LEVANTAMENTO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA BASEADA … · O motivo da passagem relativamente...
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GILCIANO SOARES DE OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA BASEADA NA
ANALISE COGNITIVA EM FISICA NO ENSINO MEDIO
PROFESSOR DR. JUDES GONÇALVES DOS SANTOS
Ji-Paraná - RO, julho de 2010.
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
GILCIANO SOARES DE OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA BASEADA NA
ANALISE COGNITIVA EM FISICA NO ENSINO MEDIO
Ji-Paraná-RO, julho de 2010.
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado na
Universidade Federal de
Rondônia, como parte dos
requisitos para obtenção do
título de graduação em
Licenciatura Plena em Física,
sob a orientação do Prof. Dr.
Judes Gonçalves dos Santos.
...............................................
LEVANTAMENTO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA BASEADA NA
ANALISE COGNITIVA EM FISICA NO ENSINO MEDIO
GILCIANO SOARES DE OLIVEIRA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
graduação em Licenciatura Plena em Física, sendo aprovado em sua forma final em 10
de setembro de 2010.
Banca Examinadora:
__________________________________________________
Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos
Orientador - UNIR
__________________________________________________
Profª. Drª. Luciene Batista da Silveira Membro - UNIR
__________________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Ferreira da Silva
Membro - UNIR
Ji-Paraná-RO, julho de 2010.
IV
DEDICATÓRIA
Dedico essa prova de realização de mais um dos meus sonhos, em forma de
gratidão:
Ao Deus Trino, minha melhor companhia, por nunca ter desistido de mim.
Aos meus pais Silvio S. de Oliveira e Alaíde P. de Oliveira, por terem se dedicado
o possível para que eu pudesse subir mais um dos degraus da escada de meus objetivos.
Aos meus irmãos, pelas diferentes formas de ajuda que recebi de cada um.
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Professor Doutor Judes Gonçalves dos Santos por ter me suportado
durante o tempo de orientação neste trabalho. Por ter me animado com suas palavras de
esforço. Obrigado professor por ter se dedicado ao máximo para o crescimento intelectual
daqueles que foram seus orientados.
Agradeço à Professora Doutora Luciene Batista da Silveira, por ter me ajudado
quando precisei e pelo seu profissionalismo habilidoso na área de ensino e pesquisa da
Física.
Agradeço aos professores da graduação pelo profissionalismo e por se dedicarem
um pouco a meu favor.
Agradeço aos companheiros do grupo de estudo, Bruno Gaede de Almeida, Everton
da Silva Ribeiro, Massao Kurashima, pelas colaborações e, em especial ao meu grande
amigo Gilmar Vieira Gomes, pelos casos engraçados e pelas discussões dos conteúdos
estudados no decorrer do curso.
Agradeço aos meus colegas do PET: Ana Shaura Oliveira Pinheiro, Cléver Reis
Stein, Ernani Marco Rodrigues dos Reis, Fernanda Antunes Fabian, Gisele Pedra da Silva,
Juliana Bessa de Almeida e Marluce Pereira Oliveira pelo companheirismo.
Agradeço aos colegas do PIBIC: Gilma Carine da Silva Santos, pelas palavras
divertidas e Wederson de Souza Ferreira pelos os bons tempos que passamos juntos e pela
companhia durante a elaboração deste trabalho.
Agradeço àqueles que de forma direta ou indiretamente, me ajudaram durante o
curso.
Agradeço ao departamento de Física de Ji-Paraná, pelo apoio institucional.
Agradeço aos colegas de Física da turma 2007/2, pela harmonia.
Agradeço ao PET e SEPLAN/CNPq, pelo apoio financeiro.
VI
“De tudo, ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando... A
certeza de que precisamos continuar... A certeza de que seremos interrompidos antes de
terminar... Portanto devemos: Fazer da interrupção, um caminho novo... Da queda, um
passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um
encontro...” [Fernando Sabino].
VII
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA............................................................................................................ IV
AGRADECIMENTOS.................................................................................................. V
SUMÁRIO..................................................................................................................... VII
LISTA DE TABELAS................................................................................................... VIII
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... IX
LISTA DE ABREVIATURAS...................................................................................... XI
RESUMO....................................................................................................................... XII
ABSTRACT................................................................................................................... XIII
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 1
1– O ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA................... 4
1.1 – O Ensino Médio em Ji-Paraná e em Jaru................................................ 4
1.2 – Perfil do Professor.................................................................................. 5
1.3 – Perfil do Aluno........................................................................................ 6
2 – METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................... 8
2.1 – A Pesquisa como Campo de Experimento na Sala de Aula.................. 9
2.2 – Alunos de Ensino Médio como Parâmetros da Pesquisa....................... 9
3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................. 10
3.1 – Objetivo do Experimento....................................................................... 10
3.2 – Metodologias da Coleta de Dados......................................................... 11
3.3 – Dados Experimentais............................................................................. 11
3.4 – Análise e Discussão .............................................................................. 19
4 – CONCLUSÕES....................................................................................................... 26
PERSPECTIVAS........................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 28
VIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.3.1: Médias dos alunos da escola Capitão Silvio de Farias............................ 11
Tabela 3.3.2: Médias dos alunos da escola Jorge Teixeira de Oliveira......................... 12
Tabela 3.3.3: Médias dos alunos da escola Gonçalves Dias.......................................... 12
Tabela 3.3.4: Médias dos alunos da escola Aluízio Ferreira......................................... 12
Tabela 3.3.5: Média de cada aluno por sexo, escola Capitão Silvio de Farias.............. 13
Tabela 3.3.6: Média de cada aluno por sexo, escola Jorge Teixeira de Oliveira........... 13
Tabela 3.3.7: Média de cada aluno por sexo, escola Gonçalves Dias........................... 13
Tabela 3.3.8: Média de cada aluno por sexo, escola Aluízio Ferreira........................... 14
Tabela 3.3.9: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da escola Capitão Sil-
vio de Farias............................................................................................. 14
Tabela 3.3.10: Nota em cada questão, turma de segundo ano da escola Capitão Sil-
vio de Farias........................................................................................... 14
Tabela 3.3.11: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da escola Capitão Sil-
vio de Farias........................................................................................... 15
Tabela 3.3.12: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da escola Jorge Tei-
xeira de Oliveira..................................................................................... 15
