LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA...
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Prof Edson NunesFAN – Faculdade Nobre
LINHAS DE TRANSMISSÃO
DE ENERGIA ELÉTRICA
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As linhas de transmissão são os equipamentos
empregados para transportar grandes blocos de
energia por grandes distâncias, entre os centros
consumidores e os centros geradores. No Brasil,
em função do parque gerador ser baseado na
energia hidrelétrica, o sistema de transmissão
desempenha um papel muito importante pois as
distâncias entre os centros consumidores e
geradores são elevadas.
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REDE DE TRANSMISSÃO
A rede de transmissão liga as grandes usinas de
geração às áreas de grande consumo. Em geral apenas
poucos consumidores com um alto consumo de energia
elétrica são conectados às redes de transmissão.
A segurança é um aspecto fundamental para as redes
de transmissão. Qualquer falta neste nível pode levar à
descontinuidade de suprimento para um grande número
de consumidores. A energia elétrica é permanentemente
monitorada e gerenciada por um centro de controle. O
nível de tensão depende do país, mas normalmente
está estabelecido entre 220 kV e 765 kV.
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REDE DE SUB-TRANSMISSÃO
A rede de sub-transmissão recebe energia da rede de
transmissão com objetivo de transportar energia elétrica
às pequenas cidades ou importantes consumidores
industriais. O nível de tensão está entre 35 KV e 160
kV.
A estrutura dessas redes e em geral em linhas aéreas,
por vezes cabos subterrâneos próximos a centros
urbanos fazem parte da rede. A permissão para novas
linhas aéreas está cada vez mais demorada devido ao
grande numero de estudos de impacto ambiental e
oposição social.
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REDE DE DISTRIBUIÇÃO
As redes de distribuição alimentam consumidoresindustriais de médio e pequeno portes, consumidorescomerciais e de serviços e consumidores residenciais.
Segundo o Prodist, os níveis de tensão são:
Alta tensão de distribuição (AT): tensao entre fasescujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a230kV.
Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fasese cujo valor eficaz e superior a 1kV e inferior a 69kV.
Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fasescujo valor eficaz e igual ou inferior a 1kV.
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Diagrama com a representação dos vários segmentosde um sistema de potência com seus respectivos níveisde tensão.
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MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
O Sistema Elétrico de Potência é composto por três
camadas distintas:
Geração,
Transmissão
Distribuição
No Brasil, o processo de reestruturação do setor
elétrico passou por uma desestatização das empresas
do setor.
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1. Conselho Nacional de Política Energética – CNPE
Orgã de assessoramento do Presidente da República
para a formulação de políticas nacionais e diretrizes de
energia, visando, dentre outros, o aproveitamento
natural dos recursos energéticos do país, a revisão
periódica da matriz energética e a definição de
diretrizes para programas específicos.
2. Ministério das Minas e Energia – MME
Encarregado de formulação, do planejamento e da
implementação de ações do Governo Federal no
âmbito da política energética nacional. O MME detém o
poder concedente.
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3. Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico –
CMSE
Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação
direta, com a função precípua de acompanhar e avaliar
permanentemente a continuidade e segurança eletro-
energética em todo o território nacional.
4. Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Empresa pública federal vinculada ao MME que tem por
finalidade prestar serviços na área de estudos e
pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do
setor energético.
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5. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular
a fiscalização, a produção, a transmissão, a distribuição
e comercialização de energia, em conformidade com as
políticas e diretrizes do Governo Federal. A ANEEL
detém os poderes regulador e fiscalizador.
6. Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Pessoa jurídica de direto privado, sem fins lucrativos,
sob a regulação e fiscalização da ANEEL, tem por
objetivo realizar as atividades de coordenação e controle
da operação de geração e transmissão, no âmbito do
SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é
responsável pela operação física do sistema e pelo
despacho centralizado de energia produzida.
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7. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
sob a regulação e fiscalização da ANEEL, com a
finalidade de viabilizar a comercialização de energia
elétrica no SIN. Administra os contratos de compra e
venda de energia elétrica, sua contabilização e
liquidação. A CCEE é responsável pela operação
comercial do sistema.
8. Agências Estaduais de Energia Elétrica
Nos estados foram criadas as Agencias Reguladoras
Estaduais com a finalidade de descentralizar as
atividades da ANEEL.
