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CEPPE Centro de Pós-Graduação e Pesquisa MESTRADO EM ENFERMAGEM LILIAN CRISTINA AKAGUI ESTUDO COMPARATIVO DOS VALORES DA SENSIBILIDADE CUTÂNEA NOS PÉS DE DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS POR MEIO PRESSURE SPECIFIED SENSORY DEVICE™ Guarulhos 2014

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CEPPE Centro de Pós-Graduação e Pesquisa

MESTRADO EM ENFERMAGEM

LILIAN CRISTINA AKAGUI

ESTUDO COMPARATIVO DOS VALORES DA SENSIBILIDADE

CUTÂNEA NOS PÉS DE DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS POR

MEIO PRESSURE SPECIFIED SENSORY DEVICE™

Guarulhos

2014

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CEPPE Centro de Pós-Graduação e Pesquisa

MESTRADO EM ENFERMAGEM

LILIAN CRISTINA AKAGUI

Estudo comparativo dos valores da sensibilidade cutânea nos pés de

diabéticos e não diabéticos por meio Pressure Specified Sensory

Device™

Guarulhos

2014

Dissertação apresentada à Universidade

Guarulhos para a obtenção do título de Mestre

em Enfermagem.

Orientadora: Profª. Drª. Viviane Fernandes de

Carvalho

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Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas Fernando Gay da Fonseca

A313e

Akagui, Lilian Cristina

Estudo comparativo dos valores da sensibilidade cutânea nos pés de

diabéticos e não diabéticos por meio Pressure Specified Sensory

Device™/ Lilian Cristina Akagui. -- 2014.

57 f.; 31 cm.

Orientadora: Profª. Dra. Viviane Fernandes de Carvalho

Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Centro de Pós-Graduação

e Pesquisa, Universidade Guarulhos, Guarulhos, SP, 2014.

1. Neuropatia 2. Sensibilidade cutânea 3. Feridas I. Título II. Carvalho,

Viviane Fernandes de, (Orientadora). III. Universidade Guarulhos

CDD. 610.73

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DEDICATÓRIA

À minha mãe, Jandira, exemplo de pessoa dedicada, honesta e

batalhadora.

Ao meu pai, Minor Akagui, que me ensinou a ser a pessoa que sou. Sou

grata pelos ensinamentos de vida.

Ao meu irmão, Marcos Paulo, sempre leal e fiel, me acompanhando no

dia a dia.

Aos meus tios, Kenzi Akagui e Sonia Akagui, pessoas muito presentes

em minha vida. Os meus pais postiços que a vida me deu de presente,

os agradeço por tudo.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por esta oportunidade de conseguir meu sonhado título de

Mestre em Enfermagem.

A minha professora orientadora, Drª. Viviane Fernandes de Carvalho,

pelo exemplo profissional, paciência, dedicação e compreensão em

alguns momentos difíceis. À senhora minha gratidão e admiração.

Ao corpo docente do Programa de Mestrado em Enfermagem da

Universidade Guarulhos pelos ensinamentos.

À minha amiga Daiene Gonçalves (in memorian), pelo prazer em

conhecê-la nessa vida. A convivência foi curta, mas o aprendizado e a

lembrança serão eternos.

Aos amigos, Sonia Aviz, Mario Fernando, Fatima Viera, pessoas que

levo comigo por toda a vida, pela amizade e lealdade durante todos

esses anos.

Aos amigos e colegas de profissão, pelo apoio e incentivo.

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EPÍGRAFE Não sei... se a vida é curta

ou longa demais para nós,

mas, sei que nada

do que vivemos tem sentido,

se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:

o colo que acolhe,

o braço que envolve,

a palavra que conforta,

o silêncio que respeita,

a alegria que contagia,

a lágrima que corre,

o olhar que acaricia,

o desejo que sacia,

o amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,

é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não

seja nem curta, nem longa demais,

mas que seja intensa, verdadeira,

pura enquanto ela durar...

Cora Coralina

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RESUMO Akagui LC. Estudo comparativo da sensibilidade cutânea nos pés de diabéticos e não diabéticos por meio Pressure Specified Sensory Device™. [Dissertação]. Guarulhos (SP): Universidade Guarulhos, 2014. Introdução: O diabetes mellitus é uma doença crônica de alta prevalência que ocasiona, entre outras complicações crônicas, a neuropatia diabética traduzida por alterações da sensibilidade cutânea. A diminuição ou a perda da sensibilidade deixa o diabético vulnerável aos traumas físicos e térmicos, levando à formação de feridas de difícil resolução e amputações. A prevenção consiste em identificar o grau do déficit neurológico por meio de testes de sensibilidade. O PSSD™ é atualmente utilizado em estudos com o pé diabético, para detecção da perda da sensibilidade protetora. Objetivo: determinar e comparar as medidas de sensibilidade cutânea obtidas pelo PSSD™ entre participantes não diabéticos e participantes diabéticos sem feridas nos MMII. Método: trata-se de um outcome research, com amostra constituída de 124 participantes distribuídos em dois grupos: Grupo C – grupo de participantes não diabéticos (n = 56), Grupo D - grupo de diabéticos sem feridas nos MMII (n = 68), os quais foram submetidos ao exame pelo PSSD™. Foram analisados o banco de dados do programa Microsoft Excel, tratamento dos dados e as variáveis quantitativas e qualitativas, colocados em tabelas. Resultados: houve distribuição equitativa entre os sexos nos dois grupos estudados. O grupo D contou com a participação de 68 diabéticos, cuja idade variou entre 38 a 79 anos, média de 61,1 anos (dp 11,1). O tempo de conhecimento do diabetes mellitus foi de 11,3 anos (dp 4,05), extremos de 2 anos e 26 anos. Ao compararmos os grupos GC e GD, observamos que as variáveis com diferença estatística entre os grupos foram: HAS (p < 0,0001), etilismo (p < 0,0369) e escolaridade (p < 0,0013). Em relação às medidas dos limiares de sensibilidade, nos três territórios nervosos estudados, espaço inter digital entre o primeiro e segundo dedo (nervo fibular profundo), polpa do hálux (nervo plantar medial) e face medial do calcâneo (nervo calcâneo) obtivemos diferença estatística nas modalidades de um ponto estático (1 PE) e um ponto em movimento (1 PM), com p valor variando entre 0,0001 e 0,0003. Conclusão: por meio dos resultados conseguidos, inferimos que o PSSD mostrou ser um exame que permitiu diferenciar indivíduos diabéticos com alterações da sensibilidade cutânea de indivíduos não diabéticos, saudáveis, sem alteração da sensibilidade cutânea.

Descritores: Neuropatia, sensibilidade cutânea, feridas.

