Liahona-Maio 2012

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Discursos da Conferência Geral Novos Chamados: Setentas, o Bispado Presidente e a Presidência Geral da Sociedade de Socorro A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • MAIO DE 201

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Liahona com os discursos da Conferência Geral de Abril de 2012

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Discursos da

Conferência

Geral

Novos Chamados:Setentas, o BispadoPresidente e aPresidência Geralda Sociedade deSocorro

A IG REJ A D E J ESU S CR ISTO D O S SA N TO S D O S Ú LT IMO S D IA S • MA IO D E 201

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“E, passado o sábado, Maria Madalena [retratada acima], e Maria, mãe de Tiago,

e Salomé, compraram aromas, para irem ungi-lo.

 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo,

ao nascer do sol” (Marcos 16:1–2).

Quando Despontava o Dia, de Elspeth Young

   ©

   E   L   S   P   E   T   H   Y   O   U   N   G

 ,   R   E   P   R   O   D   U   Ç    Ã   O    P

   R   O   I   B   I   D   A

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2 Resumo da 182ª Conferência Geral Anual

SESSÃO DA MANHÃ DE SÁBADO4  Ao Reunir-nos Novamente

 Presidente Thomas S. Monson

6 E um Menino Pequeno Os Guiará Presidente Boyd K. Packer 

10 Ensinar Nossos Filhos aCompreenderCheryl A. Esplin

13 Convertidos a Seu Evangelho porIntermédio de Sua Igreja Élder Donald L. Hallstrom

16 Ele Realmente Nos Ama Élder Paul E. Koelliker 

19 Sacrifício Élder Dallin H. Oaks 

23 Montanhas para Escalar Presidente Henry B. Eyring

SESSÃO DA TARDE DE SÁBADO27  Apoio aos Líderes da Igreja

 Presidente Dieter F. Uchtdor 

29 Relatório do Departamento de Auditoria da Igreja para 2011 Robert W. Cantwell 

30 Relatório Estatístico de 2011 Brook P. Hales 

31 Os Trabalhadores da Vinha Élder Jerey R. Holland 

34 Lembrar Quem Somos:O Sacramento, o Templo eo Sacrifício no Serviço Élder Robert D. Hales 

37 Fé, Força, Realização: Mensagempara as Pessoas Que CriamSozinhas os Filhos Élder David S. Baxter 

39 Permaneçam no Território doSenhor!

 Élder Ulisses Soares 41 Em Sintonia com a Música da Fé

 Élder Quentin L. Cook 

45 Como Obter Revelação e Inspiraçãopara a Vida Pessoal Élder Richard G. Scott 

SESSÃO DO SACERDÓCIO48 Os Poderes do Céu

 Élder David A. Bednar 

52 Resgate para um Crescimento Real Bispo Richard C. Edgley 

55 Sacerdócio Aarônico: Ergam-se eUsem o Poder de Deus Adrián Ochoa

58 O Porquê do Serviço no Sacerdócio Presidente Dieter F. Uchtdor 

62 Famílias sob Convênio Presidente Henry B. Eyring

66 Dispostos e Dignos para Servir Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA MANHÃ DE DOMINGO70 Os Misericordiosos Obterão

Misericórdia Presidente Dieter F. Uchtdor 

77

 

Graças Demos a Deus Élder Russell M. Nelson

80 Lições Especiais Élder Ronald A. Rasband 

83  A Visão dos Profetas Concernenteà Sociedade de Socorro: Fé,Família e Auxílio Julie B. Beck 

86  A Doutrina de Cristo Élder D. Todd Christoerson

90  A Corrida da Vida Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA TARDE DE DOMINGO

94 O Poder da Libertação Élder L. Tom Perry 

97 Para Encontrar a Que Se Perdeu Élder M. Russell Ballard 

 101 Ter a Visão de Fazer Élder O. Vincent Haleck 

 103  A Não Ser de Acordo com osPrincípios da Retidão Élder Larry Y. Wilson

 106  Valeu a Pena? Élder David F. Evans 

 109 Considerar Sagrado Élder Paul B. Pieper 

 111 O Que Cristo Pensa de Mim? Élder Neil L. Andersen

 115  Ao Encerrarmos EstaConferência Presidente Thomas S. Monson

REUNIÃO GERAL DAS MOÇAS

 117 Erguei-vos e Brilhai Ann M. Dibb

 120 Procurem Conhecimento: Vocês Têm um Trabalho a Realizar Mary N. Cook 

 123 Este É o Momento de Erguer-se eBrilhar! Elaine S. Dalton

 126 Crer, Obedecer e Perseverar Presidente Thomas S. Monson

72 Revista Internacional de A Igrejade Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias

 130 Eles Falaram para Nós: Tornar aConferência Parte de Nossa Vida

 132 Índice das Histórias Contadas naConferência

 133 Ensinamentos para os Nossos Dias 133 Presidências Gerais das Auxiliares 134 Notícias da Igreja

Sumário – Maio de 2012Volume 65 • Número

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2 A L i a h o n a

MANHÃ DE SÁBADO, 31 DE MARÇO DE2012, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirigida por: Presidente Dieter F. Uchtdor.Oração de abertura: Élder John B. Dickson.Oração de encerramento: Élder Wilord

 W. Andersen. Música pelo Coro do Taber-náculo; regentes: Mack Wilberg e RyanMurphy; organistas: Andrew Unsworth e

Clay Christiansen. “No Monte a Bandeira”, Hinos , nº 4; “Corações, Pois, Exultai” , Hinos ,nº 39; “Deixa a Luz do Sol Entrar” , Hinos , nº153, arr. Wilberg, não publicado; “Que Firme

 Alicerce” , Hinos , nº 42; “Fala-se com Amor”, Músicas para Crianças , p. 102, arr. Cardon,não publicado; “Cantando Louvamos”, Hinos ,nº 50, arr. Wilberg, pub. Hinshaw.

TARDE DE SÁBADO, 31 DE MARÇO DE 2012,SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirigida por: Presidente Henry B. Eyring.Oração de abertura: Élder William R.

 Walker. Oração de encerramento: Élder

Bruce A. Carlson. Música por um coro mistodo Centro de Treinamento Missionário deProvo; regentes: Douglas Brenchley e RyanEggett; organista: Bonnie Goodlie. “Glóriaa Deus Cantai”, Hinos , nº 33, arr. Manookin,pub. Jackman; “Brilha, Meiga Luz”, Hinos ,nº 60, arr. Wilberg, pub. Jackman; “Chama-dos a Servir”, Hinos , nº 166; “Hoje, aoProeta Louvemos”, Hinos , nº 14, arr.

 Wilberg, pub. Jackman.

NOITE DE SÁBADO, 31 DE MARÇO DE 2012,SESSÃO DO SACERDÓCIOPreside: Presidente Thomas S. Monson. Diri-gida por: Presidente Henry B. Eyring. Oração

de abertura: Élder Yoon Hwan Choi. Oraçãode encerramento: Élder Larry R. Lawrence.Música por um coro do sacerdócio dos insti-tutos de universitários de Salt Lake; regentes:Hal W. Romrell, Craig Allen e Dennis Nor-delt; organista: Richard Elliott. “Jesus, Savior,Pilot Me” [Jesus, Salvador, Guia-me], Hymns ,nº 104, arr. Longhurst, pub. Jackman; “Cons-tantes Qual Firmes Montanhas”, Hinos ,nº 184, arr. Durham, pub. Jackman; “ÓÉlderes de Israel”, Hinos , nº 203; “Ama oPastor Seu Rebanho”, Hinos , nº 140,arr. Beebe, pub. Larice.

MANHÃ DE DOMINGO, 1º DE ABRIL DE 2012,SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirigida por: Presidente Henry B. Eyring.Oração de abertura: Élder Brent H. Nielson.Oração de encerramento: Élder Per G. Malm.Música pelo Coro do Tabernáculo; regente:Mack Wilberg; organistas: Clay Christiansen eRichard Elliott. “Vinde, Ó Filhos do Senhor”,

 Hinos , nº 27; “Louvai a Deus”, Hinos , nº 34,arr. Wilberg, pub. Oxord; “Faz-Me AndarSó na Luz”, Hinos , nº 199, arr. Wilberg, nãopublicado; “A Deus, Senhor e Rei”, Hinos ,nº 35; “Oh! Falemos Palavras Amáveis”, Hinos, nº 137, arr. Wilberg, não publicado;“Come, Thou Fount o Every Blessing” [Vem,Ó Fonte de Todas as Bênçãos], Hymns  (1948), nº 70, arr. Wilberg, pub. Oxord.

TARDE DE DOMINGO, 1º DE ABRIL DE 2012,SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirigida por: Presidente Dieter F. Uchtdor.Oração de abertura: Élder W. Craig Zwick.

Oração de encerramento: Élder JairoMazzagardi. Música: Coro do Taberná-culo Mórmon; regentes: Mack Wilberg eRyan Murphy; organistas: Linda Margetts eBonnie Goodlie. “On This Day o Joy andGladness” [Neste Dia de Contentamentoe Alegria], Hymns , nº 64, arr. Murphy, nãopublicado; “Vinde a Cristo”, Hinos , nº 69,arr. Murphy, não publicado; “Juventude daPromessa”, Hinos , nº 182; “Careço de Jesus” Hinos , nº 61, arr. Wilberg, não publicado.

NOITE DE SÁBADO, 24 DE MARÇO DE 2012,REUNIÃO GERAL DAS MOÇASPreside: Presidente Thomas S. Monson.

Dirigida por: Elaine S. Dalton. Oração deabertura: Abigail Pinegar. Oração de encer-ramento: Katee Elizabeth Gar. Música porum coro de Moças das estacas de Ameri-can Fork, Utah; regente: Merrilee Webb;organista: Bonnie Goodlie. “Vinde, ÓFilhos do Senhor”, Hinos , nº 27, arr. Wilberg,pub. Jackman; “As Zion’s Youth in LatterDays” [Juventude de Sião nos Últimos Dias], Hymns , nº 256, arr. Kasen, pub. Jackman; “O Amor do Salvador”, Músicas para Crianças ,p. 74; “Beautiul Savior”, Children’s Songbook ,p. 62, medley arr. Webb, não publicado

(violoncelo: Daphne O’Rullian); “No Monte

Bandeira”, Hinos , nº 4.

GRAVAÇÃO DAS SESSÕES DA CONFERÊNCIAPara acessar os discursos da conerênciageral em vários idiomas pela Internet, visiteo site conerence.LDS.org. Selecione umidioma. Geralmente, dois meses após a conerência, as gravações também são disponiblizadas nos Centros de Distribuição.

MENSAGENS DE MESTRES FAMILIARES EPROFESSORAS VISITANTESPara as mensagens de mestres amiliares eproessoras visitantes, escolha um discursoque mais atenda às necessidades daqueles a

quem você visita.

NA CAPA Primeira capa: Fotograa: Derek Israelsen.Última capa: Fotograa: Cody Bell.

FOTOGRAFIAS DA CONFERÊNCIA  As cenas da conerência geral em Salt LakeCity oram enviadas por Craig Dimond, Welden C. Andersen, John Lucas, Matthew ReieChristina Smith, Cody Bell, Les Nilsson, Weston Colton, Sarah Jensen, Derek Israelsen,Scott Davis, Kristy Jordan e Randy Collier;na Albânia, por Rebekah Atkin; na Argen-tina, por Mariano Gabriel Castillo; no Brasil,

por Laureni Fochetto e Sandra Rozados; naInglaterra, por John Krebs; na França, porSebastien Mongas; em Guam, por Susan

 Anderson; na Guatemala, por Jordan Franciem Idaho, EUA, por Luke Phillips; na Índia,por Margaret Elliott; em Minnesota, EUA,por Rhonda Harris; e na Rússia, por AndreySemenov.

Resumo da 182ª Conferência Geral Anual

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M a i o d e 2 0 1 2

LISTA DE ORADORES Andersen, Neil L., 111Ballard, M. Russell, 97Baxter, David S., 37Beck, Julie B., 83Bednar, David A., 48Christoerson, D. Todd, 86Cook, Mary N., 120Cook, Quentin L., 41Dalton, Elaine S., 123Dibb, Ann M., 117Edgley, Richard C., 52

Esplin, Cheryl A., 10Evans, David F., 106Eyring, Henry B., 23, 62Haleck, O. Vincent, 101Hales, Robert D., 34Hallstrom, Donald L., 13Holland, Jerey R., 31Koelliker, Paul E., 16Monson, Thomas S., 4, 66,

90, 115, 126Nelson, Russell M., 77Oaks, Dallin H., 19Ochoa, Adrián, 55Packer, Boyd K., 6Perry, L. Tom, 94Pieper, Paul B., 109Rasband, Ronald A., 80Scott, Richard G., 45Soares, Ulisses, 39Uchtdor, Dieter F., 27, 58, 70

 Wilson, Larry Y., 103

ÍNDICE POR ASSUNTO Adversidade, 4, 23, 80, 94,

115 Amor, 16, 106 Arbítrio, 39, 103 Arrependimento, 70 Ativação, 52, 55, 106 Autoridade, 48, 86 Autossuciência, 34Casamento, 6, 97Cobiça, 31, 77Conerência geral, 4

Conhecimento, 120Convênios, 39, 62Conversão, 13Coragem, 117Crianças, 6, 10Dever, 66Dignidade, 55Discipulado, 101, 111Educação, 120Ensino, 10Escrituras, 41Espírito Santo, 10, 45, 58,

101, 109, 115Evangelho, 13Exemplo, 16, 39, 55, 117, 123Expiação, 19, 31Família, 6, 16, 37, 41, 62, 70,

83, 97, 115Fé, 23, 37, 41, 83, 111, 126Gratidão, 4, 77Inspiração, 45, 109

 Jesus Cristo, 19, 23, 31, 39,77, 86, 90, 111

Libertação, 94Livro de Mórmon, 41, 94Maternidade, 37, 120

Misericórdia, 70Morte, 90Necessidades especiais, 80Obediência, 39, 126Obra missionária, 16, 19,

101, 106O crescimento da Igreja, 4Organização da Igreja, 13Padrões, 117, 123Pais que criam sozinhos o

lhos, 37Paternidade/maternidade

6, 37, 103Perdão, 31, 70Perseverança, 126Perspectiva, 90Plano de salvação, 13, 77,

80, 90Prioridades, 97Proetas, 83, 86Ressurreição, 90Retidão, 48Revelação, 45Sacerdócio, 48, 52, 55, 58,

62, 66, 103Sacerdócio Aarônico, 55Sacramento, 34

Sacriício, 19Sagrado, 109Serviço, 19, 34, 37, 58, 66,

83Sociedade de Socorro, 83

 Trabalho do templo, 19,34, 62

 Virtude, 123 Visão, 101

MAIO DE 2012 VOL. 65 Nº 5A LIAHONA 10485 059

Revista Internacional em Português de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer, L. Tom Perry,Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, RichardG. Scott, Robert D. Hales, Jerey R. Holland, David A. Bednar,Quentin L. Cook, D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Paul B. PieperConsultores: Keith R. Edwards, Christoel Golden Jr.,Per G. Malm

Diretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg

Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditores Associados: Susan Barrett, Ryan CarrEquipe Editorial: Brittany Beattie, David A. Edwards,Matthew D. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Carrie Kasten,Jennier Maddy, Lia McClanahan, Melissa Merrill, Michael R.Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J. Perkey, Chad E. Phares,Jan Pinborough, Paul VanDenBerghe, Marissa A. Widdison,Melissa Zenteno

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersDiagramadores Seniores: C. Kimball Bott, Colleen Hinckley,Eric P. Johnsen, Scott M. MooyEquipe de Diagramação e Produção: Collette Nebeker Aune,Connie Bowthorpe Bridge, Howard G. Brown, Julie Burdett,Bryan W. Gygi, Kathleen Howard, Denise Kirby, Ginny J. Nilson,Gayle Tate RaertyPré-Impressão: Je L. Martin

Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes

Distribuição: Corporação do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Steinmühlstrasse 16, 61352 BadHomburg v.d.H., Alemanha.

Para assinatura ou mudança de endereço, entre em contatocom o Serviço ao Consumidor. Ligação Gratuita: 00800 29502950. Teleone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preço da assinatura para umano: € 3,75 para Portugal, € 3,00 para Açores e CVE 83,5 paraCabo Verde.

Para assinaturas e preços ora dos Estados Unidos e doCanadá, acesse o site store.LDS.org ou entre em contatocom o Centro de Distribuição local ou o líder da ala oudo ramo. Envie manuscritos e perguntas online paraliahona.LDS.org; pelo correio, para: Liahona, Room 2420,50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA;ou por e-mail, para: [email protected].

 A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca “bússola”ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama,búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, chinês (simplifcado),coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fjiano, fnlandês, rancês, grego, holandês, húngaro, indonésio,inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe,marshallês, mongol, norueguês, polonês, português, quiribati,romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano,tcheco, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidadevaria de um idioma para outro.)

© 2012 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso nos Estados Unidos da América.

O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,

50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail:[email protected].

For Readers in the United States and Canada:May 2012 Vol. 65 No. 5. LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese(ISSN 1044-3347) is published monthly by The Church o JesusChrist o Latter-day Saints, 50 E. North Temple St., Salt Lake City,UT 84150. USA subscription price is $10.00 per year; Canada,$12.00 plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at SaltLake City, Utah. Sixty days’ notice required or change o address.Include address label rom a recent issue; old and new addressesmust be included. Send USA and Canadian subscriptions to SaltLake Distribution Center at address below. Subscription help line:1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, AmericanExpress) may be taken by phone. (Canada Poste Inormation:Publication Agreement #40017431)

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4 A L i a h o n a

Presidente Thomas S. Monson

reúnam multidões enurecidas, queexércitos sejam mobilizados, mesmoque haja calúnias e diamações, a

 verdade de Deus avançará com coragem, nobreza e independência, atéque tenha penetrado cada continent

 visitado cada clima, entrado em cadapaís e soado em cada ouvido, até quos propósitos de Deus sejam cum-pridos e o grande Jeová diga que otrabalho está terminado”.1

Há muitas coisas diíceis e desa-adoras no mundo de hoje, meusirmãos e irmãs, mas também há

Meus amados irmãos e irmãs,ao reunir-nos mais uma vezem uma conerência geral

da Igreja, dou-lhes as boas-vindase expresso meu amor por vocês.

Reunimo-nos a cada seis meses paraortalecer, incentivar e consolar unsaos outros e edicar a é. Estamosaqui para aprender. Alguns de vocêspodem estar buscando respostas paradúvidas e problemas que enrentamna vida. Alguns se debatem comdecepções ou perdas. Todos pode-mos ser individualmente iluminados,elevados e consolados ao sentir oEspírito do Senhor.

Caso haja mudanças que precisem

ser eitas em sua vida, vocês podemencontrar o incentivo e a coragempara azê-lo, ao ouvir as palavrasinspiradas que serão proeridas. Quetodos renovemos a determinação de

 viver de modo a sermos dignos lhose lhas de nosso Pai Celestial. Con-tinuemos a opor-nos ao mal, ondequer que ele seja encontrado.

Quão abençoados somos porestar na Terra num momento como

este — um momento maravilhosona longa história do mundo. Nãopodemos reunir-nos todos sob omesmo teto, mas podemos agoraparticipar da conerência por meio

das maravilhas da televisão, dorádio, da transmissão via cabo e viasatélite, e da Internet — até mesmode dispositivos móveis. Reunimo-nosalando vários idiomas, morando emmuitos países, mas todos com umasó é, uma só doutrina e um únicopropósito.

 A partir de um modesto princí-pio há 182 anos, nossa presençaé agora sentida no mundo inteiro.Esta grandiosa causa na qual esta-

mos engajados continuará a progre-dir, mudando e abençoando vidas.Nenhuma causa, nenhuma orça nomundo inteiro pode parar a obra deDeus. A despeito do que vier, estagrandiosa causa vai avançar. Lembre-mos as palavras proéticas do Proeta

 Joseph Smith: “A mão do ímpio nãoconseguirá barrar o progresso daobra; mesmo que sejam defagra-das violentas perseguições, que se

S ES S ÃO DA MAN HÃ DE S ÁB ADO | 31 de março de 2012

Ao Reunir-nosNovamente Nosso Pai Celestial Se preocupa com cada um de nós e comnossas necessidades. Que fquemos plenos do Seu Espírito,ao participar desta conerência.

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M a i o d e 2 0 1 2

muito do que é bom e edicante.Conorme declaramos em nossadécima terceira regra de é: “Se hou-

 ver qualquer coisa virtuosa, amável,de boa ama ou louvável, nós aprocuraremos”. Continuemos semprea azê-lo.

 Agradeço a vocês por sua é edevoção ao evangelho. Agradeçopelo amor e cuidado que demons-tram uns para com os outros. Agra-deço pelo serviço que prestam emsuas alas e ramos e em suas estacas edistritos. É esse serviço que permite

que o Senhor leve a eeito muitos dosSeus propósitos aqui na Terra.

Expresso minha gratidão pela bon-

dade com que me recebem, aondequer que eu vá. Obrigado por suasorações em meu avor. Tenho sentidoessas orações e sinto imensa gratidãopor elas.

 Agora, meus irmãos e irmãs, viemos para ser instruídos e inspira-dos. Muitas mensagens serão com-partilhadas nos próximos dois dias.Posso assegurar-lhes que os homense as mulheres que vão alar-nos hoje

buscaram a ajuda e a orientação docéu ao preparar suas mensagens eoram inspirados a respeito do que

irão compartilhar conosco.Nosso Pai Celestial Se preocupacom cada um de nós e com nossasnecessidades. Que quemos plenosdo Seu Espírito, ao participar destaconerência, é minha sincera oração,no sagrado nome de nosso Senhor eSalvador Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph Smith, 2007, p. 149.

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6 A L i a h o n a

lugar em que a mulher o veria denovo, abri os braços e ele veio cor-rendo para mim. Eu o segurei no colo

Depois, como um gesto simbólicocoloquei-o sentado na cadeira doÉlder Tuttle. Após a última oração, omenininho aminto disparou para arua escura.

Quando voltei para casa, conteio que me acontecera ao PresidenteSpencer W. Kimball. Ele cou pro-undamente tocado e disse: “Você

segurava uma nação no colo”. Ele medisse, mais de uma vez: “O que lheaconteceu tem um signicado bemmaior do que você tem ideia”.

 Ao visitar quase 100 vezes os paíseda América Latina, procurei aquelemenino entre os rostos do povo.

 Agora sei o que o Presidente Kimballquis dizer.

Encontrei outro menino tremendode rio nas ruas de Salt Lake City. Eratarde da noite, em outro dia rio deinverno. Estávamos saindo de um

hotel, depois de um jantar de Natal.Descendo a rua, surgiram seis ou oitomeninos azendo algazarra. Todos eledeveriam estar em casa, longe do rio

Um menino não tinha casaco.Ficava pulando bem rápido paraaastar o rio. Desapareceu por umarua secundária, com certeza para umapartamento pequeno e velho, com

camiseta rasgada que lhe chegava aos joelhos.

 À esquerda do púlpito, havia umapequena mesa com uma bandeja depão para o sacramento. O amintoórão de rua viu o pão e se esgueiroudevagar junto à parede na direção

dele. Quando quase tinha chegado àmesa, uma mulher sentada no corre-dor o viu. Com um ríspido aceno decabeça, ela o expulsou dali para o rioda noite. Gemi em meu íntimo.

Mais tarde, o menininho voltou.Foi-se esgueirando junto a parede,alternando o olhar para o pão e paramim. Quando estava chegando ao

Presidente Boyd K. PackerPresidente do Quórum dos Doze Apóstolos

Há vários anos, numa noite ria,em uma estação erroviária do

 Japão, ouvi alguém bater na janela do carro-leito em que eu estava. Ali estava um menino tremendo derio, vestindo uma camisa rasgada,com um trapo sujo amarrado em

torno do queixo inchado. A cabeçaestava coberta de sarna. Tinha nasmãos uma lata enerrujada e umacolher, indicando ser um mendigoórão. Enquanto eu me esorçava paraabrir a porta para dar-lhe dinheiro, otrem partiu.

 Jamais me esquecerei daquelemenininho esomeado, de pé alino rio, segurando uma lata vazia.

 Tampouco esquecerei quão deso-lado me senti quando o trem partiu

lentamente, deixando-o ali de pé naplataorma. Alguns anos depois, em Cuzco,

uma cidade localizada no alto dos Andes, no Peru, o Élder A. Theodore Tuttle e eu realizávamos uma reuniãosacramental em um longo e compridosalão, que dava para a rua. Era noite,e enquanto o Élder Tuttle alava, ummenininho de uns seis anos apare-ceu na porta. Ele vestia apenas uma

E um MeninoPequeno Os GuiaráO marido e a mulher devem compreender que seu primeirochamado — um chamado do qual jamais serão desobrigados — é de um para com o outro e depois para com os flhos.

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uma cama sem cobertores sucientespara mantê-lo aquecido.

Naquela noite, quando me cobri,

z uma oração pelos que nãotinham uma cama com cobertor paraaquecê-los.

Minha base militar cava emOsaka, Japão, no término da SegundaGuerra Mundial. A cidade estava emruínas e as ruas estavam cobertas detijolos, entulhos e crateras de bombas.Embora a maioria das árvores tivessesido derrubada pelas explosões, res-tavam umas poucas ainda de pé, comos galhos e os troncos quebrados,

ousando azer brotar alguns ramos eolhas.Uma menininha trajando um

colorido quimono esarrapado estavaatareada colhendo olhas amarelasde sicômoro para azer um buquê. Acriança parecia indierente à devasta-ção que a cercava, enquanto vas-culhava os entulhos à procura de maisolhas para sua coleção. Ela encon-trara algo de belo que restava em

seu mundo. Talvez eu deva dizer queela era a beleza de seu mundo. Dealguma orma, ao pensar nela, sinto

minha é aumentar. Aquela criançapersonicava a esperança.

Mórmon ensinou que “as crianci-nhas (…) estão vivas em Cristo”1 enão precisam se arrepender.

Na virada do século anterior, doismissionários trabalhavam nas monta-nhas do sul dos Estados Unidos. Certodia, do alto de uma colina, viramalgumas pessoas reunidas numa cla-reira abaixo. Não era requente que osmissionários tivessem muitas pessoas

a quem pregar, por isso desceram atéa clareira.Um menininho tinha-se aogado, e

um uneral estava para ser realizado.Os pais mandaram chamar um minis-tro para “dizer algumas palavras” juntoao lho. Os missionários caram delonge, enquanto o ministro encarava opai e a mãe enlutados e começava seusermão. Se os pais esperavam receberconsolo daquele homem religioso,

cariam desapontados.Ele os repreendeu severamente po

não terem batizado o menino. Haviam

adiado o batismo, por um motivo ououtro, mas então era tarde demais.Disse-lhes de modo bem brusco queo menino tinha ido para o inerno. Ertudo culpa deles. Eram culpados pelotormento innito dele.

Depois que o sermão terminoue a sepultura oi coberta, os élderesse aproximaram dos pais enlutados.“Somos servos do Senhor”, disseramà mãe, “e temos uma mensagem para

 vocês”. Enquanto os pais lacrimosos

ouviam, os dois leram trechos dasrevelações e prestaram seu testemu-nho da restauração das chaves daredenção tanto de vivos quanto demortos.

 Tenho certa pena daquele prega-dor. Ele estava azendo o melhor quepodia com a luz e o conhecimentoque possuía. Porém, há mais do queele seria capaz de oerecer. Há a plentude do evangelho.

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Os élderes surgiram ali como con-soladores, como instrutores e comoservos do Senhor, como ministrosautorizados do evangelho de JesusCristo.

 As crianças de quem alei repre-sentam todos os lhos de nossoPai Celestial. “Eis que os lhos sãoherança do Senhor, e (…) bem-aven-turado o homem que enche deles asua aljava.”2

 A criação da vida é uma grande

responsabilidade para um homem euma mulher que são casados entre si.É o desao da mortalidade ser umamãe ou um pai digno e responsável.Nem o homem nem a mulher podegerar lhos sem o outro. Isso signicaque os lhos têm dois pais: um pai euma mãe. Nenhum padrão ou pro-cesso pode substituir esse modelo.

Há muito tempo, uma mulher mecontou chorando que havia come-tido um grave erro com o namorado,quando estava na aculdade. Fizera

um aborto. No devido tempo, eles seormaram, se casaram e tiveram outroslhos. Ela me contou como se sentiaatormentada ao olhar para sua amília,seus belos lhos, e ver em sua menteo espaço, agora vazio, deixado poraquele lho que altava.

Se aquele casal compreender eaplicar a Expiação, saberá que aqueleato e a dor relacionada a ele podemser apagados. Nenhuma dor dura parasempre. Não é ácil, mas nunca oi

dito que a vida seria ácil ou justa. Oarrependimento e a eterna esperançaproporcionados pelo perdão sempre

 valerão o esorço.Outro jovem casal me contou entre

lágrimas que havia acabado de con-sultar um médico que disse a eles quenão poderiam ter seus próprios lhos.Ficaram arrasados ao saber disso. Sur-preenderam-se quando eu lhes disseque, na verdade, eles eram muito

aortunados. Perguntaram por queeu diria uma coisa assim. Expliqueique o estado deles era innitamentemelhor do que o de casais que eramcapazes de ser pais, porém, rejeita-

 vam e evitavam de modo egoísta essaresponsabilidade.

Eu lhes disse: “Pelo menos vocêsquerem ter lhos, e esse desejo vaipesar muito a seu avor em sua vida

terrena e no mundo vindouro, porquelhes dará estabilidade espiritual eemocional. No nal, estarão em umasituação muito melhor porque quise-ram lhos e não puderam tê-los, emcomparação com os que podiam, masnão quiseram tê-los”.

Há ainda outros casais que per-manecem solteiros e, portanto, semlhos. Alguns, devido a circunstânciasque lhes ogem ao controle, criamlhos sozinhos, sem o cônjuge. Essas

condições são temporárias. No planoeterno das coisas — nem sempre namortalidade — os anseios e desejos

 justos serão realizados.“Se esperamos em Cristo só nesta

 vida, somos os mais miseráveis detodos os homens”.3

O propósito nal de toda a ati- vidade na Igreja é ver o marido e amulher e seus lhos elizes no lar, pro-tegidos pelos princípios e pelas leis do

evangelho, selados em segurança nosconvênios do sacerdócio eterno. Omarido e a mulher devem compreen-der que seu primeiro chamado — umchamado do qual jamais serão deso-brigados — é de um para com o outre depois para com os lhos.

Uma das grandes descobertas dopapel de pai ou mãe é que aprende-mos muito mais sobre o que real-

mente importa com nossos lhos doque aprendemos com nossos pais.Reconhecemos a verdade contida naproecia de Isaías, de que “um meninpequeno os guiará”.4

Em Jerusalém, “Jesus, chamandoum menino, o pôs no meio deles,

E disse: Em verdade vos digo que,se não vos converterdes e não voszerdes como meninos, de modoalgum entrareis no reino dos céus.

Portanto, aquele que se tornar

humilde como este menino, esseé o maior no reino dos céus”.5

“Jesus, porém, disse: Deixai osmeninos, e não os estorveis de vir amim; porque dos tais é o reino doscéus.

E, tendo-lhes imposto as mãos,partiu dali.”6

Lemos no Livro de Mórmon a res-peito da visita de Jesus Cristo ao NovMundo. Ele curou e abençoou as

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pessoas e ordenou que os pequeninosossem levados até Ele.Mórmon relatou: “Levaram, pois,

suas criancinhas e colocaram-nas nochão, ao redor dele; e Jesus cou nomeio; e a multidão cedeu espaço atéque todas as crianças ossem levadasa ele”.7

Depois, ele ordenou que as pes-soas se ajoelhassem. Com as criançasao Seu redor, o Salvador Se ajoelhoue proeriu uma oração a nosso Pai

Celestial. Após a oração, o Salvadorchorou “e pegou as criancinhas, umaa uma, e abençoou-as e orou por elasao Pai.

E depois de haver eito isso, choroude novo”.8

Posso compreender os sentimentosexpressos pelo Salvador em relaçãoàs crianças. Há muito que aprenderseguindo Seu exemplo ao procurar-mos orar, abençoar e ensinar “aquelespequeninos”.9

Fui o décimo de uma amília de

onze lhos. Pelo que sei, nem meupai nem minha mãe serviram em umcargo de destaque na Igreja.

Meus pais serviram elmente emseu mais importante chamado: o depais. Meu pai liderava nosso lar emretidão, nunca com raiva ou temor.E o vigoroso exemplo de meu paiera magnicado pelo terno conselhode minha mãe. O evangelho é umainfuência vigorosa na vida de todosnós da amília Packer e na geração

seguinte, e na seguinte e na seguinte,até onde podemos ver.Espero ser julgado como um

homem tão bom quanto meu pai. Antes de ouvir as palavras “bem está,servo bom e el”, de meu Pai Celestial,espero ouvi-las primeiro de meu paimortal.

Muitas vezes me questionei porque eu devia ser chamado apóstoloe depois Presidente do Quórum dos

Doze, apesar de ter vindo de um larem que o pai poderia ser chamado demenos ativo. Sou o único membro dosDoze que se encaixa nessa descrição.

Por m, pude ver e compreenderque isso pode ter acontecido porcausa das circunstâncias em queui chamado. E compreendi porqueprecisamos, em tudo o que azemosna Igreja, prover o caminho, comolíderes, para que pais e lhos se reú-nam em amília. Os líderes do sacer-

dócio precisam tomar cuidado paraazer com que a amília da Igreja sejaamigável.

Há muitas coisas em relação à apli-cação prática do evangelho de JesusCristo que não podem ser medidaspelas coisas que são contadas ou com-piladas nos registros de requência.

 Atareamo-nos com ediícios, orça-mentos, programas e procedimentos.

 Ao azê-lo, é possível deixar passardespercebido o próprio espírito doevangelho de Jesus Cristo.

Muito requentemente alguém meprocura e diz: “Presidente Packer, nãoseria bom se (…) ?”

Geralmente interrompo e digo“não”, porque suspeito que o que

 virá a seguir será uma nova atividadeou um programa que vai aumentar oardo de tempo e recursos nanceirosda amília.

O tempo dedicado à amília ésagrado e deve ser protegido e respei-tado. Pedimos a nossos membros que

demonstrem devoção a sua amília.Quando nos casamos, minhamulher e eu decidimos que aceitaría-mos os lhos que nos nascessem coma responsabilidade de cuidar de seunascimento e crescimento. No devidotempo, eles ormaram a própriaamília.

Duas vezes, em nosso casamento,na época do nascimento de doisde nossos menininhos, ouvimos o

médico dizer: “Acho que não vão conseguir car com este aqui”.Em ambas as ocasiões, isso ez com

que respondêssemos que daríamos anossa vida, se nosso lhinho pudessemanter a dele. Ao azermos essaoerta, demo-nos conta de que essamesma devoção é semelhante ao quenosso Pai Celestial sente a respeitode cada um de nós. Que pensamentosublime!

 Agora, no ocaso de nossa vida,

minha mulher e eu compreendemosque a amília pode ser eterna e temostestemunho disso. Se obedecermosaos mandamentos e vivermos plena-mente o evangelho, seremos protegi-dos e abençoados. Com nossos lhosnetos e bisnetos, nossa oração é quecada membro de nossa crescenteamília tenha a mesma devoção aesses preciosos pequeninos.

Pais e mães, da próxima vez queembalarem um lho recém-nascidonos braços, poderão ter uma visão

interior dos mistérios e propósito da vida. Compreenderão melhor por qua Igreja é como é, e por que a amíliaé a organização básica nesta vida e neternidade. Presto testemunho de queo evangelho de Jesus Cristo é verda-deiro, que o plano de redenção, queé chamado de o plano de elicidade,é um plano para as amílias. Oro aoSenhor para que as amílias da Igrejasejam abençoadas, os pais e os lhospara que esta obra siga adiante como

é da vontade do Pai. Presto essetestemunho em nome de Jesus Cristo Amém. ◼

NOTAS1. Morôni 8:12.2. Salmos 127:3, 5.3. I Coríntios 15:19.4. Isaías 11:6.5. Mateus 18:3–4.6. Mateus 19:14–15.7. 3 Né 17:12.8. 3 Né 17:21–22.9. 3 Né 17:24.

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possam sentir a infuência do Espíritoe, depois, ajudá-los a reconhecer oque sentiram.

Lembro-me de um teleonema querecebi de nossa lha Michelle, há

 vários anos. Com terna emoção, eladisse: “Mãe, acabo de vivenciar umacoisa incrível com a Ashley”. Ashleyé sua lha, que tinha cinco anos naépoca. Michelle disse que a Ashleypassara a manhã inteira brigandocom o Andrew, de três anos: um se

recusava a dividir as coisas e o outrobatia. Depois de ajudá-los a resolveras coisas, Michelle oi cuidar do bebê

Logo em seguida, Ashley oi cor-rendo dizer-lhe, zangada, que Andrewnão queria dividir. Michelle lembrou

 Ashley do compromisso que haviamassumido na noite amiliar de ser mabondosos uns com os outros.

Perguntou se ela queria orar epedir a ajuda do Pai Celestial, mas

 Ashley, ainda zangada, respondeuque não. Quando lhe oi perguntado

se ela acreditava que o Pai Celestialresponderia a sua oração, Ashleydisse que não sabia. A mãe pediu-lhque tentasse, e gentilmente tomou-lhe as mãos e ajoelhou-se com ela.

Michelle sugeriu que Ashleypedisse ao Pai Celestial que ajudasseo Andrew a dividir — e que a aju-dasse a ser bondosa. A ideia de queo Pai Celestial ajudaria seu irmãozi-nho a compartilhar agradou-a, e elacomeçou a orar, pedindo primeiro

que o Pai Celestial ajudasse o Andrewa dividir suas coisas. Ao pedir queEle a ajudasse a ser bondosa, elacomeçou a chorar. Ashley terminoua oração e escondeu a cabeça noombro da mãe. Michelle a abraçou eperguntou por que estava chorando.Ela disse que não sabia.

 A mãe disse: “Acho que sei porque você está chorando. Está com umsentimento bom?” Ashley ez que sim

Em uma revelação moderna dadapor intermédio do Proeta JosephSmith, o Senhor instruiu os pais aensinar os lhos a compreender adoutrina do arrependimento, da é emCristo, do batismo e do dom do Espí-rito Santo. Observem que o Senhor

não disse apenas que devemos“ensinar a doutrina”. Suas instruçõessão para que ensinemos nossos lhosa “compreender a doutrina” (ver D&C68:25, 28; grio da autora).

Em Salmos, lemos: “Dá-me enten-dimento, e guardarei a tua lei, eobservá-la-ei de todo o meu coração”(Salmos 119:34).

Para ensinar nossos lhos acompreender é preciso mais do queapenas transmitir inormações. Tra-

ta-se de ajudar nossos lhos a gravara doutrina no coração, de modo quese torne parte de seu próprio ser ese refita em suas atitudes e em seucomportamento, por toda a vida.

Né ensinou que o papel do Espí-rito Santo é levar a verdade “ao cora-ção dos lhos dos homens” (2 Né33:1). Nosso papel, como pais, éazer tudo o que pudermos para criarum ambiente no qual nossos lhos

Cheryl A. EsplinSegunda Conselheira na Presidência Geral da Primária

Com o passar dos anos, muitosdetalhes de minha vida camnebulosos, contudo, as lem-

branças mais vívidas são o nasci-mento de cada um de nossos lhos.O céu parecia tão próximo que, seeu quisesse, quase poderia evocar a

mesma reverência e assombro quesenti a cada vez que tomei nos braçosum daqueles preciosos bebês.

Nossos “lhos são herança doSenhor” (Salmos 127:3). Ele conhecee ama cada um deles com pereitoamor (ver Morôni 8:17). Que respon-sabilidade sagrada nosso Pai Celestialconou aos pais como sócios Seus natarea de ajudar Seus preciosos espí-ritos a tornar-se o que Ele sabe queeles podem vir a ser.

Esse privilégio divino de criar oslhos é uma responsabilidade grandedemais para cumprirmos sozinhos,sem a ajuda do Senhor. Ele sabe exa-tamente o que nossos lhos precisamsaber, o que precisam azer e o queprecisam ser para voltar a Sua pre-sença. Ele dá instruções e orientaçõesespecícas ao pai e à mãe por meiodas escrituras, de Seus proetas e doEspírito Santo.

Ensinar Nossos Filhosa Compreender Ensinar nossos flhos a compreender é mais do que apenas dar-lhes a inormação; é ajudá-los a gravar a doutrina nocoração.

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e a mãe prosseguiu: “Isso é o Espíritoajudando você a sentir-se assim. É omodo de o Pai Celestial lhe dizer quea ama e que vai ajudá-la”.

Perguntou se Ashley acreditavanaquilo, se acreditava que o PaiCelestial podia ajudá-la. Com osolhos cheios de lágrimas, ela respon-deu que sim.

 Às vezes, o modo mais ecaz deensinar nossos lhos a compreender

a doutrina é ensiná-la no contexto doque eles estão vivenciando naqueleexato momento. Esses momentossão espontâneos e não planejados,e acontecem no decorrer da vidaem amília. Vêm e vão tão rapida-mente que precisamos estar alertas ereconhecer um momento de ensinoquando nossos lhos nos procuramcom uma pergunta ou preocupação,quando não conseguem se dar bem

com os irmãos ou amigos, quandoprecisam controlar sua raiva, quandocometem um erro ou quando preci-sam tomar uma decisão (ver Ensino: Não Há Maior Chamado — Um Guiade Recursos para o Ensino do Evan- gelho, 2009, pp. 140–141; Relaciona-mento Conjugal e Familiar — Manual do Proessor , 2000, p. 58).

Se estivermos prontos e deixarmoso Espírito nos guiar nessas situações,

nossos lhos serão ensinados commais ecácia e compreensão.Igualmente importantes são os

momentos de ensino que ocorrem aoplanejarmos cuidadosamente certasocasiões habituais, como a oraçãoamiliar, o estudo das escrituras emamília, a noite amiliar e outras ativi-dades da amília.

Em toda situação de ensino, todoaprendizado e toda compreensão são

mais bem nutridos em um ambientede carinho e amor, no qual o Espíritoesteja presente.

Uns dois meses antes de os lhoscompletarem oito anos, um pai reser

 vava um tempo toda semana paraprepará-los para o batismo. A lhadisse que, quando chegou sua vez,ganhou dele um diário e sentaram-se

 juntos, apenas os dois, então conver-saram e compartilharam sentimentos

sobre princípios do evangelho. O paipediu que ela desenhasse um auxílio visual, à medida que conversavam,mostrando a existência pré-mortal,esta vida terrena e cada passo que elprecisaria dar para voltar a viver como Pai Celestial. Ele prestou testemu-nho de cada passo do plano de salvação, à medida que o ensinava a ela.

 Ao relembrar o que aconteceu,a lha, já adulta, disse: “Jamais

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esquecerei o amor que senti por meupai naqueles momentos que passa-mos juntos. (…) Creio que essa expe-

riência oi uma das principais razõespelas quais eu tinha um testemunhodo evangelho quando ui batizada”(ver Ensino, Não Há Maior Chamado,p. 129).

É preciso determinação e cons-tância para ensinar nossos lhos acompreender. É preciso ensinar porpreceito e exemplo, e principalmenteajudar nossos lhos a aplicar o queaprenderam.

O Presidente Harold B. Lee ensi-

nou: “Sem vivenciar um princípiodo evangelho na prática, é muitomais diícil acreditar nesse princípio”( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee , 2000, p. 121).

 Aprendi a orar ajoelhando-mecom minha amília na oração amiliar.

 Aprendi a linguagem da oração aoouvir meus pais orar e quando elesme ajudaram a azer minhas primeirasorações. Aprendi que podia conversar

com o Pai Celestial e pedir orientação. Todas as manhãs, sem alta, minha

mãe e meu pai nos reuniam em

 volta da mesa da cozinha, antes dodesjejum, e nos ajoelhávamos emamília para orar. Orávamos em todasas reeições. À noite, antes de dormir,todos nos ajoelhávamos na sala eencerrávamos o dia com uma oraçãoem amília.

Mesmo não compreendendomuitas coisas sobre a oração, quandocriança, ela se tornou parte daminha vida e permaneceu comigo.

 Ainda continuo a aprender, e minha

compreensão do poder da oraçãocontinua a crescer.O Élder Jerey R. Holland disse:

“Todos nós entendemos que osucesso da mensagem do evange-lho depende de seu ensino, de suacompreensão e, depois, de vivermosde tal maneira que sua promessa deelicidade e salvação possa ser alcan-çada” (“Ensinar e Aprender na Igreja”,reunião mundial de treinamento de

liderança, 10 de evereiro de 2007; o A Liahona, junho de 2007, p. 57).

 A plena compreensão das doutrinado evangelho é um processo de aprendizado para a vida inteira que vem“linha sobre linha, preceito sobre pre-ceito, um pouco aqui e um pouco ali”(2 Né 28:30). À medida que os lhosaprendem e aplicam o que apren-deram, sua compreensão aumenta,e isso conduz a mais aprendizado, amais ação e a uma compreensão aind

maior e mais duradoura.Podemos saber que nossos lhosestão começando a compreendera doutrina quando a vemos refe-tida em suas atitudes e ações, semameaças ou recompensas externas. Àmedida que nossos lhos aprendem compreender as doutrinas do evan-gelho, eles se tornam mais autossu-cientes e mais responsáveis. Passama ser parte da solução dos problemade nossa amília e azem uma contri-buição positiva ao ambiente de noss

lar e ao sucesso de nossa amília.Ensinamos nossos lhos a com-

preender aproveitando toda situaçãode ensino, convidando o Espírito,dando o exemplo e ajudando-os aaplicar o que aprenderam.

Quando tamos os olhos de umbebezinho, lembramos do hino:

Sou um flho de Deus, Não me desampareis  E hoje mesmo começai

 A ensinar-me as leis.

 Ensinai-me, ajudai-me  As leis de Deus guardar  Para que um dia eu váCom Ele habitar.(“Sou um Filho de Deus”, Hinos ,nº 193; grio da autora)

Façamos isso. Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

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Élder Donald L. HallstromDa Presidência dos Setenta2:20). Nesta que é a dispensação daplenitude dos tempos (D&C 128:18),o Senhor restaurou o que outroraexistia, dizendo especicamente aoProeta Joseph Smith: “E pelas tuasmãos estabelecerei uma igreja” (D&C31:7). Jesus Cristo era e é o cabeçade Sua Igreja representado na Terrapor proetas que possuem autoridadeapostólica.

Esta é uma Igreja magníca. Suaorganização, ecácia e pura bondade

são respeitadas por todos os que sin-ceramente procuram compreendê-la. A Igreja tem programas para as crian-ças, para os jovens, para os homense para as mulheres. Conta com maisde 18.000 belas capelas. Há templosmajestosos, hoje num total de 136,espalhados pela Terra, com outros 30em construção ou anunciados. Temosum exército de mais de 56.000 missionários de tempo integral, ormado po

 jovens e pessoas maduras, que servemem 150 países. O trabalho humanitári

da Igreja é uma maravilhosa mani-estação da generosidade de nossosmembros. Nosso sistema de bem-estacuida de nossos membros e promovea autossuciência de modo inigualá-

 vel. Nesta Igreja, temos líderes leigosabnegados e uma comunidade desantos disposta a servir uns aos outrode modo extraordinário. Nada há quese compare a esta Igreja no mundointeiro.

Quando nasci, nossa amília

morava num pequeno chalé, noterreno de uma das grandes e históri-cas capelas da Igreja, o Tabernáculode Honolulu. Peço hoje desculpas ameus queridos amigos do BispadoPresidente, que supervisionam aspropriedades da Igreja, mas quandoeu era menino percorri cada milí-metro daquela propriedade, desdeo undo do espelho d’água ao topoda parte interna da imponente torre

necessário que houvesse um Salvador.Quando Eloim, o Deus Eterno e Pai de

nosso espírito, apresentou Seu planode salvação, houve um entre nós quedisse: “Eis-me aqui, envia-me” (Abraão3:27). Seu nome era Jeová.

Nascido de um Pai Celestial, tantoespiritual quanto sicamente, Elepossuía a onipotência para vencer omundo. Nascido de uma mãe terrena,estava sujeito à dor e ao sorimento damortalidade. O grande Jeová tam-bém oi chamado de Jesus e recebeuadicionalmente o título de Cristo, que

signica o Messias ou o Ungido. Suamais importante realização oi a Expia-ção, por meio da qual Jesus, o Cristo,“desceu abaixo de todas as coisas”(D&C 88:6), o que Lhe possibilitoupagar um resgate redentor por todosnós, individualmente.

 A Igreja oi estabelecida por JesusCristo durante Seu ministério terreno,“[edicada] sobre o undamento dosapóstolos e dos proetas” (Eésios

Adoro o evangelho de JesusCristo e A Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias. Às vezes, usamos os termos evangelho e Igreja como se ossem a mesma coisa,mas não são. No entanto, eles estãoprimorosamente inter-relacionados,e precisamos dos dois.

O evangelho é o glorioso planode Deus por meio do qual nós, Seuslhos, temos a oportunidade de rece-ber tudo o que o Pai tem (ver D&C84:38). Isso se chama vida eterna e oidescrito como “o maior de todos os

dons de Deus” (D&C 14:7). Uma parte vital do plano é nossa vida mortal,uma época para desenvolvermos a é(ver Morôni 7:26), arrepender-nos (verMosias 3:12) e reconciliar-nos comDeus (ver Jacó 4:11).

Como nossas raquezas mortais e a“oposição em todas as coisas” (2 Né2:11) tornariam esta vida prounda-mente diícil, e como não poderíamoslimpar nossos próprios pecados, era

Convertidos a SeuEvangelho por

Intermédio de SuaIgrejaO propósito da Igreja é ajudar-nos a viver o evangelho.

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iluminada. Até me balancei (como Tarzã) nos longos cipós que brotavamdas imensas gueiras que havia napropriedade.

 A Igreja era tudo para nós. Fre-quentávamos muitas reuniões, atémais do que as que temos hoje.

 Assistíamos à Primária nas tardes dequinta-eira. As reuniões da Sociedadede Socorro eram nas manhãs de terça-eira. A Mutual para os jovens era nasnoites de quarta-eira. O sábado era

para as atividades da ala. Aos domin-gos, os homens e rapazes iam para areunião do sacerdócio pela manhã.

 Ao meio-dia, requentávamos a EscolaDominical. Depois, à noite, voltáva-mos para a reunião sacramental. Comas idas e vindas e as reuniões, pareciaque nosso tempo era inteiramentetomado pelas atividades da Igrejadurante todo o domingo e na maioriados dias da semana.

Por mais que eu amasse a Igreja,oi naquela época da minha inân-

cia que, pela primeira vez, senti quehavia algo mais. Quando eu tinhacinco anos, uma importante cone-rência oi realizada no tabernáculo.Caminhamos pela viela em que morá-

 vamos, atravessamos uma pequenaponte que conduzia ao imensoediício e nos sentamos na décimaleira da grande capela. Quem pre-sidiu e alou na reunião oi David O.McKay, o Presidente da Igreja. Nãome lembro do que ele disse, mas

recordo vividamente o que vi e o quesenti. O Presidente McKay trajava umterno cor creme e tinha uma aparên-cia muito nobre com seus cabelosbrancos ondulados. Na tradição dasilhas, ele usava um colar havaiano defores vermelhas. Quando ele alou,senti algo muito intenso e muitopessoal. Mais tarde, compreendi queestava sentindo a infuência do SantoEspírito. Cantamos o último hino.

Quem segue ao Senhor?  Hoje iremos ver.Clamemos sem temor Quem segue ao Senhor? (“Quem Segue ao Senhor?”, Hinos ,nº 150)

 Aquelas palavras oram cantadaspor quase 2.000 pessoas, mas pare-ceu-me ser uma pergunta eita apenaspara mim, e tive vontade de me levan-tar e dizer: “Eu sigo!”

 Alguns acham que a atividade naIgreja é a meta nal. Há um perigonisso. É possível alguém ser ativo naIgreja e menos ativo no evangelho.

Deixem-me salientar um ponto: aatividade na Igreja é uma meta muitodesejável, contudo é insuciente. Aatividade na Igreja é uma indicaçãoexterna de nosso desejo espiritual. Serequentamos as reuniões, recebemose cumprimos responsabilidades naIgreja e servimos ao próximo, isso éobservado publicamente.

Em contrapartida, as coisas doevangelho geralmente são menos

 visíveis e mais diíceis de medir, mas

são da maior importância eterna. Porexemplo: quanta é temos realmente?Quão arrependidos estamos? Quãosignicativas são as ordenanças em

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nossa vida? Quão concentrados esta-mos em nossos convênios?Repito: precisamos do evangelho e  

da Igreja. Na verdade, o propósito daIgreja é ajudar-nos a viver o evange-lho. Frequentemente nos pergunta-mos: Como é que alguém pode serplenamente ativo na Igreja, quando

 jovem, e depois deixar de ser, ao carmais velho? Como pode um adultoque requentava e servia regularmenteparar de vir à Igreja? Como pode

uma pessoa que cou decepcionadacom um líder ou com outro membropermitir que isso encerre sua partici-pação na Igreja? Talvez o motivo sejaque eles não estavam sucientementeconvertidos ao evangelho, às coisas daeternidade.

Sugiro três meios undamentais deazer com que o evangelho seja nossoalicerce:

1.  Aproundar nossa compreensão de  Deus . Um conhecimento proundo

dos três membros da Trindade eo amor que sentimos por Eles sãocoisas indispensáveis. Orar cons-cientemente ao Pai, em nome doFilho, e buscar a orientação doEspírito Santo. Unir a oração aoestudo constante e a humilde refe-

 xão para edicar continuamenteuma é inabalável em Jesus Cristo.“Pois como conhece um homemo mestre a quem não serviu e quelhe é estranho e que está longe dos

pensamentos e desígnios de seucoração?” (Mosias 5:13.)2. Concentrar-nos nas ordenanças e 

nos convênios. Se houver algumaordenança essencial que ainda altaser realizada em sua vida, prepa-re-se conscientemente para recebercada uma delas. Depois, precisa-mos disciplinar-nos para viver el-mente nossos convênios, usandoplenamente a dádiva semanal do

sacramento. Muitos de nós nãoestamos sendo constantementemudados por seu poder puricadordevido a nossa alta de reverênciapor essa sagrada ordenança.

3. Unir o evangelho com a Igreja. Ao concentrar-nos no evangelho,a Igreja se tornará uma bênçãomaior, e não menor, em nossa vida.Se ormos a cada reunião prepara-dos para “[procurar] conhecimento,sim, pelo estudo e também pela

é” (D&C 88:118), o Santo Espírito vai ser nosso proessor. Se ormospara nos entreter, com requêncianos rustraremos. Perguntaramcerta vez ao Presidente Spencer W.Kimball: “O que você az quandoestá numa reunião sacramentalentediante?” Sua resposta: “Não sei.Nunca estive numa reunião assim”(citado por Gene R. Cook, emGerry Avant, “Learning Gospel Is

Lietime Pursuit”, Church News , 24de março de 1990, p. 10).

Em nossa vida, devemos desejaraquilo que aconteceu depois queo Senhor visitou o povo do NovoMundo e estabeleceu Sua Igreja.Lemos nas escrituras: “E aconteceuque, assim, [Seus discípulos] andarampelo meio de todo o povo de Née pregaram o evangelho de Cristoa todas as pessoas de toda a ace

daquela terra; e elas oram converti-das ao Senhor e uniram-se à Igreja dCristo; e assim oi abençoado o povodessa geração” (3 Né 28:23).

O Senhor quer que os membrosde Sua Igreja se convertam plena-mente a Seu evangelho. Esse é oúnico meio seguro de termos segu-rança espiritual agora e elicidadepara sempre. Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

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por desconhecerem os procedimentodaquele Deus que os havia criado(1 Né 2:12).

 Talvez já tenhamos sentido arustração que Leí sentiu em relaçãoa seus dois lhos mais velhos. Aonos depararmos com um lho que seaasta do caminho, um pesquisadorque não se compromete ou um élderem perspectiva que não se interessa,nosso coração se compadece comoo de Leí, e nos perguntamos: “Como

posso ajudá-los a sentir e a ouvir oEspírito para que não sejam arrastadopelas distrações do mundo? Vie-ram-me à mente duas escrituras quepodem ajudar-nos a encontraro caminho em meio a essas distraçõee a sentir o poder do amor de Deus.

Né revela uma das chaves daporta do aprendizado por meio desua própria experiência: “Eu, Né,(…) tendo também grande desejo desaber dos mistérios de Deus, clamei,portanto, ao Senhor; e eis que ele me

 visitou e enterneceu meu coração,de maneira que acreditei em todasas palavras que meu pai dissera; poresta razão não me revoltei contra ele,como meus irmãos” (1 Né 2:16).

O desejo de conhecer, ao serdespertado, permite que nossa sen-sibilidade espiritual ouça a voz docéu. Encontrar um meio de despertare nutrir esse desejo é a jornada e aresponsabilidade de cada um de nós:missionários, pais e mães, proessores

líderes e membros. À medida que sentirmos esse desejo de estimular nossocoração, estaremos preparados paranos beneciar com o aprendizado dasegunda escritura que quero citar.

Em junho de 1831, quando osprimeiros líderes da Igreja receberamchamados, oi dito a Joseph Smith qu“Satanás está solto na terra, enga-nando as nações”. Para combater essainfuência perturbadora, o Senhor

desejo de conhecer mais a respeito doPai Celestial? Como podemos ajudá-lasa sentir Seu Espírito? Como podemosajudá-las a saber que as amamos?”

Em minha mente, imaginei comoseriam aqueles dois rapazes três ouquatro anos depois de terminar suamissão. Visualizei-os após teremencontrado sua companheira eterna,quando estivessem servindo em um

quórum de élderes ou ensinando umgrupo de jovens. Em vez de pensarem seus pesquisadores, eles ariamas mesmas perguntas a respeito dosmembros de seu quórum ou dosrapazes que eles caram encarregadosde cuidar. Vi como sua experiênciamissionária poderia ser utilizada comoum padrão para nutrir outras pessoaspor todo o restante de sua vida. Àmedida que esse exército de discípu-los justos retorna da missão para os

 vários países do mundo inteiro, eles setornam contribuintes vitais na obra deestabelecimento da Igreja.

O proeta Leí do Livro de Mór-mon pode ter ponderado as mesmasperguntas que aqueles missionárioszeram ao ouvir a resposta de seuslhos à orientação e visão que elehavia recebido: “E assim Lamã eLemuel, sendo os mais velhos, mur-muravam contra o pai. E murmuravam

Élder Paul E. KoellikerDos Setenta

Amo estar com os missioná-rios de tempo integral. Elessão cheios de é, esperança e

genuína caridade. Sua experiênciamissionária é como uma minividaembalada em 18 a 24 meses. Chegamcomo bebês, com grande apetitepara aprender, e saem como adultosamadurecidos, aparentemente prontospara conquistar todo e qualquer

desao que lhes or apresentado. Tam-bém amo os dedicados missionáriosseniores, que são cheios de paciên-cia, sabedoria e serena certeza. Elestrazem uma dádiva de estabilidadee amor para o ambiente cheio deenergia juvenil que os cerca. Juntos, osmissionários jovens e os casais senio-res são uma vigorosa e perseveranteorça para o bem que está exercendouma prounda infuência na vida delese na vida das pessoas que são tocadas

por seu serviço.Recentemente, ouvi dois dessesexcelentes jovens missionários analisarsuas experiências e seus esorços.Naquele momento de refexão, elesavaliaram as pessoas que contataramno dia, algumas das quais se mostra-ram mais interessadas que as outras.

 Ao pensarem naquelas circunstâncias,perguntaram-se: “Como podemosajudar cada pessoa a desenvolver o

Ele Realmente Nos AmaGraças a esse padrão da amília concebido no céu,compreendemos melhor como nosso Pai Celestial realmente ama igual e plenamente cada um de nós.

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disse que nos daria “um modelo emtodas as coisas, para que não [sejamos]enganados” (D&C 52:14).

Os modelos são padrões, guias,

passos repetitivos ou caminhos queseguimos para permanecer alinhadoscom os propósitos de Deus. Se oremseguidos, vão manter-nos humildes,despertos e capazes de discernir a vozdo Santo Espírito das vozes que nosdistraem e nos conduzem para longe.O Senhor então nos instruiu, dizendo:“E também aquele que estremece sobo meu poder será ortalecido e produ-zirá rutos de louvor e sabedoria, deacordo com as revelações e verdades

que vos dei” (D&C 52:17). A bênção da humilde oração, pro-erida com real intenção, permite queo Espírito Santo toque nosso coraçãoe nos ajude a lembrar o que sabíamosantes de nascer nesta vida mortal. Àmedida que compreendemos clara-mente o plano de nosso Pai Celestialpara nós, começamos a reconhecernossa responsabilidade de ajudar osoutros a aprender e a compreender

Seu plano. Intimamente ligado aoauxílio que prestamos às pessoas estáo modo como vivemos pessoalmentee aplicamos o evangelho em nossa

 vida. Quando realmente vivemos oevangelho no padrão ensinado peloSenhor Jesus Cristo, nossa capaci-dade de ajudar os outros aumenta.O seguinte relato é um exemplo decomo esse princípio pode uncionar.

Dois jovens missionários bateramem uma porta, esperando encontraralguém que aceitasse sua mensagem.

 A porta se abriu e um homem bemcorpulento os cumprimentou comuma voz pouco amigável. “Acho que

 já lhes disse para não bater na minhaporta de novo. Eu avisei a vocês quese voltassem, não teriam uma expe-riência agradável. Agora, deixem-meem paz.” E rapidamente echou aporta.

Quando os élderes se puseram acaminhar, o missionário mais velho eexperiente pôs o braço no ombro domissionário mais novo para consolá-loe encorajá-lo. Sem que soubessem, o

homem os observava da janela paracerticar-se de que tinham entendidosua mensagem. Ele esperava vê-losrindo e zombando de sua resposta

grosseira à tentativa que zeramde conversar com ele. Contudo, aotestemunhar a expressão de bon-dade entre os dois missionários, seucoração imediatamente se abrandou.

 Abriu novamente a porta e pediu aosmissionários que voltassem e compartilhassem sua mensagem com ele.

É quando cedemos à vontadede Deus e vivemos Seu padrão quesentimos Seu Espírito. O Salvadorensinou: “Nisto todos conhecerão que

sois meus discípulos, se vos amardesuns aos outros” (João 13:35). Esseprincípio de amar uns aos outros ede desenvolver nossa capacidadede centralizar-nos em Cristo e emnosso modo de pensar, alar e agir éundamental para que nos tornemosdiscípulos de Cristo e ensinemos Seuevangelho.

O despertar desse desejo nosprepara para procurar os padrões

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prometidos. A procura dos padrões

nos conduz à doutrina de Cristo,conorme oi ensinada pelo Salvadore Seus líderes proetas. Um padrãodessa doutrina é perseverar até o m:“E abençoados os que procuraremestabelecer a minha Sião naqueledia, pois terão o dom e o poder doEspírito Santo; e se perseverarem atéo m, serão levantados no últimodia e serão salvos no reino eterno doCordeiro” (1 Né 13:37).

Qual é o meio mais importante de

desrutar o dom e poder do EspíritoSanto? É o poder que advém do atode sermos éis discípulos de JesusCristo. É nosso amor por Ele e pornosso semelhante. Foi o Salvador quedeniu o padrão de amor quandonos ensinou: “Um novo manda-mento vos dou: Que vos ameis unsaos outros; como eu vos amei a vós,que também vós uns aos outros vosameis” (João 13:34).

O Presidente Gordon B. Hinckley

conrmou esse princípio quandodisse: “Amar ao Senhor não é ape-nas um conselho; não é apenas umdesejo. É um mandamento. (…) Oamor a Deus é a raiz de toda virtude,de toda bondade, de toda orça decaráter, de toda delidade ao bem”(“Palavras do Proeta Vivo”, A Lia-hona, dezembro de 1996, p. 8).

O plano do Pai determinou opadrão da amília que nos ajuda aaprender, aplicar e compreender o

poder do amor. No dia em que minhaamília oi organizada, minha querida Ann e eu omos ao templo e zemoso convênio do casamento. Eu achavaque a amava muito naquele dia, mastinha apenas começado a ter a visãodo amor. À medida que cada um denossos lhos e netos entrou em nossa

 vida, nosso amor aumentou para queamássemos igual e plenamente cadaum deles. Parece não haver m à

capacidade de expansão do amor.O sentimento de amor provenientede nosso Pai Celestial é como umaorça de atração gravitacional do céu.

 Ao removermos as distrações que nopuxam para o mundo e exercermosnosso arbítrio para buscá-Lo, abrimoso coração a uma orça celestial quenos conduz a Ele. Né descreveuo impacto dessa orça como sendogrande a ponto de “até consumir-[lhe]a carne” (2 Né 4:21). Ele ez com qu

 Alma cantasse “o cântico do amor quredime” (Alma 5:26; ver também o vesículo 9). Tocou Mórmon de tal modoque ele nos aconselhou a “[orar] (…)com toda a energia de [nosso] cora-ção”, para que possamos estar cheiosde Seu amor (Morôni 7:48).

 Tanto as escrituras modernasquanto as antigas estão repletas delembretes do eterno amor do PaiCelestial por Seus lhos. Tenho cer-teza de que os braços de nosso PaiCelestial estão constantemente esten

didos, sempre prontos a abraçar cadum de nós e a dizer a cada um comaquela voz serena e penetrante:“Amo você”.

Graças a esse padrão da amíliaconcebido no céu, compreendemosmelhor como nosso Pai Celestialrealmente ama igual e plenamentecada um de nós. Testico que issoé verdade. Deus nos conhece e nosama. Ele nos deu a visão de Suasanta habitação e chamou proetas e

apóstolos para ensinar os princípiose padrões que nos levarão de voltaa Sua presença. Ao nos esorçarmospor despertar em nós e em outraspessoas o desejo de saber, e ao vivermos os padrões que descobrirmos,nos achegaremos a Ele. Testico que

 Jesus é verdadeiramente o Filho deDeus, nosso Exemplo, nosso amadoRedentor, e digo isso em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

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martírios mais trágicos da é cristã.Muitos cristãos oereceram sacrií-cios voluntários motivados pela é emCristo e por seu desejo de servi-Lo.

