LIDERANÇA

6
CENTRO TERRITORIAL DE ENSINO PROFISSIONAL DO RECÔNCAVO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: GESTÃO E ÉTICA TURNO: VESPERTINO ORIENTADORA: JULIANA MIRANDA CARDOSO LIDERANÇA EM ENFERMAGEM Os significados da liderança: “A liderança, como um dos processos que concretiza a administração de pessoal nas organizações, trata basicamente da condução ou coordenação de grupos”. KURCGANT Ao líder é primordial conhecer a filosofia da instituição, a política de pessoal adotada e as propostas de trabalho desenvolvidas nessas organizações. À medida que aumenta a complexidade das atividades do grupo, aumenta, também, a necessidade de um líder. Nos conceitos iniciais de liderança, sua concepção detinha-se nas características pessoais do líder. Atualmente é considerada como resultante da soma dos fatores líder, liderados e situação. Na literatura das ciências sociais pensa-se liderança como: atributo de uma posição, como a característica de uma pessoa e como uma categoria de conduta. A liderança tem sido necessário em todas as atividades do enfermeiro, principalmente quando o profissional tem o interesse de exercer com competência o seu trabalho, onde muitas vezes tem se encontrado dividido entre o desempenho de atividades assistenciais ao cuidado direto ao paciente, ou então assumindo a função administrativa que envolve a interação com o pessoal de enfermagem (KURCGANT, 2005). Diante de vários estilos de liderança na enfermagem observa-se que não há um único estilo de liderança que seja incorporado pelo líder previamente sem conhecer as características pessoais de seus liderados, dessa forma uma liderança eficaz, demanda primeiro conhecimento por parte do líder da situação administrativa do ambiente de trabalho assim como das virtudes e dificuldades enfrentadas por seus liderados (BALSANELLI, 2006). A liderança tem sido também uma preocupação importante por parte dos administradores das organizações e instituições de saúde, sendo indispensável dar atenção à relação de aumento da produtividade e de prestação de bens e serviços, ainda por ser um processo de constante transformação tecnológica, tendo a necessidade de orientar o pessoal de enfermagem para alcançarem objetivos e metas (KURCGANT, 2005).

description

Liderança e grupo

Transcript of LIDERANÇA

CENTRO TERRITORIAL DE ENSINO PROFISSIONAL DO RECNCAVO

CURSO TCNICO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: GESTO E TICATURNO: VESPERTINO

ORIENTADORA: JULIANA MIRANDA CARDOSO

LIDERANA EM ENFERMAGEM

Os significados da liderana: A liderana, como um dos processos que concretiza a administrao de pessoal nas organizaes, trata basicamente da conduo ou coordenao de grupos. KURCGANT

Ao lder primordial conhecer a filosofia da instituio, a poltica de pessoal adotada e as propostas de trabalho desenvolvidas nessas organizaes. medida que aumenta a complexidade das atividades do grupo, aumenta, tambm, a necessidade de um lder. Nos conceitos iniciais de liderana, sua concepo detinha-se nas caractersticas pessoais do lder. Atualmente considerada como resultante da soma dos fatores lder, liderados e situao.Na literatura das cincias sociais pensa-se liderana como: atributo de uma posio, como a caracterstica de uma pessoa e como uma categoria de conduta.A liderana tem sido necessrio em todas as atividades do enfermeiro, principalmente quando o profissional tem o interesse de exercer com competncia o seu trabalho, onde muitas vezes tem se encontrado dividido entre o desempenho de atividades assistenciais ao cuidado direto ao paciente, ou ento assumindo a funo administrativa que envolve a interao com o pessoal de enfermagem (KURCGANT, 2005).

Diante de vrios estilos de liderana na enfermagem observa-se que no h um nico estilo de liderana que seja incorporado pelo lder previamente sem conhecer as caractersticas pessoais de seus liderados, dessa forma uma liderana eficaz, demanda primeiro conhecimento por parte do lder da situao administrativa do ambiente de trabalho assim como das virtudes e dificuldades enfrentadas por seus liderados (BALSANELLI, 2006).

