Lisboa Cultural 216

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FESTIVAL SILÊNCIO | SARAMAGO, UM ANO DEPOIS (efeméride) | FAZ MÚSICA (música) | TEATRO DAS COMPRAS (teatro) | MARVILA DOS SABORES (ar livre) | AGENDA SEMANAL DAS FESTAS DE LISBOA

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Em destaque | Festival Silêncio | Pág. 3

Entrevista | Sandra Silva | Pág. 5

Efeméride | Saramago, Um Ano Depois | Pág. 6

Música | Faz Música | Pág. 7

Teatro | Teatro das Compras | Pág. 8

Ar Livre | Marvila dos Sabores | Pág. 9

Agenda das Festas | Pág. 10

Curtas | Pág. 11

Em Agenda | Pág. 12

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Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Design Gráfico e Paginação: Rute FigueiraFoto Capa: Francisco Levita

Contactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 218 170 600 [email protected]

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14 a 19 de JUNHO de´11 #216

Ficha

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Do refrão de Prá Ninguém, de Caetano Veloso, poderia ter saído o subtítulo desta terceira edição do Festival Silêncio. De facto, “melhor do que o silêncio” só mes-mo a programação reservada para o Cinema São Jorge e Music Box, entre 15 e 25 de Junho. Concertos, espec-táculos de spoken word, poetry slam, filmes, leituras encenadas, instalações, conferências, performances, workshops e lançamentos de livros e audiolivros con-tribuem para que, por estes dias, Lisboa se torne a “ca-pital da palavra”. Um festival feito à medida das novas tendências artísticas em torno da palavra dita e do seu cruzamento com outras artes, com o aliciante do Si-lêncio dar voz a alguns dos mais singulares artistas e escritores contemporâneos.

MELHOR DO QUE O SILÊNCIO

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Não é certamente pelo FMI ter já os dois pés dentro deste nosso rectân-gulo atlântico, que o Festival Silêncio 2011 parece encontrar no labéu da “intervenção”, através da palavra na poesia, na literatura ou na mú-sica, uma constante agitadora dos silêncios. Esse é o desafio assumido para lá das circunstâncias por um festival que se anima na palavra dita

e no trilhar do caminho paralelo que esta faz com outras formas de manifestação criativa e artística. Independentemente disso, a programação desta edição é protago-nizada por nomes que entendem o quanto a palavra é capaz de agitar.

Para começar, a um homem de palavra (s) que dispensa apresentações, José Mário Branco, foi colocado o desafio de conceber um espectáculo sobre a força da palavra conjugada na cadência dos silêncios, esses predicados inconfundíveis da canção poé-tica. O resultado só poderia ser mesmo Música de Palavra (s), uma incursão no mundo filial da palavra cantada, composto pela música e pela poesia. No palco do Cinema São Jorge, a 15 de Junho, ao lado de José Mário Branco, vão estar Camané, na voz, e os músicos Carlos Bica, José Peixoto e Filipe Raposo.

Poético, interventivo, subversivo. Estes três adjectivos não chegam para caracterizar

aquele que alguns consideram o pai da Dub Poetry. Linton Kwesi Johnson é um dos mais fulgurantes poetas contemporâneos, um agitador de almas que, na juventude, passou pela militância activa no movimento Black Panthers e que nos anos 80 do século passado vociferou contra Margaret Thatcher e nunca se cansou de denunciar a violência policial e racial das polícias nos estados demo-liberais. Com jovens poetas contemporâneos a seu lado, a poesia de intervenção triunfa num recital, a 22 de Ju-nho, também no São Jorge.

Mas o sentido global da “intervenção” pelo poder da palavra estende-se por todo este Festival Silêncio. Surge no seu cruzamento com a música e a imagem através de Lee Ranaldo, voz e guitarra dos Sonic Youth (Music Box, 19 de Junho, 22h). Surge no lançamento de uma nova obra da sempre estimulante e inigualável Pattie Smith, que vai ter direito a um showcase com Carla Bolito, Inês Jacques e Luís Valentim (Cinema São Jorge, 24 de Junho, 18h). Ou surge nas Moradas do Silêncio, um espectáculo úni-co que reúne Sérgio Godinho, JP Simões, João Peste, Rui Reinhinho, Noiserv e Flak, entre outros, em torno de Al Berto, um poeta de palavras que tanta falta fazem ao mundo (Cinema São Jorge, 25 de Junho).Frederico Bernardino