Tabela 3.3.13: Nota em cada questão, turma de segundo ano da escola Jorge Tei-
xeira de Oliveira..................................................................................... 16
Tabela 3.3.14: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da escola Jorge Teixei-
ra de Oliveira......................................................................................... 16
Tabela 3.3.15: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da escola Gonçalves
Dias........................................................................................................ 16
Tabela 3.3.16: Nota em cada questão, turma de segundo ano da escola Gonçalves
Dias........................................................................................................ 17
Tabela 3.3.17: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da escola Gonçalves
Dias........................................................................................................ 17
Tabela 3.3.18: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da escola Aluízio Fer-
reira........................................................................................................ 18
Tabela 3.3.19: Nota em cada questão, turma de segundo ano da escola Aluízio Fer-
reira........................................................................................................ 18
Tabela 3.3.20: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da escola Aluízio Fer-
IX
reira........................................................................................................ 18
X
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Pensamento e interação significativos........................................................ 2
Figura 2 – Esforços para aprender............................................................................... 2
Figura 3 – Aprendizagem mecânica ou arbitrária........................................................ 3
Figura 4 – Software educativo usado para facilitar a associação entre teoria e práti-
ca................................................................................................................. 4
Figura 5 – Representação do corpo docente na área de Física de algumas escolas da
rede pública do estado de Rondônia........................................................... 6
Figura 6 – Representação do corpo discente das escolas da rede pública do estado
de Rondônia................................................................................................ 6
Figura 7 – Questionário avaliativo............................................................................... 10
Figura 8 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da Escola Capitão Silvio de
Farias.......................................................................................................... 21
Figura 9 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da Escola Jorge Teixeira de
Oliveira........................................................................................................ 22
Figura 10 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da Escola Gonçalves Dias.. 23
Figura 11 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da Escola Aluízio Ferreira.. 23
Figura 12 – Comparação de desempenho de alunos do primeiro ano das quatro es-
colas consultadas...................................................................................... 24
Figura 13 – Comparação de desempenho de alunos do segundo ano das quatro es-
colas consultadas...................................................................................... 25
Figura 14 – Comparação de desempenho de alunos do terceiro ano das quatro es-
colas consultadas...................................................................................... 25
XI
LISTA DE ABREVIATURAS
PET Programa de Educação Tutorial
INEP Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
CBPE Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais
IBECC Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura
USP Universidade de São Paulo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
QFPET Questionário de Física elaborado pelo Grupo PET-Física
E. E. E. F. M. Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
XII
RESUMO
Este trabalho consiste em investigar o ensino-aprendizagem da ciência Física a
partir de uma avaliação da estrutura cognitiva de alunos do ensino médio da rede pública.
Tal avaliação é resultado de um questionário que leva os alunos a relacionarem os
conceitos físicos já existentes em sua mente com alguma existência física do meio em que
vive. A resolução desse questionário permite avaliar a que campo de estudo cada aluno
mostra ter mais dificuldades em aprender.
PALAVRAS-CHAVES: Ensino-aprendizagem, Estrutura cognitiva, Ensino médio.
XIII
ABSTRACT
This work is to investigate the teaching and learning of science physics from an
evaluation of the cognitive structure of high school students from public schools. Such
assessment is the result of a questionnaire that takes students to relate the physical concepts
that already exist in your mind with some physical existence of the medium in which they
live. The resolution of this questionnaire to assess the field of study that shows each
student to have more difficulties in learning.
KEYWORDS: Teaching and learning, cognitive structure, High school.
INTRODUÇÃO
Segundo o trabalho de MEGID e PACHECO (2004), a pesquisa em Educação no
Brasil vem se consolidando desde a década de 40, a partir da criação do Instituto Nacional
de Estudos Pedagógicos (INEP), em 1938, e do Centro Brasileiro de Pesquisas
Educacionais (CBPE), em 1956. De acordo com o mesmo foi no final de tal década que se
localiza o inicio da pesquisa nacional na área do ensino de ciências. Isso com a criação do
Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC), intensificando-se, porem,
após a criação dos dois primeiros programas de pós-graduação em ensino de ciências, na
Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), no inicio dos anos 70. Ainda é registrado no trabalho dito acima que, a Física
como disciplina do currículo escolar brasileiro foi introduzida em 1837, com a Fundação
do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Ao longo de quase 160 anos, o processo de ensino
aprendizagem dessa ciência tem guardado mais ou menos as mesmas características. Um
ensino calcado na transmissão de informações através de aulas quase sempre expositivas,
na ausência de atividades experimentais, na aquisição de conhecimentos desvinculados da
realidade [1].
De acordo com o trabalho de MOREIRA (2000), a questão da aprendizagem no
ensino de Física começou a emergir em nosso país a partir década de setenta, logo após o
período dos projetos curriculares para o Ensino Médio que envolvia direta ou indiretamente
o ensino de Física. O motivo da passagem relativamente efêmera deste paradigma parece
que foi a falta de uma concepção de aprendizagem destes projetos, ou seja, eles foram muito
claros em dizer como se deveria ensinar a Física, mas nada ou pouco disseram sobre como
aprender Física. A pesquisa sobre como aprender Física (a questão da aprendizagem)
consolidou-se na década de oitenta com as investigações sobre concepções espontâneas, e
hoje, se encontra em pleno vigor com um grande número de trabalhos e pesquisas bastante
diversificadas: concepções espontâneas, mudança conceitual, resolução de problemas,
representações mentais dos alunos, formação inicial e permanente de professores, etc. [2].
A enciclopédia livre registra que alguns estudiosos têm a aprendizagem sendo um
processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele
que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo,
2
seja por condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente
permanente [3].