A liderana tem sido tambm uma preocupao importante por parte dos administradores das organizaes e instituies de sade, sendo indispensvel dar ateno relao de aumento da produtividade e de prestao de bens e servios, ainda por ser um processo de constante transformao tecnolgica, tendo a necessidade de orientar o pessoal de enfermagem para alcanarem objetivos e metas (KURCGANT, 2005).

TIPOS DE LIDERANA

A prtica da liderana em enfermagem no difere na essncia de outras reas. A liderana necessria em todos os tipos de organizao humana principalmente nas organizaes que so subdividida em departamentos. Onde administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, e ter principalmente a capacidade de resoluo de problemas e atividades frente os mesmos (CHIVANATO, 1993).

A liderana pode ser considerada um processo de influncia que o indivduo utiliza sobre o outro, para o alcance dos objetivos numa determinada situao. atravs da liderana que o enfermeiro tenta conciliar as metas da organizao com a do grupo de enfermagem, geralmente envolve o conceito de poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais se introduzem mudanas no comportamento de pessoas ou de um grupo de pessoas. Mas quanto esta forma de influncia negativa ela pode levar os liderados a questionarem o poder do enfermeiro dentro da equipe de enfermagem (BALSANELI, 2006). Existem vrios estilos de liderana, sendo algumas positivas e outras negativas.

Liderana transformacional termo utilizado por Burns pela primeira vez em 1978 -Este tipo de liderana caracteriza-se por ter uma forte componente pessoal na medida em que o lder transformacional motiva os seguidores, introduzindo mudanas nas suas atitudes de modo a inspir-los para a realizao de objetivos suportados por valores e ideais.

- O lder transformacional respeitado pelos seguidores, inspira confiana e visto como um exemplo a seguir. O lder transformacional proactivo e comporta-se de forma a motivar os seguidores, desafiando-os a superar os seus limites e a procurar solues criativas e estimulantes para a resoluo de problemas.

- O lder transformacional aumenta o grau de compromisso dos seguidores para com a viso, a misso e os valores organizacionais comuns ao enfatizar a relao entre os esforos dos seguidores e o alcanar das metas organizacionais.

A liderana transaccional baseia-se numa dicotomia clara entre o lder enquanto superior e o seguidor enquanto dependente, numa perspectiva mais de conformidade do que de criatividade face aos desafios e s metas impostas pela realidade organizacional

White e Lippitt estilos de liderana: autocrtico, democrtico e laissez-faire.Formas diferentes de exercer influncia nos grupos Autocrtico: explora e estimula a dependncia mediante a satisfao das necessidades evidenciadas pelos liderados. Enfraquece as iniciativas individuais. Resultados quantitativos.

Democrtico: desenvolve a determinao, a responsabilidade e a criatividade dos membros do grupo. Exige segurana tcnico-profissional daqueles que dirigem. Laissez-faire: o lder no exibe comportamentos tpicos de liderana, evitando tomar decises, e abdicando da sua responsabilidade e autoridade (Antonakis et al., 2003: 265)Os Estilos de LideranaA liderana constitui um dos temas administrativos mais pesquisados nas ltimas dcadas. Onde vrios autores desenvolveram diversas teorias, sendo que estas foram se aperfeioando ao longo do tempo de acordo com as especificidades e necessidade que a organizao apresentava para concretizao de suas metas e objetivos (CHIAVENATO, 1993).

Liderana autocrtica:

Favorece a centralizao do poder, promovendo um comportamento dependente e submisso aos membros do grupo, com sentimentos de tenso, frustrao e sobre tudo apresenta manifestao de conflito entre membros da equipe. O trabalho somente se desenvolve com a presena fsica dos lderes, tendo a qualidade do servio realizado inferior, mas produzindo em grande quantidade, sendo superior aos grupos de liderana democrtica (WEBBE, 2005).

Liderana democrtica:

A autonomia do grupo para decidir e implementar estratgias para resoluo dos problemas, para atingir metas, deixando o carter do lder intervir apenas quando o grupo solicita e necessita de orientaes tcnicas aconselhamento. A liderana democrtica apresenta maior qualidade no servio prestado, mas com menor quantidade de servios (CHIAVENATO, 1993).