 Alguns decidiram dedicar toda a vidaadulta a serviço do Mestre. Esse nobrgrupo inclui os que azem parte dasordens religiosas da Igreja Católica eos que dedicaram uma vida inteirade serviço como missionários cristãosnas várias religiões protestantes. Osexemplos deles são desaadores e

inspiradores, mas a maioria dos quecreem em Cristo não precisam nemconseguem dedicar a vida inteira aoserviço religioso.

II.Para a maioria dos seguidores de

Cristo, nossos sacriícios envolvemcoisas que azemos cotidianamenteem nossa vida pessoal normal. Nessesentido, não conheço nenhum grupocujos membros açam mais sacriíciosdo que os santos dos últimos dias.

Seus sacriícios, meus irmãos e irmãs,contrastam imensamente com a buscade realização pessoal que vemos nomundo.

Meu primeiro exemplo são os pioneiros mórmons. Seu épico sacriíciode vidas, de relacionamentos amiliares, de lares e de conorto az partedo alicerce do evangelho restauradoSarah Rich explicou o que motivavaaqueles pioneiros ao descrever a ocasião em que seu marido, Charles, oi

chamado para uma missão: “Aqueleoi um momento realmente diícilpara mim e para meu marido, mas odever nos chamou a separar-nos umdo outro por um tempo, e sabendoque [estávamos] obedecendo à von-tade do Senhor, sacricamos nossospróprios sentimentos para estabele-cer a obra (…) de ajudar a edicar oReino de Deus na Terra”.4

 Atualmente, a orça mais visível da

no plano do evangelho. Nosso Salva-dor exige que continuemos a oerecersacriícios, mas os sacriícios que Eleagora ordena que açamos “[é o] sacri-ício [de] um coração quebrantadoe um espírito contrito” (3 Né 9:20).Ele também ordena que amemos esirvamos uns aos outros, ou seja, queoereçamos uma pequena imitaçãode Seu próprio sacriício, sacricandonosso próprio tempo e prioridades

egoístas. Em um hino inspirado,cantamos: “O sacriício traz bênçãoscelestiais”.3

 Abordarei esses sacriícios mortaisque nosso Salvador pede que aça-mos. Não incluirei os sacriícios quesomos compelidos a azer ou os atosmotivados por vantagens pessoais enão por serviço ou sacriício (ver2 Né 26:29).

I.

 A religião cristã tem uma históriade sacriícios, incluindo o maior detodos. Nos primeiros anos da EraCristã, Roma martirizou milhares porcausa da é que tinham em JesusCristo. Nos séculos subsequentes, àmedida que controvérsias doutriná-rias dividiram os cristãos, houve gru-pos que perseguiram e até mataramos membros de outros grupos. Cris-tãos mortos por outros cristãos são os

Élder Dallin H. OaksDo Quórum dos Doze Apóstolos

Osacriício expiatório de JesusCristo oi chamado de “o maistranscendental de todos os

acontecimentos desde a aurora dacriação até as innitas eras da eter-nidade”.1 Esse sacriício é a mensa-gem central de todos os proetas. Eleoi pregurado pelos sacriícios deanimais exigidos pela lei mosaica.Um proeta declarou que o signi-cado total deles “[indicava] aquele

grande e último sacriício [do] (…)Filho de Deus, sim, innito e eterno”(Alma 34:14). Jesus Cristo suportouum sorimento incompreensível paratornar-Se o sacriício pelos pecados detodos. Esse sacriício oereceu o maiorbem — o Cordeiro puro e imaculado— pelo maior mal — os pecados domundo inteiro. Nas memoráveis pala-

 vras de Eliza R. Snow:

“Seu sangue pelos homens deu,

e assim nos libertou;Seu sacriício de amor ao mundo resgatou”.2

Esse sacriício — a Expiação de Jesus Cristo — está no cerne do planode salvação.

O incompreensível sorimento de Jesus Cristo encerrou os sacriícios porderramamento de sangue, mas nãoencerrou a importância do sacriício

Sacriício Nossa vida de serviço e sacriício é a mais adequada expressãode nosso compromisso de servir ao Mestre e ao próximo.

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Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias é o serviço e o sacriícioabnegados de seus membros. Antesda rededicação de um de nossostemplos, um ministro cristão pergun-tou ao Presidente Gordon B. Hinckley

por que o templo não tinha nenhumarepresentação da cruz, o símbolomais comum da é cristã. O PresidenteHinckley respondeu que o símbolode nossa é cristã é “a vida de nossopovo”.5 Realmente, nossa vida deserviço e sacriício é a mais adequadaexpressão de nosso compromisso deservir ao Mestre e ao próximo.

III.Não temos um clero remunerado

com ormação prossional na Igrejade Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Por isso, os membros leigos quesão chamados para liderar e servir emnossas congregações têm de assumirtodo o ardo de nossas numerosasreuniões, nossos programas e nossasatividades da Igreja. Eles azem issoem mais de 14.000 congregações, ape-nas nos Estados Unidos e no Canadá.Evidentemente, não somos os únicos

que temos membros leigos na congre-gação, servindo como proessores elíderes. Mas o número de horas doa-das por nossos membros para instruire ministrar uns aos outros é extraordi-nariamente grande. Nosso empenho

em azer com que cada amília denossas congregações seja visitada pormestres amiliares a cada mês e quecada mulher adulta seja visitada porproessoras visitantes a cada mês é umexemplo disso. Não conheço nenhumserviço comparável em nenhumaorganização do mundo.

O exemplo mais conhecido deserviço e sacriício incomparáveis naIgreja é o trabalho de nossos missio-nários. Atualmente, eles são mais de

50.000 rapazes e moças, e mais de5.000 homens e mulheres adultos.Eles dedicam de seis meses a doisanos da vida para ensinar o evange-lho de Jesus Cristo e prestar serviçohumanitário em mais de 160 países domundo. Seu trabalho sempre envolvesacriício, inclusive os anos que dedi-cam ao trabalho do Senhor e tambémos sacriícios eitos para prover undospara seu sustento.

 Aqueles que permanecem nolar — os pais e outros membros daamília — também se sacricam pri-

 vando-se da companhia e do serviçodos missionários que enviaram. Um

 jovem brasileiro, por exemplo, rece-

beu o chamado missionário quandotrabalhava para sustentar os irmãose as irmãs, depois que o pai e a mãealeceram. Uma Autoridade Geralrelatou que esses irmãos e essas irmãse reuniram em conselho e lembraramque os alecidos pais lhes haviam ensnado a estarem sempre preparadospara servir ao Senhor. O rapaz aceitouseu chamado missionário, e um irmãode dezesseis anos assumiu a respon-sabilidade de trabalhar para sustentar

a amília.6

A maioria de nós conhecemuitos outros exemplos de sacriíciopara servir uma missão ou susten-tar um missionário. Não conheçonenhum outro serviço e sacriício

 voluntário como esse em nenhumaoutra organização do mundo.

Com requência nos perguntam:“Como é que vocês convencem seus

 jovens e seus membros idosos adeixar os estudos ou a aposentadoria

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para sacricar-se desse modo?” Ouvimuitos dar esta explicação: “Sabendoo que o Salvador ez por mim — Suagraça em sorer por meus pecadose vencer a morte para que eu possa

 viver novamente — sinto-me privile-giado em azer o pequeno sacriícioque me é pedido a Seu serviço. Querocompartilhar o entendimento que Eleme deu”. Como é que persuadimosesses seguidores de Cristo a servir?Um proeta explicou: “Simplesmente

pedimos a eles que o açam”.

7

Outros sacriícios resultantes doserviço missionário são os sacriíciosdaqueles que colocam em práticaos ensinamentos dos missionários ese tornam membros da Igreja. Paramuitos conversos, esses sacriícios sãoextremamente signicativos, incluindoa perda de amigos e do convívioamiliar.

Há muitos anos, numa conerênciacomo esta, ouvi alar de um rapazque conheceu o evangelho restau-

rado enquanto estudava nos EstadosUnidos. Quando esse homem estavaprestes a retornar a seu país de ori-gem, o Presidente Gordon B. Hinckleyperguntou o que aconteceria comele quando voltasse para casa comocristão. “Minha amília cará decepcio-nada”, respondeu o rapaz. “Pode ser

que me expulsem de casa e me consi-derem morto. Quanto ao meu uturo ea minha carreira, todas as oportunida-des me serão negadas.”

“Está disposto a pagar um preçotão alto pelo evangelho?” Perguntouo Presidente Hinckley.

Com lágrimas nos olhos, o rapazrespondeu: “É a verdade, não é?”Quando lhe oi respondido que sim,ele replicou: “Então, o que maisimporta?”8 Esse é o espírito de sacri-ício que há entre muitos de nossosmembros novos.

Outros exemplos de serviço e sacri-ício aparecem na vida dos membros

éis que servem em nossos templos.O serviço no templo é exclusivodos santos dos últimos dias, mas osignicado desse sacriício deve sercompreensível a todos os cristãos. Ossantos dos últimos dias não têm a tra-dição de serviço em um monastério,mas podemos compreender e honraro sacriício daqueles cuja é cristã osmotiva a dedicar a vida a essa ativi-dade religiosa.

Nesta conerência, há apenas umano, o Presidente Thomas S. Monsonrelatou um exemplo de sacriícioassociado ao serviço no templo. Um

pai e el santo dos últimos dias, deuma remota ilha do Pacíco, traba-lhou arduamente em um local distantpor seis anos para juntar o dinheironecessário para levar a mulher e osdez lhos para azer o casamento eo selamento para a eternidade no

 Templo da Nova Zelândia. O Presi-dente Monson explicou: “Aqueles quecompreendem as bênçãos eternas quadvêm do templo sabem que nenhumsacriício é grande demais, nenhum

preço é alto demais, nenhuma lutaé diícil demais para receber essasbênçãos”.9

Sinto-me grato pelos maravilhososexemplos de amor cristão, serviço esacriício que vi entre os santos dosúltimos dias. Vejo-os desempenhandoseus chamados da Igreja, geralmentecom grande sacriício de tempo erecursos. Vejo-os servindo missãocom seus próprios recursos. Vejo-os

Patzicía, Guatemala

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doando alegremente suas habilidadesprossionais a serviço de seus seme-lhantes. Vejo-os cuidando dos pobrespessoalmente ou por meio de contri-buições para o bem-estar e para osundos humanitários da Igreja.10 Tudoisso é conrmado em um estudo emâmbito nacional nos Estados Unidosque concluiu que os membros ativosde A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias “voluntariam-se edoam bem mais que a média dos

americanos, sendo muito mais genero-sos ao doarem tempo e dinheiro queos norte-americanos mais religiosos[20 por cento].”11

Esses exemplos de doação orta-lecem todos nós. Lembram-nos doensinamento do Salvador:

“Se alguém quiser vir após mim,renuncie-se a si mesmo, (…)

Porque aquele que quiser salvar asua vida, perdê-la-á, e quem perder asua vida por amor de mim, achá-la-á”(Mateus 16:24–25).

IV. Talvez o exemplo mais conhecido

e importante de serviço e sacriícioabnegados aconteça em nossa amília.

 As mães se dedicam a criar e educaros lhos. Os maridos se dedicam asustentar a mulher e os lhos. Ossacriícios envolvidos no serviço deimportância eterna prestado à amíliasão numerosos demais para mencio-nar e conhecidos demais para que

precisem ser lembrados. Também vejo abnegados santosdos últimos dias adotando crianças,inclusive as que têm necessidadesespeciais, procurando dar-lhes aesperança e a oportunidade que lhesoram negadas no passado. Vejo-oscuidando de amiliares e vizinhosacometidos de deeitos congênitos, deenermidades mentais ou ísicas, e doseeitos da idade avançada. O Senhor

os vê também, e Ele pediu que Seusproetas declarassem que “à medidaque vocês se sacricam uns pelosoutros e por seus lhos, o Senhor

 vai abençoá-los”.12

Creio que os santos dos últimosdias que oerecem serviço e sacriícioabnegados em reverente imitação denosso Salvador aderem mais plena-mente a valores eternos do quequalquer outro grupo de pessoas.

Os santos dos últimos dias consideramque seu sacriício de tempo e recursosaz parte de seu aprendizado e de suaqualicação para a eternidade. Essaé a verdade revelada em Lectures on Faith, que ensina que “uma religiãoque não exige o sacriício de todasas coisas jamais terá orça sucientepara produzir a é necessária para a

 vida e salvação. (…) É por meio dessesacriício, e dele somente, que Deusordenou que o homem deva desrutar

a vida eterna”.13

 Assim como o sacriício expiatóriode Jesus Cristo é um ponto central doplano de salvação, nós, seguidoresde Cristo, precisamos azer nossospróprios sacriícios para preparar-nospara o destino que esse plano provêpara nós.

Sei que Jesus Cristo é o FilhoUnigênito de Deus, o Pai Eterno. Seique graças a Seu sacriício expiatório,

temos a certeza da imortalidade e aoportunidade da vida eterna. Ele énosso Senhor, nosso Salvador e nossoRedentor, e presto testemunho Deleem nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Bruce R. McConkie, The Promised Messiah

The First Coming of Christ , 1981, p. 218.2. “How Great the Wisdom and the Love,”

 Hymns , nº 195.3. “Praise to the Man”, Hymns , nº 27.

4. Sarah Rich, Guinevere Thomas Woolstenhulme, “I Have Seen Many Miracles”, em Richard E. Turley Jr. eBrittany A. Chapman, eds., Women of Faitin the Latter Days: Volume 1, 1775–1820 ,2011, p. 283.

5. Gordon B. Hinckley, “O Símbolo de NossaFé”, A Liahona, abril de 2005, p. 3.

6. Ver Harold G. Hillam, “Sacrice in theService”, Ensign, novembro de 1995, p. 42

7. Ver Gordon B. Hinckley, “O Milagre da Fé” A Liahona, julho de 2001, p. 82.

8. Gordon B. Hinckley, “It’s True, Isn’t It?”Tambuli , outubro de 1993, pp. 3, 4; ver também Neil L. Andersen, “É Verdade, NãoÉ? Então o Que Mais Importa?” A Liahonamaio de 2007, p. 74.

9. Thomas S. Monson, “O Templo Sagrado:Um Farol para o Mundo”, A Liahona, maiode 2011, p. 90.

10. Ver, por exemplo, Naomi Schaeer Riley,“What the Mormons Know about Welare”Wall Street Journal , 18 de evereiro de2012, A11.

11. RamCnaan and others, “Called to Serve: The Prosocial Behavior o Active Latter-daSaints” (drat), p. 16.

12. Ezra Tat Benson, “To the Single AdultBrethren o the Church”, Ensign, maio de1988, p. 53.

13. Lectures on Faith, volume 6, p. 69, 1985.

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sabe, meu lho, que todas essas coisate servirão de experiência e serão paro teu bem.

O Filho do Homem desceu abaixode todas elas. És tu maior do que ele?

Portanto persevera em teu caminhe o sacerdócio permanecerá contigo;pois os limites deles estão determina-dos e não podem ultrapassá-los.

 Teus dias são conhecidos e teus anosnão serão diminuídos; portanto nãotemas o que o homem possa azer,

pois Deus estará contigo para todoo sempre.”2

Parece-me não haver melhorresposta para a pergunta de “por queocorrem provações” e “o que devemoazer” do que as palavras do próprioSenhor que, por nossa causa, passoupor provações mais terríveis do quepodemos imaginar.

Devem lembrar Suas palavrasquando nos aconselhou a arrependernos por causa da é que temos Nele:

“Portanto ordeno que te arrependa

— arrepende-te, para que eu não tera com a vara de minha boca e comminha ira e com minha cólera e teussorimentos sejam dolorosos — quãodolorosos tu não sabes, quão intensotu não sabes, sim, quão diíceis desuportar tu não sabes.

Pois eis que eu, Deus, sori essascoisas por todos, para que não preci-sem sorer caso se arrependam;

Mas se não se arrependerem, terãoque sorer assim como eu sori;

Sorimento que ez com que eu,Deus, o mais grandioso de todos,tremesse de dor e sangrasse por todoos poros; e soresse, tanto no corpocomo no espírito — e desejasse nãoter de beber a amarga taça e recuar —

 Todavia, glória seja para o Pai; eubebi e terminei meus preparativospara os lhos dos homens.”3

 Temos é no ato de que a maneirade erguer-nos em meio e acima

que senti naquela noite de que umagrande bênção adviria da adversidade,a ponto de compensar qualquer custo.

 A adversidade que me sobreveionaquele dia distante parece-me hojeminúscula comparada ao que ocorreudesde aquele momento, a mim e ameus entes queridos. Muitos de vocês

enrentam hoje provações ísicas,mentais e emocionais que podemazê-los clamar, tal como um grande eel servo de Deus que conheci muitobem. Sua enermeira o ouviu exclamarem seu leito de dor: “Se eu procureiser bom durante toda a minha vida,por que isso aconteceu comigo?”

 Vocês sabem como o Senhor res-pondeu a uma pergunta igual a essaeita pelo Proeta Joseph Smith em suacela de prisão:

“E se ores lançado na cova ounas mãos de assassinos e receberessentença de morte; se ores lançadono abismo; se vagas encapeladasconspirarem contra ti; se ventosuriosos se tornarem teus inimigos;se os céus se cobrirem de escuridãoe todos os elementos se unirem paraobstruir o caminho; e, acima de tudo,se as próprias mandíbulas do inernoescancararem a boca para tragar-te,

Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Ouvi o Presidente Spencer W.Kimball, em uma sessão deconerência, pedir a Deus que

lhe desse montanhas para escalar. Eledisse: “Há grandes desaos a nossarente, imensas oportunidades por

 vir. Alegro-me com esse emocionanteprospecto e sinto vontade de dizer ao

Senhor, com humildade: ‘Dá-me essamontanha’, dá-me esses desaos”.1

Senti o coração tocado por jáconhecer alguns desaos e adversida-des que ele havia enrentado. Tive odesejo de ser mais semelhante a ele,um valoroso servo de Deus. Assim,orei uma noite pedindo um teste paraprovar minha coragem. Lembro-me

 vividamente. Naquela noite, ajoe-lhei-me no meu quarto, com uma éque me enchia o coração a ponto de

quase rompê-lo.Um dia ou dois depois, minhaoração oi atendida. Fui surpreendidopela mais dura provação de minha

 vida que me ez sentir muito humilde.Foi uma lição dupla para mim. Pri-meiro, recebi uma clara prova de queDeus tinha ouvido e respondido aminha oração. Mas em segundo lugar,comecei a aprender, desde aquelaépoca até hoje, o motivo da conança

Montanhaspara EscalarSe tivermos é em Jesus Cristo, os momentos mais diíceis bemcomo os mais áceis da vida podem ser uma bênção.

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24 A L i a h o n a

das provações é acreditar que háum “bálsamo em Gileade”4 e que oSenhor nos prometeu, dizendo: “[Não]te desampararei”.5 Foi isso que oPresidente Thomas S. Monson ensinoupara ajudar a nós e aqueles a quemservimos nas provações aparente-mente solitárias e avassaladoras.6

Mas o Presidente Monson tambémensinou sabiamente que um alicercede é na realidade dessas promessasleva tempo para ser edicado. Vocêspodem ter visto, assim como eu, anecessidade desse alicerce junto aoleito de alguém prestes a desistir daluta para perseverar até o m. Se nãotivermos um rme alicerce de é nocoração, a capacidade de perseverardesmorona.

Meu propósito hoje é descrever o

que sei sobre como podemos esta-belecer esse alicerce inabalável. Façoisso com grande humildade, por doismotivos. Primeiro, o que direi podedesanimar alguém que esteja se deba-tendo em meio à grande adversidadee sentindo que seu alicerce de é estádesmoronando. E segundo, sei quemaiores testes, que jamais enrentei,ainda estão por vir antes do m da

 vida. Entretanto, a receita que lhes

darei ainda precisa ser testada emminha própria vida ao perseverar atéo m.

Quando jovem, trabalhei com umempreiteiro de obras construindobases e alicerces para casas novas. Nocalor do verão, era um trabalho árduopreparar a terra para moldar a ôrma

na qual seria despejado cimento paraas bases. Não havia máquinas. Usáva-mos picaretas e pás. A construção dealicerces duradouros para os prédiosera um trabalho árduo naquela época.

 Também exigia paciência. Depoisde cimentar as bases, tínhamos queesperar que secassem. Por mais quequiséssemos prosseguir com a tarea,esperávamos por muito tempo depoisde cimentar o alicerce antes de retiraras ôrmas.

E o que mais me impressionava,como pedreiro iniciante, era o cuida-doso processo de introduzir barrasde erro na ôrma para orticar oalicerce, algo que me parecia tediosoe demorado.

De modo semelhante, o terrenoprecisa ser cuidadosamente preparadopara que nosso alicerce de é suporteas tempestades que ocorrerão na vidade todos. Essa sólida base para um

alicerce de é é a integridade pessoal.Escolher constantemente o certo,

sejam quais orem as opções colo-cadas diante de nós, cria um terrenosólido para amparar nossa é. Issopode começar na inância, já que todalma nasce com a dádiva gratuita doEspírito de Cristo. Com esse Espírito

podemos saber quando zemos ocerto perante Deus e quando zemosalgo errado à vista Dele.

Essas escolhas e decisões, cente-nas na maioria dos dias, preparam oterreno sólido sobre o qual construi-remos nosso ediício de é. A estruturde erro em torno da qual será der-ramada a substância de nossa é é oevangelho de Jesus Cristo, com todosos seus convênios, suas ordenançase seus princípios.

Um dos pontos-chave para umaé duradoura é julgar corretamente otempo de amadurecimento exigido.É por isso que oi insensato orar tãocedo em minha vida pedindo monta-nhas mais altas para escalar e maiorestestes.

Esse amadurecimento não acontecautomaticamente com o passar dosdias, mas, de ato, exige tempo. Osimples ato de carmos mais velhos

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2M a i o d e 2 0 1 2

não é o suciente. É o serviço cons-tante prestado a Deus e ao próximo,de todo o coração e alma, que trans-orma o testemunho da verdade emuma orça espiritual inabalável.

Quero encorajar aqueles que estãoem meio a duras provações, que sen-tem que sua é está raquejando diantede tribulações implacáveis. As própriasprovações podem ser seu meio deortalecer e, por m, adquirir uma éinabalável. Morôni, lho de Mórmon,

no Livro de Mórmon, explicou comoessa bênção pode acontecer. Ele ensi-nou a simples e doce verdade de que,quando colocamos em prática mesmoque seja um pequeno broto de é, issopermite que Deus a aça crescer:

“E agora eu, Morôni, quisera alaralgo a respeito dessas coisas. Qui-sera mostrar ao mundo que é sãocoisas que se esperam, mas não se

 veem; portanto, não disputeis por-que não vedes, porque não recebeis

testemunho senão depois da provade vossa é.Pois oi pela é que Cristo apareceu

a nossos pais depois de haver res-suscitado dentre os mortos; e ele nãoapareceu a nossos pais senão depoisque nele tiveram é; portanto oinecessário que alguns nele tivessemé, porque ele não se mostrou aomundo.

Mas em virtude da é dos homensmostrou-se ao mundo e gloricou o

nome do Pai; e preparou um caminhopelo qual outros pudessem ser parti-cipantes do dom celestial e tivessemesperança de coisas que não viram.

Portanto também vós podeis teresperança e ser participantes do dom,se tão somente tiverdes é”.7

Essa partícula de é mais preciosaque vocês devem proteger e usar omáximo possível é a é no Senhor

 Jesus Cristo. Morôni ensinou o poderdessa é, ao dizer: “Ninguém, em

tempo algum, ez milagres antes deexercer é; portanto, primeiro creramno Filho de Deus”.8

Conversei com uma mulher querecebeu o milagre da orça sucientepara suportar perdas inimagináveisapenas com a simples capacidade derepetir sem parar as palavras: “Eu seique vive meu Senhor”.9 Essa é e essapalavras de testemunho continuaramcom ela em meio à névoa que obs-cureceu, mas não apagou a lembranç

de sua inância.Fiquei atônito ao saber de outramulher que perdoou uma pessoa quea prejudicara por muitos anos. Fiqueisurpreso e perguntei-lhe por quehavia decidido perdoar e esqueceranos de maus-tratos terríveis.

Ela disse serenamente: “Foi a coisamais diícil que já z na vida, mas eusimplesmente sabia que precisavaazê-lo. Por isso o z”. Sua é no atode que o Salvador a perdoaria, se elaperdoasse as pessoas, preparou-a com

um sentimento de paz e esperança,ao enrentar a morte, poucos mesesdepois de ter perdoado seu adversárique não se arrependera.

Ela me perguntou: “Quando euchegar no céu, como será?”

Eu respondi: “O que sei é que pelasua capacidade de exercer é e de pedoar, será maravilhoso para você”.

 Tenho outro incentivo para os quese questionam se sua é em JesusCristo será suciente para que perse-

 verem bem até o m. Tive a bênçãode conhecer outros dentre vocês queme ouvem agora, quando eram mais

 jovens, vigorosos e mais talentososdo que a maioria a seu redor e quedecidiram azer o que o Salvador teriaeito. Usando as muitas bênçãos quereceberam, encontraram meios de ajudar e cuidar daqueles que talvez vocêteriam ignorado ou menosprezado doalto de sua posição na vida.

São Paulo, Brasil 

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26 A L i a h o n a

Quando surgirem provações dií-ceis, a é para suportá-las bem estaráali, tendo sido edicada, como vocêspercebem agora, mas que não per-ceberam no momento em que vocêscolocaram em prática o puro amor deCristo, servindo e perdoando nossosemelhante, como o Salvador teriaeito. Vocês edicam um alicerce de éamando como o Salvador amou e ser-

 vindo em nome Dele. Sua é Nele os

levou a realizar atos de caridade queainda hão de lhes dar esperança.

Nunca é tarde para ortalecer o ali-cerce da é. Sempre há tempo. Com éno Salvador, vocês podem se arrepen-der e suplicar o perdão. Há alguémque vocês podem perdoar. Há alguéma quem vocês podem agradecer. Háalguém a quem vocês podem servir eelevar. Vocês podem azer isso ondequer que estejam e por mais solitáriose abandonados que se sintam.

Não posso prometer um m parasua adversidade nesta vida. Nãoposso garantir que suas provaçõeslhes parecerão durar apenas ummomento. Uma das características dasprovações da vida é que elas parecemazer o relógio andar mais lentamentee depois dar a impressão de quaseparar.

Há motivos para isso. Conhe-cer essas coisas pode não lhes

proporcionar grande consolo, maspode dar-lhes um sentimento depaciência. Esses motivos provêmtodos deste ato: em Seu pereito amorpor vocês, o Pai Celestial e o Salva-dor querem que vocês estejam aptosa viver com Eles como amília parasempre. Somente os que são purica-dos e se tornam pereitamente limpospor meio da Expiação de Jesus Cristopodem habitar ali.

Minha mãe lutou contra o câncerpor quase dez anos. Os tratamentos,as cirurgias e, por m, o conna-mento ao leito oram algumas de suasprovações.

Lembro que meu pai disse ao vê-la dar seus últimos suspiros: “Umamenininha voltou para casa paradescansar”.

Um dos oradores de seu uneraloi o Presidente Spencer W. Kimball.Entre os tributos eitos a ela, lem-

bro-me de algo que oi dito: “Algunsde vocês podem achar que Mildredsoreu tanto e por muito tempo porter eito algo errado que exigia pro-

 vações. “Ele, então, disse: “Não, oiapenas porque Deus a quis renarum pouco mais”. Lembro-me de terpensado na ocasião: “Se uma mulhercom tantas qualidades precisou desserenamento, o que será que meaguarda?”

Se tivermos é em Jesus Cristo,os momentos mais diíceis bemcomo os mais áceis da vida podemser uma bênção. Em todas as con-dições, podemos escolher o certocom a orientação do Espírito. Temoso evangelho de Jesus Cristo paramoldar e guiar nossa vida, se assimdecidirmos. E com proetas que nosrevelam nossa posição no plano desalvação, podemos viver com pereitesperança e um sentimento de paz.

 Jamais precisamos sentir que estamosozinhos ou que não somos amadosno serviço do Senhor, porque issonunca acontece. Podemos sentir oamor de Deus. O Salvador prometeuanjos a nossa esquerda e a nossadireita para nos suster.10 E Ele semprcumpre Suas promessas.

 Testico que Deus, o Pai, vive eque Seu Filho Amado é nosso Reden-tor. O Espírito Santo conrmou a

 verdade nesta conerência e o aránovamente, se vocês O buscarem

ao ouvir e ao estudar mais tarde asmensagens dos servos autorizadosdo Senhor que aqui estão. O Presi-dente Thomas S. Monson é o proetado Senhor para o mundo inteiro. OSenhor cuida de vocês. Deus, o Pai,

 vive. Seu Amado Filho, Jesus Cristo, énosso Redentor. Seu amor é inalível.Presto testemunho disso em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Spencer W. Kimball, “Give Me This

Mountain”, Ensign, novembro de 1979,p. 79.

2. Doutrina e Convênios 122:7–9.3. Doutrina e Convênios 19:15–19.4. Jeremias 8:22.5. Josué 1:5.6. Ver Thomas S. Monson, “Conai em Deus

para que Vivas”, A Liahona, julho de 1998p. 58.

7. Éter 12:6–9.8. Éter 12:18.9. “Eu Sei Que Vive Meu Senhor”, Hinos ,

nº 70.10. Ver Doutrina e Convênios 84:88.

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 Apresentado pelo Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

maniestem-se.Os que se opuserem, se houveralguém, pelo mesmo sinal.

O Élder Steven E. Snow oi deso-brigado como membro da Presidên-cia dos Quóruns dos Setenta.

Os que quiserem juntar-se a nósem um voto de agradecimento,maniestem-se.

É proposto que apoiemos o ÉlderRichard J. Maynes como membro daPresidência dos Quóruns dos Setenta

Os que orem a avor,maniestem-se.Os que se opuserem, se houver,

maniestem-se.É proposto que desobriguemos

com um voto de agradecimento osÉlderes Gérald Jean Caussé e Gary EStevenson como membros do Pri-meiro Quórum dos Setenta.

Os que orem a avor,maniestem-se.

 Após vários anos de serviço dedi-cado e el, é proposto que desobri-

guemos: os Bispos H. David Burton,Richard C. Edgley e Keith B. McMul-lin como o Bispado Presidente e osdesignamos como Autoridades GeraEméritas.

Os que desejam unir-se a nósem um voto de agradecimento,maniestem-se.

É proposto que desobriguemosos seguintes como Setentas de Área,a vigorar a partir de 1º de maio de2012:

Richard K. Ahadjie, Climato C. A. Almeida, Fernando J. D. Araújo,Marvin T. Brinkerho, Mario L.Carlos, Raael E. Castro, David L.Cook, César A. Dávila, Mosiah S.Delgado, Luis G. Duarte, Juan A.Etchegaray, Stephen L. Fluckiger,

 J. Roger Fluhman, Robert C. Gay,Miguel Hidalgo, Garith C. Hill,David J. Hoare, David H. Ingram,

 Tetsuji Ishii, Kapumba T. Kola,

Éproposto que apoiemos ThomasSpencer Monson como proeta,

 vidente e revelador, e Presidentede A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias; Henry BennionEyring como Primeiro Conselheirona Primeira Presidência, e DieterFriedrich Uchtdor como SegundoConselheiro na Primeira Presidência.

Os que orem a avor,

maniestem-se.Os que se opuserem, se houver,

maniestem-se.É proposto que apoiemos Boyd

Kenneth Packer como Presidente doQuórum dos Doze Apóstolos, e os

seguintes como membros desse quó-rum: Boyd K. Packer, L. Tom Perry,Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott,Robert D. Hales, Jerey R. Holland,David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L.

 Andersen.Os que orem a avor,

maniestem-se.

Se alguém se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos os

conselheiros na Primeira Presidênciae os Doze Apóstolos como proetas,

 videntes e reveladores.Os que orem a avor,

S ES S ÃO DA T ARDE DE S ÁB ADO | 31 de março de 2012

Apoio aosLíderes da Igreja

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28 A L i a h o n a

Glendon Lyons, R. Bruce Merrell,Enrique J. Montoya, Daniel A. Moreno,

 Adesina J. Olukanni, Gamaliel Osorno,Patrick H. Price, Marcos A. Prieto,Paulo R. Puerta, Carlos F. Rivas,

 A. Ricardo Sant’Ana, Fabian L.Sinamban, Natã C. Tobias, Stanley

 Wan, Perry M. Webb, Richard W. Wheeler e Scott D. Whiting.

Os que quiserem juntar-se a nós e

expressar gratidão por seu excelenteserviço, maniestem-se.

É proposto que desobriguemoscom um voto de sincera gratidão asirmãs Julie B. Beck, Silvia H. Allred eBarbara Thompson como a presidên-cia geral da Sociedade de Socorro.

Do mesmo modo, desobrigamosas irmãs membros da Junta Geral daSociedade de Socorro.

 Todos os que desejarem unir-se anós ao expressarmos gratidão a essas

irmãs por seu notável serviço e devo-ção, maniestem-se.É proposto que apoiemos como

novos membros do Primeiro Quó-rum dos Setenta Craig A. Cardon,Stanley G. Ellis, Larry Echo Hawk,Robert C. Gay e Scott D. Whiting.

Os que orem a avor,maniestem-se.

Se alguém se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos Gary E.

Stevenson como Bispo Presidentede A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias, com Gérald JeanCaussé como Primeiro Conselheiroe Dean Myron Davies como SegundoConselheiro.

Os que orem a avor,maniestem-se.

Se alguém se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos os

seguintes como novos Setentas de Área:

Pedro U. Adduru, Detle H. Adler, Angel H. Alarcon, Aley K. Auna Jr., W. Mark Bassett, Robert M. Call,Hernando Camargo, Gene R.Chidester, Joaquin E. Costa, Ralph L.Dewsnup, Ángel A. Duarte, EdwardDube, Moroni Gaona, Taylor G.Godoy, Francisco D. N. Granja,

 Yuriy A. Gushchin, Richard K.Hansen, Todd B. Hansen, Cliord T.

Herbertson, Anieok Udo Inyon,Luiz M. Leal, Alejandro Lopez, L. JeanClaude Mabaya, Alvin F. Meredith III,

 Adonay S. Obando, Jared R. Ocampo, Adeyinka A. Ojediran, Andrew M.O’Riordan, Jesus A. Ortiz, Fred A.Parker, Siu Hong Pon, Abraham E.Quero, Robert Clare Rhien, Jorge LuisRomeu, Jorge Saldívar, Gordon H.Smith, Alin Spannaus, Moroni B.

 Torgan, Steven L. Toronto e Daniel

 Yirenya-Tawiah.Os que orem a avor,

maniestem-se.Os que se opuserem,

maniestem-se.É proposto que apoiemos Linda

Kjar Burton como presidente geralda Sociedade de Socorro, com CarolManzel Stephens como primeiraconselheira e Linda Sheeld Reeves

como segunda conselheira.Os que orem a avor,

maniestem-se.Se alguém se opuser, manieste-seÉ proposto que apoiemos as

demais Autoridades Gerais, Seten-tas de Área e presidências geraisdas auxiliares como presentementeconstituídas.

Os que orem a avor,maniestem-se.

Se alguém se opuser, manieste-se

Presidente Monson, pelo que pudobservar, a votação no Centro deConerências oi unânime a avor doque oi proposto.

Obrigado, irmãos e irmãs, por seu voto de apoio, por sua é, devoção eorações contínuas.

Convidamos as Autoridades Gerairecém-chamadas e a presidênciageral da Sociedade de Socorro a sentarem-se conosco ao púlpito. ◼

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Prezados irmãos: Como prescritopor revelação na seção 120 de

Doutrina e Convênios, o Conse-lho sobre a Disposição dos Dízimosautoriza o dispêndio dos undos daIgreja. Esse conselho é compostopela Primeira Presidência, peloQuórum dos Doze Apóstolos e

pelo Bispado Presidente.Esse conselho aprova os orça-

mentos dos departamentos, dasoperações e alocações relacionadasàs unidades eclesiásticas da Igreja.Os departamentos da Igreja azemuso desses undos de acordo com osorçamentos aprovados e segundo as

normas e os procedimentos da IgrejaO Departamento de Auditoria daIgreja tem acesso a todos os registrose sistemas necessários para avaliar aadequação dos controles de recebi-mentos e das despesas de undos, bemcomo para a proteção dos recursos daIgreja. O Departamento de Auditoriada Igreja realiza seu trabalho independentemente de todos os outros depar-tamentos e operações da Igreja, e suaequipe consiste de contadores públi-

cos credenciados, auditores internoscredenciados, auditores de sistemasde inormações credenciados e outrosprossionais credenciados.

Com base nas auditorias realiza-das, a opinião do Departamento de

 Auditoria da Igreja é de que, sobtodos os aspectos materiais, as con-tribuições recebidas, as despesas eos recursos da Igreja no ano de 2011oram registrados e administrados deacordo com as devidas práticas con-tábeis, com os orçamentos aprovado

e com as normas e os procedimentoda Igreja.

Respeitosamente,Departamento de Auditoria da IgrejaRobert W. CantwellDiretor Administrativo ◼

Relatório doDepartamento deAuditoria da Igrejapara 2011

 Apresentado por Robert W. CantwellDiretor Administrativo, Departamento de Auditoria da Igreja

 Para a Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias 

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30 A L i a h o n a

 Ronald E. Poelman, Keith W. Wilcox  e Harold G. Hillam, todos ex-inte-grantes dos Quóruns dos Setenta;

 Irmãs Joy F. Evans e Chieko N.Okazaki, ex-conselheiras na pre-sidência geral da Sociedade deSocorro; irmã Norma Voloy Sonntag, esposa do Élder Philip T. Sonntag,

ex-integrante dos Setenta; irmã Leola George, viúva do Élder Lloyd PGeorge, ex-integrante dos Setenta;

irmã Argelia Villanueva de Alvarez,esposa do Élder Lino Alvarez, tam-bém ex-integrante dos Setenta; eirmão Wendell M. Smoot Jr., ex-presidente do Coro do Tabernáculo. ◼

Para a inormação dos membros daIgreja, a Primeira Presidência divul-gou o seguinte relatório estatístico

reerente ao crescimento e à situaçãoda Igreja até 31 de dezembro de 2011.

Unidades da IgrejaEstacas ....................................2.946Missões ......................................340Distritos.......................................608Alas e Ramos .........................28.784

Membros da IgrejaTotal de Membros ............14.441.346Novas CriançasRegistradas na Igreja.............119.917

Conversos Batizadosdurante 2011 .......................281.312

MissionáriosMissionários de TempoIntegral ..................................55.410Missionários de Serviçoda Igreja ................................22.299

TemplosTemplos Dedicados durante 2011(Templo de San Salvador El Salvador

e Templo de QuetzaltenangoGuatemala) ................................... 2Templos Rededicados durante 2011(Templo de Atlanta Geórgia) .............1Templos em Funcionamento ...........136

Líderes Gerais da Igreja e Outros QueFaleceram desde a Conerência Geral de

 Abril do Ano Passado Élderes Marion D. Hanks, Jack H 

Goaslind Jr., Monte J. Brough,

Relatório Estatístico de 2011 Apresentado por Brook P. HalesSecretário da Primeira Presidência

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3M a i o d e 2 0 1 2

caram zangados, dizendo: “Estes der-radeiros trabalharam só uma hora, e tuos igualaste conosco, que suportamosa adiga e a calma do dia”.1 Ao leressa parábola, pode ser que vocês, talcomo aqueles trabalhadores, sintamque se ez uma injustiça aqui. Gostaria

de abordar brevemente esse assunto.Primeiro de tudo, é importante

observar que ninguém oi tratadoinjustamente. Os primeiros trabalha-dores concordaram em receber umsalário pleno pelo dia e oi o que elesreceberam. Além disso, imagino queeles estivessem muito gratos por terconseguido trabalho. Na época do Sal-

 vador, o homem comum e sua amílianão podiam azer muito mais do que

 viver com o que conseguiam receber

em um dia. Se não conseguissemtrabalhar, colher, pescar ou vender,não teriam o que comer. Com maiscandidatos do que oertas de trabalho,aqueles primeiros homens escolhi-dos oram os mais elizardos dentreos possíveis trabalhadores daquelamanhã.

De ato, se tivermos de ter pena,pelo menos em princípio, que seja doshomens que não oram escolhidos,

mas que também tinham bocas paraalimentar e amiliares para vestir. Asorte nunca parecia estar com algunsdeles. A cada visita do mordomo, aolongo do dia, eles sempre viam outroserem escolhidos.

Bem no nal do dia, porém, odono das terras surpreendentemente

 voltou pela quinta vez, com umaoerta incrível! Aqueles últimos e maisdesanimados trabalhadores, sabendoapenas que seriam tratados com jus-

tiça, aceitaram o trabalho sem saber osalário, achando que qualquer coisa seria melhor do que nada, pois nadahavia para eles, até então. Depois, aoreunir-se para o pagamento, caramatônitos ao receber o mesmo quetodos os outros! Quão assombrosodeve ter sido e quão gratos devemter cado! Sem dúvida, jamais tinham

 visto tamanha compaixão em toda asua vida de trabalho.

Sinto que é no contexto dessaleitura da história que a reclamação

dos primeiros trabalhadores deve seranalisada. Como lhes disse o donoda vinha, na parábola, (vou parara-sear, só um pouco): “Meus amigos,não estou sendo injusto com vocês.

 Vocês concordaram com o salárioque receberiam pelo dia, um bomsalário. Ficaram muito elizes porconseguir trabalho, e eu quei muitocontente com o modo como serviram

 Vocês receberam o salário completo.Peguem seu dinheiro e desrutem a

bênção. Quanto aos outros, certa-mente tenho o direito de azer o que quiser com o meu dinheiro”. Depois,segue-se esta pungente pergunta paratodos os que, naquela época ou agorprecisam ouvi-la: “ Por que vocês fcacom ciúme por eu ter decidido ser bondoso? ”

Irmãos e irmãs, haverá momen-tos em nossa vida em que alguémreceberá uma bênção inesperada ou

Élder Jerey R. HollandDo Quórum dos Doze Apóstolos

No tocante aos chamados e àsdesobrigações que a PrimeiraPresidência acabou de anun-

ciar, alo por todos nós ao dizer quesempre lembraremos e amaremos osque serviram tão elmente e que, deimediato, amamos e damos boas-vin-

das aos que assumiram seus cargos.Nossos sinceros agradecimentos acada um de vocês.

Gostaria de abordar a parábolacontada pelo Salvador na qual umdono de terras “saiu de madrugada aassalariar trabalhadores”. Depois decontratar o primeiro grupo às 6 horasda manhã, voltou às 9 horas, ao meio-dia e às 3 horas da tarde, contratandomais trabalhadores, à medida que aurgência da colheita aumentava. As

escrituras dizem que ele voltou umaúltima vez, “perto da hora undécima”(aproximadamente às 5 horas datarde), e contratou o último grupo detrabalhadores. Então apenas 1 horadepois, todos os trabalhadores se reu-niram para receber o salário do dia.Para surpresa deles, todos receberamo mesmo salário, apesar da dierençade horas de trabalho. Imediatamente,os que oram contratados primeiro

Os Trabalhadoresda VinhaOuçam o sussurro do Santo Espírito dizer-lhes, neste exatomomento, que devem aceitar a dádiva da Expiação doSenhor Jesus Cristo.

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um reconhecimento especial. Peçoque não quem magoados — e jamaissintam inveja — quando outra pessoase der bem na vida. Não camos dimi-nuídos quando outra pessoa cresce.

Não estamos disputando uma corridauns com os outros para ver quem éo mais rico, o mais talentoso, o maisbonito ou até o mais abençoado. Acorrida que realmente disputamosé contra o pecado e, sem dúvida, ainveja é um dos mais universais deles.

 Além disso, a inveja é um erroque perdura. É óbvio que camosum pouco tristes quando soremosrevezes , mas a inveja nos az sorer por

tudo de bom que acontece com todomundo que conhecemos! Que “bri-lhante” ideia seria beber um copo de

 vinagre toda vez que alguém a nossoredor tivesse um momento de ale-

gria! Sem contar o desgosto no nal,quando descobrirmos que Deus érealmente justo e misericordioso e quedará a todos os que habitarem comEle “todos os seus bens”,2 conormeexplicam as escrituras. Assim, a liçãonúmero um do Senhor da vinha é: oato de cobiçar, reclamar ou prejudicaros outros não eleva nossa posição; e,tampouco, rebaixar alguém melhoraa nossa autoimagem. Portanto, sejam

bondosos e sejam gratos por Deus sebondoso. Esse é um jeito eliz de viveUm segundo ponto que quero res-

saltar na parábola é o triste erro quealguns podem cometer, se desistiremde receber o salário no fm do dia poestarem preocupados com os proble-mas percebidos no decorrer do dia.Não lemos ali que alguém jogou suamoeda no rosto do dono da vinhae oi-se embora sem um centavo,mas suponho que isso poderia ter

acontecido.Meus amados irmãos e irmãs, oque aconteceu naquela história às 9horas, ao meio-dia ou às 3 horas oiouscado pela grandiosidade do pagamento generoso concedido a todos nm do dia. A órmula da é é: prosse-guir, continuar trabalhando, superaro problema e deixar a agitação doinício — seja ela real ou imaginária —dissipar-se na abundância da recom-pensa nal. Não se atenham a antigasquestões ou ressentimentos — nem

contra si mesmos, nem contra seu pró ximo, nem mesmo, eu acrescentaria,contra esta Igreja verdadeira e viva. Agrandiosidade de sua vida, da vida deseu próximo e do evangelho de JesusCristo se maniestarão no último dia,mesmo que essa grandiosidade nãoseja sempre reconhecida por todos,a princípio. Portanto, não se estressemcom algo que aconteceu às 9 horasda manhã, já que a graça de Deusprocura recompensá-los às 6 horas da

tarde — sejam quais orem os acor-dos de trabalho que vocês rmaramdurante o dia.

Consumimos uma quantia preciosade recursos emocionais e espirituaisao nos atermos errenhamente àlembrança de uma nota desanadaque tocamos num recital de piano emnossa inância, ou a algo que um côn

 juge disse ou ez há vinte anos, e queinsistimos em jogar-lhe no rosto por

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mais vinte anos, ou a um incidente dahistória da Igreja que só prova que osmortais sempre terão diculdade paracorresponder às esperanças imortaiscolocadas diante deles. Mesmo queuma oensa não tenha começado com

 vocês, ela pode terminar com vocês.E que grande recompensa haverá poressa contribuição, quando o Senhorda vinha olhar em seus olhos e acer-tar as contas no nal de nosso diaterreno.

E isso me conduz ao terceiro eúltimo ponto. Essa parábola, comotodas as parábolas, não trata real-mente de trabalhadores ou de salários,assim como as outras não tratavam deovelhas ou de bodes. É uma histó-ria sobre a bondade de Deus, Suapaciência, Seu perdão e a Expiaçãodo Senhor Jesus Cristo. É uma históriasobre generosidade e compaixão. Éuma história sobre graça. Ela salientao pensamento que ouvi há muitosanos de que, sem dúvida, a coisa que

Deus mais aprecia no ato de ser Deusé a emoção de ser misericordioso,especialmente com os que não espe-ram misericórdia e que, com requên-cia, acham que não a merecem.

Não sei quem neste imenso públicode hoje pode precisar ouvir a men-sagem de perdão inerente a essaparábola. Mas, por mais tardios quese imaginem, por mais chances queachem que perderam, por mais errosque sintam ter cometido ou talentos

que achem que não têm, ou por maislonge do lar, da amília e de Deus queachem que se aastaram, testico-lhesque vocês não oram para além doalcance do amor divino. Não lhes épossível aundar tanto a ponto de não

 ver brilhar a innita luz da Expiaçãode Cristo.

Quer sejam ou ainda não sejamde nossa religião ou quer tenhamestado conosco antes e não tenham

permanecido, não há nada, emambos os casos, que zeram quenão possa ser deseito. Não hánenhum problema que não possaser vencido. Não há nenhum sonhoque, no transcorrer do tempo e daeternidade, não possa ser realizado.Mesmo que sintam que estão perdi-dos e que são os últimos trabalha-dores da undécima hora, o Senhorda vinha ainda lhes acena. “[Ache-guem-se] com conança ao trono

da graça”3 e caiam aos pés do Santode Israel. Venham e banqueteiem-se“sem dinheiro e sem preço”4 à mesado Senhor.

Faço um apelo especialmentepara os maridos e pais, portadoresdo sacerdócio — ou portadoresem perspectiva — dizendo-lhes, talcomo ez Leí: “Despertai! e levan-tai-vos do pó (…) e sede homens”.5 Nem sempre, mas requentemente,são os homens que decidem não

atender à conclamação de “[integrar]as hostes do Senhor”.6 As mulheres eas crianças geralmente parecem maisdispostas. Irmãos, ergam-se. Façamisso por vocês mesmos. Façam issopor aqueles que os amam e estãoorando para que aceitem a con-

 vocação. Façam isso pelo Senhor Jesus Cristo, que pagou um preçoincomensurável pelo uturo que Eledeseja que vocês tenham.

Meus amados irmãos e irmãs, paraqueles de vocês que oram abençoados pelo evangelho ao longo de muitos anos, porque tiveram a elicidadede encontrá-lo cedo, para vocês queaceitaram o evangelho aos poucos, epara vocês — membros ou ainda nãomembros — que ainda estão hesi-tantes, para cada um de vocês e paratodos, presto testemunho do poderrenovador do amor de Deus e dosmilagres de Sua graça. A preocupaçã

 Dele é com a é que virão a ter no fnal e não com a hora do dia em quchegarão lá.

Portanto, se zeram convênios,guardem-nos. Se ainda não zeram,açam-nos. Se já os zeram e osquebraram, arrependam-se e reno-

 vem-nos. Nunca é tarde demais,enquanto o Mestre da vinha disserque há tempo. Ouçam o sussurrodo Santo Espírito dizer-lhes, nesteexato momento, que devem aceitar a

dádiva da Expiação do Senhor JesusCristo e desrutar o agradável con- vívio que há em Seu trabalho. Nãodemorem. Está cando tarde. Emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Ver Mateus 20:1–15.2. Lucas 12:44.3. Hebreus 4:16.4. Isaías 55:1.5. 2 Né 1:14, 21.6. “Somos os Soldados”, Hinos , nº 160.

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Élder Robert D. HalesDo Quórum dos Doze Apóstolos

OSalvador contou a Seus discí-

pulos a história de um lhoque saiu da casa do pai, que

era rico, indo para um país distante,onde desperdiçou sua herança.Quando houve ome no país, o rapazconseguiu um emprego humilde, ali-mentando porcos. Ficou tão aminto aponto de querer comer as cascas queeram dadas aos animais.

Fora de casa, longe do lugar emque desejava estar, nas tristes condi-ções em que se encontrava, algo de

importância eterna aconteceu na vidadaquele jovem. Citando as palavrasdo Salvador, ele “[tornou] em si”.1 Lembrou-se de quem ele era, dan-do-se conta do que estava perdendo,e começou a desejar as bênçãos queestavam à disposição dele na casado pai.

 Ao longo da vida, mesmo nosmomentos de escuridão, desaos,tristezas ou pecado, podemos sentir o

Salvador e viver Seu evangelho? Comortalecemos nosso desejo de arre-pender-nos, de tornar-nos dignos e dperseverar até o m? Como ajuda-mos nossos jovens e jovens adultos apermitir que esse desejo opere nelesaté que se convertam e se tornem verdadeiramente “[santos] pela expiaçãode Cristo”?3

 Tornamo-nos convertidos e espi-ritualmente autossucientes quandocumprimos ervorosamente nossos

convênios — partilhando dignamenteo sacramento, sendo dignos de umarecomendação para o templo e sacricando-nos a serviço do próximo.

Para tomar dignamente o sacra-mento, lembramos que estamosrenovando o convênio que zemosno batismo. Para que o sacramentoseja uma experiência espiritualmentepuricadora a cada semana, precisa-mos preparar-nos antes de ir para areunião sacramental. Fazemos isso,deixando deliberadamente nosso tra-

balho diário, as atividades recreativasos pensamentos e as preocupaçõesmundanos de lado. Ao azer isso, abrmos espaço na mente e no coraçãopara o Espírito Santo.

 Assim, estamos preparados pararefetir sobre a Expiação. Mais do queapenas pensar nos atos do sori-mento e da morte do Salvador, nossarefexão nos ajuda a reconhecer que,graças ao sacriício do Salvador, temoesperança, oportunidade e orças par

azer mudanças reais e sinceras emnossa vida. Ao cantar o hino sacramental,

participar das orações do sacramentoe partilhar dos emblemas de Sua carne de Seu sangue, buscamos ervoro-samente o perdão de nossos peca-dos e nossas alhas. Pensamos naspromessas que zemos e guardamosna semana anterior e assumimos ocompromisso especíco e pessoal de

Espírito Santo lembrar-nos que somos

realmente lhos de um Pai Celestialamoroso, que nos ama, e podemosansiar pelas sagradas bênçãos que sóEle pode nos dar. Nesses momentos,devemos esorçar-nos para lembrar quem somos e voltar para a luz doamor de nosso Salvador.

Essas bênçãos pertencem pordireito a todos os lhos do Pai Celes-tial. O anseio por essas bênçãos,inclusive a de uma vida de elicidadee alegria, é uma parte essencial do

plano do Pai Celestial para cada umde nós. O proeta Alma ensinou:“Mesmo que não tenhais mais que odesejo de acreditar, deixai que essedesejo opere em vós”.2

 À medida que nosso desejo espi-ritual aumenta, tornamo-nos espiri-tualmente autossucientes. Como,então, ajudamos outras pessoas, nósmesmos e nossos amiliares a aumen-tar o desejo que temos de seguir o

Lembrar Quem Somos:O Sacramento, o

Templo e o Sacriíciono ServiçoTornamo-nos convertidos e espiritualmente autossufcientes quando cumprimos ervorosamente nossos convênios.

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seguir o Salvador na semana seguinte.Pais e líderes, vocês podem ajudaros jovens a sentir as incomparáveisbênçãos do sacramento provendooportunidades especiais para que elesaprendam, discutam e descubrama importância da Expiação na vidadeles. Deixem que examinem as escri-turas por eles mesmos e que ensinemuns aos outros usando suas própriasexperiências.

Os pais, os líderes do sacerdócio

e as presidências de quórum têm aresponsabilidade especial de ajudaros portadores do Sacerdócio Aarônicoa se prepararem sinceramente pararealizar seus sagrados deveres emrelação ao sacramento. Essa prepara-ção é eita ao longo da semana por

meio da aplicação prática dos padrõesdo evangelho. Quando os rapazespreparam, abençoam e distribuem osacramento com dignidade e reve-rência, eles literalmente seguem oexemplo do Salvador na Última Ceia4 e se tornam semelhantes a Ele.

 Testico que o sacramento nos dá aoportunidade de lembrar quem somos  e de sentir “uma grande mudança[no] coração”5 — para lembrar quemsomos e o que mais desejamos. Ao

renovar o convênio de guardar osmandamentos, recebemos a compa-nhia do Espírito Santo para guiar-nosde volta à presença de nosso PaiCelestial. Não admira que sejamosordenados a “[reunir-nos] requente-mente para partilhar o pão e [a água]” 6 

e a partilhar o sacramento para nossaalma.7

Nosso desejo de retornar ao PaiCelestial aumenta quando, além detomarmos o sacramento, nos torna-mos dignos de receber uma recomendação para o templo. Tornamo-nosdignos obedecendo constantementeaos mandamentos. Essa obediênciacomeça na inância e se intensicapelas experiências pessoais no Sacer-dócio Aarônico e nas Moças, durante

os anos de preparação. Então, espe-ramos que os sacerdotes e as lauréisestabeleçam metas e se preparemespecicamente para receber a investdura e o selamento no templo.

Quais são os padrões para os por-tadores de recomendação? O salmistanos lembra:

“Quem subirá ao monte do Senhoou quem estará no seu lugar santo?

 Aquele que é limpo de mãos epuro de coração”.8

 A dignidade de possuir uma

recomendação para o templo nos dáorças para cumprir nossos convêniodo templo. Como adquirimos pes-soalmente essa orça? Esorçamo-nospara adquirir um testemunho do PaiCelestial, de Jesus Cristo e do EspíritSanto, da realidade da Expiação e da

 veracidade do Proeta Joseph Smithe da Restauração. Apoiamos nossoslíderes, tratamos nossos amiliarescom bondade, somos testemunhas d

 verdadeira Igreja do Senhor, requen

tamos as reuniões da Igreja, honra-mos nossos convênios, cumprimosnossas obrigações de pais e temosuma vida virtuosa. Vocês podemdizer que isso parece assemelhar-seao que signica ser um santo dos últmos dias el! Têm razão. O padrãopara os portadores de recomendaçãopara o templo não é demasiadamentelevado para alcançarmos. Trata-sesimplesmente de viver elmente o

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evangelho e seguir os proetas. Assim, como portadores de reco-

mendação para o templo com inves-tidura, estabelecemos os padrões do viver cristão. Isso inclui a obediência,os sacriícios eitos para cumprir osmandamentos, o amor uns pelosoutros, a castidade de pensamentose ações, e a doação de nós mesmospara a edicação do reino de Deus.Por meio da Expiação do Salvador edo cumprimento desses padrões bási-cos de delidade, recebemos “poderdo alto”9 para enrentar os desaos da

 vida. Precisamos desse poder divino

hoje mais do que nunca. É um poderque somente recebemos por meio dasordenanças do templo. Testico queos sacriícios que azemos para rece-ber as ordenanças do templo valemtodo o esorço que azemos.

 À medida que nosso desejode aprender e viver o evangelhoaumenta, naturalmente buscamosservir uns aos outros. O Salvador dissea Pedro: “Quando te converteres, con-rma teus irmãos”.10 Fico impressio-

nado com o ato de que os jovens dehoje têm proundo desejo de servir eabençoar as pessoas — de azer umadierença neste mundo. Eles tambémanseiam pela alegria que a prestaçãode serviço lhes proporciona.

Contudo, é diícil para os jovenscompreender como as presentesações vão prepará-los ou desquali-cá-los para as uturas oportunidadesde serviço. Todos temos a “obrigação

imperiosa”11 de ajudar os jovens napreparação para uma vida inteira de

serviço, auxiliando-os a tornarem-seautossucientes. Além da autossu-ciência espiritual que abordamos,há a autossuciência temporal, queinclui adquirir instrução superiorou ormação prossional, aprendera trabalhar e viver dentro de seusrecursos. Evitando dívidas e econo-mizando agora, estaremos prepara-dos para o serviço de tempo integralna Igreja, nos anos vindouros. Opropósito da autossuciência tantotemporal quanto espiritual é elevar-

nos a uma posição melhor para quepossamos erguer outros que passamnecessidades.

Quer sejamos jovens ou idosos, oque azemos hoje determina o serviçoque poderemos prestar e desrutaramanhã. Como nos lembra o poeta:“De todas as palavras tristes proeridasou escritas, as mais tristes são estas:‘Poderia ter sido!’”12 Não passemosa vida lamentando o que zemos oudeixamos de azer!

 Amados irmãos e irmãs, o jovemmencionado pelo Salvador, o queé chamado de lho pródigo, voltourealmente para casa. Seu pai não seesquecera dele, mas aguardava seuretorno. “E quando [o lho] aindaestava longe, viu-o seu pai, e semoveu de íntima compaixão e, cor-rendo, (…) o beijou.”13 Para come-morar a volta do lho, ele pediu ummanto, um anel e um banquete em

que oi servido um bezerro14 lembre-tes de que nenhuma bênção nos seránegada se perseverarmos elmenteem trilhar o caminho de volta à pre-sença de nosso Pai Celestial.

Com Seu amor e com o amor deSeu lho no coração, convido todosa seguir nosso desejo espiritual ea lembrar quem somos . Tenhamosuma conversa com nós mesmos noespelho e perguntemos: “Onde estouno cumprimento de meus convênios?

Estamos no caminho certo quandodizemos: “Tomo dignamente o sacra-mento todas as semanas, sou digno dter uma recomendação para o templorequentá-lo, e me sacrico para servie abençoar as pessoas”.

Compartilho meu testemunhoespecial de que Deus ama de talmaneira cada um de nós que “deuo seu Filho unigênito”15 para expiarnossos pecados. Ele nos conhece enos aguarda, mesmo que estejamosbem distantes. Se colocarmos em prá

tica nosso desejo e lembrarmos quemsomos, seremos “eternamente envol-

 vidos pelos braços de seu amor”16 erecebidos com alegria de volta ao lar.Presto testemunho disso no sagradonome de nosso Salvador Jesus Cristo.

 Amém. ◼NOTAS1. Lucas 15:17.2. Alma 32:27.3. Mosias 3:19.4. Ver Mateus 26:17–28; Lucas 22:1–20.5. Alma 5:12; ver também Mosias 5:2; Alma

5:13–14.

6. Morôni 6:6.7. Ver Morôni 4:3; Doutrina e Convênios

20:77.8. Salmos 24:3–4.9. Doutrina e Convênios 95:8.

10. Lucas 22:32.11. Doutrina e Convênios 123:11.12. John Greenlea Whittier, “Maud Muller”,

The Complete Poetical Works of Whittier ,1848, p. 48.

13. Lucas 15:20.14. Ver Lucas 15:22–24.15. João 3:16.16. 2 Né 1:15.

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extremamente pessoal, sou ruto deum lar assim. Durante a maior partede minha inância e adolescência,minha mãe nos criou sozinha, emcondições humildes. O dinheiro eracuidadosamente controlado. Ela tevede lidar com a solidão íntima, às vezeansiando desesperadamente por apoie companhia. Apesar de tudo isso,havia dignidade em minha mãe: umatremenda onte de determinação epura perseverança escocesas.

Felizmente, seus últimos anosoram mais abençoados do que noinício. Ela casou-se com um recém-converso, viúvo. Foram selados no

 Templo de Londres Inglaterra e, maistarde, serviram brevemente ali comoociantes de ordenanças. Ficaram

 juntos por quase um quarto de séculoelizes, contentes e realizados até om de sua vida mortal.

No mundo inteiro, há muitas de vocês, boas mulheres da Igreja, queenrentam circunstâncias semelhantes

e demonstram, ano a ano, essa mesmcapacidade de suportar as pressões ediculdades.

Não é exatamente o que espera- vam, planejaram, pediram em oraçãoou ansiaram, quando começaram há

 vários anos. Sua jornada pela vida tevsolavancos, desvios, contornos e vol-tas, em grande parte por vivermos emum mundo decaído que oi eito paraser um lugar de provas e testes.

Enquanto isso, vocês se esor-

çam para criar os lhos em retidão e verdade, sabendo que embora nãoconsigam mudar o passado, podemmoldar o uturo. Ao longo do cami-nho, receberão bênçãos compensató-rias, mesmo que não sejam evidentesde imediato.

Com a ajuda de Deus, não preci-sam temer o uturo. Seus lhos vãocrescer e chamá-las de abençoadas, ecada uma das muitas realizações que

arbítrio do homem. Como comentouo Élder Neal A. Maxwell, não pode-mos compreender todas as coisasporque “não conhecemos todosos atos”.1

Sejam quais orem suas circuns-tâncias ou os motivos delas, vocêssão pessoas maravilhosas. Dia a dia,enrentam os problemas da vida,azendo praticamente sozinhas o tra-balho que devia ser para dois. Vocêstêm de ser o pai e a mãe. Adminis-

tram a casa, cuidam da amília, às vezes têm diculdade para pagaras contas e, milagrosamente, atéencontram meios de servir na Igrejade modo signicativo. Vocês nutremseus lhos. Choram e oram comeles e por eles. Querem o melhorpara eles, mas se angustiam todas asnoites achando que o melhor quepodem oerecer não será o suciente.

Embora relute em partilhar algo

Élder David S. BaxterDos Setenta

Minha mensagem dirige-seàquelas pessoas da Igreja quecriam sozinhas os lhos, em

sua maioria mães — vocês, mulhe-res valorosas que, nas mais variadascondições de vida, criam os lhos eadministram o lar sozinhas. Talvezsejam viúvas ou divorciadas. Pode serque enrentem esse desao por teremtomado um rumo errado, ora docasamento, porém hoje vivem den-tro da estrutura do evangelho, tendo

acertado sua vida. Abençoadas sejampor evitarem o tipo de companhia quelhes cobraria um alto preço de virtudee discipulado. Esse seria um preçoelevado demais.

Embora às vezes se perguntem “porque eu?”, é por meio das provaçõesque crescemos rumo à divindade, àmedida que nosso caráter se moldana ornalha da afição e no transcorrerda vida, enquanto Deus respeita o

Fé, Força, Realização:Mensagem para as

Pessoas Que CriamSozinhas os FilhosVocês se esorçam para criar os flhos em retidão e verdade, sabendo que embora não consigam mudar o passado, podem moldar o uturo.

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eles terão será um tributo a vocês.Nunca sintam que estão em um

tipo de segundo escalão, uma subca-tegoria de membros da Igreja, e quede certa orma são menos merece-doras das bênçãos do Senhor do queos outros. No reino de Deus não hácidadãos de segunda classe.

Esperamos que, quando assistirem

às reuniões e virem amílias aparente-mente completas e elizes ou ouviremalar de amílias ideais, sintam-seelizes por azer parte de uma Igrejaque enoca a amília e ensina o papelcentral que ela desempenha no planodo Pai Celestial para a elicidade deseus lhos; e que neste mundo decalamidades e de decadência moral,temos a doutrina, a autoridade, asordenanças e os convênios que sãoa melhor esperança para o mundo,

inclusive para a utura elicidade deseus lhos e da amília que cada umdeles vai criar.

Na reunião geral da Sociedadede Socorro, em setembro de 2006, oPresidente Gordon B. Hinckley contouuma experiência compartilhada poruma mãe que criava sozinha setelhos entre sete e dezesseis anos. Elahavia atravessado a rua para entregaralgo a uma vizinha. E ela conta:

“Quando me virei para voltar paracasa, vi as luzes acesas. Era como seeu ainda ouvisse o eco do que meuslhos me disseram uns minutos antes,quando eu ia saindo: ‘Mãe, o que vaiter para o jantar?’ ‘Me leva na biblio-teca?’ ‘Tenho de comprar cartolinaainda hoje!’ Cansada e desanimada,olhei para a minha casa e vi cada

cômodo iluminado. Pensei em todosos meus lhos, em casa, esperandoque eu chegasse para dar-lhes oque precisavam. Senti como se meuardo osse maior do que eu poderiasuportar.