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ABSTRACT Akagui LC. Comparative study of cutaneous sensation in the feet of diabetic and nondiabetic through Pressure Specified Sensory Device ™. [Dissertation]. Guarulhos (SP), Guarulhos University, 2014. Introduction: Diabetes mellitus is a chronic disease with a high prevalence that causes, among other chronic complications, diabetic neuropathy translated by changes in skin sensitivity. The decrease or loss of sensitivity makes him vulnerable to physical diabetic and thermal trauma, leading to the formation of wounds and amputations difficult to resolve. Prevention is to identify the degree of neurological deficit through sensitivity tests. The PSSD ™ is currently used in studies with diabetic foot, to detect loss of protective sensation. Objective: To determine and compare the measures of cutaneous sensitivity obtained by PSSD ™ among nondiabetic participants and participants without diabetic wounds on the lower limbs. Method: This is a research outcome, with sample consisted of 124 participants divided into two groups: Group C - group of participants without diabetes (n = 56), Group D - group of diabetic wounds of the lower limbs without (n = 68) which were submitted to examination by PSSD ™ .were analyzed the database of the Excel program, processing of data and the quantitative and qualitative variables, placed on tables. Results: There was equal distribution between the sexes in both groups. Group D had the participation of 68 diabetics whose age ranged between 38-79 years, mean 61.1 years (SD 11.1). The time knowledge of diabetes mellitus was 11.3 years (SD 4.05), extremes of 2 and 26 years. When comparing the GC and GD groups revealed that the variables with statistically significant differences between groups were hypertension (p <0.0001), alcohol consumption (p <0.0369) and education (p <0.0013). For measures of sensitivity thresholds in the three nerve territories studied, inter digital space between the first and second finger (deep peroneal nerve), pulp of the hallux (medial plantar nerve) and medial surface of the calcaneus (calcaneal nerve) obtained statistical difference in terms of a static point (1 PE) and a point in motion (1 PM) with p value ranging between 0.0001 and 0.0003. Conclusion: By means of the obtained results, we infer that the PSSD proved to be a test that could differentiate diabetic subjects with impaired cutaneous sensibility of nondiabetic individuals, healthy, no change in skin sensitivity. Keywords: neuropathy, skin sensitivity, wounds.

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RESUMEN LC Akagui. Estudio comparativo de la sensibilidad cutánea en los pies de diabéticos y no diabéticos a través de dispositivo sensorial de presión especificado ™. [Tesis]. Guarulhos (SP), la Universidad de Guarulhos, 2014. Introducción: La diabetes mellitus es una enfermedad crónica con una prevalencia alta que causa, entre otras complicaciones crónicas, neuropatía diabética traducido por los cambios en la sensibilidad de la piel. La disminución o pérdida de sensibilidad lo hace vulnerable al trauma térmico diabética y física, lo que lleva a la formación de heridas y amputaciones difíciles de resolver. La prevención es identificar el grado de déficit neurológico a través de las pruebas de sensibilidad. El PSSD ™ se utiliza actualmente en los estudios con pie diabético, para detectar la pérdida de la sensación de protección. Objetivo: Determinar y comparar las medidas de la sensibilidad cutánea obtenidos por PSSD ™ entre los participantes no diabéticos y participantes sin heridas diabéticas en los miembros inferiores. Método: Se trata de un resultado de investigación, con la muestra consistió en 124 participantes se dividieron en dos grupos: Grupo C - grupo de participantes sin diabetes (n = 56), el Grupo D - grupo de heridas diabéticas de los miembros inferiores y sin (n = 68) que fueron sometidos a examen por .were PSSD ™ analizado la base de datos del programa Excel, procesamiento de datos y las variables cuantitativas y cualitativas, colocado en las mesas. Resultados: Hubo una distribución equitativa entre los sexos en ambos grupos. Grupo D contó con la participación de 68 diabéticos cuya edad oscilaba entre 38 a 79 años, la media de 61,1 años (DE 11,1). El conocimiento en tiempo de la diabetes mellitus fue de 11,3 años (DE 4,05), los extremos de 2 y 26 años. Al comparar el GC y GD grupos reveló que las variables con diferencias estadísticamente significativas entre los grupos fueron la hipertensión (p <0,0001), el consumo de alcohol (p <0,0369) y la educación (p <0,0013). Para las medidas de umbrales de sensibilidad en los tres territorios de los nervios estudiados, espacio digital entre entre el primer y segundo dedo (nervio peroneo profundo), la pulpa del dedo gordo (nervio plantar medial) y la superficie medial del calcáneo (nervio calcáneo) obtiene diferencia estadística en términos de un punto estático (1 PE) y un punto en movimiento (13:00) con un valor p que oscila entre 0.0001 y 0.0003. Conclusión: A través de los resultados obtenidos, se deduce que la PSSD resultó ser una prueba de que podrían diferenciar los sujetos diabéticos con sensibilidad cutánea alterada de los individuos no diabéticos, sano, no hay cambio en la sensibilidad de la piel. Palabras clave: neuropatía, sensibilidad de la piel, heridas.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição da amostra ........................................................................................ 33

Tabela 2. Comparação entre os grupos GD e GC em relação às características

individuais e clínicas ............................................................................................ 34

Tabela 3 A. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos do Nervo

fibular profundo ............................................................................................................... 35

Tabela 3 B. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos do Nervo

plantar medial .................................................................................................................. 35

Tabela 3 C. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos do Nervo

calcâneo .......................................................................................................................... 35

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Software PSSD ..................... ................................................................... 25

Figura 2 - Transdutor do PSSD..................................................................................25

Figura 3 - Transdutor do PSSD..................................................................................26

Figura 4 - Campainha do PSSD...............................................................................26

Figura 5 A - Tela do software com menu de opções para realizar teste de

sensibilidade com o PSSD™ ............................................................... 27

Figura 5 B - Exibição de sequência aceita de medidas de 1 PE ou 1 PM na região

da polpa do hálux..................................................................................28

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Correlação entre o número do monofilamento de Semmes-Weinstein

com a pressão (g/mm2) ................................................................................... 23

Quadro 2 – Tipos de testes utilizados para avaliação da sensibilidade táctil e

vibratória................................................................................................. 24

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PSSD™ Pressure Specified Sensory Device

TM trade mark-marca registrada

DM diabetes mellitus

MMII membros inferiores

MMSS menbros superiores

IDF International Diabetes Federation

DAC doença arterial crônica

DCV doença cerebrovascular

NPD neuropatia diabética

RD retinopatia diabética

ND nefropatia diabética

et. al e colaboradores

MSW Monofilomento de Semmes-Weinstein

IBT Índice tornozelo braço

GD grupo diabéticos

GC grupo controle

1PE um ponto estático

1PM um ponto em movimento

N número total

DP desvio padrão

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LISTA DE SIGLAS

OMS Organização Mundial de Saúde

ADA Associação Americana de Diabetes

SBD Sociedade Brasileira de Diabetes

IDF International Diabetes Federation

DVP Doença vascular periférica

TCLE Termo de conssentimento livre e esclarecido

FMUSP Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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LISTA DE SÍMBOLOS

cm centímetro

g/mm2 Grama por milímetro quadrado

Na Sódio

K Potássio

Hz hertz

Mm milímetro

Mmhg milímetro de mercúrio

p nível de significância

% porcentagem

α alfa

β beta

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 16

2. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 20

2.1 SENSIBILIDADE CUTÂNEA .................................................................................... 20

2.2 TESTES PARA AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE CUTÂNEA ........................................... 21

2.2.1 - Sensibilidade vibratória ............................................................................ 21

2.2.2 - Sensibilidade táctil ................................................................................... 22

3. OBJETIVO ................................................................................................................ 29

4. MÉTODO ................................................................................................................. 30

4.1 TIPO DE ESTUDO ................................................................................................ 30

4.2 LOCAL DO ESTUDO ............................................................................................. 30

4.3 AMOSTRA ........................................................................................................... 30

4.4 PROCEDIMENTOS ÉTICOS .................................................................................... 31

4.5 COLETA DE DADOS ............................................................................................. 31

5. RESULTADOS........................................................................................................... 33

6. DISCUSSÃO ............................................................................................................. 38

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 45

ANEXOS ...................................................................................................................... 55

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1. INTRODUÇÃO

O diabetes mellitus (DM) é uma das doenças crônicas mais graves em todo

mundo com elevados índices de mortalidade e morbidade1.

Projeções estatísticas da prevalência global do DM foram realizadas para os

anos de 2010 e 2030. Assim, em 2010 tínhamos 285 milhões de adultos atingidos

(20 – 79 anos) e para 2030, 439 milhões de adultos terão desenvolvido DM. No

Brasil, em 2010 o número de pessoas com diabetes era de 7,6 milhões e em 2030

passará para 12,7 milhões. Desta maneira seremos o quinto país com o maior

número de diabéticos no mundo2.

