Liahona Outubro 2012

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7/30/2019 Liahona Outubro 2012 http://slidepdf.com/reader/full/liahona-outubro-2012 1/84 A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • OUTUBRO DE 2012 Fortalecer o Lar e a Família, pp. 4, 16, 20, 22 Jovens Adultos Deendem a Castidade, p. 42 Quatro Escrituras Que Nos Ajudaram, p. 54 Sair da Primária, p. 58

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A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SAN TOS DOS ÚLTIMOS DIAS • OUTUBRO DE 2012

Fortalecer o Lare a Família, pp. 4,16, 20, 22Jovens Adultos Deendema Castidade, p. 42

Quatro Escrituras QueNos Ajudaram, p. 54

Sair da Primária, p. 58

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O u t u b r o d e 2 0 1 2

14 Coisas Pequenas e Simples

16 Nosso Lar, Nossa Família:Ensinar a Castidadee a VirtudeMatthew O. Richardson

20 Clássicos do Evangelho:Ensinar a Retidão no LarÉlder Delbert L. Stapley

38 Vozes da Igreja

74 Notícias da Igreja

79 Ideias para a Noite Familiar

80 Até Voltarmos a NosEncontrar: Continuama Acontecer Coisas BoasCaitlin A. Rush

A Liahona, Outubro de 2012

MENSAGENS

4 Mensagem da PrimeiraPresidência: A Chave

para uma Família FelizPresidente Dieter F. Uchtdor

8 Mensagem das ProessorasVisitantes: Honrar NossosConvênios

ARTIGOS

22 Ajudar os Jovens a TerExperiências EspirituaisMelissa Merrill

Cinco maneiras de promover experiências pessoais que con-duzem à conversão.

28 O Livro de Alma:Lições para HojeÉlder Paul B. Pieper

Três lições dos netas podemajudar-nos a enrentar com sucesso os desaos de nossos dias.

34 Como Sobreviver emTerritório InimigoPresidente Boyd K. Packer

 Descubra dentro de si comoo Espírito Santo pode ser umainfuência orientadora e  protetora.

SEÇÕES

9 Para o Vigor da Juventude:Vestuário e Aparência

10 Caderno da Conerênciade Outubro: Liberar NossaAgenda para a Conerência

Cheryl Burr

11 Servir na Igreja:Respostas da EscolaDominicalEmma Addams

12 Nossa Crença: O ViverPrevidente Nos Preparapara o Futuro

NA CAPAIlustrações otográfcas: Cody Bell

28

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42

51

2 A L i a h o n a

Veja se consegue 

encontrar 

a Liahonaoculta nesta

edição. Dica:

 Noah usou a

 Liahona? 

42 Castidade NumMundo Não CastoOito jovens adultos discutemcomo se manterem castos nummundo que não valoriza a

castidade.

JOVENS ADULTOS

46 Perguntas e RespostasO que signica honrar o sacerdócio de Deus? 

48 Ser Sábio e Ser AmigoÉlder Robert D. Hales

Os bons amigos azem com que  seja ácil viver os mandamentos.

51 Vestido para o BaileCrystal Martin

 Fiquei tentada a usar um ves-tido que não cobria os ombros,mas lembrei-me de minha bên-ção patriarcal.

52 Para o Vigor da Juventude:Vestuário e Aparência —“Deixar-se Guiar pelo

Santo Espírito”Mary N. Cook

54 Fortalecidos pela PalavraQuatro adolescentes relatamocasiões em que uma escrituralhes veio à mente e os ajudou.

57 Pôster: Estreito e ApertadoÉ o Caminho

JOVENS

58 Sair da Primária Estas são algumas experiências especiais que vocês podem ter naorganização dos Rapazes e das  Moças.

60 Querida AmigaMaribel

Carta para uma amiga que estánervosa por sair da Primária.

61 Seja Bem-Vindo a umaNova Etapa da VidaMarissa Widdison

 Noah, Dylan, Patrick e Ben preparam-se para receber o sacerdócio.

62 Música: Vem, Ó Jesus! Vem!

63 Testemunha Especial:Por Que É ImportanteQue Eu Siga Jesus CristoFielmente, Onde QuerQue Eu Esteja?Élder Dallin H. Oaks

64 Trazer a Primária para Casa:As Bênçãos do SacerdócioEstão ao Alcance de Todos

66 Bênçãos em Dobro

Richard M. RomneyConheça Sophie e Elodie, gêmeas com dez anos de idade, em Madagascar.

68 Posso Ser Batizado Também?Hilary Watkins Lemon

 Paulo, de seis anos, está entusias-mado em tornar-se membro da Igreja.

70 Para as Criancinhas

81 Figuras das Escriturasdo Livro de Mórmon

CRIANÇAS

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 3

PARA OS ADULTOS

PARA OS JOVENS

PARA AS CRIANÇAS

EM SEU IDIOMA

Depois de ler sobre o perdão na men-

sagem da Primeira Presidência (página

4), talvez queira ler o último discurso do

Presidente James E. Faust na conferência

geral, “O Poder de Cura do Perdão” (abril

de 2007), em conference.LDS.org.

Na página 52, Mary N. Cook explica

como a reverência que sentimos pelo

templo pode orientar nosso padrão

de vestuário. Em youth.LDS.org,

você pode encontrar mais coisas a

respeito de “Vestuário e Aparência”

e qualquer outro padrão de Para oVigor da Juventude.

Leia sobre as gêmeas Elodie e Sophie,

de Madagascar, em “Bênçãos em Dobro”

(página 66) e veja algumas fotos interes-

santes delas em liahona.LDS.org.

A revista A Liahona e outros materiais

da Igreja estão disponíveis em muitosidiomas em languages.LDS.org.

Liahona.LDS.org

TÓPICOS DESTA EDIÇÃOOs números representam a primeira página de cada artigo.

 Adversidade, 28

 Amigos, 48 Autossufciência, 12

Batismo, 68

Bondade, 28

Castidade, 16, 42

Conerência geral, 10

Convênios, 8

Conversão, 39

Dia do Senhor, 40

Ensino, 16, 20

Estudo das escrituras, 11, 54

Exemplo, 40

Família, 4, 16, 20, 22, 38,66

Fé, 39, 80

História da Igreja, 14

 Jesus Cristo, 62, 63

Liderança, 20

Livro de Mórmon, 28, 81

Moças, 58, 60

Obediência, 40, 57 

Oração, 38

Paternidade/ maternidade, 16, 20, 22

Perdão, 4

Preparação, 12Proetas, 28

Rapazes, 58, 61

Sabedoria, 48

Sacerdócio, 46, 64

Serviço, 20, 39

Templos, 8, 52

Trabalho, 12

Vestuário, 9, 51, 52

Mais na InternetOUTUBRO DE 2012 VOL. 65 Nº 10A LIAHONA 10490 059

Revista Internacional em Português de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Craig A. CardonConsultores: Shayne M. Bowen, Bradley D. Foster,Christoel Golden Jr., Anthony D. Perkins

Diretor Administrativo: David T. Warner

Diretor de Apoio à Família e aos Membros:  Vincent A. VaughnDiretor das Revistas da Igreja: Allan R. LoyborgGerente de Relações Comerciais: Gar CannonGerente Editorial: R. Val JohnsonGerente Editorial Assistente: LaRene Porter GauntAssistente de Publicações: Melissa ZentenoEquipe de Composição e Edição de Textos: Susan Barrett,Ryan Carr, David Dickson, David A. Edwards, Matthew D. Flitton,Lia McClanahan, Michael R. Morris, Richard M. Romney, PaulVanDenBerghe, Julia Woodbury

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Tadd R. PetersonEquipe de Diagramação: Jeanette Andrews, Fay P. Andrus,C. Kimball Bott, Thomas Child, Kerry Lynn C. Herrin, ColleenHinckley, Eric P. Johnsen, Scott M. Mooy, Brad TeareCoordenadora de Propriedade Intelectual:Collette Nebeker AuneGerente de Produção: Jane Ann PetersEquipe de Produção: Connie Bowthorpe Bridge, Howard G.Brown, Julie Burdett, Bryan W. Gygi, Kathleen Howard, Denise

Kirby, Ginny J. Nilson, Gayle Tate RaertyPré-Impressão: Je L. Martin

Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes

Distribuição: Corporação do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Steinmühlstrasse 16, 61352 BadHomburg v.d.H., Alemanha.

Para assinatura ou mudança de endereço, entre em contatocom o Serviço ao Consumidor. Ligação Gratuita: 00800 29502950. Teleone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preço da assinatura para umano: € 3,75 para Portugal, € 3,00 para Açores e CVE 83,5 paraCabo Verde.

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50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA;ou por e-mail, para: [email protected].

 A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca “bússola”ou “guia”, é publicada em albanês, alemão, armênio, bislama,búlgaro, cambojano, cebuano, chinês, chinês (simplifcado),coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fjiano, fnlandês, rancês, grego, holandês, húngaro, indonésio,inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe,marshallês, mongol, norueguês, polonês, português, quiribati,romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês, taitiano,tcheco, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidadevaria de um idioma para outro.)

© 2012 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso nos Estados Unidos da América.

O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail:[email protected].

For Readers in the United States and Canada:October 2012 Vol. 65 No. 10. LIAHONA (USPS 311-480)Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthly by TheChurch o Jesus Christ o Latter-day Saints, 50 E. North TempleSt., Salt Lake City, UT 84150. USA subscription price is $10.00per year; Canada, $12.00 plus applicable taxes. PeriodicalsPostage Paid at Salt Lake City, Utah. Sixty days’ notice requiredor change o address. Include address label rom a recentissue; old and new addresses must be included. Send USAand Canadian subscriptions to Salt Lake Distribution Center ataddress below. Subscription help line: 1-800-537-5971. Creditcard orders (Visa, MasterCard, American Express) may be takenby phone. (Canada Poste Inormation: Publication Agreement#40017431)

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4 A L i a h o n a

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O u t u b r o d e 2 0 1 2

Ogrande escritor russo Leon Tolstói começou seuromance Anna Karenina com estas palavras:“As amílias elizes são todas iguais. As inelizes

o são cada uma a seu modo”.1 Embora eu não compartilheda certeza de Tolstói de que todas as amílias elizes sãoiguais, descobri uma coisa que a maioria tem em comum:

elas sabem perdoar e esquecer as impereições dos outrose enxergar as coisas boas.

 As amílias inelizes, por outro lado, sempre procuramdeeitos, guardam ressentimento e aparentemente nuncaesquecem as oensas passadas.

“Sim, mas …”, começam dizendo os inelizes. “É, mas você não sabe o quanto ela me magoou”, diz um deles.“Sei, mas você não sabe como ele é horrível”, replica ooutro.

 Talvez ambos estejam certos, talvez nenhum deles.Há muitos níveis de oensa. Há muitos níveis de mágoa.

Mas o que notamos é que tendemos a justicar nossa raivae satisazer nossa consciência dizendo a nós mesmos quequem condena nossas ações tem motivos intolerantes eegoístas, ao mesmo tempo em que exaltamos nossospróprios motivos, alegando serem puros e inocentes.

O Cão do Príncipe

Há uma antiga história galesa do Século XIII sobreum príncipe que voltou para casa e encontrou seu cão

com sangue escorrendo da boca. O homem correu paradentro de casa e, horrorizado, viu que seu lhinho bebêhavia sumido e que o bercinho estava virado. Em sua ira,o príncipe sacou a própria espada e matou o cão. Poucodepois, ouviu o choro do lho — o bebê estava vivo! Aolado do bebê jazia um lobo morto. O cão, na verdade,

havia deendido o lho do príncipe de um lobo assassino.Embora essa história seja dramática, ilustra um princí-

pio. Ela abre a possibilidade de que a história que conta-mos a nós mesmos sobre o motivo pelo qual as pessoasse comportam de certo modo nem sempre correspondeaos atos — às vezes nem sequer queremos conheceros atos. Preerimos sentir-nos justicados em nossaraiva guardando rancor e ressentimento. Às vezes essamágoa pode durar meses ou anos. Às vezes pode durara vida inteira.

Uma Família Dividida

Um pai não podia perdoar ao lho por ter saído docaminho que lhe ora ensinado. O rapaz, que tinha amigosque o pai desaprovava, zera muitas coisas contrárias à vontade do pai. Isso criou um abismo que separava pai elho, e assim que o rapaz pôde, saiu de casa e nunca mais voltou. Eles raramente se alaram de novo.

Será que o pai se sentia justicado? Talvez.Será que o lho se sentia justicado? Talvez.

A CHAVE PresidenteDieter F. UchtdorSegundo Conselheirona Primeira Presidência

M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

Família FelizPARA UMA

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6 A L i a h o n a

 Tudo o que sei é que aquela amília coudividida e ineliz porque nem o pai nem olho conseguiam perdoar um ao outro. Nãoconseguiam esquecer as lembranças amargasque tinham um do outro. Encheram o coraçãode raiva, em vez de amor e perdão. Negarama si mesmos a oportunidade de infuenciar a vida do outro para o bem. A divisão entre elesparecia tão prounda e ampla que os dois setornaram prisioneiros espirituais de sua pró-

pria ilha emocional.Felizmente, nosso amoroso e sábio

Pai Eterno proveu os meios de sobrepujaraquele abismo de orgulho. A grande e in-nita Expiação é o ato supremo de perdão ereconciliação. Sua magnitude transcende meuentendimento, mas do undo do coração eda alma presto testemunho de sua realidadee de seu poder innito. O Salvador Se oere-ceu em resgate por nossos pecados. Graçasa Ele alcançamos o perdão.

Nenhuma Família É PereitaNenhum de nós está isento de pecados.

 Todos cometemos erros, inclusive você e eu. Todos omos magoados. Todos magoamosoutras pessoas.

É por meio do sacriício do Salvadorque podemos alcançar a exaltação e a vidaeterna. Se aceitarmos Seus caminhos e ven-cermos nosso orgulho, abrandando o cora-ção, podemos trazer reconciliação e perdãopara nossa amília e nossa vida pessoal. Deus vai ajudar-nos a ser mais dispostos a perdoar,mais desejosos de caminhar a segunda milha,de ser os primeiros a pedir desculpas mesmoque algo não tenha sido culpa nossa, de dei- xar de lado antigos rancores e não mais osomentar. Demos graças a Deus, que entre-gou Seu Filho Unigênito, e ao Filho, que deua vida por nós.

Sentimos o amor de Deus por nós todos osdias. Não deveríamos ser capazes de doar-nosum pouco mais ao próximo, conorme ensi-nado no tão apreciado hino “Eu Devo Parti-lhar”?2 O Senhor abriu-nos a porta para quesejamos perdoados. Não seria o certo deixarde lado nosso próprio egoísmo e orgulhoe começar a abrir essa abençoada porta doperdão para aqueles contra quem guardamosressentimento: sobretudo a todos de nossa

própria amília?No nal, a elicidade não decorre da per-

eição, mas da aplicação de princípios divi-nos, mesmo em pequenos passos. A PrimeiraPresidência e o Quórum dos Doze Apóstolosdeclararam: “A elicidade na vida amiliar émais provável de ser alcançada quando un-damentada nos ensinamentos do Senhor JesusCristo. O casamento e a amília bem-sucedidossão estabelecidos e mantidos sob os princípiosda é, da oração, do arrependimento, do per-

dão, do respeito, do amor, da compaixão, dotrabalho e de atividades recreativas salutares”.3

O perdão oi colocado bem no meio des-sas verdades simples, encontradas no planode elicidade de nosso Pai Celestial. Comoune princípios, o perdão une pessoas. É umachave, abre portas trancadas, é o início de umcaminho sincero e uma das melhores esperan-ças que temos para uma amília eliz.

Que Deus nos ajude a perdoar um poucomais as pessoas de nossa amília, uns aosoutros e talvez até a nós mesmos. Oro paraque vivenciemos o perdão como algo mara- vilhoso que a maioria das amílias elizes temem comum. ◼NOTAS

1. Leon Tolstói, Anna Karenina, trad. ConstanceGarnett, 2008, p. 2.

2. “Eu Devo Partilhar”, Hinos , nº 1353. “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona,

novembro de 2010, última contracapa, griodo autor.

ENSINAR USANDOESTA MENSAGEM

“Ao preparar cada

aula, pergunte a si

mesmo como o princí-

pio (…) é semelhante

a algo por que seus

amiliares ou amigos

 já tenham passado na

própria vida” (Ensino,

Não Há Maior Cha-

mado, 2009, p. 171).

Você pode convidar

os membros da amí-

lia a contar experiên-

cias pessoais positivas

que tiveram ou obser-

varam relacionadas

ao perdão. Discuta

essas experiências

pessoais, salien-

tando as bênçãos

do perdão. Encerre

prestando testemu-

nho da importância

de perdoar uns aos

outros.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 7

Oração e PazLauren W.

Certa noite, discuti com minha

mãe e me senti muito mal. Por

isso, decidi orar. Embora estivesse

de mau humor e não sentisse

vontade de ser “espiritual”,

sabia que a oração me ajudaria

a sentir-me mais eliz e menos

briguenta. Depois que minha

mãe saiu do quarto, comecei

a orar. “Querido Pai Celestial,

venho perante Ti hoje por-que …”. Não. Abri os olhos e

descruzei os braços. Aquilo não

soava bem. Tentei de novo. “Pai

Celestial, preciso …”. Aquilo

também soava estranho. Senti

Satanás me incentivar a desistir

de orar pedindo ajuda ao Pai

Celestial.

De repente, tive a inspiração

de externar gratidão! Assim o fz,

e minha mente encheu-se de pen-samentos sobre todas as muitas

coisas pelas quais podia agrade-

cer ao Pai Celestial. Quando ter-

minei de agradecer a Ele, abordei

o problema que enfrentava.

Depois, senti uma paz maravi-

lhosa dentro de mim, o caloroso

sentimento espiritual de saber

que o Pai Celestial e meus pais

me amavam e de que eu era flha

de Deus. Consegui pedir perdão a

minha mãe e aceitar o pedido dedesculpas dela.

O Perdão Proporciona Felicidade

OPresidente Uchtdorf ensinou que devemos perdoar nossos familiares.Veja como as escolhas feitas por José e Ana afetam a família deles.

J O V E N S C R I A N Ç A S

Como é que sua decisão de perdoar aeta a elicidade de sua amília?

Ana perdoa o José e ajuda a

preparar o jantar. A mãe fca grata

pela ajuda da Ana. A família ca

feliz por jantarem juntos. Ana se

sente bem por ter decidido perdoar.

Ela reclama para a mãe. Ana

reclama de ter que azer o trabalho

sozinha. No jantar, todos estão infeli-

zes por causa da discussão.

Mais tarde, o José e a Ana precisam ajudar a mãe a preparar o jantar.

José não ajuda. O que a Ana deve fazer?

José perdoa a Ana e procura

outro brinquedo para brincar. 

Eles brincam juntos, felizes. A mãe

fca eliz ao ver que José oi bon-

doso com a irmã e manteve a paz

na família. José se sente feliz por

ter decidido perdoar.

José fca bravo com a Ana. Ana

chora. A mãe do José o põe de cas-

tigo por brigar com a irmã. José ca

triste por ter feito uma má escolha.

José e sua irmã caçula Ana estão brincando juntos.

Ana arranca um brinquedo da mão do José. O que o José deve fazer?

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8 A L i a h o n a

M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

Honrar Nossos

Convênios

 Estude este material em espírito de oração e, conorme julgar conveniente, discuta-o com as irmãs que você visita. Use as perguntas para ajudar no ortalecimento das irmãs e para azer com que aSociedade de Socorro seja parte ativa de sua própria vida.

De Nossa História 

O templo é “um lugar de

ação de graças para todos ossantos”, revelou o Senhor ao

Profeta Joseph Smith em 1833.

É “um lugar de instrução para

todos aqueles que orem cha-

mados ao trabalho do ministé-

rio, em todos os seus diversos

chamados e oícios; para que

sejam apereiçoados no enten-

dimento de seu ministério,

em teoria, em princípio e em

doutrina, em todas as coisas

concernentes ao reino de Deus

na Terra” (D&C 97:13–14).

As irmãs da Sociedade de

Socorro de Nauvoo, Illinois, no

início da década de 1840, aju-

daram-se mutuamente a pre-

pararem-se para as ordenanças

do templo. Nas ordenanças do

sacerdócio maior que os santos

dos últimos dias receberam noTemplo de Nauvoo, “[manies-

tou-se] o poder da divindade”

(D&C 84:20). “À medida que os

santos cumpriram seus convê-

nios, aquele poder os ortale-

ceu e os susteve ao longo de

suas provações nos dias e anos

subsequentes.”3

Atualmente na Igreja, há

mulheres e homens féis no

mundo inteiro que servem notemplo e continuam a encon-

trar orças nas bênçãos que

somente podem ser recebidas

por intermédio dos convênios

do templo.

O Que Posso Fazer? 

1. Como meus convêniosme ortalecem?

2. Como estou ajudando asirmãs de quem cuido a guardarseus convênios?

Otrabalho das proessoras visitantes

é uma expressão de nosso disci-

pulado e um meio de honrar nossos

convênios, servindo e ortalecendo

umas às outras. Um convênio é uma

promessa sagrada e eterna entre Deus

e Seus lhos. “Quando nos damos conta

de que somos lhos do convênio, sabe-

mos quem somos e o que Deus esperade nós”, disse o Élder Russell M. Nelson,

do Quórum dos Doze Apóstolos. “Sua

lei está escrita em nosso coração. Ele é

nosso Deus, e somos Seu povo.”1

Como proessoras visitantes, podemos

ortalecer as irmãs que visitamos em seu

empenho de guardar seus convênios

sagrados. Ao azer isso, nós as ajudamos

a prepararem-se para as bênçãos da vida

eterna. “Todas as irmãs da Igreja quezeram convênios com o Senhor têm

o mandamento divino de salvar almas,

de liderar as mulheres do mundo, de

ortalecer os lares de Sião e de edicar o

reino de Deus”,2 disse o Élder M. Russell

Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos.

 Ao azermos e guardarmos convênios

sagrados, tornamo-nos instrumentos nas

mãos de Deus. Conseguiremos expressar

claramente nossas crenças e ortalecermutuamente nossa é no Pai Celestial

e em Jesus Cristo.

NOTAS1. Russell M. Nelson, “Convênios”, A Liahona,

novembro de 2011, p. 86.2. M. Russell Ballard, “Mulheres de Retidão”,

 A Liahona, dezembro de 2002, p. 34.3. Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho

da Sociedade de Socorro, 2011, pp. 145–146.

Acesse www.reliefsociety.LDS.org para mais informações.

Fé, Família, Auxílio

Das Escrituras 

1 Né 14:14; Mosias 5:5–7; 18:8–13;Doutrina e Convênios 42:78; 84:106

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 9

VESTUÁRIOE APARÊNCIA

P A R A O V I G O R D A J U V E N T U D E

N

o mundo de hoje, muitos não com-preendem nem demonstram respeitopela natureza sagrada de nosso corpo.

Os santos dos últimos dias se destacam vestindo-se de modo a mostrar que sabemosquão precioso é nosso corpo (ver Para o

Vigor da Juventude , livreto, 2011, pp. 6–8).Na página 52 desta revista, Mary N. Cook,primeira conselheira na presidência geraldas Moças, aborda esse padrão:

“Quando um templo é construído,toma-se grande cuidado para assegurar queesteja protegido e belamente ornamentado,por dentro e por ora. A chave do planeja-

mento de templos é a compreensão de queo templo representa o Senhor: é a Sua casa. Respeitamos os templos como estruturassagradas nas quais somente os que são dig-nos podem entrar. Reverenciamos os templosporque as ordenanças e os convênios sagra-dos dos quais participamos permitem-nosretornar à presença de nosso Pai Celestial.

Seu corpo é mais precioso do que o maisbonito templo do mundo. Você é uma lhaou um lho amado de Deus! Esses mesmosprincípios — representação, respeito e reve-rência — aplicam-se ainda mais ao cuidadoe à proteção que você dá a seu corpo.”

 As sugestões a seguir podem ajudá-loa ensinar a seus lhos os princípios corre-tos reerentes ao vestuário e à aparência.Lembre-se também de que seu exemplo ao vestir-se com recato vai ensinar a seus lhoscomo é importante vestir-se adequadamente.

Sugestões para Ensinar os Jovens

• Leia com seus lhos adolescentes

a seção sobre vestuário e aparência

em Para o Vigor da Juventude . Isso vai dar-lhes a oportunidade de trocarideias sobre as doutrinas, as bênçãose os alertas desse padrão e responderàs duvidas que seu lho ou sua lha venha a ter.

• Você pode realizar uma noite familiar

sobre a importância do vestuário eda aparência. Você pode perguntar àamília: Se o Senhor estivesse na Igrejacom você, que roupa você gostaria de

estar usando? Como você quer apresen-tar-se a Ele? Como se sente quando se veste com recato? Você pode tambémtrocar ideias sobre qual é o vestuárioadequado para outras ocasiões, comoa escola, o trabalho ou eventos sociais.

Sugestões para Ensinar as Crianças

• Nosso modo de vestir representa o que

é importante para nós. Para ilustrar esseprincípio, você pode realizar uma noiteamiliar em que todos vão se vestircomo missionários ou usar sua melhorroupa de domingo.