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Festival Silêncio

Cinema São Jorge | Music Box

15 a 25 de Junho

www.festivalsilencio.com

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página 5eentrevista

Como nasceu a ideia de fazer em Lisboa um festival com estas características?O Festival Silêncio nasceu em 2009 do desejo de quatro entidades – a 101 Noites, o Mu-sic Box, o Goethe-Institut e o Instituto Franco-Português – no sentido de dar voz a uma série de movimentos em torno da palavra dita. Por outro lado, foi também uma resposta à necessidade de haver na cidade um festival literário, até porque a ideia remonta a uma série de iniciativas que desenvolvemos em torno do livro e dos audiolivros, um ano antes da primeira edição.

Esta terceira edição surge inserida nas Festa de Lisboa. Pensa que isso representa tam-bém o incremento de novos públicos para o festival?Penso que o facto de termos uma programação muito ambiciosa torna o festival ainda mais transversal do que em edições anteriores. Temos espectáculos para todos os tipos de público, nomeadamente o Palavras do Fado, com a Cuca Roseta, a Raquel Tavares ou o Ricardo Ribeiro, ou o Dois Violões, do brasileiro Arnaldo Antunes, que muitos conhe-cem dos Titãs e dos Tribalistas. Ou seja, pretendemos dessacralizar a literatura, trazendo a poesia para os palcos, tirando-a das gavetas, como fazemos nos concursos de poetry slam. Para além disso, desafiamos os artistas a conceber espectáculos especialmente para o festival, como o do José Mário Branco e a homenagem ao Al Berto.

As crianças também não foram esquecidas…Sim, este ano temos uma programação especial para crianças. A começar, ao fim-de-se-mana, no Cinema São Jorge, há workshops de poetry slam para os mais novos e o Trava ou Destrava Linguas, da Carla Bolito e da Anabela Brigida, que junta a um espectáculo um ateliê para exercitar a oralidade e a dicção de crianças entre os 6 e os 11 anos.

O Cinema São Jorge, que pela primeira vez acolhe o festival, permite também essa diversidade de públicos?O São Jorge é fundamental. Para além dos espectáculos, queremos que aquelas salas se transformem num ponto de encontro de escritores, artistas, leitores e público em geral. A sala 3, por exemplo, vai ser um espaço especial para esses “cruzamentos”, mas tam-bém para o cinema que, pela primeira vez, chega ao Festival Silêncio, com o Concurso Internacional de Poetry Film (Filmagens) e uma mostra, Best of Zebra, com o melhor que se apresentou no Festival de Cinema de Poesia Zebra, de Berlim. FB

SANDRA SILVAEM NOME DO SILÊNCIOCom Alexandre Cortez e Gonçalo Riscado, Sandra Silva é co-directora do Festival Silêncio. A Lisboa Cultural foi encontrá-la na editora que dirige, a 101 Noites, para saber mais sobre o maior evento trans-disciplinar de spoken word realizado em Portugal.

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Precisamente um ano após a sua morte, a 18 de Junho, junto à Casa dos Bi-cos, futura sede da fundação com o seu nome, “frente ao lugar que iria ser o seu escritório e que não chegou a ver terminado”, passam a estar deposi-tadas as cinzas de José Saramago. Nas palavras de Pilar del Río, presidente da fundação, “haverá uma oliveira de Azinhaga, a terra natal de Saramago,

uma pedra em que se lerá o epitáfio que Saramago escreveu para Baltasar no Memorial do Convento: «Mas não subiu para as estrelas se à terra pertencia» e um banco, para que as pessoas possam sentar-se, ver passar os barcos que Saramago não verá, sentir a sua presença, ler umas páginas, talvez um poema, e saber que nem tudo está perdido”.

Um dia antes, nos Paços do Concelho, vão ser apresentados os livros Palavras para José Saramago, uma compilação de textos publicados nos jornais do mundo inteiro no dia da morte do escritor; O Silêncio da Água, fragmento de As Pequenas Memórias, que deu origem a um livro para crianças, com ilustrações de Manuel Estrada; e A Última Entrevis-ta de José Saramago, de José Rodrigues dos Santos, o registo em livro da conversa do autor com o escritor, oito meses antes da sua morte.