Definido como doença crônico degenerativa, o diabetes mellitus é

caracterizado pela alteração do metabolismo de carboidratos, lipídios e

proteínas devido ausência ou ação ineficaz da insulina, causando complicações

agudas e crônicas3.

As complicações crônicas que afetam os pacientes diabéticos são sérias e

onerosas, destacando-se nesse grupo aquelas que atingem os membros inferiores

(MMII), que representam de 40% a 70% de todos os casos. A consequência mais

grave do DM nos MMII é a amputação, parcial ou total, de um ou de ambos os

membros, ou ainda a formação de feridas de difícil cicatrização4,5.

A incidência anual de feridas nos MMII de diabéticos varia de 1% a 4,1%6,

enquanto a prevalência dessas lesões oscila entre 5,3% e 10,5%7,8. Essas lesões

cutâneas precedem as amputações em 70 a 84% dos casos9.

A prevalência das amputações é dez vezes maior em pacientes diabéticos do

que em indivíduos sem a doença (2,8% X 0,29%)10. Sobre a incidência de

amputações não relacionadas a traumatismos nos MMII, os índices variam de 2,1

por 1.000 indivíduos11 a 13,7 por 1.000 indivíduos12, demonstrados em estudos com

14 anos de evolução. As amputações afetam não somente a qualidade de vida e o

bem estar psicológico do paciente, mas também é muitas vezes um evento pré

mortal. Após a amputação da perna, os índices de mortalidade variam entre 20% a

50% dentro de 3 anos e atingem 70% no período de 5 anos13.

Estudos enumeraram os fatores de risco para formação de feridas e

amputação nos MMII. Há consenso entre os pesquisadores de que a neuropatia

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diabética periférica (NDP) representa um processo insidioso e progressivo para as

mais graves complicações nos MMII inerentes ao diabetes mellitus14,15,16,17,18,19.

Todavia, o tempo de duração do diabetes também foi apontado como fator

predisponente para o desenvolvimento de lesões, assim como a doença vascular

periférica20, o inadequado controle glicêmico (valores alterados para hemoglobina

glicosilada - HbA1c)21, presença de deformidade óssea (doença de Charcot), história

prévia de feridas e amputação pregressa20.

A neuropatia diabética é definida como uma lesão da fibra nervosa periférica,

somática ou autônoma, atribuível exclusivamente ao diabetes mellitus, após

exclusão de outras doenças que também lesam as fibras nervosas22. Está presente,

em algum grau, em mais de 50% dos diabéticos com mais de 60 anos de idade23.

As fibras nervosas periféricas são classificadas em autônomas, motoras e

sensitivas. A lesão provocada pelo DM altera a fisiologia dos três grupos de fibras

citadas. A neuropatia autônoma pode levar à diminuição da função sudomotora.As

lesões dos nervos motores acarretam em atrofias musculares e deformidades

ósseas. Já a neuropatia sensorial resulta em alterações como parestesia,

hipoestesia e perda da sensibilidade24.

A diminuição ou perda da sensibilidade torna o diabético mais vulnerável ao

trauma físico e térmico, levando-o à formação de feridas e eventualmente à perda

segmentar dos MMII25.

Segundo Dyck et al.26, a perda da sensibilidade causada pela neuropatia

diabética, em contraposição a outras doenças que também lesam nervos periféricos

é um processo irreversível. Na literatura médica são descritas técnicas cirúrgicas e

procedimentos clínicos para se evitar a progressão dos danos provocados pela

neuropatia diabética, entretanto, não há até o presente momento consenso sobre

qual seria o melhor tratamento27,28,29. A maioria dos especialistas indica medidas de

prevenção como a melhor forma de se conter as consequências impostas pela

neuropatia diabética30,31,32,33,34.

A profilaxia das complicações neuropáticas tem início com a identificação do

grau de neuropatia e, portanto, do déficit neurológico, apresentado pelos pacientes

diabéticos. Uma das possíveis formas seria investigar a lesão nas fibras nervosas

sensitivas por meio de testes de avaliação de sensibilidade cutânea. De acordo com

Dellon et.al.35, a metodologia dos testes de sensibilidade evoluiu da observação

qualitativa para a quantificação em variáveis numéricas.

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Os principais testes disponíveis para examinar a perda funcional de

sensibilidade cutânea estão relacionados à sensação táctil, à pressão e à vibração.

Esta qualidade de sensação é mediada por meio dos axônios mielinizados,

conhecidos como fibras de adaptação rápida e de adaptação lenta, conforme seu

receptor periférico36.

Em 1898, von Frey introduziu método clínico para avaliação da sensibilidade

da pele ao tato. Pressionando a pele com um pêlo de cavalo preso a uma haste, o

examinador obtinha a medida da sensibilidade das fibras nervosas da pele à

pressão. Calibrando seu dispositivo com filamentos de espessura e rigidez

diferentes, von Frey registrou a sensibilidade à pressão observando o limiar mínimo

produzido a cada filamento utilizado no teste37.

Em 1962, Weinstein aperfeiçoou o método de von Frey, adaptando

monofilamento de nylon em hastes plásticas. Esse método, conhecido atualmente

como monofilamento de Semmes-Weinstein, é tido como a mais usual das medidas

de sensibilidade nos diabéticos, por causa de sua simplicidade, rapidez e baixo

custo38.

Para avaliar a função das fibras responsáveis pela sensibilidade vibratória são

feitas manobras com instrumentos produtores de vibração, por exemplo, com

diapasões de frequências de 30 a 256 ciclos por segundo39.

Em 1988, Dellon et al37 desenvolveram o Pressure Specified Sensory

Device™ – PSSD (NK Biotechnical Engineering Company, Minneapolis, Estados

Unidos), criando um equipamento capaz de quantificar numericamente o limiar de

pressão, aplicada à pele, necessário para que o paciente sinta o estímulo de um

ponto estático (semelhante ao monofilamento de Semmes-Weinstein®), um ponto em

movimento (como a manobra produzida pelo diapasão), dois pontos estáticos e dois

pontos em movimento. Temos assim, um meio único para se avaliar os sistemas de

fibras/receptores para sensibilidade táctil e vibratória de forma quantitativa40,41.

A utilização do PSSD™ no Brasil teve início em 2000. Ferreira et al.42

utilizaram-no para avaliação da sensibilidade no pré e pós-operatório de

mastoplastia redutora. Estudo preliminar sobre sensibilidade cutânea nos MMII de

pacientes diabéticos foi realizado por Ferreira et al.43em 2004. O PSSD™ contribuiu

para determinar valores da sensibilidade cutânea em outras regiões anatômicas

como abdômen44 e face45, locais estes submetidos a procedimentos cirúrgicos e a

traumas externos. Outros estudos de maior complexidade envolvendo pacientes

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diabéticos foram conduzidos por Carvalho et al.46 e Ferreira et al.47, os quais

estabeleceram valores para os limiares de sensibilidade cutânea em grupos de

pacientes não diabéticos e diabéticos não portadores de feridas em MMII, e

diabéticos com feridas em um dos MMII, respectivamente.

A fim de padronizar a assistência para com os indivíduos diabéticos, a

American Diabetes Association (ADA) preconiza diretrizes para o cuidado dos pés

desses pacientes e recomenda exame, pelo menos uma vez ao ano, para medição

do limiar de sensibilidade táctil e vibratória cutânea48. O objetivo dessa

recomendação é reduzir o risco de ulceração, infecção e amputação por causa da

perda de sensibilidade decorrente da evolução da neuropatia diabética49.