• Mesmo pequenas, as crianças podem

começar a se vestir com recato. Estudecom seus lhos as diretrizes da página7 de Para o Vigor da Juventude e com-pre roupas que estejam de acordo comessas diretrizes. ◼

ESCRITURASSOBRE VESTUÁRIOE APARÊNCIA

Gênesis 1:27;I Coríntios 6:19;

Alma 1:27

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10 A L i a h o n a

“O que eu, o Senhor, disse está dito; (…) seja pela minha própriavoz ou pela voz de meus servos, é o mesmo” (D&C 1:38).

Caderno da Conferência de Outubro

H

á vários anos, quando nossos seis lhoseram pequenos, decidimos tornar a con-erência geral mais signicativa para nós.

Conversamos sobre a importância de assistir àconerência com a mente clara e o corpo descan-sado. A conerência é uma ocasião importantepara receber instrução dos proetas atuais. Por isso,estabelecemos a meta de não planejar nenhumaoutra coisa alguns dias antes da conerência ou nom de semana da conerência. Bloqueamos essesdias no calendário e todos nos comprometemos anão marcar atividades extras neles.

Se decidir azer algo semelhante, a abordagemserá especíca de sua amília ou situação, mas

nossa amília deniu como “atividades extras” oato de participar de atividades escolares, convi-dar crianças da vizinhança para nossa casa, azercoisas com amigos ora de casa, azer uma estaou jantar com amigos ou parentes, realizar umprojeto ou trabalhar no jardim entre ou duranteas sessões da conerência, deixar os trabalhos daescola para o último minuto ou aceitar designa-ções extras no trabalho.

Quando chegou a semana anterior à cone-rência geral, por vezes oi diícil recusar essasatividades, mas quase sempre as pessoas de nossaamília caram contentes em azer as escolhas cer-tas para que atingíssemos nossa meta. Vimos quenossos lhos pequenos queriam azer parte daconerência geral. Acho que oi por termos con- versado muitíssimas vezes sobre a importância daconerência ao longo da semana que a precedeu.

Sinto-me eliz por relatar que, por termos man-tido nossa agenda simples durante a conerência

Liberar Nossa Agenda para a ConerênciaCheryl Burr

geral e nos dias anteriores, a experiên-cia pessoal que tivemos em amíliamudou completamente. Estávamos

com o coração e a mente preparadospara a conerência. Nosso tempo nãoestava entulhado de atividades extras,por isso pudemos sentir o Espírito aoouvir os conselhos de nossos líderes.

Mantivemos nossa meta nas cone-rências que se seguiram, porque issoenche nosso lar de paz. Embora várioslhos já não morem conosco, aindaos incentivamos a limpar o calendárionos dias que antecedem a conerên-

cia e nos dias da conerência, comoazemos em casa. Também procura-mos agendar um horário para assis-tir com toda a amília a uma sessãoda conerência juntos. Espero quequando nossos lhos casarem e tive-rem seus próprios lhos, continuem adar grande importância ao empenhode tornar a conerência um momentoespecial, limpando o calendário delesnessa ocasião. ◼

FAZER DACONFERÊNCIAUMA PRIORIDADE

“Decidam agora azer

da conerência geral

uma prioridade emsua vida. Decidam

ouvir com atenção e

seguir os ensinamentos

transmitidos.”

Élder Paul V. Johnson, dosSetenta, “As Bênçãos da Con-erência Geral”, A Liahona,novembro de 2005, p. 50.

Como nosso tempo não estava entulhado de atividades extras, pudemos sentir mais o Espírito ao ouvir a conerência geral.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 11

T

enho a tendência de procurar respostas grandiosas parameus problemas, de pedir ao Senhor que me ajude a encon-trar a solução exata que vai resolver tudo. Aprendi que essa

abordagem pode complicar demais as coisas.Quando dava aulas na classe de Doutrina do Evangelho de minha

ala, decidi azer perguntas proundas que exigissem refexão e respos-tas novas, grandiosas e inspiradas. Em outras palavras, eu não queriaque as pessoas recitassem as mesmas velhas “respostas da EscolaDominical” que os membros costumavam dar todas as semanas.

 Ao estudar proundamente o Novo Testamento em preparaçãopara as aulas, chamou-me a atenção o uso da palavra permanecer ,que aparece repetidas vezes. Lemos, por exemplo, em João 15:10:“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor;do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu

Pai, e permaneço no seu amor” (grio da autora).Em Sua grandiosa Oração Intercessora, o Salvador orou, reerindo-se

a Seus discípulos: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és emmim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós” e “Eu neles, e tuem mim, para que eles sejam pereitos em unidade” ( João 17:21, 23).

Em grande parte, o que eu buscava era um meio de tornar-me umcom o Senhor, de permanecer em Seu amor e, consequentemente,desenvolver mais paciência: algo de que tanto necessitava para queminhas experiências pessoais deixassem de ser algo que me esgotavae se tornassem algo que me revigorasse e santicasse.

Por ironia, ao buscar a compreensão da palavra permanecer e asrespostas para os diíceis desaos quotidianos, acabei sendo conduzidaexatamente às respostas da Escola Dominical que vinha procurandoevitar. Descobri a resposta para meus problemas lendo as escrituras,orando diariamente, servindo a meus amiliares e outras pessoas erequentando o templo e as reuniões dominicais. Aprendi que essascoisas simples azem toda a dierença entre suportar e suportar bemcom paciência.

 As respostas da Escola Dominical são realmente as melhoresrespostas. ◼

RESPOSTAS DAESCOLA DOMINICALEmma Addams

S E R V I R N A I G R E J A

USAR MATERIAIS APROVADOS

PELA IGREJA

“Os proessores e líderes usam as escritu-ras, os ensinamentos dos proetas moder-nos e os materiais curriculares aprovadospara ensinar as doutrinas do evangelhoe prestar testemunho delas. Os materiais

curriculares aprovados para cada classeou quórum estão alistados nas Instru-

ções sobre o Currículo vigentes. Quandonecessário, os proessores e líderescomplementam o material curricular comas revistas da Igreja, particularmente asedições das conerências gerais da Ensign e de A Liahona.”

Manual 2: Administração da Igreja, 2010, 5.5.4.

NUTRIR NOSSA FÉ

“O serviço, o estudo, aoração e a adoração sãoquatro princípios unda-mentais para apereiçoar‘o que alta à [nossa] é’(I Tessalonicenses 3:10).

Se deixarmos de nutrir nossa é em qual-

quer desses aspectos específcos, fcaremosvulneráveis. (…)Num mundo cada vez mais duro, o

Senhor pode tocar-nos a consciênciautilizando ‘a espada do Espírito, que é apalavra de Deus’ (Eésios 6:17; ver tambémJarom 1:12). Contudo, não basta ouvir: apregação deve estar ‘misturada com a é’(Hebreus 4:2) e com o serviço cristão,conorme já nos ensinado tantas vezes.”

Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dosDoze Apóstolos, “Lest Ye Be Wearied and Faint in

Your Minds”, Ensign, maio de 1991, pp. 88, 90.

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12 A L i a h o n a

podemos edicar a é alheia se nósmesmos não tivermos é?

Os princípios do viver previdenteincluem o seguinte:

• Preparação. “Preparai-vos para

o que está para vir, porque oSenhor está perto” (D&C 1:12).

• Industriosidade “Não serás

ocioso” (D&C 42:42).• “Procurai conhecimento,

sim, pelo estudo etambém pela é”(D&C 88:118).

Quando os membros da Igrejaestão azendo tudo a seu alcancepara prover por si mesmos, mas aindaassim não conseguem satisazer suasnecessidades básicas, devem primeira-mente recorrer a sua amília em busca

de ajuda. Se isso or insuciente, aIgreja pode ajudar. Os bispos e presi-dentes de ramo podem usar recursosdo “armazém do Senhor” para ajudaros membros (ver D&C 82:18–19). Todo auxílio concedido pela Igreja visa ajudar os membros a ajudarem-sea si mesmos e a incentivar o trabalhona vida deles.

Os santos dos últimos dias acre-ditam que devem estar prepa-rados e ser autossucientes.

 Acreditamos em preparar-nos comuma boa ormação educacional para omercado de trabalho, em preparar-nosnanceiramente para dias diíceis eem preparar-nos temporalmente paracatástroes naturais ou outros desa-

os. Acima de tudo, acreditamos empreparar-nos espiritualmente para aSegunda Vinda de Jesus Cristo e para voltar a viver com nosso Pai Celestial.Essa atitude em relação à preparaçãoé chamada de viver previdente.

O viver previdente refete nossa verdadeira natureza eterna de “[agir]por [nós] mesmos e não [receber] aação” (2 Né 2:26). O Senhor quer quesejamos responsáveis e independentes

(ver D&C 78:14). Deseja que vivamosde modo previdente porque isso nostransorma: tornamo-nos responsáveis,generosos, amadurecidos e bondosos.Porque quanto mais autossucientesormos, melhor poderemos ajudarnossa amília e outras pessoas. Comopodemos ajudar o aminto se nós mes-mos estivermos passando ome? Comopodemos transmitir conhecimento senós mesmos carecermos dele? Como

O  Viver Previdente 

N O S S A C R E N Ç A

NOS PREPARA PARA O FUTURO

Para mais informações,ver Gênesis 41; D&C 38:30.

“Todos temos a responsabilidade de prover para nós mesmos e para nossa amília, tanto temporal como

espiritualmente. A m de prover previdentemente, é necessário exercitar os princípios do viver previdente:

viver com alegria dentro de nossas posses — contentar-nos com o que temos, evitar o excesso de dívidas

e economizar diligentemente, preparando-nos para as emergências dos ‘dias de chuva’.”

Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, “Tornar-se Provedores Prudentes Temporal e Espiritualmente”, A Liahona, maio de 2009, p. 7.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 13

Saúde física: Obedecer 

à Palavra de Sabedoria,

exercitar-se, dormir o

 sufciente, praticar bons

hábitos de higiene e saúde.

Emprego: Trabalhar para

o próprio sustento e para

atender às necessidades da

amília.

 Armazenamento

doméstico: Armazenar 

água potável e montar 

 gradualmente uma reserva

de alimentos que sua amília

consome regularmente ede mantimentos que durem

muito tempo, como arinhas

e grãos.

Educação: Aprender a ler,

adquirir aptidões profssionais,

estudar os “melhores livros” 

(D&C 88:118).

Finanças: Pagar o dízimo

e as oertas, evitar dívidas

desnecessárias, criar 

 gradualmente uma

reserva fnanceira.

ESCLARECER DÚVIDAS

Talvez alguns se pergun-

tem por que os santos dosúltimos dias armazenam

alimentos. Na verdade,

armazenamos alimentos

e água para preparar-nos

para momentos em que

esses possam tornar-se

escassos ou inacessíveis ou

para quando as fnanças da

família estiverem apertadas.

Nas emergências, as pessoasque tiverem alimentos

armazenados se sentirão

mais seguras e poderão

ajudar os amiliares e vizi-

nhos durante a crise.

Podemos trabalhar para

tornar-nos autossufcien-tes nas seguintes áreas:

Força espiritual: Confar 

no Senhor, obedecer aos

mandamentos, orar e estudar 

as escrituras diariamente,

 servir ao próximo.

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14 A L i a h o n a

Coisas Pequenas e Simples“É por meio de coisas pequenas e simples que as  grandes são realizadas” (Alma 37:6).

Newel Kimball Whitney nasceu

em Vermont, EUA, em 5 de

evereiro de 1795. Era empresário

talentoso. Fez amizade e iniciou

uma sociedade comercial com

Sidney Gilbert. No início desse

empreendimento, eles viajavam

muito. Em uma de suas viagens de

negócios, Newel conheceu Eliza-beth Ann Smith, em Kirtland, Ohio.

Newel e Ann namoraram três anos

e casaram-se em 1823.

 Juntos, eles procuraram a ver-

dade e, por algum tempo, zeram

parte do movimento campbelita,

que proessava ter o antigo cris-

tianismo restaurado. Certa noite,

L E M B R A R A V I D A D E G R A N D E S P E S S O A S

Newel K. Whitney (1795–1850)Newel e Ann oraram “para saber do

Senhor se poderiam obter o dom

do Espírito Santo”. Ann descreveu

a visão que receberam em resposta

a sua oração: “O Espírito repousou

sobre nós, e uma nuvem cobriu a

casa. (. . .) Então, ouvimos uma voz

saindo da nuvem, dizendo: ‘Prepa-

rai-vos para receber a palavra doSenhor, porque ela está chegando’”.1

Pouco tempo depois da resposta

à oração, em outubro de 1830, os

missionários santos dos últimos dias

chegaram a Kirtland. Em novembro,

Newel e Ann oram batizados. Pou-

cos meses depois, Joseph e Emma

Smith bateram à porta da casa da

amília Whitney. Quando Joseph

cumprimentou Newel, chaman-

do-o pelo nome, Newel não sabia

dizer qual era o nome do Proeta,

por isso Joseph respondeu: “Sou

 Joseph, o Proeta. Você orou para

que eu viesse até aqui. O que deseja

de mim?”2 O casal Whitney então

acolheu a amília Smith por váriassemanas e providenciou-lhes uma

casa em setembro de 1832.

 Além de prover à amília Smith

um lugar para car, Newel também

permitiu que a Igreja usasse livre-

mente o andar de cima de sua loja.

Na loja de Whitney, os líderes da

Igreja realizavam reuniões da Igreja

e da Escola dos Proetas.

Em dezembro de 1831, Newel

oi chamado como segundo bispo

da Igreja e posteriormente ser-

 viu como gerente de operações

nanceiras da Igreja, ajudando-a a

administrar seus undos e a quitar

suas dívidas. No outono de 1838,

a amília Whitney mudou-se para

Far West, Missouri, onde Newel oi

novamente chamado como bispo.

Dez anos depois, ele e a amília

cruzaram as planícies até Salt Lake

City, onde ele serviu como Bispo

Presidente da Igreja.Newel morreu em 24 de setem-

bro de 1850, em Salt Lake City, de

problemas respiratórios.

NOTAS1. Elizabeth Ann Whitney, citado em

Edward Tullidge, The Women of  Mormondom, 1877, pp. 41–42.

2. Joseph Smith, citado em Elizabeth Ann Whitney, “A Lea rom an Auto-biography”, Woman’s Exponent , 15de agosto de 1878, p. 51.

 Abaixo, inser-ção à esquerda:

 Retrato gravado de  Newel K. Whitney. Abaixo, inserçãoà direita: O andar 

 superior da lojade Whitney, em

 Kirtland, Ohio,onde eram realiza-das as reuniões da

 Escola dos Proetas e as reuniões da

 Igreja. Abaixo: Aloja de Whitney.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 15

Mais de um milhão de mis-

sionários oram chamados

desde a organização da Igreja, mas

Dan Jones oi mais do que apenas

um em um milhão. A respeito desse

missionário galês, o Presidente Gor-

don B. Hinckley (1910–2008) disse:

“Em termos de número de conver-

sos, podem-se contar nos dedos damão missionários tão produtivos

quanto ele na história da Igreja”.1

 Antes de ser missionário, Dan

emigrou do País de Gales para os

Estados Unidos e trabalhou no

Rio Mississippi como capitão de

um navio a vapor chamado Maid 

o Iowa, que levou muitos santos

dos últimos dias para Nauvoo,

Illinois. Filiou-se à Igreja em 1843 e

tornou-se muito amigo do Proeta

 Joseph Smith.

 As missões de Dan cumpriram a

última proecia registrada de Joseph

Smith. Na noite da véspera do

assassinato do Proeta Joseph Smith,

ele ouviu tiros do lado de ora da

 janela da cadeia de Carthage, por

isso decidiu dormir no chão. A seu

lado estava Dan Jones. O Proeta

perguntou a Dan se tinha medo de

morrer. Ele respondeu: “Achas que

chegou a hora? Por estar engajadonesta causa não acho que a morte

seja algo muito aterrorizador”.

Então, Joseph proetizou: “Ainda

 verás o País de Gales e cumprirás

Dan Jones (1810–1862)as missões que te oram designadas

antes de morreres”.2

 A promessa do Proeta oi

cumprida em 1845 quando Dan e

sua mulher, Jane, oram chamados

para servir no País de Gales. Dan

usou seu talento de oratória para

ensinar o evangelho com grande

convicção. Era fuente em galês einglês, e testemunhas relataram que

ele alava de modo tão cativante

que conseguia manter a atenção

dos ouvintes em qualquer desses

idiomas por horas.

Enquanto estava no País de

Gales, Dan publicou periódicos,

olhetos e livros da Igreja em galês.

Sob a direção de Dan Jones, os

missionários do País de Gales esta-

beleceram 29 ramos e batizaram

quase 1.000 pessoas em cada anode sua primeira missão. Ele oi cha-

mado para uma segunda missão no

País de Gales em 1852 e, apesar da

crescente perseguição que a Igreja

soria, cerca de 2.000 pessoas oram

batizadas em quatro anos.

 Ao retornar a Utah, Dan ajudou

a levar muitos conversos galeses

para lá. Quando morreu, aos 51

anos, estima-se que ele tenha aju-

dado a levar 5.000 pessoas para o

Oeste dos Estados Unidos.NOTAS

1. Gordon B. Hinckley, “The Thing o Most Worth”, Tambuli , março de 1994,p. 8; Ensign, setembro de 1993, p. 7.

2. Joseph Smith, em History of the Church, Volume 6, p. 601.

 A partir da esquerda: Retrato do missio-nário galês Dan Jones. Um navio a vapor,como o que Dan Jones capitaneou, aproxi-ma-se do porto, em Nauvoo, Illinois. Dan

 Jones ajuda emigrantes galeses.

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16 A L i a h o n a

Tive o privilégio de conversar com jovens e jovens adultos de todas asclasses sociais no mundo inteiro. Em

certa ocasião, alei com um grupo particular-mente impressionante de adolescentes sobre virtude, castidade e moralidade. Depois dedizer-lhes como havia cado impressionadocom seus comentários, sua conança, suaaparência e sua conduta, perguntei: “Comooi que se tornaram tão eloquentes, seguros

de suas respostas e desenvoltos em relaçãoa um assunto tão delicado?” Uma moça dissesem hesitar: “Temos pais que nos ensinam”.Os outros concordaram com a cabeça. Aquelaconversa simples, porém prounda, salientaa infuência que os pais exercem na vida doslhos, sobretudo em seu papel de ensinarsobre a virtude, a castidade, as intimidadessexuais e os relacionamentos adequados.

Inelizmente, muitos pais não orientam oslhos sobre assuntos sexuais tão bem quantodeveriam. Por exemplo: ao consultar mais de200 adultos solteiros ativos da Igreja, descobrique apenas 15 por cento consideravam ospais como sua principal onte de inormaçõesreerentes a assuntos sexuais. Aqueles jovensmembros disseram que aprenderam a respeitodesse importante tema principalmente comamigos ou colegas, na Internet, na mídia, nosmeios de entretenimentos, nos livros didáticos,

com parentes ou com os líderes da Igreja.Evidentemente, não se trata de um assunto

ácil de ensinar. Mas creio que os pais são osmelhores proessores para transmitir essesprincípios sagrados. As seguintes estratégias vão ajudá-los a desenvolver princípios epráticas simples, ecazes e duradouros quepromovam o aprendizado e o ensino bem-sucedidos, sobretudo ao ensinar seus lhosa ter uma vida virtuosa e casta.

O ensino e o aprendizado devem

começar cedo. Os pais que orientam e-cazmente os lhos sobre assuntos sexuaiscompreendem que a maioria das crianças sedepara com esses tópicos bem mais cedo doque os pais esperam ou desejam. Muitas crian-ças são expostas a conteúdo sexual na Inter-net com onze anos de idade ou até menos.Os entretenimentos, os eventos esportivos,as propagandas e até a mídia social estãocada vez mais saturados de imagens ealusões de cunho sexual.

 Alguns pais podem muito bem perguntar:“Quando devemos começar a alar de assun-tos sexuais?” Depende da idade e da matu-ridade da criança e da situação especíca. Aorientação espiritual virá à medida que os paisobservarem com cuidado e espírito de oraçãoa conduta dos lhos, ouvirem os lhos comatenção e reservarem tempo para ponderare discernir quando e o que ensinar. Lembro,por exemplo, que meu lho me ez perguntassobre anatomia quando mal tinha cinco anos.Embora aquilo nos deixasse um pouco nervo-sos, era evidente que aquele era o momentocerto para conversar com ele. Contudo,quando pensei em como responder, pare-ceu-me claro que não era o momento certopara conversar com meu lho sobre todosos tópicos reerentes a temas sexuais.

O ensino e o aprendizado devem

ocorrer com requência. O aprendizado

Ensinar 

Matthew O.RichardsonSegundo Conselheirona Presidência Geralda Escola Dominical

Os pais 

 podem usar  seis estratégias 

 para ensinar  seus flhos a

respeito das intimidades 

 sexuais.

N O S S O L A R , N O S S A F A M Í L I A

A CASTIDADEE A VIRTUDE

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 17

exclusivamente com o que devem dizer.Embora isso seja importante, o ensino e oaprendizado ecazes vão muito além do ato

de conversar e transmitir inormações. Na verdade, o modo como os pais abordam oensino dos lhos pode ser mais importantedo que o que é propriamente dito. Os estudoscorroboram a conclusão de que os pais quemais infuenciam os lhos ao lidar com ques-tões sexuais são aqueles que se comunicamabertamente, expressam amor e preocupaçãoe participam ativamente da vida dos lhos.1

Os comentários colhidos em minhas pes-quisas inormais com jovens santos dos últimosdias muitas vezes se concentravam no desejode que os pais ossem mais abertos ou dis-postos a conversar sobre assuntos de cunhosexual. Esses jovens adultos expressaram quenão apenas queriam que os pais participassemdo processo, mas também que “conversassemcom eles e não apenas alassem para eles”. Ansiavam por conversas que ossem “natu-rais”, “normais”, “agradáveis” e bem menos

é um processo e não um acontecimentoúnico. No tocante à orientação dada aos lhossobre intimidades sexuais ou outros assuntos

correlatos, as pessoas geralmente chamamisso de “a conversa”. Seja intencionalmenteou não, esse termo sugere que os pais ensi-nam esse assunto em uma única conversa.Não é a orma mais ecaz para uma criançaaprender. O Salvador ensinou que aprende-mos “linha sobre linha, preceito sobre pre-ceito” (2 Né 28:30). Teremos mais sucessoao ensinar se recapitularmos o assunto comnossos lhos à medida que crescerem e ama-durecerem. Os pais que compreendem esseprincípio se preparam mental, emocional eespiritualmente para ensinar os lhos durantea inância e a adolescência sobre temas rela-cionados ao sexo.

O ensino e o aprendizado efcazes

dependem do relacionamento entre

quem ensina e quem aprende. No tocanteao ensino de temas sexuais aos lhos, amaioria dos pais se preocupa quase que

Os pais que maisinuenciam os flhosao lidar com questõessexuais são aqueles quese comunicam aber-tamente, expressamamor e preocupação eparticipam ativamenteda vida dos flhos.

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18 A L i a h o n a

“constrangedoras”. Isso deve motivar os paispara esorçar-se mais para tornarem-se maisacessíveis, dispostos a conversar, naturais edescontraídos em relação a um tópico ou umasituação ou até em relação ao momento certopara conversar. Se há um preço a ser pagopelos pais para ensinarem a contento os lhosa respeito das coisas que mais importam éo de agir de modo a ajudar os lhos a senti-rem-se descontraídos e seguros para alar detodos os assuntos, sobretudo os de natureza

pessoal.O ensino e o aprendizado são mais

efcazes quando o assunto é relevante e real. Depen-dendo de nossa abordagem, a orientação dada sobreintimidades sexuais pode parecer constrangedora, irreal,pouco prática ou até repressiva. Uma chave para o sucessoé dar-nos conta de que a maioria das dúvidas e preocupa-ções que os lhos têm é uma reação a situações da vidareal e a coisas que observaram. Se prestarmos atenção,ouvirmos e observarmos nossos lhos, discerniremos oque precisamos ensinar.

Por exemplo: os lmes, os estilos, a moda, os progra-mas de televisão, as propagandas ou a letra das músicasoerecem muitas oportunidades para conversarmos sobrepadrões morais. Outras oportunidades surgirão à medidaque observarmos o relacionamento e a interação de nos-sos lhos com outras pessoas, o modo como eles e seuscolegas se vestem, a linguagem que usam, quão depen-dentes se sentem em relação ao sexo opostoe às diversas interpretações dos padrões morais e da cas-tidade que existem na comunidade. Há inúmeras oportu-nidades na vida real para conversarmos com nossos lhossobre a moralidade e a virtude.

 Talvez o aspecto mais importante do ensino da vidareal ocorra no exemplo dado pelos pais em relação àcastidade, ao recato e à virtude em sua própria vida. Oslhos ouvirão mais prontamente e seguirão os conselhosdos pais se esses conselhos tomarem como base o própriobom exemplo deixado pelos pais.

