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    Leso e morte celular

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    1 Definio de Patologia2 Leso celular

    AReaes ao estresse persistente e leso celularBLeso Reversvel

    - edema- esteatose

    CLeso Irreversvel- necrose- apoptose

    3 Gangrena

    1

    DefinioPatologia o estudo dos transtornos das molculas, clulas, tecidos e funes

    que ocorrem nos organismos vivos em resposta a agentes lesivos ou eventos carenciais.Essas respostas muitas vezes comprometem a sade, levando doena.

    Dentre os agentes causadores de doena, podemos citar: microorganismospatognicos, formas variadas de energia (radiao, calor), privao de protenas,influncia de fatores genticos.

    Alguns processos de defesa, como a inflamao, representam uma forma dedefesa do organismo para salvar a vida do indivduo. Em alguns casos, esses

    mecanismos neutralizam o agente lesivo e no ocorre a doena de forma clinicamentedetectvel. Em outros casos podem ocorrer reaes.Quando as respostas no so eficientes ocorre o aparecimento de sinais

    (alteraes visveis) e sintomas (anormalidades sistmicas). Portanto, as reaes queocorrem em resposta a um agente lesivo podem variar de despercebidas at grausvariveis e podem ser benficas ou danosas.

    2Leso celular

    Apesar do ambiente em que vivemos apresentar muitas variaes, comotemperatura, umidade atmosfrica, presso atmosfrica, o ambiente onde nossas clulasesto, o interstcio, apresenta poucas alteraes. Isso ocorre porque somos dotados demecanismos capazes de proteger e regular as atividades vitais.

    Em algumas situaes, como uma demanda por maior trabalho das fibrasmusculares, pode ocorrer adaptao celular a esse meio hostil. Estas adaptaes podemocorrer em situaes normais como a gravidez (hiperplasia dos cinos mamrios),menopausa (atrofia do endomtrio) ou situaes anormais, como ocorre na hipertensoarterial, por causa do aumento da resistncia vascular perifrica e que produz hipertrofia

    cardaca. Caso este estmulo nocivo seja mais intenso ou mais prolongado, a capacidade

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    A resposta celular depende do tipo da agresso, sua durao e sua intensidade.

    As consequncias da agresso clula dependem do tipo celular, estado e adaptabilidade daclula agredida.

    Em resposta a um estresse persistente a clula morre ou se adapta.

    As leses celulares causam alteraes bioqumicas e funcionais em um ou mais componentescelulares, levando a alterao de uma ou mais funes celulares.

    adaptativa da clula excedida e ocorre leso celular, que pode ser reversvel ouirreversvel.

    - leso celular reversvel: ocorre quando a clula agredida pelo estmulonocivo sofre alteraes funcionais e morfolgicas, porm mantm-se viva, recuperando-se quando o estmulo nocivo retirado ou cessa.

    - leso celular irreversvel: ocorre quando a clula torna-se incapaz de serecuperar depois de cessada a agresso, caminhando para a morte celular.

    As principais causas de leso celular so:1) Privao de oxignio (hipxia ou anxia) - asfixia, altitudes extremas2) Isquemia - obstruo arterial.3) Agentes fsicos - trauma mecnico, queimaduras, radiao solar.4) Agentes qumicos - lcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos.

    5) Agentes infecciosos - vrus, bactrias, fungos.6) Reaes imunolgicas - doenas auto-imunes, reao anafiltica.7) Defeitos genticos - anemia falciforme.8) Alteraes nutricionais - obesidade, m-nutrio.

    Os mecanismos de leso celular podem ser:1) Depleo do ATP

    Quando ocorre diminuio do ATP (por anxia, isquemia, envenenamento),ocorre falha nas bombas de sdio e potssio, que so localizadas na

    membrana celular, levando a entrada de Na e gua, o que causa edemaintracelular. Esse o incio da falncia celular, pois todos os mecanismosdependentes de energia so afetados, podendo ocorrer morte celular.

    2) Leso mitocondrialLeses celulares frequentemente so acompanhadas por alteraesmorfolgicas das mitocndrias. As mitocndrias so lesadas por diversosmecanismos, e essas leses podem levar a morte celular por diminuio naproduo de energia.