Segundo Kurcgant (1993), a grande desvantagem do estilo democrtico e que a descentralizao do poder influncia a independncia e o descomprometimento dos membros do grupo com os objetivos e medas da organizao, ameaando principalmente os lderes inseguros, cuja competncia profissional e desqualificada seja vtima das crticas de seus subordinados. Diante das dificuldades enfrentadas no trabalho questionam a liderana da enfermagem, muitas vezes, quando solicitando o desempenho duplo papel de supervisor ou coordenador do cuidar, no realizando nenhuma das funes com qualidade.

Liderana do situacional:

Para o estilo de liderana situacional, parte a convico que no h um nico estilo ou caracterstica de liderana vlida para toda e qualquer situao, cada uma requer um estilo de liderana diferente para alcanar a eficcia no trabalho e promover o desempenho satisfatrio dos subordinados. Alm de oferecer ao lder a possibilidade de se ajustar a um grupo com caractersticas diferentes as suas convices (SILVA, 2007).

Em uma equipe de enfermagem h pessoas com diferentes personalidades e de nvel tcnico variados, onde o enfermeiro tem que ter uma viso de grupo, ou seja, perceber em cada membro da equipe suas habilidades tcnicas e ao mesmo tempo a superao de suas dificuldades, em meio a uma inter-relao entre a qualidade da orientao do lder que dedica um tempo determinado a explicar os deveres e responsabilidades de uma pessoa ou de todo grupo (WEBBE, 2005).

Segundo Webbe (2005) necessrio que o enfermeiro tenha boa avaliao da maturidade de seus subordinados sendo a capacidade e a disposio de cada indviduo do grupo assumir a responsabilidade do controle do seu prprio comportamento, visto que subdividido em maturidade de trabalho, que esta relacionado com a capacidade de executar tarefas devido a disponibilidade do conhecimento e capacidade tcnica e maturidade psicolgica que refere-se a disponibilidade e motivao no cumprimento e atividade estabelecida.

AS CARACTERSTICAS DE UM LDEREntre as caractersticas de um lder segundo Krecer e Crutchfield apud Kurcgant (1996), est a de coordenar a atividade do grupo, o planejamento destas atividades, o conhecimento tcnico e especfico, a determinao de recompensas e de punies, o papel de elemento exemplo do grupo. O conceito de lder envolve aceitao voluntria de sua autoridade pelos demais membros, e sua contribuio para o progresso do grupo.

Segundo Chiavenato (1993), o lder aquele que possui alguns traos especficos de personalidade que o distinguem das demais pessoas do grupo. Assim o lder apresenta caractersticas marcantes de personalidade por meio das quais podem influencias o comportamento dos membros do grupo.

SUPERVISO DE ENFERMAGEM

SUPERVISO

Definio ... um processo educativo e contnuo, que consiste fundamentalmente em motivar e orientar os supervisionados na execuo de atividades com base em normas, a fim de manter elevada a qualidade dos servios prestados MINISTRIO DA SADE

Importncia: exerce grande influncia em aspectos fundamentais das organizaes. Ex: nvel de absentesmo e rotatividade de funcionrios / qualidade do servio prestado

Origem: formao dos primeiros grupos de pessoas, com o intuito de desenvolver atividades especficas necessidade de um elemento que pudesse assegurar o cumprimento das ordens, a deteco de falhas e a aplicao de sanes. Caractersticas da funo superviso: sofrem modificaes de acordo com o contexto social e poltico da instituio

DIFICULDADES PARA O PROCESSO Filosofia de enfermagem que no enfatize a importncia do desenvolvimento de pessoal e da manuteno de relaes interpessoais fundamentadas no respeito mtuo, no interesse em ajudar pessoas a superarem suas limitaes e com isso terem um desempenho de melhor qualidade. Poltica de trabalho centralizadora, autoritria e tarefista, noestimuladora dos funcionrios no processo decisrio. Inadequao de recursos humanos, materiais, fsicos e financeiros O despreparo da equipe de enfermagemReferncias:

Patrcia Castanheira e Jorge Adelino Costa, (2007) Lideranas transformacional, transaccional e laissez-faire: um estudo exploratrio sobre os gestores escolares com base no MLQ.

MOTTA, Paulo Roberto.Gesto Contempornea: A Cincia e a Arte de Ser Dirigente. P.11-43, 2003. 14 ed. RECORD. RJ

KURCGANT, Paulina. Coord. Administrao em Enfermagem. Edit. E.P.U. 1991