O inverso também é verdadeiro. Como disse o ÉlderRobert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos: “De

muitas maneiras, nossas ações alam maisalto do que nossas palavras. O PresidenteBrigham Young (1801–1877) ensinou: ‘Deve-mos ser [para nossos lhos] um exemplo dascoisas que gostaríamos que eles imitassem.Será que nos damos conta disso? Frequente-mente vemos pais exigirem obediência, bomcomportamento, palavras amáveis, boa apa-rência, suavidade na voz e alegria no olharde um lho ou lhos, quando eles mesmosestão cheios de amargura e mau humor

constantes! Quanta incoerência e insensatez!’Nossos lhos notarão essas incoerências em

nós e talvez encontrem justicativa para agir de maneirasemelhante”.2

Os alunos aprendem melhor quando compreen-

dem o que os proessores ensinam. Muitos jovens e jovens adultos expressam rustração porque os pais e atéos líderes da Igreja tendem a usar “palavras codicadas” emensagens implícitas que na verdade suscitam mais dúvi-das do que respostas e mais tensão do que alívio. Isso seaplica principalmente às questões sexuais.

Enquanto servia como bispo de uma ala de jovensadultos solteiros, muitas vezes me perguntavam o quesignicavam “carícias íntimas”. Meus membros da ala éistinham aprendido que não deveriam se envolver comcarícias íntimas, mas nunca lhes ora ensinado o que issorealmente signicava. Era-lhes diícil cumprir instruçõesque não compreendiam.

O Presidente Marion G. Romney (1897–1988), PrimeiroConselheiro na Primeira Presidência, explicou que nãobasta ensinar de um modo que as pessoas compreendam,mas também precisamos ensinar de uma maneira que nin-guém entenda de modo errado.3 Em vez de alar usandocódigos ou até gírias, teremos mais sucesso se usarmos ostermos corretos e adequados. Isso promove a compreen-são e cultiva o respeito.

Ponderem o modo como o Élder Richard G. Scott, doQuórum dos Doze Apóstolos, ensinou ecazmente osprincípios e padrões morais. Ele disse: “Toda intimidadesexual ora dos laços do matrimônio — quero dizer comisso todo contato intencional com as partes sagradas

Se prestarmos atenção,

ouvirmos e observarmos 

nossos flhos,discerniremos o

que precisamos ensinar.

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e privadas do corpo de outra pessoa, comou sem roupas — é pecado e proibida porDeus. Também é uma transgressão estimu-lar intencionalmente essas emoções em seu

próprio corpo”.4

Para ensinar com ecácia, temos de garan-tir que aqueles que ensinamos entendam amensagem. Perguntas simples como “Issoresponde a sua pergunta?” ou “Expliqueibem?” ou “Você tem mais alguma pergunta?”são muito úteis.

Os que aprendem são convertidos

quando aqueles que ensinam relacionam

a mensagem com padrões e princípios

eternos. Em vez de concentrarem-se apenasnos relevantes “atos da vida”, a instruçãoecaz do evangelho ocorre quando relaciona-mos esse atos com os “atos da vida eterna”.Quando alamos de nosso corpo, por exem-plo, podemos salientar que o amoroso PaiCelestial criou nosso corpo e que devemostratar Suas criações com respeito e segundoSuas expectativas.

Embora o mundo esteja se aogando em

imoralidade, ainda há esperança para asuturas gerações. Essa esperança se concre-tizará se os pais dedicados se empenharemao máximo para ensinar a nova geração a ser

casta e virtuosa. Os pais que ensinam os lhosa levar uma vida virtuosa e casta se esorçampara aumentar sua compreensão e suas habi-lidades de ensino. Ao azer isso, eles virãoa saber que “o Senhor [os] magnicará caso[ensinem] da orma ordenada por Ele”. Analde contas, esse “é um trabalho de amor, umaoportunidade de ajudar as pessoas a exerce-rem seu arbítrio em retidão, virem a Cristo ereceberem as bênçãos da vida eterna”.5 ◼

NOTAS1. Ver Bonita F. Stanton e James Burns, “Sustaining

and Broadening Intervention Eect: Social Norms,Core Values, and Parents”, Reducing Adolescent Risk:Toward an Integrated Approach, ed. Daniel Romer,2003, pp. 193–200.

2. Robert D. Hales, “Nosso Dever de Pais para com Deuse para com a Nova Geração”, A Liahona, agosto de2010, p. 72.

3. Ver Jacob de Jager, “Let There Be No Misunderstand-ing”, Ensign, novembro de 1978, p. 67.

4. Richard G. Scott, “Perguntas Sérias, Respostas Sérias”, A Liahona, setembro de 1997, p. 28.

5. Ensino, Não Há Maior Chamado, 2009, p. 4.

Talvez o aspecto maisimportante do ensinoda vida real ocorra no

exemplo dado pelospais em relação àcastidade, ao recatoe à virtude em suaprópria vida.

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20 A L i a h o n a

Os pais têm a oportunidade de ensi-nar seus lhinhos e moldar o cará-ter deles antes que Satanás tenha

o poder de tentá-los e antes de azeremoito anos, quando se tornam responsáveisperante Deus. (…) O Senhor concedeuesses anos preciosos aos pais, os primeirosanos da vida de uma criança, quando nãoé responsável por suas palavras e ações.Os pais têm a responsabilidade e a bênçãode ensinar seus lhos e educá-los para viverem em retidão.

O modo mais ecaz de ensinar a retidãoe a religião no lar é pelo exemplo. Espera-seque os pais tenham mantido sua própria

 vida agradável e pura, o que lhes permiteassim usar de modo ecaz o exemplo desua vida ao ensinar e educar os próprioslhos. [O Presidente David O. McKay(1873–1970) ensinou:] “Se quiserem ensinara é em Deus, mostrem Sua própria é Nele;se quiserem ensinar a orar, orem vocês

mesmos; (…) se quiserem que eles sejamcomedidos, abstenham-se vocês mesmosda incontinência; se quiserem que seuslhos levem uma vida de virtude, de auto-controle, de boa ama, deem-lhes então umbom exemplo em todas essas coisas”.1 Issotornará esses ensinamentos mais marcantespara seus lhos, e eles, ao receberem essaorientação dos pais, podem ortalecer-secontra as tentações de Satanás, cujo objetivoé destruir a vida deles quando atingirem a

idade da responsabilidade. Os pais têm odever de ser o que gostariam que seus lhosse tornassem no tocante à cortesia, since-ridade, temperança e coragem de azer ocerto em todos os momentos. O exemploé muito mais potente que o preceito.

 A vida quotidiana no lar deve estar deacordo com os princípios e padrões daIgreja. Nosso modo de agir nos negóciosdeve ser condizente com nossa religião. Ascrianças são rápidas em detectar a alta desinceridade. John Milton disse que a hipocri-sia é o único pecado indetectável a não serpara Deus. As crianças, porém, são sensíveisa coisas erradas e se ressentem do ngi-mento e da alta de sinceridade. Sabemosque as crianças são bem mais infuenciadaspela pregação do que vivemos do que pelossermões que pregamos. Os pais devem ser

Ensinar 

ÉlderDelbert L. Stapley(1896–1978)Do Quórum dosDoze Apóstolos

C L Á S S I C O S D O E VA N G E L H O

Os pais têm a responsabilidade e a bênção de ensinar seus flhos e educá-los para viverem em retidão.

 Delbert L. Stapley nasceu em 11 de dezembro

de 1896, no Arizona, EUA. Foi designado

membro do Quórum dos Doze Apóstolos em 5 

de outubro de 1950 e serviu nesse quórum até 

 seu alecimento em 19 de agosto de 1978. Este 

discurso devocional oi proerido na Univer-

 sidade Brigham Young em 1º de evereiro de 1977. O texto completo do discurso em inglês 

 pode ser encontrado em speeches.byu.edu.

A RETIDÃO NO LAR

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sempre honestos com os lhos, mantendoas promessas eitas a eles e sempre dizendoa verdade. O pai ou a mãe que é constanteem sua sinceridade conquista a conançado lho. Quando um lho sente que vocêhonra sua conança e a retribui, ele não vai trair essa conança e nem desonrarseu nome. (…)

Os pais jamais devem discutir acalorada-

mente na rente dos lhos. Às vezes surgembrigas quando se tenta corrigir ou disciplinarum lho. Um pai critica, e o outro az obje-ções. Anula-se assim a infuência unida do larno tocante à criança. Os pais precisam ser uni-dos e saber para onde querem que a criança vá, caso contrário, ela pode seguir caminhoserrados por estar conusa. Richard L. Evansdisse: “A divisão entre os pais é injusta, causaconusão e enraquece os alicerces da amília. As pessoas que servem de reerência para acriança precisam ser unidas na orientação queoerecem”.2 Sabemos que as crianças são sen-síveis aos estados de humor e sentimentos daamília. Podem sentir a tensão e as dierençasque nem sempre conseguem compreender oudenir. (…)

 A criança tem o direito de sentir queem sua casa tem um reúgio, um lugar de

proteção dos perigos e males do mundoexterior. A união e a integridade da amíliasão necessárias para suprir essa necessidade.Não há um lugar como o lar em que se possaencontrar a verdadeira elicidade duradouranesta vida. É possível azer do lar um pedaci-nho do céu. Na verdade, imagino o céu comouma continuação da vida amiliar ideal aquina Terra.3 (…)

O evangelho que ensinamos é verdadeiro.Cristo vive, Deus vive, e mansões gloriosasestão sendo preparadas no alto para Seuslhos éis e dedicados. Planejem agora quetipo de lar e de amília desejam e como aten-derão às necessidades de seus lhos paramantê-los no caminho correto que vai condu-zir a amília à vida eterna em um lar celestial.Que Deus abençoe todos vocês, irmãos. Achoque podem compreender que grande partedo que oi dito se reere a vocês. E a organiza-ção e a administração do lar de modo sagradoé muito importante para os jovens lhos que vierem abençoar sua vida. ◼O uso de maiúsculas e a pontuação oram atualizados.

NOTAS1. David O. McKay, Secrets of a Happy Life , comp.

Llewelyn R. McKay, 1967, p. 11.2. Richard Evans’ Quote Book, 1975, p. 23.3. Ver David O. McKay, Gospel Ideals , 1953, p. 490.

 A criança tem o

direito de sentir 

que em sua casa

tem um reúgio,

um lugar de pro-

teção dos perigos e 

males do mundo

exterior. A união

e a integridade da

 amília são neces-

 sárias para suprir 

essa necessidade.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 23

 Ninguém pode orçar os jovens ater experiências espirituais, mas como estes pais e líderes descobri-

ram, há muitos meios de promover experiências pessoais que condu-

zem à conversão.

Quando Vyacheslav e Zoya Gulko, daUcrânia, começaram a pesquisar aIgreja, sua lha de treze anos, Kira, não

cou muito entusiasmada. Recusava-se a par-ticipar das lições missionárias e quando cavasabendo que os élderes iriam a sua casa, “corriapara o quarto e batia a porta”, relembra a mãe.

O irmão e a irmã Gulko, que decidiramliar-se à Igreja, imaginaram que se pudessemsimplesmente dar a Kira a oportunidade desentir o Espírito, o coração dela seria tocado.Como o próprio testemunho da irmã Gulkoteve início quando assistiu ao batismo deoutra pessoa, ela pediu a Kira que assistisseao batismo dela, apenas para ajudá-la a vestirroupas secas depois. Para surpresa da irmãGulko, Kira aceitou o convite.

“Aconteceu!” lembra a irmã Gulko. “O PaiCelestial agiu de modo muito milagroso.” Kira

AJUDAR OS JOVENS A TEREXPERIÊNCIAS

ESPIRITUAISrealmente sentiu o Espírito, e uma semanaapós o batismo dos pais, concordou em alarcom os missionários. Começou a ler o Livrode Mórmon. Algumas semanas depois, a irmãGulko notou uma olha de papel pendendoda escrivaninha da Kira. Nela estavam escritasas palavras de 2 Né 2:25. Dois meses e meiodepois de seu próprio batismo, o casal Gulko

assistiu ao batismo da lha. Agora, vinte anosdepois, Kira está casada. Ela e o marido, Dave,oram selados no templo e criam seus doislhos no evangelho. Ela serviu elmente em vários chamados e continuou ativa na Igreja.

Por causa do que aconteceu, Zoya dizque aprendeu uma lição undamental quese aplica tanto aos pais que são membros daIgreja a vida inteira quanto a ela e ao marido,que eram membros novos: os pais e os líderesnão podem orçar os lhos a aceitar o evan-gelho, mas podem convidá-los a determinadoslugares e criar situações em que os jovenspoderão ter suas próprias experiências espiri-tuais. Essas experiências, por sua vez, podemlevar à conversão.

Mas qual é a melhor orma de criar essetipo de experiência? Pais e líderes do mundointeiro compartilham o que uncionou no casodeles.

Melissa MerrillRevistas da Igreja

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24 A L i a h o n a

Dar aos Jovens aOportunidade de Servir

 A Ala Granja Viana, Estaca São Paulo

Brasil Cotia, tinha um elevado índice de ativi-dade entre os rapazes. Mas os líderes notaramque alguns deles enrentavam desaos pes-soais e tinham diculdade em cumprir seusdeveres do sacerdócio.

Depois de discutirem o assunto em con-selho, o bispado e os líderes dos Rapazesdecidiram azer com que o enoque de suasatividades osse mais no serviço e nem tantono entretenimento ou na diversão. Issoincluía visitas aos membros menos ativosdo quórum, a participação no proselitismocom os missionários de tempo integral e aadministração do sacramento para membrosda ala que não podiam sair de casa devidoa problemas de saúde. Essas atividadesderam aos jovens a oportunidade de colocarem prática os princípios que aprendiam noseminário e aos domingos (ver 2 Né 2:26).

Com o tempo, “essas atividades espirituais

zeram toda a dierença”, relatou um líder

do sacerdócio.“Ficamos impressionados num domingo

de jejum, quando todos os rapazes prestaramtestemunho”, conta ele. “Ao azê-lo, muitosrelembraram com lágrimas o bom espírito quesentiram naquelas ocasiões. Um rapaz relatoua ocasião em que administrou o sacramentoa um membro idoso de nossa ala que estavaacamado havia três anos. A esposa, uma irmãel, recebeu nossos rapazes com alegria eesperança. Depois da ordenança, ela alou-

lhes da elicidade que sentia na vida graças aoevangelho, apesar dos imensos problemas edas diculdades que enrentava. Eles sentiramo Espírito e se deram conta da importanteinfuência que o evangelho tinha na vida daspessoas. A experiência pessoal que tiveram oitão vigorosa que eles vão lembrá-la por mui-tos anos, talvez por toda a vida.”

Ele observou que nunca tinha visto aqueletipo de reação com qualquer “jogo de utebolou atividade recreativa da Mutual”. Em vez

disso, diz ele, aquela experiência lhe ensinoua importância de promover situações em queos jovens pudessem sentir o Espírito.

“As atividades sociais são importantes”,prossegue ele. “Mas as experiências espirituaissão undamentais para ajudar os jovens adesenvolver seu próprio testemunho.”

 Todos os domingos na Ala Rennes, Estaca Angers França, a irmã Delphine Letort, presi-dente das Moças, entregava um cartão a cadamoça presente e lhe pedia que escolhesseuma colega que não estivesse na Igreja eescrevesse um bilhete para ser enviado paraela. As moças escreviam sobre a lição dasemana — o que tinham aprendido ou o queas inspirara — além de um bilhete pessoal ecarinhoso. Depois, a irmã Letort ou uma desuas conselheiras enviava o cartão pelo cor-reio para as jovens que não estavam na Igreja.

 A atividade era simples, mas ecaz, conta

 Procure exemplos modernos que relacionem

a palavra de Deus à vida dos jovens.

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Ser Constante

O irmão Elmer diz que deseja que os rapazes se lem-brem de algo mais a respeito da viagem: seu estudo do

evangelho oi constante.“Senti que parte de minha responsabilidade era dar-lhes

a oportunidade de sentir o Espírito e, para isso acontecer,eu tinha que azer a minha parte no planejamento disso”,conta ele. “O Élder David A. Bednar nos ensinou a criarpadrões espirituais em nossa vida, padrões como o estudodas escrituras, a oração e a reunião amiliar.2 E em nossa viagem, naquela semana, mantivemos nossos padrõesespirituais. Fazíamos oração em grupo. Designamos rapa-zes para compartilhar um devocional de dez minutos pelamanhã, e seus líderes e pais prepararam devocionais paraa noite.

O ponto importante era que, embora estivéssemoslonge de casa e nossas atividades dierissem das quenormalmente eles teriam, nossos padrões espirituais nãooram interrompidos. Os rapazes podem ou não recordarlições especícas, mas espero que se lembrem do padrãoque mantivemos de realizar devocionais, de orar e deestudar as escrituras.”

Myra Bocobo Garcia, das Filipinas, também sabe do

ela, não apenas como meio de ajudar as ausentes a saber

que eram lembradas, mas também para que as que escre- viam os bilhetes se importassem mais umas com as outras.

“Por meio de pequenas coisas ocorrem milagres”, dizela (ver Alma 37:6). “Vimos isso se maniestar. As moçasoram encorajadas e aquela experiência contribuiu paraque aumentassem seu testemunho.”

Conecte os Jovens com a Palavra de Deus

 Alma ensinou que a pregação da palavra de Deustinha um eeito vigoroso (ver Alma 31:5). David Elmer,um líder dos Rapazes, do Texas, EUA, sabia disso e quis

proporcionar aos rapazes a quem liderava uma viagemescoteira repleta de aventuras, acompanhada de umaexperiência signicativa que os ajudaria a preparar-separa o uturo.

O irmão Elmer ponderou em espírito de oração oque poderia compartilhar e sentiu-se inspirado a usarum discurso do Élder Neil L. Andersen, do Quórum dosDoze Apóstolos. Na viagem, o irmão Elmer ensinouaquela mensagem, inclusive a história que o Élder Ander-sen contou a respeito de Sidney Going, um astro dorúgbi da Nova Zelândia, que adiou sua carreira esportiva

para servir missão. “Sua missão será uma oportunidadesagrada de conduzir pessoas a Cristo e ajudar a prepararo mundo ‘para a Segunda Vinda do Salvador’”, disse oÉlder Andersen.1

 A atividade oi muito tocante, conta o irmão Elmer, por-que ele ensinou usando as palavras de um proeta vivo.No m do devocional, todos os rapazes e líderes assina-ram o nome em bolas de rúgbi, como promessa de queserviriam uma missão e como lembrete tangível do quehaviam aprendido e sentido. Muitos dos pais e líderes ca-ram acordados naquela noite conversando com os rapazessobre como a missão deles havia aetado sua vida.

“Temos um Deus que é pessoal. Ele conhece Seus jovens”, diz o irmão Elmer. “Ele conhece a vida e os desa-os deles e o que acontece com esses meninos. Nunca sesabe como Ele está trabalhando na vida deles. Por isso,nós, líderes, preparamos e provemos o ambiente para queeles sintam o Espírito. Podemos azer isso por meio dasescrituras e das palavras dos proetas, mas é o Senhor, enão nós, que trabalha no coração deles.”

 Ensine usando as palavras dos proetas 

vivos e também dos antigos.

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26 A L i a h o n a

 valor da constância e sabe que o ensino dissocomeça no lar. A irmã Garcia e seu marido,Edwin, têm três lhos e seis lhas, com idade

de 8 a 22 anos, cada qual envolvido em váriasatividades sadias. Embora isso possa signicarmuitas pessoas indo para lugares dierentes, aamília se esorça ao máximo para estar sem-pre reunida no jantar.

“Uma das melhores maneiras de reunirnossos lhos é cozinhar e preparar alegre-mente a comida e azer a reeição juntos”,diz a irmã Garcia. Ela observa que o horáriodas reeições é um momento para renovar oslaços, para conectar-se uns com os outros ereconhecer as bênçãos do Senhor.

Aproveitar as OportunidadesExistentes para Ensinar e Ouvir

 Jocelyn Fielden, de Nova Escócia, Canadá,diz que as lições mais importantes que apren-deu ao criar seis lhos, cuja idade hoje variade 20 a 30 anos, não têm a ver apenas com oensino propriamente dito, mas também com

o empenho de “criar um ambiente em que

os lhos possam aprender verdades por elesmesmos”.

“Não se apressem em tomar todas as deci-sões por eles ou em responder a todas assuas dúvidas”, sugere ela. Em vez disso, elarecomenda que encaminhemos nossos lhos“para as escrituras ou para o conselho denossos proetas, a m de obter orientação erespostas”. Ela acrescenta: “E estejam prontospara discutir o que eles encontrarem”. Alémdisso, quando ouve perguntas dos lhos, ela

às vezes responde azendo outra pergunta:“O que você acha que deve azer?”

“Tenham conança de que eles arão asescolhas certas”, diz ela. “Quando ajuda-mos nossos lhos a aprender a reconhecero Espírito em sua vida durante os muitosmomentos de ensino que temos todos osdias com eles, e quando eles sabem comoé sentir o Espírito, isso será um catalisadorpara que busquem mais experiências espi-rituais, e assim ortaleçam seu testemunho

da realidade de nosso Pai Celestial e de SeuFilho Jesus Cristo. Isso provoca um eeito emcascata: quanto mais eles sentirem a luz e oconsolo proporcionados pelo Espírito, maisdesejarão isso e se esorçarão para azer ascoisas que tornarão o Espírito mais abun-dante na vida deles.”

Ela se apressa em salientar que os prin-cípios que oram ecazes na vida amiliardela são aqueles que os líderes da Igreja têmensinado repetidas vezes. Ela diz, por exem-plo, que embora alguns ensinamentos possamocorrer durante conversas ormais, como asque acontecem na noite amiliar, no estudodas escrituras e na oração amiliar, os paispodem ser guiados pelo Espírito para estaratentos a momentos de ensino.3

“Num passeio, no caminho para uma ativi-dade, numa partida de basquete, nas reeiçõesem amília, ao trabalhar juntos, ao cantar e ao

 Encontre momentos de ensino espontâneos 

nas atividades quotidianas.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 27

Fui batizado quando tinha dozeanos e por muitos anos ui o único

membro da Igreja em minha amília.Nem sempre oi ácil, mas elizmenteui abençoado com bons líderes queme ajudaram em minha jornada deaprendizado das doutrinas do evan-gelho e de uso dessas doutrinas paraortalecer e melhorar minha vida.Graças a minha decisão de permane-cer el às coisas em que acreditava, vigrandes bênçãos serem derramadasem minha vida e, mais tarde, na vida

de meus amiliares também.

J O V E N S

Como Permaneci Firme no EvangelhoTua Rogers

 Aqui estão algumas coisas que meajudaram a permanecer rme:

• Permanecer próximo do Pai

Celestial por meio de ativida-des como a oração e o estudodas escrituras. Ele está cientedas situações que enrentamos.O ato de manter-me próximoDele me ajudou a lembrarquem eu era.

• Seguir os conselhos dos líderes

da Igreja. Comprovei por expe-riência própria a veracidadedos conselhos dos proetas eapóstolos.

• Saber que a aplicação prática do

evangelho cria uma vida melhor

agora e na eternidade. Isso meajudou a manter meus padrõese minha é. Os líderes me incen-tivaram a requentar o templo,e isso me ajudou a visualizara vida eterna.

• Cercar-se de bons amigos que

compartilhem seus padrões. Fui

abençoado com bons amigosque zeram com que osse ácilpara mim tomar boas decisõese manter minha é.

• Permanecer próximo da família.

Eu amava minha amília e queriadesenvolver um relacionamentoorte com eles.

• Desfrutar a vida. Siga os padrões

e participe dos programas da

Igreja. Essas coisas vão ajudá-loa exercer é e azer boas esco-lhas. As boas escolhas geral-mente tornam a vida mais ácile sempre a tornam mais eliz.

Desde aquela ocasião, a irmã Mok, sua conselheira eaquela moça criaram um “sistema de amigas” no Face-book e também por meio de mensagens de texto, parauma lembrar a outra de ler e compartilhar entre elas o

que estavam aprendendo. A irmã Mok relata que viu evidências de mudanças

extraordinárias na vida daquela moça, graças ao estudodas escrituras. E à medida que a irmã Mok lia as escriturasdiariamente no trem, também recebeu suas próprias bên-çãos. “Também senti o Espírito e recebi respostas a minhasorações ao prosseguir com minha vida”, conta ela.

“Por experiência própria, sei que alguns jovens se preo-cupam e se sentem inseguros em relação a sua capacidadede adquirir um testemunho e de ter experiências espirituaiscomo os outros”, continua ela. “Ao trabalharmos juntos, asse-guramos com nossas ações que isso unciona e que estamosao lado deles para ajudá-los a cada passo do caminho.” ◼

NOTAS1. Neil L. Andersen, “Preparar o Mundo para a Segunda Vinda”,

 A Liahona, maio de 2011, p. 49.2. Ver David A. Bednar, “Mais Diligentes e Interessados em Casa”,

 A Liahona, novembro de 2009, p. 17.3. Ver, por exemplo, Robert D. Hales, “Nosso Dever para com Deus:

 A Missão dos Pais e Líderes para com a Nova Geração”, A Liahona,maio de 2010, p. 95; David A. Bednar, “Mais Diligentes e Interessadosem Casa”, A Liahona, novembro de 2009, p. 17.

prestar serviço a outras pessoas, essas são apenas algumasdas atividades em que o ensino do evangelho aconteceuem nossa amília”, explica ela. “Nossas conversas sobretemas do evangelho costumam acontecer naturalmente

quando estamos realizando outras atividades.”