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    3) Influxo de clcio para o citosol e perda da homeostase do clcioA homeostase do clcio indispensvel para a manuteno das funescelulares. A falncia da bomba de clcio promove a sua entrada para a clulae seu acmulo no citoplasma. O clcio promove a ativao de diversasenzimas que promovem a inativao do ATP (ATPases), lise das membranascelulares (fosfolipases), lise das protenas estruturais e das membranas(proteases) e fragmentao da cromatina (endonucleases).

    4) Acmulo de radicais livres do oxignioComo conseqncia do metabolismo celular normalmente h formao depequena quantidade de radicais livres, que tem potencial lesivo para asclulas. Estas possuem mecanismos de defesa que evitam danos por estesradicais livres (vitamina C, catalase, superxido-dismutases, glutationperoxidase, ferritina, ceruloplasmina). Porm um desequilbrio neste sistema(aumento da formao e/ou diminuio da inativao) pode levar a leses

    celulares.5) Defeitos na permeabilidade das membranas

    A perda da permeabilidade seletiva das membranas celulares causa uma sriede transtornos clula, permitindo a entrada ou escape de substncias. Estaleso pode ser causada por falta de energia (isquemia) ou por leso direta portoxinas, vrus, substncias qumicas, fragmentos do complemento, etc. Osmecanismos bioqumicos envolvidos so: disfuno mitocondrial, perda defosfolipdios das membranas, anormalidades no citoesqueleto, radicais livres,subprodutos da fragmentao dos lipdios.

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    Na clnica atrofia conhecida como diminuio do volume e/ou da funo de um rgo. necessrio estabelecer a diferena de atrofia de um rgo e atrofia celular. A atrofia de um rgo podeocorrer por atrofia reversvel das clulas que compe esse rgo ou pela perda irreversvel dessasclulas.

    A hipertrofia de um rgo pode sercausada por aumento do tamanho das clulas(hipertrofia celular), pelo aumento do nmero declulas (hiperplasia) ou por ambos.

    AReaes ao estresse persistente e leso celular

    A resposta celular uma leso subletal pode levar a uma adaptao celular aomeio adverso em que ela est inserida. A clula pode apresentar diferentes respostasadaptativas:

    1)Atrofia: uma resposta adaptativa em que a clula diminui de volume e paralisasuas funes diferenciadas, reduzindo sua necessidade de energia ao mnimo.As causas de atrofia so:

    - reduo da demanda funcional:imobilizao de um membro, tempoprolongado em leito.- suprimento inadequado de oxignio: ainterferncia no suprimento sanguneo de

    uma determinada rea conhecida comoisquemia. Quando ocorre uma isquemiatotal, temos morte celular, entretantoquando ela parcial, ocorre a atrofia pordiminuio de oxigenao e consequentemente de produo de energia.- nutrientes insuficientes: a inanio ou a desnutrio levam a atrofia,principalmente muscular.- interrupo dos sinais trficos: alguns tecidos respondem a ao de determinadoshormnios. No caso da retirada da glndula que produz esse hormnio, podemos ter

    atrofia. Por exemplo: o cncer prosttico altamente responsivo a testosterona, ouso de antagnicos desse hormnio faz com que ele regrida.- envelhecimento: com a idade, o tamanho de todos os rgos parenquimatosostende a diminuir (atrofia senil).

    2)Hipertrofia: uma resposta aos sinais trficos ou a uma demanda funcional egera aumento do volume da clula acompanhado por maior capacidade funcional. Ahiperplasia pode ocorrer por diferentes causas:

    - Hipertrofia fisiolgica (hormonal): porexemplo, durante a adolescncia uma maiorproduo de hormnios sexuais leva hipertrofia dos rgos sexuais, o uso de

    esteroides leva hipertrofia muscular.- Maior demanda funcional: essa demanda pode ser fisiolgica ou no. O aumento do

    tamanho e da fora muscular aps o exerccio fsico repetitivo um exemplo

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    Hipertrofia e hiperplasia no so mutuamente excludentes, ao contrrio, quasesempre ocorrem concomitantemente.

    fisiolgico, entretanto o aumento do tamanho do corao devido hipertenso patolgico.