Lembro-me de olhar para o céucom lágrimas nos olhos e dizer: ‘MeuPai, hoje eu não aguento mais. Estoumuito cansada. Não consigo. Não vouaguentar ir para casa e cuidar sozinhados meus lhos. Será que não posso para a Tua casa e car com o Senhorsó hoje? (…)

Na verdade, eu não ouvi as pala-

 vras, mas a resposta veio a minhamente: ‘Não, lhinha, não pode voltarpara Mim agora. (…) Mas Eu posso irpara onde você está’”.2

Obrigado, irmãs, por tudo o queazem para criar sua amília e manterum lar amoroso onde há bondade,paz e oportunidades.

Embora muitas vezes se sintamsolitárias, na verdade, jamais estãototalmente sozinhas. Ao prosseguiremcom paciência e é, a Providência

divina estará com vocês. O céu lhesconcederá as bênçãos necessárias.Sua perspectiva e visão da vida vã

mudar quando, em vez de se sentiremdesanimadas, olharem para cima.

Muitas de vocês já descobriram agrandiosa e transormadora verdadede que, quando vivem para aliviar osardos de outros, seus próprios ardosse tornam mais leves. Embora as cir-cunstâncias não tenham mudado, sua

Córdoba, Argentina

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Semear no Espírito signica quetodos os nossos pensamentos, pala-

 vras e ações precisam elevar-nos aonível da divindade de nossos paiscelestes. Contudo, as escrituras sereerem à carne como a natureza ísicou carnal do homem natural, quepermite às pessoas serem infuencia-

das por paixões, desejos, apetites etendências da carne, em vez de buscaa inspiração do Espírito Santo. Se nãotomarmos cuidado, essas infuênciascombinadas com a pressão mundanado mal podem levar-nos a adotar umconduta vulgar e leviana que podetornar-se parte de nosso caráter. Paraevitarmos essas más infuências, devemos seguir o que o Senhor instruiuao Proeta Joseph Smith sobre semeacontinuamente no Espírito: “Portanto

não vos canseis de azer o bem, por-que estais lançando o alicerce de umagrande obra. E de pequenas coisasprovém aquilo que é grande” (D&C64:33).

Para edicarmos nosso espírito,é preciso que “toda a amargura, eira, e cólera, e gritaria, e blasêmia etoda a malícia sejam tiradas dentre[nós]” (Eésios 4:31) e que “[sejamos]sábios nos dias de [nossa] provação;

Élder Ulisses SoaresDos Setenta

OPresidente Thomas S. Monsondisse certa vez: “Vou dar-lhesuma órmula simples pela qual

podem medir as escolhas com quese derontam. É ácil recordá-la: ‘Nãose pode estar certo azendo o queé errado nem se pode estar errado,azendo o que é certo’” (“O Caminho

da Pereição”, A Liahona, julho de2002, p. 111). A órmula do PresidenteMonson é simples e direta. Funcionada mesma orma que a Liahona dada aLeí. Se exercermos é e ormos diligen-tes na obediência aos mandamentosdo Senhor, encontraremos acilmente orumo certo a seguir ao nos depararmoscom as pequenas decisões cotidianas.

O Apóstolo Paulo nos exortousobre a importância de semear noEspírito e de estar cientes de não

semear na carne, ao dizer:“Não erreis: Deus não se deixaescarnecer; porque tudo o que ohomem semear, isso também ceiará.

Porque o que semeia na sua carne,da carne ceiará a corrupção; mas oque semeia no Espírito, do Espíritoceiará a vida eterna.

E não nos cansemos de azer bem,porque a seu tempo ceiaremos, se nãohouvermos desalecido” (Gálatas 6:7–9).

Permaneçam noTerritório do Senhor! Nossa pergunta diária deve ser: “Será que minhas ações me colocam no território do Senhor ou do inimigo?” 

atitude muda. Vocês são capazes deenrentar as próprias provações commais aceitação, com um coração maiscompreensivo, com uma gratidão maisprounda pelo que têm, em vez deansiarem pelo que não têm.

 Vocês descobriram que, quandoemprestamos esperança àqueles cuja

 vida parece não ter nenhuma, nossopróprio tesouro de consolo se enri-quece e se enche. Nosso cálice real-mente transborda (ver Salmos 23:5).

Por meio de um viver reto, vocês eseus lhos poderão um dia desrutardas bênçãos por azer parte de umaamília completa e eterna.

Membros e líderes, há algo maisque vocês podem azer para apoiar aamília das pessoas que criam sozi-nhas os lhos, sem julgar nem criticar?Será que poderiam cuidar dos jovensdessas amílias, em especial oere-cendo aos rapazes um exemplo decomo os bons homens agem e vivem?Na alta do pai, será que estão dando

um exemplo digno de ser imitado?É claro que existem amílias em

que o pai é que cuida dos lhossozinho. Irmãos, também oramos por

 vocês e os elogiamos. Esta mensagemtambém se dirige a vocês.

 Vocês, que criam os lhos sozinhos,testico que, se derem o melhor de

 vocês nos mais diíceis desaos huma-nos, o céu lhes há de sorrir. Vocês real-mente não estão sozinhos. Que o poderredentor e amoroso de Jesus Cristo

ilumine sua vida agora e os encha deesperança na promessa eterna. Tenhamcoragem. Tenham é e esperança. Enca-rem o presente com orça e olhem parao uturo com conança. Em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS1. Neal A. Maxwell, Notwithstanding My 

Weakness , 1981, p. 68.2. Gordon B. Hinckley, “Nos Braços de Seu

 Amor”, A Liahona, novembro de 2006,p. 115.

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[despojando-nos] de todas as impure-zas” (Mórmon 9:28). Ao estudarmos as escrituras,

aprendemos que as promessas queo Senhor ez para nós dependemde nossa obediência e incentivam o

 viver reto. Essas promessas devemnutrir-nos a alma, dando-nos espe-rança, incentivando-nos a não desistir,mesmo diante dos desaos diários de

 viver num mundo em que os valoreséticos e morais se extinguem, moti-

 vando ainda mais as pessoas a semearna carne. No entanto, como podemoster certeza de que nossas escolhasestão nos ajudando a semear noEspírito e não na carne?

O Presidente George Albert Smith,repetindo conselhos dados por seuavô, disse certa vez: “Há uma linhademarcatória bem denida entre oterritório do Senhor e o território dodiabo. Se você vai car na linha nolado do Senhor estará sob Sua infuên-cia e não terá nenhum desejo de azer

coisas erradas, mas, se você cruzarpara o lado do diabo, um centímetroque seja, estará em poder do tentador,e, se ele or bem-sucedido, você nãoserá capaz de pensar nem raciocinarcorretamente porque terá perdido oEspírito do Senhor” ( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: George  Albert Smith, 2011, p. 193).

Portanto, nossa pergunta diáriadeve ser: “Será que minhas ações mecolocam no território do Senhor ou no

território do inimigo?”O proeta Mórmon alertou seupovo sobre a importância da capaci-dade de distinguir o bem do mal:

“Portanto todas as coisas boas vêm de Deus; e o que é mau vem dodiabo; porque o diabo é inimigo deDeus e luta constantemente contraele e convida e incita a pecar e a azercontinuamente o mal.

Eis, porém, que aquilo que é de

Deus convida e impele a azer o bemcontinuamente” (Morôni 7:12–13).

 A Luz de Cristo juntamente com acompanhia do Espírito Santo devemajudar-nos a determinar se nosso

modo de vida nos coloca no territóriodo Senhor ou não. Se nossas atitudesorem boas, elas são inspiradas porDeus, porque toda coisa boa vem deDeus. Contudo, se nossas atitudesorem más, estamos sendo infuencia-dos pelo inimigo, porque ele persuadeos homens a azer o mal.

O povo aricano aqueceu meucoração por sua determinação e dili-gência em permanecer no territóriodo Senhor. Mesmo nas circunstân-

cias adversas da vida, aqueles queaceitam o convite de vir a Cristo setornam uma luz para o mundo. Hápoucas semanas, ao visitar uma dasalas na Árica do Sul, tive o privilégiode acompanhar dois jovens sacer-dotes, seu bispo e seu presidentede estaca em uma visita aos rapazesmenos ativos de seu quórum. Fiqueimuito impressionado com a cora-gem e a humildade que aqueles dois

sacerdotes mostraram ao convidar osrapazes menos ativos a voltar para aIgreja. Enquanto conversavam com osrapazes menos ativos, observei queseu semblante refetia a luz do Salva-

dor e, ao mesmo tempo, enchia de luas pessoas a seu redor. Eles estavamcumprindo seu dever de “[socorrer] oracos, [erguer] as mãos que pendem [ortalecer] os joelhos enraquecidos”(D&C 81:5). A atitude daqueles doissacerdotes os colocou no território doSenhor, e eles serviram de instrumen-tos em Suas mãos, ao convidar outrosa azer o mesmo.

Em Doutrina e Convênios 20:37,o Senhor ensina o que signica

semear no Espírito e o que realmenteacontece no território do Senhor,da seguinte maneira: Humilhar-nosperante Deus, ter o coração quebran-tado e o espírito contrito, testicardiante da Igreja que realmente nosarrependemos de todos os nossospecados, tomar sobre nós o nome de

 Jesus Cristo, ter a determinação de se vi-Lo até o m, maniestar por nossasobras, que recebemos o Espírito de

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observou como algumas partes domundo se tornaram seculares. Elearmou que a culpa é “de um ateísmocientíco agressivo que se az surdo àmúsica da é”.2

 A grande visão introdutória doLivro de Mórmon é o sonho proético

que Leí teve da árvore da vida.3 Essa visão descreve com clareza os desaoà é que existem em nossos dias e agrande divisão entre os que amam,adoram e sentem que devem prestarcontas a Deus e os que não o azem.Leí explicou algumas condutas quedestroem a é. Alguns são orgulhosos

 vaidosos e tolos. Interessam-se apenapela suposta sabedoria do mundo.4 Outros têm algum interesse em Deusmas se perdem nas névoas de escuri-

dão e no pecado do mundo.5

Alguns já provaram o amor de Deus e Suapalavra, mas sentem-se envergonha-dos por causa dos que zombam delese se aastam, seguindo por “caminhosproibidos”.6

Por m, há os que estão emsintonia com a música da é. Vocêssabem quem vocês são. Vocês amamo Senhor e Seu evangelho e procuramconstantemente viver e compartilhar

Élder Quentin L. Cook Do Quórum dos Doze Apóstolos

Quando as Autoridades Geraisda Igreja se reúnem com osmembros no mundo inteiro,

 vemos pessoalmente como os santosdos últimos dias são uma orça parapromover o bem. Elogiamos vocês portudo o que azem para abençoar

a vida de todas as pessoas. Aqueles dentre nós que estão

encarregados dos assuntos públicossabem muito bem que muitos or-madores de opinião e jornalistas dosEstados Unidos e do mundo inteirotêm alado mais da Igreja e de seusmembros. Uma confuência incomumde atores aumentou signicativa-mente a visibilidade da Igreja.1

Muitos que escrevem sobre a Igrejase esorçaram sinceramente para

compreender nosso povo e nossadoutrina. Foram bem respeitosos eprocuraram ser objetivos, pelo quelhes somos gratos.

 Também reconhecemos que hámuitas pessoas que não estão emsintonia com as coisas sagradas. LordSacks, o rabino-chee da Inglaterra,dirigindo-se aos líderes da igrejacatólica em dezembro passado, naUniversidade Pontiícia Gregoriana,

Em Sintonia coma Música da Fé Deus ama todos os Seus flhos. Ele quer que todos voltem à presença Dele. Ele deseja que todos estejam em sintonia coma sagrada música da é.

Cristo e omos recebidos pelo batismoem Sua Igreja. Nossa disposição decumprir esses convênios nos preparapara viver na presença de Deus comoseres exaltados. A lembrança dessesconvênios deve guiar nossa condutaem relação a nossa amília, a nossasinterações sociais com outras pessoase, especialmente, em nosso relaciona-mento com o Salvador.

 Jesus Cristo estabeleceu o pereitopadrão de conduta pelo qual pode-

mos edicar nossas atitudes, a mde poder cumprir esses convêniossagrados. O Salvador baniu de Sua

 vida toda infuência que pudessedesviar-Lhe a atenção de Sua missãodivina, especialmente ao ser tentadopelo inimigo ou por seus seguidores,enquanto ministrava aqui na Terra.Embora jamais tenha pecado, Ele tinhaum coração quebrantado e um espí-rito contrito, cheio de amor por nossoPai Celestial e por todos os homens.Ele Se humilhou perante nosso Pai

Celestial, negando Sua própria von-tade para cumprir o que o Pai pediraDele, em todas as coisas, até o m.Mesmo naquele momento de extremador ísica e espiritual, carregando nosombros o ardo dos pecados de todaa humanidade e vertendo sangue portodos os poros, Ele disse ao Pai: “Nãoseja, porém, o que eu quero, mas oque tu queres” (Marcos 14:36).

Minha oração, irmãos e irmãs, éque, ao pensarmos em nossos convê-

nios, mantenhamo-nos ortes contra“os ardentes dardos do adversário”(1 Né 15:24), seguindo o exemplo doSalvador para semearmos no Espíritoe habitarmos no território do Senhor.Lembremos a órmula do PresidenteMonson: “Não se pode estar certoazendo o que é errado nem se podeestar errado, azendo o que é certo”.Digo essas coisas em nome de JesusCristo. Amém. ◼

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Sua mensagem, especialmente comsua amília.7 Vivem em harmoniacom os sussurros do Espírito, oramdespertados em relação ao poder dapalavra de Deus, cumprem preceitosreligiosos no lar e procuram diligen-temente levar uma vida cristã comodiscípulos de Cristo.

Reconhecemos o quanto vocês sãoatareados. Sem um ministério pros-sional remunerado, a responsabilidadede administrar a Igreja oi conada a

 vocês, membros consagrados. Sabe-mos que é comum os membros dosbispados e das presidências de estacae muitos outros doarem longas horasde serviço dedicado. As presidênciasdas auxiliares e dos quóruns são umexemplo de sacriício abnegado. Esseserviço e sacriício são eitos por todosos membros, pelos que mantêm regis-tros administrativos, pelos mestresamiliares, pelas proessoras visitanteséis e pelos que dão aulas. Quão

gratos somos aos que corajosamenteservem como líderes de escoteiros oulíderes do berçário. Todos vocês con-tam com nosso amor e apreço peloque azem e pelo que são!

Reconhecemos que há membrosmenos interessados e menos éis aalguns dos ensinamentos do Salvador.Nosso desejo é que esses membrosdespertem plenamente para a é eaumentem seu nível de atividade e

de comprometimento. Deus ama todosos Seus lhos. Ele quer que todos

 voltem à presença Dele. Ele desejaque todos estejam em sintonia com asagrada música da é. A Expiação doSalvador é uma dádiva para todos.

É preciso que seja ensinado ecompreendido que amamos e respei-tamos todas as pessoas descritas porLeí.8 Lembrem-se de que não nos cabe

 julgar as pessoas. O julgamento é umaprerrogativa do Senhor.9 O Presidente

 Thomas S. Monson nos pediu especi-camente que tenhamos a “coragemde não julgar (…) as pessoas”.10 Eletambém pediu que todo membro elresgate os que provaram do ruto doevangelho e depois se aastaram, bemcomo aqueles que ainda não encon-traram o caminho estreito e apertado.Oramos para que eles se agarrem àbarra e partilhem do amor de Deus,que vai lhes encher “a alma de imensaalegria”.11

Embora a visão de Leí inclua todasas pessoas, o conceito doutrináriomais importante é o signicado eternoda amília. “A amília oi ordenada porDeus. É a mais importante unidadenesta vida e na eternidade.”12 QuandoLeí partilhou do ruto da árvore da

 vida (o amor de Deus), desejou quesua amília “dele também comesse”.13

Nosso grande desejo é criar nossoslhos em verdade e retidão. Um

princípio que nos vai ajudar a azerisso é não sermos demasiadamenteseveros em julgar uma conduta tola oinsensata, porém não pecaminosa. Hámuitos anos, quando minha mulhere eu tínhamos os lhos em casa, oÉlder Dallin H. Oaks ensinou queera importante azer a distinção entreerros juvenis, que devem ser corrigi-dos, e pecados, que exigem repreen-são e arrependimento.14 Quandohá alta de sabedoria, nossos lhos

precisam de instrução. Quando hápecado, o arrependimento é essen-cial.15 Descobrimos que isso oi muitoútil para nossa própria amília.

O cumprimento de preceitosreligiosos no lar abençoa nossaamília. O exemplo é particularmenteimportante. O que somos ala tão altoque nossos lhos talvez não ouçamo que dizemos. Quando eu tinhaquase cinco anos, minha mãe cousabendo que seu irmão caçula tinhasido morto quando o navio de guerra

em que servia oi bombardeado, aolargo da costa do Japão, quase no mda Segunda Guerra Mundial.16 Aquelanotícia a deixou arrasada. Ela coumuito emocionada e oi para o quartoDepois de um tempo, ui espiar para

 ver se ela estava bem e a vi ajoelhada junto à cama, em oração. Senti umagrande paz porque ela me haviaensinado a orar e a amar o Salvador.Isso ilustra o exemplo que ela sempreme deu. A mãe ou o pai orando com

os lhos pode ser mais importante doque qualquer outro exemplo. A mensagem, o ministério e a

Expiação de Jesus Cristo, nosso Sal- vador, azem parte de nosso currículoamiliar essencial. A escritura quemelhor descreve nossa é está em2 Né 25:26: “E alamos de Cristo,regozijamo-nos em Cristo, pregamosa Cristo, proetizamos de Cristo eescrevemos de acordo com nossas

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proecias, para que nossos lhos sai-bam em que onte procurar a remissãode seus pecados”.

Uma das premissas da visão de Leí é a de que os membros éis precisamagarrar-se rmemente à barra de erropara manter-se no caminho estreito eapertado que conduz à árvore da vida.É essencial que os membros leiam,ponderem e estudem as escrituras.17

O Livro de Mórmon é de impor-tância vital.18 É evidente que sempre

haverá aqueles que subestimam osignicado desse livro sagrado ou até venham a denegri-lo. Alguns azempiada. Antes de eu servir missão, ouvium proessor universitário citar adeclaração de Mark Twain de que, seosse tirada a expressão “E aconteceu”do Livro de Mórmon, “ele seria apenasum panfeto”.19

Poucos meses depois, enquanto euservia missão em Londres, Inglaterra,um renomado proessor ormado pelaUniversidade Oxord e que traba-

lhava na Universidade de Londres,um egípcio que era perito em línguassemitas, leu o Livro de Mórmon,correspondeu-se com o PresidenteDavid O. McKay e reuniu-se com osmissionários. Disse-lhes que estavaconvencido de que o Livro de Mór-mon era realmente uma tradução doconhecimento dos judeus e da línguados egípcios reerente aos períodosdescritos no livro.20 Um dos exemplosque ele usou oi a expressão conjun-

tiva “E aconteceu”, que ele disse espe-lhar como ele traduziria a raseologiausada nos antigos escritos semitas.21 O proessor oi inormado de queembora sua abordagem intelectualcom base em seu conhecimento aca-dêmico o ajudasse, ainda era essencialque tivesse um testemunho espiritual.Por meio do estudo e da oração, eleadquiriu um testemunho espirituale oi batizado. Portanto, o que um

amoso humorista viu como tema depiada, um estudioso renomado viucomo uma prounda evidência da

 veracidade do Livro de Mórmon, oque lhe oi conrmado pelo Espírito.

 A doutrina essencial do arbítrioexige que um testemunho do evange-lho restaurado baseie-se na é e nãosimplesmente em provas externas oucientícas. O enoque obsessivo emcoisas que ainda não oram plena-mente reveladas — por exemplo:

como o Salvador nasceu de uma virgem ou ressuscitou, ou de quemodo Joseph Smith traduziu nossasescrituras — não será ecaz nem pro-porcionará progresso espiritual. Essascoisas são questões de é. No nal, oconselho de Morôni para ler, ponderare depois perguntar a Deus com todaa sinceridade do coração e com realintenção para conrmar a veracidadedas escrituras pelo testemunho doEspírito é a resposta.22 Além disso,quando acrescentamos à nossa vida

os mandamentos encontrados nasescrituras e vivemos o evangelho,somos abençoados com o Espírito eprovamos da Sua bondade por meiode sentimentos de alegria, elicidadee principalmente paz.23

 Vemos claramente que uma linhadivisória que separa os que ouvema música da é dos que são surdosou ora de sintonia é o estudo ativodas escrituras. Fiquei proundamentetocado, há vários anos, quando o

amado proeta, Spencer W. Kimball,enatizou a necessidade de lermos eestudarmos continuamente as escritu-ras. Ele disse: “Percebo que, quandonegligencio meu relacionamentocom a Deidade e tenho a impressãode que nenhum ouvido divino estáescutando o que digo e nenhuma vozcelestial está alando comigo, pareceque estou muito, muito longe. Semergulho nas escrituras, a distância

diminui e a espiritualidade volta”.24

Espero que estejamos lendo o Livr

de Mórmon regularmente com nossolhos. Abordei esse assunto com meupróprios lhos. Eles compartilharamcomigo duas observações. A primeiraé que a persistência na leitura diáriadas escrituras em amília é undamental. Minha lha descreveu com bom-humor o esorço que az bem cedopela manhã com seus lhos, a maioriadolescentes, para ler constantementeas escrituras. Ela e o marido acordambem cedo e lutam contra o sono para

agarrar-se ao corrimão da escada queleva ao local onde a amília se reúnepara ler a palavra de Deus. A persis-tência é a resposta, e um bom sensode humor ajuda. É preciso grandeempenho de todos da amília, todosos dias, mas vale a pena. Os obstá-culos temporários são vencidos pelapersistência.

 A segunda é o modo como nossolho caçula e a esposa leem as

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escrituras com sua jovem amília. Doisde seus quatro lhos ainda não têmidade para ler. Para o lho de cincoanos, eles criaram cinco sinais com osdedos para que ele participe plena-mente da leitura das escrituras emamília. O sinal com o dedo indicadoré para que ele repita: “E aconteceu”,sempre que isso aparece no Livro deMórmon. Tenho de admitir que adoro

 ver essa expressão aparecer com tantarequência. Aliás, para o interesse das

amílias jovens, o sinal com o indica-dor e o médio é para “E assim vemosque…”; os sinais três, quatro e cincosão escolhidos pelos pais de acordocom as palavras contidas no capítuloque estão lendo.

Sabemos que o estudo das escri-turas em amília e a noite amiliarnem sempre são pereitos. A despeitodos desaos que enrentarem, nãodesanimem.

Compreendam que ter é noSenhor Jesus Cristo e cumprir Seus

mandamentos são e sempre serão oteste decisivo da mortalidade. Acimade tudo, cada um de nós precisacompreender que, quando camossurdos à música da é, estamos orade sintonia com o Espírito. Comoensinou o proeta Né: “Haveis ouvidosua voz (…); e ele vos alou numa vozmansa e delicada, mas havíeis perdidoa sensibilidade, de modo que nãopudestes perceber suas palavras”.25

Uma doutrina é clara: precisamos

ser positivos e ter bom ânimo. Enati-zamos nossa é, não nossos temores.Regozijamo-nos na certeza proporcio-nada pelo Senhor de que Ele estará aonosso lado e nos orientará e condu-zirá.26 O Espírito Santo testica aonosso coração que temos um Pai Celes-tial amoroso, cujo plano misericordiosopara nossa redenção será cumprido,em todos os aspectos, graças ao sacrií-cio expiatório de Jesus Cristo.

Como Naomi W. Randall, autora de“Sou um Filho de Deus”, escreveu: “Eo Seu Espírito de amor aasta todo omeu temor”.27

Portanto, onde quer que esteja-mos no caminho do discipulado,na visão de Leí, tomemos a rmedecisão de despertar dentro de nóse de nossa amília maior desejo dereivindicar a incompreensível dádivade vida eterna que o Salvador nosconcedeu. Oro para que permane-

çamos em sintonia com a música daé. Presto testemunho da divindadede Jesus Cristo e da realidade de SuaExpiação. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS1. Ver Doutrina e Convênios 1:30.2. Jonathan Sacks, “Has Europe Lost Its Soul?”

[Terá a Europa Perdido a Alma?] (discursoproerido em 12 de dezembro de 2011,na Universidade Pontiícia Gregoriana),chierabbi.org/ReadArtical.aspx?id=1843.

3. Ver 1 Né 8.4. Ver 1 Né 8:27; 11:35.5. Ver 1 Né 8:23; 12:17.6. 1 Né 8:28.7. Ver 1 Né 8:12.8. O Salvador nos instruiu a buscar a ovelha

perdida; ver Mateus 18:12–14.9. Ver João 5:22; ver também Mateus 7:1–2.

10. Thomas S. Monson, “Tenham Coragem”, A Liahona, maio de 2009, p. 123.

11. 1 Né 8:12.12. Manual 2: Administração da Igreja, 2010

1.1.1.13. 1 Né 8:12.14. Ver Dallin H. Oaks, “Sins and Mistakes”

[Pecados e Erros], Ensign, outubro de 199p. 62. O Élder Oaks ensinou essa ideiaquando oi presidente da UniversidadeBrigham Young, aproximadamente em1980.

15. Ver Doutrina e Convênios 1:25–27.16. Ver Marva Jeanne Kimball Pedersen,

Vaughn Roberts Kimball, a Memorial  (publicado pela amília Crozier Kimball,

novembro de 1995). Vaughn jogava uteboamericano como capitão da equipe pelaUniversidade Brigham Young, no outonode 1941. Um dia após o ataque a PearlHarbor, em 8 de dezembro de 1941, elese alistou na Marinha dos Estados UnidosFoi morto em 11 de maio de 1945, por umataque inimigo que bombardeou o navioUSS Bunker Hill , sendo sepultado no mar

17. Ver João 5:39.18. Ver Ezra Tat Benson, “The Book o 

Mormon—Keystone o Our Religion” [OLivro de Mórmon, Pedra Angular de NossaReligião], Ensign, novembro de 1986, p. 4ou A Liahona, outubro de 2011, p. 52.

19. Mark Twain, Roughing It , 1901, p. 133. A cada nova geração, os comentários de Twain são apresentados como se ossemuma nova descoberta importante. Pouco scomenta que Mark Twain tinha desprezotanto pelo cristianismo quanto pelasreligiões de modo geral.

20. Ver 1 Né 1:2.21. Conheci o Dr. Ebeid Sarom em Londres,

quando os élderes o ensinavam. Ver também N. Eldon Tanner, ConerenceReport, abril de 1962, p. 53. Muitosestudiosos dos antigos escritos semitas/egípcios observaram o uso repetitivo daexpressão conjuntiva “E aconteceu…” noinício das sentenças; ver Hugh Nibley,Since Cumorah, 2ª edição, 1988, p. 150.

22. Ver Morôni 10:4; pouquíssimos críticos

colocaram isso à prova com sinceridadee real intenção.

23. Ver Doutrina e Convênios 59:23.24. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

Spencer W. Kimball , 2006, p. 75.25. 1 Né 17:45; ver também Ezra Tat Benson

“Seek the Spirit o the Lord”, Tambuli ,setembro de 1988, p. 4: “É mais requenteouvirmos as palavras do Senhor por meiode um sentimento. Se ormos humildes esensíveis, o Senhor vai inspirar-nos por meio de nossos sentimentos”.

26. Ver Doutrina e Convênios 68:6.27. “Se Tenho Fé”, Hinos , nº 53.

São Paulo, Brasil 

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esta orientação dada ao Presidente Joseph F. Smith: “Creio que nosmovemos e vivemos na presença demensageiros celestiais e outros seres

celestes. Não há separação entre nóse eles. (…) Temos um relaciona-mento próximo com nossos parentese ancestrais que oram para o mundoespiritual antes de nós. Não pode-mos esquecê-los; não deixamos deamá-los; sempre estarão em nossocoração, na lembrança, e por isso esta-mos ligados a eles por laços que nãopodemos romper. (…) Se isso ocorre anós em nossa condição nita, cerca-dos das raquezas da mortalidade, (…)

com certeza quanto mais é (…) paranós crermos que os que oram éis eque já passaram pelo véu (…) podem

 ver-nos melhor do que nós a eles; quenos conhecem melhor do que nós aeles. (…) Vivemos na presença deles,eles nos veem, preocupam-se como nosso bem-estar, amam-nos agoramais que nunca antes. Pois agoraenxergam os perigos que nos cer-cam; (…) daí seu amor por nós e seu

Élder Richard G. Scott Do Quórum dos Doze Apóstolos

Qualquer um que venha a estepúlpito para proerir umamensagem sente a orça e

o apoio dos membros em todo o

mundo. Sou grato por essa mesmaorça vir de uma amada companheirado outro lado do véu. Obrigado,

 Jeanene.O Espírito Santo comunica-nos

importantes inormações de quenecessitamos para nos guiar na jor-nada da mortalidade. Quando ela énítida, clara e essencial recebe o títulode ‘revelação’. Quando ela vem poruma série de sugestões e temos denos guiar passo a passo a um objetivo

digno, até alcançarmos o propósitodessa mensagem, ela é inspiração.Um exemplo de revelação seria

aquela orientação que o PresidenteSpencer W. Kimball recebeu, após sualonga e contínua súplica ao Senhor,para proporcionar o sacerdócio atodos os homens dignos da Igreja,numa época em que ele podia serconerido somente a alguns deles.

Outro exemplo de revelação é

Como ObterRevelação e Inspiração

para a Vida Pessoal“Por que o Senhor quer que oremos a Ele pedindo?”  Porque é assim que se recebe revelação.

desejo pelo nosso bem-estar seremmuito maiores do que sentimos pornós próprios”.1

Os relacionamentos com aque-les a quem conhecemos e amamospodem ser estreitados através do véuIsso se dá por nosso esorço contí-nuo de azer o que é certo. Podemosestreitar nosso relacionamento coma pessoa que amamos ao reconhecerque a separação é temporária e queos convênios eitos no templo são

eternos. Quando cumpridos consistentemente, esses convênios asseguram eterna realização das promessas a eleinerentes.

Um caso muito nítido de revela-ção em minha vida ocorreu quandosenti uma orte impressão do Espíritopara pedir a Jeanene Watkins para serselada a mim no templo.

Uma das grandes lições que cadaum de nós precisa aprender é pedir.“Por que o Senhor quer que oremos aEle pedindo?” Porque é assim que se

recebe revelação.Quando enrento uma questão

muito diícil, eis como procuro sabero que azer: Eu jejuo. Eu oro paraencontrar e compreender as escrituraque serão úteis. Esse é um processocíclico. Começo por ler uma passagemde escritura; pondero sobre o signi-cado do versículo e oro por inspira-ção. Em seguida, pondero e oro parasaber se captei tudo o que o Senhorquer que eu aça. Em geral, outras

impressões se seguem com compreensão ampliada da doutrina. Descobrique esse processo é uma boa ormade aprender com as escrituras.

Há alguns princípios práticos queampliam a revelação. Primeiro, cedera emoções como raiva ou mágoa ouinventar desculpas pelos erros aastaro Espírito Santo. Tais emoções devemser eliminadas ou nossa chance dereceber revelação será mínima.

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Outro princípio é a cautela com ohumor. O riso escandaloso e ina-dequado oende o Espírito. Risoscomedidos convidam a revelação; maso riso escandaloso não. O senso dehumor adequado ajuda à revelação,mas o riso escandaloso não. Senso dehumor é uma válvula de escape paraas pressões da vida.

Outro inimigo da revelação é oexagero e a estridência na maneirade nos expressar. A ala cautelosa e

mansa avorece o recebimento darevelação.Por outro lado, a comunicação

espiritual pode ser ampliada por meiode práticas saudáveis. Exercitar-se,dormir o suciente e ter bons hábitosalimentares aumentam nossa capaci-dade de receber e entender a revela-ção. Viveremos pelo tempo que nosor designado. Entretanto, podemosmelhorar tanto a qualidade de nossoserviço quanto o nosso bem-estarpor meio de escolhas cuidadosas e

apropriadas.É importante que nossas atividades

diárias não perturbem a nossa capaci-dade de ouvir o Espírito.

 A revelação pode-nos ser dadatambém em um sonho, quando háuma transição quase imperceptível dosono para o despertar. Se procurarmoscapturar seu conteúdo de imediato,podemos registrá-la nos mínimosdetalhes, mas se não o zermos, elase apaga rapidamente. A comunicação

inspirada à noite é em geral acompa-nhada de um sentimento sagrado. OSenhor usa pessoas por quem nutri-mos grande respeito para ensinar-nos verdades em sonhos, porqueconamos nelas e ouviremos seusconselhos. É o Senhor ensinando pormeio do Espírito Santo. No entanto,Ele pode azer com que no sonho sejamais ácil entendermos ou que toquenosso coração ao sermos ensinados

por alguém a quem amamos erespeitamos.Se or para atender aos propósitos

do Senhor, Ele pode trazer a nossamemória tudo o que já nos ocorreu.Isso não deve enraquecer nossadeterminação de registrarmos asimpressões do Espírito. Esse regis-tro detalhado da inspiração mostraa Deus que Suas comunicações sãosagradas para nós e também ampliaránossa habilidade de recapturá-las. Tais

registros de orientação pelo Espíritodevem ser protegidos contra perdasou a intromissão de outras pessoas.

 As escrituras dão-nos eloquenteconrmação de como a verdade,quando vivida com consistência, abreas portas à inspiração para sabermoso que azer e, quando necessário, ter-mos a capacidade pessoal ampliadapelo poder divino. As escrituras des-crevem como a capacidade pessoal

de vencer uma diculdade, dúvida oudesaos aparentemente invencíveis éampliada pelo Senhor em épocas denecessidade. Ao ponderar sobre taisexemplos, você terá uma serena con-rmação por meio do Espírito Santode que tais experiências são verda-deiras. E você saberá que uma ajudasemelhante está a sua disposição.

 Já vi pessoas vencerem desaosque estavam além de sua capacidadeporque conaram no Senhor e soube

ram que Ele as guiaria a soluções queram necessárias urgentemente.O Senhor declarou: “Sereis ensi-

nados do alto. Santicai-vos e sereisinvestidos de poder, para que ensinecomo alei”.2 As palavras santifcai-vopodem soar estranhas. O PresidenteHarold B. Lee explicou certa vezque podemos substituir essas pala-

 vras pela expressão “guardai meusmandamentos”. Lido dessa orma, o

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conselho parece mais claro.3 A pessoa deve estar sempre limpamental e sicamente e ter pureza deintenção para que o Senhor a inspire.

 Aquele que é obediente aos Seusmandamentos tem a conança doSenhor. Tal pessoa tem acesso a Suainspiração para saber o que azer e,se necessário, o poder de azê-lo.

Para que a espiritualidade seortaleça e esteja mais disponível, eladeve ser plantada em um ambiente de

retidão. A altivez, o orgulho e a pre-sunção são solo rochoso que nuncadará rutos espirituais.

 A humildade é o solo értil ondea espiritualidade cresce e produz osrutos da inspiração para sabermoso que azer. Ela dá acesso ao poderdivino para realizar o que or necessá-rio. A pessoa motivada pelo desejo deelogios ou reconhecimento não estaráqualicada para ser ensinada peloEspírito. O arrogante ou aquele quedeixa as emoções infuenciarem suas

decisões não será guiado com poderpelo Espírito.

Quando agimos como instrumen-tos para abençoar outros, podemosser inspirados mais acilmente doque quando pensamos só em nósmesmos. Enquanto nos empenhamosem ajudar os outros, o Senhor podeacrescentar orientação para nossopróprio beneício.

Nosso Pai Celestial não nos man-dou à Terra para racassarmos, mas

sim para triunarmos gloriosamente.Pode parecer um paradoxo, mas épor isso que o reconhecimento deresposta às orações pode ser às vezesdiícil. Às vezes tentamos tolamenteenrentar a vida dependendo denossa experiência e capacidade. Émuito mais sábio procurarmos sabero que azer por meio da oração e dainspiração divina. Nossa obediênciagarante que, se or necessário, nos

qualiquemos a ter o poder divinopara realizar um objetivo inspirado.

Como muitos de nós, OliverCowdery não reconheceu a evidên-cia das respostas à oração já dadaspelo Senhor. Para abrir os olhos dele,assim como os nossos, esta revelaçãooi dada por meio de Joseph Smith:

“Bem-aventurado és pelo quezeste; porque me procuraste e eisque, tantas vezes quantas inquiriste,recebeste instruções de meu Espírito.Se assim não ora, não terias chegadoao lugar onde agora estás.

Eis que tu sabes que me inquiriste

e que te iluminei a mente; e agorate digo estas coisas para que saibasque oste iluminado pelo Espírito da

 verdade”.4

Se você sentir que Deus nãorespondeu a suas orações, ponderenessas escrituras — depois procurecuidadosamente em sua própria

 vida evidências de que Ele já lherespondeu.

Dois indicadores de que umsentimento ou uma inspiração veio

de Deus são a paz no coração e umsentimento cálido e tranquilo. Aoseguir os princípios aqui debatidos,estaremos preparados para reconhe-cer a revelação em momentos críticosde nossa própria vida.

Quanto mais de perto seguirmos aorientação divina, maior será a nossaelicidade aqui e na eternidade —além do que, mais abundante seránosso progresso e nossa capacidade

de servir. Não compreendo plena-mente como isso se dá, mas essaorientação em nossa vida não nos tiro arbítrio. Podemos ainda tomar asdecisões que quisermos. Mas, lembremo-nos que a disposição de azer ocerto traz paz de espírito e elicidade

Se errarmos, podemos nos arre-pender. Quando as condições doarrependimento são plenamentesatiseitas, a Expiação de Jesus Cristonosso Salvador, livra-nos das exi-

gências da justiça relativas aos erroscometidos. É maravilhosamente sim-ples e de uma beleza incomparável.

 Ao continuarmos a viver em retidão,sempre seremos inspirados a saber oque azer. Às vezes, saber o que azerpode exigir signicativo esorço econança de nossa parte. No entantoseremos inspirados a saber o queazer, se atendermos às condiçõespara receber orientação divina emnossa vida, ou seja, obediência aosmandamentos do Senhor, conança

em Seu divino plano de elicidade eaastamento de tudo o que or contrário a isso.

 A comunicação com nosso PaiCelestial não é uma questão trivial. Éum privilégio sagrado e baseia-se emprincípios eternos e imutáveis. Rece-bemos ajuda de nosso Pai Celeste emresposta a nossa é, obediência e peluso adequado do arbítrio.

Que o Senhor nos inspire paraque compreendamos e usemos os

princípios que levam à revelação e àinspiração pessoal, em nome de JesuCristo. Amém. ◼

NOTAS1. Joseph F. Smith, em Conerence Report,

abril de 1916, pp. 2 e 3; ver também Doutrina do Evangelho, 1975, pp. 394–39 Tradução atualizada.

2. Doutrina e Convênios 43:16.3. Ver  Ensinamentos dos Presidentes da

 Igreja: Harold B. Lee , 2000, p. 34.4. Doutrina e Convênios 6:14–15.

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Élder David A. BednarDo Quórum dos Doze Apóstolos

O padrão para o recebimento daautoridade do sacerdócio é descrito nquinta regra de é: “Cremos que umhomem deve ser chamado por Deus,por proecia e pela imposição demãos, por quem possua autoridade,para pregar o Evangelho e administrasuas ordenanças”. Assim, um rapazou homem recebe a autoridade dosacerdócio e é ordenado a um oícioespecíco por alguém que já possuio sacerdócio e que tenha sido auto-

rizado por um líder que possua asdevidas chaves do sacerdócio.Espera-se que o portador do sacer

dócio exerça essa autoridade sagradade acordo com a mente, a vontadee os propósitos sagrados de Deus.Nada em relação ao sacerdócio é denatureza egocêntrica. O sacerdóciosempre é usado para servir, abençoare ortalecer outras pessoas.

O sacerdócio maior é recebidopor um solene convênio que incluia obrigação de agir pela autoridade

(ver D&C 68:8) e no oício (ver D&C107:99) para o qual oram designadosComo portadores da santa autoridadede Deus, somos agentes que atuame não subordinados que recebem aação (ver 2 Né 2:26). O sacerdócio éinerentemente ativo, e não passivo.

O Presidente Ezra Tat Bensonensinou:

“Não é suciente receber o sacer-dócio e depois esperar sentados epassivos até que sejamos impelidos à

atividade por alguém. Quando rece-bemos o sacerdócio, temos a obriga-ção de tornar-nos ativa e avidamenteengajados na promoção da causa daretidão na Terra, porque o Senhordisse:

‘O que nada az até que sejamandado e recebe um mandamentocom o coração duvidoso e guarda-ocom indolência, é condenado’ (D&C58:29)” (So Shall Ye Reap, 1960, p. 21)

Meus amados irmãos, sinto-megrato por podermos adorar

 juntos como um imensogrupo de portadores do sacerdócio.

 Amo e admiro vocês por sua digni-dade e sua infuência para o bem nomundo inteiro.

Convido cada um de vocês a

refetir sobre como responderiamà seguinte pergunta eita há muitosanos aos membros da Igreja peloPresidente David O. McKay: “Se nesteinstante alguém pedisse a cada um de

 vocês que declarasse, em uma únicarase ou sentença, a característica maismarcante de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias, qualseria sua resposta?” (“The Missiono the Church and Its Members”, Im provement Era, novembro de 1956,

p. 781). A resposta que o Presidente McKaydeu a sua própria pergunta oi: a“autoridade divina” do sacerdócio.

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias distingue-se deoutras igrejas que armam evocar suaautoridade da sucessão histórica, dasescrituras ou da ormação teológica.Declaramos de modo exclusivo que aautoridade do sacerdócio oi conerida

ao Proeta Joseph Smith pela imposi-ção de mãos, diretamente de mensa-geiros celestiais.

Meu discurso concentra-se nessaautoridade divina e nos poderes docéu. Oro sinceramente pedindo aajuda do Espírito do Senhor, para que

 juntos aprendamos algo a respeito

dessas importantes verdades.

 A Autoridade e o Poder do SacerdócioO sacerdócio é a autoridade de

Deus delegada na Terra aos homenspara que atuem em todas as coisasreerentes à salvação da humanidade(ver Spencer W. Kimball, “The Exam-ple o Abraham”, Ensign, junho de1975, p. 3). O sacerdócio é o meiopelo qual o Senhor age por intermé-dio de homens para salvar almas. Uma

das características marcantes da Igrejade Jesus Cristo, tanto no passadoquanto no presente, é Sua autoridade.Não pode haver uma Igreja verdadeirasem autoridade divina.

 A autoridade do sacerdócio é con-cedida a homens comuns. A digni-dade e a disposição de servir — nãoa experiência, o conhecimento ou aormação — são as qualicações paraa ordenação ao sacerdócio.

S ES S ÃO DO S ACERDÓ C IO | 31 de março de 2012

Os Poderes do CéuOs portadores do sacerdócio, jovens e idosos, precisam de autoridade e poder: a permissão necessária e a capacidade 

espiritual de representar Deus no trabalho de salvação.

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O Presidente Spencer W. Kimballtambém salientou enaticamente anatureza ativa do sacerdócio. “[Rom-pe-se] o convênio do sacerdóciotransgredindo os mandamentos — etambém deixando de cumprir asrespectivas obrigações e deveres.Portanto, para quebrar esse convênio,basta apenas não azer nada” (O Milagre do Perdão, 1999, p. 96).

Quando damos o melhor de nós

para cumprir nossas responsabilidadesdo sacerdócio, podemos abençoarcom o poder do sacerdócio. O poderdo sacerdócio é o poder de Deusque atua por intermédio de rapazes ehomens iguais a nós e requer retidãopessoal, é, obediência e diligência.Um rapaz ou homem pode receber aautoridade do sacerdócio pela impo-sição de mãos, mas não ter o poderdo sacerdócio, se or desobediente,

indigno ou desprovido de vontadede servir.“Os direitos do sacerdócio são inse

paravelmente ligados com os poderesdo céu e (…) os poderes do céu nãopodem ser controlados nem exercidoa não ser de acordo com os princípioda retidão.

Que eles nos podem ser cone-ridos, é verdade; mas quando nospropomos a encobrir nossos pecadosou satisazer nosso orgulho, nossa

 vã ambição ou exercer controle oudomínio ou coação sobre a alma doslhos dos homens, em qualquer graude iniquidade, eis que os céus se aastam; o Espírito do Senhor se magoa equando se aasta, amém para o sacer-dócio ou a autoridade desse homem”(D&C 121:36–37; grio do autor).

Irmãos, é inaceitável ao Senhorque um rapaz ou homem receba aautoridade do sacerdócio, mas deixenegligentemente de azer o que énecessário a m de qualicar-se para

o poder do sacerdócio. Os portado-res do sacerdócio, jovens e idosos,precisam de autoridade e poder: apermissão necessária e a capacidadeespiritual de representar Deus notrabalho de salvação.

Uma Lição de Meu PaiFui criado em um lar que tinha

uma mãe el e um pai maravilhoso.Minha mãe era descendente depioneiros que sacricaram tudo pela

Igreja e pelo reino de Deus. Meupai não era membro de nossa Igrejae, quando jovem, teve o desejo detornar-se sacerdote católico. Por m,decidiu não entrar para o seminárioteológico e escolheu a carreira deerramenteiro.

Por muito tempo, meu pai assistiuàs reuniões da Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias com anossa amília. Na verdade, muitas

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pessoas de nossa ala não aziam ideiade que meu pai não era membro daIgreja. Ele integrava e treinava o timede sotball de nossa ala, ajudava nasatividades escoteiras e apoiava minhamãe em seus vários chamados eresponsabilidades. Quero contar-lhesuma das grandes lições que aprendicom meu pai sobre a autoridade e opoder do sacerdócio.

Quando menino, eu perguntavaa meu pai muitas vezes por semana

quando ele seria batizado. Ele respon-dia com amor, mas com rmeza, toda vez que eu o importunava: “David,não vou me liar à Igreja por sua mãe,por você, ou por quem quer que seja.

 Vou me liar à Igreja quando souberque é a coisa certa a azer”.

Creio que oi no início da minhaadolescência que tive a seguinteconversa com meu pai. Tínhamosacabado de voltar das reuniões dedomingo, às quais ôramos juntos, eperguntei a meu pai quando ele seria

batizado. Ele sorriu e disse: “Você estásempre me perguntando quando sereibatizado. Hoje tenho uma perguntapara você”. Com rapidez e entusiasmoconcluí que estávamos azendoprogresso!

Meu pai prosseguiu, dizendo:“David, sua igreja ensina que o sacer-dócio oi retirado da Terra no passadoe oi restaurado por mensageiroscelestes ao Proeta Joseph Smith,certo?” Respondi que sua armação

era correta. Ele então disse: “Aqui vaiminha pergunta. Toda semana, nareunião do sacerdócio, ouço o bispoe outros líderes do sacerdócio lem-brarem, pedirem e implorarem que oshomens açam suas visitas de ensinoamiliar e cumpram seus deveres dosacerdócio. Se sua igreja realmentetem o sacerdócio restaurado de Deus,por que há tantos homens em suaigreja quanto há na minha, que não

dierem no cumprimento de seusdeveres religiosos?” De imediato,deu-me um branco na mente. Fiqueisem uma resposta adequada parameu pai.

Creio que meu pai estava erradoao julgar a validade da armação deque a Igreja tinha autoridade divinapor causa das alhas dos homens comquem ele convivia na ala. Mas, paramim, sua pergunta carregava o pressu-

posto correto de que os homens quepossuem o santo sacerdócio de Deusdevem ser dierentes dos outros. Oshomens que possuem o sacerdócionão são inerentemente melhores queos outros, mas devem agir de mododierente. Os homens que possuem osacerdócio devem não apenas recebera autoridade do sacerdócio, mastambém tornar-se condutores dignos eéis do poder de Deus. “Sede limpos,

 vós que portais os vasos do Senhor”(D&C 38:42).

Nunca me esquecerei das liçõessobre a autoridade e o poder dosacerdócio que aprendi com meupai, um homem bom que não erade nossa religião, que esperava maisdos homens que armavam possuir osacerdócio de Deus. A conversa quetive com meu pai, naquela tarde dedomingo, há muitos anos, produziu

em mim o desejo de ser um “bomrapaz”. Eu não queria ser um mauexemplo e uma pedra de tropeço paro progresso de meu pai no aprendi-zado do evangelho restaurado. Sim-plesmente queria ser um bom rapaz.O Senhor precisa que todos nós,portadores de Sua autoridade, sejamohonrados, virtuosos e bons, em todosos momentos e em todos os lugares.

 Talvez se interessem em saber

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que, alguns anos depois, meu paioi batizado. E no devido momento,tive a oportunidade de conerir-lhe oSacerdócio Aarônico e o de Melquise-deque. Uma das grandes experiênciaspessoais de minha vida oi observarmeu pai receber a autoridade e, porm, o poder do sacerdócio.

Compartilho com vocês essa pun-gente lição que aprendi com meu paipara salientar uma verdade simples.O recebimento da autoridade do

sacerdócio pela imposição de mãos éum começo importante, mas não é osuciente. A ordenação conere auto-ridade, mas exige-se retidão para agir-mos com poder, ao nos esorçarmospara elevar almas, ensinar e testicar,abençoar, aconselhar e levar adiante aobra de salvação.

Nesta gloriosa época da história da Terra, nós, portadores do sacerdócio,precisamos ser homens justos e ins-trumentos ecazes nas mãos de Deus.Precisamos erguer-nos como homens

de Deus. Seria bom que aprendêsse-mos com Né, neto de Helamã e oprimeiro dos doze discípulos chama-dos pelo Salvador no início de Seuministério entre os netas, e seguísse-mos seu exemplo: “E [Né] ensinou-lhes muitas coisas. E (…) Né ensinoucom poder e grande autoridade”(3 Né 7:17).

“Por Favor, Ajude MeuMarido a Compreender”

 Ao término das entrevistas derecomendação para o templo, queeu realizava como bispo e presidentede estaca, geralmente perguntava àsirmãs casadas como é que eu pode-ria prestar-lhes serviço e ajudar suaamília. A resposta constante que euouvia daquelas mulheres éis erainstrutiva, mas também alarmante. Asirmãs raramente reclamavam ou cri-ticavam, mas geralmente respondiam

assim: “Por avor, ajude meu maridoa compreender sua responsabilidadecomo líder do sacerdócio no lar. Ficoeliz em tomar a iniciativa no estudodas escrituras, na oração em amíliae na noite amiliar, e vou continuar aazê-lo. Mas gostaria que meu maridoparticipasse igualmente e provesse asólida liderança do sacerdócio quesó ele pode oerecer. Por avor, ajudemeu marido a aprender a ser umpatriarca e um líder do sacerdócio que

presida e proteja nosso lar”.Com requência, refito na sinceri-dade daquelas irmãs e em seu pedido.Os líderes do sacerdócio ouvempreocupações semelhantes hoje emdia. Muitas esposas suplicam que omarido tenha não apenas a autoridadedo sacerdócio, mas também o poderdo sacerdócio. Elas anseiam em dividirigualmente a tarea com um maridoel e companheiro do sacerdócio nacriação de um lar centralizado emCristo e enocado no evangelho.

Irmãos, prometo que se ponde-rarmos ervorosamente o pedidodaquelas irmãs, o Espírito Santo vaiajudar-nos a vermos a nós mesmos,como realmente somos (ver D&C93:24) e a reconhecer as coisas queprecisamos mudar e melhorar. E ahora de agir é agora!

Ser um Exemplo de RetidãoQuero reiterar os ensinamentos

do Presidente Thomas S. Monson,

que nos convidou, como portadoresdo sacerdócio, a ser “exemplos deretidão”. Ele nos lembrou muitas vezeque estamos a serviço do Senhor eque temos direito a Sua ajuda, soba condição de sermos dignos (ver“Exemplos de Retidão”, A Liahona,maio de 2008, p. 65). Possuímos aautoridade do sacerdócio que oitrazida de volta à Terra nesta dispen-sação por mensageiros celestes, sim,por João Batista, e por Pedro, Tiagoe João. Portanto, todo homem que

recebe o Sacerdócio de Melquisede-que pode seguir sua linha pessoal deautoridade diretamente até o Senhor

 Jesus Cristo. Espero que sejamos gra-tos por essa maravilhosa bênção. Oropara que sejamos limpos e dignos derepresentar o Senhor ao exercer Suasagrada autoridade. Qualiquemo-notodos para o poder do sacerdócio.

 Testico que o santo sacerdócio orealmente restaurado na Terra, nestesúltimos dias, e que ele se encontra em

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos doÚltimos Dias. Também testico queo Presidente Thomas S. Monson é osumo sacerdote que preside o sumosacerdócio da Igreja (ver D&C 107:9,22, 65–66, 91–92) e a única pessoana Terra que possui todas as chavesdo sacerdócio e tem autoridade paraexercê-las. Presto solene testemunhodessas verdades, no sagrado nome doSenhor Jesus Cristo. Amém. ◼

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Ela replicou: “Não, não é tão ácilassim. A gente se preocupa com ummonte de coisas. Preocupamo-nos sealguém vai nos cumprimentar, ou se

 vamos sentar-nos sozinhos e passar areunião despercebidos. E preocupa-mo-nos se vamos ser aceitos e quemserão nossos novos amigos”.

Ela prosseguiu com lágrimasrolando em sua ace: “Sei que minhamãe e meu pai estão orando pormim há anos para que eu volte para

a Igreja”. Depois de um momento desilêncio, ela disse: “Nos últimos trêsmeses, estive orando para encontrara coragem, as orças e os meios para

 voltar à atividade”. Em seguida, elaperguntou: “Presidente, acha que essechamado poderia ser uma resposta aessas orações?”

Meus olhos se encheram delágrimas ao responder: “Creio que oSenhor respondeu a suas orações”.

Ela não apenas aceitou o chamadomas tornou-se uma ótima missionária

E tenho certeza de que ela propor-cionou muita alegria não apenas a simesma, mas também aos pais e prova

 velmente a outros amiliares.Há várias coisas que aprendi, ou

das quais ui lembrado, com essa ecom entrevistas semelhantes:

• Aprendi que muitos membrosmenos ativos têm entes queridosde joelhos, rogando que o Senhorajude a resgatar os seus amados

amiliares.• Aprendi que não é tão fácil ouagradável para um membro menosativo simplesmente entrar na Igrejade novo. Eles precisam de ajuda.Precisam de apoio. Precisam deintegração.

• Aprendi que temos membrosmenos ativos que estão dispostosa voltar e procurando encontrar ocaminho de volta à atividade.

um teleonema de um de nossos éisbispos. Ele explicou que sua ala haviacrescido tão rápido que ele já nãoconseguia dar um chamado signica-tivo para todos os membros dignos.Pediu-nos que dividíssemos a ala.Enquanto esperávamos essa aprova-ção, decidimos como presidência de

estaca que visitaríamos a ala e chama-ríamos todos aqueles maravilhosos edignos irmãos e irmãs como missioná-rios de estaca.

 A terceira pessoa que entrevisteiera uma estudante que requentava auniversidade local. Depois de conver-sarmos um pouco, z o chamado paraque ela servisse como missionária.Fez-se silêncio por alguns instantes.Então, ela disse: “Presidente, vocêsabia que não sou ativa na Igreja?”

Depois de alguns momentos desilêncio da minha parte, eu disse:“Não, eu não sabia que você nãoera ativa”.

Ela respondeu: “Já az anos quenão sou ativa na Igreja”. Então, eladisse: “Sabia que depois de alguémcar inativo, não é tão ácil voltar?”

Respondi: “Sua ala começa às 9horas da manhã. É só ir para a capela,e você está conosco”.

Bispo Richard C. Edgley Recém-Desobrigado Primeiro Conselheirono Bispado Presidente

Nos últimos meses, deu-se maisênase ao estabelecimento do“crescimento real” na Igreja,

azendo com que todos os que assimo desejarem recebam e guardem osconvênios e as ordenanças de sal-

 vação, e vivam com uma poderosamudança de coração descrita por

 Alma (ver Alma 5:14). Um dos meiosmais signicativos e importantes deestabelecer o crescimento real naIgreja é estender a mão e resgataraqueles que oram batizados, mas quese encontram em um estado menosativo, carentes das bênçãos e dasordenanças de salvação. Independen-temente de nosso chamado indivi-dual — mestre amiliar ou proessora

 visitante, proessor da Escola Domi-nical, bispo, pai, mãe ou Autoridade

Geral — todos podemos engajar-nosde modo signicativo no trabalho deresgate. Anal, trazer todos — nossaamília, os não membros, os menosativos, os pecadores — a Cristo paraque recebam as ordenanças de sal-

 vação é o chamado divino que todoscompartilhamos.

Numa manhã de domingo, há30 anos, quando eu servia em umapresidência de estaca, recebemos

Resgate para umCrescimento Real A salvação de almas é o trabalho para o qual o Salvador nos chamou.

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• Aprendi que muitos membros

menos ativos vão aceitar um cha-mado que lhes or eito.

• Aprendi que um membro menosativo merece ser tratado como iguale visto como lho ou lha de umDeus amoroso.

 Ao longo dos anos, perguntei-mecomo teria sido aquela entrevista seeu tivesse tratado aquela irmã comomembro menos ativo da Igreja. Deixoesse julgamento a vocês.

 A reativação sempre oi umaparte importante da obra do Senhor.Embora o resgate seja responsabili-dade de todo membro, os portadoresdo Sacerdócio Aarônico e de Melqui-sedeque têm a responsabilidade deliderar esse trabalho. Anal, é nissoque consiste o serviço no sacerdócio— trazer todas as pessoas aos convê-nios que levam à exaltação; propor-cionar paz, elicidade e autoestima.

No Livro de Mórmon, devem

lembrar-se de quando Alma, o lho,descobriu que os zoramitas tinham-seaastado da Igreja e organizou umaequipe de reativação para resgataraquelas pessoas. Ao aceitar essa tarea,

 Alma rogou ao Senhor, dizendo:“Ó Senhor, permite que tenhamos

êxito em trazê-los novamente a ti, emCristo.

Eis, ó Senhor, que sua alma épreciosa e muitos deles são nossos irmãos ; dá-nos, portanto, ó Senhor,

poder e sabedoria para trazermosesses nossos irmãos novamente a ti”(Alma 31:34–35; grio do autor).

Há poucos meses, após reunir-mecom recém-conversos e membrosmenos ativos, um membro reati-

 vado, um senhor da minha idademe procurou e disse: “Sou um dosque oi menos ativo durante a maiorparte da vida. Aastei-me da Igreja na

 juventude. Mas agora estou de volta,

e trabalho no templo com minha

mulher”.Para azer com que ele soubesse

que tudo estava bem, respondi destaorma: “Tudo está bem quando ter-mina bem”.

Ele replicou: “Não, não está tudobem. Estou de volta à Igreja, mas perdtodos os meus lhos e meus netos.E agora estou vendo meus bisnetosse perderem — todos estão ora daIgreja. Não está tudo bem”.

Em nossa amília, temos um

antepassado que se liou à Igreja naEuropa, nos primeiros dias da Igreja.Um de seus lhos se tornou inativo.Minha mulher e eu tentamos calcularquantos seriam os descendentes inati

 vos daquele antepassado.Foi ácil para nós concluir que

nessas seis gerações, com umaaproximação aceitável, podem ter-seperdido cerca de 3.000 membros daamília. Projetemos isso para mais

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duas gerações. A perda poderia teo-ricamente se aproximar de 20.000 a30.000 lhos de nosso Pai Celestial.

O encargo de resgatar é unda-mentado em uma das doutrinas maisimportantes da Igreja.

“Lembrai-vos de que o valor dasalmas é grande à vista de Deus;

Pois eis que o Senhor vosso Reden-tor soreu a morte na carne; portantosoreu a dor de todos os homens , paraque todos os homens se arrependesseme viessem a ele . (…)

E, se trabalhardes todos os vossosdias clamando arrependimento a estepovo e trouxerdes a mim mesmo queseja uma só alma, quão grande será

 vossa alegria com ela no reino de meuPai!” (D&C 18:10–11, 15; griodo autor.)

 Tive o privilégio de resgatar algunsmembros menos ativos ao longo deminha vida. Agora, quando tragoalguém de volta à atividade na Igreja,não visualizo uma única alma — vejoseis, sete ou mais gerações — milha-res de almas. Então penso na escritura:“Se (…) trouxerdes a mim mesmo queseja uma só alma, quão grande será

 vossa alegria” (D&C 18:15).O Senhor disse a Seus apóstolos:

“A seara é realmente grande, mas pou-cos os ceieiros” (Mateus 9:37). Os cei-eiros não precisam ser poucos. Temosmilhares de portadores do sacerdóciodignos e capazes, e milhões de mem-bros da Igreja dedicados em todas aspartes do mundo. Temos conselhos deala, quóruns do sacerdócio, Socieda-

des de Socorro e outras organizaçõesuncionando, todos com o encargode resgatar. A salvação de almas é otrabalho para o qual o Salvador noschamou.

Neste meu discurso, citei a oraçãoque Alma oereceu quando ele e seuscompanheiros lançaram-se ao trabalhode resgate dos zoramitas. Durante aSegunda Guerra Mundial aproxima-damente 500 soldados norte-america-nos e vários moradores locais que os

apoiavam oram presos em um campode prisioneiros. Devido ao sorimentoe à preocupação com sua segurança,um esquadrão de voluntários de apro-

 ximadamente 100 soldados norte-ame-ricanos oi selecionado para resgataraqueles prisioneiros. Depois que os

 voluntários oram reunidos, o ocialcomandante os instruiu, dizendo:“Hoje à noite, reúnam-se com seuslíderes religiosos, ajoelhem-se e jurem

a Deus que, enquanto tiverem umsopro de vida, não permitirão queum daqueles homens sora mais umsó momento que seja” (ver HamptonSides, Ghost Soldiers: The Forgotten Epic Story o World War II’s Most  Dramatic Mission, 2001, pp. 28–29). Aquele resgate bem-sucedido oi um

resgate do sorimento ísico e tem-poral. Deveria ser menos valoroso onosso empenho de resgatar aquelesque sorem consequências espirituaise eternas? Deveríamos assumir umcompromisso menor com o Senhor?

Para concluir, nosso compromissocomo membros da Igreja verdadeirade Cristo decorre do ato de que oSenhor soreu por todos nós — o nãomembro, o membro menos ativo, opecador e cada membro de nossa

amília. Creio que podemos proporcionar a alegria, a paz e a grande doçurado evangelho a centenas de milhares,mesmo milhões de seus descenden-tes. Creio que podemos ter sucessoporque esta é a Igreja do Senhor eporque, em virtude de nosso sacerdó-cio e de nossa condição de membros,somos chamados para ter sucesso.Presto testemunho disso a vocês, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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dos Rapazes tenha sido a de ver osportadores do Sacerdócio Aarônico dmundo inteiro exercerem o poder doSacerdócio Aarônico. Mas, às vezes,também tenho visto, com o coraçãoentristecido, como muitos rapazes nãcompreendem quantas coisas boaseles podem azer com o poder quepossuem.

O sacerdócio é o poder e a auto-ridade do próprio Deus para agir aserviço de Seus lhos. Oh, se todo

rapaz, todo portador do Sacerdócio Aarônico, pudesse compreenderplenamente que seu sacerdócio possuas chaves do ministério de anjos! Seeles apenas pudessem compreenderque têm o sagrado dever de ajudarseus amigos a encontrar o caminhoque conduz ao Salvador. Se apenassoubessem que o Pai Celestial lhesdeu o poder de explicar as verdadesdo evangelho restaurado com tama-nha clareza e sinceridade para queoutros sintam a veracidade inegável

das palavras de Cristo.Caros rapazes da Igreja, quero

azer-lhes uma pergunta que esperoque levem no coração por todo orestante de sua vida. Que poder maio

 vocês poderiam obter na Terra doque o do sacerdócio de Deus? Quepoder poderia ser maior do que acapacidade de ajudar o Pai Celestial amudar a vida de seus semelhantes, deajudá-los ao longo do caminho paraa elicidade eterna, sendo puricados

dos pecados e dos erros?Como qualquer outro poder, osacerdócio precisa ser exercido paraeetuar qualquer bem. Vocês sãochamados para erguer-se e brilhar (veD&C 115:5), e não para esconder sualuz nas trevas. Somente os que oremcorajosos serão contados entre osescolhidos. Ao exercerem o poder deseu sagrado sacerdócio, sua corageme conança aumentarão. Rapazes,

presença do Espírito Santo guiandocada palavra e cada sentimento.

Mas oram as palavras de Thabiso

que zeram a dierença na visita. Pare-ceu-me que aquele jovem sacerdotealava na língua dos anjos — pala-

 vras de amor que todos pudemoscompreender plenamente, mas quetocaram em especial o seu amigo. “Eugostava muito de conversar com vocêo tempo todo na Igreja”, disse ele.“Você sempre me dizia coisas boas.E sabe, nosso time de utebol prati-camente desapareceu agora que nãotemos você. Você joga muito bem.”

“Sinto muito”, respondeu Tebello.“Vou voltar a estar com vocês.”“Isso vai ser ótimo”, disse Thabiso.

“E lembra como costumávamos nospreparar para servir como missioná-rios? Podemos começar a azer issode novo?”

“Claro”, respondeu Tebello, “Euquero voltar”.

 Talvez a maior alegria que senticomo conselheiro na presidência geral

 Adrián OchoaSegundo Conselheiro na Presidência Geral dos Rapazes

H

á pouco tempo, estive na Áricado Sul visitando uma pessoacom Thabiso, que é o primeiro

assistente do quórum de sacerdotesda Ala Kagiso. Seu bispo, que pre-side o quórum e possui as chaves doquórum, e Thabiso estiveram orandopelos membros menos ativos do quó-rum, buscando inspiração sobre quempoderiam visitar e como ajudá-los.Sentiram-se inspirados a visitar a casade Tebello e convidaram-me para ircom eles.