Trabalhar Juntos para uma Meta em Comum

Logo depois de ormar-se na Universidade Brigham Young–Havaí, KaYan Danise Mok voltou para casa emHong Kong e recebeu o chamado de presidente dasMoças. Enquanto se adaptava à volta ao lar, ao início dacarreira e à continuação de seus estudos na pós-gradua-ção, ela orou sinceramente pedindo inspiração para aju-dar as moças com quem trabalhava a desenvolverem umtestemunho a m de prepará-las para o uturo.

Num domingo, enquanto ensinava a respeito da pers-pectiva eterna, a irmã Mok reconheceu a inspiração de lero Livro de Mórmon com determinada moça, que por acasoera a única que estava presente na Igreja naquele dia.

“Minha conselheira e eu atendemos rapidamente à ins-piração e estabelecemos a meta de terminar de ler o Livrode Mórmon em grupo, com a moça”, conta a irmã Mok.“Ela aceitou o desao sem hesitar, pois íamos cumprir ameta juntas.”

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28 A L i a h o n a

 A o término de seu reinado, o rei

Mosias propôs que a monarquiaosse substituída por um sistema

de juízes escolhidos pelo povo. O sistemaproposto baseava-se nas leis dadas por Deusadministradas por juízes que seriam escolhi-dos pelo povo.

O princípio do arbítrio era o alicerce dosistema proposto: as pessoas, e não o rei,assumiriam a responsabilidade de agir deacordo com a lei. Como “não é comum a voz do povo desejar algo contrário ao queé direito” (Mosias 29:26), aquele sistema oe-recia maior proteção para os direitos indivi-duais e para a retidão coletiva da sociedade.

Em resposta à proposta de Mosias, todosdo povo “caram muito ansiosos para quecada um tivesse oportunidades iguais em todaa terra; sim, e cada homem expressou a von-tade de responder por seus próprios pecados”(Mosias 29:38).

Élder Paul B. PieperDos Setenta

O livro de Alma contém a história do

povo durante o período de 40 anos que seseguiu à adoção do sistema proposto. Osúltimos capítulos do registro de Alma, oscapítulos 43 a 62, relatam um período demuitos desaos e provações. Nesse curtoperíodo de dezenove anos, o povo enren-tou problemas políticos internos, amea-ças externas e um confito armado quaseconstante.

Por duas vezes o sistema de governo se viu ameaçado internamente por homens queprocuravam estabelecer-se como reis e privaro povo do direito de escolher seus líderese de adorar livremente. Ao mesmo tempo,o povo teve que se deender de inúmerosataques externos dos lamanitas, que estavamdecididos a destruir o governo neta e sujei-tar os netas à escravidão.

O caos econômico causado por essesmuitos problemas, embora não seja

Os neftas suportaram felmente as provações de sua época e sãotestemunhas de que o Senhor proverá as bênçãos e a proteção de que 

necessitamos para enrentar com sucesso os desafos de nossos dias.HOJE

O LIVRO DE ALMA:LIÇÕES PARA

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 Em meio a todas as 

 suas diculdades,

os netas justos 

 sentiram-se or-

talecidos pelo ato

de estarem agindo pelos motivos 

certos. Seu único

intento era o de 

“deenderem-se,

deenderem suas 

 amílias e suas 

terras, seu país e 

 seus direitos e sua

religião”.

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30 A L i a h o n a

especicamente mencionado, deve ter representado um

desao importante para o povo. Mórmon, ao compilaro registro sagrado, sentiu-se inspirado a azer um relatodetalhado daquele período. Na verdade, se ele tivesseornecido um relato igualmente detalhado do restantedos mil anos de história dos netas, o Livro de Mórmonteria mais de 2.500 páginas!

O Presidente Ezra Tat Benson (1899–1994) ensinou:“O Livro de Mórmon (…) oi escrito para nossos dias.

Os netas nunca tiveram acesso a esse livro, tampouco oslamanitas da antiguidade. Ele oi redigido para nós. (…)Sob a inspiração de Deus, que vê todas as coisas desde o

princípio, [Mórmon] resumiu séculos de registros e esco-lheu as histórias, os discursos e os acontecimentos quenos seriam mais úteis. (…)

“Precisamos perguntar constantemente a nós mesmos:‘Por que o Senhor inspirou Mórmon (ou Morôni, ou Alma)a incluir isto em seus escritos? Que lição posso aprendercom isto que me ajudará a viver nesta época?’”1

 Atualmente, os santos dos últimos dias do mundointeiro enrentam muitos dos mesmos desaos enren-tados pelos netas naquele período de sua história,inclusive a tentativa de privar os membros do direito de

adorar e de expressar-se em questões importantes paraa sociedade em que vivemos. Alguns santos dos últimosdias sentiram a ameaça de ataques externos e do con-fito com orças determinadas a destruir as nações e aliberdade.

Felizmente, os netas conseguiram vencer seus desa-os com esorço extraordinário, sacriício e com a ajudado Senhor. Algumas lições sobre como eles reagiram comsucesso a seus desaos podem nos proporcionar orienta-ção e coragem para enrentar nossos problemas nos diasatuais.

1. Manter desejos e motivos adequados.

Em meio a todas as suas diculdades, os netas justossentiram-se ortalecidos pelo ato de estarem agindo pelosmotivos certos. Seu único intento era o de “deenderem-se,deenderem suas amílias e suas terras, seu país e seusdireitos e sua religião” (Alma 43:47). Seu desejo era o depreservar seu arbítrio: o direito de agir em retidão e deprestar contas de sua própria conduta, em vez de receber

ordens de um rei. Seu motivo era preservar a igualdade

sob a lei, especicamente sua liberdade de adorar a Deuse de preservar sua igreja (ver Alma 43:9, 45).

Na sociedade, existem e sempre existirão orças quebuscam manipular a opinião pública para obter poder emproveito próprio. Há uma tentação de adotar seus motivose transormar o confito em uma luta pelo poder. O cami-nho do Senhor é sempre agir com base unicamente emdesejos e motivos puros, como zeram os netas. Isso per-mitiu que invocassem os poderes do céu para vencer seusproblemas “na orça do Senhor” (Alma 46:20; ver também Alma 60:16; 61:18).

De modo semelhante, em resposta aos desaos queenrentamos hoje, precisamos constantemente analisarnosso coração para assegurar-nos de que nossos desejose motivos sejam puros e que tomem como base os princí-pios do evangelho de Jesus Cristo. Se agirmos (ou mani-pularmos os outros para que ajam) movidos por egoísmo,por vantagens pessoais ou para rebaixar os outros, nãoteremos a ajuda do céu necessária para resistir a nossosdesaos.

2. Ser bondoso e generoso com os menos

aortunados.Quando seus antigos inimigos, o povo de Ânti-Né-Leí,

se viram ameaçados de destruição, os netas decidirampor voto dar-lhes um lugar para morar e construir umanova vida, oerecendo-lhes proteção (ver Alma 27:21–22;43:11–12). Como os ânti-né-leítas tinham eito um juramento de jamais usar armas de guerra novamente,em troca oereceram “grande parte de seus bens paramanutenção” (Alma 43:13) dos exércitos netas naque-les tempos críticos. Não obstante, não há registro de queos netas tenham tratado aqueles imigrantes a não sercom respeito e amor, mesmo que provavelmente ossemum alvo político ácil para os que quisessem omentardissensões.

O modo bondoso com que os netas trataram o povo de Amon, como eles passaram a ser chamados, oi retribuído eacabou contribuindo para a ormação do exército de 2.000 jovens guerreiros. Por ironia do destino, o serviço prestadopor aqueles jovens pode ter sido vital para a preservaçãoda sociedade neta de uma destruição antecipada.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 31

 A disposição de 

 ser bondosos e  generosos com os 

necessitados oi 

um ator impor-

tante na preser-

vação da nação

neta e ez com

que eles ossem

merecedores das 

bênçãos do céuem seus momen-

tos de extrema

afição. O modo

bondoso com que 

os netas trata-

ram o povo de 

 Amon oi retri-

buído e acabou

contribuindo

 para a orma-ção do exército

de 2.000 jovens 

 guerreiros.

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32 A L i a h o n a

Nos momentos de dissensão interna, ataques externos

e problemas econômicos, há a tendência de tornar-nosnegativos para com os que não são “semelhantes a nós”.Fica ácil criticá-los e azer julgamentos. Pode-se questio-nar sua lealdade e seu valor na sociedade e o impactodeles sobre nosso bem-estar. Essa reação negativa nãocondiz com o encargo dado pelo Salvador de amar nossossemelhantes como a nós mesmos e cria polarização, con-tendas e isolamento. Se o povo de Amon não tivesse sidobem recebido na sociedade neta, isso poderia ter geradoressentimento em vez de gratidão na geração seguinte.Em vez de produzir 2.000 guerreiros éis, a nova geração

poderia ter-se alienado e voltado a unir-se aos lamanitas. A disposição de ser bondosos e generosos com os

necessitados oi um ator importante na preservação danação neta e ez com que os netas ossem merecedoresdas bênçãos do céu em seus momentos de extrema afi-ção. O povo de Deus precisa dessas bênçãos hoje em dia.

3. Ouvir e seguir líderes inspirados.

O Senhor sabia das diculdades que os netas enren-tariam e levantou líderes inspirados para ajudá-los aenrentar aqueles desaos. O capitão Morôni era um guer-

reiro, mas oi inspirado a preparar armaduras, escudos,capacetes e roupas grossas para proteger seu povo (ver Alma 43:19). Consequentemente, os netas se saírambem melhor na batalha do que os lamanitas (ver Alma43:37–38). Posteriormente, Morôni instruiu o povo a levan-tar montes de terra em volta das cidades e colocar vigase estruturas de madeira no alto desses montes (ver Alma50:1–3). Esses preparativos inspirados ajudaram a preser- var os netas da destruição.

Enquanto Morôni se preparava para a guerra, Helamãe seus irmãos pregavam a palavra de Deus e instavam aspessoas à retidão para que o Espírito do Senhor pudesseguiá-los e preservá-los. Por darem ouvidos à orientaçãotemporal e espiritual de líderes inspirados, os netasoram preservados. Somente quando as dissensões inter-nas surgiram e as pessoas se recusaram a dar ouvidos àsadvertências inspiradas oi que começaram os reveses eo sorimento.

Somos abençoados por viver numa época em que oSenhor chamou proetas, videntes e reveladores vivos para

advertir-nos, guiar-nos e preparar-nos para as diculdades

dos dias atuais. Em 1998, o Presidente Gordon B. Hinckley(1910–2008) deu instruções e advertências inspiradas aosmembros da Igreja:

“Chegou o momento de colocar nossa casa em ordem.Existem muitos entre nós que estão vivendo no limite

de suas rendas. De ato, alguns estão vivendo comdinheiro emprestado. (…)

 A economia é algo muito rágil. (…) Existem indicaçõesde que haverá tempos diíceis à rente, para os quais seriaprudente que nos preparássemos.”2

Conversei recentemente com um homem que deu ouvi-

dos às palavras do Presidente Hinckley e aos sussurros doEspírito. Ele e a mulher decidiram liquidar seus investi-mentos, quitar sua casa e saldar as dívidas.

Hoje esse homem é autossuciente. A crise econômicaque aconteceu em seguida teve pouca repercussão em suaamília. Na verdade, sua autossuciência permitiu que elee a mulher servissem missão.

O Presidente Thomas S. Monson oi levantado paranossa época. Sua vida e seus ensinamentos são a mensa-gem que Deus enviou para proteger-nos e abençoar-noshoje. Numa época em que muitos se preocupam com o

que não têm, o Presidente Monson nos ensina a ser gratospelas muitas bênçãos que o Senhor nos concedeu. Numaépoca em que muitos se concentram em seus própriosproblemas, o Presidente Monson nos pede que esten-damos a mão e resgatemos os outros, esquecendo-nosde nós mesmos para abençoar o próximo. Ao darmosouvidos à orientação do Presidente Monson, proporciona-remos a nossa amília a proteção espiritual e as bênçãosnecessárias para nossos dias.

Sinto-me grato por viver numa época em que o evan-gelho oi restaurado. Sinto-me grato pelo Senhor ter pre-parado o Livro de Mórmon para nossos dias. Os netassuportaram elmente as provações de sua época e sãoum testemunho de que o Senhor vai prover as bênçãos ea proteção de que necessitamos para vencer com sucessoos desaos de nossos dias. ◼

NOTAS1. Ezra Tat Benson, “O Livro de Mórmon — Pedra Angular de Nossa

Religião”, A Liahona, janeiro de 1987, p. 3.2. Gordon B. Hinckley, “Para os Rapazes e para os Homens”,  A Liahona,

 janeiro de 1999, p. 63.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 33

 Por darem

ouvidos à orien-

tação temporal 

e espiritual de 

líderes inspirados 

como Morôni,

os netas oram

 preservados.

Somente quando

as dissensões 

internas surgi-

ram e as pessoas  se recusaram

a dar ouvidos 

às advertências 

inspiradas oi 

que começaram

os reveses e 

o sorimento.

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Comemoramos os 100 anos do seminário

na Igreja. Tenho uma ligação com osprimórdios, quando os recursos para

esse programa eram muito escassos.Depois daquele início humilde, hoje temos

375.008 alunos nas classes do seminário, commais de 38.000 proessores de tempo integrale voluntários, em 143 países do mundo inteiro.Investimos muito em nossa juventude. Conhecemos seu valor e seu potencial.

A Sabedoria Ajudará Vocêsa Combaterem o Inimigo

Falo como alguém que viu o passado e querprepará-los para o uturo.

 Vocês estão crescendo em território ini-migo. Quando se tornarem maduros espiri-tualmente, entenderão como o adversário seinltrou no mundo que os cerca. Ele está noslares, no entretenimento, na mídia, na lingua-gem — em tudo que os rodeia. Na maioria da

COMO 

SOBREVIVER EM TERRITÓRIOINIMIGO

PresidenteBoyd K. PackerPresidente do Quórumdos Doze Apóstolos

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 35

 vezes, sua presença não é notada.Quero ensinar-lhes algo que será de muito valor e

muito desejável. As escrituras dizem: “A sabedoria é a

coisa principal; adquire, pois a sabedoria”, e eu acrescen-taria: “emprega tudo o que possuis [e começa a andar!]”(Provérbios 4:7). Eu não tenho tempo a perder nem vocês.Então escutem!

Lembro-me nitidamente do momento em que decidiser proessor. Durante a Segunda Guerra Mundial, eutinha vinte e poucos anos e era piloto da Força Aérea.Estava destacado na pequena ilha de Ie Shima. Aquelailha pequena e isolada, mais ou menos do tamanho deum selo postal, cava perto da ponta norte da ilha deOkinawa.

Numa solitária noite de verão, sentei sobre umpenhasco para assistir ao pôr do sol. Eu pensava no queazer de minha vida após a guerra, se tivesse sorte su-ciente para sobreviver. O que eu queria ser? Foi naquelanoite que decidi que queria ser proessor. Concluí queos proessores estão sempre aprendendo. Aprender é opropósito básico da vida.

 A primeira vez que lecionei no seminário oi em 1949em Brigham City. Tinha sido aluno daquele seminário emminha época de escola.

Originalmente, havia três cursos ministrados no semi-

nário: Velho Testamento, Novo Testamento e Históriada Igreja. Foi meu privilégio incluir uma classe do Livrode Mórmon no seminário diário. Eu havia retornado daguerra com um testemunho do Livro de Mórmon e umentendimento de como o dom do Espírito Santo opera.

O Dom do Espírito Santo os Protegeráem Território Inimigo

 Vocês têm sido ensinados ao longo da vida sobre odom do Espírito Santo, mas o ensino não pode ir alémdisso. Vocês podem e, de ato, devem ir sozinhos o restodo caminho para descobrir dentro de si mesmos comoo Espírito Santo pode ser uma infuência orientadora eprotetora.

O processo é o mesmo para os rapazes e as moças.Descobrir como o Espírito Santo opera em sua vida éuma busca para a vida toda. Assim que descobrirem issopor si mesmos, poderão viver em território inimigo e nãoserão enganados nem destruídos. Nenhum membro destaIgreja — ou seja, nenhum de vocês — será capaz de

cometer um grave erro sem antes ter sido avisado pelossussurros do Espírito Santo.

 Vocês já devem ter cometido um erro e dito logo em

seguida: “Sabia que não devia ter eito isso. Não pareciaa coisa certa a azer” ou quem sabe: “Eu sabia que devia ter eito isso. Só que não tive coragem para agir!” Essasimpressões são o Espírito Santo tentando direcioná-lospara o bem ou avisá-los para carem longe do perigo.

Há algumas coisas que vocês não devem azer se quise-rem manter abertas as linhas de comunicação. Não podemmentir, enganar, roubar ou agir de modo imoral e desejarque esses canais permaneçam livres. Não vão a ambientesque dicultem a comunicação espiritual.

 Vocês devem aprender a buscar o poder e a orientação

que estão a seu alcance e então segui-los, a despeito doque aconteça.

 A primeira coisa a colocar em sua lista de “coisas aazer” é a oração. Na maioria das vezes, suas oraçõesserão silenciosas. Vocês podem orar em pensamento.

Uma linha direta de comunicação com seu Pai Celestialsempre estará disponível para vocês. Não permitam que oadversário os convença de que não há ninguém ouvindodo outro lado. Suas orações sempre são ouvidas. Vocêsnunca estão sozinhos!

Cuidem de seu corpo. Sejam puros. “Não sabeis vós que

sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16.)

Leiam cuidadosamente as promessas que se encontramna seção 89 de Doutrina e Convênios. A Palavra de Sabe-doria não promete uma saúde pereita, mas sim que asantenas espirituais dentro de vocês serão ortalecidas.

Fiquem longe de tatuagens e outras coisas semelhantesque desguram o corpo. Seu corpo oi criado à imagemde Deus.

Os Conselhos Proéticos Ensinam a Verdade Agora quero alar de modo bem direto sobre outro

assunto.Sabemos que o sexo (masculino ou eminino) oi de-

nido no mundo pré-mortal.1 “E o espírito e o corpo são aalma do homem” (D&C 88:15). Esse assunto é de grandepreocupação para a liderança, bem como todas as ques-tões que envolvem a moralidade.

 Talvez alguns de vocês tenham sentido, ou alguémlhes tenha dito, que vocês nasceram com sentimentos

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36 A L i a h o n a

dierentes e que não serão culpados se cederem a essastentações. Pela doutrina sabemos que se isso osse ver-

dade, seu arbítrio teria sido anulado, mas isso não podeacontecer. Vocês sempre têm a escolha de seguir os sus-surros do Espírito Santo e viver uma vida moralmente purae casta, cheia de virtude.

O Presidente Gordon B. Hinckley disse o seguinte emuma conerência geral: “As pessoas nos perguntam sobrenossa posição em relação aos que se consideram (…)homossexuais. Respondo dizendo que os amo como lhose lhas de Deus. Eles talvez tenham certas inclinações quesejam ortes e diíceis de controlar. A maioria das pessoastem um ou outro tipo de [tentação] em diversos momen-

tos. Se elas não se deixarem levar por essas tendências,poderão levar a vida como todos os membros da Igreja.Caso violem a lei da castidade e os padrões morais daIgreja, estarão sujeitos à ação disciplinar da Igreja, assimcomo todos os demais.

“Queremos (…) ortalecê-las e ajudá-las em seus pro-blemas e suas diculdades. Mas não podemos consentirque elas se entreguem a conduta imoral e tentem apoiar,deender e viver uma situação marital com pessoas domesmo sexo. Permitir tal coisa seria desprezar os unda-mentos extremamente sérios e sagrados do casamento

instituídos por Deus e Seu propósito, que é o de criaramílias”.2

O Presidente Hinckley estava alando para a Igreja.

Usem o Arbítrio para Manterou Recuperar um Lugar Seguro

O primeiro dom recebido por Adão e Eva oi o arbítrio:“Podes escolher segundo tua vontade, porque te é dado”(Moisés 3:17).

 Vocês têm esse mesmo arbítrio. Usem-no sabiamentepara não se deixarem levar por nenhum impulso impuroou tentação extrema que lhes sobrevenha à mente. Nãocheguem a esse ponto, mas se tiverem sucumbido, retor-nem. “Negai-vos a toda iniquidade” (Morôni 10:32).

Não experimentem os poderes geradores de vida emseu corpo, seja sozinhos ou com membros de qualquersexo. Esse é o padrão da Igreja e não mudará. Ao amadu-recerem, serão tentados a experimentar ou explorar ativi-dades imorais. Não açam isso!

 A palavra-chave é disciplina — autodisciplina. A palavra

disciplina vem da palavra discípulo ou seguidor . Sejamdiscípulos/seguidores do Salvador e estarão seguros.

 Talvez alguns de vocês estejam pensando: “Já sou cul-pado por este ou aquele erro. É tarde demais para mim”.Nunca é tarde demais.

 Vocês oram ensinados no lar e no seminário sobre aExpiação de Jesus Cristo. A Expiação é como uma borra-cha. Ela é capaz de varrer a culpa e os eeitos do que querque esteja azendo-os sentirem-se culpados.

 A culpa é uma dor espiritual. Não soram com uma dorcrônica. Livrem-se dela. Acabem com ela. Arrependam-see, se necessário, arrependam-se novamente, e de novo, ede novo, até que vocês — e não o inimigo — estejam no

comando.

A Paz Duradoura Vem do Arrependimento Frequente

 A vida acaba sendo uma sucessão de tentativas e erros. Adicionem “arrepender-se requentemente” a sua lista decoisas a azer. Isso lhes trará uma paz duradoura que nãopode ser comprada por qualquer coisa terrena. Entender aExpiação pode ser a verdade mais importante que pode-rão aprender em sua juventude.

Se vocês estiverem se envolvendo com pessoas que ospuxam para baixo, em vez de edicá-los, parem e mudem

de companhia. Às vezes, poderão car sozinhos e soli-tários. Então uma importante pergunta poderá ser eita:“Quando está sozinho, você está em boa companhia?”

Livrar-se de um hábito enraizado pode ser bem diícil.Mas o poder para azê-lo está em vocês. Não se desespe-rem. O Proeta Joseph Smith ensinou que “todos os serescom corpos possuem domínio sobre os que não os têm”.3  Vocês podem resistir à tentação!

É pouco provável que venham algum dia a ter umencontro pessoal com o adversário; ele não se mostra dessamaneira. Mas mesmo que ele venha pessoalmente testá-lose tentá-los, vocês têm uma vantagem. Vocês podem armarseu arbítrio, e ele terá de deixá-los em paz.

Aproveitem as Bênçãos do Seminário

 Vocês não são comuns. Vocês são muito especiais. Vocês são excepcionais. Como sei disso? Sei disso porque vocês nasceram em uma época e um lugar onde o evange-lho de Jesus Cristo pôde entrar em sua vida, por meio dosensinamentos e das atividades do seu lar e da Igreja de

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Ver o Discurso Completo Veja ou ouça o discurso completo do Presidente Packer em seminary.LDS.org/history/centennial.

NOTAS1. Ver “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona,

novembro de 2010, última contracapa; ver também Moisés 3:5; Abraão 3:22–23.

2. Gordon B. Hinckley, “O Que as Pessoas Estão Perguntando a NossoRespeito?” A Liahona, novembro de 1998, p. 71.

3. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 220.

 Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ela é, comoo próprio Senhor disse, “A única igreja verdadeira e viva

na ace de toda a Terra” (D&C 1:30).Há outras coisas que poderíamos adicionar a essa lista,

mas vocês sabem o que devem e o que não devem azerem sua vida. Conhecem o bem e o mal e não precisamser mandados em todas as coisas.

Não desperdicem os anos de aprendizado no seminá-rio. Aproveitem a grande oportunidade que têm de apren-der as doutrinas da Igreja e os ensinamentos dos proetas. Aprendam aquilo que é de maior valor. Isso abençoará a vocês e a sua posteridade, por muitas gerações vindouras.

Não se passarão muitos anos até que vocês se casem e

tenham lhos, uma união que deve ser selada no templo.Nossa oração é para que, no devido tempo, vocês consi-gam se estabelecer em segurança numa ala ou num ramopara amílias.

Sigam em Frente com Esperança e Fé

Não temam o uturo. Sigam em rente com esperançae é. Lembrem-se do dom celestial do Espírito Santo. Aprendam a ser ensinados por Ele. Aprendam a buscá-Lo. Aprendam a viver por Ele. Aprendam a orar sempre emnome de Jesus Cristo (ver 3 Né 18:19–20). O Espírito do

Senhor estará com vocês e os abençoará. Temos uma é prounda em vocês.Presto-lhes meu testemunho — um testemunho que

ganhei quando era jovem. E vocês não são dierentes demim ou de qualquer outra pessoa. Vocês têm tanto direitoa esse testemunho quanto qualquer um. Ele virá a vocêscaso se esorcem para obtê-lo. Invoco sobre vocês as bên-çãos do Senhor — para que as bênçãos desse testemunhoaçam parte de sua vida e os guiem para construírem umuturo eliz. ◼

 Extraído do discurso da transmissão do centenário do seminário, proerido em 22 de janeiro de 2012 

Não desperdicem os anos de aprendizado no seminário. Aproveitem a grande oportunidade que têm de aprender 

as doutrinas da Igreja e os ensinamentos dos proetas.