A aprendizagem é significativa quando novos conhecimentos (conceitos, idéias,
proposições, modelos, fórmulas) passam a significar algo para o aprendiz, ou seja, quando
ele ou ela é capaz de resolver problemas compreendendo-os e, explicar com suas próprias
palavras situações oferecidas pelos mesmos. Essa aprendizagem se caracteriza pela
interação entre os novos conhecimentos e aqueles já existentes na estrutura cognitiva do
sujeito que aprende. Os quais constituem o mais importante fator para a transformação dos
significados lógicos, potencialmente significativos, dos materiais de aprendizagem em
significados psicológicos [4].
Figura 1: Pensamento e interação significativos [5].
Para David Ausubel, outro fator de suma importância para a aprendizagem
significativa é, a predisposição do aluno para aprender, o esforço deliberado, cognitivo e
afetivo, para relacionar de maneira não arbitrária e não literal os novos conhecimentos à
estrutura cognitiva [6].
Figura 2: Esforços para aprender [5].
3
Segundo Marcus Valério, Ausubel coloca também a ocorrência da Aprendizagem
Mecânica, que é aquela que encontra muito pouca informação prévia na Estrutura
Cognitiva do aprendiz para ser relacionada com o material a ser aprendido. Com isso, para
ele a Aprendizagem Significativa é preferível a Aprendizagem Mecânica, ou Arbitrária,
por constituir um método mais simples, prático e eficiente. Ainda, segundo Ausubel a
aprendizagem mecânica é necessária e não tem como ser evitado no caso de conceitos
inteiramente novos para o aprendiz, porém posteriormente ela se transformará numa
Aprendizagem Significativa [7].
Figura 3: Aprendizagem mecânica ou arbitrária [5].
Para ele, cabe ao professor identificar e ensinar de acordo com o fator isolado que
mais influência a aprendizagem, ou seja, de acordo com aquilo que o aluno já sabe [8].
O objetivo deste trabalho é estudar a relação da aprendizagem significativa em
turmas de ensino médio, explicitando o comportamento cognitivo de cada aluno que
participou como instrumento avaliativo de um questionário não convencional envolvendo
figuras de objetos da tecnologia atual em que conceitos de Física são empregados.
4
1 – O ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA
1.1 – Ensino Médio em Ji-Paraná e em Jaru
Vários alunos do Ensino Médio sentem dificuldades no aprendizado de Física.
Muitos, não sabem o significado ou a importância do que estudam. Os conteúdos na
maioria das vezes são trabalhados de forma descontextualizada, distantes da realidade e
difíceis de compreender, não despertando nos alunos o interesse pelo estudo de tal ciência.
Além disso, as aulas são ministradas sempre de forma expositiva devido ao fato dos
próprios professores de física apresentam dificuldades em relacionar os conteúdos
científicos com eventos da vida cotidiana.
Com isso os alunos são induzidos à memorização de conceitos, teorias e fórmulas,
esquecendo, muitas vezes, de associar a teoria com a prática. Porem, novas tendências de
ensino estão voltadas para a necessidade de se buscar uma construção do conhecimento. As
referidas estão pautadas em teorias construtivistas buscam a formação de um cidadão capaz
de analisar, compreender e utilizar conceitos no cotidiano, adquirindo condições de
intervirem situações que possam promover a melhoria de sua qualidade de vida. De acordo
com JR (1995), neste sentido, o aluno passa a ser um agente direto da construção de seu
conhecimento, e o professor deixa de ser apenas um transmissor de conceitos e teorias
resultando assim em um ensino-aprendizagem construtivista. Sem dúvidas, o
construtivismo foi nas últimas décadas o movimento predominante na educação em geral
e, em particular, na pesquisa em Ciências [9].
Figura 4: Software educativo usado para facilitar a associação entre teoria e prática [10].
5
Para aprender significativamente a ciência Física, o aluno e o professor precisam se
dedicar eficazmente para ocorrer um ensino-aprendizagem com qualidade. Porém, nas
escolas em que a pesquisa foi realizada, pode-se observar um grande desinteresse, tanto de
alunos como de professores. Não contribuindo para uma aprendizagem significativa.
Segundo MOREIRA e MEASINI (1982), é interagindo com o mundo que o aluno
desenvolve seus primeiros conhecimentos físicos através de atividades presentes no
cotidiano, percebe a importância na formação de etapas para a construção de seu
conhecimento. A necessidade de uma estrutura anterior de conhecimento servirá para
interpretação e incorporação de novos conceitos, o que dará sentido a uma nova
informação resultando em aprendizagem significativa [11].
1.2 – Perfil do Professor
O campo educacional em Rondônia é composto por professores muitas das vezes
sem formação adequada para o cargo. Principalmente quando se trata a respeito das
ciências exatas e mais precisamente da Física. A formação é bem variada. É raro
encontrarmos professores, especificamente do ensino médio da rede pública, que tenham
formação tangente à disciplina que ministram.
Em várias escolas encontram-se matemáticos, químicos e biólogos atuando como
professores de física, porém, os casos mais agravantes são pessoas formadas na área das
ciências humanas como letras e pedagogia cumprindo com o mesmo papel.
Nas escolas onde foi realizado o diagnóstico da estrutura cognitiva dos alunos, os
professores que ministram a Disciplina de Física para os tais são formados em Matemática,
Biologia e apenas um é formado em Física.
6
Figura 5: Representação do corpo decente na área de Física de algumas escolas da rede pública do
estado de Rondônia [5].
Para DELIZOICOV (1994), apesar dessa deficiência na área educacional média,
enquanto professores precisamos estar constantemente buscando uma postura que oferece
para os alunos, uma abordagem crítica, que venha a combater a mistificação e a caricatura
do conhecimento científico [12].
1.3 – Perfil do Aluno
Os alunos que participaram da Avaliação tinham muitas dificuldades em relacionar
os conteúdos oferecidos no questionário com os fatos ou fenômeno acontecidos no seu
cotidiano, ou seja, não tem um conhecimento teórico para tal fim, além de apresentarem
desinteresse em raciocinar para obter uma solução significativa e coerente para os
problemas propostos.