Entretanto, a avaliação da sensibilidade cutânea deverá ser feita por

meio de um equipamento de maior acurácia, pois a literatura nos mostra que

embora, o monofilamento de Semmes-Weisntein seja um teste de baixo custo e de

fácil manuseio, tem sua capacidade de medida questionável50, assim como a forma

de se calibrar51.

Desta forma, poderemos identificar precocemente as alterações que poderão

levar muitos diabéticos à incapacidade para o trabalho, levando à redução da

população economicamente ativa e sobrecarga dos órgãos de seguridade social.

Além de custos não tangíveis como, dor, ansiedade, isolamento social e prejuízo do

convívio familiar52.

O objetivo do estudo foi identificar e comparar a medida da sensibilidade

cutânea nos pés de diabéticos e não diabéticos por meio da utilização do PSSD™.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 SENSIBILIDADE CUTÂNEA

Os nervos que ligam o sistema nervoso central são orgãos periféricos e são

fibras nervosas envoltas por tecido conjuntivo. A fibra nervosa é composta por

axônio e seus envoltórios. Os axônios são recobertos pela bainha de mielina e são

denominados fibras nervosas mielínicas e na ausência dessas fibras amielínicas.

Na extremidade periférica as fibras nervosas se modificam dando origem as

terminações nervosas, sensitivas e motoras. As fibras aferentes que inervam a pele

encaminham ao sitema nervoso central informações do ambiente externo do corpo,

que são codificadas pela intensidade (frequênciados potenciais de ação),

temporalidade (duração dos potenciais de ação), espacialidade (padrão de atividade

ao longo das fibras) e modalidade (distribuição entre os sistemas fibra/receptor). A

funçao nervosa relacionada aos sentidos somáticos está baseada no fenômeno

reflexo, mas para que isso ocorra o sistema nervoso deve reconhecer o estado do

ambiente externo e do meio interno, de forma a controlar essas funções, adaptando

as novas exigências57.

Os receptores cutâneos são responsáveis pela adaptação das fibras nervosas

a eles associados.

As fibras de adaptação rápida são aquelas que geram impulsos ao serem

incitadas e param tão logo o estímulo seja cessado. A integridade e a densidade

dessas fibras são medidas pela distinção de um e dois pontos em movimento ou por

vibração58. As fibras de adaptação lenta, são aquelas que começam a gerar

impulsos quando a pele começa a ser estimulada e continuam a gerá los pelo tempo

que o estimulo for mantido. Esse estimulo é percebido com toque estático e

constante (pressão).

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21

2.2 TESTES PARA AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE CUTÂNEA

As aferências ao sistema nervoso podem ser divididas fisiologicamente em

sentidos especiais, como visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio e os sentidos

somáticos de mecanocepção, termocepção e percepção a dor62.

A pele é capaz de perceber quatro modalidades de sensibilidade graças aos

diversos receptores nela encontrados. A seguir, descrevemos as formas mais usuais

de avaliação da função sensorial.

A sensação de dor, talvez mais que qualquer outra sensação, é unicamente

subjetiva. Frequentemente, a dor é associada aos problemas clínicos e às técnicas

cirúrgicas que a desencadeiam, mas a medida da dor ainda é um desafio.

A percepção à mudança de temperatura através da pele é mediada pelas

fibras C, estimuladas por temperaturas frias e pelas fibras A, mais sensíveis às

temperaturas elevadas63.

2.2.1 - Sensibilidade vibratória

Para os gregos, o senso vibratório é chamado de palestesia. A percepção da

vibração é a interpretação de impulsos nervosos transmitidos ao cérebro por meio

das fibras de adaptação rápida do grupo A. A vibração é uma outra forma de tato.

Os testes para avaliação da sensibilidade vibratória geralmente são feitos a

partir de sondas emissoras de vibração, que podem emitir intensidade e frequência

constantes ou modificar essas variáveis64.

Neurometer™

É um instrumento para teste quantitativo de sensibilidade, que gera corrente

elétrica constante, devendo ser aplicado diretamente na fibra nervosa através de

sonda transcutânea. Emite três diferentes tipos de frequência, 5 Hz, 250 Hz e 2000

Hz, as quais poderão ser percebidas pelas fibras C, A e A, respectivamente.

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Bio-thesiometer™

Dispositivo que oferece frequência fixa (120 Hz) e variável intensidade de

estímulo. O resultado do limiar de vibração é expresso em volts.

2.2.2 - Sensibilidade táctil

De maneira geral, a sensibilidade táctil pode ser dividida em protetora ou aquela

que impede acidentes mecânicos e térmicos e ainda a sensibilidade discriminativa,

responsável pelo detalhamento espacial de objetos em sua forma e textura65.

Monofilamento de Semmes-Weinstein (MSW)

A necessidade de se estimar numericamente a percepção táctil levou Von

Frey, em 1905, a se valer de pêlos de cavalo com diferentes diâmetros para

quantificar o limiar humano de sensibilidade ao tato.

Em 1960, Semmes66 et al. desenvolveram um conjunto de filamentos de nylon

acoplados em hastes plásticas, a fim de avaliar perdas grosseiras de sensibilidade

nas mãos após lesão penetrante no cérebro de veteranos de guerra. Esses

filamentos são numerados de 1,65 a 6,65 e os diâmetros variam de 0,06 a 1,14 mm.

Assim, quanto maior o número, maior o diâmetro e maior a força para deformá-los

quando em contato com a pele, conforme mostrado no quadro 1.

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Número

filamento

Força (g)

(gramas)

Diâmetro (mm)

(mm)

Pressão (g/mm2)

(g/mm2) 1,65 0,0045 0,0635 1,45

2,36 0,0230 0,0762 2,20

2,44 0,0275 0,1016 3,25

2,83 0,0677 0,1270 4,86

3,22 0,1660 0,1524 11,1

3,61 0,4082 0,1778 17,7

3,84 0,6968 0,2032 19,3

4,08 1,194 0,2286 29,3

4,17 1,494 0,2540 31,5

4,31 2,062 0,3048 33,1

4,56 3,632 0,3556 47,3

4,74 5,500 0,3810 68,0

4,94 8,650 0,4064 60,9

5,07 11,70 0,4318 65,6

5,18 15,00 0,4826 69,1

5,46 29,00 0,5588 107,0

5,88 75,00 0,7112 181,0

6,10 127,0 0,8128 243,0

6,45 281,5 1,016 337,0

6,65 447,0 1,143 439,0

Quadro 1 – Correlação entre o número do monofilamento de Semmes-Weinstein com a

pressão (g/mm2)

Atualmente, são utilizados em larga escala para avaliação de diversas

entidades de lesão de fibras nervosas sensitivas66,67.

Pressure Specified Sensory Device™

Desenvolvido em 1989 para suprir a necessidade de um equipamento que

pudesse medir a pressão exercida por dois pontos, perfeitamente distinguida de um

ponto de pressão sobre a pele. Com a criação do PSSD™ foi possível determinar o

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limiar de pressão cutânea para um ponto estático, antes somente estimado pelo

monofilamento de Semmes-Weisntein66.

O limiar de sensibilidade cutânea leva em consideração a relação da fibra nervosa

e seu receptor. Podemos definir, limiar como uma propriedade física, que é medida em

resposta a um estímulo específico, ao longo de um eixo numérico, no qual abaixo de

determinado ponto não há detecção da existência de um evento ou sensação. Todavia,

acima deste ponto, existe consciência e resposta ao estímulo aplicado.

Com essa escala contínua de pressão, foi possível fazer medições em outras

regiões anatômicas, estabelecendo limiares de pressão basal, para mãos, pés67,68, face69

e mama70 possibilitando a investigação de intervenções clínicas e/ou cirúrgicas.