 Aprendam aquilo que é de maior valor.

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Meus pais são membros da Igreja,mas não muito ativos. Isso às

 vezes gera confitos porque eles acre-ditam que o tempo dedicado à amíliaé mais importante do que tudo: doque ir à Igreja, do que magnicarmeus chamados da Igreja e do querealizar outras atividades.

Como sou líder na Primária emembro do coro da ala, minhasreuniões da Igreja às vezes intererem

nos deveres amiliares. Certo dia,quando me preparava para assistir auma transmissão da conerência geralem nossa capela, em Antananarivo,meus pais me lembraram que tería-mos visitas em casa.

“Você tem que escolher entre suaamília e a Igreja”, disse-me minhamãe. “Ou você ca aqui conosco eperde a conerência ou vai à cone-rência e enrenta o castigo.”

Decidi não discutir com ela. Em vez disso, reservei um momento parapedir ao Pai Celestial que me dessecoragem e orças. Também pedique Ele me ajudasse a saber o queazer. Eu devia car em casa com aamília ou ir à Igreja e ouvir a voz doproeta?

 Assim que terminei minha oração,senti o Espírito Santo. Senti o Espíritome instar a dizer a minha mãe comoera importante para mim ir à Igrejae ouvir o proeta. Senti que devia

V O Z E S D A I G R E J A

dizer-lhe que receberia conselhossábios não apenas para minha vidaatual, mas também para meu uturo.

Deus pode realizar milagres eabrandou o coração de meus paispara que me deixassem ir à cone-rência geral sem ser punida por isso.Foi uma experiência muito marcanteem minha vida. Conrmou-me a veracidade do que diz esta escritura:“Pelo poder do Espírito Santo podeis

saber a verdade de todas as coisas”(Morôni 10:5).

Sei que se basearmos nossasações nos princípios do evangelho edermos ouvidos ao Espírito, sempreseremos elizes em nossas escolhas. Aquela experiência pessoal ortaleceumeu testemunho de que Deus está anosso lado e que o Espírito Santo nosajuda em nossa vida. ◼Fy Tianarivelo, Madagascar

OREI PEDINDO CORAGEM

 Assim que terminei

a oração, senti o

 Espírito Santo me 

instar a dizer a

minha mãe como

era importante 

 para mim ir à

 Igreja e ouvir 

o profeta.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 39

Antes de me liar à Igreja, minha vida era cheia de tristezas. Depois

do divórcio de meus pais, quando eutinha sete anos, meu pai oi parar nacadeia. Minha mãe era alcoólatra eperdeu tudo que lhe era importante.Fui morar com outra amília.

Por causa disso, amadureci bemmais rápido que meus colegas. Nuncasenti que azia parte do grupo e porisso tinha uma constante atitude de

rebeldia. Ainda bem jovem, comeceia umar e azer outras coisas quehoje sei serem contrárias à Palavrade Sabedoria. Sem dúvida, eu estavaadada ao racasso na vida.

 A única coisa que me proporcio-nava elicidade era ajudar as pessoas,seja azendo a axina ou ouvindo ahistória da vida delas. Acima de tudo,eu queria que as pessoas soubessemque podiam contar comigo. Um ano,

saí de érias e conheci uma senhoraidosa a quem decidi ajudar ouvin-do-a alar. Ela era cristã e começou aalar-me de sua religião.

Eu nunca tinha acreditado de verdade em Deus. Às vezes, quandoachava que talvez Ele existisse, eu Oculpava pelos problemas pelos quaiseu havia passado. Mas quando aquelamulher descreveu a importância da éem Deus, quei interessada. Antes deeu sair, ela disse algo que me pare-ceu particularmente interessante: “Osmórmons seguem os mandamentosde Deus”.

Nunca tinha ouvido alar dosmórmons, por isso voltei para casa,entrei na Internet e z uma pesquisa.Encontrei o site Mormon.org e pedium exemplar gratuito do Livro de

ENCONTREI MEU LUGAR

Mórmon. Os missionários o entrega-ram alguns dias depois.

Eu não tinha certeza se poderiacomeçar a acreditar em Deus, mas osmissionários me ajudaram a descobrirque eu poderia não apenas acreditarNele, mas também conhecê-Lo. Aocomeçar a orar e a estudar o Livro deMórmon, iniciei uma bela jornada embusca da elicidade. Parei de umar.Parei de culpar a Deus e comecei a

agradecer a Ele pelas coisas boas quetinha na vida. Comecei a aprenderque Seu Filho havia sorido por meuspecados e por toda a dor que eutinha sentido. Em 28 de outubro de2007, ui batizada em Sua Igreja.

Se eu não tivesse vivenciado pes-soalmente essa mudança da desilusãopara a elicidade, não teria acreditadoque seria possível. Hoje adoro meu

chamado na Primária e sinto-me gratapor ter tido a oportunidade de ajudara organizar um projeto de serviço emuma conerência de jovens adultossolteiros na Polônia. O ato de poderajudar constantemente as pessoas pormeio do serviço prestado na Igrejaaumentou a elicidade que encontreino evangelho de Jesus Cristo. Tudoque aço hoje, aço com puro amorgraças a Jesus Cristo. Creio que a vida

é bela e que mesmo que tenhamosdiculdades, se seguirmos o Salvador,não estaremos perdidos.

 A mulher que conheci estava certa: É essencial ter é em Deus. Não pode-mos encontrar nosso lugar no mundose não O conhecermos. Sinto-me gratapor nalmente ter um lugar ao qual seique pertenço. ◼Dorota Musiał, Polônia

 Ela disse algo que me pareceu particularmente interessante: “Os mórmons

 seguem os mandamentos de Deus”.

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40 A L i a h o n a

V O Z E S D A I G R E J A

Em uma viagem que z para visitarmeu irmão, sentei-me na parte de

trás do avião onde sentam os comissá-rios de bordo. As duas leiras de pol-tronas cavam uma de rente à outra.

 Apresentei-me às pessoas senta-das a meu redor e mencionei queia estudar na Universidade Brigham Young. Um homem sentado a minharente disse que sua lha tinha umbom amigo que acabara de sair

em uma missão de tempo integral. A lha conhecia um pouco sobrea Igreja, mas ele não sabia quasenada. A comissária de bordo imedia-tamente declarou que jamais ariaparte “daquela igreja”, porque elase opunha às mulheres. O homemdisse que ouvira algo semelhante:que as mulheres santos dos últimosdias eram consideradas inerioresaos homens, não podiam receber

o sacerdócio ou presidir reuniõese que na Igreja os homensdominavam.

Então, virando-se para mim, eleperguntou: “Como você se sente aesse respeito?” Todas as sete pessoasolharam para mim e esperaramminha resposta.

Senti o coração bater orte.Quando criança, eu decorara asRegras de Fé para usar numa situa-ção assim, e quando adolescente e jovem adulta, tinha praticado prestaro testemunho da visão de JosephSmith e do Livro de Mórmon. Masnão tinha a mínima ideia de comoresponder à pergunta eita poraquele homem. Orei silenciosamentepedindo que o Pai Celestial meguiasse.

Então, disse a primeira coisa queme veio à mente: “Vocês simplesmentenão sabem o que é a Sociedade deSocorro”. A expressão no rosto delesmostrava que de ato não sabiam.

“O sacerdócio unciona conjun-tamente com as mulheres, e todaselas são membros da Sociedade deSocorro”, expliquei. “Temos umamulher que é a presidente da Socie-dade de Socorro e que dirige as

atividades das mulheres da Igreja nomundo inteiro. A responsabilidadedas mulheres é levar ternura e cari-dade à vida dos membros e especial-mente das amílias.”

 As pessoas a meu redor meouviam atentamente.

“Vivemos numa época estranha emque algumas mulheres querem queas mulheres ajam e pensem como oshomens. Mas acreditamos que Deusdivide as tareas. Esperamos queas mulheres sejam líderes em meioàs mulheres e que liderem conjun-tamente com o marido no lar. Oshomens conam muito em nós paraque os aconselhemos nessas questões.É um equilíbrio justo. Isso az com

que as organizações de nossa Igrejae nossos lares sejam bem-sucedidos.E acreditamos realmente que nem ohomem é sem a mulher nem a mulheré sem o homem no Senhor (verI Coríntios 11:11). Cremos que nãoestamos completos um sem o outro.

 Disse a primeira coisa que me 

veio à mente: “Vocês simplesmente não sabem o que é a Sociedade de 

Socorro”.

CONTE-NOS SOBRE SUA IGREJA

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 41

DEVOESCOLHERO TRABALHO

OU A IGREJA?

 jornal. Era o anúncio de um empregode tempo integral como proessor deinglês.

Enviei meu currículo para aempresa e ui chamado para umaentrevista. No nal da entrevista, oentrevistador disse: “Você escreveuem seu currículo que trabalhou como voluntário como missionário da Igrejade Jesus Cristo dos Santos dos Últi-mos Dias. Isso quer dizer que vai à

igreja aos domingos, não é? Se tivesseque decidir entre ir à igreja ou traba-lhar no domingo, o que escolheria?”

Era uma pergunta diícil porqueeu precisava conseguir um empregomelhor. Mas depois de pensar umpouco, respondi: “Eu iria à igreja”.

Com um discreto sorriso, o entre- vistador disse: “Entendi”. Fui entãodispensado com a promessa de que aempresa tomaria uma decisão naquela

noite e que eu deveria ligar para sabero resultado. Quando saí da sala, acheique não tinha passado na entrevista.

Mais tarde, naquela noite, quandochegou a hora de teleonar, disquei onúmero da empresa com muito medo.

“Qual oi o resultado da entrevista?”perguntei à secretária. “Eu não passei,não oi?”

Fiquei atônito, porém eliz, com aresposta que ouvi.

“Queremos que trabalhe para nós”,disse ela.

Um mês depois, quei sabendopor que conseguira o emprego. Asecretária explicou que o entrevista-dor era vizinho de missionários santosdos últimos dias. Ele sempre via osmissionários saírem animadamente debicicleta para trabalhar pela manhã.

“Ele achou que você, por ser damesma igreja, trabalharia para nóscom tanto anco quanto os missio-

nários trabalhavam para sua igreja”,disse ela. “Que sorte você teve!”

Desde então, nossa amília sempreteve todo o necessário.

Sempre que penso naquela aben-çoada experiência pessoal, sinto-meencorajado e conortado. Sei queDeus com requência usa outras pes-soas para abençoar Seus lhos. Nemtenho palavras para expressar a gra-tidão que sinto por minha mulher emeu amigo, que tiveram a inspiraçãode mostrar-me aquele recorte de jor-nal, pelos missionários trabalhadorese seu grande exemplo e por nossoPai Celestial, pleno de misericórdia,amor e carinho, que tem o podermilagroso de consagrar nossas expe-riências pessoais para nosso bem. ◼Kenya Ishii, Japão

Não acreditamos que omos criadospara competir um com o outro, maspara complementar um ao outro.”

Senti-me abençoada quando termi-nei. Sabia que as palavras que dissera vinham do Espírito. Todas as pessoaspareceram satiseitas com minhaexplicação. Então, o homem disse:“Conte-nos mais sobre sua igreja”.

Daí, nas duas horas que se segui-ram, tive a gloriosa oportunidade de

alar da Restauração, de responder aperguntas e de prestar testemunho doevangelho que adoro. ◼

Shauna Moore, Virgínia, EUAO entrevistador me perguntou:

“Se tivesse que decidir entre ir à

igreja ou trabalhar no domingo,

o que escolheria?” 

Minha mulher e eu nos casamosem 1981, no Templo de Tóquio

 Japão. Nossa vida de casados não oiácil no princípio. Sentia-me gratopor ter um emprego, mas tínhamos

diculdade para pagarnossas despesas.

Pedimos a ajudado Pai Celestial

e zemos todo opossível para saldar

as contas e pagarnosso dízimo. Sabíamos

que se conássemos noSenhor, Ele proveria nosso

sustento.Uma semana, tanto minha

mulher quanto meu amigo metrouxeram o mesmo recorte de

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42 A L i a h o n a

Castidade 

NUM MUNDO

NÃO CASTO

Com tantas pessoas justicando aconduta imoral, que verdades doevangelho os ajudam a permane-cer sexualmente puros?

Martin Isaksen, Noruega: Asescrituras dizem que devemos sercastos. Isso basta para mim.

Lizzie Jenkins, Caliórnia, EUA:  A castidade é um compromisso. Éalgo que vivemos. É um estilo de vida.

Liz West, Inglaterra: A compreen-são de quem eu sou, de que há maisna vida do que o aqui e o agora, e doque apenas esta noite me ajuda muito.O plano de salvação — mesmo queeu não o pudesse explicar especica-mente quando era adolescente — émuito útil. O conceito do casamentoeterno é maravilhoso! Quando aspessoas compreendem esse com-promisso, entendem quão incrívelé o ato de Deus ter-nos colocadoaqui em uma amília e nos dado

mandamentos para que não apenasestejamos seguros, mas que sejamoselizes. Ao colocar em prática esses

princípios e compartilhá-los commeus amigos, dizendo: “Não voubeber” ou “Não vou a essa esta” ou“Não arei isso”, eles me respeitam.No nal, eles acabam me apoiando. A compreensão de que tenho valorcomo lha de Deus e que o Pai Celes-tial sabe quem sou e que realmente Seimporta comigo é uma grande orça.

 Anna (Anya) Vlasova, Rússia:  Algo que me ajuda muito é pensarque aço parte de uma amília celes-tial. Amo e respeito a Deus e nãoquero que Ele Se sinta envergonhadocom as escolhas que aço.

Kaylie Whittemore, Flórida,

EUA: Acho sem dúvida que a santi-dade da amília deu-me a orte deter-minação de viver a lei da castidade.Outra coisa oi a compreensão de

que quando violamos os mandamen-tos há consequências negativas que

não quero sorer.Falande (Fae) Thomas, Haiti: 

Pensei muito no que as pessoasdizem: “Por que esperar se podemoster tudo agora?” Mas me pergunteiquanto tempo esse tipo de elicidadeduraria. Prero viver a lei da casti-dade e assim sentir paz.

Hippolyte (Hip) Kouadio, Costa

do Marfm: Uma das coisas queme ajudam muito é a proclamação

da amília: “Nós (…) declaramostambém que Deus ordenou que ospoderes sagrados de procriação sejamempregados somente entre homem emulher, legalmente casados”.1

Outra coisa que ajuda é a ormacomo as Autoridades Gerais nos expli-cam a castidade. Elas nos advertemquanto a como começa a imoralidadee ensinam que quando azemos mauuso do corpo, prejudicamos a alma. OÉlder Jerey R. Holland ensinou queo Salvador pagou um preço por nóspara que um dia tenhamos um corporessuscitado. O modo de sermos gra-tos pelo preço que Ele pagou é man-ter nosso corpo limpo e puro.2

Liz: Lembro-me nitidamente deuma conversa que tive com alguémquando estava com uns quinze anos.

 As revistas da Igreja reuniram-se com um grupo de jovens 

adultos de várias partes do mundo para discutir os desa-

 os e as bênçãos de permanecer castos num mundo que não valoriza a castidade e até zomba dela. Achamos a

 ranca, honesta e sincera troca de ideias muito inspira-

dora e positiva, e esperamos que você também descubra

nos comentários deles algo que o ajude a valorizar a

 santidade do casamento e das intimidades ísicas.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   S  :   C   R   A   I   G   D   I   M   O   N   D

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 43

Conversamos sobre minha crença emnão ter intimidades antes do casa-

mento, e lembro que ela disse: “Sei,mas e se simplesmente acontecer? Ese uma noite, você simplesmente…?”Mas eu sabia que tinha escolha. Nadasimplesmente “acontece”.

 Acho incrível que o Pai Celestialnos tenha concedido o arbítrio e osmandamentos para tornar-nos livres,e que mesmo assim Satanás aça tudoo que pode para prender-nos ou res-tringir-nos. As ocasiões a que minha

amiga se reeria quando algo poderia“acontecer” eram as estas nas quaisas pessoas bebiam e ormavam casais.Por isso, não me coloco nessas situa-ções. A escolha não deve ser eita nomomento em que temos de dizer simou não. A decisão é tomada antes,quando nos perguntamos: “Devo irà esta?”

Muitas pessoas, caso não pensemno que vão azer antes que aconteça

e não pensem nas consequências,azem o que querem no momento.Mas se dissermos: “Quero que oresultado nal seja este, portanto voutomar estas decisões”, evitaremosmuitos problemas.

Vocês mencionaram o arbítrio e osmandamentos. Mas os convênios— os convênios batismais ou osconvênios do templo — ajudamvocês a seguir os padrões?

Fae: Penso em minha vida antesde ser batizado e em como ela temmais sentido agora que z convênios.É assombroso imaginar que podemosser perdoados graças à Expiação.Quando recordo meus convênios,penso em como posso me arrepen-der, me tornar melhor e seguir emrente.

 Anya: No templo, em especial,adquirimos uma perspectiva eterna.

O templo nos ajuda a pensar na eter-nidade e não apenas no agora, assimazemos escolhas mais sábias.

Lizzie: Muitas vezes acreditamosque as intimidades são algo ruim, masnão são. Apenas precisam ser san-cionadas pela devida autoridade, nomomento certo, e com a pessoa certa.É nisso que consistem os convênios. Assumimos compromissos. Dizemos:“Estou mesmo pronta para esse passo

em minha vida”. Os convênios meajudam porque sei que estou azendoas coisas na ordem que devo azê-las. E sei que se eu zer o que o PaiCelestial deseja, vou ser mais eliz.

 Jonathan Tomasini, França: Eunão seria verdadeiro comigo mesmoe não seria el a Deus se quebrassemeus convênios. Os convênios docasamento me ajudam a ver quequero poder oerecer à minha esposa

alguém que tem autocontrole, que sepreparou para ser um bom marido eque se manteve puro.

Há muitos argumentos no mundo,muitos deles bem persuasivos ecomplexos, sobre a razão pelaqual a lei da castidade é algoultrapassado. Que argumentosvocês ouviram e como respon-deram aos que questionam seuspadrões?

Lizzie: Em meu último ano noEnsino Médio, lembro-me de umaproessora que nos deu alguns “con-selhos”. Ela tinha se casado logodepois de concluir o Ensino Médio,e seu casamento acabou dandoerrado, por isso ela basicamente nosdisse que “havia muitos peixes nomar”. Ela quis dizer que havia muitas

“O Salvador pagou um

 preço para que um dia

tenhamos um corpo

ressuscitado. O modo

de sermos gratos pelo

 preço que Ele pagou

é manter nosso corpo puro e limpo. ” 

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coisas que podíamos tentar azer, vários candidatos para experimentar.

Lembro-me de ter cado chocadapor minha proessora ter dito aquilo.Desde aquela época tenho pensadoque, sim, há muitas pessoas, mas nãoquero muitas pessoas!

 Jonathan: Uma pessoa queconheço disse que quando está numrelacionamento, quer ver se é sexual-mente compatível com a outra pessoa.Ela deu o exemplo de sair com umrapaz de quem ela gostava, e depois

de carem íntimos, ela sentiu que elesnão eram compatíveis, e o relaciona-mento não deu certo. Ela usou aquelaexperiência pessoal para dar orça aseu argumento e me pareceu muitopersuasiva. No nal, expliquei a elaque acreditava que podemos conhe-cer muito bem um ao outro de outrasormas e que se o zermos e desen- volvermos a conança vivendo a leida castidade, haverá maior compatibi-

lidade quando ormos casados. Anya: O argumento mais comum

que sempre ouço é que se duas pes-soas se amam, não há problemas. Asintimidades são apenas uma expres-são de amor.

Martin: Algo que me vem à mentequando ouço a desculpa “Nós nosamamos” é uma citação do PresidenteSpencer W. Kimball. Ele disse que,com muita requência, quando aspessoas acham que estão apaixonadasna verdade o que sentem é desejo car-nal.3 Esse é o caso de muitas pessoasquando trocam intimidades antes docasamento. Trata-se de paixão sensual,embora achem que se amam. Se real-mente se amassem, respeitariam maisum ao outro, apoiariam um ao outroe compreenderiam que há um tempo

certo para as intimidades. Para mim, asintimidades antes do casamento mos-

tram que não vamos realmente apoiarum ao outro tanto quanto achamosque iríamos. Porque se não somoscapazes de ajudar um ao outro a viveros padrões agora, como é que vamosapoiar um ao outro depois?

Kaylie: Algumas pessoas que nãoacreditam em Deus acham que aBíblia e a lei da castidade são coisasultrapassadas. Tive alguns amigosno Ensino Médio que eram ateus ou

agnósticos e uma amiga discordavatotalmente dos ensinamentos desua religião. Ela simplesmente viviade acordo com o que queria, o queachava certo para ela. As intimidadesísicas, do ponto de vista dela, erama satisação dos próprios desejos, etudo o que restringisse essa satisaçãoera indesejável.

 Acho que minha amiga cou sur-presa ao saber que eu acreditava na

Bíblia e nos mandamentos de Deus,mas procurei ajudá-la a compreen-der que eu não via os mandamentoscomo restrições. Eu os cumpria por-que me tornavam mais eliz. Emboradiscordássemos, ela me respeitava, econtinuamos a ser boas amigas.

Liz: Todos esses argumentos têmrespostas nos princípios básicos doevangelho. Quando acreditamos quehá um Deus, quando acreditamosque há um plano maior, quandoacreditamos que teremos de pres-tar contas de nossa vida, quandoacreditamos que há alguém que nosama e se importa conosco e quandoacreditamos que temos um valorintrínseco por sermos lhos de Deus,então é bem mais provável que nosconsideremos de valor e respeitemos

O PADRÃO

E A CHAVE

“O padrãocontinuasendo a abs-

tinência antes do casamentoe a fdelidade total depoisdele. Por mais antiquados quepareçamos, por mais que sedesdenhem os padrões e pormais que os outros cedam, nósnão cederemos; não podemosceder. (…)

Vocês receberam o domdo Espírito Santo. Receberãoinspirações aprovadoras ou deadvertência quando tiveremdecisões a tomar. O EspíritoSanto pode guiá-los para longedo mal e trazê-los de voltacaso tenham-se desviado docaminho e se perdido. Nuncaesqueçam que são flhosde Deus. Satanás não podeaprisioná-los para sempre.

Vocês sempre terão a chavedo arrependimento para abrira porta.”

Presidente Boyd K. Packer, Presidentedo Quórum dos Doze Apóstolos, “OEstandarte da Verdade Foi Erguido”,

 A Liahona, novembro de 2003, p. 24.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 45

nosso corpo. Quando as pessoas nãoconhecem esses princípios ou não

acreditam neles, olham para outraspessoas e outros lugares para ver seupróprio valor.

Que infuências ou exemplosos ajudaram a comprometer-sea viver a lei da castidade?

Hip: O rapaz com quem dividoo apartamento cou noivo. Certodia, quando estávamos conversandosobre o casamento dele que estava

próximo, alguém perguntou: “Quecompromissos vocês acham que vão mantê-los rmes?” Sua respostaoi: “O não cumprimento da lei dacastidade pode destruir nosso rela-cionamento. Por isso decidimosque não aríamos nada que nãonos sentíssemos à vontade paraazer diante do bispo ou de nossos

pais”. Essa continua a ser umainfuência em minha vida.

 Jonathan: Agora que sou jovemadulto, é mais ácil dar ouvidos aosproetas e ponderar nas coisas queos líderes da Igreja dizem. Antesdisso, porém, acho que grande parteda responsabilidade recai sobre ospais e a amília. A Igreja pode proverinormações e muitas coisas excelen-tes, mas o exemplo de minha amíliaoi determinante para me ajudar aperceber que o evangelho é uma

coisa boa e nos traz elicidade.Liz: Em minha inância e adoles-

cência, o membro da Igreja de minhaidade mais próximo morava a umahora e meia de nós, assim não havianenhum outro membro na escola.Mas algo que me deixava grata eraque mesmo que osse só eu, minhaslíderes sempre iam à Mutual. Sempreiam ao seminário, sempre me davamaula, todas as vezes. Nunca diziam:

“Bem, temos só uma aluna, por issonão teremos aula hoje”. Sem dúvidaaprendi muito, mas o que realmentecou em minha memória oi a cons-tância das minhas líderes. Graças aelas, tive oportunidades de sentir oEspírito.

 Acho que não somos capazes decompreender plenamente o dom doEspírito Santo. Mesmo que eu tivessemeus pais, minha amília e meuslíderes, quando eu estava na escola,estava sozinha. Mas o Espírito estavacomigo. Por isso, tudo o que mantémo Espírito na vida de alguém será umagrande infuência para ajudar essapessoa a cumprir a lei da castidade.