    3) Hiperplasia: um aumentono nmero de clulas de umrgo ou tecido, e suascausas podem ser:

    - Estimulao hormonal: pode serfisiolgico ou no. No caso de tumoresprodutores de hormnios podemos terrespostas hiperplsicas.- Maior demanda funcional: umexemplo a residncia em grandes

    altitudes. Uma diminuio nos nveis de oxignio da atmosfera leva hiperplasiacompensatria dos precursores de eritrcitos aumentando o nmero de eritrcitoscirculantes.- leso celular crnica: a leso crnica como inflamao crnica, e ou exposio crnicaa agentes qumicos e fsicos resulta em resposta hiperplsica. Por exemplo, um caladoapertado pode levar hiperplasia da pele do p (calos).

    4) Metaplasia: a converso de um tipo de clula diferenciada em outrotipo. bastante comum a substituio de clulas do esfago, no caso de refluxocrnico, por clulas de mucosa glandular do tipo gstrico. Essa uma adaptaoque visa proteger as clulas da leso provocada pelo cido gstrico. No por seradaptativa, que a metaplasia no lesiva. A metaplasia de clulas escamosasprotegem os brnquios da fumaa txica do tabaco, mas tambm compromete aproduo de muco e de clios, prejudicando a funo. Alm disso, a metaplasiapode favorecer as neoplasias. A metaplasia reversvel. Quando um fumante

    abandona o tabagismo o epitlio metaplsico retorna ao normal.

    5) Displasia: refere-se ao crescimento e maturao desordenados doscomponentes celulares de um tecido. Pode ocorrer variao no tamanho e na formadas clulas; aumento, irregularidade e hipercromatismo dos ncleos; arranjodesordenado nas clulas do epitlio. A displasia uma leso pr-neoplsica nosentido de que uma fase necessria na evoluo at o aparecimento das vriasfases do cncer. Em alguns rgos, chega-se a estabelecer a displasia como umadessas fases. No entanto, em oposio ao cncer, as clulas displsicas no so

    completamente autnomas e o aspecto do tecido pode se reverter para o normal.

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    A leso celular reversvel pode levar ao acmulo de gua no interior da clula (edema) ou a oacmulo de gordura no interior da clula (esteatose).

    A leso celular irreversvel leva morte celular por dois mecanismos: necrose e apoptose(morte celular programada).

    6) Depsito intracelular ouincluso celular: o acmulo desubstncias no interior da clula. Essassubstncias podem ser normais ouanormais, endgenas ou exgenas,lesivas ou incuas.

    - nutrientes: como gordura eglicognio podem ser armazenadospara uso posterior.

    - substncias no metabolizadas,como partculas exgenas (slica ecarbono inalados, pigmentos detatuagem, acmulo de partculas de

    carvo inalas no pulmo - antracose) e pigmentos endgenos insolveis (lipofuscinae melanina).

    - Sobrecarga de componentes corporais normais, como ferro, cobre, colesterol.- Protenas anormais que podem ser txicas quando retidas na clula (por

    exemplo, corpsculo de Lewy na doena de Parkinson).

    BLeso celular reversvel

    A leso reversvel ocorre quando a clula agredida pelo estmulo nocivo sofrealteraes funcionais e morfolgicas, porm mantm-se viva, recuperando-se quando o

    estmulo nocivo retirado ou cessa.

    Como consequncia das leses celulares reversveis temos:1) Edema celular que ocorre quando a clula incapaz de manter o seu

    equilbrio inico, ocorrendo entrada e acmulo de sdio e gua na clula. Aomicroscpio tico nota-se aumento do tamanho da clula, que geralmentetorna-se arredondada e com citoplasma plido, s vezes percebendo-sepequenos vacolos. O ncleo mantm-se na sua posio normal. Ocorreprincipalmente nas clulas tubulares renais e nas clulas miocrdicas.Macroscopicamente o rgo acha-se com peso e volume aumentados, plido

    e trgido.