Figura 6: Representação do corpo discente das escolas da rede pública do estado de Rondônia [5].
De acordo com DELIZOICOV (1994), inúmeros fatos ou fenômenos podem ser
explicados através de uma teoria composta de várias leis e que se encerra em um corpo de
7
conhecimento estruturado, uma visão do mundo e modelos para explicar o comportamento
da natureza [12].
As discrepâncias existentes entre ensinar e aprender Física, é um dos obstáculos,
que muitas das vezes nos leva a desacreditar num ensino de qualidade no nível médio da
rede pública, entretanto, não podemos nos deixar a ser levados por tal pensamento errôneo.
Precisamos verificar novas metodologias de ensinos para que possam ser aplicadas com o
potencia de causar uma transformação esperada na compreensão desta ciência.
8
2 – METODOLOGIA DA PESQUISA
De acordo com o trabalho de Gisélia Lima –Professora da UNICAP- Recife, pesquisa é
a condição essencial do descobrir e do criar. Ela tem a função ou papel de confrontar e
dialogar com a realidade, utilizando o que se vê na teoria, de modo sistemático e eficaz,
relacionando o saber existente e a mudança. É uma atividade voltada para a solução de
problemas através do emprego de processos científicos. Ela parte, pois, de uma dúvida ou
problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução [13].
Para a elaboração deste trabalho foi utilizada a seguinte metodologia:
Sob a orientação do professor orientador, nós alunos do Programa de Educação
Tutorial (PET), elaboramos um questionário rico em informações de diversos assuntos da
Física. O mesmo foi elaborado de tal forma a levar os alunos relacionarem a informação
prévia contida em sua estrutura cognitiva com as de cada material ilustrado na Figura 1.
O questionário foi aplicado num dia, não informado antes aos alunos. De igual
modo o assunto do mesmo não foi informado. Isto para que não houvesse tempo para esses
alunos estudarem sobre assuntos específicos do questionário, induzindo os a uma
aprendizagem mecânica, com memorização de fórmulas, significados dos conceitos físicos,
etc.
Na correção do questionário, foram levados em consideração fatores como a análise
das respostas voltadas especificamente para cada objeto, ou ainda, casos a partes que se
encaixa na discussão de mais de uma questão. Exemplo, deixar a área da Eletricidade e
voltar para a Termologia, devido ao aquecimento da lâmpada. Foi considerado o mesmo
peso de (10/6) na nota, para todas as questões.
O questionário é interpretado de forma analítica através do senso crítico e
científico, para que se pode obter um bom resultado no processo de aprendizagem
significativa daqueles que permitem a análise de sua estrutura cognitiva.
9
2.1 – A Pesquisa como Campo de Experimento na Sala de Aula
A pesquisa acadêmica em ensino de física no Brasil, no sentido de compreender esta
ciência, tem passado por uma grande revolução significativa, porém, o que quase não se vê
são os resultados de tal pesquisa sendo aplicados em sala de aulas. Além disso, não basta
simplesmente, que os poucos resultados aplicados sejam transferidos para os professores de
ensino fundamental e médio.
Segundo MEGID e PACHECO (2004), o professor precisa circunstanciar e
transformar esses resultados ante a sua realidade escolar, a realidade de cada aluno, as suas
convicções metodológicas, políticas e ideológicas, as suas idiossincrasias, caso não tenha
participado efetivamente da produção e verificação de tais resultados [1].
2.2 – Alunos de Ensino Médio como Parâmetros da Pesquisa
Este trabalho é uma maneira de verificar experimentalmente aquilo que
compreendemos teoricamente sobre a estrutura cognitiva de alunos do ensino médio, que
são aqui, o principal instrumento do experimento de analisado, no tocante ao conteúdo que
se trata a respeito da disciplina de física. Com essa experiência pudemos apreender o grau
do ensino de física e o significado disso para tais alunos.
A metodologia aqui utilizada nos dá a capacidade de julgar com grande precisão, a
estrutura cognitiva do aluno que é um dos componentes de formação do assunto em estudo.
Através de tal metodologia verificamos a condição que se encontra forma de
relacionamento de cada aluno com seu cotidiano.
10
3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O experimento constituído de um questionário avaliativo (Figura. 3.1) e alunos do
ensino médio foi colocado em funcionamento durante 50 minutos. Observa-se a falta de
precisão do experimento por parte dos alunos.
Depois deste tempo verificamos através questionário, os resultados obtidos pelos
alunos. Anotamos as médias dos mesmos nas Tabelas 3.3.1 a 3.3.4.
Separamos tais médias especificando o sexo dos alunos e escrevemos os valores nas
Tabelas 3.3.5 a 3.3.8. De igual modo nas Tabelas 3.3.9 a 3.3.20 escrevemos os resultados
obtidos pelos alunos em cada questão.
Figura 7 – Questionário avaliativo [5].
3.1 – Objetivo do Experimento
Verificar o ensino de física no ensino médio da rede pública através da estrutura
cognitiva dos alunos.
11
3.2 – Metodologias da Coleta de Dados
Foi aplicado um questionário avaliativo para alunos do 1º, 2º e 3º ano (ensino
médio). Tal questionário foi corrigido levando em consideração os conceitos físicos
básicos que julgamos alunos do ensino médio ter conhecimento. A nota vale de zero a dez,
sendo iguais, os valores das questões.
Pra calcular o desvio padrão foi utilizada a Equação: Desvio-padrão =
, em que Xi = Cada valor individual e N = Número de todos os
valores.
3.3 – Dados Experimentais
Nas Tabelas 3.3.1 a 3.3.20 estão contidos os dados experimentais para elaboração
deste trabalho. As Tabelas 3.3.1 a 3.3.4 contêm a nota total de cada aluno e o cálculo do
desvio padrão de cada turma das escolas onde foi aplicado o questionário. As Tabelas 3.3.5
a 3.3.8 trazem essas mesmas notas, porém, separadas entre sexo feminino e masculino. E
por fim, nas Tabelas 3.3.9 a 3.3.20 estão registradas as notas que cada aluno obteve em
cada questão.