O filme de Miguel Gonçalves Mendes, José e Pilar, será exibido dia 18, em simultâneo no canal de televisão SIC e na Cinemateca Portuguesa. A exibição do documentário na sala da Barata Salgueiro coincide com o lançamento oficial do DVD e banda sonora original, e conta com a presença do realizador e de Pilar del Río.

Numa iniciativa do Ministério da Cultura, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 19, o Centro Cultural de Belém recebe um concerto em memória do Prémio Nobel da Literatura português. A peça As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, de Joseph Heydn, surge acompanhada pel` As Sete Palavras do Homem, conjunto de textos que José Saramago escreveu a convite de Jordi Savall. Neste espectáculo, com concepção de cena de Teresa Villaverde, o maestro Moritze Gnann dirige a Orquestra Sinfónica Por-tuguesa, e cumpre-se um dos sonhos de Saramago: ver interpretada em Lisboa, cidade do seu “eterno retorno”, a música de Haydn e As Sete Palavras que escreveu para ela.Frederico Bernardino

SARAMAGO, UM ANO DEPOIS

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Dezenas de concertos de vários estilos musicais e de entrada livre num só dia. Faz Música Lisboa é uma iniciativa integrada no maior evento internacional de música ao vivo, a Fête de la Musique, e ao longo do dia 18 de Junho chega a Lisboa para trazer a

música ao vivo ao eixo compreendido entre o Largo da Estrela e o Chiado. Assim, das 17 às 24 horas, espaços como os jardins da Estrela, das Amoreiras, do Príncipe Real e o Miradouro de S. Pedro de Alcântara servem de palco a mais de 30 actuações que vão do blues ao jazz, passando pelo fado, indie, rock, folk, pop ou punk.

Feita à medida de todos os públicos, esta iniciativa reserva para o Jardim da Estrela a música do Brasil e América Latina, com os Ras-pa de Tacho ou Tião Adua. No Jardim das Amoreiras, reina o blues ao som dos Nobody’s Bizness ou dos Messias & The Hot Tones. Para os fãs do pop, rock, punk e world music, o Miradouro de São Pedro de Alcântara vai ser animado, por exemplo, pelos Voodoo Marmalade ou os Capitães da Areia.Sara Ferreira

EM LISbOA fAz-SE MúSICA

Lisboa 2011 –A Maior Exposição

Fotográfica do Mundo

Vários locais

Até 30 de Junho

mmúsica

Faz Música Lisboa

18 de Junho17h-24h

Vários locais

Entrada livre

www.facebook.com

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página 8 tteatro

COMPRAS COM ARtE O que tem Napoleão a ver com as conser-

vas? Qual o segredo do café português? O que está escrito num copo de leite? A que cheiram os livros? Qual o chapéu que lhe assenta que nem uma luva? Qual a

jóia que conta a história de Lisboa? A resposta a estas e muitas outras questões pode ser encontrada em 17 lojas antigas da Baixa lisboeta. A edição deste ano do Teatro das Compras repõe peças já anteriormente apresentadas, encerrando assim um trabalho desenvolvido ao longo de três anos, que culmina com ”histórias que ligam o passa-do e o presente contando os últimos 100 anos de vida da Baixa Pombalina, que é também a história da cidade de Lisboa, espreitada e vivida através de várias montras”.

De 15 a 25 de Junho, durante a semana e ao sábado, de manhã, só tem de entrar em lojas como a Casa Macário, a Conserveira de Lisboa, a leitaria A Camponeza ou a livra-ria Rodrigues, entre outras, e descobrir como um espaço histórico se pode transformar nos diferentes mundos que nele habitam, mudando apenas a história e o seu intérpre-te. Sob direcção artística de Giacomo Scalisi, criadores e intérpretes como Ainhoa Vidal, Catarina Requeijo ou Joa-quim Horta, dão vida a princesas, chefs, alfaiates ou a um cientista corcunda. Tudo isto, e muito mais, em lojas com histórias e memórias que se transformam em teatros de portas abertas, ansiosos por revelar os seus segredos. Sara Ferreira

Teatro das Compras

15 a 25 de Junho

Dias úteis: 13h-14h30| 17h30-19hSábados: 11h30-13h

Entrada livre

www.festasdelisboa.com

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De 17 a 19 de Junho, Marvila tem um outro sabor. Um sabor a tradição e cultura, com muita ani-mação à mistura. Na sua 3.ª edição, o festival gastronómico Marvila dos Sabores, a realizar-se junto ao Instituto Superior de Engenharia de

Lisboa (ISEL), constitui-se como uma oportunidade única para degustar produtos regionais em dezenas de tasquinhas de vá-rias regiões do país, adquirir artesanato ou assistir a concertos e actuações de ranchos folclóricos.