    2) Esteatose ocorre por hipxia, agresso por toxinas ou alteraesmetablicas. Neste caso formam-se vacolos pequenos ou grandes degordura no citoplasma, que podem deslocar o ncleo para a periferia daclula. Ocorre principalmente nos hepatcitos e clulas miocrdicas.Macroscopicamente o rgo acha-se com peso e volume aumentados, mole,amarelado.

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    BLeso celular irreversvel

    A leso celular irreversvel ocorre quando a clula torna-se incapaz de serecuperar depois de retirado o estmulo agressivo, caminhando para a morte celular.As leses celulares irreversveis levam a clula a dois possveis mecanismos: necrose

    ou apoptose.

    1) Necrose so as alteraes que ocorrem aps a morte celular em umorganismo vivo. sempre patolgica e habitualmente provoca inflamao no localafetado. Estas alteraes podem ser inicialmente vistas ao microscpio eletrnico,posteriormente ao microscpio tico e finalmente a olho nu.

    As membranas das clulas necrticas perdem a sua integridade, ocorrendoextravasamento de substncias contidas nas clulas. Isto tem importncia clnica, poisalgumas delas so especialmente abundantes em determinados tipos celulares. Estas

    substncias entram na corrente circulatria, podendo ser detectadas e interpretadascomo evidncia de morte celular. Nos casos de infarto agudo do miocrdio, porexemplo, Troponinas (Tn-I e Tn-T) e creatina quinase (CK-MB) acham-se presentes ouelevadas no sangue perifrico, onde podem ser dosadas, constituindo assim importantemtodo diagnstico.

    A necrose causa inflamao nos tecidos adjacentes para a eliminao dos tecidosmortos e posterior reparo. Durante este processo inflamatrio acumulam-se leuccitosna periferia do tecido lesado, que liberam enzimas teis na digesto das clulasnecrticas. O aspecto morfolgico da necrose resulta da digesto das clulas necrticas

    por suas prprias enzimas (autlise) ou de enzimas derivadas dos leuccitos (heterlise).As alteraes citoplasmticas consistem em aumento da acidofilia,citoplasmlise, retrao e vacuolizao. As alteraes nucleares consistem emcariopicnose (retrao do ncleo e aumento da basofilia nucleares), fragmentao doncleo e carilise (lise da cromatina). A clula perde o contorno, a colorao diferenciale ocorre descamao patolgica.

    - Classificao das necroses quanto ao aspecto:De acordo com a causa da necrose e com o tecido lesado o seu aspecto podevariar.

    a) Necrose por coagulao (= isqumica): causada por isquemia do local

    (venenos de ao local, queimadura). frequentemente observada nos infartos

    isqumicos, como infarto do miocrdio. H perda da nitidez dos elementos nucleares e

    manuteno do contorno celular devido permanncia de protenas coaguladas no

    citoplasma, sem haver rompimento da membrana celular. Ocorre desnaturao das

    protenas e das enzimas, no ocorrendo autlise. Apresenta colorao branca ou cinza e

    aspecto firme.

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    b)Necrose por liquefao: o tecido necrtico fica limitado a uma regio, geralmente

    cavitria, havendo a presena de grande quantidade de neutrfilos e outras clulas

    inflamatrias (os quais originam o pus). comum em infeces bacterianas. Pode ser

    observada nos abscessos e no sistema nervoso central, bem como em algumas

    neoplasias malignas.

    c) Necrose caseosa: tecido esbranquiado, granuloso, amolecido, com aspecto de

    "queijo frivel". Microscopicamente, o tecido exibe uma massa amorfa composta

    predominantemente por protenas e lipdios. comum de ser observada na tuberculose,

    em neoplasias malignas e em alguns tipos de infarto. Na sfilis, por ter consistncia

    borrachide, denominada de necrose gomosa.

    d) Necrose fibrinide: o tecido necrtico adquire uma aspecto hialino, acidoflico,

    semelhante fibrina. Pode aparecer na ateroesclerose, na lcera pptica etc.