Tabela 3.3.1: Médias dos alunos da E. E. E. F. M. Capitão Sílvio de Farias.
Escola Capitão Silvio de Farias (Jaru)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Notas dos alunos
1,900 4,400 4,500
1,400 4,850 4,900
2,400 5,800 3,500
0,700 6,400 4,400
0,400 0,850 2,550
1,500 5,350 2,600
1,000 4,500 1,750
1,050 6,400 2,550
2,350 5,750 2,150
1,300 5,800
Desvio padrão 0,628 1,541 1,081
12
Tabela 3.3.2: Médias dos alunos da E. E. E. F. M. Cel. Jorge Teixeira de Oliveira.
Escola Jorge Teixeira de Oliveira (Distrito de Nova Londrina)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Notas dos alunos
1,900 0,900 4,000
2,500 3,800 6,800
0,600 0,700 3,000
3,300 3,100 3,000
0,900 0,100 1,300
4,700 0,500 2,800
1,100 2,100 1,200
7,100 0,400 0,900
1,100 0,400 1,300
2,400
Desvio padrão 2,028 1,262 1,682
Tabela 3.3.3: Médias dos alunos da E. E. E. F. M. Gonçalves Dias.
Escola Gonçalves Dias (Ji-Paraná)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Notas dos alunos
1,300 2,400 0,400
1,300 1,100 0,300
1,100 3,000 0,700
1,500 6,300 0,800
1,500 3,500 0,800
1,300 5,200 0,300
3,200 4,100 1,200
2,000 5,300 1,000
0,900 5,700 1,800
3,900 5,700 2,600
4,900
Desvio padrão 0,929 1,546 0,689
Tabela 3.3.4: Médias dos alunos da E. E. E. F. M. Aluízio Ferreira.
Escola Aluizio Ferreira (Ji-Paraná)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Notas dos alunos
4,100 4,400 4,400
2,100 4,600 4,200
1,900 4,300 4,200
1,500 4,300 4,200
1,000 3,400 3,900
2,600 3,300
13
1,000 3,300
3,200
Desvio padrão 1,139 1,217 0,444
Tabela 3.3.5: Média de cada aluno por sexo, E. E. E. F. M. Capitão Silvio de Farias.
Escola Capitão Silvio de Farias (Jaru)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Sexo Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Notas
1,40 1,90 4,40 4,85 4,50 3,50
2,40 1,30 6,40 5,80 4,90 2,60
0,70 4,50 0,85 4,40
0,40 6,40 5,35 2,35
1,50 5,75 5,80 1,75
1,00 2,55
1,05 2,15
2,35
Tabela 3.3.6: Média de cada aluno por sexo, E. E. E. F. M. Cel. Jorge Teixeira de
Oliveira.
Escola Jorge Teixeira de Oliveira (Nova Londrina, Ji-Paraná)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Sexo Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Notas
1,10 7,10 0,40 2,10 3,00 2,40
1,10 4,70 0,40 3,80 2,80 4,00
0,90 1,40 0,50 1,20 6,80
0,60 2,50 0,10 1,30 3,00
1,90 3,10 1,30
0,10 0,90
0,90
Tabela 3.3.7: Média de cada aluno por sexo, E. E. E. F. M. Gonçalves Dias.
Escola Gonçalves Dias (Ji-Paraná)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Sexo Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
1,30 1,50 5,70 6,30 0,40 0,30
1,30 3,20 4,90 5,20 0,70 1,80
1,10 2,00 2,40 5,70 0,80 2,60
1,50 3,90 1,10 0,80
14
Notas 1,30 3,00 0,30
0,90 3,50 1,20
4,10 1,00
5,30
Tabela 3.3.8: Média de cada aluno por sexo, E. E. E. F. M. Aluízio Ferreira.
Escola Aluízio Ferreira (Ji-Paraná)
Turma 1º ano 2º ano 3º ano
Sexo Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.
Notas
4,10 1,90 4,40 3,40 3,30 3,20
1,00 2,60 3,30 3,90
1,50 1,00 4,00
2,10 4,30 4,20
4,30 4,20
4,60 4,40
Tabela 3.3.9: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da E. E. E. F. M. Capitão
Sílvio.
Escola Capitão Silvio de Farias
Turma 1° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,50 0,30 0,00 0,00 0,50 0,00
0,50 0,50 0,85 0,00 0,30 0,20
0,80 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00
0,10 0,40 0,00 0,00 0,50 0,00
0,30 0,00 0,40 0,40 0,30 0,10
0,20 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00
0,10 0,00 0,50 0,10 0,00 0,00
0,30 0,20 0,80 1,00 0,00 0,10
0,50 0,00 0,00 0,10 0,50 0,30
0,80 0,00 0,50 0,10 0,30 0,20
Tabela 3.3.10: Nota em cada questão, turma de segundo ano da E. E. E. F. M. Capitão
Sílvio.
Escola Capitão Silvio de Farias
Turma 2° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
1,30 0,90 1,40 1,20 1,00 0,00
15
Notas
1,50 0,90 1,00 0,50 0,85 1,00
0,00 1,50 1,50 0,90 0,80 1,70
0,50 0,30 0,50 1,00 1,00 0,85
1,00 0,50 1,50 0,85 0,50 1,00
0,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,60 0,90 1,40 0,50 1,00 1,00
0,80 1,00 1,00 0,85 0,85 1,30
0,50 0,85 0,50 1,30 1,20 0,50
0,10 0,50 0,30 1,00 1,00 1,50
Tabela 3.3.11: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da E. E. E. F. M. Capitão
Silvio.
Escola Capitão Silvio de Farias
Turma 3° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,10 0,50 0,30 1,00 1,00 1,50
0,50 0,85 0,50 1,30 1,20 0,50
0,80 1,00 1,00 0,85 0,85 1,30
1,60 0,90 1,40 0,50 1,00 1,00
0,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,00 0,50 1,50 0,85 0,50 1,00
0,50 0,30 0,50 1,00 1,00 0,85
0,00 1,50 1,50 0,90 1,70 0,80
1,50 0,90 1,00 0,50 0,85 1,00
1,30 0,90 1,40 1,20 1,00 0,00
Tabela 3.3.12: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da E. E. E. F. M. Cel. Jorge
Teixeira de Oliveira.