Equipamentos, aparelhos e o próprio exame físico realizado por meio de

percussão ou palpação utilizados em Medicina, com finalidade diagnóstica, têm seu

mecanismo de funcionamento baseado na fisiologia do órgão e/ou tecido a ser

examinado. Para avaliar a função dos conjuntos fibra/receptor cutâneo de adaptação

lenta e rápida ao longo da história muitos foram os dispositivos criados para

identificar a sensibilidade ao tato (pressão) e à vibração (movimento), conforme

resume a Tabela 4 abaixo:

Ano Autor Dispositivo

1894 Von Frey Filamentos de von Frey

1962 Semmes-Weinstein Monofilamentos de nylon

1972 DEllon Toque estático e dinâmico

1977 Daniel &Bower Vibrômetro de 120 Hz

1978 Dellon Diapasão de 30 e 256 Hz

1985 Mackinnon & Dellon Disk-Criminator™

1992 Dellon & Dellon Pressure Specified Sensory

Device™

Quadro 2 – Tipos de testes utilizados para avaliação da sensibilidade táctil e vibratória.

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Apesar do conceito de validade e fidedignidade para os valores obtidos a

partir de testes quantitativos assistidos por computador, com frequência ou

intensidade de estímulo controlada e medidas mais exatas, a maioria dos testes

realizados na prática clínica são manuais e pouco precisos.

Com a criação do PSSD™, passamos a dispor de um teste quantitativo da

função dos conjuntos fibra/receptor cutâneo de adaptação lenta e rápida, o que

permitiu determinar faixas de valores de normalidade, documentar o diagnóstico,

assim como propiciou a avaliação do tratamento, como idealizado por Dyck et al em

197866,71.

O PSSD™ é um transdutor de força acoplado a um computador, que possui

um software capaz de codificar um sinal elétrico em pressão, expressa em

gramas/milímetros quadrado (g/mm2).

Figura 1 - Software PSSD Figura 2 - Transdutor do PSSD

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Figura 3 - Transdutor do PSSD™ Figura 4 - Campainha do PSSD™

O exame com o PSSD™ consiste no toque de um ou dois prolongamentos

metálicos (conforme modalidade de teste escolhida) na área da pele sobre o

território nervoso a ser pesquisado. O paciente fica de posse de uma campainha e é

instruído a apertá-la ao sentir o toque da(s) haste(s) metálica(s). Dessa maneira, o

software registra o valor da pressão percebida no momento em que a campainha é

acionada (sinal elétrico).

O software exibe um menu de opções, para escolhermos o segmento

corpóreo a ser avaliado (“SELECT TEST GROUP”), região do segmento corporal

(“SELECT TEST SITE”), lado direito ou esquerdo (“SELECT SIDE”), tipo de teste a

ser realizado (“SELECT TEST TYPE”). Conforme exposto na figura a seguir:

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Figura 5 A – Tela do software com menu de opções para realizar teste de sensibilidade com o PSSD™

A seguir, as Figuras 5A e 5B ilustram como o registro da pressão é exibido na

tela, quando realizamos o teste de 1 PE ou 1 PD.

PSSD TEST

START HAS 2000 NSMT

g/mm2

5

2 5 3 4

10

15

20

SELECT TEST

GROUP

LOWER

EXTREMITY

3 rd toe lateral

4 th toe medial

5 th toe pulp

Dorsal web space ½

Great toe pulp

Heel (medial)

Lateral calf

SELECT TEST SITE SELECT SIDE

LEFT

RIGHT

SELECT TEST TYPE

1 PT STATIC

2 PT STATIC

1 PT MOVING

2 PT MOVING

SET SPACING TO

PIN 1

PIN 2

THRESHOLD

SPACING

AUTO AVERAGE

ON

OFF

COMPLETED TEST

GREAT TOE PULP

AVG SIDE TEST TYPE

1

SET SCALE FACTOR

TEST [F5] ZERO [F6] ERASE TRIAL [F8] AVERAGE [F7] CLOSED [ESC] NOTEPAD

PSSD TEST

START HAS 2000 NSMT

g/mm2

5

2 5 3 4

10

15

20

SELECT TEST

GROUP

LOWER

EXTREMITY

3 rd toe lateral

4 th toe medial

5 th toe pulp

Dorsal web space ½

Great toe pulp

Heel (medial)

Lateral calf

SELECT TEST SITE SELECT SIDE

LEFT

RIGHT

SELECT TEST TYPE

1 PT STATIC

2 PT STATIC

1 PT MOVING

2 PT MOVING

SET SPACING TO

PIN 1

PIN 2

THRESHOLD

SPACING

AUTO AVERAGE

ON

OFF

COMPLETED TEST

GREAT TOE PULP

AVG SIDE TEST TYPE

1

SET SCALE FACTOR

TEST [F5] ZERO [F6] ERASE TRIAL [F8] AVERAGE [F7] CLOSED [ESC] NOTEPAD

A

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Figura 5A – Exibição de sequência hipotética de medidas de 1 PE ou 1 PM na região da polpa do hálux.

Figura 5B – Exibição de sequência aceita de medidas de 1 PE ou 1 PM na região da polpa do hálux.

Na Figura 5A, notamos que, nas quatro primeiras medidas além da coluna

azul, que representa o valor da pressão aplicada sobre a pele do paciente, há outra

coluna de cor amarela (indicada pela seta). Essa coluna é um recurso presente

nesse software que permite ao examinador perceber o grau de oscilação com o qual

tocou o paciente. Ou seja, o quanto aquele toque não se manteve uniforme.

Todavia, na quinta medida não presenciamos a coluna de cor amarela, isso significa

que o contato da haste metálica com a pele foi mantido regular durante todo o tempo

que durou a pressão.

Por causa do recurso de controle da oscilação, somente serão consideradas

válidas as sequências de cinco medidas semelhantes àquelas demonstradas na

Figura 5B.

PSSD TEST

START HAS 2000 NSMT

g/mm2

5

2 5 3 4

10

15

20

SELECT TEST

GROUP

LOWER

EXTREMITY

3 rd toe lateral

4 th toe medial

5 th toe pulp

Dorsal web space ½

Great toe pulp

Heel (medial)

Lateral calf

SELECT TEST SITE SELECT SIDE

LEFT

RIGHT

SELECT TEST TYPE

1 PT STATIC

2 PT STATIC

1 PT MOVING

2 PT MOVING

SET SPACING TO

PIN 1

PIN 2

THRESHOLD

SPACING

AUTO AVERAGE

ON

OFF

COMPLETED TEST

GREAT TOE PULP

AVG SIDE TEST TYPE

1

SET SCALE FACTOR

TEST [F5] ZERO [F6] ERASE TRIAL [F8] AVERAGE [F7] CLOSED [ESC] NOTEPAD

B

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3. OBJETIVO

O objetivo do presente estudo foi comparar as medidas obtidas pelo PSSD™

entre os dois grupos: grupo C, constituído de participantes não diabéticos e grupo D,

com participantes diabéticos sem feridas nos MMII.

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4. MÉTODO

4.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo trata-se de um outcome research, que teve como delineamento

de pesquisa inicial um estudo de coorte prospectiva.

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A coleta de dados do estudo primário foi realizada no Ambulatório de Cirurgia

Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo.

4.3 AMOSTRA

A amostra do estudo primário foi de 323 participantes e deste estudo foi

constituída por 124 participantes distribuídos em dois grupos, a saber:

Grupo C – grupo de participantes não diabéticos

Grupo D - grupo de diabéticos sem feridas nos MMII

O GC contou com 56 pacientes, os quais obedeceram aos seguintes critérios

de inclusão para a confecção deste banco de dados:

Voluntários com idade pareada ao grupo de pacientes diabéticos, com desvio

aproximado de mais ou menos 5 anos.