Depois que passamos pelo erozcão de guarda, reunimo-nos na sala

de estar com Tebello, um rapaz deespírito sereno que parou de ir àIgreja por ter cado atareado comoutras coisas aos domingos. Ele estavanervoso, mas eliz em receber-nos, eaté convidou sua amília para parti-cipar. O bispo expressou seu amorpela amília e seu desejo de ajudá-losa tornar-se uma amília eterna, sendoselados no templo. O coração delesoi tocado e pudemos sentir a orte

Sacerdócio Aarônico:Ergam-se e Usem o

Poder de DeusO sacerdócio precisa ser exercido para eetuar qualquer bem.Vocês são chamados para erguer-se e brilhar, e não paraesconder sua luz nas trevas.

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 vocês sabem que estão dando omelhor de si quando estão a serviçode Deus. Sabem que são mais elizesquando estão zelosamente ocupadosem uma boa obra. Magniquem opoder de seu sacerdócio sendo purose sendo dignos.

Reitero as palavras do Élder JereyR. Holland, que alou há seis mesesdeste púlpito, dizendo: “Estou olhandohoje para homens e rapazes que seimportam o suciente com essa bata-lha entre o bem e o mal para dar umpasso à rente e abrir a boca. Estamosem guerra”, ele continuou: “Peçouma voz mais orte e mais dedicada,uma voz não só contra o mal (…),mas também uma voz do bem, uma

 voz do evangelho, uma voz de Deus”(“Somos os Soldados”, A Liahona,novembro de 2011, p. 44).

Sim, portadores do Sacerdócio Aarônico, estamos em guerra. Enessa guerra, a melhor maneira denos deender do mal é promover

ativamente a retidão. Não podemosouvir palavras impróprias e ngir quenão as ouvimos. Não podemos ver,sozinhos ou com outros, imagens quesabemos ser indecentes e ngir quenão as vimos. Não podemos tocar emnada impuro e ngir que isso não temimportância. Não podemos ser passi-

 vos quando Satanás procura destruiraquilo que é sadio e puro. Em vezdisso, deendam corajosamente o que

sabem ser verdade! Quando ouviremou virem algo que viole os padrões dSenhor, lembrem-se de quem vocêssão — soldados no exército do pró-prio Deus, investidos com o poder deSeu santo sacerdócio. Não há melhorarma contra o inimigo, o pai dasmentiras, do que a verdade que sai dsua boca, ao exercerem o poder dosacerdócio. A maioria de seus colegas

 vai respeitá-los por sua coragem e suintegridade. Alguns não vão. Mas isso

não importa. Vocês vão conquistar orespeito e a conança do Pai Celestiaporque usaram o poder Dele pararealizar os propósitos Dele.

Conclamo todas as presidênciasde quórum do Sacerdócio Aarônicoa erguer novamente o estandarte daliberdade e a organizar e liderar seusbatalhões. Utilizem seu poder dosacerdócio, convidando as pessoas aseu redor a vir a Cristo por meio doarrependimento e do batismo. Vocêsreceberam o mandamento e o poder

do Pai Celestial para azer isso.Há dois anos, quando eu visi-

tava Santiago, no Chile, quei muitoimpressionado com Daniel Olate,um rapaz que sempre acompanhavaos missionários. Pedi-lhe que meescrevesse e, com permissão dele,

 vou ler parte de seu recente e-mail:“Acabei de azer dezesseis anos e, nodomingo, ui ordenado ao oício desacerdote. No mesmo dia, batizei umaamiga. O nome dela é Carolina. Ensi-

nei-lhe o evangelho, e ela requentavregularmente a Igreja e até recebeuseu certicado de Progresso Pessoal,mas os pais dela não permitiram queosse batizada até que passaram a meconhecer e a conar em mim. Ela quique eu a batizasse, por isso tivemosque esperar um mês, até o domingo,quando z dezesseis. Sinto-me muitobem por ter ajudado uma pessoa tãoboa a ser batizada, e sinto-me eliz po

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ter sido eu quem a batizou”.Daniel é apenas um dos muitosrapazes do mundo inteiro que estão

 vivendo à altura do poder que Deuslhes conou. Outro deles é Luis Fer-nando, de Honduras, que percebeuque seu amigo estava seguindo umcaminho perigoso e compartilhouseu testemunho com ele, literalmentesalvando-lhe a vida (ver “Mudançade Coração”, lds.org/youth/video).Olavo, do Brasil, é outro exemplo.

Um verdadeiro ministro local no lar(ver D&C 84:111), Olavo inspirousua mãe a voltar à plena atividadena Igreja (ver “Reunited by Faith”,lds.org/youth/video). Vocês podemencontrar algumas dessas históriase muitas outras semelhantes no sitedos jovens da Igreja, youth.lds.org. Apropósito, a Internet, as mídias sociaise outras tecnologias são erramentasque o Senhor colocou em suas mãospara ajudá-los a exercer seus deveresdo sacerdócio e a estender a infuên-

cia da verdade e da virtude.Caros rapazes, quando vocês exer-

cem o Sacerdócio Aarônico da maneiraque descrevi, estão se preparandopara as responsabilidades que terão nouturo. Mas estão azendo muito maisque isso. Como João Batista, aqueleexemplar portador do Sacerdócio

 Aarônico, estão também preparandoo caminho do Senhor e endireitandoSuas veredas. Quando declaram des-temidamente o evangelho do arrepen-

dimento e do batismo, como ez João,estão preparando as pessoas para a vinda do Senhor (ver Mateus 3:3; D&C65:1–3; 84:26–28). Com requência

 vocês ouvem dizer que têm um grandepotencial. Bem, agora é o momentode colocar esse potencial em ação, deusar as habilidades que Deus lhes deupara abençoar os outros, levando-osda obscuridade para a luz, e de prepa-rar o caminho do Senhor.

 A Igreja lhes deu o livreto Dever  para com Deus como recurso paraajudá-los a aprender e a cumprirseus deveres. Estudem-no sempre.

 Ajoelhem-se, longe dos dispositivostecnológicos, e busquem a orientaçãodo Senhor. Depois, ergam-se e usem

o poder de Deus. Prometo que rece-berão respostas do Pai Celestial sobrecomo conduzir sua própria vida esobre como ajudar os outros.

 Vou citar as palavras do Presidente Thomas S. Monson: “Jamais subesti-mem a infuência de longo alcancede seu testemunho. Vocês (…)podem ter a habilidade de notar oque não é notado. Quando vocês têmolhos para ver, ouvidos para ouvir

e coração para sentir, vocês podemdar de si e socorrer [outros]” (“Sê oExemplo”, A Liahona, maio de 2005,p. 112).

 Testico que o poder do sacerdó-cio é real. Adquiri meu testemunhoexercendo eu mesmo o sacerdócio.

 Vi milagre após milagre ser realizadopor aqueles que possuem o poderdo Sacerdócio Aarônico. Testemu-nhei o poder da ministração de anjoquando éis portadores do Sacer-dócio Aarônico proeriram palavrascheias de Espírito e de esperança,tocando o coração de alguém carentde luz e amor. Em nome de JesusCristo, nosso Senhor, nosso líder enosso Salvador. Amém. ◼

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Espírito sagrado e divino me encheuo coração à medida que ele alava.Pude sentir que esta era a Igreja doSalvador. E senti que aquele chamadoque ele zera tinha sido inspiradopelo Espírito Santo. Lembro que saí daquela salinha sentindo-me bemmais alto do que antes.

 Já se passaram quase 60 anosdesde aquele dia, mas ainda guardona memória aqueles sentimentos deconança e amor.

Quando relembrava esse ato,tentei lembrar precisamente quantosdiáconos tínhamos em nosso ramonaquela época. Pelo que me recordo,creio que havia apenas dois. Noentanto, isso pode ser um grandeexagero da minha parte.

Mas não importava que houvesseum diácono ou uma dezena. Senti-mehonrado e desejei servir da melhororma possível, sem desapontar o presidente do ramo ou o Senhor.

Dou-me conta agora de que o

presidente do ramo poderia ter agidodisplicentemente ao chamar-mepara aquele cargo. Poderia ter sim-plesmente me dito no corredor, oudurante nossa reunião do sacerdócio,que eu era o novo presidente do quórum de diáconos.

Em vez disso, ele passou um tempcomigo e me ajudou a compreendernão apenas o quê da minha desig-nação e nova responsabilidade, mastambém, muito mais importante, o

 porquê .Isso é algo de que jamais meesquecerei.

O ponto-chave dessa história nãoé apenas descrever como azer umchamado na Igreja (embora esse tenhsido para mim um excelente exemploda maneira certa de azê-lo). Trata-sede uma lição sobre o poder motivadoda liderança do sacerdócio que des-perta o espírito e inspira à ação.

mesmo que sempre me parecessemuito sério e ormal, e quase sempretrajasse um terno escuro. Lembro de,quando jovem, ter caçoado com meusamigos do presidente do ramo, decomo ele parecia antiquado.

Faz-me rir pensar nisso agora, por-que é bem provável que os jovens da

Igreja, hoje, me vejam de modo muitosemelhante.

Certo domingo, o presidente Lands-chulz me chamou para conversar comele. A primeira coisa que pensei oi:“O que z de errado?” Bem rápidorepassei na mente as muitas coisasque eu poderia ter eito para inspiraraquela conversa do presidente doramo com um diácono.

O presidente Landschulz me con- vidou para uma pequena sala de aula

— nossa capela não tinha escritóriopara o presidente do ramo — e ali meez o chamado para servir como presi-dente do quórum de diáconos.

“É um cargo importante”, disse ele,e então passou um tempo descre-

 vendo o motivo disso. Explicou o queele e o Senhor esperavam de mim ecomo eu seria ajudado.

Não lembro muito do que ele disse,mas lembro bem o que senti. Um

Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Estimo imensamente esta maravi-lhosa oportunidade de reunir-mecom os irmãos do sacerdócio e

regozijar-me com vocês na maravilhae beleza do evangelho de Jesus Cristo.Eu os elogio por sua é, suas boasobras e sua contínua disposição deazer o bem.

Compartilhamos um elo comumpelo ato de termos todos recebidoa ordenação ao sacerdócio de Deuspor meio daqueles a quem oi con-ada a santa autoridade e o poderdo sacerdócio. Não se trata de umabênção pequena. É uma sagradaresponsabilidade.

O Poder do Porquê Recentemente tenho pensado em

dois chamados importantes que recebi

como portador do sacerdócio naIgreja.O primeiro desses chamados oi

quando eu era diácono. Eu re-quentava com minha amília o ramoda Igreja que cava em Frankurt,

 Alemanha. Éramos abençoados commuitas pessoas maravilhosas em nossopequeno ramo. Uma dessas pessoasera nosso presidente do ramo, o irmãoLandschulz. Eu o admirava muito,

O Porquê do Serviçono Sacerdócio A compreensão do quê do evangelho e do porquê do sacerdócio nos ajudará a ver o propósito divino de tudo.

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Precisamos ser constantementelembrados dos motivos eternos queestão por trás das coisas que somosordenados a azer. Os princípios bási-cos do evangelho precisam azer partedo cerne de nossa vida, mesmo queisso signique reaprendê-los muitas emuitas vezes. Isso não quer dizer queesse processo deva ser mecânico outedioso. Em vez disso, quando ensina-mos os princípios undamentais, no larou na Igreja, devemos azer com que

a chama do entusiasmo pelo evange-lho e o ogo do testemunho levem luz,calor e alegria ao coração das pessoasque ensinamos.

Desde o diácono recém-orde-nado ao mais antigo sumo sacerdote,todos temos listas do quê podemose devemos azer em nossas respon-sabilidades do sacerdócio. O quê éimportante em nosso trabalho, e preci-samos cuidar dele. Mas é no porquê  do serviço no sacerdócio que desco-brimos o ogo, a paixão e o poder do

sacerdócio.O quê de servir no sacerdócio nos

ensina o que azer. O porquê inspiraa alma.

O quê inorma, mas o porquê  transorma.

Uma Abundância de Coisas“Boas” para Fazer

Outro chamado no sacerdócioem que tenho pensado muito veio

 vários anos depois, quando eu já tinha

minha própria amília. Havíamo-nosmudado de volta para Frankurt, Ale-manha, e eu acabara de receber umapromoção no trabalho que exigiriamuito tempo e atenção da minhaparte. Naquela época atareada daminha vida, o Élder Joseph B. Wirthlinme chamou para servir como presi-dente de estaca.

Em minha entrevista com ele,muitos pensamentos me passaram

pela mente, inclusive a preocupaçãode que talvez eu não dispusesse do

tempo exigido para servir naquelechamado. Embora me sentissehumilde e honrado pelo chamado,questionei-me brevemente se poderiaaceitá-lo. Mas oi apenas um pensa-mento ugaz, porque eu sabia que oÉlder Wirthlin ora chamado por Deuse azia o trabalho do Senhor. O quemais eu poderia azer senão aceitar?

Há ocasiões em que, com é, temosde dar um passo na escuridão, con-ando que o Senhor colocará terreno

sólido sob nossos pés, assim que ozermos. Portanto, aceitei com alegria,sabendo que Deus providenciaria onecessário.

Nos primeiros dias daquela desig-nação, tivemos na estaca o privilégiode receber treinamento de alguns dosmaiores mestres e líderes da Igreja:homens como o Élder Russell M.Nelson e o Presidente Thomas S.Monson visitavam nossa área. Seus

ensinamentos eram como orvalhodo céu e oram uma inspiração para

nós. Ainda tenho as anotações quez naquelas sessões de treinamento.Esses irmãos nos deram a visão doque signica estabelecer o reino deDeus, edicando o testemunho pes-soal e ortalecendo amílias. Eles nosajudaram a ver como aplicar a verdade os princípios do evangelho a nossacircunstâncias e época especícas. Emoutras palavras, líderes inspirados nosajudaram a ver o porquê do evangelhe, depois, nós tivemos de arregaçar as

mangas e trabalhar.Em pouco tempo percebemos quehavia muitas coisas que uma presidência de estaca poderia azer — tantas,na verdade, que se não estabelecês-semos prioridades inspiradas, acaba-ríamos deixando de azer as coisasimportantes. Começaram a surgirprioridades alternativas, tirando nossoenoque da visão compartilhada pela

 Autoridades Gerais. Havia muitas

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coisas “boas” a azer, mas nem todaseram as que mais importavam. Aprendemos uma importante lição:

o ato de algo ser bom nem sempreé motivo suciente para demandarnosso tempo e recursos. Nossasatividades, iniciativas e nossos planosdevem ser inspirados e ampara-dos pelo porquê de nosso serviçono sacerdócio, e não por qualquermodismo ou interesse supercial domomento. Caso contrário, podem

distrair nosso trabalho, diluir nossaenergia e aprisionar-nos em nossospróprios passatempos espirituais outemporais que não são o cerne denosso discipulado.

Irmãos, saibam que é precisoautodisciplina para manter-nos con-centrados nas coisas que mais podemaumentar o amor a Deus e ao seme-lhante: revigorar casamentos, ortale-cer amílias e edicar o reino de Deusna Terra. Como uma árvore rutíeracom uma abundância de ramos e

olhas, nossa vida precisa ser podadaregularmente para garantir que use-mos nossa energia e nosso tempopara cumprir nosso real propósito:“dar rutos bons”!1

Não Estamos SozinhosEntão, como saber o que selecio-

nar? Cada um de nós tem a respon-sabilidade de determinar isso por simesmo. Contudo, oi-nos ordenadoque estudássemos as escrituras dili-

gentemente, atendêssemos às palavrasdos proetas e zéssemos disso umaquestão de oração séria, dedicada eervorosa.

Irmãos, Deus é el. Por meio doEspírito Santo, Ele nos alará a nossamente e ao nosso coração em rela-ção ao caminho que devemos seguirdurante cada parte de nossa vida.

Se nosso coração or puro — senão buscarmos nossa própria glória,

mas a glória do Deus Todo-Poderoso,se procurarmos azer a vontade Dele,se desejarmos abençoar a vida denossa amília e de nosso semelhante— não caminharemos sozinhos. Comoo Presidente Monson sempre noslembra: “Quando estamos a serviço doSenhor, temos o direito de receber suaajuda”.2

Nosso Pai Celestial “[irá] adiante de vós. [Estará] a vossa direita e a vossaesquerda e [Seu] Espírito estará em

 vosso coração e [Seus] anjos ao vossoredor para vos suster”.3

O Poder de FazerMeus queridos irmãos, as bênçãos

divinas pelo serviço no sacerdócio

são ativadas por nosso esorço dili-gente, nossa disposição em sacri-car-nos e pelo nosso desejo de azeo que é correto. Sejamos aquelesque agem, e não os que recebem aação. É bom pregar, mas os sermõeque não levam à ação são comoogo sem calor ou água que nãomata a sede.

É na aplicação prática da doutrinque a chama puricadora do evan-gelho cresce e o poder do sacerdó-

cio incendeia nossa alma. Thomas Edison, o homem quebanhou o mundo com a brilhanteluz elétrica, disse que “o valor deuma ideia está na utilização dela”.4 De modo semelhante, a doutrina do

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evangelho se torna mais preciosaquando colocada em prática.Não podemos permitir que as dou-

trinas do sacerdócio quem ador-mecidas em nosso coração, sem seraplicadas em nossa vida. Se houverum casamento ou uma amília quenecessite de resgate — quem sabea nossa própria — não podemosesperar sem azer nada. Em vez disso,sejamos gratos a Deus pelo plano deelicidade que inclui é, arrependi-

mento, perdão e um novo início. Aaplicação da doutrina do evangelhonos qualicará como maridos, comopais, como lhos, que compreendemo porquê do sacerdócio e seu poderde recuperar e manter a beleza e asantidade de uma amília eterna.

 A conerência geral sempre éuma boa época para ouvir e azer.Portanto, sejamos “cumpridores dapalavra, e não somente ouvintes”.5 Irmãos, convido-os a ponderar aspalavras proeridas pelos servos de

Deus neste m de semana. Depois,ajoelhem-se. Peçam ao Senhor, nossoPai Celestial, que ilumine sua mente etoque seu coração. Implorem que Elelhes dê orientação para sua vida diá-ria, suas responsabilidades na Igreja eseus desaos especícos nesta época.Sigam os sussurros do Espírito, semdemora. Se zerem tudo isso, pro-meto que o Senhor não permitiráque caminhem sozinhos.

Prosseguir com PaciênciaSabemos que, apesar de nossasmelhores intenções, as coisas nemsempre saem de acordo com o queplanejamos. Cometemos erros tantona vida como em nosso serviço nosacerdócio. Vez por outra, alhamos edeixamos a desejar.

Quando o Senhor nos aconselha,dizendo “continuai pacientementeaté que sejais apereiçoados”,6 Ele

reconhece que isso exige tempoe perseverança. A compreensão do porquê do evangelho e do porquê dosacerdócio nos ajudará a ver o pro-pósito divino de tudo. Isso nos darámotivação e orças para azer o que écerto, mesmo quando or diícil. Sere-mos abençoados com clareza, sabe-doria e orientação se permanecermosconcentrados em viver os princípios

undamentais do evangelho.“Não prosseguiremos em tão

grande causa?”7 Sim, irmãos,prosseguiremos!

Guiados pelo Santo Espírito,aprenderemos com nossos erros. Secairmos, vamos nos erguer. Se trope-çarmos, seguiremos em rente. Jamais

 vacilaremos, jamais desistiremos.Como uma vigorosa irmandade

do sacerdócio eterno de Deus,estaremos unidos, ombro a ombro,

concentrados nos princípios doevangelho restaurado de Jesus Cristoe com gratidão serviremos a nossoDeus e a nosso semelhante comdedicação e amor.

Deus Vive!Meus queridos irmãos, testico

a vocês que Deus, o Pai, e Seu Filho Jesus Cristo vivem. Eles são reais!Eles estão ao nosso lado!

 Vocês não estão sozinhos. Seu PaiCelestial Se importa com vocês e queabençoá-los e sustê-los em retidão.

 Tenham a certeza de que Deus alà humanidade em nossos dias. Ele vaalar com vocês!

O Proeta Joseph Smith viu oque disse que viu. A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias orestaurada na Terra pelo poder e pela

autoridade do Deus Todo-Poderoso.Minha oração é que, como porta-

dores de Seu sacerdócio, estejamossempre em sintonia com o porquê doserviço no sacerdócio e usemos osprincípios undamentais do evangelhrestaurado para transormar nossa vide a vida daqueles a quem servimos.

 Ao azermos isso, o innito poderda Expiação vai puricar, limpar e re-nar nosso espírito e caráter, até que notornemos os homens que devemos ser

Presto testemunho disso no sagradonome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Mateus 7:182. Thomas S. Monson, “Aprender, Fazer e Ser

 A Liahona, novembro de 2008, p. 60.3. Doutrina e Convênios 84:88.4. Thomas Edison, em Elbert Hubbard, Little

 Journeys to the Homes of Good Men and Great, Livro 2 , 1910, p. 155.

5. Tiago 1:22.6. Doutrina e Convênios 67:13.7. Doutrina e Convênios 128:22.

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Imaginem minha surpresa e deleitequando o pai me disse, na Igreja, queo selamento estava marcado para 3de abril. Esse oi o dia, em 1836, emque Elias, o proeta transladado, oienviado ao Templo de Kirtland paraconerir o poder selador a JosephSmith e Oliver Cowdery. Essas chavesestão na Igreja hoje e continuarão neaté o m dos tempos.3

É a mesma autorização divina dadpelo Senhor a Pedro, ao prometer:

“E eu te darei as chaves do reino doscéus; e tudo o que ligares na terra serligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.4

O retorno de Elias abençoou todosos que são portadores do sacerdócio.O Élder Harold B. Lee deixou issobem claro ao dizer o seguinte emuma conerência geral — e vou citaro Presidente Joseph Fielding Smith,prestem atenção: “Eu tenho o sacerdócio. Vocês, irmãos, têm o sacerdócio.Recebemos o Sacerdócio de Melqui-

sedeque, o mesmo que tinha Elias eoutros proetas e Pedro, Tiago e JoãoContudo, embora tenhamos autori-dade para batizar, para impor as mãopara o dom do Espírito Santo e paraordenar outros e azer todas essas coisas, sem o poder de selamento nadapoderíamos azer, porque não haveria

 validade naquilo que zéssemos”.O Presidente Smith prosseguiu,

dizendo:“As ordenanças mais elevadas, as

maiores bênçãos que são essenciaisà exaltação no reino de Deus e quesomente podem ser obtidas em certolugares, nenhum homem tem direitode realizá-las, a menos que, paraazê-lo, receba autoridade daqueleque possua as chaves. (…)

“(…) Não há nenhum homem naace desta Terra que tenha o direito dministrar em quaisquer das ordenan-ças deste evangelho a menos que o

Continuaram a haver mudançasmaravilhosas quando ele oi ao tem-plo sagrado para receber a investiduraque o Senhor descreveu aos que Delereceberam poder no primeiro templodesta dispensação, em Kirtland, Ohio.O Senhor disse a esse respeito:

“Portanto por esta razão vos deio mandamento de que ôsseis parao Ohio; e lá vos darei minha lei e lá

sereis investidos de poder do alto;E de lá (…) eis que tenho uma

grande obra reservada, pois Israel serásalvo e guiá-lo-ei para onde eu dese-

 jar; e nenhum poder deterá minhamão”.2

Para meu amigo que voltou à ativi-dade na Igreja e para todo o sacerdó-cio, uma grande obra está reservadana salvação da parte de Israel pelaqual somos ou seremos responsá-

 veis: nossa amília. Meu amigo e sua

esposa sabiam que isso exigia que eleosse selado num templo sagrado deDeus pelo poder do Sacerdócio deMelquisedeque.

Pediu-me que eu realizasse o sela-mento. Ele e a mulher queriam queisso osse eito o mais rápido possível.Mas, devido à aproximação da épocaatareada da conerência geral, deixeique o casal e o bispo combinassemcom meu secretário a melhor data.

Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Sinto-me grato por estar com vocês nesta reunião à qual todosos portadores do sacerdócio

de Deus na Terra oram convidados. Temos a bênção de ser presididospelo Presidente Thomas S. Monson.Como Presidente da Igreja, ele é oúnico homem vivo responsável pelaschaves que selam as amílias e portodas as ordenanças do sacerdócio

necessárias para se alcançar a vidaeterna, a maior de todas as dádivasde Deus.

Há um pai que nos ouve hojeque voltou à atividade na Igreja pordesejar de todo o coração a garantiadessa dádiva. Ele e a mulher amamseus dois lhinhos, um menino euma menina. Como outros pais, eleconsegue antever a elicidade celestialao ler estas palavras: “E (…) a mesmasociabilidade que existe entre nós,

aqui, existirá entre nós lá, só que seráacompanhada de glória eterna, glóriaessa que não experimentamos agora”.1

Esse pai que nos ouve hojeconhece o caminho para esse destinoglorioso. Não é ácil. Ele já sabe quenão é. Exigiu é em Jesus Cristo, pro-undo arrependimento e a mudançano coração que lhe sobreveio quandoum bondoso bispo o ajudou a sentir oamoroso perdão do Senhor.

Famílias sob Convênio Não há nada que tenha acontecido ou que venha aacontecer em sua amília que seja tão importante quanto as bênçãos do selamento.

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Presidente da Igreja, que possui aschaves, autorize. Ele concedeu-nos aautoridade e o poder de selamentodo sacerdócio porque ele possui essaschaves”.5

Essa mesma certeza oi conrmadapelo Presidente Boyd K. Packer, aoescrever sobre o poder de selamento.O ato de eu saber que estas palavrassão verdadeiras é um consolo paramim, como será para a amília que

 vou selar em 3 de abril: “Pedro oi

o escolhido para ser o portador daschaves. A Pedro oi conerido o poderselador, (…) de ligar ou selar, ou dedesligar na Terra e também no céu.Essas chaves pertencem ao presi-dente da Igreja — o proeta, videntee revelador. Esse poder sagrado deselamento está na Igreja hoje. Nadaé considerado mais sagrado poraqueles que conhecem o signicadodessa autoridade. Nada é conservadocom maior cuidado. Há relativamentepoucos homens a quem oi [dele-

gado] esse poder selador na Terra, emqualquer época — em cada templo háirmãos aos quais oi conerido o poderselador. Ninguém pode obtê-lo a nãoser que o receba do proeta, videntee revelador, e presidente de A Igrejade Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias”.6

Na vinda de Elias, não apenas seconeriu poder ao sacerdócio, mas ocoração de muitos seria tocado: “Oespírito, poder e chamado de Elias, o

proeta, é que vocês têm o poder parapossuir a chave da revelação, orde-nanças, oráculos, poderes e investi-duras da plenitude do Sacerdócio deMelquisedeque e do reino de Deus na

 Terra; e para receber, obter e realizartodas as ordenanças pertencentes aoreino de Deus, sim, para voltar o cora-ção dos pais aos lhos e o coraçãodos lhos aos pais, sim, daqueles queestão no céu”.7

Esse sentimento de voltar o coração já está acontecendo a meu amigo esua amília. Pode estar acontecendocom vocês nesta reunião. Pode ser

que tenham visto em sua mente, comoaconteceu comigo, o rosto de seu paiou de sua mãe. Pode ter sido o rostode uma irmã ou um irmão. Ou aindade uma lha ou um lho.

Pode ser que eles estejam nomundo espiritual ou em outro conti-nente da Terra. Mas a alegria de sentiresse vínculo com eles é real porque

 vocês estão ou podem vir a estar liga-dos a eles por ordenanças do sacerdó-cio que serão honradas por Deus.

Os portadores do Sacerdócio deMelquisedeque que são pais em umaamília selada aprenderam o que pre-cisam azer. Não há nada que tenhaacontecido ou que venha a acontecerem sua amília que seja tão importantequanto as bênçãos do selamento.Nada há que seja mais importante doque honrar o casamento e a amílianos convênios que vocês zeram ouque arão nos templos de Deus.

O modo de azer isso acontecer ébem claro. O Santo Espírito da Pro-messa, por meio de nossa obediênciae nosso sacriício, deve selar nossos

convênios do templo para que elessejam válidos no mundo vindouro.O Presidente Harold B. Lee explicouo que signica ser selado pelo SantoEspírito da Promessa, citando o ÉlderMelvin J. Ballard: “Podemos enganaros homens, mas não podemos enga-nar o Espírito Santo, e nossas bênçãonão serão eternas a menos que tam-bém sejam seladas pelo Santo Espíritoda promessa. O Espírito Santo é quemlê os pensamentos e o coração dos

homens e concede Seu selo de apro- vação às bênçãos proeridas sobre acabeça deles. Então, elas se tornam

 válidas, ecazes e entram plenamenteem vigor”.8

Quando minha mulher e eu omosselados no Templo de Logan Utah, eunão compreendia, na época, o plenosignicado daquela promessa. Aindaprocuro entender seu signicadocompleto, mas minha mulher e eu

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decidimos no início de nossos quase50 anos de casados que propiciaría-mos ao máximo a presença do Espí-rito Santo em nossa vida e em nossaamília.

Como jovem pai, selado no temploe com o coração voltado para minhamulher e para minha jovem amília,conheci o Presidente Joseph Fiel-ding Smith. Na sala de conselho daPrimeira Presidência, para a qual uiconvidado, senti um testemunho ple-namente seguro, quando o PresidenteHarold B. Lee, apontando para oPresidente Smith, que estava sentadoao meu lado, perguntou: “Acredita queeste homem possa ser o proeta de

Deus?”O Presidente Smith acabara deentrar na sala e ainda não tinha aladonada. Sinto-me eternamente grato porter podido responder, graças ao quesenti no coração: “Eu sei que ele é”,e soube tão seguramente como sabiaque o sol estava brilhando que eletinha o poder de selamento do sacer-dócio para o mundo inteiro.

 Aquela experiência pessoal deu

mais orça a suas palavras, para mime para minha mulher, em uma sessãode conerência, em 6 de abril de 1972,quando o Presidente Joseph FieldingSmith deu o seguinte conselho: “É a

 vontade do Senhor ortalecer e pre-servar a unidade amiliar. Pedimos aospais que assumam seu lugar de direitona liderança da casa. Pedimos às mãesque apoiem seu marido e sejam umaluz para seus lhos”.9

Gostaria de sugerir quatro coisasque vocês podem azer como paisportadores do sacerdócio para liderarsua amília de volta à presença do PaiCelestial e do Salvador.

Primeiro, adquiram e conservem

um testemunho seguro de que as cha- ves do sacerdócio estão conoscoe que o presidente da Igreja as pos-sui. Orem por isso todos os dias. Aresposta virá acompanhada de umamaior determinação de liderar suaamília, de sentimentos de esperançae de maior elicidade em seu serviço.

 Vocês se tornarão mais alegres e oti-mistas: uma grande bênção para suaesposa e sua amília.

 A segunda coisa essencial é amarsua esposa. Será preciso é e humil-dade para colocar os interesses delaacima dos seus próprios nos desaosda vida. Vocês têm a responsabili-dade de prover e de, com ela, nutrir aamília, ao mesmo tempo que prestamserviço ao próximo. Isso, às vezes,pode consumir toda a energia e as oças que vocês têm. A idade e a doençpodem aumentar as necessidadesde sua esposa. Se decidirem mesmo

colocar a elicidade dela acima da suaprópria, prometo que seu amor porela vai aumentar.

 Terceiro, conclamem a amíliainteira a amar uns aos outros. O Presidente Ezra Tat Benson ensinou:

“Num sentido eterno, a salvaçãoé uma questão de amília. (…)

 Acima de tudo, os lhos precisamsaber e sentir que são amados, queri-dos e valorizados. Precisam ter certezdisso sempre. Obviamente, esse é umpapel que os pais devem desempe-

nhar. E com mais requência é a mãeque consegue azer isso melhor”.10

Mas outra onte essencial dessesentimento de ser amado é o amorentre os lhos. O constante cuidadodos irmãos e das irmãs uns pelosoutros só vem depois de esorçopersistente dos pais, com a ajuda deDeus. Vocês sabem que isso é verdadpelo que vivenciaram em sua própriaamília. E isso se conrma toda vezque leem sobre os confitos amilia-

res enrentados pelo justo Leí e suaesposa Saria, no Livro de Mórmon.Os sucessos que eles tiveram são

um guia para nós. Eles ensinaram oevangelho de Jesus Cristo tão bem ecom tanta persistência que os lhos eaté alguns descendentes, ao longo degerações, abrandaram o coração paracom Deus e uns para com os outros.Por exemplo: Né e outros escreve-ram e estenderam a mão para outros

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membros da amília que haviam sidoseus inimigos. O Espírito, em certasocasiões, abrandou o coração demilhares e substituiu o ódio pelo amor.

Uma maneira de vocês alcança-rem os sucessos do patriarca Leí épelo modo como conduzem a oraçãoamiliar e as reuniões da noite amiliar.Deem aos lhos, quando já pude-rem orar, oportunidades de orar poraqueles da amília que precisam debênçãos. Discirnam rapidamente o

início de discórdias e reconheçam atosde serviço abnegado, especialmentede uns para com os outros. Se elesorarem uns pelos outros e serviremuns aos outros, o coração deles seráabrandado e se voltará uns para osoutros e para os pais.

 A quarta oportunidade de liderarsua amília, à maneira do Senhor,surge quando é necessário disciplinar.Podemos cumprir essa nossa obriga-ção à maneira do Senhor e, depois,liderar nossos lhos rumo à vida

eterna. Vocês devem lembrar estas

palavras, mas talvez não tenham

 visto o poder que elas têm para umportador do Sacerdócio de Melquise-deque que prepara sua amília para

 viver com a mesma sociabilidadeque terão no reino celestial. Vocês

 vão lembrar as palavras, elas sãobem conhecidas:

“Nenhum poder ou infuência podeou deve ser mantido em virtude dosacerdócio, a não ser com persuasão,com longanimidade, com brandura emansidão e com amor não ngido;

Com bondade e conhecimentopuro, que grandemente expandirãoa alma, sem hipocrisia e sem dolo—

Reprovando prontamente comrmeza, quando movido pelo EspíritoSanto; e depois, mostrando então umamor maior por aquele que repreen-deste, para que ele não te julgue seuinimigo;

Para que ele saiba que tua de-lidade é mais orte que os laços damorte”.11

Depois, vemos a promessa de

grande valor para nós, como pais emSião: “O Espírito Santo será teu com-panheiro constante, e teu cetro, um

cetro imutável de retidão e verdade; eteu domínio será um domínio eternoe, sem ser compelido, fuirá para tieternamente”.12

É um padrão elevado para nós, maao controlarmos nosso temperamentoe subjugarmos nosso orgulho com éo Espírito Santo concede Sua apro-

 vação, assegurando-nos promessas econvênios sagrados.

 Vocês terão sucesso se tiverem éque o Senhor nos enviou de novo as

chaves do sacerdócio — que aindaestão conosco — por meio de umrme elo de amor com sua esposa,tendo a ajuda do Senhor para voltaro coração de seus lhos uns para osoutros e para os pais; e serão guia-dos pelo amor ao corrigir e exortarde modo a propiciar a presença doEspírito.

Sei que Jesus é o Cristo e o nossoSalvador. Testico que o Presidente

 Thomas S. Monson possui e exercetodas as chaves do sacerdócio na Terr

atualmente. Eu o amo e apoio. Amo vocês e oro por vocês. No sagradonome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Doutrina e Convênios 130:2.2. Doutrina e Convênios 38:32–33.3. Ver Joseph Fielding Smith, Sealing Power 

and Salvation, Brigham Young UniversitySpeeches o the Year (12 de janeiro de1971); no site: speeches.byu.edu.

4. Mateus 16:19.5. Joseph Fielding Smith, citado por Harold

B. Lee, Conference Report, outubro de1944, p. 75.

6. Boyd K. Packer, “O Templo Sagrado”, A Liahona, outubro de 2010, p. 28.

7. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007 , p. 326.

8. Melvin J. Ballard, citado por Harold B. LeeConference Report, outubro de 1970,p. 111.

9. Joseph Fielding Smith, “Counsel to theSaints and to the World”, Ensign, julho de1972, p. 27.

10. Ezra Tat Benson, “Salvation—a Family  Aair”, Tambuli , novembro de 1992,pp. 3, 4.

11. Doutrina e Convênios 121:41–44.12. Doutrina e Convênios 121:46.

Tirana, Albânia

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Quão abençoados somos por estaraqui nestes últimos dias, quando osacerdócio de Deus está na Terra.Quão privilegiados somos por serportadores desse sacerdócio. O sacerdócio não é apenas um dom, mas umencargo de servir, um privilégio deelevar e uma oportunidade de aben-çoar a vida das pessoas.

Essas oportunidades vêm acompa-nhadas de responsabilidades e deve-res. Amo e valorizo a nobre palavra

dever e tudo o que ela implica.Em vários cargos, em diversas situações, venho assistindo às reuniões dosacerdócio há 72 anos: desde que uiordenado diácono, aos doze anos deidade. Sem dúvida o tempo passa. Odever acompanha o ritmo dessa mar-cha. O dever não se obscurece nemdiminui. Confitos catastrócos vêm e

 vão, mas a guerra travada pela almados homens prossegue sem se arre-ecer. Como um toque de trombetachega a palavra do Senhor para todos

nós, portadores do sacerdócio domundo inteiro: “Portanto agora todohomem aprenda seu dever e a agir nooício para o qual or designado comtoda diligência”.5

O chamado ao dever veio para osproetas Adão, Noé, Abraão, Moisés,Samuel e Davi. Veio para o Proeta

 Joseph Smith e para cada um dos seusucessores. O chamado ao dever veioao jovem Né quando oi instruídopelo Senhor, por intermédio de seu

pai Leí, a voltar a Jerusalém com seusirmãos para obter de Labão as placasde latão. Os irmãos de Né reclama-ram, dizendo que era uma coisa diíciaquilo que se pedia deles. Qual oi aresposta de Né? Ele disse: “Eu irei ecumprirei as ordens do Senhor, por-que sei que o Senhor nunca dá ordenaos lhos dos homens sem antespreparar um caminho pelo qual suasordens possam ser cumpridas”.6

que se zesse para a salvação dohomem desde a vinda do homem à

 Terra até a redenção do mundo oi eserá realizado pela virtude do sacerdó-cio eterno”.2

O Presidente Joseph F. Smith escla-receu ainda mais: “O sacerdócio é (…)

o poder de Deus delegado ao homempelo qual este pode agir na Terra paraa salvação da amília humana, emnome do Pai e do Filho e do EspíritoSanto, com legitimidade; sem usurparessa autoridade, nem tomá-la empres-tada de gerações que se oram, mas aautoridade que oi concedida nestesdias em que vivemos pela ministra-ção de anjos e de espíritos do alto,diretamente da presença do Deus Todo-Poderoso”.3

E por m, do Presidente John Taylor: “O que é sacerdócio? (…) É ogoverno de Deus, seja na Terra ou nocéu; pois todas as coisas na Terra e nocéu são governadas por meio dele, deseu poder, decisão e princípios, e épor intermédio desse poder que tudose sustém. Ele governa tudo, controlatudo, sustenta tudo e está presente emtudo o que tem relação com Deus ecom a verdade”.4

Presidente Thomas S. Monson

Meus amados irmãos, como ébom reunir-nos novamentecom vocês. Sempre que

assisto à reunião geral do sacerdócio,refito nos ensinamentos de algunsdos mais nobres líderes de Deus quealaram nas reuniões gerais do sacer-

dócio da Igreja. Muitos já oram parasua recompensa eterna, mas com obrilhantismo de sua mente, a proun-didade de sua alma e o calor de seucoração, eles nos deram orientaçãoinspirada. Compartilharei hoje com

 vocês alguns dos ensinamentos delesa respeito do sacerdócio.

Do Proeta Joseph Smith: “OSacerdócio é um princípio eterno eexistiu com Deus desde a eternidadee existirá por toda a eternidade, sem

princípio de dias ou m de anos”.1

Com as palavras do Presidente Wilord Woodru, aprendemos: “Osanto sacerdócio é o canal por meiodo qual Deus Se comunica e interagecom o homem na Terra; e os mensa-geiros celestes que visitaram a Terrapara comunicar-se com o homem sãohomens que possuíram e honraramo sacerdócio enquanto viveram nacarne. E tudo o que Deus ordenou

Dispostos e Dignospara ServirSão vistos milagres em toda parte quando o sacerdócio é compreendido, quando seu poder é honrado e devidamente utilizado, exercendo-se é.

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Quando o mesmo chamado viera nós, qual será nossa resposta? Seráque vamos reclamar, como zeramLamã e Lemuel, dizendo: “É uma coisadiícil aquilo que nos oi pedido”?7 Ouserá que, tal como Né, declararemosindividualmente: “Eu irei. Eu cumpri-

rei”? Será que estaremos dispostos aservir e a obedecer? Às vezes, a sabedoria de Deus

parece tolice ou simplesmente diícildemais, mas uma das maiores e mais

 valiosas lições que podemos aprenderna mortalidade é que, quando Deusala e o homem obedece, esse homemestá sempre certo.

Quando penso na palavra dever eem como o cumprimento do dever

pode enriquecer nossa vida e a deoutras pessoas, relembro as palavrasescritas por um renomado poeta eescritor:

 Eu dormia e sonhavaQue a vida era alegria

 Despertei e vi Que a vida era serviçoServi, e vi que O serviço era alegria.8

Robert Louis Stevenson expressouisso de outra orma, dizendo: “Sei oque é a satisação, porque z umaboa obra”.9

 Ao cumprirmos nosso dever e exer-cermos nosso sacerdócio, sentiremos

a verdadeira alegria. Vivenciaremosa satisação de ter concluído nossastareas.

 Aprendemos os deveres especícodo sacerdócio que temos, seja o Sacedócio Aarônico ou o de Melquisede-que. Peço que pensem nesses deveree depois açam tudo a seu alcancepara cumpri-los. Para isso, cada um d

 vocês precisa ser digno. Tenhamos asmãos prontas, limpas e dispostas parapoder participar da tarea de oerecer

o que o Pai Celestial deseja que outrorecebam Dele. Se não ormos dignos,é possível que percamos o poder dosacerdócio; e se o perdermos, teremoperdido a essência da exaltação. Seja-mos dignos de servir.

O Presidente Harold B. Lee, umdos maiores proessores da Igreja,disse: “Quando um homem se tornaportador do sacerdócio, torna-se umagente do Senhor. Ele deve encararseu chamado verdadeiramente comoo serviço do Senhor”.10

Durante a Segunda Guerra Mun-dial, no início de 1944, aconteceu algenvolvendo o sacerdócio quando osuzileiros navais dos Estados Uni-dos tomaram o Atol de Kwajalein,que az parte das ilhas Marshall, noOceano Pacíco, entre a Austrália e oHavaí. O que aconteceu oi relatadopor um correspondente que não eramembro da Igreja e trabalhava paraum jornal do Havaí. Num artigo de

 jornal de 1944, ele contou o seguinte

explicando que ele e outros corres-pondentes estavam na segunda levaque seguia atrás dos uzileiros navais,no Atol de Kwajalein. Ao avançarem,

 viram um jovem uzileiro boiandocom o rosto para baixo, sem dúvida,gravemente erido. A água rasa aoseu redor estava vermelha de san-gue. Então, viram outro uzileiro semovendo na direção do camaradaerido. O segundo uzileiro também

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estava erido, com o braço esquerdopendente sem orças ao seu lado.Ele ergueu a cabeça do que estavafutuando na água para impedir quese aogasse. Com pânico na voz gritoupor socorro. Os correspondentesolharam novamente para o rapaz queele segurava e gritaram: “Filho, nãohá nada que possamos azer por esserapaz”.

“Então”, escreveu o correspon-dente, “vi algo que jamais tinha visto

antes”. Aquele rapaz, ele própriomuito erido, arrastou-se até a praialevando o corpo aparentemente inertede seu companheiro. Ele “colocoua cabeça do companheiro sobre os

 joelhos. (…) Que cena extraordinária— aqueles dois rapazes mortalmenteeridos — ambos (…) puros e deexcelente aparência, mesmo naquelasituação agonizante. O rapaz abaixoua cabeça sobre o outro e disse: ‘Eute ordeno, em nome de Jesus Cristoe pelo poder do sacerdócio, que

permaneças vivo até que eu consigasocorro médico’”. O correspondenteconcluiu seu artigo, dizendo: “Nós três[os dois uzileiros e eu], estamos aquino hospital. Os médicos não sabem[como ele conseguiu sobreviver], maseu sei”.11

São vistos milagres em toda partequando o sacerdócio é compreen-dido, quando seu poder é honrado edevidamente utilizado, exercendo-seé. Quando a é substitui a dúvida,

quando o serviço abnegado eliminao empenho egoísta, o poder de Deusleva a eeito Seus propósitos.

O chamado ao dever pode vir semalarde, quando nós que portamos osacerdócio atendermos às designa-ções que recebermos. O PresidenteGeorge Albert Smith, aquele lídermodesto porém muito ecaz, decla-rou: “É nosso dever, acima de tudo,saber o que o Senhor deseja e, então,

pelo poder e pela orça de Seu santoSacerdócio, magnicar [de tal maneira]nosso chamado na presença denossos companheiros (…) de modoque as pessoas tenham alegria emseguir-nos”.12

Recebi um desses chamados aodever — bem menos dramático, masque também ajudou a salvar umaalma — em 1950, quando eu haviarecentemente sido chamado bispo.

 Tinha muitas responsabilidades nesse

cargo e tentava azer o melhor que

podia para realizar tudo o que me erexigido. Os Estados Unidos trava- vam outra guerra na época. Comomuitos de nossos membros serviamnas orças armadas, todos os bisposreceberam da sede da Igreja a desig-nação de providenciar uma assinaturdo jornal Church News e da revista Improvement Era, a revista da Igrejana época, para todos os militares.

 Além disso, oi pedido a cada bispoque escrevesse mensalmente uma

carta pessoal a cada militar de sua

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ala. Nossa ala tinha 23 homens nasorças armadas. Os quóruns do sacer-dócio, com grande esorço, orne-ceram os undos para as assinaturasdas publicações. Assumi a tarea, sim,o dever, de escrever 23 cartas pes-soais a cada mês. Após todos essesanos, ainda tenho cópias de muitasdas minhas cartas e das respostasque recebi. As lágrimas me afo-ram acilmente quando releio essascartas. É uma alegria ver novamente

a determinação de um soldado em viver o evangelho, a decisão de ummarinheiro de manter a é com suaamília.

Certa noite, entreguei a umairmã da ala o maço com as 23 cartasdaquele mês. O encargo dela eraenviar a correspondência e manteratualizada a lista de endereços queestava sempre mudando. Ela olhoupara um dos envelopes e, com umsorriso, perguntou: “Bispo, você nãoca desanimado? Aqui está outra carta

para o irmão Bryson. É a décimasétima carta que você envia a ele, semreceber resposta”.

Respondi: “Bem, pode ser que eleresponda este mês”. Acontece queaquele oi o mês em que ele, pela pri-meira vez, respondeu a minha carta.Sua resposta oi um tesouro paraser guardado. Ele servia numa praiadistante e sentia-se isolado, solitário ecom saudades de casa. Ele escreveu:“Querido bispo, não sou muito de

escrever cartas”. (Eu poderia ter ditoisso a ele vários meses antes.) A cartaprosseguia: “Obrigado pelo Church News e pelas revistas, mas acima detudo, obrigado por suas cartas pes-soais. Fiz um grande progresso emminha vida. Fui ordenado sacerdoteno Sacerdócio Aarônico. Sinto o cora-ção cheio. Sou um homem eliz”.

O irmão Bryson não cou maiseliz do que o bispo dele. Descobri a

aplicação prática do ditado: “Faça o[seu] dever, é o melhor a azer; deixeo restante com [o] Senhor”.13

 Anos mais tarde, quando requen-tava a estaca Salt Lake Cottonwood, naépoca em que James E. Faust serviacomo presidente, relatei o ocorridopara incentivar a atenção dada a nos-sos militares. Depois da reunião, umrapaz de boa aparência me procurou.

 Apertou-me a mão e perguntou:“Bispo Monson, lembra-se de mim?”

De repente, percebi quem era ele.“Irmão Bryson!” exclamei. “Como vai?O que está azendo na Igreja?”

Com emoção e visível orgulho, elerespondeu: “Vou muito bem. Sirvona presidência de meu quórum deélderes. Obrigado novamente por suapreocupação comigo e pelas cartaspessoais que me enviou e que aindaguardo com carinho”.

Irmãos, o mundo precisa de nossaajuda. Será que estamos azendo tudoo que devemos? Será que nos lembra-

mos das palavras do Presidente John Taylor: “Caso não cumpram o seuchamado honrosamente, Deus os con-sidera responsáveis pelas pessoas aquem poderiam ter salvado se houves-sem eito a sua obrigação”?14 Há pésque precisam ser rmados, mãos parasegurar, mentes para incentivar, cora-ções para inspirar e almas para salvar.

 As bênçãos da eternidade nos aguar-dam. Temos o privilégio de não serapenas espectadores, mas participan-

tes no palco do serviço no sacerdócio. Atendamos ao lembrete encontradona Epístola de Tiago: “Sede cumprido-res da palavra, e não somente ouvin-tes, enganando-vos”.15

 Aprendamos nosso dever e pen-semos nele. Estejamos dispostos edignos para servir. No cumprimentode nosso dever, sigamos os passosdo Mestre. À medida que trilhar-mos o caminho que Jesus seguiu,

descobriremos que Ele oi mais doque o inante de Belém, mais do queo lho do carpinteiro, mais do que omaior mestre que já viveu. Viremosa conhecê-Lo como o Filho de Deusnosso Salvador e nosso Redentor.Quando a Ele veio o chamado aodever, respondeu: “Pai, aça-se atua vontade e seja tua a glória parasempre”.16 Que cada um de nós açao mesmo, é minha oração, em Seusanto nome, o nome de Jesus Cristo,

o Senhor. Amém. ◼NOTAS1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph Smith, 2007, p. 109.2. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

Wilford Woodruff , 2004, p. 39.3. Ver Joseph F. Smith, Doutrina do

 Evangelho, 1975, pp. 143–144; grio doautor (tradução atualizada).

4. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor , 2001, p. 119.

5. Doutrina e Convênios 107:99; grio doautor.

6. 1 Né 3:7; ver também versículos 1–5.7. Ver 1 Né 3:5.8. Rabindranath Tagore, William Jay Jacobs,

 Mother Teresa: Helping the Poor  [Madre Teresa: Ajudar os Pobres], 1991, p. 42.9. Robert Louis Stevenson, Elbert Hubbard II

comp., The Note Book of Elbert Hubbard: Mottoes, Epigrams, Short Essays, Passages,Orphic Sayings and Preachments [OCaderno de Anotações de Elbert HubbardLemas, Epigramas, Pequenas Dissertações

 Viagens, Declarações e PergaminhosOrstas], 1927, p. 55.

10. Stand Ye in Holy Places: Selected Sermonsand Writings of President Harold B. Lee  [Permanecei em Lugares Santos: Seleção dSermões e Escritos do Presidente Harold BLee], 1976, p. 255.

11. Ernest Eberhard Jr., “Giving Our YoungMen the Proper Priesthood Perspective”

[Dar aos Nossos Rapazes a Perspectiva Adequada do Sacerdócio], datilograado,19 de julho de 1971, pp. 4–5, Biblioteca dHistória da Igreja.

12. George Albert Smith, Conference Report, abril de 1942, p. 14.

13. Henry Wadsworth Longellow, “TheLegend Beautiul” [A Linda Lenda], The Complete Poetical Works of Longfellow [A Obra Poética Completa de Longellow],1893, p. 258.

14. Ensinamentos: John Taylor , p. 164.15. Tiago 1:22.16. Moisés 4:2.

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Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Imagino que cada pessoa na Terratenha sido aetada de alguma ormapelo destrutivo espírito de contenda,ressentimento e vingança. Talvez hajamomentos em que reconheçamosesse espírito em nós mesmos. Aonos sentirmos magoados, nervososou invejosos, é muito ácil julgar osoutros, em geral presumindo motivostorpes em suas ações para justicarnossos próprios ressentimentos.

 A DoutrinaClaro que sabemos que isso éerrado. A doutrina é clara. Todos nósdependemos do Salvador; ninguémpode ser salvo sem Ele. A Expiaçãode Cristo é innita e eterna. O perdãode nossos pecados só vem condicio-nalmente. Devemos arrepender-nose precisamos ter o desejo de perdoaros outros. Jesus ensinou: “[Perdoai-

 vos] uns aos outros; pois aquele quenão perdoa (…) está em condenaçãodiante do Senhor; pois nele perma-

nece o pecado maior”3 e “Bem-aven-turados os misericordiosos, porqueeles alcançarão misericórdia”.4

É claro que tais palavras soamtotalmente adequadas — quando seaplicam aos outros. É claro e ácilperceber os resultados danosos queadvêm quando os outros julgam eguardam rancor. E com certeza nãogostamos nada de quando os outrosnos julgam.

Mas no que diz respeito a nos-

sos preconceitos e nossas queixas,requentemente consideramos justanossa raiva e o nosso julgamentocomo conável e apropriado. Emboranão possamos ver o coração do outropresumimos que conhecemos motivações ruins ou até mesmo que sabemoque a pessoa é má. Achamos que éexceção quando é a nossa própriaamargura porque sentimos que, nonosso caso, temos toda a inormação

Meus amados irmãos e irmãs,há algum tempo recebi umacarta de uma mãe preocupada

que me pedia para azer um discursona conerência geral sobre um tópico

que poderia especicamente ajudar osdois lhos dela. Uma contenda haviasurgido entre eles, e tinham paradode se alar. A mãe cou desolada. Nacarta, ela me assegurava que umamensagem na conerência geral sobreesse assunto traria a reconciliaçãoentre seus lhos e tudo caria bem.

O apelo sincero e proundo dessaboa irmã oi apenas uma das muitassugestões que tenho recebido nosúltimos meses para que dissesse

algumas palavras sobre um assuntode crescente preocupação — não sópara uma mãe preocupada, mas paramuitos na Igreja e, de ato, no mundotodo.

Fiquei tocado pela é dessa mãeamorosa de que um discurso da con-erência geral pudesse ajudar a curarum relacionamento entre seus lhos.

 Tenho certeza de que a conança delanão repousa tanto nas habilidades

dos oradores quanto na “virtude dapalavra de Deus”, que “[surte] eeitomais poderoso sobre a mente do povodo que (…) qualquer outra coisa”.1 Querida irmã, oro para que o Espírito

toque o coração de seus lhos.

Quando os RelacionamentosNão Vão Bem

Relacionamentos estremecidos ouarruinados são uma coisa tão antigaquanto à própria humanidade. Caim,na Antiguidade, oi o primeiro apermitir que o câncer da amargura eda malícia tomasse seu coração. Eleplantou no solo da própria alma ainveja e o ódio e permitiu que esses

sentimentos amadurecessem até queez o impensável — assassinar seupróprio irmão e tornar-se por isso opai das mentiras de Satanás.2

Desde aquela época, o espírito deinveja e ódio tem levado alguns a pro-tagonizar as mais trágicas histórias. Eleez Saul voltar-se contra Davi, os lhosde Jacó contra seu irmão, José, Lamãe Lemuel contra Né, e Amaliquiascontra Morôni.

S ES S ÃO DA MAN HÃ DE DO MIN G O | 1º de abr i l de 2012

Os MisericordiososObterão MisericórdiaQuando nosso coração se enche do amor de Deus,tornamo-nos “para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-[nos] uns aos outros”.

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74 A L i a h o n a

Os santos dos últimos dias “[regozijam]-se no grande privilégio” (Alma 61:14) de ouvir e compartilhar as mensagens da 182ª ConerênciaGeral Anual. No sentido horário, a

partir do alto à esquerda: missioná-rios e membros em Tirana, Albânia; Londres, Inglaterra; São Paulo, Brasil; Minneapolis, Minnesota, EUA; Moscou,Rússia; Barrigada, Guam; e em Paris,França.

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7M a i o d e 2 0 1 2

necessária que justica desprezaralguém.

O Apóstolo Paulo, em sua carta aosromanos, disse que julgar os outros é“inescusável”. No momento em que

 julgamos os outros, explicou ele,condenamos a nós próprios, pois nin-

guém há sem pecado.5 Recusar-se aperdoar é um pecado grave — pecadocontra o qual o Salvador alertou. Ospróprios discípulos de Jesus “procura-ram pretextos uns contra os outros eem seu coração não se perdoaram; epor esse mal oram afigidos e severa-mente repreendidos”.6

Nosso Salvador alou com tantaclareza sobre isso que pouco espaçohá para interpretações. “Eu, o Senhor,perdoarei a quem desejo perdoar”,

mas Ele disse, “de vós é exigido queperdoeis a todos os homens”.7

Posso acrescentar algo aqui?Quando o Senhor requer que perdoe-mos a todos os homens — isso incluiperdoar a nós mesmos. Às vezes, detodas as pessoas do mundo, a quetemos maior diculdade de perdoar —assim como a que talvez mais precisedo perdão — é aquela que encaramosao olhar no espelho.

ResumindoEsse assunto de julgar os outros

poderia, de ato, ser ensinado emum sermão de duas palavras. Noque se relaciona a ódio, maledicên-cia, desprezo, inâmia, rancor ou odesejo de magoar, apliquem

o seguinte:Parem já!É muito simples. Simplesmente

temos de parar de julgar os outrose devemos substituir os pensamen-tos e sentimentos dessa naturezapor um coração cheio de amor aDeus e a Seus lhos. Deus é nossoPai. Somos Seus lhos. Somos todosirmãos e irmãs. Não tenho palavrasexatas para expressar com sucienteeloquência, ardor e persuasão para

que que bem marcada essa questãode não julgar os outros . Consigo citarescrituras, tentar expor a doutrina e

 vou até mesmo citar um adesivo que vi recentemente. Estava axado nopara-choque traseiro de um carrocujo motorista parecia ser um poucoríspido, mas as palavras do adesivoensinam uma lição prounda. Dizia:“Não me julgue só porque o meupecado é dierente do seu”.

Devemos reconhecer que todossomos impereitos — que somostodos mendigos diante de Deus.Quem entre nós, em uma ocasiãoou outra, ainda não se aproximoudo trono da misericórdia e imploroupela graça? Não ansiamos com todaa orça da alma pela misericórdia —pelo perdão dos erros e pecados quecometemos?

Por dependermos todos da miseri-córdia de Deus, como podemos nega

aos outros, em qualquer medida,a graça de que desesperadamentetambém necessitamos? Meus amadosirmãos e irmãs, não devemos perdoarda mesma orma que desejamos operdão?

O Amor de DeusÉ diícil azer isso?Claro que sim!Perdoar a nós mesmos e aos outro

não é ácil. De ato, a maioria denós precisará de uma mudança de

atitude e da maneira de pensar — atémesmo uma mudança de coração.Mas a boa notícia é que essa “vigorosmudança”8 de coração é exatamente que o evangelho de Jesus Cristo podetrazer a nossa vida.

Como ela se dá? Por meio do amorde Deus.

Quando nosso coração está repletodo amor de Deus, algo bom e puroacontece a nós. “[Guardamos] os seusmandamentos; e os seus mandamen-

tos não são pesados. Porque todoo que é nascido de Deus vence omundo.”9

Quanto mais permitirmos que oamor de Deus governe nossa mente enossas emoções — quanto mais nossamor pelo Pai Celestial aumentar emnosso coração — mais ácil será amaros outros com o puro amor de Cristo

 Ao abrirmos nosso coração para aresplandecente alvorada do amor de

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76 A L i a h o n a

Deus, a escuridão e o rio da animosi-dade e da inveja vão-se denhar.Como sempre, Cristo é o nosso

exemplo. Em Seus ensinamentos e emSua vida, Ele mostrou-nos o caminho.Ele amou os iníquos e os perdoou,assim como aos vis e àqueles queprocuraram eri-Lo e magoá-Lo.

 Jesus disse que é ácil amar aquem nos ama; até mesmo os iníquosconseguem isso. Porém, Jesus Cristoensinou uma lei mais elevada. Suas

palavras ecoam através dos séculos eservem para nós hoje. Elas se desti-nam a todos os que desejam ser Seusdiscípulos. Elas se destinam a vocês ea mim: “Amai a vossos inimigos, ben-dizei os que vos maldizem, azei bemaos que vos odeiam, e orai pelos que

 vos maltratam e vos perseguem”.10

Quando nosso coração se enchedo amor de Deus, tornamo-nos “paracom os outros benignos, misericordio-sos, perdoando-[nos] uns aos outros,como também Deus [nos] perdoou em

Cristo”.11

O puro amor de Cristo poderemover as escamas de ressentimentoe a ira de nossos olhos, permitindo-nos ver os outros da maneira que oPai Celestial vê a nós: como mortaisimpereitos e alhos que têm potenciale valor muito além do que conseguir-mos imaginar. Pelo ato de Deus nosamar tanto, nós também devemosamar e perdoar uns aos outros.

O Caminho do DiscípuloMeus queridos irmãos e irmãs,considerem estas perguntas comoum teste pessoal:

 Você guarda ressentimento contraalguém?

 Você ala da vida dos outros,mesmo que possa ser verdade?

 Você exclui, aasta ou castigaoutras pessoas por algo que tenhameito?

 Você inveja alguém secretamente?Deseja causar mal a alguém?Se você respondeu sim a uma des-

sas perguntas, talvez queira aplicar osermão de duas palavras que pregueiantes: Pare já!

Em um mundo pleno de acusação einimizade, é ácil reunir pedras e atirá-las. Mas antes de pensar em azer isso,lembremo-nos das palavras Daqueleque é nosso Mestre e modelo: “Aqueleque de entre vós está sem pecado seja

o primeiro que atire pedra”.

12

Irmãos e irmãs, vamos abandonarnossas pedras.

Sejamos bondosos.Perdoemos.Falemos uns aos outros com

mansidão.Deixemos que o amor de Deus

encha nosso coração.“Façamos bem a todos.”13

O Salvador prometeu: “Dai, e ser- vos-á dado; boa medida, recalcada,sacudida e transbordando, (…) por-

que com a mesma medida com que

medirdes também vos medirãode novo”.14

Não deveria essa promessa bastarpara sempre empreendermos esor-ços em atos de bondade, perdão ecaridade, em vez de termos qualquercomportamento negativo?

 Vamos nós, como discípulos de Jesus Cristo, pagar o mal com o bem.Não vamos nos vingar ou permitir qua ira nos domine.

“Porque está escrito: Minha é a vin

gança; eu recompensarei, diz o SenhoPortanto, se o teu inimigo tiverome, dá-lhe de comer; se tiver sede,dá-lhe de beber. (…)

Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”16

Lembrem-se: no nal, são osmisericordiosos que obterão amisericórdia.17

Como membros da Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias,onde quer que estejamos, que seja-mos conhecidos como aqueles que

“[amam] uns aos outros”.18

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tem um corpo gloricado e aperei-çoado de carne e ossos.4 Vivíamoscom Ele no céu antes de nascer.5 Quando Ele nos criou sicamente,omos criados à imagem de Deus,cada um com seu próprio corpo.6

Pensem em nosso sustento ísico.Ele é realmente enviado pelo céu. Oar, o alimento e a água de que todosnecessitamos nos são concedidos

como dádivas de um Pai Celestialamoroso. A Terra oi criada para sustenossa breve passagem pela mortali-dade.7 Nascemos com a capacidadede crescer, amar, casar e ormar umaamília.

O casamento e a amília oramordenados por Deus. A amília é amais importante unidade social, nesta

 vida e na eternidade. Pelo grandeplano de elicidade organizado porDeus, a amília pode ser selada no

templo e preparar-se para voltar ahabitar em Sua santa presença parasempre. Essa é a vida eterna! Ela satisaz os mais proundos anseios da almhumana: a aspiração natural a umconvívio eterno com os entes queridode nossa amília.

Fazemos parte de Seu propósitodivino: “Minha obra e minha glória”,disse Ele, é “levar a eeito a imortali-dade e vida eterna do homem”.8 Para

Élder Russell M. NelsonDo Quórum dos Doze Apóstolos

Queridos irmãos e irmãs,agradecemos a vocês por seuapoio e sua devoção. Expres-

samos nossa gratidão e nosso amor acada um de vocês.

Recentemente, minha mulher e euadmiramos a beleza de peixes tropi-cais em um pequeno aquário parti-cular. Havia peixes de cores vívidas dediversos tamanhos e ormas nadando

rapidamente de um lado para outro.Perguntei à uncionária que estava porperto: “Quem alimenta esses belospeixes?”

Ela respondeu: “Sou eu”.Então perguntei: “Alguém já lhe

agradeceu por isso?”Ela respondeu: “Ainda não!”Pensei em algumas pessoas que

conheço que igualmente se esquecemde ser gratas ao Criador, de seu verda-deiro “pão da vida”.1 Vivem o dia a dia

sem tomar conhecimento de Deus oude Sua bondade para com elas.Quão melhor seria se todos nós

pudéssemos estar mais cientes daprovidência e do amor de Deus eexpressar a Ele essa gratidão. Amonensinou: “Demos graças a [Deus], por-que ele pratica a justiça eternamente!” 2 

 A intensidade de nossa gratidão é umamedida de nosso amor por Ele.

Deus é o Pai de nosso espírito.3 Ele

 Amai-vos Uns aos OutrosIrmãos e irmãs já existem pesare tristeza sucientes nesta vida semprecisarmos acrescentar a isso teimo-sia, amargura e ressentimentos.

Não somos pereitos. As pessoas ao nosso redor não

são pereitas.19 Às vezes azem coisasque nos incomodam, decepcionam eenraivecem. Nesta vida mortal sem-pre será assim.

No entanto, devemos livrar-nos

dos ressentimentos. Parte do propó-sito da mortalidade é aprender a noslivrar de tais coisas. Este é o caminhodo Senhor.

Lembrem-se de que o céu estácheio de pessoas que têm em comumo seguinte: Elas oram perdoadas. Eelas perdoam.

Depositem sua carga aos pés doSalvador. Parem de julgar. Permitamque a Expiação de Cristo mude ecure seu coração. Amem uns aosoutros. Perdoem uns aos outros.

Os misericordiosos obterãomisericórdia.