Escola Jorge Teixeira de Oliveira
Turma 1° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,30 0,20 0,00 0,20 0,10 0,00
1,20 1,60 1,20 0,70 1,60 0,80
0,50 0,20 0,00 0,30 0,10 0,00
1,20 0,90 1,20 0,00 1,30 0,10
0,30 0,20 0,10 0,00 0,00 0,30
1,40 0,50 0,10 0,00 0,80 0,50
0,40 0,10 0,00 0,20 0,00 0,10
0,80 0,10 0,60 0,30 0,30 0,40
0,50 0,40 0,90 0,00 0,00 0,10
16
Tabela 3.3.13: Nota em cada questão, turma de segundo ano da E. E. E. F. M. Cel. Jorge
Teixeira de Oliveira.
Escola Jorge Teixeira de Oliveira
Turma 2° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,20 0,40 0,10 0,10 0,00 0,10
0,60 1,20 0,10 0,80 0,20 0,90
0,30 0,10 0,10 0,10 0,00 0,10
0,40 0,40 0,10 0,30 1,60 0,30
0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00
0,10 0,10 0,00 0,30 0,00 0,00
0,30 0,30 0,00 1,50 0,00 0,00
0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,10
0,20 0,00 0,00 0,10 0,00 0,10
Tabela 3.3.14: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da E. E. E. F. M. Cel. Jorge
Teixeira de Oliveira.
Escola Jorge Teixeira de Oliveira
Turma 3° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
1,20 0,30 0,20 0,30 0,00 0,40
0,80 1,50 0,10 0,20 0,50 0,90
1,20 1,30 1,60 1,00 0,90 0,80
0,50 0,00 0,90 0,30 1,00 0,30
1,20 0,30 0,30 0,40 0,50 0,80
0,40 0,20 0,10 0,30 0,20 0,10
0,90 0,40 1,00 0,20 0,00 0,30
0,40 0,30 0,00 0,00 0,20 0,30
0,40 0,10 0,00 0,10 0,00 0,30
0,10 0,30 0,00 0,10 0,20 0,60
Tabela 3.3.15: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da E. E. E. F. M. Gonçalves
Dias.
Escola Gonçalves Dias
Turma 1° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
0,40 0,00 0,30 0,10 0,10 0,40
0,40 0,00 0,30 0,10 0,10 0,40
0,50 0,00 0,20 0,00 0,00 0,40
1,00 0,00 0,30 0,10 0,00 0,10
17
Notas
1,00 0,30 0,10 0,00 0,00 0,10
1,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,20
0,70 0,00 0,70 0,00 0,30 1,50
1,20 0,10 0,00 0,50 0,00 0,20
0,30 0,10 0,10 0,30 0,00 0,10
1,00 0,10 1,00 0,30 0,00 1,50
Tabela 3.3.16: Nota em cada questão, turma de segundo ano da E. E. E. F. M. Gonçalves
Dias.
Escola Gonçalves Dias
Turma 2° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,90 1,00 1,00 0,50 0,00 1,50
0,20 0,30 0,90 0,00 0,00 1,00
0,80 0,00 0,00 0,00 0,10 0,20
0,20 0,50 0,80 0,00 0,00 1,50
0,50 0,80 1,00 1,50 0,90 1,60
0,80 0,80 0,10 0,30 0,00 1,50
0,90 0,50 0,90 1,50 0,20 1,20
0,70 1,00 1,00 0,20 0,00 1,20
1,00 1,00 0,80 1,00 0,00 1,50
1,00 0,20 0,90 1,20 0,80 1,50
0,80 1,00 1,00 1,20 0,00 1,70
Tabela 3.3.17: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da E. E. E. F. M. Gonçalves
Dias.
Escola Gonçalves Dias
Turma 3° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,10 1,00 0,10 0,10 0,00 0,00
0,00 0,10 0,20 0,00 0,00 0,00
0,10 0,50 0,00 0,00 0,00 0,10
0,10 0,50 0,10 0,00 0,00 0,10
0,10 0,10 0,10 0,00 0,00 0,10
0,10 0,00 0,10 0,00 0,00 1,00
0,10 0,20 0,00 0,00 0,00 0,70
0,30 0,20 0,90 0,20 0,00 0,20
0,10 0,00 1,00 0,30 0,20 1,00
0,10 0,10 0,10 0,00 0,10 0,00
18
Tabela 3.3.18: Nota em cada questão, turma de primeiro ano da E. E. E. F. M. Aluízio
Ferreira.
Escola Aluízio Ferreira
Turma 1° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
0,50 0,30 0,20 0,00 0,00 0,00
0,90 0,00 0,00 0,00 0,10 0,50
1,20 0,20 0,10 0,20 0,20 0,10
1,30 0,20 0,10 0,10 0,20 0,20
1,40 0,50 0,20 0,20 0,80 1,00
Tabela 3.3.19: Nota em cada questão, turma de segundo ano da E. E. E. F. M. Aluízio
Ferreira
Escola Aluízio Ferreira
Turma 2° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
1,20 1,00 1,20 0,10 0,10 0,80
1,00 1,00 0,80 0,00 1,00 0,80
1,00 1,00 0,80 0,50 0,20 0,80
1,00 0,50 0,50 0,50 1.00 0,80
1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,00 0,10 0,50 0,50 0,00 0,50
1,20 0,80 0,20 0,20 0,20 0,80
Tabela 3.3.20: Nota em cada questão, turma de terceiro ano da E. E. E. F. M. Aluízio
Ferreira.