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Uma LT de energia elétrica possui quatro parâmetros
básicos: resistência série, indutância série,
capacitância em derivação e condutância em
derivação. Estes parâmetros influem diretamente no
seu comportamento como componente de um sistema
de energia elétrica mas, a condutância em derivação
(representa a fuga pelos isoladores e corona de linhas
aéreas ou isolação dos cabos subterrâneos) geralmente
é desprezada por ser muito pequena.
Assim, para a análise do regime permanente de uma LT
serão considerados apenas três parâmetros:
resistência série, indutância série e capacitância em
derivação.
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CONDUTORES
Na construção de LTs são empregados largamente oscondutores de alumínio devido aos seguintes fatores:
· Menor custo e peso;· Maior diâmetro que equivalente em cobre (portantomenor densidade de fluxo elétrico na superfície,proporcionando um menor gradiente de potencial emenor tendência à ionização do ar – efeito corona).
Os tipos mais comuns de condutores de alumínio são: CA Condutor de Alumínio (AAC All AluminiumConductor)
CAA Condutor de Alumínio com alma de Aço (ACSRAluminium Conductor Steel Reinforced)
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Os nomes código dos cabos CA são nomes de flores
(por exemplo: 4 AWG Rose; 266,8 MCM Daisy; 636
Orchid)
E o nome dos cabos CAA são nomes de aves (por
exemplo: 1 AWG Robin; 636 MCM Grosbeak; 1590
Falcon).
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Em corrente alternada (CA), devido ao
efeito pelicular (skin), a corrente tende a
concentrar-se na superfície do condutor.
Isto provoca um acréscimo na resistência
efetiva (proporcional à freqüência)
observável a 60 Hz (em torno de 3%).
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EXEMPLO
Para o cabo de alumínio Marigold 1113 MCM (61 x
3,432mm), a resistência em CC a 20 oC é igual a
0,05112 Ω/km e a resistência CA a 60 Hz a 50 oC é
0,05940 Ω/km. Determinar:
a) O acréscimo percentual na resistência devido ao
encordoamento.
b) O acréscimo percentual na resistência devido ao
efeito pelicular.
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A expressão linha de transmissão se aplica em todos os
elementos de circuitos, que se destinam ao transporte
de energia, independente da quantidade transportada.
Nosso enfoque será dado apenas às linhas clássicas,
considerando apenas aquelas formadas por ligações
físicas entre uma fonte geradora de energia e um
elemento consumidor dessa energia. Os termos fonte e
consumidor de energia devem ser entendidos como
transmissor e receptor de energia respectivamente.
Essa ligação física é feita por meio de condutores, os
quais são mantidos sob diferença de potencial e pelos
quais circula corrente elétrica.
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ANÁLISE QUALITATIVA
As soluções matemáticas dos fenômenos físicos
exigem, em geral, simplificações e idealizações. Assim,
a obtenção de uma expressão matemática, a partir de
princípios fundamentais deve, além da fórmula,
fornecer todas as informações referentes às restrições,
aproximações e limitações que são impostas, sob pena
de fazer-se uso indevido da mesma. Assim, é
conveniente efetuar-se uma análise qualitativa dos
fenômenos eletromagnéticos que ocorrem nas linhas
antes de partir para uma solução matemática.
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ENERGIZAÇÃO DE UMA LINHA
Considere uma linha de transmissão ideal (resistência
nula – não existe perdas por efeito Joule),
perfeitamente isolada (afastada de qualquer influência
externa) e imersa em um meio dielétrico perfeito (não
existe perdas de energia no dielétrico entre os
condutores), está representada na figura a seguir.
Seja C [F/km] a capacitância entre condutores, L [H/km]
sua indutância, ℓ [km] o seu comprimento e R2 um
dissipador de energia colocado junto ao terminal
receptor da linha.
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Aplicando-se no instante t=0, uma tensão V [kV] nos
terminais 1 e 1’, esta irá aparecer nos terminais do 1o
elemento infinitesimal Δt [s] depois, e assim
sucessivamente até o terminal receptor da linha, isto
porque a corrente através do elemento LΔx não pode
atingir instantaneamente seu valor Io [A]. Uma vez
atingido o valor Io [A] este se mantém constante. Esta
corrente denomina-se corrente de carga da linha.
Cargas elétricas dão origem a campos elétricos e a
movimentação delas da origem a campos magnéticos
que se propagam do gerador para o receptor.
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Define-se velocidade de propagação pela seguinte
relação:
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