Disso testico em nome Daqueleque amou tanto e tão completamenteque deu Sua vida por nós, Seusamigos — no sagrado nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS1. Alma 31:5.2. Ver Moisés 5:16–32.3. Doutrina e Convênios 64:9.4. Mateus 5:7.5. Ver Romanos 2:1.

6. Doutrina e Convênios 64:8.7. Doutrina e Convênios 64:10; grio do autor.8. Mosias 5:2.9. I João 5:3–4.

10. Mateus 5:44; ver também versículos 45–47.11. Eésios 4:32.12. João 8:7.13. Gálatas 6:10.14. Lucas 6:38.15. Ver Mateus 5:39–41.16. Romanos 12:19–21.17. Ver Mateus 5:7.18. João 13:35.19. Ver Romanos 3:23.

Graças Demos a DeusQuão melhor seria se todos nós pudéssemos estar mais cientesda providência e do amor de Deus e expressar a Ele essa gratidão.

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alcançar esses objetivos, “Deus amouo mundo de tal maneira que deu oseu Filho unigênito, para que todoaquele que nele crê não pereça, mastenha a vida eterna”.9 Esse ato oi umamaniestação sublime do amor deDeus. “Porque [Ele] enviou o seu Filhoao mundo, não para que condenasseo mundo, mas para que o mundoosse salvo por ele.”10

Um ponto central do plano eternode Deus é a missão de Seu Filho

 Jesus Cristo.

11

Ele veio para redimir oslhos de Deus.12 Graças à Expiaçãodo Senhor, a ressurreição (ou imorta-lidade) se tornou realidade.13 Graças àExpiação, a vida eterna se tornou umapossibilidade para todos os que sequalicarem. Jesus explicou assim:

“Eu sou a ressurreição e a vida;quem crê em mim, ainda que estejamorto, viverá;

E todo aquele que vive, e crê emmim, nunca morrerá”.14

Pela Expiação do Senhor e Sua

dádiva da ressurreição — por estasublime mensagem de Páscoa —graças demos a Deus!

Dádivas FísicasNosso Pai Celestial ama Seus

lhos.15 Ele abençoou cada um comdádivas ísicas e espirituais. Queroabordar cada uma delas. Quando can-tarem “Sou um Filho de Deus”, pen-sem na dádiva Dele para vocês — seupróprio corpo ísico. Os muitos atribu-

tos admiráveis de seu corpo compro- vam a própria “natureza divina”.16

Cada órgão de seu corpo é umamaravilhosa dádiva de Deus. Cadaolho tem uma lente com oco auto-mático. Há nervos e músculos quecontrolam os dois olhos para ormaruma única imagem tridimensional. Osolhos estão conectados ao cérebro,que registra as coisas que eles veem.

O coração é uma bomba incrível.17 

Ele possui quatro válvulas delicadasque controlam a direção do fuxode sangue. Essas válvulas abrem eecham mais de 100.000 vezes por dia:36 milhões de vezes por ano. Con-tudo, a menos que sejam alteradas poralguma doença, elas podem suportaresse esorço quase indenidamente.

Pensem no sistema de deesa docorpo. Para protegê-lo de lesões, elepercebe a dor. Em resposta à inecção,gera anticorpos. A pele oerece prote-

ção. Ela alerta contra as lesões que o

calor ou o rio excessivopodem causar.O corpo renova as próprias célu-

las antigas e regula o nível de seuselementos vitais. O corpo cura suaseridas, seus cortes e ossos quebradosSua capacidade de reprodução é outrdádiva sagrada de Deus.

Lembrem que não se exige umcorpo pereito para alcançarmos umdestino divino. Na verdade, algunsdos espíritos mais especiais habitam

um corpo rágil ou impereito. Emgeral, as pessoas com deciênciasísicas desenvolvem grande orçaespiritual, justamente por terem essadeciências.

 Todo aquele que estuda o un-cionamento do corpo humano semdúvida “viu Deus movendo-se em suamajestade e poder”.18 Como o corpoé governado por lei divina, toda cura

 vem pela obediência à lei na qualaquela bênção se baseia.19

No entanto, algumas pessoas

erroneamente pensam que essesmaravilhosos atributos ísicos acon-teceram por acaso ou como conse-quência de um grande “big bang”ocorrido em algum lugar. Perguntema si mesmos: “Poderia a explosão deuma gráca produzir um dicionário?”

 A probabilidade de que isso ocorraé extremamente remota. Mas se issoacontecesse, ele jamais conseguiriareparar as próprias páginas rasga-das ou reproduzir as próprias novas

edições!Se a capacidade normal docorpo — de uncionamento, deesa,reparação, regulação e regeneração— prevalecesse sem limites, a vidaaqui continuaria perpetuamente.Sim, estaríamos presos aqui na Terra!Felizmente para nós, nosso Criadorprovidenciou um processo de enve-lhecimento e outros processos queacabam por resultar em nossa morte

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ísica. A morte, tal como o nascimento,az parte da vida. As escrituras ensi-nam que “não era conveniente que ohomem osse resgatado dessa morteísica, porque isso destruiria o grandeplano de elicidade”.20 O retorno aDeus pelo portão que chamamosde morte é uma alegria para aque-les que O amam e estão preparadospara encontrar-se com Ele.21 Por m,chegará o momento em que cada“espírito e (…) corpo [será reunido]

em (…) pereita orma; os membrose juntas serão reconstituídos em suaestrutura natural”22 para nunca maisse separarem. Por essas dádivas ísicas,graças demos a Deus!

Dádivas EspirituaisPor mais importante que seja o

corpo, ele serve de tabernáculo paraum espírito eterno. Nosso espíritoexistia na esera pré-mortal23 e con-tinuará a viver depois que o corpomorrer.24 O espírito provê ao corpo a

 vitalidade e a personalidade.25 Nesta vida e na vindoura, o espírito e ocorpo unidos tornam-se uma alma

 vivente de sublime valor.Por ser tão importante o espírito de

uma pessoa, seu desenvolvimento temconsequências eternas. Ele é ortale-cido quando nos comunicamos emhumilde oração com nosso amorosoPai Celestial.26

Os atributos pelos quais seremosum dia julgados são todos espiri-

tuais.27

Incluem o amor, a virtude, aintegridade, a compaixão e o serviçoao próximo.28 O espírito, combinadoao corpo no qual habita, pode desen-

 volver-se e maniestar esses atributosde maneiras vitais para nosso pro-gresso eterno.29 O progresso espiritualé atingido por meio dos seguintes pas-sos: é, arrependimento, batismo, domdo Espírito Santo e a perseverançaaté o m, incluindo a investidura e as

ordenanças de selamento do templo

sagrado.

30

 Assim como o corpo exige ali-mento diário para sobreviver, oespírito também precisa ser nutrido. Oespírito é nutrido pela verdade eterna.No ano passado, comemoramos oquadricentenário da tradução queo Rei Jaime ez da Bíblia Sagrada. Etemos o Livro de Mórmon já há quase200 anos. Ele está hoje traduzido,completamente ou em parte, em 107idiomas. Por causa dessas e de outrasescrituras preciosas, sabemos que

Deus é nosso Pai Eterno e que SeuFilho, Jesus Cristo, é nosso Salvador eRedentor. Por essas dádivas espirituais,graças demos a Deus!

Dádivas do EvangelhoSabemos que os proetas de muitas

dispensações, como Adão, Noé, Moi-sés e Abraão, todos eles ensinaramsobre a divindade de nosso Pai Celes-tial e de Jesus Cristo. Nossa atual dis-pensação oi iniciada pelo Pai Celestial

e por Jesus Cristo, quando apareceramao Proeta Joseph Smith, em 1820. AIgreja oi organizada em 1830. Hoje,182 anos depois, continuamos sobo convênio de levar o evangelho a“toda nação, tribo, língua e povo”.31 

 Ao azermos isso, tanto aquele quedoa quanto aquele que recebe serãoabençoados.

 Temos a responsabilidade de ensi-nar Seus lhos e de despertar neles a

consciência de Deus. Há muito tempo

o rei Benjamim disse:“Acreditai em Deus; acreditai queele existe e que criou todas as coisas,tanto no céu como na Terra; acre-ditai que ele tem toda a sabedoria etodo o poder, tanto no céu como na

 Terra. (…)Acreditai que vos deveis arrepen-

der de vossos pecados e abandoná-los e humilhar-vos diante de Deus; epedir com sinceridade de coração quele vos perdoe; e agora, se acredi-tais em todas estas coisas, procurai

azê-las”.32

Deus é o mesmo ontem, hoje epara sempre, mas nós não somos. Acada dia, temos o desao de recorrerao poder da Expiação para que pos-samos realmente mudar, tornando-nomais semelhantes a Cristo, e de qua-licar-nos para a dádiva da exaltaçãoe para viver eternamente com Deus,

 Jesus Cristo e nossa amília.33 Por essepoderes, privilégios e dádivasdo evangelho, graças demos a Deus!

 Testico que Ele vive, que Jesus éo Cristo e que esta é Sua Igreja, restaurada nestes últimos dias para cumprirseu destino eterno. Somos lideradoshoje pelo Presidente Thomas S. Mon-son, a quem amamos e apoiamos detodo o coração, e também apoiamosseus conselheiros e os Doze Apóstolocomo proetas, videntes e reveladoresPresto testemunho disso no sagradonome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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Por m, chegará o momento emque cada ‘espírito e (…) corpo [seráreunido] em (…) pereita orma; osmembros e juntas serão reconstituídoem sua estrutura natural’ (Alma 11:43Então, graças à Expiação de JesusCristo, poderemos ser apereiçoadosNele”.1

Para todos vocês que têm desaospreocupações, desilusões ou tristezas

com um ente querido, saibam disso:com innito amor e compaixão eternDeus, nosso Pai Celestial, ama seulho atribulado e ama vocês!

 Alguns podem perguntar, ao sedeparar com tal sorimento, como oique Deus Todo-Poderoso pôde deixaisso acontecer? E segue-se a perguntaaparentemente inevitável: Por que issaconteceu comigo? Por que temos detestemunhar doenças e ocorrênciasque incapacitam nossos preciosos

membros da amília ou que lhesencurtam a vida ou que lhes prolon-gam os anos em dor? Por que temosde sorer?

Nesses momentos, podemos nos voltar para o grande plano de elici-dade criado por nosso Pai Celestial.Esse plano, quando oi apresentadona vida pré-terrena, ez com quetodos nós gritássemos de alegria.2 Em termos simples, esta vida é o

Élder Ronald A. RasbandDa Presidência dos Setenta

Nos últimos vinte meses, nossaamília oi abençoada como privilégio de ter um bebê

muito especial.O pequeno Paxton, nosso neto,

nasceu com uma deleção cromossô-mica muito rara, uma doença genéticaque o distingue, literalmente, comoum em centenas de milhões. Paranossa lha e seu marido, teve início

uma jornada rumo ao desconhecidoque mudou a vida deles, quandoPaxton nasceu. Esse ato se tornou umogo renador para o aprendizado delições especiais vinculadasà eternidade.

O querido Élder Russell M. Nelson,que nos dirigiu a palavra há pouco,ensinou:

“Por motivos geralmente desconhe-cidos, algumas pessoas nascem comlimitações ísicas. Partes especícas

do corpo podem ser anormais. Ossistemas regulatórios podem estar emdesequilíbrio. E todos nós temos umcorpo que está sujeito à doença e àmorte. No entanto, a dádiva de umcorpo ísico não tem preço. (…)

Não se exige um corpo pereitopara alcançarmos um destino divino.Na verdade, alguns dos espíritosmais especiais habitam um corporágil. (…)

NOTAS1. João 6:35, 48; ver também o versículo 51.2. Alma 26:8; ver também Alma 7:23.3. Ver Atos 17:27–29.4. Ver Doutrina e Convênios 130:22.5. Ver Moisés 6:51; Romanos 8:16; Hebreus

12:9; Jeremias 1:4–55.6. Ver Gênesis 2:7; I Coríntios 15:44;

Moisés 3:7.7. Ver 1 Né 17:36.8. Moisés 1:39.9. João 3:16.

10. João 3:17.11. Seus propósitos são resumidos

sucintamente em 3 Né 27:13–22.12. Ver Alma 11:40.

13. Ver 2 Né 9:6–7, 20–22.14. João 11:25–26.15. Ver 1 Né 17:40; I João 4:10.16. II Pedro 1:4.17. O coração bombeia cerca de sete mil e

quinhentos litros de sangue por dia.18. Doutrina e Convênios 88:47.19. Ver Doutrina e Convênios 130:21.

Realmente essa lei divina é incontestável.20. Alma 42:8.21. O salmista expressou o ponto de vista de

Deus: “Preciosa é à vista do Senhor a mortedos seus santos” (Salmos 116:15); ver também Eclesiastes 12:7.

22. Alma 11:43; ver também Eclesiastes 12:7; Alma 40:23; Doutrina e Convênios 138:17.

23. Ver Doutrina e Convênios 93:38.24. Ver Alma 40:11; Abraão 3:18.25. O espírito é à semelhança da pessoa

(ver Doutrina e Convênios 77:2).26. Ver 3 Né 14:9–11.27. O espírito, não o corpo, é o componente

ativo e responsável da alma. Sem o espírito,o corpo está morto (ver Tiago 2:26). É oespírito, portanto, que escolhe o bem ouo mal, e que será considerado responsávelpelos atributos positivos ou negativosque tiver no Julgamento Final (ver Alma41:3–7).

28. Atributos espirituais também incluem:“é, virtude, conhecimento, temperança,paciência, bondade raternal, piedade,

caridade, humildade [e] diligência”(Doutrina e Convênios 4:6).29. Ver 2 Né 2:11–16, 21–26; Morôni

10:33–34.30. Essa é a doutrina de Cristo (ver 2 Né

31:11–21).31. Mosias 15:28; ver também 1 Né 19:17;

2 Né 26:13; Mosias 3:20; 15:28; 16:1; Alma37:4; Doutrina e Convênios 1:18–23; 77:11;133:37.

32. Mosias 4:9–10.33. “A vida eterna (…) é o maior de todos

os dons de Deus” (Doutrina e Convênios14:7).

Lições Especiais É minha esperança e oração que continuemos a carregar nobremente os nossos ardos e a ajudar aqueles dentre nós que estão sorendo.

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treinamento para a exaltação eterna, eesse processo signica testes e prova-ções. Sempre oi assim, e ninguém époupado.

 A conança em Deus é um pontocentral de nossa mortalidade. Com éNele, recorremos ao poder da Expia-ção de Cristo naqueles momentosem que há muitas dúvidas e poucasrespostas.

 Após Sua Ressurreição, ao visitar as Américas, nosso Salvador Jesus Cristo

ez a todos o seguinte convite:“Tendes enermos entre vós? Trazei-os aqui. Há entre vós coxosou cegos ou aleijados ou mutiladosou leprosos ou atroados ou surdosou pessoas que estejam afitas dealgum modo? Trazei-os aqui e eu oscurarei, porque tenho compaixão de

 vós; minhas entranhas estão cheias demisericórdia. (…)

E aconteceu que depois de elehaver assim alado, toda a multidão,de comum acordo, adiantou-se com

seus doentes e seus afitos e seuscoxos; e com seus cegos e com seusmudos e com todos aqueles queestavam afitos de qualquer orma; eele curou a todos, à medida que oramconduzidos a sua presença”.3

 Tiramos grande orça das palavras“toda a multidão (…) adiantou-se” —toda, irmãos e irmãs. Todos enrenta-mos desaos. E então, a rase: “queestejam afitas de algum modo”. Todosnos identicamos com isso, não é

mesmo?Logo que nosso precioso Paxtonnasceu, soubemos que o Pai Celes-tial nos abençoaria e nos ensinarialições especiais. Quando o pai delee eu impusemos nossos dedos sobresua pequenina cabeça, na primeirade muitas bênçãos do sacerdócio,

 vieram-me à mente as palavras docapítulo nove de João: “para que semaniestem nele as obras de Deus”.4

 As obras de Deus estão, semdúvida, maniestando-se por intermé-dio do Paxton.

Estamos aprendendo paciência,é e gratidão por meio do bálsamodo serviço, de horas intermináveisde intensas emoções, de lágrimas deempatia e de orações e expressõesde amor em avor de entes queridosnecessitados, especialmente peloPaxton e os pais dele.

O Presidente James E. Faust, que

oi meu presidente de estaca quandoeu era menino, disse: “Tenho grandeapreço pelos pais amorosos queestoicamente suportam e vencemsua angústia e dor por um lho quenasceu com grave enermidade mentalou ísica ou que veio a desenvolvê-la.Essa angústia persiste a cada dia, semalívio, por toda a vida dos pais ou dolho. Com requência, exige-se dospais uma dedicação sobre-humana

que nunca cessa, dia e noite. Muitasmães sentiram o coração e os braçosdoloridos por anos a o, consolandoe aliviando o sorimento de seu lhoespecial”.5

Como descrito em Mosias, teste-munhamos o puro amor do Salvadoroerecido à amília do Paxton, amoresse que está ao alcance de todos: “Eaconteceu que as cargas impostas a

 Alma e seus irmãos se tornaram levessim, o Senhor ortaleceu-os para que

pudessem carregar seus ardos comacilidade; e submeteram-se de bomgrado e com paciência a toda a von-tade do Senhor”.6

Uma noite, quando o Paxton erabem novo, estávamos na unidade deterapia intensiva neonatal do mara-

 vilhoso Centro Médico das Criançasda Primária, em Salt Lake City, Utah,admirados com a dedicada e inte-gral atenção oerecida por médicos,

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enermeiras e atendentes. Pergunteia minha lha como eles consegui-riam pagar tudo aquilo e arrisqueiuma estimativa de qual seria o custoenvolvido. Um médico que estavapor perto disse que minha estima-tiva estava bem aquém da verdade eque os cuidados do pequeno Paxtoncustariam muito mais do que eu haviaprevisto. Ficamos sabendo que grandeparte das despesas do atendimentooerecido naquele hospital é coberta

por generosas dádivas de tempo econtribuições monetárias de outraspessoas. Suas palavras zeram-mesentir humilde, ao pensar no valordaquela pequena alma para os quetão carinhosamente cuidavam dela.

Lembrei-me de uma escritura mis-sionária bem conhecida, que adquiriunovo signicado para mim: “Lembrai-

 vos de que o valor das almas é grandeà vista de Deus”.7

Chorei ao ponderar o amor irres-trito que nosso Pai Celestial e Seu

 Amado Filho, Jesus Cristo, têm portodos nós, ao mesmo tempo em queaprendi de modo vigoroso qual o

 valor de uma alma, tanto ísica quantoespiritualmente, para Deus.

 A amília do Paxton aprendeu queestamos rodeados de incontáveisanjos ministradores celestes e terre-nos. Alguns aparecem serenamente,quando necessário, e saem silenciosa-mente. Outros batem à porta trazendoalimentos, oerecendo-se para lavar

a roupa ou cuidar dos irmãos doPaxton, ligando para dizer palavrasde incentivo e principalmente orandopor ele. Assim, outra lição especialoi aprendida: ao ver uma pessoa seaogando, será que devemos pergun-tar se ela precisa de ajuda? Não seriamelhor simplesmente mergulhar esalvá-la das águas proundas? A oerta,embora eita com boas intenções ecom requência, “Se precisar de algo

é só dizer”, na verdade não ajuda emnada.Continuamos a aprender o impor-

tante valor de estarmos cientes einteressados na vida das pessoas quenos cercam, aprendendo não apenasa importância de oerecer auxílio, mastambém a imensa alegria que senti-mos ao ajudar as pessoas.

O querido Presidente Thomas S.Monson, que é um magníco exemplode alguém que ergue o abatido, disse:

“Deus abençoe todos os que se dis-põem a ser o guardião de seu irmão,que se doam para aliviar o sorimento,que se esorçam com tudo de bomque há neles para tornar o mundomelhor. Já notaram que essas pessoastêm um sorriso mais radiante? Seuspassos são mais seguros. Elas têm umaaura de contentamento e satisaçãoem torno de si (…) porque ninguémparticipa do auxílio ao próximosem sentir-se ele mesmo ricamenteabençoado”.8

Embora enrentemos provações,adversidades, deciências, tristezas

e toda espécie de afições, nossocarinhoso e amoroso Salvador sempreestará ao nosso lado. Ele prometeu:

“Não vos deixarei órãos; voltareipara vós. (…)

Deixo-vos a paz, a minha paz vosdou; não vo-la dou como o mundo adá. Não se turbe o vosso coração, nemse atemorize”.9

Quão gratos somos a nosso PaiCelestial pelo lutador que é o PaxtonPor intermédio dele o Senhor manies

tou Suas obras e continua a ensinar-nos essas valiosas, sagradase especiais lições.

Gostaria de concluir com a letrade um hino muito querido:

Somos os soldados que combatem o mal:

Vamos marchar! Vamos marchar!  A coroa nos espera do vencedor — Vamos conquistá-la com valor! 10

Irmãos e irmãs, é minha esperança

e oração que continuemos a carre-gar nobremente os nossos ardos e aajudar aqueles dentre nós que estãosorendo e precisam ser erguidos eencorajados. Agradeçamos a Deuspor Suas bênçãos e renovemos ocompromisso que zemos com o PaiCelestial de prestar humilde serviço aSeus lhos. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS1. Russell M. Nelson, “Somos Filhos de Deus

 A Liahona, janeiro de 1999, p. 101.2. Ver Jó 38:7.3. 3 Né 17:7, 9.4. João 9:3.5. James E. Faust, “The Works o God” [As

Obras de Deus], Ensign, novembro de1984, p. 54.

6. Mosias 24:15.7. Doutrina e Convênios 18:10.8. Thomas S. Monson, “Our Brothers’

Keepers” [Guardadores de Nossos Irmãos] Ensign, junho de 1998, p. 39.

9. João 14:18, 27.10. “Somos os Soldados”, Hinos , nº 160.

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 Joseph F. Smith disse que, em con-traste com as organizações do mundoque são “eitas por homens ou pormulheres”, a Sociedade de Socorro “ocriada por Deus, autorizada por Deusinstituída por Deus e ordenada porDeus”.8 O Presidente Joseph F. Smithdisse às irmãs que a elas “oram dadopoder e autoridade para azer muitascoisas grandiosas”.9 Ele disse: “Vocêssão membros da maior organização dmulheres do mundo, uma organizaçã

que é parte vital do reino de Deus na Terra e cujo desígnio e uncionamentajudam seus membros éis a alcançara vida eterna no reino de nosso Pai”.1

Uma Esera de InfuênciaMais Abrangente

 A cada ano, centenas de milharesde mulheres e moças tornam-se partedesse “círculo de irmãs”11 que estásempre se expandindo. Depois disso,seja onde or que a irmã more ouonde quer que sirva, ela mantém sua

condição e associação como mem-bro da Sociedade de Socorro.12 Porcausa dos importantes propósitos daSociedade de Socorro, a Primeira Presidência expressou o desejo de que amoças comecem a preparar-se para aSociedade de Socorro bem antes decompletar dezoito anos de idade.13

 A Sociedade de Socorro não éum programa. É uma parte ocial daIgreja do Senhor que oi “ordenadapor Deus” para ensinar, ortalecer e

inspirar as irmãs em seus objetivosconcernentes à é, à amília e aoauxílio prestado às pessoas. A Socie-dade de Socorro é um modo de vidapara as mulheres santos dos últimosdias e sua infuência vai bem além daaula de domingo ou de uma atividadesocial. A Sociedade de Socorro segueo padrão das discípulas que serviramcom o Senhor Jesus Cristo e Seusapóstolos em Sua Igreja primitiva.14 

Desde o início da Restauração os

proetas têm compartilhado sua visãoa respeito de mulheres ortes, éis edecididas, que entendem seu valore propósito eternos. Ao estabelecera Sociedade de Socorro, o Proeta

 Joseph Smith instruiu a primeirapresidente a “presidir esta sociedade,para cuidar dos pobres — cuidandode suas necessidades e atendendo aos

 vários assuntos da instituição”.5 Ele visualizou a organização como “umasociedade seleta, separada de todos os

males do mundo”.6

Brigham Young, o segundoPresidente da Igreja, instruiu seusconselheiros e o Quórum dos Doze

 Apóstolos a orientarem os bispos a“[deixar as irmãs] organizarem a Socie-dade de Socorro Feminina nas diver-sas alas”. Ele acrescentou: “Algumaspessoas podem pensar que isso é umacoisa sem importância, mas não é”.7

Posteriormente, o Presidente

 Julie B. Beck Presidente Geral da Sociedade de Socorro,Desobrigada Recentemente

Nos últimos anos, com requên-

cia tenho sido inspirada a alarsobre a Sociedade de Socorro

— seus propósitos e suas qualidades,1 o valor de sua história,2 seu trabalhoe parceria com os bispos e quórunsdo Sacerdócio de Melquisedeque.3 Parece-me relevante agora concentrarnossa atenção na visão dos proetasconcernente à Sociedade de Socorro.4

 Assim como os proetas do Senhortêm continuamente ensinado aos élde-res e sumos sacerdotes os seus pro-

pósitos e deveres, eles também têmcompartilhado sua visão em relação àsirmãs da Sociedade de Socorro. Pelosseus conselhos, ca evidente que ospropósitos da Sociedade de Socorrosão: aumentar a é e a retidão pessoal,ortalecer a amília e o lar, e procurare ajudar os necessitados. Fé, amília eauxílio — essas três palavras simplespassaram a expressar a visão dos pro-etas no tocante às irmãs da Igreja.

A Visão dos ProetasConcernente à

Sociedade de Socorro:Fé, Família e Auxílio Fé, amília e auxílio — essas três palavras simples passaram aexpressar a visão dos proetas no tocante às irmãs da Igreja.

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Foi-nos ensinado que “é tão obriga-tório para uma mulher incorporar em

sua vida as virtudes que são promovi-das pela Sociedade de Socorro quantoé, para os homens, desenvolver emsua vida os padrões de caráter promo-

 vidos pelo sacerdócio”.15

Quando o Proeta Joseph Smithorganizou a Sociedade de Socorro,ele ensinou às irmãs que elas deve-riam “socorrer os pobres” e “salvaralmas”.16 Em seu encargo de “salvaralmas”, as irmãs oram autorizadas aorganizar uma esera de infuênciamais abrangente e a participar dela. A

primeira presidente da Sociedade deSocorro oi designada a m de exporas escrituras, e a Sociedade de Socorroainda tem, na Igreja do Senhor, aresponsabilidade essencial de ensinar.Quando Joseph Smith disse às irmãsque a organização da Sociedade deSocorro as prepararia para os “privilé-gios, bênçãos e dons do Sacerdócio”,17 o trabalho de salvação, estabelecidopelo Senhor, oi aberto para elas. Oencargo de salvar almas inclui o tra-

balho de compartilhar o evangelho eparticipar da obra missionária. Inclui oengajamento no trabalho do templo ede história da amília. Inclui azer tudoo que or possível para tornar-se espi-ritual e temporalmente autossuciente.

O Élder John A. Widtsoe declarouque a Sociedade de Socorro oerece“socorro na pobreza, socorro nadoença, socorro na dúvida, socorrona ignorância — socorro em tudo o

que impeça a alegria e o progresso damulher. Que missão magníca!”18

O Presidente Boyd K. Packercomparou a Sociedade de Socorroa um “muro de proteção”.19 A res-ponsabilidade de proteger as irmãs esuas respectivas amílias aumenta aimportância do cuidado e ministériodas proessoras visitantes e é umademonstração de nossa disposiçãode lembrar nossos convênios com oSenhor. Ao “ministrar aos necessitadose aos afitos”, trabalhamos em har-monia com os bispos para cuidar dasnecessidades temporais e espirituais

dos santos.20

O Presidente Spencer W. Kimballdisse: “Há muitas irmãs que se vestemcom trapos — trapos espirituais. Elastêm o direito de vestir luxuosos man-tos espirituais. (…) Temos o privilégiode entrar nos lares e trocar os trapospor mantos”.21 O Presidente Harold B.Lee também tinha essa visão. Eledisse: “Conseguem ver por que oSenhor encarregou (…) a Sociedadede Socorro de visitar esses lares?

Porque depois do próprio Salvador,não há mais ninguém [na] Igreja quetenha um toque tão amável e umacompreensão tão plena do coração eda vida dessas pessoas”.22

O Presidente Joseph F. Smithalertou as irmãs da Sociedade deSocorro e suas líderes, dizendo quenão queria “ver o momento em quenossa Sociedade de Socorro perdessesua própria identidade ao misturar-se

com essas organizações criadas pormulheres”. Ele esperava que as irmãs“[liderassem] o mundo e, em especialas mulheres do mundo, em tudo oque [osse] digno de louvor, tudo que[osse] divino, tudo que [elevasse] e[puricasse] os lhos dos homens”.23 Seu conselho enatizava a necessidadde eliminarmos quaisquer tradições,temas, modismos, tendências e práti-cas que não ossem condizentes como propósito da Sociedade de Socorro

 As líderes que buscam revelaçãopodem certicar-se de que cadareunião, lição, aula, atividade e tareada Sociedade de Socorro cumpra ospropósitos para os quais ela oi orga-nizada. A sociabilidade, a amizade e aunião que desejamos serão os docesresultados advindos de servirmos como Senhor em Seu trabalho.

Cumprir a Visão dos ProetasO Presidente Thomas S. Monson e

seus conselheiros testicaram recen-

temente que “o Senhor restaurou aplenitude do evangelho por intermé-dio do Proeta Joseph Smith e que aSociedade de Socorro é uma parteimportante dessa restauração”. Comoprova de seu desejo de que a “glorios

Calcutá, Índia

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herança” da Sociedade de Socorro sejapreservada, a Primeira Presidênciarecentemente publicou e distribuiuno mundo inteiro o livro Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalhoda Sociedade de Socorro. Nas pági-nas desse livro, podemos encontrarpadrões e exemplos de irmãs e irmãosque trabalham em parceria na amília ena Igreja, e podemos aprender princí-pios sobre quem somos, em que acre-ditamos e o que devemos proteger.

 Temos sido encorajadas pela PrimeiraPresidência a estudar esse importantelivro e “a permitir que suas verdadessempre atuais e seus exemplos inspira-dores infuenciem [nossa] vida”.24

 À medida que as irmãs alinharemsua vida com os objetivos da Sociedadede Socorro, a visão dos proetas serácumprida. O Presidente Kimball disse:“Há um grande poder nessa organi-zação [da Sociedade de Socorro] queainda não oi plenamente exercidopara ortalecer os lares de Sião e edi-

car o Reino de Deus — nem será, atéque tanto as irmãs quanto o sacerdóciocompreendam o valor da Sociedade deSocorro”.25 Ele proetizou que “grandeparte do crescimento da Igreja nosúltimos dias acontecerá porque muitasdas boas mulheres do mundo (em querequentemente (…) há um senso inatode espiritualidade) serão atraídas paraa Igreja em grande número. Isso acon-tecerá na medida em que as mulheresda Igreja (…) orem vistas de modo

positivo, como dierentes e distintas dasmulheres do mundo”.26

Sou grata pela visão dos proetasconcernente à Sociedade de Socorro.Eu, assim como o Presidente Gor-don B. Hincley, “estou [convencida]de que não existe nenhuma outraorganização em qualquer parte que secompare à Sociedade de Socorro destaIgreja”.27 É nossa responsabilidadeagora alinhar-nos à visão dos proetas

concernente à Sociedade de Socorro,ao buscarmos aumentar a é, ortalecera amília e prover auxílio.

Encerro com as palavras do Pre-sidente Lorenzo Snow: “O uturo daSociedade [de Socorro] é pleno depromessas. À medida que a Igrejacresce, seu campo de atuação serácorrespondentemente ampliado, eserá ainda mais capaz de azer o bemdo que oi no passado”.28 Para asirmãs que ajudam no crescimento da

Igreja, ele disse: “Ao compartilharemesses trabalhos, vocês sem dúvidacompartilharão o triuno da obra,exaltação e glória que o Senhor daráa Seus lhos éis”.29 Dessa visão tam-bém presto testemunho, em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Ver Julie B. Beck, “Cumprir o Propósito

da Sociedade de Socorro”, A Liahona,novembro de 2008, p. 108.

2. Ver Julie B. Beck, discurso proerido naConerência das Mulheres da BYU (29

de abril de 2011), http://ce.byu.edu/cw/ womensconerence/archive/2011/pd/ JulieB_openingS.pd; “O que Espero queMinhas Netas (e Netos) Compreendamsobre a Sociedade de Socorro”, A Liahona,novembro de 2011, p. 109; “Sociedade deSocorro — Um Trabalho Sagrado”, A Liahona, novembro de 2009, p. 110.

3. Ver Julie B. Beck, “Why We Are Organizedinto Quorums and Relie Societies”(discurso proerido em devocional daUniversidade Brigham Young, 17 de janeirode 2012), speeches.byu.edu.

4. Esta mensagem não é um resumo completode todas as declarações proéticasconcernentes à Sociedade de Socorro.

 Trata-se apenas de uma amostra de sua

 visão e orientação. Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro, as conerências gerais eoutras publicações da Igreja contêm maisensinamentos sobre esse tema.

5. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011, p. 13.

6. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino,pp. 15–16.

7. Brigham Young, Filhas em Meu Reino,p. 45.

8. Joseph F. Smith, Filhas em Meu Reino,p. 72.

9. Joseph Fielding Smith, Filhas em Meu Reino, p. 155.

10. Joseph Fielding Smith, Filhas em Meu Reino, p. 105.

11. Boyd K. Packer, Filhas Meu Reino, p. 93.12. Ver Boyd K. Packer, “The Circle o Sisters”

 Ensign, novembro de 1980, p. 110.13. Ver cartas da Primeira Presidência, 19 de

março de 2003 e 23 de evereiro de 2007.14. Ver  Filhas Meu Reino, pp. 3–7.15. Boyd K. Packer, Filhas em Meu Reino,

p. 16.16. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino, p. 17.17. Joseph Smith, History of the Church,

 volume 4, p. 602.18. John A. Widtsoe, Filhas em Meu Reino,

p. 26.19. Boyd K. Packer, Ensign, novembro de

1980, p. 110.20. Joseph Fielding Smith, Filhas em Meu

 Reino, p. 155.21. Spencer W. Kimball, Filhas em Meu Reino

p. 129.22. Harold B. Lee, “The Place o Relie 

Society in the Welare Plan”, Relief Society Magazine , dezembro de 1946, p. 842.

23. Joseph F. Smith, Filhas em Meu Reino,p. 72.

24. A Primeira Presidência, Filhas em Meu Reino, p. ix.

25. Spencer W. Kimball, Filhas em Meu Reinop. 155.

26. Spencer W. Kimball, Filhas em Meu Reinop. 104.

27. Gordon B. Hincley, Filhas em Meu Reino,p. 174.

28. Lorenzo Snow, Filhas em Meu Reino, p. 1929. Lorenzo Snow, Filhas em Meu Reino, p. 7.

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mim, crê também no Pai; e a ele oPai dará testemunho de mim, pois visitá-lo-á com ogo e com o EspíritoSanto. (…)

Em verdade, em verdade vos digoque esta é minha doutrina e os queedicam sobre isto edicam sobreminha rocha; e as portas do inernonão prevalecerão contra eles” (3 Né11:32–35, 39).

Essa é a nossa mensagem, a rochasobre a qual edicamos, o alicerce de

todas as outras coisas na Igreja. Comotudo o que vem de Deus, essa dou-trina é pura, clara e de ácil compreensão, mesmo para uma criança. Com ocoração cheio de alegria, convidamostodos a recebê-la.

Na Igreja de Jesus Cristo dos Santodos Últimos Dias, “cremos em tudo oque Deus revelou, em tudo o que Elerevela agora e cremos que Ele aindarevelará muitas coisas grandiosas eimportantes relativas ao Reino deDeus” (Regras de Fé 1:9). Isso quer

dizer que, embora haja muitas coisasque ainda não sabemos, as verdadese a doutrina que recebemos vieram econtinuarão a vir por revelação divinaEm algumas tradições religiosas, osteólogos armam ter tanta autoridadepara ensinar quanto a hierarquiaeclesiástica, e os assuntos doutrináriopodem vir a tornar-se uma disputade opiniões entre eles. Alguns seapoiam nos conselhos ecumênicos daIdade Média e em seus credos. Outro

enatizam principalmente as argu-mentações de teólogos do períodopós-apostólico ou as hermenêuticase exegeses bíblicas. Nós valorizamoso estudo acadêmico que amplia acompreensão, mas atualmente naIgreja, tal como no passado, o esta-belecimento da doutrina de Cristo oua correção dos desvios doutrináriosé uma questão de revelação divinaconcedida aos que o Senhor investiu

Restauração despontou no mundo,e o evangelho de Cristo, pleno e com-pleto, estava novamente sobre a Terra.

 Aquele dia glorioso começou quando,num pilar de luz “mais brilhante queo sol” (Joseph Smith–História 1:16),Deus, o Pai, e Seu Filho Amado, JesusCristo, visitaram o jovem Joseph Smithe deram início ao que se tornariapraticamente uma série de revelações

 vinculadas ao poder e à autoridadedivinos.

Nessas revelações encontramos oque poderia ser chamado de a dou-trina essencial da Igreja de Jesus Cristorestabelecida na Terra. O próprio Jesusdeniu essa doutrina com estas pala-

 vras, registradas no Livro de Mórmon:Outro Testamento de Jesus Cristo:

“E esta é minha doutrina e é a dou-trina que o Pai me deu; e dou teste-munho do Pai e o Pai dá testemunho

de mim e o Espírito Santo dá testemu-nho do Pai e de mim; e eu dou teste-munho de que o Pai ordena a todosos homens, em todos os lugares, quese arrependam e creiam em mim.

E os que crerem em mim e orembatizados, esses serão salvos; e elessão os que herdarão o reino de Deus.

E os que não crerem em mim e nãoorem batizados, serão condenados.

“(…) E todo aquele que crê em

Élder D. Todd ChristoersonDo Quórum dos Doze Apóstolos

Nossa mais prounda gratidãoe amor à irmã Beck, à irmã

 Allred, à irmã Thompson etambém à junta geral da Sociedadede Socorro.

 Tem havido ultimamente umcrescente interesse do público pelascrenças da Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias. Isso nosalegra porque, anal, nosso encargo

undamental é o de ensinar o evange-lho de Jesus Cristo e Sua doutrina aomundo inteiro (ver Mateus 28:19–20;D&C 112:28). Esse é um assunto muitoimportante. Mas temos de admitir queainda persiste alguma conusão emrelação a nossa doutrina e ao modocomo ela oi estabelecida. Esse é oassunto que quero abordar hoje.

O Salvador ensinou Sua doutrinano meridiano dos tempos e Seus após-tolos esorçaram-se arduamente para

preservar a doutrina contra a ameaçadas alsas tradições e losoas. Asepístolas do Novo Testamento citam

 vários incidentes que demonstram queuma grave e disseminada apostasia

 já ocorria durante o ministério dosapóstolos.1

Os séculos que se seguiram oramiluminados por ocasionais raios deluz do evangelho, até que, no séculodezenove, a brilhante alvorada da

A Doutrina de Cristo Atualmente na Igreja, tal como no passado, o estabelecimentoda doutrina de Cristo ou a correção dos desvios doutrinários é uma questão de revelação divina.

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com autoridade apostólica.2Em 1954, o Presidente J. Reu-ben Clark Jr., que na época eraconselheiro na Primeira Presidên-cia, explicou a maneira pela qual adoutrina é promulgada na Igreja e opapel preeminente do presidente daIgreja. Reerindo-se aos membros daPrimeira Presidência e do Quórumdos Doze Apóstolos, ele declarou:“Devemos ter em mente que algumas

 Autoridades Gerais oram designadas

a um chamado especial. Eles possuemum dom especial. Foram apoiadosproetas, videntes e reveladores, issolhes concede uma investidura espi-ritual especial em relação ao queensinam às pessoas. Eles têm o direito,o poder e a autoridade para declarara mente e a vontade de Deus a seupovo, estando sujeitos ao poder e àautoridade supremos do presidente daIgreja. As outras Autoridades Geraisnão receberam essa autoridade einvestidura espiritual especial em rela-

ção a seus ensinamentos. Consequen-temente, estão limitados e a resultantelimitação de seu poder e de sua auto-ridade para ensinar se aplica a todosos outros líderes e membros da Igreja,porque nenhum deles oi espiritual-mente investido como proeta, videntee revelador. Além disso, conormeacabamos de explicar, o presidente daIgreja tem uma investidura espiritualespecial a mais no tocante a isso, por-que ele é o Proeta, Vidente e Revela-

dor para toda a Igreja”.3

Como é que o Salvador revelaSua vontade e doutrina aos proetas,

 videntes e reveladores? Ele pode agirpor intermédio de um mensageiro ouazê-lo pessoalmente. Ele pode alarcom Sua própria voz ou pela voz doSanto Espírito: uma comunicação deEspírito para espírito que pode serexpressa em palavras ou em sentimen-tos que transmitem uma compreensão

e transcendem as palavras (ver 1 Né17:45; D&C 9:8). Ele pode dirigir-Se aSeus servos individualmente ou reuni-dos em conselho (ver 3 Né 27:1–8).

 Vou citar dois exemplos do Novo Testamento. O primeiro oi umarevelação dada ao cabeça da Igreja.No começo do livro de Atos, vemosque os apóstolos de Cristo declaravama mensagem do evangelho apenasaos judeus, seguindo o padrão do

ministério de Jesus Cristo (ver Mateus15:24). Mas no cronograma do Senhor,chegara o momento de haver umamudança. Em Jope, Pedro teve umsonho no qual ele viu vários animaisserem baixados do céu para a Terraem “um grande lençol atado pelasquatro pontas” (Atos 10:11), sendo-lheordenado: “mata e come” (Atos 10:13).Pedro mostrou-se relutante, porquealguns dos animais eram “imundos”

pela lei de Moisés, e Pedro jamais violara o mandamento que proibia seuuso como alimento. Não obstante, a

 voz disse a Pedro em seu sonho: “Nãaças tu comum ao que Deus puri-cou” (Atos 10:15).

O signicado daquele sonho couclaro quando, logo em seguida, váriohomens enviados por Cornélio, umcenturião romano, chegaram ao lugarem que Pedro estava hospedado,

pedindo que ele osse ensinar seumestre. Cornélio havia reunido umgrupo considerável de parentes e amgos, e ao ver que o esperavam parareceber sua mensagem, Pedro disse:

“Deus mostrou-me que anenhum homem chame comum ouimundo (…).

(…) Reconheço por verdade queDeus não az acepção de pessoas;

Mas que lhe é agradável aquele

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que, em qualquer nação, o teme e azo que é justo” (Atos 10:28, 34–35; vertambém os versículos 17–24).

“E, dizendo Pedro ainda estas pala- vras, caiu o Espírito Santo sobre todosos que ouviam a palavra.

E os éis [que acompanhavamPedro] maravilharam-se de que o domdo Espírito Santo se derramasse tam-bém sobre os gentios.

(…) Respondeu, então, Pedro:Pode alguém porventura recusar a

água, para que não sejam batizados

estes, que também receberam comonós o Espírito Santo?” (Atos 10:44–47).

Por intermédio desse ato e dessarevelação dada a Pedro, o Senhormodicou a prática da Igreja erevelou a Seus discípulos um enten-dimento doutrinário mais completo.E assim, a pregação do evangelho oiampliada de modo a englobar toda ahumanidade.

Posteriormente, no livro de Atos,encontramos outro exemplo, de certa

orma correlato, mostrando, dessa vez,a maneira como a revelação reerentea questões doutrinárias pode ser dadaa um grupo reunido em conselho.Surgiu uma controvérsia sobre a cir-cuncisão exigida pela lei de Moisés, seela continuaria a ser um mandamentodo evangelho e da Igreja de Cristo(ver Atos 15:1, 5). “Congregaram-se,pois, os apóstolos e os anciãos paraconsiderar este assunto” (Atos 15:6).

O registro que temos daquele conse-lho sem dúvida está incompleto, maslemos que após “grande contenda”(Atos 15:7), Pedro, o Apóstolo sênior,levantou-se e declarou aquilo queo Santo Espírito lhe conrmara. Elelembrou os membros do conselho deque, quando o evangelho começou aser pregado aos gentios incircuncisosna casa de Cornélio, eles receberam oEspírito Santo tal como havia acon-tecido com os conversos que eram

 judeus circuncidados. Deus, disse ele,

“não ez dierença alguma entre elese nós, puricando os seus coraçõespela é.

 Agora, pois, por que tentais a Deus,pondo sobre a cerviz dos discípulosum jugo que nem nossos pais nemnós pudemos suportar?

Mas cremos que seremos salvospela graça do Senhor Jesus Cristo,como eles também” (Atos 15:9–11;

 ver também o versículo 8).Depois que Paulo, Barnabé e

talvez outros se maniestaram a avorda declaração de Pedro, Tiago propôsque a decisão osse implementadapor carta à Igreja, e o conselho dis-pôs-se “concordemente” (Atos 15:25;

 ver também os versículos 12–23).Na carta que anunciava sua decisão,os apóstolos escreveram: “Pareceubem ao Espírito Santo e a nós” (Atos15:28). Em outras palavras, aqueladecisão veio por revelação divina por

intermédio do Santo Espírito.Esse mesmo padrão é seguido hojena Igreja restaurada de Jesus Cristo.O presidente da Igreja pode anunciarou interpretar doutrinas com base emrevelações recebidas por ele (ver, porexemplo, D&C 138). A exposição dadoutrina também pode vir por meiodo conselho conjunto da PrimeiraPresidência e do Quórum dos Doze

 Apóstolos (ver, por exemplo, a Declaração Ocial 2). As deliberações do

conselho, com requência, incluem aavaliação de escrituras canônicas, osensinamentos dos líderes da Igreja eas práticas anteriores. Mas no nal,assim como na Igreja do Novo Testa-mento, o objetivo não é simplesmenteo consenso entre os membros do conselho, mas, sim, a revelação de Deus.É um processo que envolve tanto arazão quanto a é para se conhecer amente e a vontade do Senhor.4

 Ao mesmo tempo, devemos lem-brar que nem toda declaração eita

por um líder da Igreja, no passado ouno presente, é obrigatoriamente dou-trina. É consenso na Igreja que umadeclaração eita por um líder em umaúnica ocasião representa geralmenteuma opinião pessoal, embora bemponderada, sem a intenção de quese torne ocial ou válida para toda aIgreja. O Proeta Joseph Smith ensinoque “um proeta só [é] proeta quando[está] atuando como tal”.5 O já citadoPresidente Clark observou:

“A esse respeito há uma históriaque meu pai me contou quando euera menino — não sei se é verídica,mas ela ilustra essa questão. Ele mecontou que, na comoção geradapela chegada do exército do general[ Johnston], o irmão Brigham pregouum vigoroso sermão ao povo em umareunião matutina, desaando o exér-cito que se aproximava e declarandosua intenção de opor-se a eles

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e de rechaçá-los. Na reunião ves-pertina, ele se levantou e disse queBrigham Young estivera alando pelamanhã, mas que o Senhor iria alarnaquele momento. Proeriu entãoum discurso, cuja disposição era ooposto da expressa no discurso damanhã. (…)

“(…) A Igreja saberá, pelo testemu-nho do Espírito Santo ao corpode membros, se os líderes, ao expres-sar seu ponto de vista, estão sendo

movidos pelo Espírito Santo e, nodevido tempo, esse conhecimentose maniestará”.6

O Proeta Joseph Smith conrmouo papel central do Salvador em nossadoutrina em uma rase conclusiva:“Os princípios undamentais de nossareligião são o testemunho dos Após-tolos e Proetas a respeito de JesusCristo, que Ele morreu, oi sepultado,ressuscitou no terceiro dia e ascen-deu ao céu; todas as outras coisas denossa religião são meros apêndices

disso”.7 O testemunho que JosephSmith prestou de Jesus é o de que Ele

 vive, porque ele O viu, “sim, à direitade Deus; e [ouviu] a voz testicando

que ele é o Unigênito do Pai” (D&C76:23; ver também o versículo 22).Peço a todos que ouvem ou leem estamensagem que busquem por meiode oração e estudo das escrituras omesmo testemunho do caráter divino,da Expiação e da Ressurreição de

 Jesus Cristo. Aceitem essa doutrina,arrependendo-se, sendo batizados,recebendo o dom do Espírito Santoe depois seguindo por toda a vida asleis e os convênios do evangelho de

 Jesus Cristo.Com a aproximação da comemora-ção da Páscoa, expresso meu teste-munho de que Jesus de Nazaré oi eé o Filho de Deus, o próprio Messiasdas antigas proecias. Ele é o Cristo,soreu no Getsêmani, morreu na cruz,oi sepultado e realmente ressuscitouno terceiro dia. Ele é o Senhor ressusci-tado, por meio do Qual todos sere-mos ressuscitados e por Quem todospodem ser redimidos e exaltados emSeu reino celestial. Essa é a nossa dou-

trina, que conrma todos os testamen-tos anteriores de Jesus Cristo, declaradanovamente para nossa própria época,em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Ver Neal A. Maxwell, “From the Beginning

 Ensign, novembro de 1993, pp.18–19.“Tiago condenou as ‘guerras e pelejas

entre’ os membros da Igreja (Tiago 4:1).Paulo lamentou as ‘dissensões’ na Igreja eato de que ‘lobos cruéis’ não poupavam ‘orebanho’ (I Coríntios 11:18; Atos 20:29–31Ele sabia que uma apostasia era iminente escreveu aos tessalonicenses dizendo que segunda vinda de Jesus não ocorreria ‘semque antes [viesse] a apostasia’, advertindoainda que ‘já (…) [a] injustiça [operava]’(II Tessalonicenses 2:3, 7).

Próximo do m, Paulo reconheceu aextensão do distanciamento [da verdade]:

‘Os que estão na Ásia todos se apartaramde mim’ (II Timóteo 1:15). (…) A diusão da ornicação e da idolatria

alarmaram os apóstolos (ver I Coríntios5:9; Eésios 5:3; Judas 1:7). João ePaulo lamentaram o surgimento dosalsos apóstolos (ver II Coríntios 11:13;

 Apocalipse 2:2). Percebia-se claramenteque a Igreja estava sitiada. Alguns nãoapenas caíram, mas também se opuseramabertamente. Em certa ocasião, Paulopermaneceu sozinho e lamentou: ‘Todosme desampararam’ (II Timóteo 4:16). Eletambém censurou os que ‘[transtornaram]casas inteiras’ (Tito 1:11).

 Alguns líderes locais se rebelaram, comno caso em que um deles, que presavamuito sua preeminência, recusou-se areceber os irmãos da Igreja (ver III João1:9–10).

Não é de se admirar que o PresidenteBrigham Young tenha comentado: ‘Diz-seque o Sacerdócio oi tirado da Igreja, masnão é bem assim; a Igreja é que se aastoudo Sacerdócio’ ( Journal of Discourses , vol12, p. 69)”.

 Ao longo do tempo, como comentouo Élder Maxwell, “a razão, a tradição dalosoa grega, dominou, depois substituiua conança na revelação, um resultadoprovavelmente apressado por cristãos bemintencionados que desejavam azer comque suas crenças entrassem em sintonia

com a tendência da cultura contemporâneda época. (…)

Que [também nós] nos acautelemos deacomodar a teologia revelada à sabedoriaconvencional” ( Ensign, novembro de 1993pp. 19–20).

2. Os apóstolos e proetas, como JosephSmith, declaram a palavra de Deus, mas,além disso, acreditamos que os homens eas mulheres, de modo geral, e até mesmoas crianças podem aprender por inspiraçãodivina e ser guiados por ela, em respostaà oração e ao estudo das escrituras. Assimcomo nos dias dos apóstolos antigos, os

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90 A L i a h o n a

nossos entes queridos são eridos oumagoados, quando a doença acometeos saudáveis, quando a chama da videnraquece e a escuridão nos ameaçaNossos pensamentos se aguçam econseguimos acilmente distinguir oque é realmente importante daquiloque é meramente trivial.

Conversei recentemente com umamulher que vem lutando contra uma

doença grave há dois anos. Ela disseque, antes da doença, seus dias eramcheios de atividades tais como limpara casa com pereição e enchê-la demóveis belos. Ia ao cabeleireiro duas

 vezes por semana e gastava dinheiroe tempo todo mês para adicionarnovos vestidos a seu guarda-roupa. Onetos pouco eram convidados a visi-tá-la, porque sempre se preocupavaachando que aquilo que consideravaser seus preciosos bens poderia que-

brar-se ou estragar-se nas mãozinhasdescuidadas deles.Então, recebeu a chocante notícia

de que sua vida corria risco e quetalvez lhe restasse pouco tempo aquNo momento em que ouviu o diag-nóstico do médico, ela soube de imediato que passaria todo o tempo quelhe restasse de vida com a amíliae os amigos, tendo o evangelho nocentro de sua vida, porque era isso

Presidente Thomas S. Monson

Amados irmãos e irmãs, nestasessão desejo alar-lhes sobre

 verdades eternas; verdades queenriquecerão nossa vida e nos levarãoem segurança ao nosso lar.

Em toda parte, as pessoas estãocom pressa. Aviões a jato transportamsua preciosa carga humana através deimensos continentes e vastos ocea-nos para que reuniões de negócios

sejam realizadas, obrigações sejamcumpridas, érias sejam desrutadasou parentes sejam visitados. Em todaparte há rodovias — vias expressas,autopistas e autoestradas — nas quaistraegam milhões de automóveis,levando milhões de pessoas numfuxo aparentemente interminável, poruma innidade de motivos em nossacorrida diária.

Nesse ritmo renético da vida, seráque azemos uma pausa para alguns

momentos de meditação, sim, parapensar nas verdades eternas?Comparadas às verdades eternas, a

maioria das questões e preocupaçõescotidianas são realmente bem triviais.O que teremos para o jantar? Qual cordevemos usar para pintar a sala? Seráque devemos inscrever o Joãozinhono utebol? Essas questões e muitasoutras semelhantes perdem seu signi-cado quando surge uma crise, quando

membros da Igreja de Jesus Cristo recebemo dom do Espírito Santo, que acilita umacomunicação contínua com o Pai Celestialou, em outras palavras, a revelaçãopessoal (ver Atos 2:37–38). Desse modo,a Igreja se torna um corpo de indivíduoscomprometidos e espiritualmente maduros,cuja é não é cega, mas visivelmenteinstruída e conrmada pelo Santo Espírito.Isso não quer dizer que todo membro possaalar pela Igreja ou denir suas doutrinas,mas sim, que cada um pode receber orientação divina para lidar com os desaose as oportunidades da própria vida.

3. J. Reuben Clark Jr., “Leaders’ WordsEntitled to Claim o Scripture”, Church

 News , 31 de julho de 1954, pp. 9–10; ver também Doutrina e Convênios 28:1–2, 6–7,11–13.

4. A preparação e as qualicações exigidaspara a participação nos conselhos são“retidão, (…) santidade e humildade decoração, mansidão e longanimidade; e (…)é e virtude e conhecimento, temperança,paciência, piedade, bondade raternal ecaridade;

Porque existe a promessa de que seestas coisas sobejarem neles, não serãoestéreis no conhecimento do Senhor”(Doutrina e Convênios 107:30–31).

5. Joseph Smith, History of the Church, vol. 5,p. 265.

6. J. Reuben Clark Jr., “Church Leaders’ Words”, p. 10. Quanto à história que seupai contou-lhe sobre Brigham Young,o Presidente Clark escreveu mais:

“Não sei se isso alguma vez já aconteceu,mas digo que isso ilustra um princípio, quemesmo o Presidente da Igreja talvez nemsempre seja ‘movido pelo Espírito Santo’ aoalar com as pessoas. Isso aconteceu comrelação a questões doutrinárias (geralmentede caráter altamente especulativo) em quePresidentes da Igreja subsequentes e aspróprias pessoas sentiram que ao declarar a doutrina, o anunciante não ora ‘movidopelo Espírito’.

Como a Igreja saberá quando essasexpedições audaciosas dos líderes nessesprincípios e doutrinas especulativos estãode acordo com as exigências dos estatutosde que o anunciante estava ‘movido peloEspírito Santo’? A Igreja saberá pelotestemunho do Espírito Santo sobre aassembleia de membros se os líderes, aodeclararem sua visão, estão ‘[movidos] peloEspírito Santo’; e no devido tempo essacompreensão se maniestará” (“ChurchLeaders’ Words”, p. 10).

7. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 52.

A Corrida da Vida De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos quando partirmos desta vida? Essas perguntas universais não precisam mais fcar sem respostas.

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que considerava mais precioso.Esses momentos de clareza chegam

na vida de todos, uma hora ou outra,embora nem sempre de modo tãodrástico. Vemos com clareza o querealmente importa na vida e comodeveríamos estar conduzindo nossa

 vida.O Salvador disse:“Não ajunteis tesouros na terra,

onde a traça e a errugem tudo con-somem, e onde os ladrões minam e

roubam;Mas ajuntai tesouros no céu, ondenem a traça nem a errugem conso-mem, e onde os ladrões não minamnem roubam.

Porque onde estiver o vossotesouro, aí estará também o vossocoração”.1

Em nossos momentos de mais pro-unda refexão ou de maior necessi-dade, a alma do homem se volta para

o céu, buscando uma resposta divinapara as maiores perguntas da vida: De onde viemos? Por que estamos aqui?  Para onde iremos quando partirmos desta vida? 

 A resposta a essas perguntas nãose descobre olheando as páginas delivros acadêmicos ou pesquisando.Essas perguntas transcendem a morta-lidade. Elas abrangem a eternidade.

 De onde viemos? Essa é a dúvidainevitável, mesmo que não expressa,

de todo ser humano que tem a cons-ciência de ter existido antes desta vidamortal.

O Apóstolo Paulo disse aos ate-nienses, no Areópago, que somos“geração de Deus”.2 Sabendo quenosso corpo ísico oi gerado pornossos pais mortais, temos de exploraro signicado da declaração de Paulo.O Senhor declarou que “o espíritoe o corpo são a alma do homem”.3 

Portanto, o espírito é que oi geradopor Deus. O autor de Hebreus Ochama de “Pai dos espíritos”.4 O espí-rito de cada homem e de cada mulheé literalmente um lho e uma lha“gerados para Deus”.5

 Vemos que poetas inspirados, aorefetir sobre o assunto, deixarammensagens tocantes e registrarampensamentos transcendentais. William

 Wordsworth escreveu esta verdade:

 Nosso nascimento é apenas um sonoe um esquecimento; A alma que surge conosco,

nossa Estrela da vida,Teve outro lugar para habitar, E veio de longe; Não em total esquecimento Nem em completa nudez, Mas seguindo nuvens de glória, viemo De Deus, que é nosso lar! O céu nos circunda em nossa

inância! 6

Os pais ponderam sua responsa-bilidade de ensinar, inspirar e orien-tar os lhos e ser-lhes um exemplo.Enquanto isso, os lhos, particular-mente os jovens, azem a pungentepergunta: “Por que estamos aqui?”Geralmente, ela é eita em silêncio noundo da alma e é ormulada destamaneira: “Por que eu estou aqui?”

Quão gratos devemos ser porsabermos que um sábio Criador crioua Terra e nos colocou aqui, esqueci-

dos de nossa existência pré-mortal,para que passássemos por um períodde provação, uma oportunidade deprovar-nos, a m de nos qualicarpara tudo o que Deus preparoupara nós.

Está claro que o propósito primor-dial de nossa existência aqui na Terraé obter um corpo de carne e ossos.

 Também nos oi concedida a dádivado arbítrio. De inúmeras maneiras,

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temos o privilégio de escolher por nósmesmos. Estamos aqui para aprenderna árdua escola da experiência. Dis-cernimos o bem do mal. Dierencia-mos o amargo do doce. Descobrimosquais são as consequências associadasa nossas ações.

Pela obediência aos mandamentosde Deus, podemos qualicar-nos paraa “casa” mencionada por Jesus, aodeclarar: “Na casa de meu Pai há mui-tas moradas. (…) Vou preparar-vos

lugar (…) para que onde eu estiverestejais vós também”.7

Embora venhamos à imortalidade“seguindo nuvens de glória”, a vidasegue, inexoravelmente, seu curso.

 A juventude vem após a inância e amaturidade chega quase impercepti-

 velmente. Adquirimos pela experiên-cia a necessidade que temos de buscara assistência dos céus ao seguirmosnosso caminho pela vida.

Deus, nosso Pai, e Jesus Cristo,nosso Senhor, demarcaram o caminho

para a pereição. Eles nos chamampara que escolhamos as verdades eter-nas e nos tornemos pereitos comoEles são pereitos.8

O Apóstolo Paulo comparou a vidaa uma corrida com uma meta clara-mente denida. Exortou os hebreus,dizendo: “Deixemos (…) o pecadoque tão de perto nos rodeia, e corra-mos com paciência a carreira que nosestá proposta”.9

Em nosso zelo, não esqueçamos o

sábio conselho de Eclesiastes: “Não édos ligeiros a carreira, nem dos ortesa batalha”.10 Na verdade, o prêmiopertence à pessoa que persevera atéo m.

 Ao refetir sobre a corrida da vida,lembro-me de outra corrida dos meustempos de criança. Meus amigos eeu esculpíamos a canivete pequenosbarcos de brinquedo com a madeiramacia de um salgueiro. Com uma vela

triangular de pano, lançávamos nossastoscas embarcações em uma corridanas águas relativamente turbulentasdo Rio Provo aqui em Utah. Corría-mos ao longo da margem do rio e

 víamos os barquinhos sendo, às vezes,sacudidos violentamente na rápidacorrenteza, e às vezes, navegandoserenamente quando o rio cava maisproundo.

Numa daquelas corridas, vimos queum barco liderava os demais na dire-

ção da linha de chegada. De repente,a correnteza o arrastou para muitoperto de um grande redemoinho, e obarco adernou e emborcou. Ficou aligirando e girando, sem poder voltarà corrente principal. Por m, oi pararno undo do redemoinho, no meio derestos e destroços, preso pelos tentá-culos ávidos do musgo verde.

Os barquinhos de brinquedo daminha inância não tinham quilha paraestabilizá-los, leme para guiá-los, nemonte de orça. Seu destino inevitável

era rio abaixo: a trilha com menorresistência.

 Ao contrário dos barcos de brin-quedo, omos abençoados com atribu-tos divinos para guiar nossa jornada.Não viemos à mortalidade para futuarao sabor das correntes da vida, mascom a capacidade de pensar, racioci-nar e realizar.

Nosso Pai Celestial não nos lançouem nossa jornada eterna sem prepa-rar meios pelos quais pudéssemos

receber orientação para garantir nossoretorno seguro. Rero-me à oração.Rero-me também ao sussurro da

 voz mansa e delicada; sem esqueceras santas escrituras, que contêm apalavra do Senhor e as palavras dosproetas, dadas a nós para ajudar-nos a cruzar com sucesso a linha dechegada.

Em algum momento de nossa mis-são mortal, surge o passo vacilante, o

sorriso abatido, as dores da doença,sim, o nal do verão, a aproximaçãodo outono, o rio do inverno e a tran-sição que chamamos de morte.

 Toda pessoa ponderada já se eza pergunta tão bem expressa por Jó,no passado: “Morrendo o homem,porventura tornará a viver?”11 Por maque tentemos aastar essa perguntado pensamento, ela sempre volta.

 A morte chega para todos os sereshumanos. Chega para os idosos que

caminham com passos vacilantes. Seuchamado é ouvido por aqueles quemal venceram a metade da jornadada vida. Às vezes, silencia o riso decriancinhas.

E quanto à vida após a morte?Seria a morte o m de tudo? RobertBlatchord, em seu livro God and  My Neighbor [Deus e Meu Próximo],atacou vigorosamente crenças cristãscomo Deus, Cristo, oração e, emespecial, a imortalidade. Ele auda-ciosamente armou que a morte

era o m de nossa existência e que

Salvador, Brasil 

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ninguém era capaz de provar ocontrário. Foi então que algo sur-preendente aconteceu. Sua muralhade ceticismo veio abaixo, deixando-oexposto e indeeso. Aos poucos elecomeçou a sentir seu retorno à é queridicularizara e abandonara. O quecausou tamanha mudança em suaperspectiva? A morte de sua esposa.Com o coração partido ele entrou noaposento onde estava o que restaradela e olhou novamente para a ace

de quem ele tanto amou. Ao sair,disse a um amigo: “É ela, mas aomesmo tempo, não é. Tudo mudou.

 Algo que antes havia ali oi levado.Ela não é a mesma. O que pode tê-ladeixado senão sua alma?”

Mais tarde ele escreveu: “A mortenão é o que alguns imaginam. Éapenas como se alguém tivessepassado para outro aposento. Nesseoutro aposento encontraremos (…)os amados homens e mulheres e asamáveis crianças que amávamos e

perdemos”.12

Irmãos e irmãs, sabemos que amorte não é o m. Essa verdade temsido ensinada por proetas vivos emtodas as épocas. Também se encontranas sagradas escrituras. No Livro deMórmon lemos estas palavras especí-cas e consoladoras:

“Ora, com relação ao estado daalma entre a morte e a ressurreição —eis que me oi dado saber por um anjoque o espírito de todos os homens,

logo que deixa este corpo mortal, sim,o espírito de todos os homens, sejameles bons ou maus, é levado de voltapara aquele Deus que lhes deu vida.

E então acontecerá que o espíritodaqueles que são justos será recebidonum estado de elicidade, que é cha-mado paraíso, um estado de descanso,um estado de paz, onde descansaráde todas as suas afições e de todos osseus cuidados e tristezas”.13

Depois que o Salvador oi cruci-cado e após Seu corpo ter perma-necido no sepulcro por três dias, oespírito voltou a entrar Nele. A pedraoi rolada e o Redentor ressuscitadodali saiu, revestido de um corpo imor-tal de carne e ossos.

 A resposta à pergunta de Jó —“Morrendo o homem, porventuratornará a viver?” — oi dada quandoMaria e outras mulheres se aproxima-ram do sepulcro e viram dois homenscom roupas brilhantes, que lhes

disseram: “Por que buscais o viventeentre os mortos? Não está aqui, masressuscitou”.14

Graças à vitória de Cristo sobre amorte, todos seremos ressuscitados.Essa é a redenção da alma. Pauloescreveu: “E há corpos celestes e cor-pos terrestres, mas uma é a glória doscelestes e outra a dos terrestres”.15

É a glória celestial que buscamos.É na presença de Deus que desejamoshabitar. É de uma amília eterna que

queremos ser membros. Essas bên-çãos são alcançadas por meio de uma vida de esorço, de busca, de arrepen-dimento e de sucesso nal.