Este ano, uma das novidades é a tenda central da Junta de Fre-guesia de Marvila, responsável pela organização da iniciativa. Dedicado ao programa Marvila Empreendedora, lançado no âmbito do Fórum Empresarial de Marvila, este espaço preten-de promover o enraizamento de uma cultura empreendedora e inovadora junto da população da freguesia.

Do programa destaca-se ainda Há música em Marvila, um pro-jecto inovador que envolve músicos da freguesia e nomes re-conhecidos no mundo da música, como Sam the Kid, que actua a 18 de Junho. Ao longo dos três dias participam ainda grupos como a Tuna do ISEL, o Grupo de Cavaquinhos da Casa do Con-celho de Arcos de Valdevez ou o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.Sara Ferreira

SAbOR A MARVILA

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ar livre

Marvila dos Sabores

Rua Emídio de Navarro(junto da RTP)

17 a 19 de Junho

Entrada livre

www.festasdelisboa.com

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ANDAR EM fEStA

Micro BailesOs mais populares bailes móveis do mundo só po-deriam mesmo acontecer por entre os largos e as ruas de Lisboa. Do Beco do Jasmim à Rua da Mouraria17 de Junho |19h30 às 21h30

Vozes de Parar o TrânsitoUma performance do Coro Paradoxal que funde música com movimento, num desenho sonoro e espacial, que se desenvolve em diferentes locais da Baixa: Largo do Chiado, Largo do São Carlos, Pá-tio Siza Vieira e Largo do Carmo.15, 22 e 29 de Junho | 21h30

OmnibusEm Escrita à Mão, uma peça de teatro é apresen-tada em autocarros sob o tema do imediatismo da comunicação. Encenação de Martín Joab.Até 15 de JunhoCarreira 44 – Cais do Sodré / Moscavide (14 Junho; 16h)

Carreira 44 – Estação do Oriente / Cais do Sodré (14 Junho; 19h)Carreira 718 – Amoreiras / Beato (15 Junho; 19h)

Teatro a MetroO Metro de Lisboa é palco de um espectáculo de teatro onde um grupo de turistas percorre vários locais da cidade guiado por um exótico guia.Até 22 de JunhoLinha Verde: Cais do Sodré / Telheiras (16 Junho; 16h)Linha Verde: Telheiras / Cais do Sodré (16 Junho; 19h)Linha Azul: Baixa-Chiado / Amadora-Este (17 Ju-nho; 16h)Linha Azul: Pontinha / Santa Apolónia (17 Junho; 19h)Linha Verde: Cais do Sodré / Campo Grande (18 Ju-nho; 16h)Linha Verde: Campo Grande / Cais do Sodré (18 Ju-nho; 19h)Linha Verde: Telheiras / Cais do Sodré (19 Junho; 16h)Linha Verde: Cais do Sodré / Telheiras (19 Junho; 19h)

ARtES DO ESPECtÁCULO

Real Combo LisbonenseUm baile com os Real Combo Lisbonense e convi-dados muito especiais: Rui Veloso, Simone de Oli-vieira e You Can´t Win, Charlie BrownVoz do Operário16 de Junho | 22h

Bica AttackUma noite de “ataque” cultural e artístico ao bair-ro da Bica, com uma invasão de teatro, dança, ci-nema e exposições.18 de Junho

fEStA DO fADO

António ZambujoCastelo de São Jorge17 de Junho | 22h

Ana Sofia Varela & Pedro JóiaCastelo de S. Jorge18 de Junho | 22h

Filipa Cardoso Esplanada do Museu do Fado19 de Junho | 19h

ARRAIAIS

Arraiais PopularesVários locaisAté 30 de Junho

Arraial Latino-AmericanoLargo Dr. José Figueiredo18 e 19 de Junho | a partir das 11h