Não ter diabetes mellitus tipo I, II, gestacional ou formas adquiridas.

Não apresentar doença vascular periférica.

Não ter sofrido trauma e/ou cirurgia nos MMII.

Não ter doença neurológica.

Ser capaz de responder de maneira adequada sobre seu estado de saúde.

Boa colaboração durante a realização do exame.

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O GD teve a participação de 68 participantes que atenderam aos critérios de

inclusão para o alcance do objetivo proposto neste estudo:

Idade mínima de 18 anos.

Portador de diabetes mellitus tipo 2.

Não ter apresentado em nenhum momento da vida feridas nos MMII.

Não ter sido submetido à amputação nos MMII.

Não apresentar doença vascular periférica severa (DVP).

Não apresentar outra disfunção neurológica que comprometa a função

nervosa periférica.

Ser capaz de responder de maneira adequada sobre seu estado de saúde.

Boa colaboração durante a realização do exame.

Dessa forma, indivíduos que apresentavam doença da tireoide, do colágeno,

lúpus eritematoso sistêmico, insuficiência renal, DVP, feridas, amputações ou

reconstrução cirúrgica dos MMII foram excluídos.

4.4 PROCEDIMENTOS ÉTICOS

O projeto de pesquisa para coleta de dados do estudo primário foi submetido

ao Comitê de Ética para análise de Projetos de Pesquisa do Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e aprovado sob número de

protocolo 356/06. Foi confeccionado de maneira a atender as normas da resolução

196/1996 do Conselho Nacional de Saúde.

Após explicação detalhada sobre como seriam feitas as avaliações clínicas e

medições da sensibilidade cutânea para os participantes do estudo, o termo de

consentimento livre e esclarecido (TCLE) foi lido e assinado pelos pesquisadores

responsáveis e participantes da pesquisa.

4.5 COLETA DE DADOS

A coleta de dados do estudo de coorte obedeceu à sequência abaixo descrita,

entretanto, para a construção deste manuscrito foram utilizadas apenas as

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informações referentes ao teste de sensibilidade cutânea realizado com o PSSD™

(item D):

A – Entrevista inicial;

B – Coleta de exames laboratoriais;

C – Anamnese e exame físico;

D – Avaliação do limiar de sensibilidade cutânea por meio do PSSD™.

Foram utilizados os dados do estudo primário o qual estavam inseridos no

programa Microsoft Excel, foi realizado o tratamento desses dados por meios de

variáveis quantitativas e qualitativas, após o tratamento dos dados, inseridos em

tabelas para a análise descritiva e inferência estatística.

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5. RESULTADOS

A tabela 1 mostra a descrição da amostra total (GD = diabéticos e GC = grupo

controle), obtida junto ao banco de dados.

No GD foram avaliados 68 pacientes que atenderam às exigências de

inclusão. A idade variou entre 38 a 79 anos, média de 61,1 ± 11,1 anos. O tempo

médio de conhecimento do diabetes mellitus foi de 11,3 ± 4,05 anos, extremos de 2

anos e 26 anos. Houve distribuição equitativa entre os sexos, com predomínio de

pessoas brancas 53,2%.

Tabela 1 - Descrição da amostra

n %

COR Amarelo 4 3,2% Branco 66 53,2% Negro 23 18,5% Pardo 31 25,0% SEXO F 67 54,0% M 57 46,0% Cardiopatia N 103 83,1% S 21 16,9% Hipertensão arterial sistêmica (HAS) N 45 36,3% S 79 63,7% Tabagismo N 100 80,6% S 24 19,4% Etilismo N 112 90,3% S 12 9,7% Escolaridade 1 º grau 39 22,5% 2 º grau 55 44,4% 3 º grau 30 24,2%

Foram avaliados o total de 124 participantes da pesquisa. Assim, o sexo que

prevalece foi o feminino com 54% comparado ao masculino a 46%.

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Em relação à cor de pele obtivemos a prevalência da cor branca 53%,

seguida de pardos 25%, negros 18% e amarelos 3,2%.

As variáveis clínicas mostraram que 83,1% não apresentam cardiopatia, 63%

são hipertensos, 19,4% são tabagistas e 90,3% não consomem bebidas alcoólicas.

Quanto ao grau de escolaridade, 44% concluíram o 2ºgrau, 24,2% o 3ºgrau e

22,5% o 1º grau.

Tabela 2. Comparação entre os grupos GD e GC em relação às características

individuais e clínicas

DIABÉTICOS NÃO DIABETICOS valor-p

n % n %

COR 0.1596* amarelo 4 5,9% 0 0,0% branco 39 57,4% 27 48,2% negro 11 16,2% 12 21,4% pardo 14 20,6% 17 30,4% SEXO 0,9256 F 37 54,4% 30 53,6% M 31 45,6% 26 46,4% Cardiopatia 0,8039 N 57 83,8% 46 82,1% S 11 16,2% 10 17,9% Hipertensão arterial sistêmica < 0.0001 N 11 16,2% 34 60,7% S 57 83,8% 22 39,3% Tabagismo 0,1488 N 58 85,3% 42 75,0% S 10 14,7% 14 25,0% Etilismo 0,0369 N 58 85,3% 54 96,4% S 10 14,7% 2 3,6% Escolaridade 0,0013 1 º grau 23 19,7% 16 28,6% 2 º grau 37 54,4% 18 32,1% 3 º grau 8 11,8% 22 39,3%

teste de qui-quadrado / *teste exato de Fischer

Ao compararmos os dois grupos GC e GD, observamos que as variáveis com

diferença estatística entre os grupos foram: HAS (p < 0,0001), etilismo (p < 0,0369) e

escolaridade (p < 0,0013)

As tabelas 3A, 3B e 3C mostram os resultados obtidos pelos GD e GC para

os testes de 1 ponto estático (1PE) e 1 ponto dinâmico (1 PM) no território do nervo

fibular profundo, plantar medial e ramo calcâneo do nervo tibial posterior.

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Tabela 3 A. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos para o

Nervo fibular profundo (NFP).

Diabéticos (n=68) Não Diabéticos(n=56) Medida md dp med min max md dp med min max valor-p

1PE_dors 12.7 16.6 8.7 0.6 100.0 2.1 1.4 1.4 0.5 5.2 < 0.0001 1PM_dors 12.8 22.6 6.1 0.7 100.0 1.4 0.8 1.0 0.4 3.6 < 0.0001

teste de Mann-Whitney / * teste T de Student

md = média,dp = desvi0-padrão, med = mediana, min = mínimo, max=máximo

A tabela acima traz os resultados para o território do nervo fibular profundo

(NFP). Do GD extraímos que o valor de 1PE e 1PM, obtiveram valores próximos da

média em ambas as modalidades, obtivemos valores de máximos e mínimos

destoantes (0,6 – 100,0g/mm2), elevando o desvio padrão, indicando grande

dispersão dos valores medidos. Comparando com o grupo não diabético (GC), para

1PE e 1PM observamos que os valores da média e mediana estão equiparados,

resultando em pequeno desvio padrão e com p valor de p < 0,0001.

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Tabela 3B. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos para o

Nervo plantar medial (NPM)

Diabéticos (n=68) Não Diabéticos(n=56) Medida md dp med min max md dp med min max valor-p

1PE_halux 10.1 7.1 8.8 0.7 32.9 2.4 1.5 1.9 0.6 6.3 < 0.0001 1PM_halux 12.2 16.7 9.3 0.7 100.0 1.6 0.8 1.3 0.4 3.7 < 0.0001

teste de Mann-Whitney / * teste T de Student

md = média,dp = desvi0-padrão, med = mediana, min = mínimo, max=máximo

Para o território do nervo plantar medial (NPM), o grupo de diabéticos obteve

valores médios próximos, em ambos os pontos 1 PE e 1 PM. Comparando ao Grupo

de não diabéticos, para 1 PE e 1 PM obtivemos diferenças significativas em relação

à média encontrada no GD, valor de p < 0,0001.