 De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde iremos quando partirmos desta vida? Essas perguntasuniversais não precisam mais carsem respostas. Do mais proundode minha alma e com toda a humil-dade, testico que estas coisas de que

alei são verdadeiras.Nosso Pai Celestial Se alegra comaqueles que guardam Seus manda-mentos. Também Se preocupa com olho perdido, o adolescente indolenteo jovem rebelde, o pai ou a mãe delinquente. Na verdade, o Mestre lhes alcom ternura, dizendo a todos: “Vol-tem. Subam. Entrem. Voltem para cas

 Voltem para mim”.Dentro de uma semana celebrare-

mos a Páscoa. Nossos pensamentos s voltarão para a vida do Salvador, para

Sua morte e Sua Ressurreição. ComoSua testemunha especial, testico queEle vive e que aguarda nosso retornotriunante. Que possamos retornar, éminha humilde oração em Seu santonome, sim, Jesus Cristo, nosso Salva-dor e nosso Redentor. Amém. ◼

NOTAS1. Mateus 6:19–21.2. Atos 17:29.3. Doutrina e Convênios 88:15.4. Hebreus 12:9.5. Doutrina e Convênios 76:24.

6. William Wordsworth, “Ode: Intimations of Immortality from Recollections of EarlyChildhood” , 1884, pp.23–24.

7. João 14:2–3.8. Ver Mateus 5:48; 3 Né 12:48.9. Hebreus 12:1.

10. Eclesiastes 9:11.11. Jó 14:14.12. Ver Robert Blatchord, More Things in

 Heaven and Earth: Adventures in Quest ofa Soul , 1925, p. 11.

13. Alma 40:11–12.14. Lucas 24:5–6.15. I Coríntios 15:40.

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Élder L. Tom Perry Do Quórum dos Doze Apóstolos

esse livro especial de escrituras compessoas que não sejam membros daIgreja.

Um tema dominante do Livro deMórmon oi expresso no versículonal do primeiro capítulo de 1 Né.Né escreveu: “E eis, porém, queeu, Né, vos mostrarei que as ternasmisericórdias do Senhor estão sobretodos aqueles que ele escolheu porcausa de sua é, para torná-los ortescom o poder de libertação” (1 Né

1:20).Gostaria de alar sobre como oLivro de Mórmon, que é uma ternamisericórdia do Senhor preservadapara estes últimos dias, liberta-nos,ensinando-nos de modo puro e “maicorreto” a doutrina de Cristo.

Muitas histórias do Livro de Mór-mon alam de libertação. A partidade Leí para o deserto com sua amíliaala de como eles oram salvos dadestruição de Jerusalém. A histó-ria dos jareditas é uma história de

libertação, tal como a história dosmulequitas. Alma, o lho, oi liber-tado do pecado. Os jovens guerreirosde Helamã oram preservados nabatalha. Né e Leí oram libertados dprisão. O tema da libertação é bemevidente em todo o Livro de Mórmon

Há duas histórias do Livro deMórmon que são muito semelhan-tes e ensinam uma importante lição.

 A primeira está no livro de Mosias,começando pelo capítulo dezenove.

Lemos ali a respeito do rei Lími, quemorava na terra de Né. Os lamanitatravaram guerra contra o povo deLími. O desecho da guerra oi que olamanitas permitiram ao rei Lími quegovernasse seu povo, mas eles seriamescravos deles. Foi um período de pamuito tenso (ver Mosias 19–20).

Quando o povo de Lími se artoudos maus-tratos impostos pelos lamanitas, convenceram o rei a guerrear

Tenho um grande amigo que meenvia uma gravata nova para usarna sessão em que vou alar em

cada conerência geral. Ele tem bomgosto, vocês não acham?

Meu jovem amigo tem alguns desa-os diíceis que o limitam em algunsaspectos, mas de outras maneiras, eleé extraordinário. Por exemplo, seu

destemor como missionário se com-para ao dos lhos de Mosias. A sim-plicidade de sua crença az com quesuas convicções sejam incrivelmentermes e sólidas. Creio que na mentedo Scott é inimaginável que alguémnão seja membro de A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias eque nem todos tenham lido o Livrode Mórmon e tenham um testemunhode sua veracidade.

Quero contar-lhes algo que acon-

teceu com o Scott quando ele estavaazendo sozinho seu primeiro voo deavião para visitar o irmão. Um vizinhoque estava sentado perto dele ouviua conversa do Scott com a pessoa aolado dele:

“Olá, meu nome é Scott. Qual é oseu nome?”

 A pessoa a seu lado lhe disse onome.

“O que você az?”

“Sou engenheiro.”“Que bom. Onde você mora?”“Em Las Vegas.”“Temos um templo lá. Sabe onde

ca o templo mórmon?”“Sei. É um belo ediício.”“Você é mórmon?”“Não.”“Ora, devia ser. É uma ótima reli-

gião. Você já leu o Livro de Mórmon?”“Não.”“Bem, devia ler. É um livro

excelente.”Concordo plenamente com o Scott,

o Livro de Mórmon é um livro exce-lente. As palavras do Proeta JosephSmith citadas na página introdutóriado Livro de Mórmon sempre metocaram: “Eu disse aos irmãos que oLivro de Mórmon era o mais corretode todos os livros da Terra e a pedra

undamental de nossa religião; e queseguindo seus preceitos o homemse aproximaria mais de Deus do queseguindo os de qualquer outro livro”.

Este ano, em nossas classes daEscola Dominical, estamos estudandoo Livro de Mórmon. À medida quenos prepararmos e participarmos dasaulas, talvez sejamos motivados aseguir o corajoso exemplo do Scotte compartilhar nosso apreço por

S ES S ÃO DA T ARDE DE DO MIN G O | 1º de abr i l de 2012

O Poder da Libertação Podemos ser libertados dos caminhos do mal e da iniquidade,voltando-nos para os ensinamentos das sagradas escrituras.

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contra eles. Por três vezes o povo deLími oi derrotado. Pesados ardoslhes oram impostos. Por m, eles

se humilharam e clamaram vigoro-samente ao Senhor, pedindo que oslibertasse (ver Mosias 21:1–14). No

 versículo 15 do capítulo 21 lemosa resposta do Senhor: “E o Senhormostrava-se vagaroso em ouvir-lhesas lamentações, por causa de suasiniquidades; não obstante, o Senhorouviu-lhes os lamentos e começou aabrandar o coração dos lamanitas, demodo que principiaram a aliviar-lhes

a carga; contudo o Senhor não julgouoportuno livrá-los do cativeiro”.

Logo em seguida, chegou Amon

com um pequeno grupo de homensde Zaraenla, e com a ajuda deGideão, um dos líderes do povo deLími, elaboraram um plano que oibem-sucedido e ugiram dos maus-tratos impostos pelos lamanitas. OSenhor oi vagaroso em ouvir o cla-mor deles. Por quê? Por causa de suasiniquidades.

 A segunda história é semelhanteem muitos aspectos, mas também

dierente. O relato se encontra emMosias 24. Alma e seu povo tinham-se estabe

lecido na terra de Helã, quando umexército dos lamanitas chegou às ronteiras daquela terra. Eles se reunirame elaboraram uma solução pacíca(ver Mosias 23:25–29). Logo, os líderedos lamanitas começaram a impor su

 vontade sobre o povo de Alma e acolocar pesados ardos sobre eles (veMosias 24:8). No versículo 13, lemos:

“E aconteceu que a voz do Senhorlhes alou em suas afições, dizendo:Levantai a cabeça e tende bom ânimoporque sei do convênio que zestescomigo; e arei um convênio com omeu povo e libertá-lo-ei do cativeiro”

O povo de Alma oi libertado dasmãos dos lamanitas e trilhou em segurança o caminho de volta para juntodo povo de Zaraenla.

Qual era a dierença entre o povode Alma e o povo do rei Lími? Obvia-mente, havia várias dierenças: o povo

de Alma era pacíco e mais justo;eles já tinham sido batizados e eitoum convênio com o Senhor; eles sehumilharam perante o Senhor, mesmantes de suas tribulações começarem

 Todas essas dierenças zeram comque osse adequado e justo que oSenhor os livrasse rapidamente, demaneira milagrosa, da mão dos que omantinham em cativeiro. Essas escri-turas nos ensinam sobre o poder delibertação que o Senhor possui.

 As proecias que predizem a vidae a missão de Jesus Cristo prometem-nos a libertação que Ele proverá. SuaExpiação e Ressurreição proporcio-nam a todos nós um escape da morteísica e, se nos arrependermos, umescape da morte espiritual, trazendoconsigo as bênçãos da vida eterna. Aspromessas da Expiação e da Ressur-reição, as promessas de livramentoda morte ísica e espiritual, oram

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declaradas por Deus a Moisés quandoEle disse: “Pois eis que esta é minhaobra e minha glória: Levar a eeito aimortalidade e vida eterna do homem”(Moisés 1:39).

Em contraste com as crenças linda-mente descritas para nós nas sagradasescrituras, encontramos as orçasde oposição do secularismo que seempenham em questionar as crençasde longa data nos escritos sagrados —escritos esses que nos orientaram ao

longo de muitos séculos na deniçãodos padrões e valores eternos paranossa conduta na vida. Declaram queos ensinamentos da Bíblia são alsos eque os ensinamentos do Mestre estãoultrapassados. Erguem a voz dizendoque todos devem ter a liberdade dedenir seus próprios padrões; pro-curam alterar os direitos daqueles quecreem, contrariando o que é ensinadonas escrituras e nas palavras dosproetas.

Que bênção é ter o relato da

missão de nosso Senhor e Salvador,registrado no Livro de Mórmon, paraacrescentar uma segunda testemunhaà doutrina declarada na Bíblia. Porque é importante que o mundo tenhatanto a Bíblia quanto o Livro de Mór-mon? Creio que a resposta se encon-tra no capítulo treze de 1 Né. Néescreveu: “E alou-me o anjo, dizendo:Estes últimos registros que viste entreos gentios [O Livro de Mórmon] con-rmarão a verdade dos primeiros [a

Bíblia], que são dos doze apóstolos doCordeiro, e divulgarão as coisas clarase preciosas que deles oram suprimi-das; e mostrarão a todas as tribos, lín-guas e povos que o Cordeiro de Deusé o Filho do Pai Eterno e o Salvadordo mundo; e que todos os homensdevem vir a ele, pois do contrário nãopoderão ser salvos” (1 Né 13:40).

Nem a Bíblia nem o Livro de Mór-mon são sucientes por si mesmos e

isoladamente. Ambos são necessáriospara que ensinemos e aprendamos adoutrina plena e completa de Cristo.

 A necessidade do outro não diminuia importância de nenhum dos livros.

 Tanto a Bíblia quanto o Livro deMórmon são necessários para nossasalvação e exaltação. Como o Presi-dente Ezra Tat Benson ensinou de

modo tão vigoroso: “Quando usadosem conjunto, a Bíblia e o Livro deMórmon conundem as doutrinasalsas” (“A New Witness or Christ”, Ensign, novembro de 1984, p. 8).

Quero encerrar citando duashistórias, uma do Velho Testamentoe outra do Livro de Mórmon, paramostrar como os livros uncionamharmoniosamente juntos.

 A história de Abraão começa com

sua libertação dos caldeus idólatras(ver Gênesis 11:27–31; Abraão 2:1–4)Ele e a esposa, Sara, oram posterior-mente libertados de sua tristeza, sen-do-lhes prometido que, por meio desua posteridade, todas as nações da

 Terra seriam abençoadas (ver Gênesis18:18).

O Velho Testamento contém o

relato de quando Abraão levou con-sigo Ló, seu sobrinho, e saiu com eledo Egito. Sendo-lhe oerecido o direitde escolher a terra, Ló escolheu acampina do Jordão e armou sua tendde rente para Sodoma, uma cidadede grande iniquidade (ver Gênesis13:1–12). A maioria dos problemasque Ló enrentaria mais tarde na vida— e houve vários — teve início emsua decisão de posicionar a porta de

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 Todos perdem o rumo em algummomento, em relação a algumascoisas. É por meio dos sussurros doEspírito Santo que podemos ser con-duzidos de volta em segurança para ocaminho certo; e é o sacriício expia-tório do Salvador que pode nos levarde volta para casa.

 Tanto indivíduos quanto socieda-des inteiras podem-se perder. Vivemohoje numa época em que grandeparte do mundo perdeu o rumo, par-ticularmente em relação aos valores eàs prioridades no lar.

Há cem anos, o Presidente Joseph F. Smith vinculou a elicidadediretamente à amília e nos admoestoa concentrar nossos esorços no lar.Ele disse: “Não pode haver elicidadegenuína longe e distante do lar. (…)

Não existe elicidade sem serviço, enão há serviço maior do que aqueleque converte o lar em uma institui-ção divina e que promove e preservaa vida em amília. (…) [O lar é queprecisa ser melhorado]” ( Ensinamen-tos dos Presidentes da Igreja: Joseph F.Smith, 1998, p. 382).

É o nosso lar e a nossa amília queprecisam ser melhorados neste mundcada vez mais materialista e secular.

Élder M. Russell BallardDo Quórum dos Doze Apóstolos

Irmãos e irmãs, de acordo com asescrituras, a Liahona era “uma eseraesmeradamente trabalhada” que

possuía dois ponteiros, um dos quaisindicava o caminho que a amília dopatriarca Leí deveria seguir no deserto(1 Né 16:10).

 Acho que sei por que Leí cou

tão admirado quando a viu pelaprimeira vez, porque lembro minhareação quando vi pela primeira vezum dispositivo GPS. Na minha mente,tratava-se de um dispositivo moderno“esmeradamente trabalhado”. De ummodo que nem consigo imaginar, estepequeno dispositivo, bem aqui nomeu celular, pode localizar exata-mente onde eu me encontro e indicarprecisamente como chegar aondequero ir.

 Tanto para minha mulher, Bar-bara, quanto para mim, o GPS é umabênção. Para a Barbara, isso signicaque ela não precisa me mandar parare pedir orientações; e para mim,signica que posso ter razão ao dizer:“Não preciso perguntar a ninguém. Seiexatamente para onde estou indo”.

Ora, irmãos e irmãs, temos a nossadisposição uma erramenta ainda maisextraordinária do que o melhor GPS.

sua tenda de rente para Sodoma. Abraão, o pai dos éis, teve uma vida dierente. Com certeza, houvemuitas diculdades, mas sua vida oiabençoada. Não sei para que lado se

 voltava a porta da tenda de Abraão,mas há um orte indício no último

 versículo do capítulo treze de Gêne-sis, onde lemos: “E Abrão [ou Abraão]mudou as suas tendas, e oi, e habitounos carvalhais de Manre, que estão

 junto a Hebrom; e edicou ali um altar

ao Senhor” (Gênesis 13:18).Embora eu não saiba a resposta,pessoalmente acredito que a portada tenda de Abraão se voltava para oaltar que ele construiu para o Senhor.Como cheguei a essa conclusão? Éporque conheço a história do Livrode Mórmon sobre as instruções do reiBenjamim para o seu povo quandoeles se reuniram para ouvir seu dis-curso nal. O rei Benjamim os instruiua posicionar a porta de suas tendasde rente para o templo (ver Mosias

2:1–6).Podemos ser libertados dos cami-

nhos do mal e da iniquidade, vol-tando-nos para os ensinamentos dassagradas escrituras. O Salvador é oGrande Libertador, pois Ele nos livrada morte e do pecado (ver Romanos11:26; 2 Né 9:12).

Declaro que Jesus é o Cristo, e quepodemos achegar-nos a Ele lendo oLivro de Mórmon. O Livro de Mórmoné outro testamento de Jesus Cristo. Os

primeiros testamentos de nosso Salva-dor são o Velho e o Novo Testamen-tos, ou seja, a Bíblia.

Novamente, vamos lembrar comoo meu amigo Scott descreveu o Livrode Mórmon: “É um livro excelente”.

 Testico a vocês que grande parteda excelência do Livro de Mórmonadvém da harmonia que ele tem coma Bíblia Sagrada, em nome de JesusCristo. Amém. ◼

Para Encontrar aQue Se Perdeu À medida que vocês e sua amília procurarem viver oevangelho e a doutrina de Cristo, o Espírito Santo vai guiá-los

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98 A L i a h o n a

Um exemplo espantoso é o crescentedescaso em relação ao casamento aquinos Estados Unidos. No começo desteano, o jornal New York Times relatouque “a porcentagem de crianças nasci-das de mulheres solteiras ultrapassouum limiar: mais da metade dos lhosde mulheres norte-americanas commenos de 30 anos nascem ora docasamento” (Jason DeParle e Sabrina

 Tavernise, “Unwanted Mothers Nowa Majority Beore Age 30”, New York 

Times , 18 de evereiro de 2012, A1). Também sabemos que entre aque-les que se casam, nos Estados Unidos,quase metade dos casais se divorciam.

 Até aqueles que permanecem casadosrequentemente perdem o rumo dei-

 xando que outras coisas interram emseu relacionamento amiliar.

Igualmente preocupante é o sem-pre crescente vão que separa ricos depobres e que se interpõe entre aque-les que se esorçam para preservar os

 valores e os compromissos amiliares

e aqueles que desistiram de azê-lo.Estatisticamente, os que têm menosinstrução ormal, e consequentementemenor renda, têm menor probabi-lidade de se casar e de ir à Igreja,sendo bem mais provável que seenvolvam em crimes e tenham lhosora dos laços do matrimônio.E essas tendências também são preo-cupantes em várias outras partes domundo (ver W. Bradord Wilcox et al.,“No Money, No Honey, No Church:

 The Deinstitutionalization o ReligiousLie among the White Working Class”,disponível em www.virginia.edu/marriageproject/pds/Religion

 WorkingPaper.pd). Ao contrário do que muitos pen-

savam, a prosperidade e a instruçãoparecem estar ligadas a uma maiorprobabilidade de se ter uma amíliae valores tradicionais.

 A dúvida real, é claro, está na

causa e no eeito. Será que algunssetores de nossa sociedade têm valo-res e amílias mais ortes porque sãomais instruídos e prósperos, ou seráque eles são mais instruídos e prós-peros porque têm valores e amíliasortes? Nesta Igreja mundial, sabemosque a última armação é a verdadeira.Quando as pessoas assumem com-promissos amiliares e religiosos emrelação aos princípios do evangelho,elas começam a progredir espiritual-mente e, com requência, material-

mente também.E a sociedade, de modo geral, é or-

talecida quando as amílias se tornammais ortes. O comprometimento coma amília e com os valores são a causa básica. Quase tudo o mais é eeito.Quando os casais se casam e assu-mem compromissos um com o outro,sua chance de bem-estar econômicoaumenta muito. Quando os lhos nas-cem dentro dos laços do casamento,tendo tanto uma mãe quanto um pai,

suas oportunidades e probabilidadede ter sucesso prossional crescem vertiginosamente. E quando as amíliastrabalham e brincam juntas, as vizi-nhanças e as comunidades forescem,a economia melhora, e menos “redesde segurança” governamentais dispen-diosas se azem necessárias.

Portanto, a má notícia é que a dis-solução da amília está causando umasérie de males sociais e econômicos.

Mas a boa notícia é que, tal comoqualquer causa e eeito, esses malespodem ser revertidos se houver umamudança naquilo que os está cau-sando. As desigualdades são resolvidapela aplicação prática de princípiose valores corretos. Irmãos e irmãs, acausa mais importante de nossa vidamortal é a nossa amília. Se nos dedi-carmos a essa causa, melhoraremostodos os outros aspectos da nossa vide nos tornaremos, como povo e como

Igreja, um exemplo e um arol paratodas as pessoas da Terra.Mas isso não é ácil num mundo

em que o coração das pessoas se volta para muitas direções e o planetainteiro parece estar constantementese movendo e mudando, numa

 velocidade jamais imaginada. Nadapermanece igual por muito tempo.Os estilos, as tendências, a moda, oconceito do que é politicamente cor-reto e até a noção de certo e erradomudam e variam. Como predisse o

proeta Isaías, o errado é retratadocomo certo, e o certo, como errado(ver Isaías 5:20).

 A divisão espiritual ca ainda maioà medida que o mal se torna cada vezmais enganador e sutil, atraindo parasi as pessoas como um ímã maligno— da mesma orma que o evangelhoda verdade e luz atrai os sinceros decoração e as pessoas honradas da

 Terra que procuram as coisas moral-mente corretas e boas.

Podemos ser relativamente pou-cos em número, mas como membrosdesta Igreja, podemos reduzir esse

 vão que separa as pessoas. Conhece-mos o poder do serviço centralizadoem Cristo que une os lhos de Deus,independentemente de sua condiçãoespiritual ou econômica. Há um ano,a Primeira Presidência nos convidoua participar de um dia de serviço paracomemorar os 75 anos do Programa

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de Bem-Estar, que ajuda as pessoasa se tornarem mais autossucientes.Milhões de horas oram doadas pornossos membros no mundo inteiro.

 A Igreja é um porto seguro nestemar tempestuoso, uma âncora naságuas turbulentas da mudança e dadivisão, e um arol para aqueles que

 valorizam e buscam a retidão. OSenhor usa esta Igreja como erra-menta para atrair Seus lhos, nomundo inteiro, para a proteção de Seu

evangelho.O Espírito de Elias, que não temronteiras, também é um grandepoder nos desígnios do Senhor para odestino eterno de Seus lhos. Citandoas palavras de Malaquias, o EspíritoSanto “[converte] o coração dos paisaos lhos, e o coração dos lhos aseus pais” (Malaquias 4:6).

 A Igreja é um exemplo na conver-são de corações e um catalisador parao bem no mundo. Entre os membrosda Igreja que se casam no templo e

que requentam regularmente as reu-niões dominicais, o índice de divórcioé signicativamente menor do que odo mundo, e as amílias permanecemmais próximas e têm comunicaçãomais requente. A saúde em nossasamílias é melhor, e vivemos váriosanos a mais do que a média da popu-lação. Contribuímos, por pessoa, commais recursos nanceiros e serviço aosnecessitados, e temos maior probabi-lidade de buscar instrução superior.

Saliento essas coisas não para nos vangloriar, mas para testicar que a vida é melhor (e muito mais eliz)quando o coração se volta para aamília e quando as amílias vivem naluz do evangelho de Cristo.

Portanto, o que podemos azer paranão nos perder? Em primeiro lugar,sugiro que estabeleçamos prioridades .Que tudo o que zerem ora do laresteja sujeito ao que acontece no lar

e em harmonia com ele. Lembrem-sedo conselho do Presidente Harold B.Lee de que “o trabalho mais impor-tante (…) será aquele que realizaremosentre as paredes do nosso própriolar” ( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee , 2000, p. 134) e dosempre atual conselho do PresidenteDavid O. McKay de que “nenhumsucesso compensa o racasso no lar”

(citado em J. E. McCulloch, Home: TheSavior o Civilization, 1924, p. 42; Con erence Report, abril de 1935, p. 116).

Organizem sua vida pessoal demodo a reservar tempo para a oraçãoas escrituras e as atividades amiliaresDeem a seus lhos responsabilida-des no lar que os ensinem a traba-lhar. Ensinem a eles que a aplicaçãoprática do evangelho vai aastá-los

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da imundície, da promiscuidade e da violência da Internet, da mídia e dos videogames. Eles não se perderão eestarão preparados para lidar com asresponsabilidades, quando estas lhes

orem impostas.Em segundo lugar, precisamos

azer as coisas na ordem correta! Ocasamento em primeiro lugar e depoisa amília. Grande parte do mundo seesqueceu dessa ordem natural das coi-sas, achando que elas podem mudarou até ser invertidas. Eliminem todosos seus temores, com é. Conem nopoder de Deus para guiá-los.

Para vocês que ainda não secasaram, prestem muita atenção ao

escolherem seu companheiro ousua companheira eterna. Rapazes,lembrem-se de outra coisa que oPresidente Joseph F. Smith disse: “Per-manecer solteiro (…) [é algo] que àmente supercial [aparenta] ser [dese-

 jável] porque [carrega] consigo ummínimo de responsabilidades. A ver-dadeira culpa está nos rapazes. A altade restrições da juventude os aasta dasenda do dever e da responsabilidade.

(…) Suas irmãs são as vítimas (…) elasse casariam se pudessem, e aceitariamcom alegria as responsabilidades da

 vida amiliar” ( Doutrina do Evange-lho, 1975, pp. 255–256). Tradução

atualizada.E para as moças, eu acrescenta-

ria que vocês também não devemperder a visão dessa responsabilidade.Nenhuma carreira pode dar-lhes maiorsentimento de realização do que acriação de uma amília. Quando tive-rem a minha idade, reconhecerão issoainda mais.

Em terceiro lugar, maridos emulheres, vocês devem ser parcei-ros iguais em seu casamento. Leiam

sempre e procurem compreender aproclamação sobre a amília e segui-la. Abstenham-se de todo tipo de injustodomínio. Ninguém é dono do cônjugeou dos lhos. Deus é o Pai de todosnós e deu-nos o privilégio de ter nossaprópria amília, que anteriormenteera apenas Dele, para ajudar-nos atornar-nos semelhantes a Ele. ComoSeus lhos, devemos aprender no lara amar a Deus e a saber que podemos

pedir Sua ajuda quando precisarmos. Todos, casados ou solteiros, podemser elizes e atenciosos, em qualqueramília que tiverem.

E por m, usem os recursos ami-liares da Igreja. Ao criar os lhos, aamília pode contar com a ajuda daala. Apoiem e trabalhem em conjuntocom os líderes do sacerdócio e dasauxiliares e aproveitem as vantagensdos programas voltados para os jovene para as amílias da Igreja. Lembrem

se de outra rase inspirada do Presi-dente Lee: a Igreja é o andaime como qual edicamos uma amília eterna(ver Ensinamentos de Harold B. Lee ,2000, p. 148).

Se por qualquer motivo vocês, ind vidualmente ou como amília, perde-ram o rumo, então somente precisamaplicar os ensinamentos do Salvadorencontrados no capítulo quinze deLucas para corrigir sua rota. Nessecapítulo o Salvador narra o esorçode um pastor para procurar sua ove-

lha desgarrada, o empenho de umamulher que procurava uma moedaperdida e a calorosa recepção do lhpródigo que retorna ao lar. Por que

 Jesus ensinou essas parábolas? Elequeria que soubéssemos que nenhumde nós cará tão perdido a ponto denão poder encontrar o caminho de

 volta por meio de Sua Expiação e deSeus ensinamentos.

 À medida que vocês e sua amíliaprocurarem viver o evangelho e a

doutrina de Cristo, o Espírito Santo vaguiá-los. Vocês têm um GPS espirituaque sempre lhes dirá onde estão epara onde estão indo. Presto testemunho de que o Redentor ressuscitadoda humanidade ama todos nós e deque Ele prometeu que, se O seguir-mos, Ele nos conduzirá em segurançade volta à presença de nosso PaiCelestial. Presto testemunho dissoem nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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Como é que nós, em meio aosdesaos da vida, adquirimos a visãonecessária para azer as coisas quenos levarão para mais perto do Sal-

 vador? Falando de visão, o livro deProvérbios ensina esta verdade: “Nãohavendo proecia, o povo perece”(Provérbios 29:18). Se quisermosprosperar e não perecer, devemos teruma visão de nós mesmos como oSalvador nos vê.

O Salvador viu mais nos pescado-res humildes, que Ele chamou parasegui-Lo, do que eles viam em simesmos. Ele teve uma visão do queeles poderiam se tornar. Conhecia abondade e o potencial deles, e agiude acordo com essa visão ao chamá-los. Eles não tinham experiência, noinício, mas à medida que O seguiam,

 viram Seu exemplo, aprenderam Seusensinamentos e se tornaram Seusdiscípulos. Houve um momento em

que alguns de Seus discípulos dei- xaram de segui-Lo, porque as coisasque ouviram lhes oram diíceis deentender. Sabendo que outros pode-riam também azer o mesmo, Jesusperguntou aos Doze: “Quereis vóstambém retirar-vos?” (João 6:67). Aresposta de Pedro mostrou como eletinha mudado e adquirido a visão dequem era o Salvador. “Senhor, paraquem iremos nós? Tu tens as palavras

Élder O. Vincent Haleck Dos Setenta

Como todos os bons pais, osmeus também desejavam umuturo brilhante para seus lhos.

Meu pai não era membro da Igreja,e devido a circunstâncias incomunsque existiam naquela época, meuspais determinaram que meus irmãos,minhas irmãs e eu deveríamos deixara nossa casa na ilha, na Samoa Ame-ricana, no Pacíco Sul, e viajar paraos Estados Unidos, a m de irmos à

escola. A decisão de se separarem de nós

oi diícil para meus pais, especial-mente para minha mãe. Eles sabiamque haveria desaos imprevisíveis aosermos colocados em um ambientedesconhecido. No entanto, com ée determinação, seguiram em rentecom seu plano.

Por ter sido criada na Igreja, minhamãe estava acostumada com os prin-cípios do jejum e da oração, e meus

pais sentiram que precisavam dasbênçãos do céu para ajudar os lhos.Nesse espírito, começaram a reservarum dia por semana para jejuar e orarpor nós. Sua visão era a de prepararos lhos para um uturo brilhante.

 Agiram de acordo com aquela visão,exercendo é e buscando as bênçãosdo Senhor. Por meio do jejum e daoração, receberam a certeza, o con-solo e a paz de que tudo caria bem.

Ter a Visão de FazerSe quisermos prosperar e não perecer, devemos ter uma visãode nós mesmos como o Salvador nos vê.

da vida eterna?” (João 6:68), respon-deu ele.Com essa visão, aqueles discípulos

éis e dedicados oram capazes deazer coisas diíceis ao viajar para pregar o evangelho e estabelecer a Igrejadepois que o Salvador partiu. Por malguns deles sacricaram a vida porseus testemunhos.

Há outros exemplos, nas escritu-ras, de pessoas que captaram a visãodo evangelho e, em seguida, agiram

de acordo com essa visão. O proeta Alma adquiriu sua visão quando ouvi Abinádi ensinar e testemunhar cora- josamente perante o rei Noé. Almaagiu de acordo com os ensinamentosde Abinádi e começou a ensinar ascoisas que havia aprendido, batizandmuitos que acreditaram em suaspalavras (ver Mosias 17:1–4; 18:1–16)Enquanto perseguia os primeirossantos, o Apóstolo Paulo oi conver-tido na estrada para Damasco e, emseguida, agiu de acordo com essa

 visão ao ensinar e prestar testemunhode Cristo (ver Atos 9:1–6, 20–22, 29).

Em nossos dias, há muitos rapazesmuitas moças e muitos casais idososque atenderam ao chamado de umproeta de Deus para servir missão.Com é e coragem, deixaram suacasa e tudo o que lhes era amiliardevido a sua é no grande bem quepoderiam azer como missionários.

 Ao agir de acordo com sua visão paraservir, abençoam a vida de muitos

e, nesse processo, mudam a própria vida. Na última conerência geral, oPresidente Thomas S. Monson nosagradeceu pelo serviço que presta-mos uns aos outros e nos lembrou danossa responsabilidade de ser as mãode Deus para abençoar Seus lhosaqui na Terra (ver “Até Voltarmos aNos Encontrar”, A Liahona, novembro2011, p. 108). O cumprimento desseencargo oi emocionante, ao vermos

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os membros da Igreja agirem deacordo com essa sua visão. Antes de o Salvador partir, com-

preendendo que precisaríamos deajuda, Ele disse: “Não vos deixareiórãos” (João 14:18). Ele ensinou aSeus discípulos: “Mas aquele Consola-dor, o Espírito Santo, que o Pai enviaráem meu nome, esse vos ensinarátodas as coisas, e vos ará lembrar detudo quanto vos tenho dito” (João14:26). Esse é o mesmo Espírito Santo

que pode capacitar-nos e motivar-nos a azer as coisas que o Salvador enossos proetas e apóstolos modernosensinam.

 Ao colocar em ação os ensinamen-tos de nossos líderes, ganhamos umacompreensão mais prounda da visãoque nosso Salvador tem de nós. Nestaconerência, recebemos conselhosinspirados dos proetas e apóstolos.Estudem seus ensinamentos e ponde-rem-nos em seu coração, buscando oEspírito Santo para ajudá-los a adquirir

uma visão desses ensinamentos emsua vida. Com essa visão, exerçamsua é e ajam de acordo com seusconselhos.

Examinem e estudem as escrituraspara receber mais luz e conhecimentoda mensagem deles para vocês. Pon-derem-nas em seu coração e permi-tam que elas os inspirem. Em seguida,ajam de acordo com sua inspiração.

Como aprendemos em nossaamília, agimos quando jejuamos e

oramos. Alma alou do jejum e daoração como uma maneira de recebera conrmação da verdade, quandodisse: “Eis que jejuei e orei durantemuitos dias, a m de saber estas coisaspor mim mesmo” (Alma 5:46). Nóstambém podemos aprender a lidarcom os desaos da vida por meio do

 jejum e da oração.Passamos por coisas diíceis em

nossa vida e isso, às vezes, diminui

nossa visão e é para azer as coi-sas que devemos azer. Ficamostão ocupados que muitas vezes nossentimos sobrecarregados e incapazesde azer mais nada. Embora cada umseja dierente, sugiro humildementeque concentremos nossa visão noSalvador e em Seus ensinamentos. Oque Ele viu em Pedro, Tiago, João enos outros apóstolos que O levou aagir, convidando-os a segui-Lo? Assim

como o Salvador tinha uma visãodeles, Ele tem uma grandiosa visãodo que podemos nos tornar. Precisa-remos da mesma é e coragem queos primeiros apóstolos tiveram, paraque possamos redirecionar a atençãoàs coisas que mais importam, a m dealcançarmos elicidade duradoura egrande alegria.

Quando estudamos a vida de nossoSalvador e Seus ensinamentos, nós

O vemos em meio às pessoas ensi-nando, orando, inspirando e curandoQuando O imitamos e azemos ascoisas que O vimos azer, começa-mos a ter a visão de quem podemosnos tornar. Seremos abençoados com

 visão por meio da ajuda do EspíritoSanto para azer mais coisas boas.Começarão a ocorrer mudanças,trazendo uma ordem dierente paranossa vida, e isso vai abençoar a nós

a nossa amília. Durante Seu ministérientre os netas, o Salvador perguntou“Que tipo de homens devereis ser?”Ele respondeu: “Devereis ser comoeu sou” (3 Né 27:27). Precisamos deSua ajuda para nos tornarmos comoEle é, e Ele nos mostrou o caminho:“Portanto, pedi e recebereis; batei eser-vos-á aberto; porque aquele quepede, recebe; e ao que bate, ser-lhe-áaberto” (3 Né 27:29).

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Irmãos, uma pequena sugestão: seestiverem um dia em situação seme-

lhante, essa não é a resposta certa.E co eliz em dizer que aquela oi aúnica vez em que cometi esse erro.

Doutrina e Convênios explicaque o direito de usar o sacerdóciono lar ou em qualquer outro lugarestá diretamente ligado à retidão emnossa vida: “Os poderes do céu nãopodem ser controlados nem exercidoa não ser de acordo com os princí-pios da retidão”.1 O versículo pros-segue dizendo que perdemos esse

poder, quando “[exercemos] controleou domínio ou coação sobre a almados [outros] em qualquer grau deiniquidade”.2

Essa escritura diz que precisamosliderar pelos “princípios da retidão”.Esses princípios se aplicam a todosos líderes da Igreja, bem como aopai e à mãe no lar.3 Perdemos nossodireito ao Espírito do Senhor e aqualquer autoridade que recebemos

Élder Larry Y. WilsonDos Setenta

Um mês e pouco depois de noscasarmos, minha mulher e eu

azíamos uma longa viagem decarro. Ela dirigia, e eu tentava relaxar.Digo tentava, porque a estrada pelaqual seguíamos tinha a ama de termuitos radares, e minha mulher tinhana época a leve tendência de pisardemais no acelerador. Eu disse: “Vocêestá indo muito rápido. Reduza a

 velocidade”.“Ora”, pensou ela consigo mesma,

“já dirijo há quase dez anos e nuncaninguém, além de meu instrutor da

autoescola, teve de me dizer comodevo dirigir”. Por isso, ela replicou:“O que lhe dá o direito de me dizercomo devo dirigir?”

Francamente, a pergunta delame pegou de surpresa. No entanto,sentindo que precisava estar à alturade minhas novas responsabilidadescomo homem casado, eu disse: “Nãosei — porque sou seu marido e tenhoo sacerdócio”.

Sei que, à medida que adquirir-mos uma visão de nós mesmos comoo Salvador nos vê, e ao agirmos deacordo com essa visão, nossa vidaserá abençoada de maneira inespe-rada. Graças à visão de meus pais,não só minha vida oi abençoadacom experiências educacionais, masui colocado em circunstâncias queme permitiram encontrar e aceitar oevangelho. E o mais importante é queaprendi a importância de ter pais bons

e éis. Em termos simples, minha vidamudou para sempre. Assim como uma visão levou meus

pais a jejuar e orar pelo bem-estar deseus lhos, e assim como a visão dosprimeiros apóstolos os levou a seguiro Salvador, essa mesma visão está anosso alcance para inspirar-nos e aju-dar-nos a agir. Irmãos e irmãs, somosum povo com uma história de visão,é e coragem para azer. Vejam aondechegamos e as bênçãos que recebe-mos! Creiam que Ele pode abençoar-

nos com visão em nossa vida e comcoragem para agir.

Presto-lhes meu testemunho doSalvador e de Seu desejo de que

 voltemos à presença Dele. Para isso,devemos ter é para agir — parasegui-Lo e para ser como Ele é. Em

 vários momentos de nossa vida, Eleestende a mão e nos convida:

“Tomai sobre vós o meu jugo, eaprendei de mim, que sou manso ehumilde de coração; e encontrareis

descanso para as vossas almas.Porque o meu jugo é suave e omeu ardo é leve” (Mateus 11:29–30).

 Assim como o Salvador viu umgrande potencial em Seus primeirosdiscípulos, Ele também vê o mesmoem nós. Que possamos ver-nos comoo Salvador nos vê. Oro para quetenhamos essa visão, com a é e acoragem de azer, em nome de JesusCristo. Amém. ◼

A Não Ser de Acordocom os Princípios

da RetidãoOs pais sábios preparam os flhos para que eles saibam se virar sem eles. Proporcionam oportunidades de crescimento,à medida que os flhos adquirem maturidade espiritual paraexercer devidamente seu arbítrio.

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de Deus quando exercemos controlesobre outra pessoa de modo injusto.4 Podemos até achar que esses méto-dos são para o bem da pessoa queestá sendo “controlada”. Mas, toda

 vez que tentamos compelir à reti-dão, alguém que pode e deve exercero próprio arbítrio moral, estamosagindo de modo injusto. Quando adeterminação de limites rmes paraalguém or necessária, tais limites

devem sempre ser administradoscom paciência amorosa e de orma aensinar princípios eternos.

Simplesmente não podemos orçaros outros a azerem a coisa certa. Asescrituras deixam claro que essa nãoé a orma de Deus agir. A coação criaressentimento, causa desconançae mágoa, e leva a pessoa a sentir-seincompetente. Perdem-se oportunida-des de ensino quando a pessoa con-troladora presume orgulhosamente

que tem todas as respostas certaspara os outros. As escrituras declaram“que é a natureza e índole de quasetodos os homens” exercer esse domí-nio injusto5, portanto devemos estarcientes de que essa é uma armadilhaem que acilmente podemos cair. Asmulheres também podem exercerinjusto domínio, embora as escriturasidentiquem o problema especial-mente em relação aos homens.

O injusto domínio com requên-cia vem acompanhando de críticasconstantes e da recusa em demonstraraprovação ou amor. Aqueles que sãosubmetidos a esse domínio sentemque jamais conseguirão agradar oslíderes, o pai ou a mãe, e que sem-pre racassarão. Pais sábios devemponderar sobre quando os lhosestão prontos para começar a exercero próprio arbítrio em cada setor da

 vida deles. Mas se os pais retiveremo poder de tomar todas as decisões econsiderarem isso seu “direito”, eleslimitarão severamente o crescimento eo desenvolvimento dos lhos.

Nossos lhos permanecem emnosso lar por um tempo limitado. Seesperarmos até que saiam de casapara entregar-lhes o controle de seuarbítrio moral, teremos esperadodemais. Eles não vão desenvolverde repente a capacidade de tomar

decisões sábias, se jamais tiveram aliberdade de tomar alguma decisãoimportante enquanto estavam emcasa. Esses lhos, em geral, se rebe-lam contra essa coação ou se tornamincapazes de tomar qualquer decisãoprópria.

Os pais sábios preparam os lhospara que eles saibam se virar semeles. Proporcionam oportunidades decrescimento, à medida que os lhos

adquirem maturidade espiritual paraexercer devidamente seu arbítrio. E,sim, isso signica que os lhos, às

 vezes, cometerão erros e aprenderãocom eles.

 Aconteceu algo em nossa amíliaque nos ensinou a ajudar os lhos adesenvolver sua capacidade de azerescolhas. Nossa lha, Mary, se desta-cava num time de utebol que, como

 já devem ter imaginado, chegou à n

do campeonato, que seria disputadano domingo. Em sua adolescência,Mary aprendera por muitos anos queo Dia do Senhor era para descansoe renovação espiritual, e não pararecreação. Mesmo assim, ela sentiu apressão dos treinadores e das colegasdo time para jogar, bem como seudesejo de não decepcionar a equipe.

Perguntou-nos o que devia azer.Minha mulher e eu poderíamos acil-mente ter tomado a decisão por ela.

Contudo, decidimos, após ervorosarefexão, que naquele caso nossa lhaestava pronta para assumir a respon-sabilidade espiritual por sua própriadecisão. Lemos algumas escriturascom ela e incentivamos Mary a orar ea pensar a respeito do assunto.

 Após alguns dias, ela anunciousua decisão. Ela iria disputar o jogono domingo. E agora, o que devía-mos azer? Depois de conversar mais

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um pouco e sentir a conrmação doEspírito, zemos o que havíamosprometido e permitimos que elatomasse sua própria decisão. Depoisdo término do jogo, Mary caminhoulentamente até a mãe, que a espe-rava. “Oh, mãe”, disse ela, “senti-memuito mal . Nunca mais quero mesentir assim de novo. Nunca mais

 vou disputar outro jogo no Dia doSenhor”. E ela nunca mais o ez.

Mary compreendeu o princípio da

observância do Dia do Senhor. Se ativéssemos obrigado a não disputar o jogo, nós a teríamos privado de umapreciosa e vigorosa experiência deaprendizado com o Espírito.

Como podem ver, para ajudarnossos lhos a exercer devidamenteseu arbítrio, é preciso que os ensine-mos a orar e a receber resposta a suasorações. Também precisamos ensiná-los a respeito do valor e do propósitoda obediência, bem como de todosos outros princípios essenciais do

evangelho.6 Ao criar nossa amília, decidimos

que nossa meta mais importante seriaajudar nossos lhos a estabelecersua própria comunicação com o céu.Sabíamos que, no nal, eles precisa-riam conar no Senhor, e não em nós.Brigham Young disse: “[Dentre] todosos deveres exigidos dos (...) homens,(…) escolheria primeiramente e acimade tudo o dever de invocar nossoSenhor e Deus até que pudéssemos

abrir a via de comunicação dos céusà Terra — de Deus a nossa própriaalma”.7

Mary havia recebido resposta asuas orações em outras situaçõesanteriores, e tínhamos certeza de quenossa lha vinha sempre desenvol-

 vendo essa via de comunicação comos céus em sua vida. Assim, ela apren-deu algo positivo com sua experiênciae cou mais bem preparada para azer

escolhas melhores no uturo. Sem umaligação com o Espírito, os lhos e ospais poderiam justicar todo tipo dedecisões erradas em nome do exer-cício de seu arbítrio. A promessa dasescrituras é a de que “aqueles que sãoprudentes e tiverem (…) tomado oSanto Espírito por seu guia (…) [nãoserão] enganados”.8

Outro trágico eeito colateral doinjusto domínio pode ser a perda daconança no amor de Deus. Conheci

pessoas que estiveram sujeitas a líde-res ou pais exigentes e controladores,e vi que elas achavam diícil sentiro real amor do Pai Celestial, que assusteria e as motivaria ao longo docaminho da retidão.

Se quisermos ajudar aqueles queestão sob nossa mordomia a criar aimportantíssima ligação com o céu,precisamos ser o tipo de pais ou líde-res descritos na seção 121 de Doutrinae Convênios. Precisamos agir somente“com persuasão, com longanimidade,

com brandura e mansidão e com

amor não ngido”.9 O PresidenteHenry B. Eyring disse: “De toda aajuda que podemos oerecer [aos]

 jovens, a maior será permitir que sin-tam nossa conança de que eles estãono caminho de volta ao lar, rumo àpresença de Deus, e que podem con-seguir chegar lá”.10

 Ao ponderar os princípios quedevem guiar-nos na Igreja e no lar,gostaria de encerrar com uma ilustra-ção contida na biograa do President

 Thomas S. Monson. Ann Dibb, lhado casal Monson, disse que até hoje,quando ela entra pela porta da renteda casa na qual oi criada, o pai diz:“Oh, vejam quem está aqui. Estamosmuito elizes em recebê-la. Como vocestá bonita!” Ela prosseguiu, dizendo:“Meus pais sempre me elogiam. Nãoimporta a minha aparência ou o queestive azendo. (…) Quando vou visi-tar meus pais, sei que sou amada, souelogiada, e eles me azem sentir quesou bem-vinda, que estou em casa”.11

Irmãos e irmãs, esse é o modo deagir do Senhor. Mesmo que vocêstenham sido maltratados no pas-sado, sei que o Senhor deseja que seacheguem a Ele.12 Todos são amados.Todos são bem-vindos. Em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Doutrina e Convênios 121:36.2. Doutrina e Convênios 121:37; grio

do autor.3. Ver Neal A. Maxwell, “Put O the Natural

Man, and Come O Conqueror”, Tambuli ,

 janeiro de 1991, pp. 13–14.4. Ver Doutrina e Convênios 121:37.5. Doutrina e Convênios 121:39.6. Ver Doutrina e Convênios 68:25–29.7. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Brigham Young , 1997, p. 44.8. Doutrina e Convênios 45:57.9. Doutrina e Convênios 121:41.

10. Henry B. Eyring, “Ajudá-los no Caminhopara Casa”, A Liahona, maio de 2010, p. 2

11. Ver Heidi S. Swinton, To the Rescue: The  Biography of Thomas S. Monson, 2010,p. 372.

12. Ver Mateus 11:28.

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de acordo com nossas proecias, paraque nossos lhos saibam em queonte procurar a remissão de seuspecados”.5

 Trabalhamos diligentemente paraproporcionar essas bênçãos a nossoslhos, requentando a Igreja com eles,realizando a noite amiliar e lendo asescrituras em amília. Oramos diaria-mente com nossa amília, aceitamos

chamados, visitamos os enermos esolitários, e azemos outras coisas quepermitem que nossos lhos saibamque os amamos e que amamos nossoPai Celestial, Seu Filho e Sua Igreja.

Falamos e proetizamos sobreCristo ao dar uma aula na noite ami-liar ou ao sentar com um dos lhospara alar do amor que temos por esselho ou essa lha e sobre nosso teste-munho do evangelho restaurado.

Podemos escrever a respeito de

Cristo enviando cartas aos que estãodistantes. Os missionários no campo,os lhos nas orças armadas e nossosentes queridos são todos abençoa-dos pelas cartas que escrevemos. Ascartas de casa não são apenas rápidose-mails. As cartas reais proporcionamalgo tangível que se pode tocar, pon-derar e entesourar.

 Ajudamos nossos lhos a conarna Expiação do Salvador e conhecer

Élder David F. EvansDos Setenta

Durante esta conerência e emoutras reuniões recentes1, muitosde nós nos perguntamos: o que

posso azer para ajudar a edicar aIgreja do Senhor e ver um real cresci-mento no lugar em que moro?

Neste e em qualquer outro encargoimportante, nosso trabalho principalsempre é o que realizamos dentro denosso próprio lar e na amília.2 É nas

amílias que a Igreja é estabelecida eo real crescimento ocorre.3 Devemosensinar a nossos lhos os princípiose as doutrinas do evangelho. Precisa-mos ajudá-los a ter é em Jesus Cristoe prepará-los para o batismo quandotiverem oito anos de idade.4 Precisa-mos, nós mesmos, ser éis para queeles vejam nosso exemplo de amorao Senhor e a Sua Igreja. Isso ajudanossos lhos a sentir alegria no cum-primento dos mandamentos, na eli-

cidade da amília e na gratidão peloserviço ao próximo. Dentro de nossolar, devemos seguir o padrão dado porNé ao dizer:

“Trabalhamos diligentemente para(…) persuadir nossos lhos (…) aacreditarem em Cristo e a reconcilia-rem-se com Deus.

(…) Falamos de Cristo, regozija-mo-nos em Cristo, pregamos a Cristo,proetizamos de Cristo e escrevemos

Valeu a Pena?O trabalho de compartilhar o evangelho de modo natural e normal com aqueles por quem temos carinho e amor seráa obra e a alegria de nossa vida.

o perdão de um Pai Celestial amorosodemonstrando amor e perdão emnosso próprio papel de pais. Nossoamor e perdão não apenas atrairãonossos lhos para perto de nós, mastambém edicarão sua é na certezade que o Pai Celestial os ama e queEle os perdoará, ao se arrependereme se esorçarem para agir melhor e semelhores. Eles conarão nessa ver-dade por vivenciarem o mesmo comseus pais terrenos.

 Além do trabalho que aremosdentro de nossa própria amília, Néensinou que “trabalhamos diligente-mente para (…) persuadir nossos (…irmãos a acreditarem em Cristo e areconciliarem-se com Deus”.6 Comomembros da Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias, todostemos a bênção e a responsabilidadede compartilhar o evangelho. Algunsdaqueles que precisam do evangelhona vida ainda não são membros daIgreja. Alguns já estiveram conosco

mas precisam sentir novamente a ale-gria que sentiram quando aceitaram oevangelho naquela época da vida. OSenhor ama tanto a pessoa que nuncateve o evangelho quanto a pessoa qu

 volta para Ele.7 Isso não importa paraEle e nem para nós. Tudo é um sótrabalho. É o valor das almas, sejamquais orem suas condições, que égrande para nosso Pai Celestial, paraSeu Filho e para nós.8 A obra de nossPai Celestial e de Seu Filho é a de

“levar a eeito a imortalidade e vidaeterna”9 de todos os Seus lhos, inde-pendentemente de suas circunstânciaatuais. Temos a bênção de ajudarnessa grande obra.

O Presidente Thomas S. Monsonexplicou como podemos ajudar, aodizer: “Nossas experiências missio-nárias precisam ser atuais. Não ésuciente lembrar e ponderar expe-riências passadas. Para sentir-nos

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realizados, temos que continuarcompartilhando o evangelho de modonatural e normal”.10

O trabalho de compartilhar o evan-gelho de modo natural e normal comaqueles por quem temos carinho eamor será a obra e a alegria de nossa

 vida. Quero contar-lhes duas dessasexperiências.

Dave Orchard cresceu em Salt LakeCity, onde a maioria de seus amigosera membro da Igreja. Eles tiveramgrande infuência sobre ele. Alémdisso, os líderes da Igreja em sua

 vizinhança sempre o convidavam paraas atividades. Seus amigos aziam omesmo. Embora não tivesse se liadoà Igreja naquela época, seus anosde ormação oram abençoados pela

infuência de bons amigos SUD e poratividades patrocinadas pela Igreja.Depois de entrar na aculdade, mudoude casa, e a maioria de seus amigospartiu para a missão. Ele sentiu altada infuência deles em sua vida.

Um dos amigos de Dave, do EnsinoMédio, continuava em casa. Esseamigo se reunia toda semana comseu bispo no empenho de colocar sua

 vida em ordem e poder servir como

missionário. Ele e Dave tornaram-secompanheiros de quarto e, como serianatural e normal, conversaram sobreo motivo pelo qual ele não estava ser-

 vindo como missionário e por que sereunia requentemente com o bispo.O amigo expressou sua gratidão e res-

peito pelo bispo e pela oportunidadede arrepender-se e de servir. Pergun-tou então a Dave se ele gostaria deacompanhá-lo na entrevista seguinte.Que convite! Mas no contexto de suaamizade e circunstâncias, oi algonatural e normal.

Dave concordou e, pouco depois,ele mesmo passou a ter entrevistascom o bispo. Isso ez Dave decidiralar com os missionários. Ele adquiriuum testemunho de que o evangelho

era verdadeiro, e oi marcada a datade batismo. Dave oi batizado pelobispo e, um ano depois, Dave Orcharde Katherine Evans se casaram no tem-plo. Tiveram cinco belos lhos. Kathe-rine é minha irmã caçula. Sempre sereigrato àquele bom amigo que, com aajuda de um bom bispo, trouxeram oDave para a Igreja.

Quando Dave alou de sua con- versão e prestou testemunho do que

aconteceu, ele ez esta pergunta:“Então, valeu a pena? Valeu a penatodo o empenho dos amigos e doslíderes dos jovens e do meu bispo, aolongo de todos aqueles anos, só paraque um único rapaz osse batizado?

 Apontando para Katherine e seuscinco lhos, ele disse: “Bem, ao menopara minha mulher e nossos cincolhos, a resposta é sim”.

Sempre que o evangelho é compatilhado, nunca é “apenas um rapaz”.

Sempre que ocorre uma conversãoou alguém volta para o Senhor, é umaamília que se salva. À medida que oslhos de Dave e Katherine cresceramtodos aceitaram o evangelho. Umalha e dois lhos serviram como mis-sionários e outro acabou de receber ochamado para servir na Missão Alpinde Língua Alemã. Os dois mais velhose casaram no templo, e o caçula estáagora no Ensino Médio, el em todosos aspectos. Valeu a pena? Oh, sim,

 valeu.

 A irmã Eileen Waite assistiu àmesma conerência de estaca emque Dave Orchard contou como oiconvertido. Durante a conerência, elasó conseguia pensar na própria amílie, em especial, em sua irmã Michelle,que há muito estava aastada da IgrejaMichelle era divorciada e criava osquatro lhos sozinha. Eileen sentiu-seinspirada a enviar-lhe um exemplar dlivro do Élder M. Russell Ballard, Noss Busca da Felicidade , com seu testemu

nho escrito nele, e oi o que ez. Logona semana seguinte, outra amiga dissea Eileen que também sentira que devientrar em contato com a Michelle.

 Aquela amiga também escreveu umbilhete para Michelle, compartilhandoseu testemunho e expressando seuamor. Não é interessante a requênciacom que o Espírito trabalha com váriapessoas para ajudar aquela que necessita de ajuda?

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O tempo passou. Michelle ligoupara Eileen e agradeceu pelo livro.Disse que estava começando a reco-nhecer o vazio espiritual que havia emsua vida. Eileen lhe disse que sabiaque a paz que ela procurava podia serencontrada no evangelho. Disse que aamava e que queria que ela osse eliz.Michelle começou a azer mudançasem sua vida. Pouco depois, ela conhe-ceu um homem maravilhoso que eraativo na Igreja. Casaram-se e, um ano

depois, oram selados no Templo deOgden Utah. Recentemente, seu lhode 24 anos oi batizado.

 Aos outros parentes de Michellee a todos os outros que ainda nãosabem que esta Igreja é verdadeira,convido-os a considerar, em espíritode oração, se esta Igreja é verdadeira.Deixem que sua amília, seus amigose os missionários os ajudem. Quandosouberem que ela é verdadeira, e elaé, juntem-se a nós dando o mesmopasso em sua vida.

O nal dessa história ainda nãooi escrito, mas muitas bênçãos oramconcedidas àquela mulher maravi-lhosa e sua amília, quando as pessoasque a amam colocaram em práticauma inspiração e, de modo natural enormal, compartilharam seu testemu-nho e a convidaram a voltar.

Pensei muito nessas duas históriasde vida. Um rapaz que se esorçavapara colocar a vida em ordem ajudououtro rapaz que buscava a verdade.

Uma mulher compartilhou seu teste-munho e sua é com a irmã que esti- vera aastada da Igreja por vinte anos.Se orarmos e perguntarmos ao PaiCelestial quem nós podemos ajudare prometermos colocar em prática ainspiração que Ele nos der, azendo-nos saber como podemos ajudar, Eleresponderá a nossas orações e nostornaremos instrumentos em Suasmãos para azer Sua obra.

O catalisador disso é colocar em prá-tica com amor a inspiração dada peloEspírito.11

 Ao ouvir essas experiências emque o evangelho oi compartilhado demodo normal e natural com pessoasqueridas, muitos de vocês sentiramas mesmas coisas que Eileen Waitesentiu. Vocês pensaram em alguém aquem devem ajudar e a quem devemconvidar a voltar para a Igreja ou

compartilhar com essa pessoa seussentimentos sobre o evangelho de

 Jesus Cristo. Meu convite é que colo-quem em prática, sem demora, essainspiração. Conversem com seu amigoou membro da amília. Façam isso demodo natural e normal. Façam comque a pessoa saiba do amor que vocêstêm por ela e pelo Senhor. Os missio-nários podem ajudar. Meu conselhoé o mesmo que o Presidente Monsonlhes deu tantas vezes deste mesmo

púlpito: “Nunca demorem para aten-der a uma inspiração”.12 Ao colocaremem prática a inspiração, azendo-ocom amor, observem como nosso PaiCelestial usa sua disposição para agira m de realizar um milagre em sua

 vida e na vida da pessoa com quem você se importa.13

Meus queridos irmãos e irmãs,podemos edicar Sua Igreja e verum crescimento real se trabalharmos

para proporcionar as bênçãos doevangelho a nossos amiliares e entesqueridos. Esta é a obra de nosso PaiCelestial e Seu Filho. Sei que Eles

 vivem e que respondem a nossas orações. Se colocarmos em prática essainspiração, tendo é em Sua capaci-dade de realizar um milagre, ocorre-rão milagres e vidas serão mudadas.Em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Ver Reunião Mundial de Treinamento

de Liderança, 11 de evereiro de 2012,LDS.org.

2. Ver  Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Harold B. Lee , 2000, p. 119.

3. Ver Boyd K. Packer, “O Poder doSacerdócio no Lar”, Reunião Mundial de

 Treinamento de Liderança, 11 de evereirode 2012, LDS.org.

4. Ver Doutrina e Convênios 68:25–28.5. 2 Né 25:23, 26.6. 2 Né 25:23.7. Ver Lucas 15:4–7.8. Ver Doutrina e Convênios 18:10.9. Moisés 1:39.

10. “Status Report on Missionary Work: A Conversation with Elder Thomas S.

Monson, Chairman o the Missionary Committee o the Council o the Twelve”, Ensign, outubro de 1977, p. 14.

11. Ver Thomas S. Monson, “Ocupar-seZelosamente”, A Liahona, novembro de2004, p. 56; “Ao Resgate”, A Liahona, julhode 2001, p. 57; “A Porta do Amor”, Liahonoutubro de 1996, p. 3.

12. Ver Ann M. Dibb, “My Father Is a Prophet”(devocional da Universidade Brigham

 Young–Idaho, 19 de evereiro de 2008),byui.edu/devotionalsandspeeches;

 Thomas S. Monson, “Permaneçam Firmesno Oício Que Lhes Foi Designado”, A Liahona, maio de 2003, p. 54; “Paz, Não Temais”, A Liahona, novembro de 2002, p53; “O Poder do Sacerdócio”, A Liahona,

 janeiro de 2000, p. 58; “The Spirit GivethLie”, Ensign, maio de 1985, pp. 68–70.

13. Além do Presidente Thomas S. Monson,outros proetas ensinaram o mesmoprincípio. O Presidente Spencer W. Kimbapor exemplo, ensinou a importânciade seguirmos a inspiração dada peloEspírito, ao dizer: “Deus está atento a nóse preocupa-Se conosco. Contudo, é por meio de outras pessoas que Ele costumaatender a nossas necessidades. Portanto, é

 vital que sirvamos uns aos outros no reino( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:Spencer W. Kimball , 2006, p. 92).

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sussurrar a nosso espírito. Esses senti-mentos — essas impressões — são tãonaturais e sutis que podemos deixá-lapassar despercebidas ou atribuí-las àrazão ou intuição. Essas mensagenspersonalizadas testicam a respeito doamor e da preocupação que Deus temindividualmente por Seus lhos e pelamissão mortal de cada um deles. Arefexão diária e o registro das impressões que vêm do Espírito têm o duplopropósito de ajudar-nos (1) a reconhe

cer nossos encontros pessoais como divino e (2) a preservar um relatodeles para nós mesmos e para nossaposteridade. O registro desses senti-mentos também é um reconhecimente uma demonstração ormal de nossagratidão a Deus, porque “em nadaoende o homem a Deus ou contraninguém está acesa sua ira, a não sercontra os que não conessam sua mãoem todas as coisas” (D&C 59:21).

No tocante ao que recebemos peloEspírito, o Senhor disse: “Lembrai-vos

de que aquilo que vem de cima ésagrado” (D&C 63:64). Sua declaraçãoé mais que um lembrete: também éuma denição e uma explicação. Luze conhecimento do céu são sagrados.São sagrados porque o céu é sua ont

Sagrado signica digno de vene-ração e respeito. Ao chamar algo desagrado, o Senhor indica que essealgo tem maior valor e prioridade doque outras coisas. As coisas sagradasdevem ser tratadas com mais cuidado

receber mais deerência e ser apre-ciadas com mais reverência. Sagradosignica elevado na hierarquia dos

 valores celestes. Aquilo que é sagrado para Deus

somente se torna sagrado para nóspelo exercício do arbítrio. Cadapessoa precisa aceitar e considerarsagrado aquilo que Deus deniucomo sagrado. O Senhor envia luz econhecimento do céu e convida-nos

para perseverar até o m depende doato de reconhecermos, lembrarmose considerarmos sagrado aquilo querecebemos do alto.

 Atualmente, a autoridade, as chavese as ordenanças oram restauradas na

 Terra. Há também escrituras e teste-munhas especiais. Aqueles que bus-cam a Deus podem receber o batismopara a remissão de pecados e a conr-

mação “pela imposição de mãos parao batismo de ogo e do Espírito Santo”(D&C 20:41). Com essas preciosasdádivas restauradas, nossos encontroscom o divino, em sua maioria, envol-

 verão o terceiro membro da Trindade,o Espírito Santo.

“O Espírito Santo sussurra,com suave voz,

 E testifca de Jesus que ama todos nós” (“O Espírito Santo”, Músicas para

Crianças , p. 56)

“Santo Espírito de Deus Testifca de Jesus,O caminho vem mostrar,Que nos leva ao céu e à luz” (“Santo Espírito de Deus”, Hinos , nº 80).

 Ao buscarmos respostas de Deus,sentimos a voz mansa e delicada

Élder Paul B. PieperDos Setenta

Aproximadamente 1.500 anosantes de Cristo, um pastor oiatraído para uma sarça ardente

na encosta do monte Horebe. Aqueleencontro com o divino deu início àtransormação de Moisés, de pastor aproeta, e de seu trabalho de pastorearovelhas ao de reunir Israel. Cerca de1.300 anos depois, um jovem sacer-dote privilegiado da corte de um rei oi

cativado pelo testemunho de um pro-eta condenado. Aquele encontro deuinício à evolução de Alma, de servo dorei para servo de Deus. Quase 2.000anos depois, um menino de quatorzeanos entrou num bosque, em busca deresposta para uma dúvida sincera. Oencontro de Joseph Smith no bosquecolocou-o no caminho de seu papelcomo proeta da restauração.

Moisés, Alma e Joseph Smith tive-ram a vida mudada após o encontro

com o divino. Aqueles acontecimentosos ortaleceram para que permane-cessem éis ao Senhor e a Sua obrapor toda a vida, a despeito de umaoposição avassaladora e das diíceisprovações que se seguiram.

Nosso encontro com o divinotalvez não seja tão direto ou drástico,tampouco nossos desaos serão tãoassustadores. Contudo, tal como acon-teceu com os proetas, nossa orça

Considerar Sagrado As coisas sagradas devem ser tratadas com mais cuidado,receber mais deerência e ser apreciadas com mais reverência.

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a receber o que Ele enviou e conside-rá-lo sagrado.

Mas “[há] uma oposição em todasas coisas” (2 Né 2:11). O oposto dosagrado é o proano ou secular: aquiloque é temporal ou mundano. As coi-sas mundanas sempre competem com

as sagradas para atrair nossa atençãoe prioridades. O conhecimento dosecular é essencial para nossa vidatemporal diária. O Senhor nos instrui abuscar conhecimento e sabedoria nosmelhores livros, a estudar, aprender ea conhecer idiomas, línguas e povos(ver D&C 88:118; 90:15). Portanto, adecisão de colocar o sagrado acimado secular é uma questão de priori-dade relativa e não de exclusividade.“É bom ser instruído, quando se dá

ouvidos aos conselhos de Deus”(2 Né 9:29; grio do autor). A batalha pela prioridade entre

o sagrado e o secular no coraçãodo homem pode ser ilustrada peloque aconteceu com Moisés na sarçaardente. Ali, Moisés recebeu seuchamado sagrado de Jeová para quelibertasse os lhos de Israel do cati-

 veiro. Contudo, a princípio, seu conhe-cimento secular do poder do Egito e

do araó ez com que duvidasse. Porm, Moisés exerceu é na palavra doSenhor, sobrepujando seu conheci-mento secular e conando no sagrado.Essa conança lhe deu poder parasobrepujar as provações temporais econduzir Israel para ora do Egito.

Depois de escapar dos exércitos deNoé e, em seguida, ser submetido àescravidão sob as mãos de Amulom,

 Alma poderia ter duvidado do teste-munho que recebeu ao ouvir Abinádi.Contudo, ele conou no sagrado erecebeu orças para perseverar e esca-par de suas tribulações temporais.