    e) Necrose gangrenosa: provocada por isquemia ou por ao de microrganismo. Pode

    ser mida ou seca, dependendo da quantidade de gua presente. A mida

    frequentemente envolve a participao de bactrias anaerbias, as quais promovem uma

    acentuada destruio protica e putrefao. Comum em membros inferiores e em rgos

    internos que entraram em contato com o exterior, como pulmes e intestino.

    f) Necrose enzimtica: ocorre quando h liberao de enzimas nos tecidos; a forma

    mais observada a do tipo gordurosa, principalmente no pncreas, quando pode ocorrer

    liberao de lipases, as quais desintegram a gordura neutra dos adipcitos desse rgo.

    g)Necrose hemorrgica: quando h presena de hemorragia no tecido necrosado; essa

    hemorragia s vezes pode complicar a eliminao do tecido necrtico pelo organismo.

    O tecido necrtico pode evoluir para calcificao distrfica, cicatrizao ou mesmo

    regenerao.

    2) Apoptose tambm chamada de morte celular programada em virtude do seumecanismo envolver a degradao do DNA e das protenas celulares segundo umprograma celular especfico. Nesta forma de morte celular no h vazamento deprotenas atravs da membrana celular, ocorrendo fagocitose da clula apopttica seminflamao local. A apoptose pode ser fisiolgica ou patolgica.

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    A leso celular resultado de qualquer alterao bioqumica ou estrutural que comprometa acapacidade funcional normal de uma clula. Ela tem graus variveis, e pode ser reversvel ou

    irreversvel. Agresses mais intensas ou prolongadas podem levar a alteraes celularesreversveis como a esteatose. Estas alteraes so chamadas reversveis, pois caso o estmuloagressor seja retirado ou cesse, as clulas retornam ao seu estado normal, funcionalmente e

    morfologicamente.Caso o estmulo agressor seja mais prolongado ou mais intenso, ocorre leso celular

    irreversvel, culminando com a morte da clula.

    Exemplos de apoptose fisiolgica so a destruio programada de clulasdurante a embriognese e a involuo mamria aps a lactao. A apoptose patolgicaocorre em condies tais como hepatite por vrus (hepatcitos apoptticos), atrofiaacinar aps a obstruo de ductos glandulares e destruio de clulas lesadas porradiao.

    Morfologicamente as clulas apoptticas diminuem de tamanho, exibemcromatina condensada formando agregados prximo membrana nuclear. A seguir hformao de corpos apoptticos (fragmentos celulares), percebendo-se finalmente afagocitose das clulas ou de seus fragmentos por macrfagos.

    Mudanas na membrana plasmtica das clulas apoptticas que passam aexpressar determinadas substncias qumicas (fosfatidilserina), as tornam precocementealvo de fagocitose pelos macrfagos, sem a liberao de substncias que produziriaminflamao local e, portanto maior leso tecidual.

    3GangrenaForma de evoluo de necrose resultante da ao de agentes externos sobre o

    tecido necrosado. As formas de gangrena variam suas caractersticas conforme a

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    velocidade de instalao do processo, as causas e o aspecto morfolgico final do quadro(grau de hidratao dos tecidos necrticos).

    a) Gangrena seca resulta da desidratao da regio atingida quando emcontato com o ar,tambm chamadade mumificao(aspecto depergaminho). Temcor escura, azuladaou negra, podeaparecer nas pontasdos dedos, ponta donariz e artelhos emdecorrncia de leses vasculares (diabetes).

    b) Gangrena mida- decorre da invaso de microorganismos anaerbicosprodutores de enzimas que liquefazem o tecido e liberam gases, favorecendoassim a formao de bolhas no tecido. Ocorre em necrose de tubo digestivo,pulmo e pele (regies midas). A absoro dos produtos da gangrena podelevar a choque sptico.

    c) Gangrena gasosa - secundria a contaminao do Clostridium que produz

    enzimas proteolticas e lipolticas e gases em grande quantidade,favorecendo a formao de bolhas gasosas. Foi muito comum na segundaguerra.