Lizzie: Uma das maiores infuên-cias para mim oi ter adquiridomeu próprio testemunho. Se não

estivermos rmemente enraizados noevangelho, será muito ácil seguir um

caminho dierente. Mas se começar-mos com a certeza de que temos umrme alicerce do evangelho, tudo omais entrará nos eixos.

Hip: Quando queremos ser si-camente ortes, azemos exercíciosísicos, e se azemos isso, consegui-mos resultados. Se aplicarmos issoem termos espirituais, teremos queexercitar nossa espiritualidade. Hámuitas coisas que temos de azer

para exercitar-nos espiritualmente,como ler as escrituras e azer tudoo que pudermos para ter o Espírito. Também temos que estabelecer metas justas e nos esorçar para alcançaressas metas. Mas para atingir essasmetas, não podemos azê-lo sozinhos.Precisamos ter o Senhor conosco.Dele recebemos orças e o Espíritopara vencer nossos desaos. Então,podemos seguir o apelo do Presi-

dente Thomas S. Monson:“Não permitam que suas paixões

destruam seus sonhos. Resistam àstentações.

Lembrem-se das palavras do Livrode Mórmon: ‘Iniquidade nunca oielicidade’”.4 ◼

NOTAS1. “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Lia-

hona, novembro de 2010, última contracapa.2. Ver Jerey R. Holland, “O Souls, Symbols,

and Sacraments”, Brigham Young University 

1987–1988 Devotional and Fireside Speeches ,1988, pp. 77–79.

3. “No momento em que duas pessoas seentregam ao pecado, o amor puro é expulsopor uma porta e a luxúria entra sorrateira-mente por outra. O aeto é substituído pelodesejo carnal e pela paixão desenreada.Logo, passa-se a aceitar a doutrina que odiabo tenta impor com tenacidade: a de queas relações sexuais ilícitas são justifcáveis”(Teachings of Spencer W. Kimball , ed.Edward L. Kimball, 1982, p. 279).

4. Presidente Thomas S. Monson, “Sê o Exem-plo”, A Liahona, maio de 2005, p. 112.

“Não vejo os manda-

mentos como restrições.

Cumpro-os porque me

tornam mais feliz.” 

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46 A L i a h o n a

“O que signifca honraro sacerdócio de Deus?”

Osacerdócio é o poder por meio do qualo Pai Celestial e Jesus Cristo realizamSua obra. É o maior poder que existena Terra. Por meio do sacerdócio, sãorealizadas ordenanças, são concedidas

bênçãos, o trabalho do templo é realizado, o evangelho

é pregado e são eetuados milagres.Os portadores do sacerdócio representam o Salvador,

por isso honram o sacerdócio azendo o que o Salvadoraria se estivesse aqui. Honram o sacerdócio vivendo demodo a ser dignos dele. Honram o sacerdócio pelo seumodo de vestir, suas ações, suas palavras, seu serviço eaté seus pensamentos.

 As moças também podem honrar o sacerdócio guar-dando seus convênios batismais e participando reverente-mente das ordenanças do sacerdócio, como o sacramentoou o trabalho do templo. Elas podem apoiar o pai, os

irmãos e outros portadores do sacerdócio no cumprimentodos mandamentos e na dignidade para cumprir seus deve-res do sacerdócio.

 Todos podemos honrar o sacerdócio servindo elmenteem nossos chamados, respeitando os que possuem osacerdócio, respeitando a obra que [o sacerdócio] realizae respeitando as ordenanças e os convênios que ele nosajuda a receber.

Agir Como um Representante de DeusSe começarmos a compreender quão maravi-lhoso é o ato de Deus ter-nos concedido essedom, então o empenho de honrar o sacerdó-cio se tornará algo simples: agir com gratidãoe respeito em relação ao poder que nos oiconado. Pergunte a si mesmo: Se todos a

meu redor soubessem que possuo o poder de Deus, teriamuma impressão melhor ou pior Dele? É isso que signicahonrar o sacerdócio — signica dar-se conta de que você

é um representante de Deus e que está azendoo melhor possível para agir de modo quedemonstre respeito pela conança que Eledepositou em você. Mason R., 19 anos, Colorado, EUA

Ser VirtuosaComo moça, eu poderia dizerque não preciso honrar o sacer-dócio. Mas todas as moçasprecisam azê-lo. Honramos osacerdócio sendo virtuosas.Honramos o sacerdócio aju-

dando os rapazes a ter pensamentos puros. Vestimo-nos com recato e usamos uma lin-guagem pura. Fazendo isso, ajudamos osrapazes a honrar o sacerdócio e assim tam-

bém honramos o sacerdócio. Marisa B., 14 anos, Arizona, EUA

Cumprir Seu Dever paracom Deus

 A principal maneira de honrar o sacerdócio,em minha opinião, é azer as coisas que opróprio Senhor aria se estivesse aqui na Terra, porque representamos Jesus Cristo.Isso signica que cumprimos todos oscompromissos, deveres e promessas quezemos com Deus quando omos ordenadosao sacerdócio. Honrando Seu sacerdócio,seguimos Seu mandamento de “[erguer-nose brilhar], para que a [nossa] luz seja umestandarte para as nações” (D&C 115:5). Ajudamos os outros a saber que muitosservos autorizados de Deus estão na Terra. Bismarck B., 18 anos, Santo Domingo, República Dominicana

Perguntas e Respostas

 As respostas são auxílios e pontos de vista, não pronunciamentos doutrinários ociais da Igreja.

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Mostrar Respeito pelo

Sacerdócio Acho que honrar o sacerdócio é terrespeito e conança na utilizaçãodo sacerdócio. Quando os membrosdo Sacerdócio Aarônico respeitamo sacerdócio e o sacramento tantoquanto o azem em nossa ala, pode-mos ter algumas ótimas experiênciaspessoais ao distribuir e preparar osacramento. Todos vestimos camisabranca e gravata. Sabemos que isso

tem um grande eeito na ala e queteve um eeito em mim. Sei que o atode ter o sacerdócio é a melhor coisaque já me aconteceu. Hansen B., 15 anos, Texas, EUA

Lembrar o Salvador

O sacerdócio é o único poder verda-deiro de Deus na Terra e nos mostra ocaminho de volta a Ele. Quando pensoem honrar o sacerdócio, penso emseguir os ensinamentos do Presidente Thomas S. Monson e dos outros Apóstolos. A melhor maneira dehonrar o sacerdócio é azer as coisasque nos são ensinadas, que nos permi-tem lembrar-nos do Salvador. Quandonos lembrarmos Dele, Seu Espíritoestará conosco. O ato de ter o Espíritoconosco nos permite manter-nos nocaminho certo e ser um exemplo dospadrões do evangelho.Classe da Escola Dominical: Kylie E., Jaiten B., Joseph E., Alexandra R., Kaylie V., Alisha F. e Haylee W. (não aparece na oto); Idaho, EUA

É SAGRADO

“Os rapazes, asmoças (…) devemhonrar esse princípio

e reconhecê-lo comoalgo sagrado, (…) pois

é em virtude dessa autoridade que asordenanças do evangelho são realizadasem todo o mundo e em todos os lugaressagrados, e sem ela eles não podem serrealizados. Aqueles que possuem estaautoridade devem também honrá-laem si mesmos. Devem viver de modo aserem dignos da autoridade neles inves-tida e dignos dos dons que lhes oram

coneridos.”Presidente Joseph F. Smith (1838–1918),Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph F. Smith, 1998, p. 144.

Envie suas respostas até 15 de novembropara [email protected] ou para:

Liahona , Questions & Answers 11/1250 E. North Temple St., Rm. 2420Salt Lake City, UT 84150-0024, USA

As respostas podem ser editadas por motivode espaço ou clareza.

As seguintes inormações e a permissão pre-cisam constar de seu e-mail ou de sua carta:(1) nome completo, (2) data de nascimento,(3) ala ou ramo, (4) estaca ou distrito, (5) suapermissão por escrito e, se or menor dedezoito anos, a permissão por escrito (acei-ta-se por e-mail) de um dos pais ou responsável, para publicar sua resposta e otografa.

Não Rebaixar Seus Padrões

Honramos o sacerdócio quando nãonos colocamos em situações em quesabemos que podemos comprometernossos padrões. Quando estudamoso Velho Testamento no seminário,descobrimos em Gênesis 39 o exem-plo de José do Egito, que honrou seusacerdócio ao ugir da tentativa desedução da mulher de Potiar.

Uma das maneiras pelas quais asmoças nos ajudam a honrar o sacer-

dócio é seguindo os padrões de Parao Vigor da Juventude e vestindo-secom recato. Joseph B., 16 anos, Texas, EUA

Apoiar o SacerdócioPara mim, honrar o sacerdóciosignica que os rapazes respeitame apoiam o dom que o Senhor lhesdeu. Quando vejo um rapaz res-peitar o sacerdócio, sinto uma paz

muito maior e tenho mais respeitopor esse jovem. O Pai Celestialconou-lhe o sacerdócio, por isso

sinto que é dever do rapaz não

apenas portar o sacerdócio, mastambém apoiá-lo. Melinda B., 16 anos, Washington, EUA

PRÓXIMA PERGUNTA

“O que digo aos nãomembros que pergun-tam por que algunsmembros da Igrejanão vivem nossospadrões?”

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48 A L i a h o n a

SERSÁBIO

E SER AMIGO

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 49

Se você quiser mesmo viver bem,deve seguir o conselho encon-trado nas escrituras: “Aprende

sabedoria em tua mocidade; sim,

aprende em tua mocidade a guardaros mandamentos de Deus” (Alma37:35). O processo de aprendizadopode ser resumido da seguinte orma:

 Todos começamos com umainteligência básica. Acrescentamos-lhe conhecimento pelo aprendizadoque adquirimos na sala de aula epor meio da leitura. Acrescentamosa experiência de vida. E depoisadquirimos o quarto passo: a sabe-doria. É aí que o mundo para. Mastemos algo que o mundo não tem.No batismo e na conrmação, rece-bemos o dom do Espírito Santo.Dependendo de nossa delidade àsleis, às ordenanças e aos convêniosque azemos no batismo, dos com-promissos regulares e requentes queazemos na reunião sacramental e

dos convênios do sacerdócio e dotemplo, sempre teremos o dom doEspírito Santo para ensinar-nos eorientar-nos. O Espírito nos impelea agir e a azer. Todos temos dons etalentos espirituais (ver D&C 46).

 A sabedoria aliada aos dons espi-rituais nos conduzem a uma com-preensão no coração. “A sabedoriaé a coisa principal; adquire pois a

sabedoria, emprega tudo o que pos-suis na aquisição de entendimento”(Provérbios 4:7). É importante cultivarsabedoria e compreensão em sua juventude.

Uma experiência pessoal de minhaprópria juventude me ensinou umacoisa sobre a sabedoria. Eu era ummenino da cidade, por isso meu paime mandou trabalhar na azenda demeu tio, no oeste de Utah. Enquantoestive lá, nunca entendi por que ogado, com milhares de hectares paraescolher, colocava a cabeça paraora da cerca de arame arpado paracomer o capim que cava do outrolado da cerca. Já pensou em quantas vezes azemos coisas parecidas? Sem-pre queremos ver quais são os limitesque podemos atingir, principalmente

na juventude. Como seres humanos— o homem natural — temos a ten-dência de chegar até o arame arpadoe esticar a cabeça para o outro lado.Por que azemos isso?

Podemos ter imensa alegria na vidasem passar dos limites. Lembre que“a sabedoria é a coisa principal” e queessa sabedoria “não [entra] pela veredados ímpios, nem [anda] no caminho

dos maus. Evita-o; não passes porele; desvia-te dele e passa de largo”(Provérbios 4:14–15). Não chegueperto. Não ponha a cabeça para ooutro lado da cerca de arame arpado.

Você Tem Bons Amigos?

 Você vai perceber que juntamentecom esses ensinamentos sobre asabedoria o livro de Provérbiostambém nos ensina a escolher bonsamigos: “Não entres pela vereda dosímpios, nem andes no caminho dosmaus” (Provérbios 4:14). “Filho meu,não te ponhas a caminho com eles;desvia o teu pé das suas veredas; por-que os seus pés correm para o mal”(Provérbios 1:15–16).

Como saber se você tem bons ami-gos? Vou lhe dar dois testes. Se você

ÉlderRobert D. HalesDo Quórum dosDoze Apóstolos

 Aprenda e adquira conhe-cimento e sabedoria em sua

 juventude. E eleve e orta-leça as pessoas a seu redor.

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50 A L i a h o n a

aplicar esses testes, jamais entrará

pelo caminho errado nem se desviarádo “caminho estreito e apertado queconduz à vida eterna” (2 Né 31:18).

1. Na companhia deles é mais

ácil viver os mandamentos.

Um amigo verdadeiro ortalece você e o ajuda a viver os prin-cípios do evangelho que vãopermitir-lhe perseverar até o m.

2. Um amigo verdadeiro não

 vai azê-lo escolher entre ele

e seus caminhos e os cami-

nhos do Senhor, desviando-odo caminho estreito e apertado.O adversário está solto nomundo e deseja muito a quedade todos nós. Se seus amigoso estão conduzindo para oscaminhos da iniquidade, saia deperto deles agora mesmo. Esco-lha seus amigos com sabedoria.

Que Tipo de Amigo Você É? Agora vou azer uma pergunta

mais diícil: que tipo de amigo é você ?Nossa preocupação na vida não

deve ser apenas nossa própria sal- vação. Temos o encargo de elevar eortalecer as pessoas a nosso redor.O Senhor quer que todos voltemos àpresença Dele juntos.

 Você é um arol, e nada é maisperigoso do que um arol apagado.Lembre quem você é: uma luz parao mundo, para seus amigos, paraseus irmãos. É para você que eles vão olhar.

Lemos ainda em Provérbios 4:“Mas a vereda dos justos é como a

luz da aurora, que vai brilhando maise mais até ser dia pereito.

O caminho dos ímpios é como aescuridão; nem sabem em que trope-çam” (versículos 18–19).

Eles nem sabem por que estão tro-peçando. Não têm luz, não têm rumo.

Sabe como é depender de umarol quando não há luz nele? Oresultado é a escuridão, e camosperdidos.

Quando um piloto ca sem eletri-cidade, não tem nenhum indicadora não ser as coisas que uncionamsem energia elétrica. Ele se sentetotalmente desamparado quando está voando sozinho num caça a mais de

10.000 metros de altura, empurrado

de um lado para o outro pelas nuvense por outras coisas. Ele não sabe orumo a seguir. Sei disso por experiên-cia própria e co eliz por estar aquihoje. É algo que nunca vou esquecer. Você também talvez se encontre umdia numa situação parecida. Não hánada mais perigoso do que um arolapagado, principalmente quando você depende da luz.

Será que alguma pessoa depende

de sua luz para guiá-la? Seja um bomexemplo. Seja uma luz para o mundoe guie as pessoas a seu redor para oscaminhos da retidão. Elas dependemde que você seja um arol conável.Esteja presente quando alguém preci-sar de você.

O Espírito é a luz orientadora quenos proporciona alegria e elicidade.Que nunca lhe seja negada a com-panhia do Espírito por causa de sua

conduta. Oh, como oro para que jamais estejamos sozinhos e deso-lados neste mundo “escuro e triste”(1 Né 8:4).

Que as bênçãos do Senhor este- jam com você ao se esorçar paraaprender e adquirir conhecimentoe sabedoria em sua juventude. Que você também adquira sabedoria ecompreensão no coração sobre as verdades do evangelho por intermé-dio da obediência e também pelaluz do Espírito, o Espírito Santo. Sejaum bom amigo. Eleve e ortaleçaas pessoas a seu redor. Torne estemundo melhor por causa de suapresença nele. Ajude seus amigos apermanecerem no caminho estreitoe apertado, a perseverarem até o me a retornarem com honra. ◼

Seja uma luz para o mundo, lidere 

e guie as pessoas a seu redor pelos 

caminhos da retidão. Elas dependem 

de que você seja um arol confável e fel.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 51

Quando eu era adolescente, às vezes era diícil viver o evan-gelho. Em minha cidade não

havia muitos membros da Igreja, e

minhas amigas que não eram mem-bros da Igreja às vezes dicultavammeu empenho em manter-me nocaminho certo.

“Você deve vestir isto, vai realçar acor de seus olhos”, disse uma amiga,antes de um baile. Ela segurava um vestido que queria emprestar-me,mas ele não tinha mangas. Decidiusar o vestido com um boleropor cima.

Quando cheguei ao baile, eu eraúnica a usar vestido com mangas, eme senti dierente de todas. Quandocomeçou a car muito quente,minhas amigas me disseram que

VESTIDO para o Baile

eu devia tirar o bolero e que assimaté minha aparência melhoraria.

Quando estava prestes a tirar obolero, lembrei-me de minha bênção

patriarcal. Ela dizia que eu teria mui-tas tentações e que se caísse, muitaspessoas me seguiriam. Foi então queme dei conta de que devia permane-cer no caminho certo, não apenas pormim mesma, mas pelas pessoas queme observavam. Decidi car com obolero.

 Às vezes, ui ridicularizada por nãoazer o mesmo que todo mundo, masmantive-me rme e ui abençoada

por isso. Tempos depois, descobrique muitas pessoas me admiravam. Algumas amigas até me disseramque me respeitavam por seguirmeus padrões. Pediram desculpas

 Fiquei tentada a seguir a maioria, mas então me dei contade que precisava dar o exemplo.

por terem me importunado por nãoazer as mesmas coisas que todomundo na escola.

Por eu ter seguido os padrões da

Igreja e procurado ser um exemplo,tive experiências missionárias e ensi-nei o evangelho a outras pessoas.Não poderia tê-las infuenciado setivesse me desviado do rumo. ◼

PADRÕES DE VESTUÁRIO

“Nunca rebaixe seus padrões de vestuário.Não use uma ocasião especial como des-culpa para a alta de recato. (…) As moçasnão devem usar (…) roupas que não cubramos ombros.”

Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, p. 6.

Crystal Martin

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52 A L i a h o n a

Kim sempre vestia roupas recatadas.Outro dia, pedi sua opinião sobre o queela considerava uma saia recatada, uma

blusa recatada e um traje de banho recatado.Em vez de mencionar a medida exata da barra

da saia e do decote, trocamos ideias sobre osprincípios relacionados ao recato e o desaode encontrar roupas recatadas e ao mesmotempo atraentes. Levantamos muitas sugestõescriativas sobre como alongar uma saia. Por mKim disse: “Se não me sinto à vontade quando visto uma roupa pela primeira vez, isso geral-mente signica que não é algo recatado e quenão me sentirei bem usando aquilo. Aprendique nunca devo comprá-la. Simplesmente aponho de volta no cabide”.

Quando Kim se esorça para viver dig-namente, o Espírito Santo pode guiá-la emsua escolha de roupas. Ela vive o padrão dorecato com grande disposição e não procuraalterar as regras de vestuário e aparência.Compreende que seu corpo é um templo(ver I Coríntios 3:16) e que ela tem a respon-sabilidade de cuidar dele, protegê-lo e de vesti-lo adequadamente.

Quando um templo é construído, toma-se

grande cuidado para assegurar que estejaprotegido e belamente ornamentado, pordentro e por ora. A chave do planejamentode templos é a compreensão de que elerepresenta o Senhor, ele é a Sua casa. Respei-

tamos os templos como estruturas sagradasnas quais somente os que são dignos podementrar. Reverenciamos os templos porqueas ordenanças e os convênios sagrados dosquais participamos permitem-nos retornar àpresença de nosso Pai Celestial.

Seu corpo é mais precioso do que o maisbonito templo do mundo. Você é uma lhaou um lho amado de Deus! Esses mesmosprincípios — representação, respeito e reve-rência — aplicam-se ainda mais ao cuidado eà proteção que você dá a seu corpo.

Representação

 Toda semana, ao partilhar o sacramento,tomamos sobre nós o nome do Salvador.Somos Seus representantes na Terra. Umadas diretrizes de Para o Vigor da Juventude  declara: “Vocês podem, por meio de seu vestuário e sua aparência, demonstrar [aoSenhor] que sabem o quanto seu corpo éprecioso. Vocês podem mostrar que são dis-cípulos de Jesus Cristo e que O amam”.1

Quando uma moça leu essa declaração,decidiu que não queria sequer se aproxi-mar do limite da alta de recato. Removeu

P A R A O V I G O R D A J U V E N T U D E

Como representantes de Cristo,

demonstramos respeito por nossocorpo “em todos os momentos e 

em todas as coisas e em todos os lugares” adotando certos padrões.

Mary N. CookPrimeira Conselheirana Presidência Geraldas Moças

“Deixar-se Guiar peloSanto Espírito”

Vestuárioe Aparência: 

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imediatamente todas as peças de seu guar-

da-roupa que não eram condizentes com oato de ser uma representante do Salvador.Ela disse: “O mais sensato seria nem sequerexperimentar algo na loja que eu soubesseque não deveria usar. Por que me deixar ten-tar?” O princípio da representação a ajudou atomar essa rme decisão.

Respeito

Como representantes de Cristo, mostra-mos respeito por nosso corpo “em todos os

momentos e em todas as coisas e em todosos lugares” (Mosias 18:9) concordando emadotar certos padrões. O Senhor exige quesomente os puros e limpos entrem no tem-plo. Sua escolha de ser uma pessoa virtuosaé uma prova de seu respeito pelo Senhor epor seu corpo ísico.

Devemos também mostrar respeito pelocorpo de outras pessoas e ajudá-las a levaruma vida virtuosa. O Élder M. Russell Ballard,do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “[As

moças] precisam compreender que quando vestem roupas muito apertadas, curtas oudecotadas, podem não apenas enviar amensagem errada para os rapazes com quemconvivem, mas também perpetuar na própriamente a ilusão de que o valor da mulherdepende inteiramente de seu charme sen-sual. Isso nunca oi nem nunca será a deni-ção justa de uma el lha de Deus”.2

Moças, respeitem seu corpo e ajudem osoutros, principalmente os rapazes, a manterpensamentos e ações virtuosos. Respeitemseu corpo, sabendo que o viver justodiário lhes concede um valor eterno.

Reverência

O Élder Robert D. Hales, do Quórumdos Doze Apóstolos, ensinou: “Assim comoos jardins do templo simbolizam o carátersagrado e reverente do que acontece lá

dentro, as roupas que usamos deixam trans-

parecer a beleza e a pureza de nossa alma.Nosso modo de vestir revela se demonstra-mos o devido respeito pelas ordenanças dotemplo e pelos convênios eternos e se esta-mos preparados para recebê-los”.3

Mostramos reverência pelo sacriícioexpiatório de nosso Salvador usando nossas“melhores roupas de domingo” para partici-par da ordenança do sacramento. “Os rapazesdevem vestir-se com dignidade ao ociar naordenança do sacramento.”4 Moças, vistam-se

com recato.Brilhem! Sejam um exemplo de recato no

lar, na escola, na praia, nos bailes ou ao prati-car esportes. Sigam o exemplo da Kim aoescolher suas roupas, deixando que o SantoEspírito as guie em suas decisões. “Pergun-tem a si [mesmas]: ‘Será que eu me sentiria à vontade [vestida] dessa maneira, se estivessena presença do Senhor?’”5

Se vocês viverem esses três princípios —representação, respeito e reverência — ao

escolherem suas roupas, vocês vão “[brilhar]”(Doutrina e Convênios 115:5) como amadasrepresentantes do Salvador. ◼

NOTAS1. Para o Vigor da

 Juventude , livreto,2011, p. 6.

2. M. Russell Ballard,“Mães e Filhas”, A Liahona, maiode 2010, p. 19.

3. Robert D. Hales,“Recato, Reverênciapelo Senhor”, A Liahona, agostode 2008, p. 18.

4. Para o Vigor da Juventude , p. 8.

5. Para o Vigor da Juventude , p. 8.

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54 A L i a h o n a

FORTALECIDOS

Pedimos aos jovensque nos contassemuma ocasião em que

uma escritura que decora-ram lhes oi útil, como o ÉlderRichard G. Scott, do Quórumdos Doze Apóstolos, sugeriu naconerência geral de outubrode 2011 (ver barra lateral). Aqui estão algumas desuas respostas.

 Alguns adolescentes prestam

testemunho de ocasiões emque as escrituras os ensi-naram, consolaram e 

 guiaram.

AS ESCRITURAS

AJUDAM NOS

MOMENTOS DE

NECESSIDADE

“As escrituras são como um acho

de luz: iluminam nossa mente edão lugar à orientação e à inspira-ção do alto. (…) Uma grande orçapode advir da memorização dasescrituras. Quando decoramosuma escritura é como se fzésse-mos uma nova amizade. É comodescobrir um novo amigo que podeajudar-nos na hora da necessidade,proporcionar inspiração e consolo,e ser uma onte de motivação para

a mudança necessária.”Élder Richard G. Scott, do Quórumdos Doze Apóstolos, “O Poder dasEscrituras”, A Liahona, novembrode 2011, p. 6.

PELA PALAVRA

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 55

Paz na Alma

“Meu lho, paz seja com tua alma; tua adversidade e tuas afições não durarão mais que um momento” (D&C 121:7).