 Joseph Smith enrentou um dilemasemelhante nos primeiros dias da tra-dução do Livro de Mórmon. Ele sabiada natureza sagrada das placas

e do trabalho de tradução. Masmesmo assim, oi persuadido por Mar-tin Harris a dar prioridade às questõestemporais da amizade e das nançase contrariar as instruções sagradas.Consequentemente, o manuscritoda tradução se perdeu. O Senhorrepreendeu Joseph por entregar“aquilo que era sagrado à iniquidade”(D&C 10:9) e tirou dele, por algumtempo, as placas e o dom de traduzir.

Quando as prioridades de Josephoram devidamente restabelecidas, ascoisas sagradas oram-lhe devolvidase o trabalho prosseguiu.

O Livro de Mórmon dá outrosexemplos da batalha de dar prioridadao sagrado. Ele ala sobre os éis cuja

é os conduziu à árvore da vida parapartilhar de seu ruto sagrado, o amode Deus. Depois, a zombaria dos queestavam no grande e espaçoso ediíciez com que os éis mudassem seuoco do sagrado para o secular (ver1 Né 8:11, 24–28). Mais tarde, os netas escolheram o orgulho e negaram espírito de proecia e revelação, “zombando de tudo quanto era sagrado”(Helamã 4:12). Até alguns que haviamtestemunhado pessoalmente os sinais

e milagres associados ao nascimentodo Senhor rejeitaram as maniestaçõesagradas do céu em avor de explica-ções seculares (ver 3 Né 2:1–3).

Hoje a batalha continua. As vozesseculares crescem em volume eintensidade. Elas instam cada vezmais os éis a abandonar crençasque o mundo considera irracionais.Como “agora vemos por espelho emenigma” (I Coríntios 13:12) e “não

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reprovador a alguns a Seu redor, cha-mando-os de hipócritas,4 insensatos5 e praticantes da iniquidade.6 A outrosEle chamou com aprovação de lhosdo reino7 e luz do mundo.8 Com desaprovação, chamou alguns de cegos9 einrutíeros;10 elogiou outros, chamando-os de limpos de coração11 e ávido

por retidão.12 Lamentou que algunsossem incrédulos13 e do mundo,14 mas a outros considerou escolhidos,1

discípulos,16 amigos.17 Portanto, cadaum de nós deve perguntar: “O queCristo pensa de mim?”

O Presidente Thomas S. Monsondisse que nossos dias estão se aas-tando “das coisas espirituais (…) [comos ventos da mudança [soprando]a nosso redor e a bra moral dasociedade [continuando] a se desinte-

grar diante de nossos olhos”.18

É umaépoca de crescente descrença emCristo e desprezo em relação a Ele eSeus ensinamentos.

Nesse ambiente turbulento, regozi jamo-nos por ser discípulos de JesusCristo. Vemos a mão do Senhor emtoda a nossa volta. Nosso destino estálindamente traçado diante de nós.

 Jesus orou, dizendo: “E a vida eternaé esta: que te conheçam, a ti só, por

Élder Neil L. AndersenDo Quórum dos Doze Apóstolos

Um repórter de uma importanterevista do Brasil pesquisoua Igreja a m de preparar a

publicação de um artigo de destaque.1 Ele analisou nossa doutrina e visitouo Centro de Treinamento Missionárioe o centro de auxílio humanitário.Conversou com amigos da Igreja e

com outros que não eram tão avo-ráveis a ela. Na entrevista que ezcomigo, o repórter parecia sincera-mente intrigado, ao perguntar: “Comoé que alguém pode não considerá-loscristãos?” Eu sabia que ele estava sereerindo à Igreja, mas minha menteormulou a pergunta de modo maispessoal, e me questionei: “Será queminha vida refete o amor e a devoçãoque sinto pelo Salvador?”

 Jesus perguntou aos ariseus: “Que

pensais vós do Cristo?”2

Na avaliaçãonal, nosso discipulado pessoal nãoserá julgado por amigos nem inimi-gos. Em vez disso, como Paulo disse:“Todos havemos de comparecer anteo tribunal de Cristo”.3 Naquele dia, apergunta importante para cada umde nós será: “O que Cristo pensa demim?”

Mesmo com Seu amor por toda ahumanidade, Jesus reeriu-Se de modo

[conhecemos] o signicado de todasas coisas” (1 Né 11:17), às vezes nossentimos vulneráveis, tendo necessi-dade de maior certeza espiritual. OSenhor lembrou o seguinte a OliverCowdery:

“Se desejas mais um testemunho, volve tua mente para a noite em queclamaste a mim em teu coração a mde saberes a respeito da veracidadedestas coisas.

Não dei paz a tua mente quanto ao

assunto? Que maior testemunho podester que o de Deus?” (D&C 6:22–23).O Senhor lembrou a Oliver e a nós

que devemos conar no testemunhosagrado que já recebemos quandonossa é é desaada. Tal como aconte-ceu com Moisés, Alma e Joseph, essesencontros divinos servem de âncoraespiritual para manter-nos segurose no rumo certo nos momentos deprovação.

Não se pode capitular seleti- vamente o sagrado. Aqueles que

decidem abandonar as coisas sagradascarão com a mente obscurecida (verD&C 84:54) e, a menos que se arre-pendam, a luz que possuíam lhes serátirada (ver D&C 1:33). Sem o alicercedo sagrado, eles carão moralmenteà deriva no mar do secular. Por outrolado, aqueles que consideram santasas coisas sagradas recebem promes-sas: “Aquilo que é de Deus é luz; eaquele que recebe luz e persevera emDeus recebe mais luz; e essa luz se

torna mais e mais brilhante, até o diapereito” (D&C 50:24).Que o Senhor nos abençoe para

que sempre — e para sempre — reco-nheçamos, lembremos e considere-mos sagrado aquilo que recebemosdo alto. Testico-lhes que, se assimzermos, teremos poder para suportaras provações e vencer os desaos denossos dias. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

O Que CristoPensa de Mim?Se O amarem, confarem Nele, acreditarem Nele e O seguiremvocês sentirão Seu amor e Sua aprovação.

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único Deus verdadeiro, e a JesusCristo, a quem enviaste”.19 Ser umdiscípulo nestes dias decisivos seráum distintivo de honra por todas aseternidades.

 As mensagens que ouvimos nestaconerência são marcos sinalizadoresdo Senhor em nossa jornada do dis-cipulado. Ao ouvirmos os discursos,nestes últimos dois dias, e enquantoorávamos por orientação espiritual,e ao estudarmos e orarmos a respeito

das mensagens nos dias que virão, oSenhor vai abençoar-nos com umaorientação personalizada por meio dodom do Espírito Santo. Esses senti-mentos nos dirigem cada vez mais aDeus, levando-nos a arrepender-nos,obedecer, crer e conar. O Salvadorresponde a nossos atos de é. “Sealguém me ama, guardará a minhapalavra, e meu Pai o amará, e viremospara ele, e aremos nele morada.”20

O convite de Jesus “vem, esegue-me”21 não é apenas para os que

estão preparados para competir emuma olimpíada espiritual. Na verdade,o discipulado não é de orma alguma

uma competição, mas um convite paratodos. Nossa jornada do discipuladonão é uma corrida rápida na pista,nem se compara a uma longa mara-tona. Na verdade, é uma migraçãoao longo de toda uma vida para ummundo mais celestial.

Seu convite é uma conclamação aum dever diário. Jesus disse: “Se meamais, guardai os meus mandamen-tos”.22 “Se alguém quer vir após mim,negue-se a si mesmo, e tome cada dia

a sua cruz, e siga-me.”

23

Talvez nãoestejamos em nossa melhor ormatodos os dias, mas se estivermos nosempenhando, o convite de Jesus estárepleto de incentivo e esperança:“Vinde a mim, todos os que estais can-sados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.24

Onde quer que estejam na estradado discipulado, estão no caminhocerto: o caminho que conduz à vidaeterna. Juntos podemos erguer eortalecer uns aos outros nos grandese importantes dias que estão para vir.

Sejam quais orem as diculdades queenrentarmos, as raquezas que nosrestringirem ou as impossibilidades

que nos rodearem, tenhamos é noFilho de Deus, que declarou: “Tudoé possível ao que crê”.25

Quero compartilhar dois exemplosde discipulado em ação. O primeiroé da vida do Presidente Thomas S.Monson, demonstrando o poder dasimples bondade e do ensinamento d

 Jesus: “O maior dentre vós será vossoservo”.26

Há quase vinte anos, o PresidenteMonson alou em uma conerência

geral sobre uma menina de doze anoque estava com câncer. Contou a res-peito da coragem dela e da bondadede seus amigos que a carregaramaté o alto do Monte Timpanogos, naregião central de Utah.

Há poucos anos, conheci Jami Pal-mer Brinton e ouvi a história de umaperspectiva dierente — a perspectivado que o Presidente Monson tinhaeito por ela.

 Jami conheceu o PresidenteMonson em 1993, um dia depois de

saber que um inchaço que surgira emseu joelho direito era um câncer ósseode rápido crescimento. Com a ajudado pai dela, o Presidente Monsondeu-lhe uma bênção do sacerdócio,prometendo: “Jesus estará a sua direite a sua esquerda para erguê-la”.

“Ao deixar a sala dele naqueledia”, contou Jami, “desatei um balãoque estava amarrado a minha cadeirade rodas e o dei para ele. ‘Você É oMáximo’, estava escrito nele em letras

brilhantes”.Durante seu tratamento de quimio-terapia e a cirurgia para salvar-lhe aperna, o Presidente Monson não seesqueceu dela. Jami disse: “O Presi-dente Monson oi um exemplo do quesignica ser um verdadeiro discípulode Cristo. [Ele] me ergueu da tristezapara uma grande e duradoura espe-rança”. Três anos após seu primeiroencontro, Jami oi novamente à sala

 Angie, Gancci, e Gansly Saintelus 

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do Presidente Monson. No nal dareunião, ele ez algo que Jami jamais

esqueceria. Da maneira prestativa quelhe é característica, o Presidente Mon-son a surpreendeu com o mesmo balãoque ela lhe dera três anos antes. “VocêÉ o Máximo!” proclamava o balão. Eleo guardara, sabendo que ela voltaria asua sala quando casse curada do cân-cer. Quatorze anos depois de conhecer

 Jami, o Presidente Monson realizou ocasamento dela com Jason Brinton, no

 Templo de Salt Lake.27

Podemos aprender muito com odiscipulado do Presidente Monson.

Com requência, ele lembra as Auto-ridades Gerais a ter esta simples per-gunta em mente: “O que Jesus aria?”

 Jesus disse ao líder da sinagoga:“Não temas, crê somente”.28 O disci-pulado é acreditar Nele nos momen-tos de paz e nos momentos diíceis,quando nossa dor e temor somentesão amenizados pela convicção deque Ele nos ama e cumpre Suaspromessas.

Recentemente, conheci uma amílique é um belo exemplo de comocremos Nele. Olgan e Soline Saintelusde Porto Príncipe, Haiti, contaram-mesua história.

Em 12 de janeiro de 2010, Olganestava no trabalho e Soline estava naIgreja, quando ocorreu um terremotodevastador no Haiti. Seus três lhos,Gancci, de cinco anos, Angie, de trêsanos, e Gansly, de um ano, estavamem seu apartamento com uma amiga

 A devastação oi terrível em todaparte. Como se lembram, dezenas demilhares perderam a vida naquelemês de janeiro, no Haiti. Olgan eSoline correram o mais rápido quepuderam para seu apartamento a mde procurar os lhos. O prédio detrês andares onde a amília Saintelusmorava tinha desmoronado.

 As crianças não puderam escapar.Nenhum trabalho de resgate seriaeetuado em um ediício tão completamente destruído.

 Tanto Olgan quanto Soline Sainte-lus tinham servido missão de tempointegral e tinham-se selado no temploEles acreditavam no Salvador e emSuas promessas para eles. Aindaassim, caram arrasados. Choraramincontrolavelmente.

Olgan me disse que em sua horamais tenebrosa, ele começou a orar:“Pai Celestial, se or de Tua vontadee se houver apenas um de meuslhos vivo, por avor, ajuda-nos”.

Caminhou diversas vezes ao redor dediício, orando por inspiração. Os vizinhos tentaram consolá-lo e aju-dá-lo a aceitar a perda de seus lhosOlgan continuou a caminhar em voltdas ruínas do prédio desabado, tendesperança e orando. Então, algoextremamente milagroso aconteceu.Olgan ouviu o quase inaudível chorode um bebê. Era o choro de seubebê.

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Por horas, os vizinhos cavaramreneticamente os escombros, arris-cando a própria vida. Na escuridão danoite, em meio aos estridentes ruídosde martelos e picaretas, a equipe deresgate ouviu outro som. Pararam debater e escutaram. Mal conseguiamacreditar no que ouviam. Era o somde um menino — e ele estava can-tando. Gancci, de cinco anos, contoumais tarde que sabia que o pai o

ouviria se ele cantasse. Sob o peso doconcreto esmagador que mais tarderesultaria na amputação de seu braço,Gancci estava cantando seu hino avo-rito: “Sou um Filho de Deus”.29

 À medida que as horas passavam,em meio à escuridão, a morte e odesespero de tantos outros lhos elhas preciosos de Deus no Haiti,a amília Saintelus presenciou ummilagre. Gancci, Angie e Gansly oramencontrados vivos sob o ediício em

ruínas.30

Os milagres nem sempre são tãoimediatos. Às vezes nos perguntamospor que o milagre pelo qual oramostão ervorosamente não aconteceaqui e agora. Mas, se conarmos noSalvador, os milagres prometidos vãoacontecer. Seja nesta vida ou na pró-

 xima, tudo será acertado. O Salvadordeclarou: “Não se turbe o vosso cora-ção, nem se atemorize”.31 “No mundo

tereis afições, mas tende bom ânimo,eu venci o mundo.”32

 Testico que se O amarem, con-arem Nele, acreditarem Nele e Oseguirem, vocês sentirão Seu amor eSua aprovação. Ao perguntarem: “Oque Cristo pensa de mim?” saberãoque são Seus discípulos. Vocês sãoSeus amigos. Por Sua graça, Ele arápor vocês o que não podem azer porsi mesmos.

 Aguardamos ansiosamente oscomentários nais de nosso amadoproeta. O Presidente Thomas S.Monson oi ordenado apóstolo doSenhor Jesus Cristo quando eu tinhadoze anos de idade. Por mais de 48anos, tivemos a bênção de ouvi-loprestar testemunho de Jesus Cristo.

 Testico que ele hoje é o apóstolosênior do Salvador na Terra.

Com grande amor e admiraçãopelos muitos discípulos de Jesus

Cristo, que não são membros destaIgreja, declaro humildemente queos anjos retornaram à Terra emnossos dias. A Igreja de Jesus Cristocomo Ele a estabeleceu no passadooi restaurada, com o poder, as orde-nanças e as bênçãos do céu. O Livrode Mórmon é outro testamento de

 Jesus Cristo. Testico que Jesus Cristo é o Sal-

 vador do mundo. Ele soreu e morreu

por nossos pecados e ressuscitou noterceiro dia. Ele ressuscitou. Em umdia uturo, todo joelho se dobraráe toda língua conessará que Ele éo Cristo.33 Naquele dia, nossa preo-cupação não há de ser: “Será queos outros me consideram cristão?”Naquele momento, nossos olhosestarão tos Nele e nossa alma estaráxa na pergunta: “O que Cristo pensde mim?” Ele vive. Presto testemu-nho disso em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼NOTAS1. Ver André Petry, “Entre a Fé e a Urna”,

Veja, 2 de novembro de 2011, p. 96.2. Mateus 22:42.3. Romanos 14:10.4. Ver Mateus 6:2.5. Ver Mateus 23:17.6. Ver Mateus 7:23.7. Ver Mateus 13:38.8. Ver Mateus 5:14.9. Ver Mateus 15:14.

10. Ver Mateus 13:22.11. Ver Mateus 5:8.12. Ver Mateus 5:6.

13. Ver Mateus 17:17.14. Ver João 8:23.15. Ver João 6:70.16. Ver João 13:35.17. Ver João 15:13.18. Thomas S. Monson, “Permanecer em

Lugares Santos”, A Liahona, novembro de2011, p. 82.

19. João 17:3.20. João 14:23.21. Lucas 18:22.22. João 14:15.23. Lucas 9:23.24. Mateus 11:28.25. Marcos 9:23.26. Mateus 23:11.27. Jami Brinton, carta para o autor, 27 de

 janeiro de 2012.28. Marcos 5:36.29. “Sou um Filho de Deus”, Músicas para

Crianças , pp. 2–3.30. Extraído de uma conversa com Olgan

e Soline Saintelus, em 10 de evereirode 2012; ver também Jennier Samuels,“Family Reunited in Miami ater Trauma inHaiti” [Família Reunida em Miami Após aCatástroe no Haiti] , Church News , 30 de

 janeiro de 2010, p. 6.31. João 14:27.32. João 16:33.33. Ver Romanos 14:11.

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causa do Mestre. Foram chamadospor inspiração do alto. Tivemos uma cobertura sem pre-

cedentes nesta conerência, que seestendeu por continentes e oceanospara pessoas do mundo inteiro.Embora estejamos bem distantes demuitos de vocês, sentimos seu espí-rito e sua dedicação, e lhes enviamonosso amor e gratidão, onde querque estejam.

Quão abençoados somos, meus

irmãos e irmãs, por ter o evangelhorestaurado de Jesus Cristo em nossa vida e em nosso coração. Ele nosproporciona respostas para as gran-des dúvidas da vida. Dá signicado,propósito e esperança a nossa vida.

 Vivemos em tempos conturbados Asseguro-lhes que nosso Pai Celestiaestá ciente dos desaos que enren-tamos. Ele ama cada um de nós edeseja abençoar-nos e ajudar-nos.Roguemos a Ele em oração, comonos admoestou, dizendo: “Ora sem-

pre e derramarei meu Espírito sobre

e será sentida por muitas geraçõesainda por vir.

 Também apoiamos, com a mãoerguida, os irmãos e as irmãs queoram chamados a um novo cargonesta conerência. Damos-lhes asboas-vindas e queremos que saibam

que ansiamos em servir com eles na

Presidente Thomas S. Monson

Sinto o coração pleno ao che-garmos ao nal desta gloriosaconerência. Fomos ricamente

abençoados ao ouvir o conselho eos testemunhos daqueles que nosalaram. Acho que concordam comigoque sentimos o Espírito do Senhor, e

que nosso coração oi tocado e nossotestemunho oi ortalecido.

Novamente desrutamos a belamúsica que aprimorou e enriqueceucada sessão da conerência. Expressominha gratidão a todos os que com-partilharam conosco seus talentos.

Meus sinceros agradecimentosa cada um dos oradores e aos quezeram as orações em cada uma dassessões.

Há inúmeras pessoas que exercem

unções de apoio ou que desempe-nham cargos menos visíveis a cadaconerência. Não nos seria possívelrealizar estas sessões sem a ajudadelas. Agradeço a todas elas também.

Sei que me acompanharão aoexpressar prounda gratidão aosirmãos e às irmãs que oram deso-brigados nesta conerência. Teremossaudades deles. Sua contribuiçãopara a obra do Senhor oi imensa

Ao EncerrarmosEsta Conerência Peço que ponderem as verdades que ouviram, e que elas os ajudem a tornarem-se ainda melhores do que eram quandoa conerência começou.

Universidade Brigham Young–Idaho 

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ti e grande será tua bênção—sim, atémaior do que se obtivesses tesourosda Terra e corruptibilidade na mesma

medida”.1Meus amados irmãos e irmãs, que

nosso lar seja pleno de amor e bon-dade e do Espírito do Senhor. Amemsua amília. Se houver discórdias oucontendas entre vocês, peço que asresolvam — agora. O Salvador disse:

“Não haverá disputas entre vós. (…)

Pois em verdade, em verdade vosdigo que aquele que tem o espíritode discórdia não é meu, mas é do

diabo, que é o pai da discórdia e levaa cólera ao coração dos homens, paracontenderem uns com os outros.

[Mas] eis que esta não é minhadoutrina, (…); esta, porém, é minhadoutrina: que estas coisas devemcessar”.2

Como seu humilde servo, reiteroas palavras do rei Benjamim em seudiscurso a seu povo, quando ele disse:

“Não ordenei que (…) pensásseis

que eu, por mim mesmo, seja maisque um homem mortal.

Mas sou como vós mesmos, sujeito

a toda sorte de enermidades docorpo e da mente; contudo ui esco-lhido (…) [pela] mão do Senhor (…)

e ui guardado e preservado por seuincomparável poder para servir-voscom todo o poder, mente e orça que

o Senhor me concedeu”.3Meus amados irmãos e irmãs,

desejo de todo o coração azer a von-tade de Deus e servir a Ele e a vocês.

 Ao deixarmos esta conerência,invoco as bênçãos do céu sobre cadaum de vocês. Que vocês que estãolonge de casa retornem para lá emsegurança. Peço que ponderem as

 verdades que ouviram, e que elas osajudem a tornarem-se ainda melhoresdo que eram quando a conerência

começou, há dois dias. Até que voltemos a nos reunir,daqui a seis meses, rogo que as bên-çãos do Senhor estejam sobre vocêse, de ato, sobre todos nós, e aço issoem Seu santo nome, sim, Jesus Cristonosso Senhor e Salvador. Amém. ◼

NOTAS1. Doutrina e Convênios 19:38.2. 3 Né 11:28–30; grio do autor.3. Mosias 2:10–11.

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 Ann M. DibbSegunda Conselheira na Presidência Geral das Moças

deve ter seu próprio exemplar. Emmeu livreto pessoal, escrevi e desta-quei as palavras para você , na capa,como me ensinou uma amiga que respeito muito. Isso me az lembrar queesses padrões não são apenas diretri-zes gerais: eles são especicamente para mim. Espero que se disponhama escrever essas palavras em seu pró-prio livreto, a lê-lo de capa a capa, e sentir o Espírito testicar-lhes que ospadrões são para vocês também.

Pode haver quem que tentado anegligenciar ou desprezar os padrõesdo livreto Para o Vigor da Juven-tude . Pode ser que olhem para ele edigam: “Viu, mãe, o livreto não alanada sobre [complete com o assuntoem questão]”. Ou talvez se justiquemdizendo: “O que estou azendo não étão ruim assim. Sem dúvida não soutão ruim quanto a [insira o nome de uma amiga ou conhecida]”.

O Presidente Harold B. Lee ensi-nou: “O mais importante de todos os

mandamentos de Deus é aquele quetemos a maior diculdade para cum-prir hoje”.6 O rei Benjamim explicou:“Não vos posso dizer todas as coisaspelas quais podeis cometer pecado;porque há vários modos e meios, tantos que não os posso enumerar”.7 Seestiverem tendo diculdade em cum-prir esses padrões e mandamentos,incentivo vocês a procurar apoio noevangelho. Leiam as escrituras. Passemalgum tempo consultando o site oci

da Igreja, LDS.org, para encontrarrespostas a suas perguntas. Conver-sem com seus pais, com seus líderesda Igreja e com pessoas que brilhamresplendentemente ao viver o evan-gelho. Orem. Abram o coração para oPai Celestial, que ama vocês. Usem odom do arrependimento diariamenteSirvam ao próximo. E o mais impor-tante, ouçam e sigam os sussurros doEspírito Santo.

Para mim, é um privilégio compar-tilhar esta noite com vocês. Toda

 vez que chega janeiro, esperoansiosamente o anúncio do novo temada Mutual. Contudo, sempre aproveitoa ocasião para avaliar se aprende-mos bem as lições do tema do anoanterior .

 Vamos recapitular brevemente os

temas recentes: “Que a virtude adorneteus pensamentos incessantemente”,1 “Sede rmes e inamovíveis, sobejandosempre em boas obras”,2 “Sê o exem-plo dos éis”,3 “Esorça-te e Tem Bom

 Ânimo”,4 e a décima terceira regra deé: “Cremos em ser honestos, verdadei-ros, castos, benevolentes, virtuosos eem azer o bem a todos os homens”.5

O estudo e enoque dessas escri-turas, por um ano inteiro, permitiramque elas zessem parte de nosso

coração, de nossa alma e de nossotestemunho. Esperamos que vocêscontinuem a seguir a orientação delas,ao voltarmos a atenção para o tema daMutual de 2012, que se encontra emDoutrina e Convênios.

O cabeçalho da seção 115 explicaque o ano era 1838, e o local era Far

 West, Missouri. Joseph Smith estava“inormando a vontade do Senhorconcernente ao desenvolvimento

do lugar e à construção da casa doSenhor”. O proeta sentia-se otimistae animado. No versículo 5, ondeencontramos o tema deste ano, oSenhor disse: “Em verdade eu digo a

 vós todos: Erguei-vos e brilhai, paraque vossa luz seja um estandarte paraas nações”.

O que lhes vem à mente, quando

ouvem a exortação erguei-vos ?Pessoalmente, eu penso em vocês,a nobre estirpe da Igreja. Visualizo

 vocês erguendo-se diligentemente dacama todas as manhãs para o semi-nário matutino. Vejo vocês erguen-do-se elmente, depois de terminarsuas orações diárias. Penso em vocêserguendo-se corajosamente paraprestar testemunho e deender seuspadrões. Sinto-me inspirada por seucomprometimento de viver o evange-

lho e por seu bom exemplo. Muitas de vocês já aceitaram esse convite parase erguer e brilhar, e sua luz incentivaoutras pessoas a azerem o mesmo.

Um dos melhores meios de noserguer e brilhar é obedecer comconança aos mandamentos de Deus.

 Aprendemos esses mandamentos nasescrituras, com os proetas modernose nas páginas do livreto Para o Vigor da Juventude . Cada uma de vocês

REUN IÃO G ERAL DAS MO ÇAS | 24 de março de 2012

Erguei-vos e BrilhaiUm dos melhores meios de nos erguer e brilhar é obedecer com confança aos mandamentos de Deus.

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O Presidente Thomas S. Monsonincentiva-nos a todos com estaspalavras: “Meus jovens amigos, sejam

ortes. (…) Vocês sabem o que é certoe o que é errado, e nenhum disarce,por mais atraente que seja, podemudar isso (…) Se seus pretensosamigos o instarem a azer algo que

 você sabe ser errado, é você que devedeender o certo, mesmo que quesozinho”.8

O Pai Celestial não quer que olhe-mos para o mundo e sigamos suastendências, que sempre mudam. Elequer que olhemos para Ele e sigamos

Sua orientação, que nunca muda. Elequer que vivamos o evangelho e lide-remos outros a ele, estabelecendo umpadrão elevado.

 As escrituras ornecem muitosbons exemplos para ilustrar esseconceito. No livro de Juízes, no Velho

 Testamento, aprendemos a respeitode Sansão. Ele nasceu com grandepotencial. Foi prometido à mãe dele:“Ele começará a livrar a Israel da mão

dos listeus”.9 Mas quando cresceu,Sansão olhou mais para as tentaçõesdo mundo do que para a orientação

de Deus. Ele tomava uma decisão“porque ela [agradava] aos [seus]olhos”,10 e não porque era o certo.Repetidas vezes, as escrituras usam aexpressão “E desceu”,11 ao relatar as

 jornadas, ações e escolhas de Sansão.Em vez de erguer-se e brilhar paracumprir seu grande potencial, Sansãose deixou vencer pelo mundo, perdeuo poder que recebera de Deus e teveuma morte trágica e precoce.

Por outro lado, as escrituras nos

dão o exemplo de Daniel. Ele tambémnasceu com grande potencial. No livrode Daniel, capítulo seis, lemos: “Danielsobrepujou a estes presidentes epríncipes; porque nele havia um espí-rito excelente”.12 Quando enrentoudesaos mundanos, Daniel não olhoupara o mundo — ergueu-se e olhoupara o céu. Em vez de seguir o decretomundano do rei de que ninguémdevia orar a não ser para o rei por 30

dias, Daniel “entrou em sua casa (orahavia no seu quarto janelas abertas,do lado de Jerusalém), e três vezes

no dia se punha de joelhos, e orava, edava graças diante do seu Deus, comotambém antes costumava azer”.13

Daniel não teve medo de erguer-see brilhar para seguir os mandamentosde Deus. Embora passasse uma noitedesconortável na cova dos leões pordeender o que era certo, oi prote-gido e abençoado por sua obediênciaQuando o rei Dario retirou Danielda cova dos leões, no dia seguinte,promulgou um decreto de que todos

deviam temer o Deus de Daniel eseguir o exemplo de delidade deDaniel. Realmente, Daniel mostrou-nos o que signica ser um estandartepara as nações e jamais rebaixar nos-sos padrões ao enrentar as tentaçõesmundanas.

 Tive a bênção de ouvir muitosexemplos modernos de jovens,iguais a vocês, que não têm medode erguer-se e brilhar, permitindo

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que sua luz seja um estandarte entresuas colegas. Joanna era uma das trêsúnicas pessoas membros da Igreja emsua escola do Ensino Médio e a únicamoça de sua ala. Ela comprometeu-seconsigo mesma e com o Senhor deque jamais diria palavrões. Em umprojeto da escola, ao azer par comum rapaz que não tinha assumidoesse mesmo compromisso, ela nãorebaixou seus padrões. Pediu a eleque respeitasse e honrasse os valores

dela. Com o tempo, e após muitoslembretes gentis e nem tão gentis, oamigo dela adquiriu novos hábitos epassou a usar uma linguagem maislimpa. Muitas pessoas notaram a die-rença, inclusive o pai do rapaz, queagradeceu a Joanna por ser uma boainfuência na vida do lho.14

Em uma recente designação nasFilipinas, conheci Karen, que me con-tou o que lhe aconteceu quando eraLaurel e azia um curso universitáriode administração de hotéis e restau-

rantes. Um proessor exigiu que cadaaluno aprendesse a preparar e pro-

 vasse várias bebidas que seriam ser- vidas em seus restaurantes. Algumasbebidas eram alcoólicas, e Karen sabiaque se as provasse estaria quebrandoos mandamentos do Senhor. Desa-ando sérias consequências, Karenteve a coragem de erguer-se e brilhar,e não provou aquelas bebidas.

Karen explicou: “Meu proessor veio alar comigo e perguntou por

que eu não estava bebendo. Ele disse:‘Senhorita Karen, como vai saber osabor delas e passar nesta importantematéria sem ao menos provar as bebi-das?’ Eu lhe disse que era membro daIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias e que, como membros,não bebíamos coisas que nos eramprejudiciais. Independentemente doque ele esperasse de mim, mesmoque eu precisasse ser reprovada, eu

compreenderia, mas não deixaria decumprir meus padrões pessoais”.

Passaram-se semanas e nada maisoi dito sobre aquele dia. No nal dosemestre, Karen sabia que sua notanal refetiria sua recusa em provaras bebidas. Ela hesitou em olhar suanota, mas quando o ez, viu que tinharecebido a nota mais alta da classe!

Ela disse: “Aprendi com isso queDeus (…) sem dúvida nos abençoaquando O seguimos. Também sei que,

mesmo que eu tivesse sido repro- vada, não lamentaria o que z. Seique jamais serei reprovada à vista doSenhor, se decidir azer o que sei sera coisa certa”.15

Queridas moças, cada uma de vocês nasceu com um grande poten-cial. Vocês são lhas amadas do PaiCelestial. Ele as conhece e as ama. Eas convidou a “erguer-se e brilhar” eprometeu que, se o zessem, Ele as

apoiaria e abençoaria. Oro para quecada uma de vocês encontre coragempara aceitar Seu convite e receberSuas promessas. Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS1. Doutrina e Convênios 121:45.2. Mosias 5:15.3. I Timóteo 4:12.4. Josué 1:9.5. Regras de Fé 1:13.6. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Harold B. Lee , 2000, p. 30.7. Mosias 4:29.

8. Thomas S. Monson, “Exemplos de Retidão A Liahona, maio de 2008, p. 65.

9. Juízes 13:5.10. Juízes 14:3.11. Juízes 14:7.12. Daniel 6:3.13. Daniel 6:10.14. Para um trecho desta história, ver Joanna

Ehrisman, “The Thing about BeingMormon” [O Fato de Ser Mórmon], KatilinMedlin e outros, eds., Going on 15: Memoirs of Freshmen, 2010, pp. 93–96.

15. Correspondência pessoal com a autora,2012.

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uma infuência para o bem, ao segui-rem pela vida.”5

Falando especicamente paraas moças, o Presidente Thomas S.Monson disse: “O uturo é muitas

 vezes uma incógnita; portanto, cabea nós preparar-nos para as incerte-zas. (…) Exorto-as a que estudem edesenvolvam aptidões que estejamem demanda no mercado de trabalhopara que, se a situação surgir, vocêsestejam preparadas para enrentá-la”.6

Moças, sigam o conselho dessessábios e inspirados proetas. Sejamboas alunas. Ergam-se e brilhem naescola com trabalho árduo, honesti-dade e integridade. Se tiverem diculdade ou sentirem-se desanimadas comseu desempenho escolar, procurema ajuda de seus pais, de proessorese de membros prestativos da Igreja.Nunca desistam!

Façam uma lista das coisas quedesejam aprender e depois comparti-lhem as metas educacionais com sua

amília, seus amigos e líderes para queles possam apoiá-las e encorajá-las”.Esse é o padrão do Progresso Pessoal

Com a tecnologia, vocês estãotestemunhando uma explosão deconhecimento. Estão sendo constan-temente bombardeadas com som,

 vídeo e redes sociais. Sejam seletivase não permitam que essa enxurradade inormações as distraia ou retardeseu progresso. Ergam-se, moças! Vocêdeterminam suas metas. Vocês deci-

dem o que entra em sua mente e emseu coração.Parte de seu aprendizado mais

importante acontecerá ora da salade aula. Cerquem-se de mulheresexemplares que possam ensinar-lheshabilidades no cuidado do lar, na artena música, na história da amília, nosesportes, na redação ou na oratória.Procurem conhecê-las e peçam queelas sejam suas mentoras. Quando

 Juventude , no padrão educação, e no valor “conhecimento” das Moças.

“A educação (…) abrirá as portasde oportunidades.”2 À medida que

seguirem a admoestação do Senhor de“[procurar] conhecimento, sim, peloestudo e também pela é”,3 vocês vãoadquirir não apenas conhecimento,por seu estudo, mas também mais luz,ao aprenderem pela é.

Procurem conhecimento estu-dando diligentemente. Vocês terãoraras oportunidades de passar tantotempo dedicando-se ao aprendizadocomo podem azê-lo agora. O Presi-dente Gordon B. Hinckley aconselhou

sabiamente aos jovens da Igreja: “Opadrão de estudo que estabelece-rem durante sua educação ormal vaiaetar em grande medida a sede deconhecimento que terão por toda a

 vida”.4 “Vocês precisam adquirir todainstrução que puderem. (…) Sacri-quem tudo o que or necessário am de qualicarem-se para realizar otrabalho [deste] mundo. (…) Eduquema mente e as mãos para tornarem-se

Mary N. Cook Primeira Conselheira na Presidência Geral das Moças

Minhas queridas moças,amamos imensamente cadauma de vocês. Nós as vemos

erguendo-se corajosamente e bri-

lhando num mundo em que gran-des desaos acompanham grandesoportunidades. Isso pode azê-lasperguntar: “O que o uturo reservapara mim?” Asseguro-lhes que, comolhas virtuosas de Deus, seu uturo ébrilhante! Vocês vivem numa épocaem que as verdades do evangelhooram restauradas, e essas verdadespodem ser encontradas nas escrituras.Receberam o dom do Espírito Santopor ocasião de seu batismo, e o Espí-

rito Santo vai ensinar-lhes a verdade eprepará-las para os desaos da vida.Deus deu-lhes o arbítrio moral e a

oportunidade de aprender enquantoestão na Terra, e Ele tem um trabalhopara vocês azerem. Para realizar essetrabalho, vocês têm a responsabilidadeindividual de buscar conhecimento.

 A chave de seu uturo, seu brilhante“raio de esperança”,1 pode ser encon-trada no novo livreto Para o Vigor da

Procurem Conhecimento:Vocês Têm um Trabalho

a Realizar Abençoem seus flhos e o seu uturo lar, aprendendoo máximo que puderem agora.

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aprenderem algo novo, ensinem issona Mutual ou tornem-se mentoras deoutras jovens, como parte dos requisi-tos de sua Honra da Abelhinha.

 Além de minha maravilhosa mãe,tive muitas mentoras na vida. Entreiem contato pela primeira vez com oprocesso de ter uma mentora quandotinha apenas nove anos. Minhaproessora da Primária ensinou-mea bordar “Trarei a Luz do Evangelhopara o Meu Lar”, um quadro que

esteve pendurado em meu quarto emminha adolescência. Ela me guiou, mecorrigiu e sempre me encorajou aolongo do caminho. Seguiram-se outrasmentoras. Duas excelentes costureirasde minha ala me ensinaram a costu-rar. Com a orientação, a paciência eo incentivo delas, inscrevi um vestidoem um concurso de costura, quandotinha quatorze anos, e cheguei aganhar um prêmio! O processoaumentou minha sede de conheci-mento e de excelência em outras

áreas também. A aquisição de conhecimento terá

imenso retorno quando se tornaremmães. “O nível de educação da mãeexerce prounda infuência nas esco-lhas educacionais [dos lhos].”8 A or-mação educacional da mãe é “a chavepara romper o ciclo da pobreza”.9 

 As mulheres com nível educacionalmais elevado (…) “tendem a: dar àluz bebês mais saudáveis, ter lhosmais saudáveis, ser mais conantes e

aptas a suportar pressões, e ter melhorraciocínio e bom-senso”.10

 Aprendemos em “A Família: Pro-clamação ao Mundo” que “a respon-sabilidade primordial da mãe é cuidardos lhos”.11 A tarea de prover aeducação dos lhos az parte dessacriação e é sua responsabilidadesagrada. Como os jovens guerreiros,que “tinham sido ensinados por suasmães”,12 vocês serão a proessora mais

importante que seus lhos terão. Porisso, escolham cuidadosamente o queaprendem. Abençoem seus lhos eseu uturo lar, aprendendo o máximoque puderem agora.

Busquem conhecimento pela é. Aprendemos pela é ao, diligente-mente, adquirirmos conhecimentoespiritual por meio da oração, doestudo das escrituras e da obediência,buscando a orientação do EspíritoSanto, que presta testemunho de toda

a verdade. Se zerem sua parte paraadquirir conhecimento, o EspíritoSanto pode iluminar-lhes a mente. Se

 vocês se esorçarem para ser dignas, oEspírito Santo lhes dará orientação emais luz em seu aprendizado.

Quando eu era jovem, pegueiemprestados esquis que eram longosdemais e botas que eram grandesdemais, e uma amiga me ensinou aesquiar. Era um belo dia de primavera,cheio de sol, com a neve pereita, e

um céu azul sem nuvens. A ansie-dade de descer as encostas íngremesoi dando lugar ao deleite, à medidaque aprendia. Embora tenha soridomuitas quedas com aqueles esquislongos, levantava-me e continuavatentando. Acabei aprendendo a amaresse esporte!

No entanto, em pouco tempodescobri que nem todos os dias e nemtodas as condições climáticas eram tão

ideais para esquiar quanto aqueles.Nos dias nublados, esquiávamos nacondições de “luz diusa”. Isso acon-tece quando a luz do sol é diundidapelas nuvens. Ao se olhar para a nevebranca à rente, perde-se a noção deproundidade e ca diícil julgar ainclinação das encostas ou ver as lombadas e protuberâncias na montanha

Moças, pode ser que estejamolhando para seu uturo como euolhei para aquela íngreme encosta

de esqui. Talvez sintam, às vezes,que estão sob luz diusa, incapazesde ver o que está à rente. O apren-dizado pela é lhes dará conança eas ajudará a trilhar seu caminho nosmomentos de incerteza.

No capítulo 25 de Mateus, a pará-bola das dez virgens nos ensina quea preparação espiritual é essencial eprecisa ser realizada individualmenteDevem lembrar que todas as dez vir-gens oram convidadas para acompa-

nhar o noivo ao banquete de núpciasmas somente as cinco virgens sábiasestavam preparadas com óleo em sualâmpadas quando o noivo chegou.

“E as loucas disseram às prudentesDai-nos do vosso azeite, porque asnossas lâmpadas se apagam”.

Mas as sábias responderam,dizendo: “Não seja caso que nos altea nós e a vós, ide antes aos que o

 vendem, e comprai-o para vós.

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E, tendo elas ido comprá-lo,chegou o esposo, e as que estavampreparadas entraram com ele para asbodas, e echou-se a porta.”13

 Talvez achem que oi egoísmo da

parte das cinco virgens sábias, elasnão compartilharem seu azeite, masisso era impossível. A preparação espi-ritual precisa ser adquirida individual-mente, gota a gota, e não pode sercompartilhada.

 Agora é o momento para vocês seaplicarem diligentemente à tarea deaumentar seu conhecimento espiritual,gota a gota, por meio da oração, doestudo das escrituras e da obediência.

 Agora é a hora de procurarem adquirir

instrução ormal, gota a gota. Cadapensamento e ato virtuoso tambémacrescenta óleo a sua lâmpada, quali-cando-as para a orientação do EspíritoSanto, nosso proessor divino.

O Espírito Santo vai guiá-las emsua jornada na mortalidade, mesmoquando sentirem que estão sob luzdiusa, sem ter certeza do que há pelarente. Vocês não precisam temer.Se permanecerem no caminho que

conduz à vida eterna, o Espírito Santo vai orientá-las em suas decisões e emseu aprendizado.

 Testico por experiência própriaque, se buscarem conhecimento, nãoapenas pelo estudo, mas também pelaé, vocês serão guiadas naquilo que “oSenhor precisará que açam e no queprecisam saber”.14

Recebi minha bênção patriarcalquando era jovem e ui aconselhada apreparar-me com uma boa ormação

educacional e a aprender cedo na vidaas virtudes necessárias para cuidar dacasa e criar uma amília. Por isso, quister a bênção de uma amília, porémessa bênção só chegou após os 37anos de idade, quando nalmente mecasei. Meu marido era viúvo e, no diaem que omos selados no templo, uiabençoada, de repente, não só comum marido, mas também com umaamília de quatro lhos.

Bem antes disso, houve muitos diasem que me sentia como se estivesse

esquiando sob luz diusa, perguntan-do-me: “O que o uturo reserva paramim?” Procurei seguir os conselhos deminha bênção patriarcal. Estudei dili-gentemente para tornar-me proessorae prossegui meus estudos para tor-nar-me diretora de escola do EnsinoFundamental. Orei a meu Pai Celestiale busquei a orientação do EspíritoSanto. Apeguei-me ervorosamenteà promessa dos proetas, que megarantiram que se eu “permanecesse

el e leal, guardasse [meus] convênios,servisse a Deus, amasse [meu] PaiCelestial e o Senhor Jesus Cristo, não[me] seria negada nenhuma das bên-çãos eternas que nosso Pai Celestialreservou para Seus lhos éis”.15

Sei hoje que minha ormaçãoeducacional preparou-me para uma

 vida dierente da que eu tinha visuali-zado quando jovem. Achei que estavaestudando pedagogia para dar aulas

na escola e para meus uturos lhos,mas não sabia que o Senhor tambémestava me preparando para ensinaringlês na Mongólia, em uma missãocom meu marido, para ensinar asmoças da Igreja no mundo inteiro, epara ensinar aos meus netos o valordo conhecimento — todas essas bên-çãos maravilhosas que eu nunca teriaimaginado.

 Testico-lhes que nosso Pai Celes-tial as conhece e as ama. Ele depo-

sitou grande conança em vocês etem um trabalho que somente vocês  podem azer. Quero assegurar-lhesque estarão preparadas para essegrande trabalho, se buscarem conhecmento pelo estudo e também pela é.Disso presto testemunho, em nome d

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS1. Gordon B. Hinckley, “Estender a Mão para

Erguer Outra Pessoa”, A Liahona, janeirode 2002, p. 60.

2. Para o Vigor da Juventude , livreto, 2011,

p. 9.3. Doutrina e Convênios 88:118.4. Gordon B. Hinckley, Way to Be! Nine Ways

to Be Happy and Make Something of Your Life , 2002, p. 28.

5. Gordon B. Hinckley, “Seek Learning,” New Era, setembro de 2007, pp. 2, 4.

6. Thomas S. Monson, “Se Estiverdes[Preparadas] Não Temereis” A Liahona,novembro de 2004, p. 116.

7. Para o Vigor da Juventude, p. 9.8. Cheryl Hanewicz e Susan R. Madsen,

“The Infuence o a Mother on a DaughterCollege Decision”, Utah Women and  Education Project Research Snapshots ,número 3, janeiro de 2011. 1.

9. Marjorie Cortez, “Mom’s Education Key to

Halt Poverty Cycle”, Deseret News , 23 desetembro de 2011, A1.

10. Olene Walker, “More Utah Women Need toFinish College”, Salt Lake Tribune, 30 deoutubro de 2011, O4.

11. “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010,última contracapa.

12. Alma 56:47.13. Mateus 25:8–10.14. Henry B. Eyring, “Education or Real Lie”

 Ensign, outubro de 2002, p. 18.15. M. Russell Ballard, “Preparing or the

Future”, Ensign, setembro de 2011, p. 27.

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determinar grande parte de seu uturosucesso e elicidade. O cumprimentodesses padrões vai ajudar cada umade vocês a qualicar-se para entrarnos templos sagrados do Senhor e alireceber as bênçãos e o poder que asesperam, quando zerem e cumpri-rem convênios sagrados.7

Quando nossa lha, Emi, erapequena, ela gostava de observar cadmovimento meu, quando me prepa-rava para a Igreja. Depois de observa

minha rotina, ela penteava os cabelose punha seu vestido, e, depois semprme pedia que passasse um pouco de“brilho” no rosto dela. O que ela cha-mava de “brilho” era o creme grosso epegajoso que eu usava para prevenirrugas. Tal como ela pedia, eu passavaum pouco nas bochechas e nos lábiode Emi, que então sorria, dizendo:“Agora estamos prontas para ir!” Oque Emi não percebia é que ela jápossuía seu próprio “brilho”. Seu rostbrilhava porque ela era pura, inocent

e boa, e porque tinha o Espírito comela, e isso era visível.

Gostaria que toda moça aqui reu-nida hoje soubesse e compreendesseque sua beleza — seu “brilho” — nãoestá na maquiagem, nos cremes pega

 josos ou na última moda em roupasou cortes de cabelo. Está em suapureza pessoal. Quando vocês cum-prem os padrões e se qualicam paraa companhia constante do EspíritoSanto, podem exercer uma infuência

 vigorosa no mundo. Seu exemplo, atéa luz de seus olhos, vai infuenciaras pessoas que veem seu “brilho”,e elas vão querer ser como vocês.Onde vocês conseguem essa luz? OSenhor é a luz, “e o Espírito dá luz atodo homem que vem ao mundo; eo Espírito ilumina todo homem nomundo que dá ouvidos a sua voz”.8 Há uma luz divina em nossos olhose em nosso semblante, quando nos

de vocês reunidas hoje como “um raioluminoso de esperança”3 no uturo.E eu concordo! Num mundo muitodesaador, sua luz brilha resplande-cente. De ato, estes são “dias inesque-cíveis”.4 Estes são os seus dias, e agora é o momento para que as moças detoda parte “[se ergam e brilhem], paraque [sua] luz seja um estandarte para

as nações”.5“Um estandarte é como um padrão

de medida pelo qual determinamos aexatidão ou a pereição.”6 Devemosser um padrão de santidade para queo mundo inteiro veja! O novo livreto Para o Vigor da Juventude revisadocontém não apenas padrões para serseguidos com exatidão, mas tambémas bênçãos prometidas por azer-mos isso. As palavras contidas nesseimportante livreto são padrões para

o mundo, e o cumprimento dessespadrões vai permitir que vocês saibamo que azer para tornar-se mais seme-lhantes ao Salvador e para ser elizesnum mundo cada vez mais tenebroso.O cumprimento dos padrões desselivreto vai ajudá-las a qualicar-separa a companhia constante doEspírito Santo. E no mundo em que

 vivem, precisarão dessa companhiapara tomar decisões vitais que vão

Elaine S. DaltonPresidente Geral das Moças

Da minha janela do escritório dasMoças, tenho uma vista espeta-cular do Templo de Salt Lake.

 Todos os dias, vejo o anjo Morôni noalto do templo, como um símboloreluzente não apenas de sua é, masda nossa. Amo Morôni, porque numasociedade extremamente degenerada,ele se manteve puro e el. Ele é o

meu herói. Resistiu sozinho. Sinto que,elevando-se acima do topo do templo,ele nos conclama hoje a ter coragem,a lembrar quem somos e a ser dignasde entrar no templo sagrado — a“erguer-nos e elevar-nos”1 acima doclamor do mundo e, como Isaías pro-etizou, “[ir] (…) ao monte do Senhor” 2 — o templo sagrado.

Reunidas aqui hoje estão as lhaseleitas do Senhor. Não há grupo maisinfuente que deenda a verdade e

a retidão em todo o mundo do queas moças e as mulheres da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Vejo sua nobreza e conheço suaidentidade e destino divinos. Vocês sedestacaram na existência pré-mortal.Sua linhagem carrega consigo convê-nios e promessas. Vocês herdaram osatributos espirituais dos éis patriarcas

 Abraão, Isaque e Jacó. Um proeta deDeus, certa vez, reeriu-se a cada uma

Este É o Momentode Erguer-se e Brilhar!Como flhas de Deus, vocês nasceram para liderar.

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achegamos a nosso Pai Celestial e aSeu Filho, Jesus Cristo. É assim queconseguimos o “brilho”! Além disso,como todas podem ver, aquele “cremebrilhante” não uncionou muito bemnas minhas rugas!

 A conclamação para “erguer-nos ebrilhar” é um chamado para que cadauma de vocês lidere o mundo emuma causa vigorosa — que elevemos padrões — e liderem esta geraçãoem virtude, pureza e dignidade para

o templo. Se quiserem azer umadierença no mundo, vocês precisam ser dierentes do mundo. Repito aspalavras do Presidente Joseph F.Smith, que disse às mulheres de suaépoca: “Vocês não devem ser lideradaspelas [moças] do mundo; vocês devemliderar (…) as [moças] do mundo, emtudo o que (…) purique os lhos doshomens”.9 Essas palavras são verdadei-ras hoje. Como lhas de Deus, vocêsnasceram para liderar.

No mundo em que vivemos, sua

capacidade de liderar vai exigir aorientação e a companhia constantedo Espírito Santo, que lhes dirá“todas as coisas que deveis azer”10 ao reconhecerem Sua orientação einspiração, e ao conarem nelas. Ecomo o Espírito Santo não habita emtemplos impuros, cada uma de nósprecisa azer uma avaliação de nossoshábitos e de nosso coração. Todasprecisamos mudar algo — arrepender-nos. Conorme declarou o pai do rei

Lamôni, no Livro de Mórmon: “Aban-donarei todos os meus pecados paraconhecer-te”.11 Será que nós todas,

 vocês e eu, estamos dispostas a azero mesmo?

Um grupo de jovens de QueenCreek, Arizona, determinou-se a“erguer-se e brilhar” e a liderar os

 jovens de sua comunidade de acordocom os padrões estabelecidos em Para o Vigor da Juventude. Cada um

deles escreveu no diário algo quesentia que impedia seu progressoou algo que queria mudar em sua

 vida, e depois cavaram literalmenteum buraco. Reuniram-se, arrancaramaquela página do diário e a jogaramdentro do buraco eito na terra, assimcomo o povo de Amon, no Livrode Mórmon, ez com suas armas deguerra.12 Eles enterraram aquelas pági-nas e, nesse dia, cada um deles assu-miu o compromisso de mudar. Eles se

arrependeram. Decidiram rmementeque iriam erguer-se!Há algo em sua vida que vocês pre-

cisam mudar? Vocês podem azê-lo.Podem arrepender-se, graças ao in-nito sacriício expiatório do Salvador,que nos possibilita mudar, tornar-nosnovamente puras e limpas, e sersemelhantes a Ele. Ele prometeu que,quando zermos isso, nunca mais Selembrará de nossos erros e pecados.13

 Às vezes parece quase impossívelcontinuar brilhando. Vocês encon-

tram muitos desaos que podemobscurecer a onte de toda a luz, que

é o Salvador. Às vezes, o caminho édiícil e, às vezes, pode parecer queuma densa névoa esconde a luz. Foiisso que aconteceu com uma moçachamada Florence Chadwick. Aos dezanos de idade, Florence descobriu qutinha um grande talento para a nata-ção. Cruzou a nado o Canal da Man-cha no tempo recorde de treze horase vinte minutos. Florence adoravadesaos e, mais tarde, tentou nadar dcosta da Caliórnia até a Ilha Catalina:

uma distância de aproximadamente40 quilômetros. Nesse trajeto, ela secansou depois de nadar grande partedo percurso. Uma densa neblina obs-cureceu-lhe a visão da costa. A mãeseguia a seu lado de barco, e Florencdisse-lhe que achava que não conse-guiria terminar o percurso. A mãe e atreinadora a incentivaram a continuarmas ela só conseguia ver a neblina.Ela desistiu do objetivo e, quandoestava dentro do barco, descobriu quhavia desistido quando altava menos

de dois quilômetros para chegar à IlhCatalina. Mais tarde, quando oi entre

 vistada e lhe perguntaram por quehavia abandonado a prova, ela conessou que não havia sido por causa daágua ria nem da distância. Ela disse:“Fui derrotada pela neblina”.14

Mais tarde, tentou repetir a prova,e novamente houve densa neblina.Mas dessa vez, continuou nadando econseguiu chegar à costa. Dessa vez,quando lhe perguntaram o que zera

a dierença, ela disse que mantiverauma imagem mental da costa em suamente ao cruzar a densa neblina edurante todo o percurso.15

Para Florence Chadwick, a costaera sua meta. Para cada uma de nós, ameta é o templo. Moças, mantenhamo oco! Não percam sua meta de vistaNão deixem que a densa névoa dapoluição moral ou as vozes deprecia-tivas do mundo as impeçam de atingi

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suas metas, de viver os padrões, dedesrutar a companhia do EspíritoSanto e de ser dignas de entrar nostemplos sagrados. Mantenham sempreno coração e na mente a visão dotemplo — a casa santa do Salvador.

Há várias semanas, estive nasala celestial do Templo de RenoNevada. A luz que permeava aquelasala era brilhante e se tornava aindamais radiante por causa do lustre decristais, que refetiam a luz em suasmuitas acetas lapidadas, ormandopequenos arco-íris de luz em todaparte. Fiquei sem ôlego ao dar-meconta de que o Salvador é “a luz ea vida do mundo”,16 e que é a Sua luz que devemos erguer e refetir.

 Nós somos os pequenos cristais querefetem Sua luz, e para isso, precisa-mos estar limpas e livres da poeira domundo. Ali naquela sala, ouvi de novona mente a conclamação de Morônipara nós, lhas de Sião: “Despertae levanta-te do pó”.17 “Não [toqueis]nem na dádiva má nem no que éimpuro.”18 “Desperta e levanta-te dopó, (…) e veste-te com teus vestidosormosos, ó lha de Sião (…), para

que se cumpram os convênios queo Pai Eterno ez contigo, ó casa deIsrael!”19

 As bênçãos prometidas do templonão se estendem apenas a vocês,mas a todas as gerações. Ao azerem

do templo a sua meta, sua infuênciapara o bem transcenderá o tempo eo espaço, e o trabalho que realizarempor aqueles que já aleceram será ocumprimento da proecia!

Na última conerência geral, queiencantada ao ouvir o Élder David

 A. Bednar convidar cada uma de vocês a ocupar-se zelosamente emazer sua própria história da amíliae o trabalho do templo por aquelesque morreram sem ter as bênçãos

do evangelho restaurado de JesusCristo.20 Quando ele lhes ez esseconvite, senti o coração saltar dentrode mim. Em Doutrina e Convênios,lemos a respeito de “outros espíritospreciosos que oram reservados paranascer na plenitude dos tempos am de participar no estabelecimentodos alicerces da grande obra dosúltimos dias, incluindo a construçãode templos e a realização, neles, de

ordenanças para a redenção dos motos”.21 Este é o seu dia, e seu trabalho

 já começou! Agora é o momento deser dignas de obter uma recomen-dação para o templo. À medida quezerem esse trabalho, vão se tornar

salvadoras no Monte Sião.22

O Élder Russell M. Nelson disse oseguinte a seu respeito: “A infuênciadas moças da Igreja, tal como umgigante adormecido, vai despertar,erguer-se e inspirar os habitantesda Terra, como uma vigorosa orçapara a retidão”.23 Moças, ergam-see assumam seu lugar nos gloriososacontecimentos que vão moldar seuuturo e o uturo do mundo. Agoraé o momento!

“No monte a bandeira se alteia já, com júbilo proclama: ‘O Senhor virá!’” 24 Moças, vocês são a bandeira!Sejam virtuosas e puras, busquema companhia do Espírito Santo,enterrem seus pecados e suas trans-gressões, mantenham o oco e nãopermitam que a névoa da poluiçãomoral obscureça suas metas. Sejamdignas, desde já, de entrar no tem-plo. Ponham no rosto o seu “brilho”!

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aquisição de conhecimento e da buscpela verdade.

Ninguém descreveu o período daadolescência como ácil. Geralmentesão anos de insegurança, de senti-mentos de incapacidade, da busca deum lugar em meio a seus colegas, deum desejo de azer parte da turma.

É uma época em que vocês estão-setornando mais independentes — etalvez desejem mais liberdade do queseus pais estão dispostos a conceder-lhes neste exato momento. Tambémé a principal época em que Satanás

 vai tentá-las, e vai azer de tudo paraseduzi-las e desviá-las do caminhoque as levará de volta ao lar celestialde onde vieram, de volta a seus entesqueridos que lá estão, e de volta aoseu Pai Celestial.

O mundo ao seu redor não estáequipado para oerecer-lhes a ajudanecessária para realizar essa jornada,muitas vezes, traiçoeira. Por isso,muitos que vivem em nossa socie-dade atual parecem ter-se soltado dasamarras de segurança e se aastado dporto de paz.

 A permissividade, a imoralidade,a pornograa, as drogas, o poder depressão dos colegas, tudo isso e muit

Presidente Thomas S. Monson

Minhas queridas jovens irmãs,sinto-me extremamentehumilde pela responsabili-

dade de alar a vocês. Oro pedindo aajuda divina, para que eu possa estar àaltura desta oportunidade.

Há apenas vinte anos, vocês nãotinham iniciado sua jornada pela

mortalidade. Ainda estavam em seular celestial. Ali, estavam entre aquelesque as amavam e se preocupavamcom seu bem-estar eterno. Por m, a

 vida na Terra se tornou essencial paraseu progresso. Sem dúvida, houvedespedidas e muitas expressões deconança em vocês. Vocês ganharamum corpo e se tornaram mortais, aas-tadas da presença de seu Pai Celestial.

Contudo, uma calorosa recepçãoas aguardava aqui na Terra. Aqueles

primeiros anos oram preciosos eespeciais. Satanás não tinha poderpara tentá-las, porque ainda não sehaviam tornado responsáveis por seusatos. Eram inocentes perante Deus.

Pouco depois, entraram no períodoque alguns chamam de “terríveladolescência”. Eu prero “maravilhosaadolescência”. Que época de oportu-nidades! Uma época de crescimento,de desenvolvimento, marcada pela

 Testico do undo do coração queDeus vive e que Ele vai iluminar nossa vida, se nos achegarmos ao Seu Filho Amado, nosso Salvador, Jesus Cristo.E oro para que, tal como Morôni,nos “[ergamos e brilhemos], para que[nossa] luz seja um estandarte para asnações”!25 No sagrado nome de JesusCristo. Amém. ◼NOTAS

1. Doutrina e Convênios 115:5.2. Isaías 2:3; 2 Né 12:3.3. Gordon B. Hinckley, “Permanecer Firmes

e Inamovíveis”, Reunião Mundial de Treinamento de Liderança, 10 de janeirode 2004, p. 20.

4. Oliver Cowdery, Joseph Smith—História1:71, nota.

5. Doutrina e Convênios 115:5.6. Ezra Tat Benson, “Strengthen Thy Stakes”,

Tambuli, agosto de 1991, p. 4.7. Ver Doutrina e Convênios 109:22.8. Doutrina e Convênios 84:46.9. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph F. Smith, 1998, p. 184.10. 2 Né 32:5.11. Alma 22:18; grio do autor.12. Ver Alma 24:17.13. Ver Doutrina e Convênios 58:42.

14. Ver Sterling W. Sill, Conference Report, abril de 1955, p. 117.15. Ver Randy Alcom, “Florence

Chadwick and the Fog”, http://www.epm.org/resources/2010/Jan/21/forence-chadwick-and-og/. Ver também“Florence Chadwick”, Encyclopediaof World Biography, vol. 19, 2004, pp.64–66; “Navigation Inormation” e “SwimSuccesses,” Catalina Channel SwimmingFederation, swimcatalina.com, acessadoem 27 de março de 2012. Existem outrosrelatos dierentes a respeito de FlorenceChadwick.

16. 3 Né 9:18.17. Morôni 10:31.

18. Morôni 10:30.19. Morôni 10:31.20. Ver David A. Bednar, “O Coração dos

Filhos Voltar–se-á”, A Liahona, novembrode 2011, p. 24.

21. Doutrina e Convênios 138:53–54.22. Ver Obadias 1:21; Doutrina e Convênios

103:9; e Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 472–473.

23. Russell M. Nelson, “Daughters o Zion,” New Era Young Women Special Issue,  YW novembro de 1985, p. 9.

24. “No Monte a Bandeira”, Hinos, nº 4.25. Doutrina e Convênios 115:5.

Crer, Obedecere PerseverarCreiam que o ato de permanecerem frmes e féis às verdades devangelho é algo de vital importância. Testifco a vocês que é! 

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mais levam muitos a ser lançadosno mar do pecado e esmagados nosrecies pontiagudos das oportunidadesperdidas, das bênçãos negadas e dossonhos destruídos.

Existe um caminho para a segu-rança? Existe uma saída dessa ameaça

de destruição? A resposta é um grandee sonoro sim! Aconselho-as a olharpara o arol do Senhor. Já disse issoantes, e vou dizer novamente: nãohá nevoeiro tão denso, nem noite tãoescura, nem ventania tão orte, nemmarinheiro tão perdido, que o arol doSenhor não possa resgatar. Ele brilhaem meio às tempestades da vida. Elechama, dizendo: “Este é o caminho para a segurança. Este é o caminho para casa”. Ele envia sinais de luz

acilmente vistos, e nunca alha. Seorem seguidos, esses sinais vão guiá-las de volta ao seu lar celestial.

Quero alar-lhes hoje acerca de trêssinais vitais do arol do Senhor que

 vão ajudá-las a regressar ao Pai, queaguarda ansiosamente seu retornotriunante. Esses três sinais são crer,obedecer e perseverar.

Primeiro, quero mencionar umsinal que é básico e essencial: creiam. 

Creiam que são lhas do Pai Celestial,que Ele as ama e que vocês estão aquipara atingir um propósito glorioso,que é alcançar sua salvação eterna.Creiam que o ato de permaneceremrmes e éis às verdades do evan-gelho é algo de vital importância.

 Testico a vocês que é!Minhas jovens amigas, creiam nas

palavras que vocês dizem todas assemanas, ao recitar o tema das Moças.Pensem no signicado dessas pala-

 vras. Há verdade nelas. Esorcem-sesempre para viver os valores nelasestabelecidos. Creiam, como declarao tema, que, se aceitarem e agiremde acordo com esses valores, estarãopreparadas para ortalecer o lar e aamília, azer e cumprir convênios

sagrados, receber as ordenançasdo templo e, por m, desrutar asbênçãos da exaltação. Essas sãobelas verdades do evangelho e, pelocumprimento delas, vocês serão maiselizes aqui nesta vida e no uturo doque seriam se as ignorarem.

Muitas de vocês aprenderam as verdades do evangelho desde peque-nas. Foram ensinadas por pais amo-rosos e proessores carinhosos. As

 verdades que eles lhes transmitiramas ajudaram a adquirir um testemu-nho. Vocês creram no que lhes oiensinado. Embora esse testemunhopossa continuar a ser nutrido espiri-tualmente e a crescer, à medida queestudam, que oram pedindo orienta-

ção e que requentam as reuniões daIgreja a cada semana, cabe a vocêsmanter esse testemunho vivo. Sataná

 vai tentar destruí-lo com todo o podeque ele tem. Ao longo de sua vidainteira, vocês precisam nutri-lo. Coma chama de um ogo brilhante, o seutestemunho — se não or continua-mente alimentado — vai reduzir-sea brasas e, depois, esriar completa-mente. Vocês não podem deixar issoacontecer.

 Além de requentar as reuniões dedomingo e as atividades semanais,quando tiverem a chance de participado seminário, seja matutino ou partedo currículo escolar, aproveitem essaoportunidade. Muitas de vocês já re-quentam o seminário. Como tudo na

 vida, muito do que adquirem no semnário depende de sua atitude e de sudisposição de ser ensinadas. Que suaatitude seja de humildade e de desejo

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de aprender. Como sou grato pelaoportunidade que tive, quando ado-lescente, de requentar o semináriomatutino, porque ele desempenhouum papel vital no meu desenvolvi-mento e no desenvolvimento de meutestemunho! O seminário pode mudara vida das pessoas.

Há alguns anos, participei de umconselho empresarial do qual aziaparte um bom homem, extremamentebem-sucedido na vida. Fiquei impres-

sionado com sua integridade e sualealdade à Igreja. Descobri que elehavia adquirido um testemunho e seliado à Igreja graças ao seminário.Quando se casou, sua esposa eramembro da Igreja desde o nascimento.Ele não tinha religião. Ao longo dosanos e a despeito do esorço dela, elenão mostrou interesse em requentar aIgreja com a esposa e os lhos. Então,começou a levar de carro duas de suaslhas para o seminário matutino. Elecava no carro enquanto elas tinham

aula, e depois as levava para a escola.Certo dia, estava chovendo, e uma desuas lhas disse: “Entre, papai. Vocêpode car sentado no corredor”. Eleaceitou o convite. A porta da sala deaula estava aberta, e ele começou aouvir. Seu coração oi tocado. No res-tante daquele ano letivo, ele requen-tou o seminário com as lhas, o queacabou levando-o a tornar-se membroe a dedicar uma vida inteira de ativi-dade na Igreja. Deixem que o seminá-

rio as ajude a edicar e ortalecer seutestemunho.Haverá ocasiões em que enrenta-

rão desaos que podem colocar emrisco seu testemunho, ou irão negli-genciá-lo ao buscar outros interesses.Rogo-lhes que o mantenham orte.É sua, e somente sua, a responsabili-dade de manter sua chama brilhandointensamente. É preciso esorço,mas é um esorço do qual jamais se

arrependerão. Lembro-me da letra deum hino escrito por Julie de AzevedoHanks. Reerindo-se a seu testemu-nho, ela escreveu:

 Em meio aos ventos da mudança Envolta nas nuvens da dor Guardo-o com minha vida Preciso do calor, preciso da luz  Embora a tempestade ressoe  Mantenho-me frme sob a chuva

torrencial 

Continuo A ser a guardiã da chama.1

Que vocês creiam e que mante-nham a chama de seu testemunhobrilhando intensamente, aconteça oque acontecer.