Escola Aluízio Ferreira
Turma 3° ano
Questões 1 2 3 4 5 6
Notas
1,00 0,00 0,20 1,00 0,20 0,80
1,00 0,00 0,20 0,50 0,80 0,80
1,00 0,00 0,20 0,50 0,80 0,80
1,00 0,00 0,20 1,20 1,00 0,50
1,00 0,00 0,20 1,00 1,00 0,80
1,00 0,00 0,20 1,00 1,20 0,80
1,00 0,00 0,20 1,00 1,20 0,80
1,00 0,00 0,20 1,00 1,20 1,00
19
3.4 – Análise e Discussão
As Tabelas de 3.3.1 a 3.3.20 mostram os dados obtidos do questionário respondido
por estudantes das escolas Capitão Silvio de Farias, Jorge Teixeira de Oliveira, Gonçalves
Dias e Aluizio Ferreira.
A Tabela 3.3.5 trás as médias dos alunos da escola Capitão Silvio especificando o
sexo. A quantidade de alunos do sexo feminino é maior e na turma de segundo ano mostra
ter melhor desempenho na interpretação do processo de aprendizagem significativa.
Ficando logo atrás os alunos do sexo masculino dessa mesma turma.
A Tabela 3.3.6 contém as médias dos alunos da escola Jorge Teixeira,
especificando o mesmo que na tabela anterior. Porém, aqui, os alunos do sexo masculino
apresentam o melhor desempenho na interpretação do processo já dito.
A Tabela 3.3.7 oferece as mesmas informações, só que, para a escola Gonçalves
Dias. Os alunos do sexo masculino da turma de segundo ano apresentaram melhor
desempenho em relação aos outros. Vêm depois os outros da mesma turma.
A Tabela 3.3.8 trás as informações da escola Aluízio Ferreira. Apesar da
quantidade de alunos do sexo masculino ser muito pequena fica evidente que os alunos do
sexo feminino apresentaram um melhor resultado no que se diz respeito à interpretação do
processo de aprendizagem significativa.
Com base na Figura 1 e a análise dos resultados contidos nas Tabelas 3.3.9 a
3.3.20, pode-se observar para que área da Física está voltado o pensamento crítico e
científico de cada estudante que se dispôs a ser avaliado.
Nas Tabelas 3.3.9 a 3.3.11 estão contidos informações da escola capitão Silvio de
Farias. Podemos observar que a turma de primeiro ano não apresentou um bom
desempenho em nenhuma das questões, em relação às turmas de segundo e terceiro que,
principalmente nas questões de número um e três, apresentaram um bom resultado na
interpretação do processo de aprendizagem significativa.
As Tabelas 3.3.12 a 3.3.14 apresenta o mesmo tipo de informações para a escola
Jorge Teixeira de Oliveira. A turma de primeiro ano teve o maior número de alunos que
20
apresentou um bom desempenho no processo de aprendizagem significativa, nas questões
de números um e três. Na turma de segundo ano esse número foi mínimo nas questões de
números dois quatro e seis. Na turma de terceiro ano o numero de alunos que apresentaram
o mesmo que a primeira turma foi maior nas questões de números dois e três.
Nas Tabelas 3.3.15 a 3.3.17 temos que, na escola Gonçalves Dias a turma de
primeiro ano teve o maior números de alunos que apresentaram melhor resultado no
processo de aprendizagem significativa, nas questões de números um e seis. A turma de
segundo ano nas questões de números quatro e seis. Já a turma de terceiro ano teve um
número mínimo nas questões de números dois três e seis.
As Tabelas 3.3.18 a 3.3.20 apresentam informações da escola Aluízio Ferreira. Na
turma de primeiro ano a questão em que teve a maior quantidade de alunos com que
apresentaram um melhor desempenho no processo de aprendizagem significativa foi a de
número um. A turma de segundo ano apresentou poucos alunos com bom desempenho e, a
turma de terceiro ano ainda menos que esta.
As Figuras 8 a 14 ilustram graficamente as informações das Tabelas 3.3.1 a 3.3.4
em seqüência. E as Figuras 12 a 14 representam a comparação do desempenho entre
turmas iguais das escolas consultadas.
A Figura 8 apresenta as médias de avaliação do Questionário de Física elaborado
pelo Grupo PET-Física (QFPET) em função da nota de cada aluno. Observa-se que a turma
do 3º ano apresentou melhor desempenho na interpretação do processo de aprendizagem
significativa em relação às turmas de 2º e 1º ano. O desvio padrão das notas das três turmas
foi menor para a turma do 1º ano comparado com as turmas do segundo e terceiros anos.
21
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
0
1
2
3
4
5
6
7
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de Cada Turma
Média do 1° ANO
Média do 2° ANO
Média do 3° ANO
Figura 8 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da E. E. E. F. M. Capitão Silvio de Farias
(Jaru).
A Figura 9 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de cada
aluno. Observa-se que a turma do 3º ano apresentou desempenho decrescente na
interpretação do processo de aprendizagem significativa em relação às turmas de 2º e 1º
ano. O desvio padrão das notas das três turmas foi menor para a turma do 2º ano
comparado com as turmas do primeiro e terceiros anos.
22
Figura 9 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da E. E. E. F. M. Cel. Jorge Teixeira de
Oliveira (Distrito de N. Londrina, Ji-Paraná).
A Figura 10 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de
cada aluno. Observa-se que a turma do 2º ano apresentou melhor desempenho na
interpretação do processo de aprendizagem significativa em relação às turmas de 3º e 1º
ano. O desvio padrão das notas das três turmas foi menor para a turma do 3º ano
comparado com as turmas do segundo e primeiros anos.
A Figura 11 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de
cada aluno. Observa-se que a turma do 3º ano apresentou melhor desempenho na
interpretação do processo de aprendizagem significativa em relação às turmas de 2º e 1º
ano. O desvio padrão das notas das três turmas foi menor para a turma do 3º ano
comparado com as turmas do primeiro e segundos anos.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110
1
2
3
4
5
6
7
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de cada turma
Média do 1° ANO
Média do 2° ANO
Média do 3° ANO
23
Figura 10 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da E. E. E. F. M. Gonçalves Dias (Ji-
Paraná).
Figura 11 – Resposta ao questionário QFPET de alunos da E. E. E. F. M. Aluízio Ferreira (Ji-
Pparaná).
