internação Hospitalar

(AIH) ferramenta que alimenta o Sistema de Informação Hospitalar, o procedimento

solicitado, registrado pelo profissional médico, na maioria das vezes não muda no decorrer da

mesma internação. Além disso, a faixa etária com maior frequência de hospitalização por

pneumonia e influenza (gripe), foi em crianças (1 a 4 anos) e idosos maiores de 80 anos,

concordando com vários estudos com o mesmo resultado.

A sazonalidade da morbidade e mortalidade da pneumonia e influenza (gripe) em Campo

Grande/MS, grupos mais frequentes, diagnósticos principais, obtidos neste trabalho, poderão

contribuir para a organização dos serviços prestados, através do uso de indicadores que serão

fundamentais para o enfrentamento destes agravos. Tais enfoques contribuirão para o

enfermeiro (a) na compreensão da população de abrangência, de maneira a gerenciar suas

ações com foco na prevenção.

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