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Programação integral em www.festasdelisboa.com

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A marcha do Alto do Pina venceu as Marchas Populares de Lisboa com 152 pontos, seguida de Alfama (150) e da Madragoa (143). Nas classificações por categoria, a marcha do Alto do Pina venceu ainda nas categorias de melhor desfile na Avenida da Liberdade e o melhor figurino, com as marchas de Alfama e da Mouraria. A marcha do Beato venceu a melhor coreografia, enquanto Alfama e Castelo tiveram a melhor cenografia. A melhor letra foi para a marcha do Bairro Alto. Destaque ainda para a Bica que venceu na categoria de melhor composição original e, juntamente com a marcha da Madragoa, na de melhor musicalidade.

Improvisos seleccionado para o FESTLIP Brasil 2011

Curtas portuguesas no top de vendas da FNAC

Património Cultural Imaterial com portal on-line

Alto do Pina vence Marchas Populares de Lisboa

O espectáculo Improvisos foi seleccionado para participar na quarta edição do FESTLIP Brasil 2011, que vai decorrer de 20 a 31 de Julho, no Rio de Janeiro. O Festival do Teatro da Língua Portuguesa reúne este ano 12 participantes oriundos de cinco países que têm o portu-guês como língua oficial (Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Brasil). Improvisos é um dos espectáculos de teatro de improviso apresentados, semanalmente, pela associação cultural Mundo Improviso, na Casa da Comédia – o outro é Os Improváveis.

O DVD 10 curtas metragens portuguesas está há cinco semanas consecutivas no top nacional de vendas das lojas Fnac. Com o preço de €4, este DVD, com uma edição limitada de 3.000 exemplares, reúne sete filmes de produção nacional seleccionados pelo IndieLisboa e os três vencedores do Prémio Novo Talento Fnac, até à edição de 2010. As receitas da venda revertem integralmente para um fundo de apoio à produção de um filme português, cuja gestão fica a cargo do IndieLisboa.

Chama-se MatrizPCI, e é o novo portal on-line do Instituto dos Museus e Conservação (IMC) dedicado ao património cultural imaterial nacional. Segundo Paulo Ferreira Costa, director do Departamento do Património Imaterial do IMC, “trata-se de um novo portal onde as entidades detentoras de manifestações do património cultural imaterial podem aceder e introduzir informações, de forma a serem inventariadas”. A criação deste instrumento representa o cumprimento, por Portugal, da convenção da UNESCO sobre esta área.

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página 12eem agenda:::DANÇA:::

Qqywqu’ddyll’o’

Qqywqu’ddyll’o’ é um tipo de arte de Lao-coi, geralmente dançada por um homem e composta por uma mulher. A mulher segue uma partitura gramatical que cons-titui uma forma ancestral de poesia mu-sical. O homem é quase sempre um ele-mento decorativo que se limita a dançar abstracções, e a sua dança nunca deve ilustrar o poema. A língua é apenas falada através dos instrumentos, numa clara in-versão dos papéis em que a banda sonora da dança acompanha o declamar dos ins-trumentos. No Maria Matos Teatro Muni-cipal, de 15 a 18 de Junho.

:::TEATRO:::

A Festa

O Teatro do Eléctrico, em co-produção com o Teatroesfera, apresenta, no Teatro da Comuna, a peça A Festa, uma tragico-média de Spiro Scimone, com encenação de Ricardo Neves-Neves. Este espectáculo fala de uma mãe quer festejar o aniversá-rio de casamento perante a indiferença do pai e do filho, Gianni. A Festa é um retra-to de uma típica família italiana, na qual o machismo serve de motivo e espelho das tensões familiares. No âmbito das Noites no Teatro, iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa destinada a estudantes, no próximo dia 17 de Junho haverá uma sessão com comentário, gra-tuita para estudantes mediante marcação prévia através do telefone 218 170 600.