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110
1
2
3
4
5
6
7
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de Cada Turma
Média do 1° ANO
Média do 2° ANO
Média do 3° ANO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1
2
3
4
5
6
7
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de Cada Turma
Média do 1° ANO
Média do 2° ANO
Média do 3° ANO
24
A Figura 12 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de
cada aluno dos primeiros anos das quatro escolas envolvidas no processo. Observa-se um
melhor desempenho mostrando que houve aprendizagem significativa na turma de 1º ano
da escola estadual Jorge Teixeira. A turma de 1º ano que apresentou maiores dificuldades
na interpretação das questões propostas foi a turma da escola Capitão Silvio.
Figura 12 – Comparação de desempenho de alunos do primeiro ano das quatro escolas
consultadas.
A Figura 13 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de
cada aluno dos segundos anos das quatro escolas envolvidas no processo. Observa-se um
melhor desempenho mostrando que houve aprendizagem significativa na turma de 2º ano
da escola estadual Capitão Silvio. A turma de 2º ano da escola Jorge Teixeira apresentou
maiores dificuldades na interpretação das questões propostas.
A Figura 14 apresenta as médias de avaliação do QFPET em função da nota de
cada aluno dos terceiros anos das quatro escolas envolvidas no processo. Observa-se um
melhor desempenho mostrando que houve aprendizagem significativa na turma de 3º ano
da escola estadual Aluízio Ferreira. A turma de 2º ano da escola Jorge Teixeira apresentou
maiores dificuldades na interpretação das questões propostas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110
1
2
3
4
5
6
7 Escola Capitão Sívio
Escola Jorge Teixeira
Escola Gonçalves Dias
Escola Aluízio Ferreira
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno do 1º Ano
25
Figura 13 – Comparação de desempenho de alunos do segundo ano das quatro escolas
consultadas.
Figura 14 – Comparação de desempenho de alunos do terceiro ano das quatro escolas consultadas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110
1
2
3
4
5
6
7
Esc. Capit. Sílv.
Esc. Jorge Teix.
Esc. Gonç. Dias
Esc. Al. Fer.
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de 2º Ano
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110
1
2
3
4
5
6
7 Escola Capitão Sílvio
Escola Jorge Teixeira
Escola Gonçalves Dias
Escola Aluízio Ferreira
Méd
ia n
a A
valia
ção
Aluno de 3º Ano
26
4 – CONCLUSÕES
Através das pesquisas bibliográficas pode-se observar a importância do estudo da
relação entre ensino e aprendizagem. Também que uma grande parte da responsabilidade
para que esta relação venha causar um resultado significativo vem da parte daquele que
ensina, quer teórica, quer experimentalmente.
Com os resultados da pesquisa feita para a elaboração deste trabalho pode-se
observar que, há uma deficiência na estrutura cognitiva da maioria dos alunos de ensino
médio da rede publica do estado de Rondônia, mais precisamente das escolas onde o
questionário avaliativo foi efetuado.
Alguns resultados obtidos confirmam que há diferença entre a aprendizagem das
mais diversas áreas da Física, como pode ser observado entre o conhecimento mostrado
pelos alunos que participaram da pesquisa. Tais resultados comprovaram também que, o
método de ensino nas turmas é quase totalmente expositivo, levando o aluno a ter uma
aprendizagem mecânica, ou, arbitrária.
Esta metodologia de análise da aprendizagem significativa evidencia como
ferramenta poderosa na observação se está havendo aprendizagem significativa de
conceitos físicos e até que nível ela está sendo eficaz.
Ficou evidente que um simples questionário envolvendo figuras de objetos de
artefatos de tecnologias envolvendo conceitos de Física facilita ou dificulta a interpretação
do aluno à luz de conceitos deveras aprendidos nas séries do ensino médio.
27
PERSPECTIVAS
Melhorar a metodologia da pesquisa usando novos procedimentos na elaboração do
questionário;
Interferir direta ou indiretamente no processo de formação da aprendizagem
significativa.
28
REFERÊNCIAS
[1] MEGID, J. N.; PACHECO D. Pesquisas sobre o ensino de Física no nível médio no
Brasil: concepção e tratamento de problemas em teses e dissertações. In: NARDI,
R. (Org.). Pesquisas em ensino de Física. São Paulo: Editora Escrituras, 2004.
[2] MOREIRA. M. Rev. Bras. Ens. Fis. 22, 1 (2000).
[3] Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem>. Maio 2010.
[4] Conferência de encerramento do IV Encontro Internacional sobre Aprendizagem
Significativa, Maragogi, AL, Brasil, 8 a 12 de setembro de 2003. Versão revisada e
ampliada de participação em mesa redonda sobre Linguagem e Cognição na Sala de
Aula de Ciências, realizada durante o II Encontro Internacional Linguagem, Cultura
e Cognição, Belo Horizonte, MG, Brasil, 16 a 18 de julho de 2003.
[5] Imagens individuais, disponível em: Google imagens. Montagem de figura: Gilciano
Soares de Oliveira, Maio de 2010.
[6] AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D. e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de
Janeiro: Interamericana, 1980.
[7] Disponível em: < http://www.xr.pro.br/Monografias/AUSUBEL.html>. Julho de 2010.
[8] MOREIRA, M. A. Teorias da Aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
[9] JR. O. A. Mudança Conceitual em Sala de Aula: O Ensino de Ciências numa
Perspectiva Construtivista. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. CEFET/MG
(1995).
[10]..Disponível.em:.<http://www.google.com.br/images?hl=ptBR&biw=1020&bih=596&
gbv=2&tbs=isch:&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=&oq=&gs_rfai=&q=software%20i
nteractive%20fisic>. Maio de 2010.
[11] MOREIRA, M. A. e MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de
aprendizagem de David Ausubel. São Paulo: Editora Moraes, 1982.
29
[12] DELIZOICOV, D. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Editora Cortez,
1994.
[13] Disponível em: http://www.facape.br/controladoria/4/Metodologia_Pesquisa.doc >.
Junho 2010.