Lista de Impermeabilização e Gesso

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA DISCIPLINA DE CONSTRUÇÃO CIVIL II – ENG 2333 LISTA DE EXERCÍCIOS N.02 REVISÃO PARA PROVA 1. Com relação ao sistema de impermeabilização, quais as formas de incidência da água? Dê exemplos. Resp.: Em relação aos sistemas impermeabilizantes, as formas de incidência da água são: percolação (chuva/lavagem de paredes, coberturas, lajes); capilaridade (umidade do solo) que atua em fundações, cortinas, piso sobre o solo etc.; pressão (uni ou bilateral), que atua em piscinas, reservatórios; e água de condensação, atuante, principalmente, em decks e locais sem ventilação onde há incidência de umidade. 2. O que deve ser considerado para escolha do sistema de impermeabilização? Resp.: Na escolha de um sistema eficiente de impermeabilização deve ser considerado o tipo de incidência da água sobre a superfície; o comportamento físico do elemento (susceptibilidade de ocorrência de fissuras e trincas, alterações dimensionais); o tipo de utilização do local; e as dimensões da área de aplicação. 3. Como são classificados os sistemas de impermeabilização? Resp.: Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados em rígidos e flexíveis. 4. Diferencie os sistemas rígidos e flexíveis. Dê exemplos. Resp.: Sistemas rígidos: são aqueles que tornam a área de aplicação impermeável pela inclusão de aditivos químicos, aliado à correta granulometria dos agregados e redução da porosidade do elemento. Por não trabalharem junto com a estrutura sua aplicação é recomendada para as partes mais estáveis da edificação (fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções e piscinas enterradas). São vendidos, principalmente, sob a forma de argamassas impermeabilizantes, cimentos poliméricos, cristalizantes e resinas epóxi. Sistemas flexíveis: consiste em um conjunto de materiais aplicáveis nas partes construtivas mais sujeitas à fissuração formando uma membrana protetora que se adapta às movimentações a que estão sujeitas, os quais podem ser divididos em: moldados no local (membranas) e pré-fabricados (mantas). Os materiais utilizados nesse sistema são, geralmente, compostos por elastômeros e polímeros. Os sistemas pré-fabricados (manta asfáltica, por exemplo) possuem espessuras definidas e controladas, podendo ser aplicadas em camada única. As mantas (moldadas no local) podem ser aplicadas a quente (asfaltos em bloco) ou a frio (emulsões e soluções) e possuem espessuras variadas, sendo exigida a aplicação em camadas superpostas com um tipo de secagem diferente para cada produto. É, normalmente, empregado em reservatórios de água superior, varandas, terraços e coberturas, lajes, piscinas suspensas e espelhos d’água, pisos frios (banheiros, cozinhas) etc. 5. Quais áreas devem ser impermeabilizadas? Resp.: Telhados e coberturas; terraços e áreas descobertas; calhas de escoamento de águas pluviais; caixas d’água, piscinas e tubulações industriais; pisos molhados (banheiros, cozinhas e áreas de

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CONSTRUÇÃO CIVIL - IMPERMEABILIZAÇÃO E GESSO (EXERCÍCIOS)

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  • PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS ESCOLA DE ENGENHARIA

    DISCIPLINA DE CONSTRUO CIVIL II ENG 2333

    LISTA DE EXERCCIOS N.02 REVISO PARA PROVA

    1. Com relao ao sistema de impermeabilizao, quais as formas de incidncia da gua?

    D exemplos.

    Resp.: Em relao aos sistemas impermeabilizantes, as formas de incidncia da gua so: percolao

    (chuva/lavagem de paredes, coberturas, lajes); capilaridade (umidade do solo) que atua em fundaes,

    cortinas, piso sobre o solo etc.; presso (uni ou bilateral), que atua em piscinas, reservatrios; e gua de

    condensao, atuante, principalmente, em decks e locais sem ventilao onde h incidncia de umidade.

    2. O que deve ser considerado para escolha do sistema de impermeabilizao?

    Resp.: Na escolha de um sistema eficiente de impermeabilizao deve ser considerado o tipo de

    incidncia da gua sobre a superfcie; o comportamento fsico do elemento (susceptibilidade de

    ocorrncia de fissuras e trincas, alteraes dimensionais); o tipo de utilizao do local; e as dimenses

    da rea de aplicao.

    3. Como so classificados os sistemas de impermeabilizao?

    Resp.: Os sistemas de impermeabilizao podem ser classificados em rgidos e flexveis.

    4. Diferencie os sistemas rgidos e flexveis. D exemplos.

    Resp.: Sistemas rgidos: so aqueles que tornam a rea de aplicao impermevel pela incluso de

    aditivos qumicos, aliado correta granulometria dos agregados e reduo da porosidade do elemento.

    Por no trabalharem junto com a estrutura sua aplicao recomendada para as partes mais estveis

    da edificao (fundaes, pisos internos em contato com o solo, contenes e piscinas enterradas). So

    vendidos, principalmente, sob a forma de argamassas impermeabilizantes, cimentos polimricos,

    cristalizantes e resinas epxi.

    Sistemas flexveis: consiste em um conjunto de materiais aplicveis nas partes construtivas mais

    sujeitas fissurao formando uma membrana protetora que se adapta s movimentaes a que esto

    sujeitas, os quais podem ser divididos em: moldados no local (membranas) e pr-fabricados (mantas).

    Os materiais utilizados nesse sistema so, geralmente, compostos por elastmeros e polmeros. Os

    sistemas pr-fabricados (manta asfltica, por exemplo) possuem espessuras definidas e controladas,

    podendo ser aplicadas em camada nica. As mantas (moldadas no local) podem ser aplicadas a quente

    (asfaltos em bloco) ou a frio (emulses e solues) e possuem espessuras variadas, sendo exigida a

    aplicao em camadas superpostas com um tipo de secagem diferente para cada produto. ,

    normalmente, empregado em reservatrios de gua superior, varandas, terraos e coberturas, lajes,

    piscinas suspensas e espelhos dgua, pisos frios (banheiros, cozinhas) etc.