CICLOS E CONFERêNCIAS

- A Bandeira Nacional e a República Portuguesa, por Jorge de Matos | 15 de Junho | 18h | Entrada livre | Centro de Documentação do Edifício Central do Município de Lisboa | Campo Grande, 25

- Ciclo Prémios Nobel Latino-Americanos | Pablo Neruda | Com Raquel Bal-tazar e Diana Nicolau | 16 de Junho | 19h | Livraria Barata/Leya Av. de Roma, 11A

ExPOSIÇõES

- Cinema e censura em Portugal | Até 15 de Junho | Biblioteca-Museu Repú-blica e Resistência | Rua Alberto de Sousa, 10A | 21 780 27 60

- 3 de Maio: Dia Mundial da Liberdade de Imprensa | Mostra bibliográficaAté 17 de Junho | Sala do Espelho da Hemeroteca Municipal de Lisboahttp://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

- O que passou continua a mudar | Até 23 de Junho | Plataforma Revólver Rua da Boavista, 84, 3º

- Exercícios de arrefecimento | de Jorge Molder | Até 25 de Junho | Entrada livre | Centro Cultural de Belém

- SIM | Pintura e desenho de Sofia Areal | Até 26 de Junho | Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional | 21 817 01 79

- From trash to trends | Exposição comemorativa do 5.º aniversário da Tela Bags | Até 26 de Junho | MUDE – Museu do Design e da Moda www.mude.pt

- Lisboa Fadista | Exposição bibliográfica com fotos e objectos alusivos ao tema | Até 30 de Junho | Biblioteca Municipal Palácio Galveias Campo Pequeno | 21 780 30 20

- Lisboa, da Avenida Dona Amélia à Almirante Reis | Até 16 de Julho Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt

- Colecção de Sílvia Prudêncio | Até 22 de Julho | Núcleo Fotográfico do Arquivo Municipal de Lisboa

- Urban Africa – Uma viagem fotográfica por David Adjaye | Até 31 de Julho Entrada livre | Pavilhão Preto - Museu da Cidade | www.museudacidade.pt

A Festa

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:::TEATRO:::

Grupo Macunaíma de Teatro no São Luiz

Entre 17 e 19 de Junho, no São Luiz Teatro Municipal, o Centro de Pesquisa Teatral /SESC - Grupo Macunaíma apresenta Poli-carpo Quaresma, encenado por Antunes Filho, e Lamartine Babo, encenado por Emerson Danesi. O Grupo Macunaíma é uma das grandes referências do teatro brasileiro, ao qual o reputado encenador Antunes Filho está estreitamente asso-ciado. O regresso a Portugal, e a Lisboa, é uma oportunidade única para descobrir duas peças da Trilogia Carioca, iniciada com Vapt Vupt, apresentado em 2009 no Teatro Nacional de São João, no Porto. O romance Triste Fim de Policarpo Quares-ma, escrito por Lima Barreto em 1911, es-teve na origem da encenação de Antunes Filho que agora se apresenta em Lisboa. Em Lamartine Babo, que vai estar em cena no Jardim de Inverno do São Luiz, presta-se homenagem a Babo, um dos composi-tores mais influentes e representativos da música popular brasileira.

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Grupo Macunaíma

- A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat | Até 1 de Setembro | Casa Fernando Pessoa | http://mundopessoa.blogs.sapo.pt

- M&M – MNAA/MUDE Artes e Design | Museu Nacional de Arte Antiga – até 2 de Outubro | MUDE – até 4 de Setembro | www.mude.pt

- A Voz das Vítimas | Até 5 de Outubro | Antiga Cadeia do Aljube | Rua Augusto Rosa, n.º 42, à Sé

- Duarte Pacheco - Do Técnico ao Terreiro do Paço | Até 23 de Novembro | Entrada livre | Instituto Superior Técnico de Lisboa Átrio do pavilhão central | 21 841 76 22

MúSICA

- Terreiro do Fado | 18 de Junho – Sara Correia e Tânia Oleiro | 19 de Junho – Vanessa Alves e Duarte Coxo | 18h | Entrada livre Antigo refeitório do Ministério das Finanças, na ala Nascente da Praça do Comércio

- OutJazz | Até Setembro | Vários locais | Entrada livre | www.ncs.pt

TEATRO

- Sonho de Uma Noite de Verão | Encenação de António Pires | Teatro do Bairro

OUTROS EVENTOS

- Conhecer o Museu de Santo António | Visita orientada à colecção do Museu Antoniano | 19 de Junho | Entrada livre Marcações e informações: 21 751 32 14

- Mais mercado em Campo de Ourique | Aos sábados, das 9h às 15h | Mercado de Campo de Ourique | Rua Coelho da Rocha