Tabela 3 C. Comparação das medidas entre diabéticos e não diabéticos para o

Nervo calcâneo (NC).

Diabéticos (n=68) Não Diabéticos(n=56) Medida md dp med min max md dp med min max valor-p

1PE_calcaneo 10.7 6.8 9.8 0.8 32.8 6.8 3.9 6.2 0.6 17.7 0.0003 1PM_calcaneo 12.8 19.8 7.5 0.9 100.0 4.3 2.4 3.7 0.4 13.3 < 0.0001

teste de Mann-Whitney / * teste T de Student

md = média,dp = desvio-padrão, med = mediana, min = mínimo, max=máximo

No território do nervo calcâneo, o grupo de diabéticos apresentou

diferença estatística significante para a modalidade de 1 PE ao compararmos os

valores obtidos pelo GC para a mesma modalidade de teste, com p = 0,0003.

Para o exame da sensibilidade vibratória em movimento (1 PM), a diferença foi

ainda maior, com p < 0,0001.

Observamos que, para as duas modalidades de testes e nos três territórios

nervosos estudados, os valores das médias e medianas para os limiares de

sensibilidade cutânea foram semelhantes no grupo controle.

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37

Para o território do nervo fibular profundo extraímos da tabela 1 que, em todas

as modalidades de testes realizadas, 1 PE e 1 PM, tivemos valores mínimos e

máximos discrepantes, elevando o valor do desvio padrão, ficando maiores do que a

média e a mediana.

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6. DISCUSSÃO

No Brasil e no mundo o DM é uma doença de alta prevalência e responsável

por elevadas taxas de mortalidade e morbidade2. Provoca complicações agudas e

crônicas e um de seus desdobramentos é a neuropatia diabética (NPD) que

acomete os MMII e provoca a alteração funcional e perda da sensibilidade cutânea

nos pés75.

A prevenção para o pé em risco é a medida mais eficaz para o controle da

doença, já que a mesma é extremamente onerosa, causando um impacto social e

econômico desfavorável ao sistema de saúde76.

Em 1988 foi realizado nos EUA a San Antonio Conference on Diabetic

Neuropathy, neste encontro mundial de estudiosos do pé diabético ficaram

estabelecidos critérios para o diagnóstico da neuropatia diabética, são eles: 1 - Avaliação

dos sintomas; 2 - Exame neurológico para detecção precoce de sinais por meio de testes

quantitativos de sensibilidade (TQS); 3 - Testes de avaliação da função autônoma; 4 -

Estudos de condução nervosa72. O objetivo principal desta conferência foi a redução das

taxas de amputação em mais de 50%, além da incorporação das estratégias para

prevenção e cuidado com o pé diabético em risco77.

Desta forma, a prevenção do pé diabético em risco é objeto de estudo e de

investimento financeiro de muitas nações. O presente estudo visou analisar

comparativamente as medidas da sensibilidade cutânea de dois grupos, GD e GC,

por meio de um dispositivo que controla a influência do examinador na resposta

emitida pelo paciente, o Pressure Specified Sensory Device - PSSD™.

A amostra estudada foi de 124 participantes da pesquisa, 68 diabéticos sem

feridas nos MMII e 56 não diabéticos. A idade dos diabéticos variou entre 38 a 79

anos, média de 61,1 ± 11,1 anos. O tempo médio de conhecimento do diabetes

mellitus foi de 11,3 ± 4,05 anos. De acordo com os achados de Dellon et al73, a

média da idade, dos participantes americanos, foi de 56,8 anos e o tempo médio de

existência da doença foi de 10,5 anos. Alguns estudos evidenciam que o fator idade

exerce influência ao risco de amputação e mortalidade12,74.

Muitos pacientes diabéticos só tem o diagnóstico da doença quando

necessitam de hospitalização em decorrência das complicações impostas pela

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doença. No caso da neuropatia diabética em algumas situações já em vias de

amputação total ou parcial do membro. Aproximadamente 85% das amputações

de membros inferiores relacionadas ao diabetes são precedidas de ulcerações

nos pés76.

Quanto à raça, prevaleceram os brancos nos dois grupos. Nada consta na

literatura que evidencie maior ou menor risco para o aparecimento de feridas e

amputações dos MMII associado à etnia.

Quanto à prevalência da HAS, no GD foi de 85,3% comparado GC de

39,3%, lembrando que o DM desencadeia complicações crônicas, dentre elas a

HAS. Observamos alta prevalência da HAS no GD, em estudo realizado por

Scheffl76 que mostra a prevalência dos fatores de risco cardiovasculares no

DM2, destacando a HAS (73%) e tabagismo (22%). Cenário semelhante foi

encontrado no presente estudo75.

Há uma forte ligação entre a escolaridade e o nível de cuidado que os

pacientes destinam aos pés, este cuidado, por sua vez, reflete em risco aumentado

ou diminuído de formação de feridas de difícil resolução78. O GD, retratado nesta

amostra apresenta a maioria dos participantes com formação completa do 2º grau

escolar. Embora, não tenhamos analisado profundamente este fator, mas pode-se

inferir que tenham melhor compreensão das orientações de saúde recebidas e

mesmo com aproximadamente, 13 anos de evolução da doença, ainda não tenham

desenvolvido feridas, tão pouco, amputações nos MMII.

O cuidado com os pés do diabético deve ser iniciado antes do surgimento de

úlceras e este cuidado prevê a realização dos testes quantitativos de sensibilidade.

Os TQS foram desenvolvidos para quantificar o grau da neuropatia e do

comprometimento neurológico73. Atualmente, os principais testes disponíveis para

avaliar a perda da sensibilidade protetora estão relacionados à sensação táctil, à

pressão e à vibração.

O método utilizado como padrão ouro para os testes de sensibilidade de MMII

em diabéticos é o MSW, avalia a sensação táctil, fibras de adaptação lenta e seus

respectivos receptores periféricos. Alguns estudos78 relatam sensibilidade de 66 a

91% e especificidade de 34% e 86%. É um teste simples de fácil aplicação, porém

apresenta alguns inconvenientes: dificuldade na sua calibragem período de

descanso de 24h o qual corresponde à vida média de 500h após a sua utilização a

cada 10 pacientes.

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O MSW é baseado na metodologia de níveis, o paciente responde a um

determinado estimulo com nível de intensidade aplicado, assim, se o estimulo será

percebido ou não.

O PSSD™ é utilizado como método diagnóstico da neuropatia diabética, é

considerado um exame de alta complexidade, com escala continua de valores a qual

prevê diagnóstico precoce, evoluiu de uma escala de testes qualitativos para uma

tendência quantitativa, conseguindo assim avaliar o déficit sensitivo nos pés e

melhor planejamento de medidas terapêuticas.

No presente estudo avaliamos a sensibilidade tátil e vibratória por meio

do PSSD que é baseado na metodologia de limites para a pressão estática e em

movimento. O estudo teve como objetivo a análise comparativa dos valores da

sensibilidade cutânea nos pés de diabéticos sem úlcera e não diabéticos por

meio PSSD™.

O estudo baseou se na análise comparativa GD e GC, pois fatores como

idade, sexo, padrão cultura, ambiente, local onde o teste foi realizado, tipo de

orientação passada ao paciente podem influenciar o resultado dos valores de

sensibilidade cutânea, assim cada pesquisador poderá estabelecer seu grupo

controle79.