Em seguida, moças, peço-lhes queobedeçam. Obedeçam a seus pais.Obedeçam às leis de Deus. Elas nosoram dadas por um Pai Celestialamoroso. Se orem cumpridas, nossa

 vida será mais plena de realizações,

menos complicada. Nossos desaose problemas serão mais áceis desuportar. Receberemos as bênçãosprometidas pelo Senhor. Ele disse:“O Senhor requer o coração e umamente solícita; e os que são solícitos eobedientes comerão do bem da terrade Sião nestes últimos dias”.2

 Vocês têm uma só vida para viver.Mantenham-na tão livre de problemasquanto or possível. Vocês serão ten-tadas, muitas vezes, por pessoas que

 vocês consideram amigas.Há alguns anos, alei com uma con-sultora das Meninas-Moças, que mecontou algo que acontecera com ela euma das moças de sua classe. Aquelamoça oi tentada muitas e muitas

 vezes a deixar o caminho da verdadee a seguir o desvio do pecado. Pelaconstante persuasão de algumasamigas da escola, ela nalmenteconcordou em seguir aquele desvio.

 Arquitetaram um plano: ela diria aospais que iria para a noite de atividadedas Moças. Planejava, porém, car aliapenas o tempo suciente para quesuas amigas e os namorados delasossem buscá-la. Iriam para uma estaem que seriam consumidas bebidasalcoólicas e na qual a conduta seriatotalmente contrária ao que aquelamoça sabia ser o certo.

 A proessora tinha orado pedindoinspiração para ajudar todas as

moças, especialmente aquela jovem,que parecia tão incerta quanto a seucomprometimento de viver o evan-gelho. Naquela noite, a proessorarecebeu a inspiração de não dar alição que havia planejado, mas dealar às moças sobre a importânciade permanecer moralmente limpas.Quando começou a compartilhar seupensamentos e sentimentos, a moçaem questão olhou para o relógio paracerticar-se de que não deixaria pas-sar a hora marcada para encontrar-se

com suas amigas. No entanto, com odesenrolar da aula, seu coração oitocado, sua consciência oi desper-tada e sua determinação oi renovadaQuando chegou a hora, ela ignorou orepetido som da buzina do carro quea chamava. Permaneceu a noite inteircom a proessora e as outras moças dclasse. A tentação de sair do aprovadocaminho de Deus oi vencida. Satanástinha racassado. A moça permaneceuna sala depois que as outras saíram,

para agradecer à proessora e contar-lhe como a aula a havia ajudado aevitar o que teria sido um nal trágico

 A oração de uma proessora haviasido respondida.

Mais tarde, quei sabendo que, poter tomado a decisão de não sair comos amigos naquela noite — algumasdas moças e dos rapazes mais popu-lares da escola — a moça oi ignoradpor eles e, por muitos meses, cou

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sem ter amigos na escola. Não podiamadmitir que ela não estivesse dispostaa azer as mesmas coisas que elesaziam. Foi um período extremamentediícil e solitário, mas ela permaneceurme e acabou azendo amizade compessoas que compartilhavam seuspadrões. Agora, muitos anos depois,está casada no templo e tem quatrobelos lhos. Quão dierente poderiater sido sua vida! Nossas decisões

determinam nosso destino. Jovens preciosas, açam com que

todas as decisões que pretendemtomar passem no seguinte teste: “Oque isso az para mim? O que issoaz por mim?” E que seu código deconduta não enatize a pergunta: “Oque os outros vão pensar?” mas, sim:“O que vou pensar de mim mesma?”Sejam infuenciadas por essa vozmansa e delicada. Lembrem-se de quealguém, com autoridade, impôs as

mãos sobre sua cabeça no momentode sua conrmação e disse: “Recebe oEspírito Santo”. Abram o coração, sim,a própria alma, para o som daquela

 voz especial que testica a verdade.Conorme prometeu o proeta Isaías:“E os teus ouvidos ouvirão a palavra(…) dizendo: Este é o caminho, andainele”.3

 A tendência geral de nossa épocaé a permissividade. As revistas e os

programas de televisão mostram osastros e as estrelas do cinema, osheróis dos esportes — pessoas quemuitos jovens querem imitar — des-prezando as leis de Deus e alardeandopráticas pecaminosas, sem consequên-cias aparentes. Não acreditem nisso!Haverá um momento em que teremosde prestar contas do que zermos.

 Toda Cinderela tem sua meia-noite— se não or nesta vida, será na vida

utura. O Dia do Julgamento chegarápara todos. Vocês estão prepara-das? Estão satiseitas com o própriodesempenho?

Se alguma de vocês tropeçou na jornada, prometo que há um caminhode volta. O processo se chama arre-pendimento. Nosso Salvador morreupara prover-nos essa dádiva aben-çoada. Embora o caminho seja diícil,a promessa é real. O Senhor disse:“Ainda que os vossos pecados sejam

como a escarlata, eles se tornarãobrancos como a neve”.4 “E nunca maisme lembrarei [deles].”5

Minhas amadas jovens irmãs, vocêstêm a preciosa dádiva do arbítrio.Rogo-lhes que escolham obedecer.

Por m, peço que perseverem. Oque signica perseverar? Amo estadenição: suportar com coragem. 

 Talvez seja necessário ter coragempara crer. Poderá ser necessário tê-la,

também, para obedecer. Sem dúvida,será exigido que perseverem até odia em que deixarem esta existênciamortal.

Conversei, ao longo dos anos, commuitas pessoas que me disseram:“Tenho tantos problemas, tantas preocupações sérias. Estou sobrecarregadcom os desaos da vida. O que possoazer?” Eu lhes dei, como agora lhesdou, esta sugestão especíca: bus-quem auxílio celeste um dia por vez.

 A vida a longo prazo é árdua, mas acurto prazo é ácil. Todos podemosser éis por um único dia — e depoispor mais um, e mais outro depoisdaquele — até que tenhamos vividouma vida inteira guiados pelo Espíritouma vida inteira próximos do Senhoruma vida inteira de boas ações e deretidão. O Salvador prometeu: “Conaem mim e perseverai até o m e vive-reis; porque àquele que perseverar ato m, darei vida eterna”.6

Para esse propósito vocês vieram

para a mortalidade, minhas jovensamigas. Nada é mais importante doque a meta que vocês procuramalcançar, sim, a vida eterna no reinode seu Pai.

 Vocês são lhas extremamente preciosas de nosso Pai Celestial, enviadaà Terra nestes dias e nesta época, porum propósito. Foram reservadas atéeste exato momento. Coisas mara-

 vilhosas e gloriosas as aguardam, sesimplesmente crerem, obedecerem

e perseverarem. Que essa seja suabênção. É minha oração, em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém. ◼

NOTAS1. Julie de Azevedo Hanks, “Keeper o the

Flame”, Treasure the Truth, compact disc,1997.

2. Doutrina e Convênios 64:34.3. Isaías 30:21.4. Isaías 1:18.5. Jeremias 31:34.6. 3 Né 15:9.

Minneapolis, Minnesota, EUA

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Para os Jovens • Você conhece pessoas que fazem

as três perguntas que o proeta

mencionou em seu discurso dasessão da manhã de domingo(página 90): “De onde viemos? Porque estamos aqui? Para onde ire-mos quando partirmos desta vida?Leia as respostas dele para essasperguntas e pense em como vocêpode compartilhar essas verdadescom as pessoas que ainda não aspossuem.

• Há pessoas que não compreen-dem que os santos dos últimos

dias acreditam em Jesus Cristo e Oseguem. Leia o discurso do ÉlderDallin H. Oaks, “Sacriício”, e refitasobre esta armação: “Nossa vidade serviço e sacriício é a maisadequada expressão de nosso compromisso de servir ao Mestre e aopróximo” (página 19). O que a suamaneira de viver diz a respeito doseu testemunho do Salvador?

• O Élder Quentin L. Cook nosensinou: “Quando camos surdos música da é, estamos ora de sin-

tonia com o Espírito” (página 41).Pense no som que um instrumento

Cristo na maneira como trata os

outros.• O Élder Russell M. Nelson falousobre muitas capacidades mara-

 vilhosas de nosso corpo ísico(página 77), e o Élder Ronald A.Rasband ensinou-nos que nossoPai Celestial nos ama mesmoquando nosso corpo não é pereito(página 80). Como se sente por terum corpo? Pense em todas as coi-sas dierentes que seu corpo podeazer. Quando az suas orações,pense em como pode dizer ao Pai

Celestial como você é grato a Elepor essa dádiva.

ELES FALARAM PARA NÓS

Onúmero da página indicada cor-

responde à primeira página dodiscurso.

Para as Crianças • O Presidente Dieter F. Uchtdorf 

mencionou duas palavras impor-tantes que ele quer que lembremosquando nos sentirmos tentadosa ser indelicados com alguém(página 70). Você lembra quaisoram essas duas palavras? Con-

 verse com seus pais sobre algunscomportamentos que ele sugeriu

que parássemos. Pense em como você pode ser mais semelhante a

Tornar a ConerênciaParte de Nossa VidaConsidere usar algumas das atividades e perguntas a seguir como ponto de partida para uma conversa em amília ou ponderação pessoal.

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desanado produz e no que podecausar a desanação de um instru-mento. Que coisas especícas você

pode azer para não vir a tornar-se“surdo à música da é”?• Vários oradores nesta conferência

alaram sobre as amílias, inclusiveaquelas em que nem todos sãomembros da Igreja; amílias de paisque criam os lhos sozinhos, e asque enrentam as mais variadasadversidades. O que esses oradoresaprenderam com a própria amíliae são gratos por isso? O que vocêama e valoriza na sua? Como você

pode contribuir para elevar osmembros de sua amília?

Para os Adultos • O Presidente Boyd K. Packer

ensinou-nos: “Uma das grandesdescobertas do papel de pai oumãe é que aprendemos muito maissobre o que realmente importacom nossos lhos do que aprende-mos com nossos pais” (página 6).Se você é pai ou mãe, pense emalgumas lições importantes que

aprendeu com seus lhos; se nãoé pai nem mãe, tente lembrar-sedas lições que aprendeu com ascrianças que você conhece. Talvezqueira compartilhar essas lições— e as circunstâncias sob as quais

 você as aprendeu — com seucônjuge, com um amigo, com seuslhos ou com outra pessoa.

• Podemos ser libertos do malquando nos voltamos para osensinamentos contidos nas escri-

turas, ensinou-nos o Élder L. TomPerry (página 94). De que maneiraos ensinamentos das escrituras jáajudaram a libertar você? Comoeles ajudaram você a escolher oque é certo?

• Diversos discursos falaram sobreconvênios, especialmente sobre osconvênios do templo. Pensem noque o Élder Robert D. Hales disse:“Tenhamos uma conversa com nós

AS ESCRITURAS NACONFERÊNCIA GERAL

Os oradores usaram as escritura

para nos ensinar na conferên-

cia geral. Talvez queira estudar as

escrituras que foram citadas com

mais frequência:

• João 13:35

• 2 Néf 2:11

• Doutrina e Convênios 18:10 *;

68:25–28*; 88:118; 115:5; 121:3

• Moisés 1:39*

* Versículos de domínio das escrituras do

 seminário

mesmos no espelho e pergunte-mos: ‘Onde estou no cumprimentode meus convênios’?” (página 34).Pense na sua resposta e talvez noque você pode azer para viverseus convênios com mais inten-sidade — e convidar outros para

azerem e viverem os deles.• O Élder Jeffrey R. Holland

(página 31), o Élder Neil L. Ander-sen (página 111) e outros alarama respeito do discipulado e doprocesso de vir a Cristo. Como temsido o seu processo de discipulado?O que você aprendeu com esses ecom outros discursos a respeito de

 vir continuamente ao Salvador?• “Nosso encargo fundamental”,

ensinou-nos o Élder D. Todd Chris-

toerson, “é o de ensinar o evange-lho de Jesus Cristo e Sua doutrinaao mundo inteiro” (página 86).Estude o discurso do Élder Chris-toerson e também o do ÉlderDonald L. Hallstrom (página 13) erefita sobre o que é o evangelhode Jesus Cristo. Que oportunida-des de ensiná-lo você tem em seular, em seu chamado e com seusconhecidos? ◼

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Índice das Histórias Contadas na Conferência A lista abaixo, com experiências selecionadas dentre os discursos da conerência geral, pode ser usada no estudopessoal, na noite amiliar e em outras situações de ensino. O número se reere à primeira página do discurso.

ORADOR HISTÓRIA

Presidente Boyd K.

Packer

(6) Os missionários dão uma mensagem de esperança a pais aitos.

(6) Boyd K. Packer é criado por pais féis, embora seu pai seja menos ativo na Igreja.

Cheryl A. Esplin (10) A neta de Cheryl A. Esplin ora para que seu irmão seja bondoso.

Élder Donald L. Hallstrom (13) O jovem Donald L. Hallstrom ouve o Presidente David O. McKay no Tabernáculo de Honolulu.

Élder Paul E. Koelliker (16) Missionários rejeitados encorajam um ao outro, o que toca o coração de um homem.

Élder Dallin H. Oaks (19) O Presidente Gordon B. Hinckley pergunta a um membro novo o quanto ele está disposto asacrifcar pelo evangelho.

(19) O irmão de dezesseis anos de um missionário brasileiro trabalha para ajudar a amília.

Élder David A. Bednar (48) O pai de David A. Bednar pergunta por que os portadores do sacerdócio não azem seuensino amiliar.

Bispo Richard C. Edgley (52) Richard C. Edgley, quando era membro da presidência da estaca, chama uma mulher menosativa para ser missionária de estaca.

(52) Equipe de resgate ora pelos prisioneiros da Segunda Guerra Mundial que iriam salvar.

Adrián Ochoa (55) Jovem sacerdote na Árica do Sul incentiva outro sacerdote a voltar para a Igreja.

(55) Jovem sacerdote no Chile consegue batizar uma amiga.

Presidente Thomas S.Monson

(66) Marinheiro dá uma bênção a um companheiro erido durante a Segunda Guerra Mundial.

(66) Quando era bispo, Thomas S. Monson escreve cartas pessoais aos militares todos os meses.

(90) Depois de saber que tem problemas de saúde, mulher decide modifcar sua vida.(90) A morte da esposa de um descrente modifca o ceticismo dele.

Élder L. Tom Perry (94) Certo membro da Igreja compartilha o evangelho com a pessoa sentada ao seu ladodurante o voo.

Élder O. Vincent Haleck (101) Os pais de O. Vincent Haleck jejuam e oram por seus flhos.

Élder Larry Y. Wilson (103) A flha de Larry Y. Wilson se sente mal por jogar utebol no domingo.

Élder David F. Evans (106) Rapaz flia-se à Igreja depois de ver o exemplo de seus amigos e colegas de quarto.

Élder Neil L. Andersen (111) O Presidente Thomas S. Monson guarda um balão por três anos e depois o devolve a uma

jovem que sobreviveu a um câncer.(111) Os três flhos da amília Saintelus são resgatados depois do terremoto no Haiti.

Ann M. Dibb (117) Certa jovem encoraja uma colega a parar de dizer palavrões.

(117) Moça guarda a Palavra de Sabedoria apesar da pressão que sore.

Elaine S. Dalton (123) Florence Chadwick chega ao fnal da prova de natação apesar do intenso nevoeiro.

Presidente Thomas S.Monson

(126) O pai é convertido ao evangelho depois de requentar o seminário com a flha.

(126) Uma jovem supera a tentação por ter participado da Mutual.

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A

s aulas do Sacerdóciode Melquisedequee da Sociedade de

Socorro realizadas no quartodomingo de cada mês serãodedicadas aos “Ensinamentospara os Nossos Dias”. Todasas aulas poderão ter por baseum ou mais discursos pro-eridos na conerência geralmais recente (ver quadroabaixo). Os presidentes deestaca e de distrito podemescolher quais discursosdevem ser usados, ou podem

delegar essa responsabi-lidade aos bispos e presi-dentes de ramo. Os líderesdevem reorçar a importânciade que tanto os irmãos doSacerdócio de Melquisede-que como as irmãs da Socie-dade de Socorro estudem omesmo discurso no mesmodomingo.

 Aqueles que partici-pam das aulas do quartodomingo são incentivados a

estudar e a levar para a salade aula a edição da revistacom os discursos da últimaconerência geral.

Sugestões para Preparar a Aula com Base nos Discursos

Ore para que o EspíritoSanto esteja ao seu lado aoestudar e ao ensinar o(s)

discurso(s). Talvez vocêqueira preparar a aulausando outro material, mas

os discursos da conerênciaazem parte do currículoaprovado. Sua tarea é aju-dar outras pessoas a apren-der e a viver o evangelhocomo nos oi ensinado namais recente conerênciageral da Igreja.

Estude o(s) discurso(s)procurando princípios edoutrinas que atendam àsnecessidades dos alunos.

Procure também histórias,reerências das escritu-ras e declarações no(s)discurso(s), que o(a) ajudema ensinar essas verdades.

Faça um esboço decomo irá ensinar essesprincípios e essas doutrinas.Seu esboço deve incluirperguntas que ajudem osalunos a:• Procurar princípios

e doutrinas no(s)

discurso(s).• Reetir sobre seu

signicado.• Compartilhar a com-

preensão, as ideias,as experiências e otestemunho.

• Aplicar esses princípiose doutrinas à própria

 vida. ◼

Carole M. StephensPrimeira Conselheira

Linda K. BurtonPresidente

Linda S. ReevesSegunda Conselheira

Mary N. CookPrimeira Conselheira

Elaine S. DaltonPresidente

Ann M. DibbSegunda Conselheira

Jean A. Stevens

Primeira Conselheira

Rosemary M. Wixom

Presidente

Cheryl A. Esplin

Segunda Conselheira

Larry M. GibsonPrimeiro Conselheiro

David L. BeckPresidente

Adrián OchoaSegundo Conselheiro

David M. McConkiePrimeiro Conselheiro

Russell T. OsguthorpePresidente

Matthew O. RichardsonSegundo Conselheiro

Presidências Gerais das AuxiliaresSOCIEDADE DE SOCORRO

MOÇAS

PRIMÁRIA

RAPAZES

ESCOLA DOMINICAL

Ensinamentos para osNossos Dias

* Para as aulas do quarto domingo de abril e de outubro, o(s)

discurso(s) deve(m) ser selecionado(s) da conferência anterior ou da

conferência mais recente. Esses discursos estão disponíveis (em vários

idiomas) no site conference.LDS.org.

MESES EM QUE AS LIÇÕES

SÃO ENSINADAS

MATERIAL PARA AS AULAS DO

QUARTO DOMINGO

Abril de 2012 a Outubrode 2012

Discursos da conferência geral* de abril de 2012

Outubro de 2012 a Abrilde 2013

Discursos da conferência geral* de outubro de 2012

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Quórum dos Setenta: Os ÉlderesLarry Echo Hawk, Robert C. Gay, eScott D. Whiting. Foram chamados, dSegundo Quórum dos Setenta para oPrimeiro Quórum: Os Élderes Craig ACardon e Stanley G. Ellis.

O Bispo H. David Burton e seusconselheiros serviram juntos no Bispad

Presidente por mais de dezesseis anos.Embora tenha havido Bispos Presi-dentes que serviram por mais tempo,nenhum Bispado Presidente serviu coma mesma composição por tanto tempo

Leia a biograa desses novosrecém-chamados a partir da página135. ◼

Para obter o texto e os arquivos emvídeo da conerência geral em váriosidiomas, visite o site conerence.LDS.org

Steven E. Snow oi desobrigado daPresidência dos Setenta; 37 Setentasde Área oram também desobrigados.Para ver a lista completa dos apoios edas desobrigações, ver a página 27.

Para o Bispado Presidente, oramchamados Gary E. Stevenson, BispoPresidente; Gérald Caussé, Primeiro

Conselheiro, e Dean M. Davies,Segundo Conselheiro. Para a novapresidência geral da Sociedade deSocorro, oram chamadas Linda K.Burton, presidente; Carole M.Stephens, primeira conselheira, eLinda S. Davies, segunda conselheira.

O Élder Richard J. Maynes, doPrimeiro Quórum dos Setenta, oichamado para servir na Presidênciados Setenta.

Foram chamados para o Primeiro

N O T ÍC IAS DA IG RE J A  

“Não podemos reunir-nostodos sob o mesmo teto”,disse o Presidente Thomas S.

Monson, Presidente da Igreja, na ses-são de abertura da 182ª ConerênciaGeral Anual em 31 de março de 2012,“mas, podemos agora participar daconerência por meio das maravilhas

da televisão, do rádio, da transmissão via cabo e via satélite, e da Internet— até mesmo em dispositivos móveis.Reunimo-nos alando vários idiomas,morando em muitos países, mas todoscom uma só é, uma só doutrina e umúnico propósito.”

Essa oi uma armação verdadeirapara mais de 100.000 pessoas queassistiram às sessões da conerênciageral no Centro de Conerências emSalt Lake City, Utah, EUA, em 31 demarço e 1º de abril, e para outros

milhões que assistiram ou ouvirampela televisão, pelo rádio, por satélitee transmissões via Internet. Entre astransmissões ao vivo e retransmissões,os membros e outros ao redor domundo participaram — ou vão partici-par — em 94 idiomas.

 Antes mesmo de a conerênciacomeçar, muitos membros da Igrejadigitavam nesses modernos aparelhospara convidar outros a participaremda conerência. Os novos widgets,

banners, e imagens inormativas apre-sentadas em março e disponíveis emmúltiplos idiomas, serão incluídos nosite conerence.LDS.org nas semanasque antecedem cada conerência geral.

 Várias mudanças oram eitas naliderança geral da Igreja durante a ses-são da tarde de sábado. Entre os queoram desobrigados estão os membrosdo Bispado Presidente e a presidênciageral da Sociedade de Socorro. Élder

A 182ª Conerência Geral Anual Traz Mudançasna Liderança dos Setenta, do Bispado e daSociedade de Socorro

Várias mudanças oram eitas na liderança geral da Igreja na sessão da tardede sábado. Entre os novos chamados estão os membros do Bispado Presidentee a presidência geral da Sociedade de Socorro. O Élder Richard J. Maynes oi chamado para a Presidência dos Setenta; 40 novos Setentas de Área tambémoram chamados.

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Élder Craig A.Cardon Dos Setenta

Élder Richard J.Maynes Da Presidência dos Setenta

OÉlder Craig Allen Cardon, recém-chamado parao Primeiro Quórum dos Setenta (era do SegundoQuórum), reconhece a infuência do espírito em

todas as coisas boas de sua vida.“Meu pai e minha mãe me ajudaram, quando era

menino, a reconhecer a voz do Espírito, a saber o que euestava sentindo”, relembra. “Essa comunicação do Senhorestá disponível a todos os que a buscam diligentemente, eé essencial nesta grande obra.”

Depois de uma missão na Itália, o Élder Cardon casou-s

com Deborah Louise Dana em novembro de 1970, no Templo de Mesa Arizona. Treze anos depois, o Élder Cardontornou-se presidente da Missão Itália Roma. Na época, osétimo de seus oito lhos tinha nascido e a idade deles

 variava de nove meses a onze anos.“Só esse ato já diz muito a respeito da irmã Cardon”,

disse o Élder Cardon. “Sua é, seu amor, a paciência e abondade têm sido uma bênção maravilhosa para mim, parnossa amília e para todos os que a conhecem.”

De 2006 a 2011, o Élder Cardon serviu na Presidência d Área Árica Oeste, experiência que ele descreve como “umbênção notável, de trabalhar entre pessoas a quem amamoproundamente”.

Por toda a vida, o Élder Cardon dedicou grande partede seu tempo ao trabalho lantrópico com organizaçõesnacionais e internacionais voltadas à amília e à juventude.

O Élder Cardon é lho de Wilord Pratt e Vilate AllenCardon. Nasceu em Mesa, Arizona, EUA, em dezembro de1948. Após ormar-se em Contabilidade pela Universidadedo Estado do Arizona, tornou-se autônomo em múltiplasáreas comerciais. Mais tarde, recebeu o MPA da FaculdadeKennedy da Universidade de Harvard.

 Antes do seu chamado como Autoridade Geral, serviucomo presidente do quórum de Élderes, missionário deestaca, presidente de missão, bispo, presidente de estaca,

proessor de Doutrina do Evangelho e instrutor do instituto“O Senhor está reunindo Seus lhos por todos os cantosda Terra”, disse o Élder Cardon. “Não importam as circuns-tâncias individuais, a graça de Jesus Cristo é suciente paratodos os que vierem a Ele.” ◼

“Toda pessoa existente sobre a Terra é um lho deDeus, e Ele ama a todos os Seus lhos igualmente”,disse o Élder Richard John Maynes, recém-chamado

para a Presidência dos Setenta. Esse, disse ele, é o primeiroprincípio do evangelho que lhe ocorre quando refetesobre seu serviço em âmbito internacional, inclusive comatribuições no Uruguai, Paraguai, México, Equador, Peru enas Filipinas.

“As bênçãos eternas que nos advêm com a aceitação e aaplicação na vida, dos princípios que Jesus Cristo ensinou,

 vão exaltar, no nal, todos os lhos do Pai Celestial, nãoimporta onde vivam ou quais desaos enrentem nesteestado probatório”, acrescentou.

O Élder Maynes nasceu em outubro de 1950, em Berkeley,Caliórnia, EUA, lho de Stan e Betty Maynes. Iniciou seu ser-

 viço internacional em 1969, quando serviu como missionáriode tempo integral no Paraguai e no Uruguai até 1971.

Casou-se no Templo de Manti Utah com Nancy Purrin-gton, que conheceu quando trabalhou em um hotel emIdaho, em agosto de 1974. O casal tem quatro lhos.

O Élder Maynes ormou-se no mesmo ano, na Univer-sidade Brigham Young, em Administração de Empresas e,mais tarde, obteve o MBA na Faculdade Thunderbird de

 Administração Global. Ele passou toda sua vida prossionalcomo proprietário e administrador de uma empresa espe-cializada em automação industrial.

O Élder Maynes serviu como presidente da MissãoMéxico Monterrey de 1989 a 1992. Foi chamado para Auto-ridade Geral em 1997. A partir daí, serviu na presidênciadas Áreas América do Sul Noroeste, América do Sul Oeste,e Filipinas. Ele também serviu no Conselho Executivo doSacerdócio da Igreja como Diretor Assistente Executivo noDepartamento Missionário e como Diretor Executivo noDepartamento de História da Família.

Em 20 de janeiro de 2012, oi chamado para servir na

Presidência dos Setenta, sucedendo ao Élder Steven E.Snow, que oi chamado como Historiador e Registrador daIgreja. ◼

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Élder Stanley G.Ellis Dos Setenta

Élder LarryEcho Hawk Dos Setenta

OÉlder Stanley Gareld Ellis sabia que ninguém conseguiria provar a existência de Deus por meios cien-tícos, mas aprendeu, na Universidade de Harvard

que conseguiria provar Deus ao testar Suas promessas. Nomeio de seu primeiro ano na universidade, ele cou semdinheiro e procurou um emprego para pagar as despesas.Embora duvidasse que conseguiria pagar o dízimo e aindapagar as contas, ele decidiu pôr à prova o Senhor (verMalaquias 3:10).

“Paguei primeiro meu dízimo, e um milagre aconteceu”

disse o Élder Ellis, chamado recentemente do SegundoQuórum dos Setenta para o Primeiro Quórum. “Conseguichegar bem até o pagamento seguinte. E isso aconteceua cada duas semanas durante o semestre inteiro. Ao azerprova do Senhor, solidiquei meu testemunho de que Ele éreal e que Ele cumpre Suas promessas.”

O Élder Ellis nasceu em janeiro de 1947 em Burley,Idaho, EUA, lho de Stephen e Hazel Ellis, e cresceu numaazenda do lugar. Depois de um ano em Harvard, serviu naMissão Brasileira de 1966 a 1968. Depois de retornar, ele secasou com Kathryn Kloeper, em junho de 1969, no Templde Los Angeles Caliórnia. O casal tem nove lhos.

 Após ormar-se em Harvard, onde recebeu o grau de

bacharel em Administração Pública, ormou-se em Direitopela Universidade Brigham Young. O Élder Ellis trabalhoucom planejamento tributário e tornou-se ocial-chee exe-cutivo de uma empresa de consultoria nanceira.

 Antes de ser chamado para o Primeiro Quórum dosSetenta, o Élder Ellis serviu na presidência das Áreas

 América do Norte Sudoeste, Brasil Norte, Área Brasil e noComitê de Mudança de Fronteiras e Liderança. De 1999a 2002, ele serviu como presidente da Missão Brasil SãoPaulo Norte. Também já oi presidente de estaca, conse-lheiro na presidência da estaca, sumo conselheiro, con-selheiro no bispado, presidente do quórum de Élderes e

presidente dos Rapazes na ala e na estaca. ◼

Desde o dia, em 1972, em que o Élder Larry EchoHawk ouviu o então Élder Spencer W. Kimball(1895–1985) alar de sua visão dos nativos indígenas

norte-americanos como líderes instruídos, ele tem dedicadoa vida para “elevar as pessoas”.

Membro da Nação Pawnee, o Élder Echo Hawk nasceuem Cody, Wyoming, EUA, em agosto de 1948, lho deErnest e Jane Echo Hawk. Cresceu em Farmington, NovoMéxico, EUA, onde ele e a amília oram ensinados e bati-zados pelos missionários SUD, em 1962.

Com a idade de dezessete anos, depois de ser atingidono olho por uma bola de beisebol, ele prometeu ao Senhorque, se não perdesse a visão, leria o Livro de Mórmon. Elerecuperou o uso do olho e passou a ler dez páginas por diapelos três meses seguintes.

“Foi a mais grandiosa experiência espiritual que tinha vivenciado; nela, o Espírito Santo me testicou que o Livrode Mórmon era verdadeiro”, disse o Élder Echo Hawk.“Essa experiência me ajudou a melhorar por toda a vida.”

Ele oi recrutado pela Universidade Brigham Young–Provo numa bolsa de estudos graças ao utebol e ormou-seem Educação Física e Zoologia. Em 1970, oi dispensadohonrosamente da Corporação da Marinha dos Estados Uni-

dos, depois de dois anos de serviço. Concluiu seu douto-rado em Direito pela Universidade de Utah em 1973.

O Élder Echo Hawk trabalhou como advogado, legis-lador estadual, procurador-geral do Estado, proessor deDireito na BYU e Secretário Assistente no Departamento deInterior para os Assuntos da Índia — posição da qual abrirámão para aceitar o chamado para o Primeiro Quórum dosSetenta.

O Élder Kimball oi o ociante no casamento do ÉlderEcho Hawk e sua esposa, Terry Pries, no Templo de SaltLake, em dezembro de 1968. Ela permaneceu a seu ladoenquanto serviu como proessor, bispo, sumo conselheiro e

presidente de estaca. O casal tem seis lhos. ◼

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Élder Scott D.Whiting Dos Setenta

Élder Robert C.Gay Dos Setenta

OÉlder Scott Duane Whiting acredita que suas opor-tunidades na vida trabalhando a serviço de Deustêm por base alguns importantes pontos de decisão

Ele nasceu em abril de 1961, lho de Duane e Beverly Whiting. O Élder Whiting cresceu em Salt Lake City, Utah,EUA. Ele acha que sua primeira decisão importante oiservir missão, seguida de perto da decisão de por quantotempo serviria. Devido às circunstâncias da época, o Élder

 Whiting podia escolher entre servir por dezoito meses oudois anos. “Minha decisão de servir por mais seis meses

oi crucial na preparação para mais tarde servir na Igreja”,disse ele.Depois de completar o serviço na Missão Japão Tóquio,

ele conheceu sua utura esposa, Jeri Olson, por meio deum amigo comum. A escolha de casar-se com ela oi outradecisão undamental. Eles oram selados no Templo de SalLake, em abril de 1984.

Depois de obter o grau de bacharel em Japonês naUniversidade Brigham Young, o Élder Whiting recebeumais tarde o doutorado em Direito, na Faculdade de DireitMcGeorge, da Universidade do Pacíco.

Outra grande decisão que o Élder Whiting tomou oiquando aceitou o chamado, eito pelo Élder M. Russell

Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, de servir comobispo. O Élder Ballard perguntou-lhe se seria capaz decumprir suas responsabilidades. Ele deu sua palavra aoapóstolo e, embora tenham surgido oportunidades pro-ssionais mais lucrativas, que o obrigariam a mudar-se, oÉlder Whiting cumpriu sua promessa.

Seu serviço ajudou-o a desenvolver paixão por “entrarno lar dos membros menos ativos e ajudá-los a renovar ouazer convênios com Deus”.

O casal Whiting tem cinco lhos. Antes de seu chamadopara o Primeiro Quórum dos Setenta, trabalhou numaempresa de investimento em imóveis no Havaí. O Élder

 Whiting serviu como presidente do quórum de Élderes,bispo, sumo conselheiro, presidente dos Rapazes na estacapresidente de estaca e Setenta de Área. ◼

Em suas designações eclesiásticas, o Élder Robert Chris-topher Gay sempre ala da mensagem de Jesus Cristocomo “o evangelho da libertação”.

“É isso que vimos e sentimos durante toda a vida”,disse o Élder Gay, reerindo-se a si mesmo e a sua esposa,Lynette Nielsen Gay. “Adoramos o Deus da libertação espi-ritual, ísica, mental e emocional. Por meio da Expiação deCristo, todos os nossos ardos podem tornar-se leves. Pormeio Dele, encontramos as orças, a paz e a graça neces-sárias para suportar as provações da vida e retornar para

nosso Pai Celestial.”O Élder Gay atribui sua maior satisação aos serviçoshumanitários que ele e a irmã Gay tiveram a bênção deoerecer, tanto perto quanto longe de casa. Por exemplo,antes e depois de servir como presidente da Missão AcraGana, de 2004 a 2007, ele e a irmã Gay trabalharam nos

 vilarejos aricanos e em vários lugares, construindo escolase clínicas médicas e ajudando nos programas de alabetiza-ção e de microcrédito. As organizações undadas por eles eoutros associados ajudaram a mudar a condição de milhõesde pobres por todo o mundo.

Nasceu em setembro de 1951, em Los Angeles, Caliór-nia, EUA, lho de Bill e Mary Gay. Conheceu sua utura

esposa por meio de um amigo comum no Ensino Médio, aquem eles ajudaram mais tarde a entrar para a Igreja. Elesse casaram no Templo de Los Angeles Caliórnia, em abrilde 1974. O casal tem sete lhos.

O Élder Gay é bacharel pela Universidade de Utah erecebeu o doutorado pela Universidade de Harvard, ondetambém leciona Economia.

Envolvido com o setor de patrimônio por mais de 25anos, o Élder Gay trabalhou internacionalmente para inves-tir em negócios e expandi-los.

Por ocasião de seu chamado para o Primeiro Quórumdos Setenta, ele servia como Setenta de Área na Área

 América do Norte Sudeste. Além de servir missão detempo integral na Espanha de 1971 a 1973, o Élder Gay oiconselheiro no bispado, sumo conselheiro, líder do grupode sumos sacerdotes, proessor de Doutrina do Evangelho,líder de missão na ala e presidente dos Rapazes na ala. ◼

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Bispo GéraldCaussé Primeiro Conselheiro no Bispado Presidente 

Bispo Gary E.Stevenson Bispo Presidente 

Desde a inância, o Bispo Gérald Jean Caussé, chamadrecentemente como Primeiro Conselheiro no BispadoPresidente, sempre sentiu alegria por servir na Igreja

Isso oi muito bom, disse ele, pois em seu pequeno ramoem Bordeaux, França, todos precisavam manter a unidadeem uncionamento. Além de servir nos quóruns do Sacer-dócio Aarônico durante a juventude, serviu como pianistada Primária aos doze anos de idade, como conselheiro napresidência da Escola Dominical aos quatorze, e como presidente da Escola Dominical aos dezesseis.

“Servir na Igreja me ajudou a obter meu testemunho”,arma. Seu pai, que serviu várias vezes como presidente dramo e bispo, oi particularmente importante para que oBispo Caussé tivesse uma experiência positiva.

“Quando eu era adolescente, ele me envolvia no ensinoamiliar ou nas visitas às amílias necessitadas”, lembra oBispo Caussé. “Observá-lo oi provavelmente a melhorexperiência de aprendizado na preparação para a liderançno sacerdócio.”

Mais tarde, o Bispo Caussé serviu como secretário daala, presidente do quórum de Élderes, líder do grupo desumos sacerdotes, conselheiro do bispo, conselheiro napresidência da estaca, presidente de estaca, Setenta de

 Área e, mais recentemente, como membro do PrimeiroQuórum dos Setenta.

O Bispo Caussé nasceu em Bordeaux, França, em maiode 1963, lho de Jean e Marie-Blanche Caussé. Serviu naForça Aérea Francesa por um ano quando era rapaz, épocem que oi designado para uma agência da OTAN.

Ele recebeu o grau de mestrado em Economia pelaESSEC (École Supérieure des Sciences Économiques etCommerciales), em 1987. Iniciou sua carreira azendoconsultoria estratégica, passando seis anos trabalhando nasliais de Paris e Londres de uma empresa de consultoria.Mais tarde, trabalhou para um importante grupo de varejo

na Europa e, pouco antes de seu chamado para o PrimeiroQuórum dos Setenta, em 2008, trabalhava como gerentegeral e membro da diretoria do maior distribuidor de ali-mentos da França.

Ele e Valérie Lucienne Babin casaram-se em agosto de1986 no Templo de Berna Suíça. O casal tem cinco lhos. ◼

OBispo Gary Evan Stevenson diz que passou grandeparte da vida observando o trabalho essencialrealizado pelos bispos ao redor do mundo. Seu pai,

diz ele, oi “o bispo da minha juventude, e seu trabalho meinfuenciou proundamente”.

Em várias ocasiões, o pai do Bispo Stevenson o convi-dava para acompanhá-lo nas visitas a uma das mais de 60

 viúvas que moravam na ala. De seu pai, o Bispo Stevensonaprendeu lições sobre o serviço cristão e o cuidado aosnecessitados. Essas lições, disse ele, serão extremamente

úteis em seu chamado como Bispo Presidente da Igreja.“Os bispos da Igreja são meus verdadeiros heróis”, disseele. “Todos os dias, eles exercem uma enorme infuêncianos membros da Igreja, em especial nas crianças, nos rapa-zes e nas moças.”

O Bispo Stevenson nasceu em agosto de 1955, lho deEvan N. e Vera Jean Stevenson. Cresceu em uma amíliadescendente dos pioneiros no Vale Cache, Utah.

 Ainda rapaz, ele aceitou o chamado de servir comomissionário no Japão. Essa designação instilou no BispoStevenson o amor que sente tanto pela Ásia como por com-partilhar o evangelho, que continuou sentindo portoda a vida.

Depois de retornar da missão, matriculou-se na Univer-sidade do Estado de Utah. Foi lá que ele conheceu (e seapaixonou imediatamente por) Lesa Jean Higley. Eles secasaram em abril de 1979, no Templo de Idaho Falls Idaho.O casal tem quatro lhos.

O Bispo Stevenson ormou-se em Administração deEmpresas e, mais tarde, tornou-se sócio undador e traba-lhou como presidente de uma empresa de produção deequipamentos para academia de ginástica.

Ele serviu em uma variedade de chamados da Igreja,inclusive conselheiro na presidência da estaca, bispo e pre-sidente da Missão Japão Nagoya (2004–2007). Foi chamado

para o Primeiro Quórum dos Setenta em 2008 e serviucomo conselheiro e presidente na Área Ásia Norte. ◼

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Linda K. Burton Presidente Geral daSociedade de Socorro

Bispo Dean M.DaviesSegundo Conselheiro no Bispado Presidente 

Quando Linda Kjar Burton era adolescente, algo coclaro em sua mente durante uma reunião da Igrejaem Christchurch, Nova Zelândia. “Eu soube que o

evangelho era verdadeiro”, relembra. “Eu também per-cebi que sempre o soubera.” Esse testemunho vai, agora,apoiá-la em seu serviço como presidente geral da Socie-dade de Socorro.

Ela nasceu em Salt Lake City, Utah, EUA, Filha de Mar- jorie C. e Morris A. Kjar. A irmã Burton tinha treze anos deidade quando sua amília saiu de Utah devido ao chamado

de seu pai, que presidiu a Missão New Zeale Sul. A irmãBurton, a segunda dentre seis lhos, requentou a FaculdadeNew Zeale, de propriedade da Igreja, e conheceu outros

 jovens SUD da região do Pacíco. Voltou para Salt Lake Citynão só trazendo amor por culturas e tradições dierentes,mas especialmente por sua amília e pelo Senhor.

 A irmã Burton requentava a Universidade de Utahquando conheceu e se casou com Craig P. Burton, emagosto de 1973, no Templo de Salt Lake. O casal decidiunão demorar para ter lhos. O primeiro dos seis lhos docasal nasceu menos de um ano depois.

 Trabalhando ao lado do marido, ela conseguia car emcasa com os lhos enquanto ele desenvolvia sua carreira

como corretor de imóveis. Logo, os desaos nanceirosensinaram o casal a olhar o uturo com conança, “poissabíamos que tínhamos eito algo diícil com a ajuda doSenhor”, explica ela.

 A amília tinha érias simples e todos adoravam car juntos. A irmã Burton serviu nas Moças, na Primária, naEscola Dominical, e também na junta geral da Primária e dSociedade de Socorro. Serviu ao lado do marido quandoele presidiu a Missão Coreia Seul Oeste, de 2007 a 2010. Nocampo missionário, a irmã Burton descobriu — assim comhavia acontecido tempos atrás, na Nova Zelândia — que oamor transcende o idioma e a cultura.

Ela espera, na nova designação, aplicar novamentealguma coisa do que ela aprendeu com uma amiga naCoreia: “Eles vão sentir o seu amor”. ◼

Quando o Presidente da Igreja pede ao Bispo DeanDavies detalhes sobre um local provável para umtemplo, como quanto tempo leva para caminhar até

o ponto de ônibus mais próximo, o irmão Davies não recitameras inormações. Ele conhece bem a experiência do re-quentador do templo, pois já ez esse trajeto a pé.

“Como é que você az isso?” perguntou-lhe certa vez oPresidente Gordon B. Hinckley.

 Ter a devoção e a atenção ocada nos detalhes é o modode viver do Bispo Dean Myron Davies, recentemente cha-

mado como Segundo Conselheiro no Bispado Presidente.Ele nasceu em Salt Lake City, Utah, EUA, em setembrode 1951, lho de Oliver T. e Myra Davies. O Bispo Daviesoi criado em uma amília onde o amor e o trabalho eramos princípios orientadores. Se ele desejasse obter qualquercoisa, precisava merecê-la. Se os apelos persistentes eitosà mãe alhavam, para receber o brinquedo tão desejado,ele examinava suas opções. Ele ainda se lembra do esgo-tamento ísico e da satisação resultantes de empurrar um

 velho e pesado cortador no meio da grama alta do terrenode um vizinho.

Depois de servir na Missão Uruguai/Paraguai de 1970 a1972, voltou para casa e casou-se com Darla James, amiga

de sua juventude, em junho de 1973, no Templo de SaltLake. O Bispo Davies recebeu o grau de bacharel em Eco-nomia Agrícola pela Universidade Brigham Young em 1976e, mais tarde, submeteu-se a um treinamento executivoavançado nas Universidades Stanord e Northwestern.

Com o passar dos anos, ele e a esposa e os cinco lhosmoraram em seis Estados dierentes, devido a seu envol-

 vimento com o ramo imobiliário. Serviu como presidentede estaca, como conselheiro na presidência da estaca, emcinco sumos conselhos, em bispados e em vários chama-dos na ala. Ele também serviu como presidente da MissãoPuerto Rico San Juan, de 1998 a 2001. Por ocasião de seu

chamado mais recente, ele trabalhava como diretor admi-nistrativo no Departamento de Projetos Especiais da Igreja.Entre as lições que aprendeu na vida, destaca “o Senhor

ama e guia Seus lhos”. ◼

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Linda S. ReevesSegunda Conselheirana Presidência Geral daSociedade de Socorro

Carole M.Stephens Primeira Conselheirana Presidência Geral daSociedade de Socorro

Linda Sheeld Reeves aprendeu desde pequena com amãe, que se havia convertido à Igreja, a voltar-se paraDeus em momentos de diculdade e a lutar pela exce-

lência, conorme seu pai lhe ensinou.“Obtive um orte testemunho desde cedo em minha

 vida, devido aos desaos que me ajudaram espiritualmentea amadurecer logo”, disse ela.

 A irmã Reeves nasceu em Los Angeles, Caliórnia, EUA,em agosto de 1951, lha de Elbert Jolley e Barbara WelschSheeld. Ela se lembra de olhar para cima, aos treze anos d

idade, para um céu orrado de estrelas, num acampamentodas Moças, e oerecer uma sincera oração: “Pai, estás aí?”“Fui envolvida por Seu Espírito, pelo conhecimento

de Sua presença e realidade, e de Seu amor por mim”,relembra.

 A irmã Reeves conheceu Melvyn Kemp Reeves emsua ala, em Pasadena. Namoraram durante o período naUniversidade Brigham Young, depois da missão dele.Casaram-se em junho de 1973, no Templo de Los AngelesCaliórnia, e tornaram-se pais de treze lhos.

Em meio às provações, a irmã Reeves manteve seu testemunho da Expiação, especialmente depois da morte de sulha de dezessete anos, Emily Michelle, em um acidente d

carro em 2005.“A adversidade é uma grande mestra”, disse ela. “A

adversidade nos edica e nos prepara para o uturo serviçono reino, em nosso lar, em nossa comunidade, e paratornar-nos um instrumento nas mãos do Senhor.”

 Antes de seu chamado para a presidência geral daSociedade de Socorro, a irmã Reeves serviu com o maridoquando ele presidiu a Missão Caliórnia Riverside de 2008a 2011. Seu serviço na Igreja inclui os cargos de presidenteda Sociedade de Socorro na estaca, presidente das Moçasna ala, líder de música na Primária e proessora na EscolaDominical.

 A irmã Reeves ormou-se na BYU em 1974 como bacharel em Educação Especial. Possui muitas paixões, entre elaarte, música, otograa, história da amília e obra missio-nária. Ela não tem medo de expor suas opiniões, especial-mente quando se trata de compartilhar o evangelho de

 Jesus Cristo com as pessoas que conhece. ◼

Carole Manzel Stephens sempre respeitou as coisassagradas e santas. Essa reverência começou quandoera apenas uma menina, na ocasião em que a amí-

lia oi selada no templo depois da conversão de sua mãeao evangelho.

“Eu não compreendia tudo o que estava acontecendo”,disse a nova primeira conselheira na presidência geral daSociedade de Socorro. “Mas eu sabia que era algo espe-cial. Eu tinha idade suciente para lembrar que o temploera um lugar sagrado.”

 A irmã Stephens nasceu em março de 1957, lha deCarl L. e Forest Manzel. Ela oi a terceira dos nove lhosdo casal e cresceu em Ogden, Utah, EUA. Ela se lembracom clareza do exemplo dos pais quanto ao serviço, aosacriício e quanto ao que signica ter a amília e a Igrejacomo prioridades principais.

“O evangelho era tudo para eles, e eles nos mostrarampelo exemplo o que é o serviço cristão”, disse ela. “Elesnos ensinaram o signicado do serviço — como servirrealmente.”

Os pais serviram em dierentes unções e sempreincluíam os lhos. Foi nesse período que eles solidica-ram a amizade uns pelos outros, algo que ela e o marido,

Martin “Marty” Stephens, tentam azer com os próprioslhos, seis no total.

Ela e Marty se conheceram quando requentaram aUniversidade Weber State em Ogden, Utah, onde ela estu-dou Educação na Primeira Inância. Eles se casaram emabril de 1976, no Templo de Logan Utah. A irmã Stephensdisse que ela e o marido ormam uma “boa equipe”depois de tanto tempo, pois apoiam um ao outro nasdiversas designações, inclusive em seus chamados comopresidente, conselheira e proessora da Sociedade deSocorro na ala e na estaca, presidente das Moças na ala,conselheira, proessora e akelá na Primária da ala, proes-

sora de seminário e missionária de serviço na Igreja.“Em todas as unções, tivemos muita alegria e elici-dade”, arma. “Incluímos nossos lhos e netos em nossoserviço. Graças a isso, desenvolvemos ortes relaciona-mentos amiliares ao servir juntos.” ◼

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Como parte do esorço de ajudaros membros a ter mais acessoaos conselhos de amados

proetas e apóstolos do passado, aIgreja tem incluído arquivos em áudioe vídeo na seção da conerência geraldo site LDS.org.

 Até junho de 2012, os arquivosonline em inglês conterão o áudio e o vídeo de todas as conerências geraisdesde abril de 1971 até o presente.

 Anteriormente, só os textos das cone-rências até 1971 estavam disponíveis;os vídeos em inglês iam apenas até2002. Também até junho de 2012,a Igreja disponibilizará os ormatosem áudio e vídeo dos discursos dasconerências até 2008 em mais de 70outros idiomas.

“Embora a maioria dos membros

da Igreja acessem a seção de cone-rência geral do site LDS.org para ler,

 ver e ouvir os discursos da conerên-cia mais recente, muitos membros

também estão interessados em acessarconerências anteriores”, disse oÉlder Patrick Kearon, dos Setenta. “Opropósito dessa iniciativa é tornar asmensagens da conerência muito maisacessíveis aos membros da Igreja aoredor do mundo.”

 A Igreja também vai incluir arqui- vos com as músicas da conerência. Atualmente, os membros podem ouviro Coro do Tabernáculo Mórmon apre-sentar músicas até 2008; basta clicarem Show Music no alto de cada ses-são da conerência no site LDS.org.Um novo arquivo de músicas (GCmusic.lds.org) permite buscas atravésde múltiplos arquivos e conerências.

Existem planos para tornar osarquivos acessíveis não só pelo LDS.org, mas também pelos aplicativos

móveis da Igreja, como o GospelLibrary app, e outros veículos, inclu-sive o Mormon Channel no Roku e no

 YouTube. ◼

Áudio e Vídeo até 1971 São Incluídos

nos Arquivos das ConerênciasHeather Whittle Wrigley Notícias e Acontecimentos da Igreja

 A música de todas as sessões daconerência datadas até 2008 podem

agora ser ouvidas ou baixadas do GCmusic.lds.org.

Am de ajudar a liderança emseus deveres e de apresentar osrecursos que podem ser usa-

dos nos treinamentos de liderança dosacerdócio e das auxiliares, as presi-

dências gerais de quatro organizaçõesauxiliares da Igreja realizaram, no nalde março, um treinamento para oslíderes da estaca e da ala. (O treina-mento para os líderes dos Rapazes serrealizado em 10 de maio.) Webcasts, tanto ao vivo quanto mediante solici-tação, oram ou serão oerecidos paratodas as cinco organizações auxiliaresem inglês e espanhol. Um resumo dasquatro sessões de treinamento realiza-das em março é apresentado a seguirpara os que não têm acesso à rede.

PrimáriaO propósito da Primária é ajudar

as crianças ao longo do caminho queleva à conversão, disse Rosemary M.

 Wixom, presidente geral da Primária,durante o treinamento para as líderesda Primária, em 28 e 29 de março.

“Queremos [que as crianças daPrimária] sintam, amem, ajam”, disseela. “Queremos que elas tenham umtestemunho. (…) Testemunho signica

declarar. Queremos dar um passo àrente. Conversão signica agir. Quere-mos que essas crianças tenham e sintamas sementes da conversão em sua vida.

 A irmã Wixom e suas conselheiras Jean A. Stevens e Cheryl A. Esplin,disseram às lideres da Primária na alae na estaca que elas podem ajudaros pais a plantar essas sementes deconversão. A irmã Wixom disse queo processo de conversão começa

Reuniões de

Treinamento deAuxiliares Onlineem Inglês eEspanhol

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na mais tenra idade. “O ideal é quecomece no lar, onde os pais amam oSenhor com todo o coração, com toda

a alma e com todo o poder. E assimeles ensinam seus lhos.”Ela disse que as crianças compreen-

derão o signicado de se converter“bastando apenas que dediquemosnosso tempo ensiná-las”. E, acrescentou,se os pais e os líderes da Primária não asensinarem, “o mundo o ará”.

Os membros da junta geral da Pri-mária também zeram apresentaçõessobre como usar a música para ensinaros princípios do evangelho e sobre os

recursos disponíveis para as líderes daPrimária no site LDS.org.

Sociedade de Socorro“Vocês lideram uma obra exce-

lente!” disse Julie B. Beck, que oidesobrigada como presidente geralda Sociedade de Socorro na sessão datarde de Sábado, às líderes da Socie-dade de Socorro, durante a sessão detreinamento de auxiliares realizada em27 e 28 de março. “Esta é a obra doSenhor. (…) Temos uma responsabili-

dade de muita importância.” A irmã Beck alou sobre muitos

assuntos, inclusive os propósitos daSociedade de Socorro, o importantepapel da mulher em sua amília, oensino (especialmente às novas irmãsda Igreja), o trabalho nos comitês e osprincípios da liderança.

 Atenham-se ao que é básico, dissea irmã Beck. “É um trabalho simples, eo Senhor coloca as ideias sob oco. Sepercebemos o que precisamos azer,

Ele nos ajudará por revelação quantoà implementação. Nós receberemosrevelação por todo o caminho.”

Durante todo o treinamento, apresidência e a junta geral da Socie-dade de Socorro mantiveram o ocoem buscar respostas no  Manual 2: Administração da Igreja e tambémno livro Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro.

Escola Dominical A Biblioteca do Treinamento de

Liderança, novo recurso no site LDS.

org, oi um importante ponto de con- vergência no treinamento de liderançada Escola Dominical realizado em28 de março.

Partes de diversos videoclipes dabiblioteca oram mostrados para darsuporte à discussão sobre o que oirmão Russell T. Osguthorpe, pre-sidente geral da Escola Dominical,descreveu como os quatro principaistópicos da reunião:

• O papel do líder da Escola Domini-cal na ala ou na estaca.• Como ajudar outras pessoas a

compreender o papel da presidên-cia da Escola Dominical no apri-moramento do ensino em todas asorganizações da ala e da estaca.

• Como aconselhar-se nas reuniõesde presidência com mais ecácia.

• Como orientar os professores eoerecer eetivo apoio contínuo.

“A Biblioteca de Treinamento de

Liderança, vocês verão, será uma daserramentas mais importantes queterão para ajudá-los a treinar os mem-bros de outras auxiliares e da EscolaDominical em suas responsabilidades”,disse David M. McConkie, primeiroconselheiro na presidência geral daEscola Dominical. “A Biblioteca oipreparada por todas as auxiliares da

Igreja, por membros dos Setenta, epor membros do Quórum dos Doze

 Apóstolos. Trata-se de um projeto que

continuou por muitos anos e alcançoumuitos continentes.” A biblioteca pode ser acessada

no site LDS.org clicando primeiroem Menu na página inicial e, depoisclicando no link Leadership Train-ing Library , na coluna Servirna Igreja.

Moças“Os padrões não mudaram, mas o

mundo mudou”, disse Elaine S. Dalton

presidente geral das Moças, duranteas reuniões de treinamento de auxiliares das Moças, em 27 e 28 de março.Ela incentivou as líderes a “mudar omundo” sendo um bom exemplo de

 viver uma vida virtuosa.“Seu chamado não é aleatório”,

disse ela. “Sua aparência, sua maneirade se vestir e seu sorriso aetarão essamoças (…) só por estar com elas e poensinar-lhes a alegria de ser mulher e

 viver o evangelho. (…) Devemos serrecatadas. Devemos ser vigilantes. Pre

cisamos ensinar pelo exemplo e comgrande amor.”

 As conselheiras na presidência gerdas Moças, Mary N. Cook e Ann M.Dibb, alaram sobre a importânciade “deixar as Lauréis liderarem”. Asconselheiras usaram o acampamentodas Moças, que celebra seu centésimoaniversário este ano, como exemplode uma oportunidade de deixar asLauréis liderarem, mas disseram quehá oportunidades constantes de as

líderes distribuírem as responsabilida-des, permitindo que as moças sejamenvolvidas.

 As apresentadoras também eno-caram os diversos recursos — sites,artigos, vídeos, manuais e a versãorevisada do livreto Para o Vigor da Juventude — disponíveis para a lide-rança buscar ideias e ajuda. ◼

Contribuição do Church News

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Novas

Inormações paraEspecialistas emPessoas comNecessidadesEspeciais SãoAcrescentadasao LDS.orgMelissa MerrillNotícias e Acontecimentos da Igreja

 Julie Brink, de Indiana, EUA, criouuma lha que tem surdez e queserviu por muitos anos como

intérprete em Linguagem Norte-Ame-ricana de Sinais em sua estaca. Elaine

 Allison, do Arizona, EUA, teve umalonga carreira como proessora emescolas públicas, onde interagiu diretaou indiretamente com alunos portado-

res de deciências. Ela também tem umsobrinho com síndrome de Down e

amigos próximos portadores de escle-rose múltipla e ALS [Esclerose Lateral

 Amiotróca], ou doença de Lou Gehrig.

Nem a irmã Brink nem a irmã Allison se consideram “peritas” naárea das deciências, mas ainda assim,ambas servem como Especialistas emPessoas com Necessidades Especiaisna estaca, chamado para o qual oramincluídas novas inormações na seçãoServir na Igreja, do site LDS.org, emdez idiomas. (O chamado pode, na

 verdade, existir em âmbito de ala, deestaca ou, onde a necessidade o exija,em ambas.)

Embora o chamado de especialistaem deciências na ala ou na estacaseja mencionado rapidamente no Manual 2: Administração da Igreja,alguns líderes se questionaram quantoao que corresponderia esse chamado.

“Há situações onde os líderes daala não reconhecem uma necessidadenem sabem o que azer em resposta auma necessidade particular quando areconhecem”, disse Christopher Phil-lips, gerente, na Igreja, de Serviços aPessoas com Necessidades Especiais.

“Há muitas situações onde o especia-lista em deciências pode ser útil, mas

Novas inormações contidas no LDS.org em dez idiomas ajudam as pessoas que oram chamadas como Especialistas em Pessoas com Necessidades Espe-ciais a ortalecer os membros da Igreja que são portadores de defciências.

nem todas as pessoas sequer imagi-nam que esse chamado exista.

Essa nova seção online em Servir

na Igreja não descreve em detalhestudo que uma pessoa nesse chamadodeve azer”, ele explica, “mas ela or-nece ideias e recursos para que a pessoa que serve nesse chamado possaauxiliar líderes, proessores e amíliasque enrentam problemas relaciona-dos à deciência.

 As inormações colocadas no siteLDS.org em dez idiomas enatizamprincipalmente a maneira como osespecialistas podem ajudar os líderes

da ala e da estaca:• Identicar e conhecer as pessoas

com deciências e a amília dentroda ala ou estaca.

• Incluir membros com deciênciasem reuniões e atividades.

• Responder às perguntas e preo-cupações dos pais, líderes e outraspessoas, relacionadas à deciência

• Identicar oportunidades signica-tivas de serviço para os membroscom deciência.

• Identicar necessidades especí-cas das amílias (inclusive serviçode acompanhante ) e, onde oradequado, identicar recursos dacomunidade, da ala e da estacaque possam atender a essasnecessidades.

É importante notar que o especia-lista em deciências não é o únicoa azer essas coisas. Em vez disso,seu papel é ajudar outros líderes a

compreender melhor os portadores ddeciências e servir a eles. Além dissoo especialista em deciências também“ajuda as pessoas e os pais aetadospelas deciências a compartilhar inomações com os membros e líderes daala de um modo mais cooperativo.” ◼

Para ler mais sobre este artigo a res-peito do especialista em defciências,visite o site news.lds.org.

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Os Vencedoresda ExposiçãoInternacionalde Arte São

Anunciados ea Exposição ÉAberta

Na sexta-eira, 16 de março de2012, durante a abertura da9ª Exposição Internacional do

Concurso de Arte, artistas do mundointeiro reuniram-se para receber osprêmios pelo trabalho que enviaramsobre o tema SUD.

Os Prêmios por Mérito oramentregues a vinte artistas cujas peçasoram consideradas “extraordinárias”,enquanto outros quinze artistas rece-beram Prêmios de Aquisição, o quesignica que o Museu de História daIgreja, patrocinador da competição,adquiriu as peças para sua coleção.

O Élder Marlin K. Jensen, dosSetenta, Historiador e Registradorda Igreja, esteve presente e ez umabreve declaração antes da entrega dosprêmios.

 A exposição artística abriu em 16de março de 2012 e permanece abertaaté 14 de outubro de 2012, no Museude História da Igreja em Salt Lake City,Utah, EUA.

 A competição deste ano, Divulgai Suas Obras Maravilhosas  (D&C 65:4),atraiu 1.149 inscrições do mundointeiro em uma variedade de modali-dades, inclusive escultura, colchas deretalhos e outros produtos têxteis, arteem papel e pinturas. O museu exibirá

198 dessas peças.De acordo com Rita R. Wright,Curadora de Arte e Arteatos nomuseu, os trabalhos inscritos são

 julgados de acordo com o mérito artís-tico e a observância temática. As obrasrefetem uma variedade de mídia e detradições culturais prestando testemu-nho das assombrosas obras do Senhor,disse ela, e sempre usam de símbolospara representar e instruir.

Por exemplo, a obra Templo de  Kiev Ucrânia, da ucraniana ValentynaMusiienko, que ganhou um Prêmio

de Aquisição, recria em papel colo-rido alguns símbolos encontrados notemplo.

Brandon Daniel Hearty — ganha-dor de um Prêmio por Mérito, de

 Alberta, Canadá, exibe um retrato emóleo de sua bisavó ( A Matriarca ),como representação da históriada amília e das conexões entre asgerações.

 Alexandra Gomez Chaves, de

Bogotá, Colômbia, disse que a com-petição é uma maneira de prestartestemunho. Ela criou sua obra de arteganhadora do Prêmio por Mérito ÁguaViva, com a ajuda da mãe, que aleceupouco antes de a exposição ser aberta

“As pessoas que olham para estaobra (…) verão o testemunho de que

 Jesus Cristo e Seu evangelho são umaonte de água viva”, explicou. “Nestetrabalho, eles verão o amor que umamãe pode ensinar a seus lhos, poisessa mãe pega um cântaro e ensina alha a ensinar o evangelho.”

 A entrada para a exposição é gra-tuita, e os visitantes são incentivados trazer a amília. Eles podem votar emsua obra avorita, e seis Prêmios daEscolha dos Visitantes serão entregueem setembro, com base na quantidad

de seus votos.Em breve, as pessoas poderãoassistir no site de História da Igreja,em inglês, à entrevista de onze artistadierentes envolvidos na competição.Os vídeos também serão mostradosno museu.

O Museu de História da Igrejaestá planejando também uma expo-sição online, no site history.LDS.org/artcompetition.

Para mais inormações sobre aexposição, visite o site history.LDS.org

ou ligue para 801-240-4615. ◼

Solicitação deArtigos

Homens: Os rapazes precisam deexemplos positivos, não só dospais, mas também dos líderes.

 Às vezes, um bom líder dos Rapa-zes, o proessor da Escola Dominical

ou o líder de escotismo pode azertoda a dierença. Quando você era jovem, existiu um líder em sua alaque modicou sua vida por tornar-seseu amigo e ser um bom exemplo?Fale-nos a respeito dessa pessoa.Limite seu relato ao máximo de 500palavras, ponha o título de “GoodExample” e envie para o endereç[email protected] até 31 de maiode 2012. ◼

Propagarei Suas Palavras (Jacó, o

Mestre), de Elspeth Caitlin Young, EUA

   O   B   R   A   S   D   E   A   R   T   E  :   C   O   R   T   E   S   I   A   D   O

   M   U   S   E   U   D   E   H   I   S   T    Ó   R   I   A   D   A   I   G   R   E   J   A

 A Matriarca, de Brandon Daniel Hearty, Canadá

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   “   E   J  o  s   é ,   t  o  m  a  n   d  o  o  c  o  r   p  o   [   d  o   S  a   l  v  a   d  o  r   ] ,  e  n  v  o   l  v  e  u  -  o  n  u  m   f  n  o  e   l   i  m   p  o   l  e  n  ç  o   l ,

   E  o   p   ô  s  n  o  s  e  u  s  e   p  u   l  c  r  o  n  o  v  o ,  q  u  e   h  a  v   i  a  a   b  e  r   t  o  e  m  r  o  c   h  a   ”   (   M  a   t  e  u

  s   2   7  :   5   9  –   6   0   ) .

   A   T  u  m   b  a  n  o

   J  a  r   d   i  m ,

   d  e

   L   i  n   d  a

   C  u  r   l  e  y

   C   h  r   i  s   t  e  n  s

  e  n

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“Quão abençoados somos, meus

irmãos e irmãs, por ter o evange-

lho restaurado de Jesus Cristo

em nossa vida e em nosso coração. Ele

nos proporciona respostas para as grandesdúvidas da vida. Dá signifcado, propósito

e esperança a nossa vida,” disse o Presi-

dente Thomas S. Monson, na sessão de

encerramento da 182ª Conerência Geral

Anual. “Vivemos em tempos conturbados.

Asseguro-lhes que nosso Pai Celestial está

ciente dos desafos que enrentamos. Ele

ama cada um de nós e deseja abençoar-nos

e ajudar-nos.”