 A escritura que me deu mais consolo ao longo dos anosoi Doutrina e Convênios 121:7, quando o Proeta JosephSmith estava na cadeia de Liberty clamando ao Pai Celes-tial que o ajudasse. Decorei esse versículo no seminário eo recordo quando preciso de consolo. Ele me lembra queo Pai Celestial me ama e está ciente de minhas provações. Tenho usado esse versículo para sentir paz nos momentosde rustração e raqueza.

Esse versículo me ajudou quando eu estava em uma

esta que se transormou em um ambiente indesejável.Com educação, eu disse não a meus amigos quandome pediram que bebesse ou umasse. Esse versículo medeu a orça de que eu precisava para deender minhascrenças.

Esse versículo também me ajudou a tomar uma deci-são diícil. Minha amiga e eu éramos inseparáveis haviacinco anos. Praticávamos esportes juntas, viajávamos

As Coisas Fracas Se Tornam Fortes Alguns meses antes do exame de admissão ao Ensino

Médio, não me sentia preparado. Tinha certeza que seriaimpossível eu ir bem no exame. Por isso, recorri a meuPai Celestial em oração. Quando orava, estas palavras me vieram à mente: “Se os homens vierem a mim, mostrar-lhes-ei sua raqueza. E dou a raqueza aos homens a mde que sejam humildes; e minha graça basta a todos osque se humilham perante mim; porque caso se humilhemperante mim e tenham é em mim, então arei com que ascoisas racas se tornem ortes para eles” (Éter 12:27).

Dei-me conta de que quando oro ao Pai Celestialpedindo orças para enrentar desaos e testes, Ele meabençoa e ajuda a vencer minhas raquezas. A melhordecisão que eu poderia tomar oi a de levar minhaspreocupações ao Senhor. Ele é o melhor mestre e sabecomo ajudar-me.

Irvin O. 

16 anos, El Salvador

 juntas e nos encontrávamos todo m de semana.Mas ela começou a sair com um grupo de amigosmais velhos com quem eu não queria estar. No nal,ela me ez escolher entre continuar amiga dela ou man-ter minhas crenças em relação à Palavra de Sabedoriae à lei da castidade. Fiquei arrasada. Nunca achei quedeender o que acreditava poderia ser tão diícil. Masdecidi azer novas amizades, sempre tendo em mentea promessa que o Pai Celestial ez a Joseph Smith deque tudo caria bem.

Nada compensa a rejeição de minhas

crenças e senti uma alegria verdadeirae duradoura quando decidi azero certo. Essa escritura ortaleceumeu testemunho e me ajudouquando eu precisava.

Lauren J. 

16 anos, Arkansas, EUA

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Orar Sempre

“Ora sempre, para que saias vencedor; sim, para que venças Satanás e escapes das mãos dos servos de Satanás, que apoiam o trabalho dele” 

(D&C 10:5).

Esse versículo me ajuda a enrentar as tentações. Quando estou pres-tes a azer algo que sei ser errado, esse versículo e sua mensagem mesurgem na mente. Toda vez que oro depois de ter essa inspiração, con-sigo o auxílio necessário para vencer a tentação que estou enrentando.

Jesse F. 

17 anos, Utah, EUA

Estou Contigo

“Sê paciente nas afições, pois terás muitas; suporta-as,

contudo, pois eis que estou contigo até o m dos teus dias” 

(D&C 24:8).

O ato de eu ter decorado essa escritura temsido uma bênção, principalmente quando tive

medo ou me senti sozinha. Sempre que melembro dela, adquiro coragem e me sintomelhor. Como jovens, precisamos de

orientação e apoio, sobretudo quandonos deparamos com provações e desa-os diíceis. Mesmo que às vezeso uturo pareça incerto e desani-mador, sei que posso conar noSenhor e receber Seu calorosoabraço.

Quando eu era criança,oi-me ensinado em casa e naPrimária que o Senhor sempreestaria a meu lado se eu zesse

minha parte. Graças àquelesensinamentos e também a essaescritura, sei que posso sempre

contar com Ele.

Soa I. 

15 anos, Uruguai

TRAÇAR

UMA META

Que tal estabelec

a meta de decor

algumas escrituras? Vo

pode decorar versículos

do conhecimento de

escrituras do seminário

como parte do program

Dever para com Deus o

do Progresso Pessoal.

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Há muitos caminhos para escolher,mas somente um conduz à vida eterna.

(Ver 2 Néf 9:41; 31:17–21; Alma 7:9.)

ESTREITO E APERTADO É   I   L   U   S   T   R   A   Ç   Ã   O  :   I   A   N   N   A   Y   L   O   R

O CAMINHO

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58 A L i a h o n a

Sair da Primária

Caros rapazes da Primária,Quando fzerem doze anos, vocês terão idade para receber o Sacerdócio Aarônico

Isso é muito importante. Quando Deus lhes concede Seu sacerdócio, está dizendo

que confa em vocês. Vocês terão o sagrado dever de servir ao próximo como o

Salvador aria.

Agora é a hora de vocês começarem a preparar-se. Observem e ouçam os portadoresdo sacerdócio que vocês conhecem quando eles abençoarem e distribuírem o sacra-

mento, batizarem, derem bênçãos, servirem missão e liderarem

a amília. Sempre açam o melhor que puderem para viver os

padrões do evangelho. Assim, estarão preparados para aquele

grandioso dia em que receberão o Sacerdócio Aarônico.

Atenciosamente,

David L. Beck

Presidente geral dos Rapazes

Quando chegar o momento de passar para os Rapazes ou para as Moças,estas são algumas experiências pessoais que vocês podem esperar ter! 

COMO É A ORGANIZAÇÃO DOS RAPAZES?O Sacerdócio Aarônico — Servir aoPróximo por Causa do Salvador

Distribuir o sacramento

Coletar oertas de jejum

Fortalecer sua amília

Dever para com Deus

 Aprender e azer coisas novasCompartilhar com os outros

Desenvolver um relacionamentomais próximo com o Pai Celestial

Para o Vigor da Juventude

Padrões para torná-los ortes

Preparar-se

Para a missão

Para o casamento epara a paternidade

Ir ao Templo

Ser batizados em avor dosque já morreram

Preparar-se para azer convênios

Sentir o Espírito Santo

Atividades

Servir com seu quórumDivertir-se na Mutual!

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 59

Queridas moças da Primária,Estamos muito entusiasmadas com o dia em que vocês entrarão para as

Moças! Cada uma de vocês é uma preciosa flha do Pai Celestial. Nas Moças,

vocês aprenderão a ser testemunhas Dele em todos os momentos e em todas

as coisas e em todos os lugares. Receberão um pingente para lembrar que

devem deender a verdade e a retidão e azer brilhar a luz do Salvador parao mundo inteiro. Seu livreto do Progresso Pessoal vai ajudá-las a estudar as

escrituras, a estabelecer metas pessoais e a progredir

rumo ao templo. Todas essas coisas vão ajudá-las a

preparar-se para ser uma esposa e mãe e uma grande

líder no mundo.

Atenciosamente,

Elaine S. Dalton

Presidente geral das Moças    F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   ©   B   U   S   A   T   H   P   H   O   T   O   G   R   A   P   H   Y

COMO É A ORGANIZAÇÃO DAS MOÇAS?Novas Amizades

 Aprender e divertir-se juntas

 Apoiar-se mutuamente

Aumentar Sua Fé em Jesus Cristo

Deender a verdade e a retidão

Prestar seu testemunho

Para o Vigor da Juventude

Padrões para torná-las ortes

Progresso Pessoal

Coisas novas a aprender

Metas para ajudá-las a crescer em virtude

Ir ao Templo

Ser batizadas em avor de pessoas alecidas

Sentir o Espírito SantoPreparar-se para azer convênios

Atividades

Servir juntas

Divertir-se na Mutual!

Preparar-se Como umaFilha de Deus

Para ser uma líder

e um bom exemploPara tornar-se uma mãee uma esposa el

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60 A L i a h o n a

 Q ue r ida  A m iga

 O lá do  Mé x ico !  F iq  ue i  m u i to a

 n i mada co m  s ua ca r ta e  po r  sa be r q  ue 

 se u a n i ve r sá r io e s tá c hega ndo.  Pa rece q  ue  você e s tá  u m  po uco 

 ne r vo sa  po r e s ta r  sa i ndo da  P r i má r ia.  Po s so co n ta r - l he co mo  o i 

 m i n ha e n t rada  na s  Moça s ? 

 Ta m bé m  fq  ue i  te n sa ao  sa i r da  P r i má r ia.  P reoc u pe i - me ac ha ndo q  ue  n ão 

 a r ia a m i zade co m a s  moça s.  F iq  ue i co m  medo  po r  se r  u ma da s  ma i s  no va s, 

e m  ve z de  u ma da s  ma i s  ve l ha s.

 Ma s  no  f m  t udo de u ce r to.  O  b i s po  me e n t re v i s to u a n te s de  me u a n i ve r -

 sá r io e d i s se q  ue a  m uda nça  se r ia a lgo  po s i t i vo.  No do m i ngo, a i nda  me  se n t ia 

 t í m ida e  fq  ue i  na  sa la da  P r i má r ia.  Fe l i z me n te,  u ma da s  l íde re s da s  Moça s 

 me e nco n t ro u a l i.  E la d i s se :  “ Sa b ia q  ue  ia e nco n t ra r  você aq  u i !  Ve n ha, e s tá 

 na  ho ra de  i r  pa ra a c la s se ”.

A  i r m ã  D ia z de u - me a s  boa s - v i nda s  na a be r t u ra e e n t rego u - me  t rê s 

co i sa s q  ue  pa s se i a a ma r : o  l i v re to  Pa ra o  V igo r da  J u ve n t ude, o  P rog re s so 

 Pe s soa l da s  Moça s e  u m d iá r io. Ao  pa s sa r o s o l ho s  pe la  sa la,  pe rce b i q  ue 

co n hec ia a lg u ma s da s  moça s q  ue  t i n ha m  s ido da  P r i má r ia. A lg u ma s  moça s 

q  ue e u  n ão co n hec ia  me c u m p r i me n ta ra m.  Logo  se n t i  pa z e m  ve z de  medo. 

A s co i sa s  só  me l ho ra ra m de po i s d i s so. A s a t i v idade s da  M u t ua l  o ra m 

e s pec ia i s  pa ra  m i m  po rq  ue  me e n s i na ra m a  v i ve r o e va nge l ho e co mo a j uda r 

 m i n ha  a m í l ia e  me u s a m igo s.  E o aca m pa me n to a n ua l e ra  m u i to d i ve r t ido ! 

Ago ra q  ue  so u  La u re l, e s pe ro co nc l u i r e m  b re ve  me u  P rog re s so  Pe s soa l.  Ma l 

 po s so e s pe ra r  pa ra  u sa r o  meda l h ão da s  Moça s  pa ra  le m b ra r o q  ua n to  me 

a p ro x i mo u do  Pa i  Ce le s t ia l ao  lo ngo do s a no s. 

 Po r  i s so,  n ão  te n ha  medo,  m i n ha a m iga. A b ra a s a sa s e  voe  pa ra a s  Moça s. 

 P ro me to q  ue  n ão  va i  se a r re pe nde r. 

 Co m a mo r,

 Ma r i be l

Inspirado numa história veríd

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 61

Seja Bem-Vindo a uma

Nova Etapa da VidaMarissa WiddisonRevistas da Igreja

Você mora numa região emque as árvores mudam decor em preparação para o

inverno? Estes quatro amigos moram.Noah B., Dylan L., Patrick M., eBen M. vivem todos na Ilha PrinceEdward, que ca junto à costa lestedo Canadá. Como as árvores, essesmeninos estão se preparando para

uma nova etapa da vida. Todos vãoazer doze anos, com uma dierençade um ano entre eles, e isso signicaque terão de se despedir da Primá-ria e entrar nos Rapazes. Veja o queeles têm a dizer sobre o processo decrescer e seguir em rente.

Seja Você Mesmo

Quando Noah se mudou paracá, seus novos amigos o ajudaram

a adaptar-se à vida na ilha. Agora,como o mais velho do grupo, ele osestá ajudando a acostumar-se à vidanos Rapazes. “Fiquei preocupado

se seria aceito e em azer amizadecom os outros”, disse Noah sobreseu início no programa dos Rapa-zes. “A participação nas atividadesme ajudou imensamente.” O hinoavorito de Noah na Primária alado exército de Helamã, e é assimque ele vê o quórum dos sacerdo-tes: um grupo unido.

Seu conselho? “Seja você mesmo.”

Respeitar o SacerdócioPara Patrick, o recebimento do

sacerdócio não tem a ver com aidade que ele vai ter. Tem a vercom estar digno e preparado. “Nãorecebemos o sacerdócio só porqueazemos doze anos”, explica Patrick.“Precisamos estar preparados.”

Dylan compreende como éimportante a preparação. Ele pro-cura chegar à Igreja quinze minutos

mais cedo a m de preparar-se espi-ritualmente para distribuir o sacra-mento. “Já distribuí o sacramentoumas três ou quatro vezes, e a cada

 vez o Espírito me toca o coração. Acho que nunca vai ser uma coisarotineira para mim”, disse ele.

Ben conta que quando distribuio sacramento, lembra-se da ÚltimaCeia: “Jesus estava ali. Estamos onde Jesus estava, e Ele quer que esteja-mos ali”.

Olhar para o Templo

Ben está se empenhando para

conquistar seu Prêmio Fé em Deuse anseia por azer batismos pelosmortos pela primeira vez. “Nuncaestive dentro do templo ainda, masoutras pessoas sempre prestam tes-temunho de como se sentem bemdepois que entram nele”, disse Ben.

Noah ez recentemente sua pri-meira visita ao templo. Conta queos rapazes de seu quórum o trata-ram como se ossem sua amília.

“Podemos car nervosos, mas hápessoas ali para nos ajudar”, disseele. “Sentimos que somos bem- vindos.” ◼

 Noa h

DylanPatrick

B e n 

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 63

Por que éIMPORTANTE 

que eu siga 

JESUS CRISTO felmente, onde

quer que euesteja?

T E S T E M U N H A E S P E C I A L

O Élder Dallin H.

Oaks, do Quórumdos Doze Apóstolos,

expõe algumas ideias  sobre o assunto.

 Extraído de “Ensinamentos de Jesus”, A Liahona , novembro de 2011, p. 90.

Somos seguidores de

Jesus Cristo. Não há

meio termo.

Esse é o mais importante

conhecimento que existe

na Terra, e vocês podem

saber isso por si mesmos.

Ele é nosso Criador. Ele

é a Luz do Mundo. Ele é 

nosso Salvador do pecado

e da morte.

Jesus Cristo é o Filho

Unigênito e Amado

de Deus.

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64 A L i a h o n a

Quando Joseph Smith tra-duzia o Livro de Mórmon,ele e seu escrevente, Oli-

 ver Cowdery, tiveram uma dúvida.Foram ao bosque para orar a esse

respeito. Enquanto oravam, “ummensageiro do céu desceu em umanuvem de luz”. Esse mensageiro

era João Batista. Ele impôs as mãossobre a cabeça de Joseph e de Oli- ver e concedeu-lhes o Sacerdócio Aarônico. João Batista então orde-nou que Joseph e Oliver batizassem

um ao outro. Pouco tempo depois,os Apóstolos Pedro, Tiago e João vieram à Terra e ordenaram Josephe Oliver ao Sacerdócio de Melqui-sedeque. O sacerdócio de Deus

estava novamente na Terra. (Ver Joseph Smith—História 1:68–72.)

Por meio do sacerdóciopodemos receber bênçãos eordenanças maravilhosas.Essas bênçãos incluem

a que é dada aos bebêsrecém-nascidos, aosenermos e aos lhos

pelo pai deles ou por outros por-tadores dignos do sacerdócio. Também precisamos receber certasordenanças do sacerdócio pararetornar à presença do Pai Celestial. Algumas dessas ordenanças incluemo batismo por imersão, o recebi-mento do dom do Espírito Santo eas ordenanças sagradas do temploque podem selar a amília para sem-

pre. Também no templo podem serrealizadas ordenanças por pessoasque morreram sem as bênçãos doevangelho. As bênçãos do sacerdó-cio estão ao alcance de todos! ◼

 As Bênçãos do Sacerdócio

Estão ao Alcance

de Todos

T R A Z E R A P R I M Á R I A P A R A C A S AVocê pode usar esta lição e ativi-

dade para aprender mais sobre o

tema da Primária deste mês.

Música e Escritura

• Escolha um hino sobre o sacerdó

em Músicas para Crianças 

• Doutrina e Convênios 84:35

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 65

 ATIVIDADE CTR:

O Sacerdócio Ajudaas Pessoas

O sacerdócio é o poder de Deus para

servir e abençoar as pessoas por meio de

ordenanças e bênçãos. Nestas gravuras,

desenhe a si mesmo na cena.

Só Você

Na Pérola de Grande Valor, abra em

oseph Smith—História 1:68–73. Use

sses versículos para ajudá-lo a preen-

her os espaços em branco abaixo. Em

utra olha de papel, escreva as coisas

ue aprendeu ao ler esses versículos.

. “O Sacerdócio de Aarão (…) possui

as chaves do ministério de

e do evangelho do .”

. oi o primeiro a ser

batizado.

. Oliver Cowdery batizou .

. João Batista agiu sob a direção

de ,

e .

. Pedro, Tiago e João mais tarde

coneriram o Sacerdócio dea Joseph e Oliver.

  R  e  s  p  o  s  t  a  s :  1 .  a  n j  o  s ,  a  r  r  e  p  e  n  d i -

   m  e  n  t  o ;  2 .   O l i  v  e  r  C  o   w  d  e  r  y ;  3 .  J  o  s  e  p  h

  S   m i  t  h ;  4 .  P  e  d  r  o ,  T i  a  g  o ,  J  o  ã  o ;  5 .   M  e l  q  u i  s  e  d  e  q  u  e .

O batismo e o recebimento do dom do Espírito

Santo são ordenanças do sacerdócio. Desenhe

a si mesmo de pé em rente da pia batismal.

As amílias podem ser seladas por meio das

ordenanças do templo. Desenhe sua amília

em rente do templo.

As bênçãos do sacerdócio podem ser dadas

aos enermos. Desenhe a si mesmo na cama,

sentindo-se mal.

Os portadores do sacerdócio abençoam e

distribuem o sacramento. Desenhe a si mesmo

no banco, pronto para tomar o sacramento.

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66 A L i a h o n a

Richard M. RomneyRevistas da Igreja

 As gêmeas Sophie e Elo-die, de dez anos, moramem Madagascar. É uma

grande ilha que fca perto da costada Árica. A amília delas tem umahistória verídica avorita. “Na pri-

meira vez que se reuniu com osmissionários, meu pai soube quea Igreja era verdadeira”, contaElodie. “Ele se converteu na hora.”A mãe oi batizada alguns mesesdepois.

Antes de as meninas nascerem,os pais oraram e jejuaram para teruma menina. “Mas em vez de umamenina, nossa mama teve duas”,

diz Sophie.Foram bênçãos em dobro, dessedia em diante! ◼

Bênçãos em DobroConheça Sophie e Elodie A., de Antananarivo, Madagascar.

 A amília de Sophie e Elodie economi- zou dinheiro por três anos para viajar ao Templo de Johannesburgo Árica doSul para ser selada. Tiveram que viajar mais de 2.000 quilômetros e cruzar oOceano Índico para chegar lá.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 67

 A mãe das meninas temuma clínica médica pertode sua casa. Elas ajudamvarrendo e mantendo olugar limpo.

Na bandeira de Madagascar, obranco signifca a pureza, o ver-melho representa a independênciae o verde simboliza a esperança.

Sophie e Elodie

têm dois gatose adoram azer carinho neles.

Os lêmures e os camaleões sãodois animais encontrados emMadagascar.

 As gêmeas gostam

muito das noites familia-

res com seus dois irmãos,

 sua sobrinha, o pai e

a mãe.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   S   D   A   F   A   M    Í   L   I   A  :   R   I   C   H   A   R   D   M .

   R   O   M   N   E   Y  ;   O   U   T   R   A   S   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   S  :   C   R   A   I   G   D   I   M   O   N   D   ©   I   R   I  ;   I   S   T   O   C   K   P   H   O   T   O .   C

   O   M   /   G   L   O

   B   A   L   P  ;   I   S   T   O   C   K   P   H   O   T   O .   C

   O   M   /   L   I   P   O   W   S   K   I

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“E seus lhos serão batizados  para a remissão de seus pecados 

quando tiverem oito anos de idade” (D&C 68:27).

“Nuno e Miriam, vocês vãoseguir o exemplo de Jesus Cristo e ser batiza-

dos no próximo sábado?” perguntoua Síster Silva.

Paulo não acreditou no queouvia. As missionárias tinham aca-bado de convidar seu irmão e sua

irmã de dez anos a ser batizados!“Sim! Sim!” responderam os

gêmeos, contentes.Miriam não conseguia parar

de sorrir. Nuno espalmou a mãoda Síster Lopes. A avó estava

radiante em sua grande poltrona vermelha, no canto da sala.

Havia algumas semanas que asmissionárias vinham ensinandoPaulo e seus irmãos na casa da avó,que morava na verdejante Ilha deSão Miguel, a mais de 1.500 quilô-metros da costa de Portugal. Pauloadorava abrir a parte de cima daporta da casa da avó para sentir abrisa do mar ao observar a SísterLopes e a Síster Silva caminha-rem pela rua para ensinar-lhe o

evangelho. As missionárias disseram que a

lição daquele dia seria muito espe-cial. Paulo descobriu o motivo. Nunoe Miriam seriam batizados, como Jesus ensinou! Paulo também queria

Posso Ser 

BATIZADO Também?

seguir o exemplo do Salvador.“Sísteres, posso ser batizado

também no sábado que vem?”perguntou ele, ansioso, segurandoseu Livro de Mórmon ilustrado maisperto de si.

 A Síster Silva deu um sorriso, masez que não com a cabeça. “Sintomuito, Paulo. O Senhor disse quetodos precisamos ser batizados,mas somente depois que zermosoito anos de idade. Como você temsó seis, não é responsável por suas

escolhas ainda.”“Mas, sísteres”, disse Paulo con-

trariado, “tenho orado e lido o Livrode Mórmon com minha amília,como vocês me ensinaram. Vouà Primária todas as semanas coma vovó e o tio Mário. Eu sei que aIgreja é verdadeira! Não posso serbatizado com o Nuno e a Miriam?”

“Você tem se saído muito bemno cumprimento dos mandamentose no aprendizado do evangelho”,elogiou a Síster Lopes. “Mas aindaprecisa esperar dois anos parapoder ser batizado.”

Paulo sentiu a garganta arder eseus olhos encheram-se de lágri-mas. Levantou-se de um pulo e

Hilary Watkins LemonInspirado numa história verídica

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 69

correu para seu quarto no sótão,onde dormia com os irmãos.

Depois de chorar no travesseiropor alguns minutos, Paulo ouviualguém subir a escada do sótão.

O tio Mário sentou-se na cama doPaulo.

“O que aconteceu, Paulo?” per-guntou o tio Mário.

“A Síster Silva e a Síster Lopes dis-seram que não posso ser batizado,mas o Nuno e a Miriam podem”,respondeu Paulo. “Quero ser mem-bro da Igreja! Adoro cantar os hinosna reunião sacramental e aprendersobre as escrituras na Primária. Nãoquero car para trás.”

“Paulo, você pode azer parteda Igreja, mesmo sem ter idadepara ser batizado”, disse o tio Máriobondosamente.

“Como?” perguntou Paulo un-gando no travesseiro.

“A paciência signifca espe-rar ativamente e perseverar.Signifca permanecer em algo e

azer todo o possível: trabalhar,esperar e exercer é.”

Presidente Dieter F. Uchtdor,Segundo Conselheiro na PrimeiraPresidência, “Prosseguir comPaciência”, A Liahona, maio de2010, p. 56.

“Ora, você sabe que a Primáriaestá preparando um programa paraa reunião sacramental”, disse o tioMário. “Sua proessora da Primáriadisse que está procurando voluntá-

rios para prestar o testemunho noprograma. Essa é uma maneira pelaqual você pode participar na Igreja”,explicou o tio Mário.

“Sério?” Paulo sentou-se na camae olhou para o tio. Pensou por uminstante. “Talvez eu possa prestarmeu testemunho no batismo doNuno e da Miriam também!”

“Ótima ideia!” exclamou o tioMário. “Embora ainda seja muito jovem para ser batizado, você podeter um testemunho.”

Paulo levantou-se rapidamente dacama e desceu as escadas, apressado.

“Aonde vai, Paulo?” chamouo tio Mário.

“Vou praticar prestando meu

testemunho para as missioná-rias!” respondeu Paulo, de longe.“Vou compartilhá-lo enquantoespero para ser batizado!” ◼

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70 A L i a h o n a

1. Hoje é aniversário do Eli.

Ele tem quatro anos.

P A R A A S C R I A N C I N H A S

Hilary M. HendricksInspirado numa história verídica

4.3.