Foram estabelecidas variáveis de interesse (qualitativas e quantitativas) para

o limiar de sensibilidade pressórica cutânea: 1PE um ponto estático e 1 PM um

ponto em movimento.

Foram avaliados os territórios nervosos dos nervos fibular profundo (espaço

entre 1º e 2º dedo no dorso do pé), nervo calcâneo medial (polpa do hálux), nervo

calcâneo (face medial da pele do calcanhar), de apenas um dos pés, escolhidos por

randomização entre o lado direito e esquerdo, visto que de acordo com resultados

do estudo de Carvalho48 com o PSSD™, corroborada pela literatura, a neuropatia

diabética é simétrica, distal e bilateral.

A lesão das fibras sensitivas nervosas pode levar à diminuição da

sensibilidade ou hipoestesia, ou ao aumento da sensibilidade ou hiperestesia,

sensibilidade exagerada aos estímulos55,62.

De acordo com Dellon73 o primeiro trabalho comparando a sensibilidade de

diabéticos com e sem úlceras com o PSSD™ é do ano de 1995, os resultados

encontrados são valores significativos entre os diabéticos com úlcera e os diabéticos

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sem úlcera. Foram avaliadas as regiões plantar do hálux (NCM), dorsal do pé (NFP)

e calcanhar (NC), que assemelha ao desenho deste estudo.

Os territórios nervosos escolhidos não se basearam naqueles preconizados

pela ADA e SBD, mas nos locais onde ocorre a maior incidência de lesões: dorso do

pé (território do nervo fibular profundo = 48%), calcâneo (área inervada pelo ramo

calcâneo do nervo tibial posterior = 36%), polpa do hálux (território de inervação do

nervo tibial posterior= 16%)80.

Ferreira et al68, em 2004 cita que o estudo preliminar realizado com diabéticos

com e sem feridas, em uma amostra populacional brasileira, assemelha-se ao

estudo de Dellon73 em 1995 com a amostra americana.

Carvalho67 em seus achados na avalição da sensibilidade cutânea do território

do nervo fibular profundo, apresentou valores semelhantes da média quando

comparado ao presente estudo tanto para 1PE e 1PM, também apresentou valores

elevados de desvio padrão e valores muito distantes entre mínima e máxima tanto

para 1PE e 1PM.

Ferreira68 em seus resultados com diabéticos sem úlcera apresentou valores

médios superiores para o território nervoso do NFP nos testes de 1 PE e 1 PM,

quando comparado ao estudo de Carvalho e também ao presente estudo. Todavia,

Ferreira não faz citações quanto ao tempo médio de conhecimento do diabetes

mellitus, que em nosso estudo foi de 11,3 ± 4,05 anos, extremos de 2 anos e 26

anos semelhante ao tempo médio de Carvalho67.O grupo de não diabéticos, para o

território nervoso do fibular profundo para o 1PE e 1PM quando comparados ao

grupo de diabéticos sem úlcera, obtiveram um valor de sensibilidade cutânea menor

quando comparado ao GD, sem diferenças estatísticas significativas. O grupo

manteve se equiparado aos valores obtidos no estudo de Carvalho.

Para a avaliação da sensibilidade cutânea do nervo plantar medial para o GD

obtivemos valores de média tanto para 1 PE e 1 PM equiparadas, quando

comparadas ao estudo de Carvalho67, em 1 PM obtivemos valor do desvio padrão

aumentado.Ferreira68 em seu estudo apresenta valores superiores para 1 PE e 1 PM

quando comparados ao presente estudo. Quanto ao GC não obtivemos valores de

diferenças estatísticas, mas quando comparado ao GD apresenta seus valores de

sensibilidade cutânea inferiores ao GD.

O presente estudo apresentou valores da média da sensibilidade cutânea

para o território nervo calcâneo tanto para 1PE e 1PM semelhantes entre si e

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quando comparados a outros estudo67. Ferreira68 em seu estudo apresentou valores

da média superiores ao nosso estudo.

Quando comparados, GC e GD observamos valores de sensibilidade cutânea

maiores para o GD. O calcanhar é considerado o local menos fidedigno para

avaliação da sensibilidade cutânea, dada às características da pele, como

calosidades e distribuição de gordura, assim foi utilizado para a coleta de dados a

porção medial do calcâneo. Os valores obtidos no presente foram semelhantes a

estudos com brasileiros para o GD sem feridas e GC67.

Desta forma, quando comparamos os 3 territórios nervosos: NFP, NPM e NC:

obtivemos valores superiores em ambas vaiáveis:1 PE e 1 PM, para o território

nervo fibular, seguido pelos NC e NPM.

Valores elevados da medida da sensibilidade cutânea não implicam que o

paciente desenvolverá uma ferida. Apenas serve de alerta para que sejam tomadas

medidas preventivas para o cuidado com o pé diabético.

A prevenção continua sendo o melhor tratamento para evitar o

desenvolvimento de complicações no pé diabético, embora a literatura não encontre

consenso para o tratamento ideal para a neuropatia diabética.

A American Diabetes Association50 (ADA) e a Sociedade Brasileira de

Diabetes (SBD) preconizam aos diabéticos cuidados e medidas preventivas para o

pé em risco e anualmente a realização de testes de sensibilidade cutânea para

prevenir riscos de ulcerações, infecções, feridas de difícil resolução e amputações

total ou parcial do membro em decorrência da alteração ou a perda da sensibilidade

protetora.

As úlceras precedem as amputações no diabético. Como medida preventiva

preconizam testes se sensibilidade cutânea conhecidos como Gold Standard, o

monofilamento de Semmes-Weinstein de 10g e Diapasão de 128 Hz. Para a triagem

de grandes populações são necessários testes simples, de fácil aplicação e baixo

custo. O MSW, entretanto, apresenta inconvenientes, como dificuldade para

calibragem da fibra de nylon e subjetividade na interpretação de valores 81.

O PSSD™ é um exame diferenciado, o qual tem a finalidade de promover

diagnóstico mais fidedigno para a população diabética, assim como, a pacientes que

possuam alteração de sensibilidade nervosa, causada por outros diagnósticos.

As pesquisas realizadas com este dispositivo no Brasil, vêm ganhado

conhecimento por parte da comunidade científica, por meio da publicação dos

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manuscritos em periódicos de especialidades de interesse, mas ainda é um

instrumento para cuidado visionário do pé diabético para as próximas décadas.

O estudo comparativo entre os GD e GC, mostrou que os valores de

sensibilidade cutânea no GD são menores comparado ao GC, corroborado por

outros estudos82,83,73,68.

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7. CONCLUSÃO

Comparando os valores obtido pelo PSSD™ nos pés de pacientes diabético

sem úlcera e não diabéticos, concluímos que os valores de medida obtidos foram

significativamente maiores nos pés de pacientes diabéticos sem feridas.

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9. ANEXOS

9.1 ANEXO A

Avaliação Clínica e Laboratorial

1) Identificação

Nome:_______________________________________________________

Idade: _______________ Sexo: ( ) feminino ( ) masculino

Grau de escolaridade: _________________________

Profissão: ______________________________

Tel. p/ contato: ______________________________

2) Anamnese Há quanto tempo sabe ser diabético?

_____________________________________________________________

Tem problema(s) no coração? ( ) não ( ) sim

Qual(ais)? ____________________________________________________

Tem pressão alta? ( ) não ( ) sim

Há quanto tempo?______________________________________________

Tem por hábito: Fumar? ( ) não ( ) sim Beber? ( ) não ( ) sim

Faz uso de mediação(ões)?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3) Exame Físico Cor: ( ) branco ( ) pardo ( ) amarelo ( ) negro

4) Exames laboratoriais Glicemia de jejum = _________________ mg/dl

Hemoglobina glicada (A1c) = __________ mg/dl

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