2. Mais tarde, a mãe ajudou Eli a trocar o

pijama por suas roupas de ir para a Igreja.

Vestir-se Como Diácono

Daqui a quatroanos, você vai ser

batizado.

E quatro anosdepois disso, você

vai ser um diácono epoderá distribuir o

sacramento.

Os diáconos vestemcalças de super-herói na Igreja?

Não. Os diáconosusam calças sociais.

Os diáco-nos vestemcamisa de

super-heróina Igreja?

Não. Os diáconosusam camisa branca

e gravata.

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 71

8. A mãe sorriu para Eli. Ele cou

eliz por ajudar. Sentiu-se como

um diácono.

7. Quando um diácono levou o sacramento para ele, Eli pegou

um pedaço de pão e depois passou a bandeja para a mãe.

6. Na Igreja, Eli cruzou os braços enquanto

observava os diáconos distribuírem o

sacramento.

5.

 A mãe ajudou Eli a vestir calças sociais,

uma camisa branca e uma gravata.

Quero vestir camisa brancae calças sociais. Quero me

vestir como um diácono.

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72 A L i a h o n a

P A R A A S C R I A N C I N H A S

Eli quer se vestir como um diácono. Ajude-o a encontrar nesse quarto as coisas que vão ajudá-lo

a vestir-se como um diácono.

GRAVURAS OCULTAS

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O u t u b r o d e 2 0 1 2 73

PÁGINA PARA COLORIR

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74 A L i a h o n a

Notícias da IgrejaAcesse news .LDS .org para mais notícias e acontecimentos da Igreja.

Jovens Brasileiros Aliam a História da Famíliaao Trabalho do TemploMelissa MerrillNotícias e Acontecimentos da Igreja

José A. Moscão notara uma tendência preo-cupante: os jovens que iam ao Templo deCampinas Brasil tinham muito tempo ocioso.

O irmão Moscão, diretor do centro de históriada amília, que ca ao lado do templo, sabia que,por causa da distância, muitos jovens tinham de viajar para chegar ao templo. A maioria ia emcaravanas e cava vários dias. O tempo livre queos jovens tinham entre uma sessão e outra nobatistério, durante as reeições e à espera dospais e líderes que participavam de outras orde-nanças do templo era inevitável.

No entanto, pensou que talvez ele pudesseoerecer aos jovens uma alternativa aos passeios

eitos a esmo pelos jardins do templo.E assim o ez.

Um Convite

Ele começou convidando os jovens para iremao centro e oerecendo-se para ensiná-los a azera indexação no FamilySearch.

 A princípio, alguns se mostraram tímidosou relutantes. Mas o irmão Moscão conta que,quando lhes alou de resgatar pessoas das tre- vas e trazer o nome delas à luz, em obediênciaàs palavras de um proeta vivo, os jovens oramtocados (ver David A. Bednar, “O Coração dosFilhos Voltar-se-á”, A Liahona, novembro de 2011,pp. 24–27).

O ato de o templo e o centro de história daamília estarem situados no mesmo complexo ésignicativo. Isso deixa claro, de modo ísico, queo trabalho do templo e o de história da amíliasão duas aces de um mesmo esorço grandioso.

Isso, disse George A. Oakes, presidente do TemploBrasil Campinas, é algo que os jovens do distritodo templo estão começando a aprender.

“Antes da ênase na participação na históriada amília e na indexação, o propósito principalda ida deles ao templo era o batismo em avordos mortos. Agora, experiências ligadas à inde- xação estão-se tornando parte de seu trabalho”,explica ele.

Apresentação

Quando os jovens vêm ao centro, o irmãoMoscão e os missionários que lá trabalham como voluntários tratam dos seguintes princípios, numa

orientação breve e inormal:

• Eles estão tornando-se salvadores no monte

Sião (ver Obadias 1:21).• Estão atendendo ao chamado de um profeta

(ver “O Coração dos Filhos Voltar-se-á”).• Estão resgatando pessoas da escuridão — a

escuridão de arquivos há muito esquecidose livros empoeirados de cartórios e igrejas. Aindexação traz esses nomes à luz e os tornaacessíveis em pesquisas, a m de que os ami-liares dessas pessoas consigam encontrá-las.

• Ao começarem a realizar esse trabalho, os

 jovens estarão participando de outro aspectodo “mais glorioso de todos os assuntos perten-centes ao evangelho eterno, ou seja, o batismopelos mortos” (D&C 128:17).

• Eles vão empregar seu tempo na grande obra

de redenção dos mortos, que abençoa asamílias.

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O u t u b r o 2 0 1 2 75

• Todos nós somos parte da família de Deus;

portanto, ao indexarem o nome de pessoasque não conhecem, ainda assim estão aju-dando sua amília.

• Ao compreenderem como participar da inde- xação, eles têm a oportunidade de ensinar seusamiliares e outros jovens em sua ala ou seu

ramo para que também participem.

O irmão Moscão e os missionários usam, então,os computadores do centro para mostrar aosadolescentes como iniciar a indexação e instalare utilizar o programa quando voltarem para casa. Assim que aprendem, conta o irmão Moscão,“começam a indexar com ânimo sem igual”.

Entusiasmo pelo Trabalho

Os números refetem esse entusiasmo. Nosdois primeiros meses de 2012, os visitantes docentro indexaram 6.370 nomes, 3.305 dos quaispelas mãos de jovens de doze a dezoito anos.Com eeito, para azer rente ao interesse cres-cente na indexação, o centro de história da amí-lia de Campinas muitas vezes estende seu horárionormal de 8h às 18h para até as 22h.

Mas os jovens não estão abandonando a inde- xação ao saírem do templo. Em casa, continuam

Durante as

caravanas ao

templo, entre

uma sessão e

outra no batis-

tério, os jovens

do distrito

do Templo

de Campinas

Brasil par-

ticipam daindexação no

FamilySearch.

a desempenhar um papel crucial, no que o irmãoMoscão chama de “exército de mais de 170.000indexadores ativos que a Igreja possui hoje”. Como trabalho de indexação, muitos estão cumprindometas dos programas Dever para com Deus eProgresso Pessoal.

Uma Infuência PositivaNo início deste ano, Isabela A., de dezesseis

anos, de Vila Velha, Espírito Santo, Brasil, oi coma mãe e a irmã ao templo. O último dia da viagemoi o aniversário de um ano da morte de sua avó.Isabela oi batizada em avor da avó, e sua mãeez as demais ordenanças do templo por ela.

“Senti durante essa viagem que precisava azeralgo bom”, explicou Isabela. “Eu queria aprendera indexar e recebi ajuda do irmão José Moscão.

Depois, quando estava sendo batizada emavor de minha avó, o Espírito tocou-me proun-damente. Percebi que havia muitas pessoas alémdo véu numa espera interminável, e elas precisa- vam de minha ajuda. Percebi que poderia dar umpouco de meu tempo para servir e que poderiaazer muito por essas pessoas. A indexação é umtrabalho de amor.” ◼

 Para saber mais sobre essa história, visite news .LDS .org.

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76 A L i a h o n a

Organizada a Primeira Estaca na ÍndiaÉlder E. Jack e Síster Pamela KellerstrassMissão Índia Bangalore

Havia uma sensaçãopalpável de entusiasmoe gratidão, quando mais

de 1.500 membros e amigosse reuniram no Centro deConvenções do Novotel, emHyderabad, Índia, para a criaçãoda Estaca Hyderabad Índia,

a primeira no país, em 27 demaio de 2012. O Élder Dallin H.Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, presidiu a reunião eestava acompanhado pelo Élder

presidente do distrito, Prasad Rao

Gudey.Dirigindo-se à maior reunião

de santos na Índia em todos ostempos, Randy D. Funk, presi-dente da Missão Índia Bangalore,disse: “Esta é uma visão gloriosa

 A presidência da recém-criada Estaca Hyderabad 

Índia (da esquerda para a direita): Suresh Natarajan,

 primeiro conselheiro; John Gutty, presidente; Rajarat-

nam Bushi, segundo conselheiro.

Quase 600 jovens adultos solteiros da Índia, do Nepal e do Sri Lanka

reuniram-se para uma conerência, antes da criação da primeira estaca

da Índia.

Donald L. Hallstrom, da Presi-dência dos Setenta, e pelo Élder Anthony D. Perkins, dos Setenta,que serve como Presidente da Área Ásia. A esposa de cada umdesses líderes também estavapresente à conerência.

 John Gutty oi apoiado como

presidente de estaca, com SureshNatarajan como primeiro conse-lheiro e Rajaratnam Bushi comosegundo conselheiro. O primeiropatriarca na Índia é o antigo

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   S  :   J   A   M   E   S   D   A   L   R   Y   M   P   L   E

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O u t u b r o 2 0 1 2 77

neste dia histórico, data que

sempre recordaremos. Vamossempre nos lembrar de queum apóstolo do Senhor esteveaqui”.

O Élder Perkins externouo amor da Presidência da Área Ásia pelos membros da Índia edisse: “Estamos vendo o iníciode uma maravilhosa obra nestaterra. O crescimento da Igrejae a ormação de estacas estão

ocorrendo de acordo com osprincípios eternos do evangelhoe os padrões estabelecidos dosacerdócio”.

Observando que era umasegunda testemunha do cha-mado da presidência da novaestaca, o Élder Hallstrom expli-cou o processo de revelação naescolha da liderança de umanova estaca. Como membro dos

Setenta, ele recebe a atribuiçãoe chega sem parcialidade ouideias preconcebidas, expli-cou ele. Ele vem à maneira doSenhor, dependente de SeuEspírito para receber revelação.“A vontade do Senhor é queo Presidente Gutty seja o pre-sidente da estaca”, garantiu oÉlder Hallstrom.

Kristen Oaks, que acompa-nhava o marido, alou da impor-tância de ensinar os lhos paraque acreditem, porque suas “mãeso [sabem]” (ver Alma 56:48).

Como último orador dareunião, o Élder Oaks expressougratidão à Índia, país com liber-dade religiosa que permite aosmembros da Igreja “reunirem-se

e alarem dos princípios de

nossa é”.O Élder Oaks declarou ter

recebido um testemunho doEspírito de que o Senhor haviapreparado e escolhido os líderesque oram chamados. O ÉlderOaks alou também das novasresponsabilidades de uma estaca.

No Velho Testamento, oproeta Isaías comparou Israela uma tenda que abrigava os

lhos de Israel, armou ele. “AIgreja hoje é a tenda. Todos nóssabemos que uma tenda deveser apoiada por estacas. Agoraque Hyderabad é uma estacade Sião, vocês deverão dar umpasso à rente e oerecer maisapoio com seu dízimo e com otrabalho missionário.”

Devido à criação da estaca, osmembros de Hyderabad pode-rão receber bênçãos patriarcais.O Élder Oaks explicou o quecontém uma bênção patriarcal,reerindo-se às bênçãos como“escrituras particulares”.

“A bênção patriarcal declarasua linhagem nas tribos de Israel

Durante a visita

a Hyderabad,

Índia, o Élder 

Oaks e outros

líderes da Igreja

 se reuniram

com centenas

de membros da

Índia, do Nepal 

e do Sri Lanka.

por meio das quais recebemos

bênçãos grandiosas”, disse oÉlder Oaks. “A bênção patriar-cal também declara bênçãos epromessas que podemos reivin-dicar, caso sejamos éis.”

“À medida que a Igreja naÍndia crescer, virá o tempo emque o proeta será inspirado aconstruir um templo no país”,prosseguiu ele. “Cada estacacriada aumenta a probabilidade

da existência de um templo. À medida que os membrosdemonstrarem dignidade e com-prometimento, o templo será aconsequência lógica.”

 Ao encerrar, o Élder Oaksinvocou uma bênção: “Nesta pri-meira estaca no grandioso paísda Índia, eu os abençoo paraque recordem os ensinamentosdeste momento. Abençoo-ospara que se lembrem dos con- vênios que zeram ao serembatizados. Abençoo-os commemória e determinação paraguardar os mandamentos deDeus, a m de poderem desru-tar de Suas bênçãos”. ◼

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78 A L i a h o n a

A IGREJA NO MUNDO

Apóstolo Dedica Novo CTM

nas FilipinasO Centro de Treinamento Missionário

das Filipinas, que o Élder Russell M. Nelson,

do Quórum dos Doze Apóstolos, dedicou

em 20 de maio de 2012, tem capacidade

para receber simultaneamente até 144

missionários das Filipinas, do Camboja,

de Hong Kong, da Índia, da Indonésia, da

Mongólia, do Paquistão, do Sri Lanka, de

Taiwan e da Tailândia. Esses missionários

são treinados na língua de seu país de

origem.

Os dois prédios do novo centro contamcom auditório, cabines de interpretação,

laboratório de inormática, lavanderia, salas

de ensino com equipamentos audiovisuais

embutidos, dormitórios para os missioná-

rios, salas de aula e escritórios.

Ao proerir a oração dedicatória, o Élder

Nelson expressou gratidão pela Expiação

de Jesus Cristo e pelos missionários e

membros éis da Igreja em todo o mundo,

que amam e servem ao Senhor. Pediu uma

bênção sobre a República das Filipinas,

para que “as portas se mantenham sempre

abertas” para todos os servos do Senhor e

orou para que os habitantes ossem aben-

çoados com “liberdade e responsabilidade

para crescerem em retidão, tanto ísica

quanto espiritualmente”.

O Templo de Manaus BrasilÉ o 138º da Igreja no Mundoe o Sexto no Brasil

O Presidente Dieter F. Uchtdor,

Segundo Conselheiro na Primeira Presi-

dência, dedicou o Templo de Manaus

Brasil — o 138º da Igreja no mundo e

o sexto no Brasil — em 10 de junho de

2012.

A é e o comprometimento dos santos

dos últimos dias residentes no Brasil, ondehá mais de um milhão de membros, podem

ser comparados ao Rio Amazonas, disse

o Presidente Uchtdor — são igualmente

proundos e ortes.

Por quase vinte anos, os membros

da Igreja em Manaus, cidade isolada

por grandes rios e forestas tropicais,

ormaram caravanas para requentar o

Templo de São Paulo Brasil — uma viagem

de quinze dias de ida e volta, usando

barco e ônibus — e depois o Templo deCaracas Venezuela — um total de oito

dias de ônibus.

O Élder Cláudio R. M. Costa, dos Setenta,

serviu como presidente da Missão Brasil

Manaus quando oi criada, em 1990.

“Estou conante de que o Templo deManaus cará sempre cheio, todos os dias,

pois essas pessoas amam o templo”, disse

o Élder Costa. “Elas ensinam seus lhos a

amar o templo. O templo é muito precioso

para elas.”

Membros da Igreja em SamoaComemoram o Cinquentenárioda Independência e da PrimeiraEstaca

Na sexta-eira, 1º de junho de 2012,

cerca de 350 santos dos últimos dias emSamoa uniram-se a outros samoanos, para

marchar num desle de comemoração da

independência pelas ruas de Apia. Há 50

anos, em 1962, o país tornou-se indepen-

dente da Nova Zelândia.

Associações, escolas, igrejas locais e

organizações internacionais participaram

do evento. Estudantes SUD brindaram as

dezenas de milhares de espectadores com

sua banda marcial.

Mas o m de semana tinha outromotivo de comemoração para os mem-

bros da Igreja samoanos: os 50 anos da

organização da primeira estaca no país,

em Apia.

No domingo, 3 de junho, o Élder

James J. Hamula e o Élder Kevin W. Pearson,

dos Setenta, membros da presidência

da Área Pacíco, alaram aos santos dos

últimos dias e convidados numa reunião

especial que oi transmitida para capelas

da Igreja em todo o país.

Olhando para o uturo, os membrosda Igreja em Samoa pretendem continuar

a servir e ortalecer seus amiliares, suas

comunidades e seu país, disse o Élder

Hamula, que serve como Presidente da

Área. “A Igreja está crescendo maravilho-

samente aqui, e estamos crescendo em

nossa amília e em nossa vida pessoal, ao

procurarmos seguir os ensinamentos e o

exemplo de Jesus Cristo”, disse ele. ◼

No novo Centro de Treinamento Missionário das Filipinas, até 144 missionários vin-

dos das Filipinas, do Camboja, de Hong Kong, da Índia, da Indonésia, da Mongólia,

do Paquistão, do Sri Lanka, de Taiwan e da Tailândia são treinados nos idiomas de

 seu país de origem.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   D   E   N   O   E   L   M   A   G   L   A   Q   U   E

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O u t u b r o 2 0 1 2 79

IDEIAS PARA A NOITE FAMILIAR

 Esta edição contém atividades e artigos que podem ser usados na

noite amiliar. Seguem-se alguns exemplos.

Ela Fortalece Meu

TestemunhoLeio e estudo a revista A Liahona 

desde 1967, e isso me ajudou a cres-

cer espiritualmente. Todos os meses,

espero pela revista para ser edicado,

sentir os sussurros do Espírito do

Senhor e ortalecer meu testemunho

do evangelho. Gostei em particular

do artigo “Imitar e Honrar Nossos

Pais Celestes” ( A Liahona, evereiro

de 2012, p. 80). Identiquei-me com

o que disse o autor, pois também soudesigner gráco.Fabio Fajardo, Colômbia

Proessora e Amiga

Adoro a revista A Liahona, pois

ela me ensina, me apoia e corrige

minha vida. Quando leio coisas boas

de manhã, tento ser uma pessoa

melhor ao longo do dia. Meu amor

e minha é cam mais ortes quando

leio a revista. Também dou A Liahona 

de presente a amigos. Muito obri-

gada por uma proessora e amiga

tão boa!Anastasia Naprasnikova, Ucrânia

 Envie comentários e sugestões para

liahona@  LDSchurch.org. Seus comen-

tários podem ser alterados por motivo

de espaço ou de clareza.

“O Viver Previdente Nos Preparapara o Futuro”, página 12: Leia no artigoas seis áreas em que podemos tornar-nosautossucientes. Quais são alguns dosproblemas ou emergências que podemser evitados por meio do desenvolvimentode autossuciência nessas áreas? Convideos membros da amília a examinarem,em espírito de oração, as áreas em queprecisam melhorar e a traçarem metaspara aumentar sua autossuciência emcada uma.

“Castidade Num Mundo NãoCasto”, página 42: Converse com osmembros da amília sobre as perguntaspropostas pelo artigo. Avalie a possibili-dade de utilizar princípios e experiênciasque tenham ortalecido seu testemunhoda castidade. Discuta maneiras de aplicaros conselhos do artigo.

“Ser Sábio e Ser Amigo”, página 48:Comece lendo o teste do Élder Hales parasaber quem são os bons amigos. Se julgarconveniente, converse sobre a importân-cia de ser um bom amigo. Peça a cadamembro da amília que pense em trêsmaneiras pelas quais pode ser um amigomelhor.

“Querida Amiga”, página 60 e“Seja Bem-Vindo a uma Nova Etapada Vida”, página 61: Leia sobre essascrianças da Primária e como estão se pre-parando para entrar no Programa Moçase dos Rapazes. Converse em amília sobreo que elas zeram para se preparar. Peçaaos membros da amília que leiam oslivretos Progresso Pessoal ou Dever para

com Deus e encontrem algumas ativi-dades que eles estejam interessados emrealizar no uturo.

COMENTÁRIOS

Uma Noite Familiar, Duas LiçõesCerta noite, meus pais e meus avós maternos vieram nos visitar para participar da

noite amiliar. Cada um de meus três lhos adora participar, e nessa noite era a vez de

meu lho de sete anos apresentar a lição. Tínhamos preparado uma pequena tela, a-

xado imagens a respeito da Criação e estudado e repassado o que ele iria ensinar. Meu

lho estava preparado e muito animado.

Durante a lição, todos nós ouvimos atentamente suas explicações. Quando ele termi-

nou, Samuel, que tinha três anos, decidiu que também queria dar aula. Assim, pegou as

gravuras e a tela e reorganizou-as na mesa.

Com sua voz suave e palavras às vezes mal pronunciadas, Samuel ministrou-nos uma

lição da noite amiliar. E embora não tivesse se preparado, prestara atenção. Explicou-nos

como a Terra oi criada e alou-nos do amor que Jesus Cristo tem por todos nós.

Ficamos surpresos ao ver a desenvoltura com que ensinou — azendo o mesmo que

o irmão. Meus pais e meus avós caram surpresos e elizes. Todos nós vimos o amor que

essas criancinhas têm pelo evangelho — e o amor que Jesus Cristo tem por elas.Lizbeth Sánchez Fajardo, México

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80 A L i a h o n a

Caitlin A. Rush

E

ra uma noite de sexta-eira como outraqualquer. Depois de ver um lme,minhas melhores amigas e eu estáva-

mos em meu apartamento conversando baixi-nho e depois rindo bem alto. Um sentimentode genuíno contentamento enchia o ar, e eunão podia deixar de sorrir ao ouvir as históriase ideias que corriam pela sala. Algumas delaseu conhecia havia apenas um mês, outras euconhecia por todos os meus 25 anos de vida.

Em certo ponto, uma das amigas de longadata e eu começamos a compartilhar lembran-ças de alguns de nossos colegas da aculdade. Ao conversarmos, pensei na saudade que

sentia daqueles amigos, do quanto havíamosnos divertido juntos e quão próximos éramosuns dos outros. Agora tínhamos nos ormadoe cada qual seguira para um lugar dierente nomundo, em situações que jamais poderíamoster previsto. Suspirei sentindo-me momentanea-mente triste, mas então olhei em volta para osrostos sorridentes que me rodeavam naquelemomento e de repente me veio o pensamento:continuam a acontecer coisas boas .

 Aquele simples pensamento oi na verdademuito proundo para mim, principalmenteporque sempre me ora diícil encarar asmudanças e aceitar o m de coisas boas. Sintosaudade do passado, mesmo quando ele aindaé o presente, ansiosa por desrutar plenamenteos momentos que estou deliberada e conscien-temente vivendo. Sei que quando tenho umacoisa boa, apego-me a ela e não quero largá-la. Aquela sexta-eira descontraída e eliz era um

daqueles bons momentos. Geralmente quando

me dou conta de como uma situação é boa,imediatamente começo a pensar como tudoé ugaz e que no nal ela vai ser levada pelotempo ou pelas circunstâncias.

Mas naquela noite, não senti essa tristezainterior. Sentada ali, calada, cercada de pessoasque eu amava, soube que mesmo que as boascoisas naturalmente chegassem ao m, e quesem dúvida haveria muitas coisas diíceis nouturo, as coisas boas continuariam vindo. Esempre viriam, enquanto eu permitisse. Mesmo

que as pessoas que eu amava se mudassempara outro lugar, o vazio seria preenchido porpessoas e situações novas e admiráveis, que eunem sequer poderia imaginar.

 Às vezes é diícil seguir em rente, mas preci-samos azê-lo. E seguir em rente não signicaesquecer amizades e orçar as lembranças a seapagarem. Signica abrir o coração para aindamais elicidade e mais experiências de vida.

 Algumas semanas depois daquela sexta-eira, a presidência de meu ramo de jovens

adultos oi desobrigada. Como todos de meupequeno ramo podem conrmar, oi diícilpensar no que aconteceria com nosso ramosem o trabalho daqueles homens e de suasrespectivas esposas, que havíamos aprendidoa amar e em quem conávamos. Mas echeios olhos e repeti para mim mesma as palavrasque me vieram à mente naquela sexta-eira:continuam a acontecer coisas boas . Senti-meconsolada e pronta para a mudança.

 A mudança é o modo de agir do Senhor.Ele quer que sejamos elizes e que cresça-mos, que quemos entusiasmados em seguirem rente na vida. A vida é uma jornada, eenquanto ainda desrutamos o presente enos preparamos para os desaos inevitáveis,precisamos seguir em rente, mantendo-nosotimistas, com o coração aberto para as expe-riências de vida e as coisas boas que semdúvida encontraremos em nosso caminho. ◼

CONTINUAM

A ACONTECER

COISAS BOAS

A T É V O L T A R M O S A N O S E N C O N T R A R

Como alguémque lamenta

que o presente  se transorme rapidamente 

em passado, fquei grata

 pelo lembrete 

de simples-mente desrutar 

o momento e olhar para o

 uturo.

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F I G U R A S D A S E S C R I T U R A S D O L I V R O D E M Ó R M O N

Neste ano, muitas edições da revista A Liahona trarão um conjunto de guras dasescrituras do Livro de Mórmon. Para que quem mais rmes e áceis de usar, recor-te-as e cole-as em cartolina, papelão, sacos de papel ou palitos para trabalhos arte-

sanais. Guarde cada conjunto em um envelope ou saquinho de papel, juntamente com aetiqueta que indica onde encontrar a história das escrituras que acompanha as guras.

Os Jareditas São Conduzidos à Terra Prometida

Éter 1–3, 6

Jesus Cristo

Irmão de Jarede

Pedras

Barcos

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A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos

ensinaram: “O casamento e a família bem-sucedidos são esta-

belecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do

arrependimento, do perdão, do respeito, do amor, da compai-

xão, do trabalho e de atividades recreativas salutares”

(“A Família: Proclamação ao Mundo”). Para sugestões

sobre como aplicar esses princípios em sua vida

e em sua família, veja as páginas 4, 16, 20 e 22.