    5. Quais reas devem ser impermeabilizadas?

    Resp.: Telhados e coberturas; terraos e reas descobertas; calhas de escoamento de guas pluviais;

    caixas dgua, piscinas e tubulaes industriais; pisos molhados (banheiros, cozinhas e reas de

  • servio); paredes a gua escorre e recebem chuva de vento (percolao); esquadrias e peitoris de

    janelas etc.

    6. Como deve ser aplicada a manta asfltica?

    Resp.: APLICAO COM ASFALTO OXIDADO: primeiramente, deve-se pintar a superfcie a ser

    impermeabilizada com a soluo asfltica, cuja funo ser proporcionar a aderncia do asfalto

    oxidado laje. Aps a cura da soluo asfltica espalhar o asfalto oxidado aquecido, com esfrego,

    simultaneamente ao desenrolar da manta sobre o mesmo. Nesse caso, as extremidades das mantas

    devero ser coladas umas s outras em 10 cm, com asfalto oxidado.

    APLICAO DA MANTA COM MAARICO: neste tipo de aplicao, a manta pode ficar colada ou solta

    do substrato. No primeiro caso, a soluo asfltica deve ser do tipo elastomrico. Durante a aplicao, a

    manta deve ser desenrolada ao mesmo tempo em que aquecida pelo ar quente emanado pelo

    maarico e comprimida sobre a superfcie previamente imprimada. O segundo caso, permite que a

    manta fique solta da superfcie, aderindo ao substrato apenas nas regies de rodaps, ralos e outros

    elementos que atravessam o sistema impermeabilizante. A colagem entre mantas executada mediante

    a utilizao de maarico. Em ambos os casos, aps a aplicao da manta e antes do assentamento da

    camada de proteo mecnica, deve-se testar a estanqueidade, deixando-se uma lmina de gua sobre

    a manta por um perodo mnimo de 72 horas. Comprovada a estanqueidade do sistema, aplica-se a

    camada de proteo mecnica, constituda por argamassa de cimento e areia, trao 1:5.

    7. Diferencie o sistema de impermeabilizao moldado in loco e pr-moldado. Cite suas

    vantagens e desvantagens.

    Resp.: Os sistemas moldados in loco apresentam como caractersticas principais: espessura varivel;

    aplicao em camadas superpostas; menor velocidade de aplicao e maior custo de mo de obra;

    maior dificuldade; maior facilidade de aplicao em reas com muitas interferncias. J os sistemas

    pr-fabricados possuem as seguintes caractersticas: espessura definida e controlada; aplicao,

    normalmente, em camada nica; maior velocidade de aplicao e maior rendimento de mo de obra;

    maior facilidade de controle de aplicao; maior dificuldade em reas com muitas interferncias.

    8. Como composto o sistema de impermeabilizao? Descreva cada camada.

    Resp.: Base: camada responsvel pela definio do sistema a ser utilizado em funo de suas

    caractersticas que condicionam algumas exigncias em relao a esse sistema, tais como: grau de

    fissurao, deformabilidade em funo das cargas; movimentao trmica; e geometria.

    Camada de regularizao: tem a funo de regularizar o substrato (base), proporcionando uma

    superfcie uniforme de apoio adequado camada impermevel, devendo possuir uma certa declividade

    (pelo menos 1%) quando necessrio.

    Camada impermevel: tem a funo de promover uma barreira contra a passagem de fluidos,

    principalmente a gua.

    Camada separadora: tem funo de evitar a aderncia de outros materiais sobre a camada

    impermevel.

    Proteo trmica: recomendvel em reas suscetveis ao intensiva das intempries.

  • Proteo mecnica: tem como funo absorver e dissipar esforos atuantes sobre a camada

    impermevel, de modo a proteg-la contra a ao deletria desses esforos.

    *Camada de bero: funo de apoio e proteo da camada impermevel contra agresses

    provenientes do substrato.

    9. Quais as caractersticas do revestimento em gesso?

    Resp.: Entre as principais caractersticas do revestimento em gesso esto: trata-se de um revestimento

    de carter monoltico; restrito a ambientes internos e reas secas; pequena espessura (5 a 15 mm);

    menor custo em relao a revestimentos argamassados; resulta em alta produtividade (aplicao

    rpida); leveza; excelente acabamento (recebe bem todos os tipos de pintura).

    10. Descreva o processo executivo do revestimento em gesso?

    Resp.: Primeiramente, procede-se com o preparo da base para o recebimento do revestimento de gesso,

    removendo-se rebarbas de concreto, argamassa e ferros; recobrindo-se as pontas de ferro com

    argamassa de regularizao; removendo-se o p e materiais soltos, bem como desmoldantes; e

    preenchendo-se juntas verticais entre blocos, maiores que 5 mm, com argamassa. Depois de preparada

    a base, vem a execuo do servio de revestimento que se inicia com o preparo da pasta, polvilhando-se

    o p de gesso em gua, em volume a ser consumido no prazo mximo de 40 minutos, devido rpida

    pega do gesso. A mistura deve descansar por 15 minutos, dentro desse prazo. Molha-se previamente a

    base a ser revestida e, em seguida, promove-se o espalhamento da massa com desempenadeira de PVC

    em 3 ou 4 demos cruzadas. Aps, deve ser feito o sarrafeamento da massa espalhada com rgua de

    alumnio, garantindo homogeneidade ao revestimento. Em seguida, devem ser feitos os retoques e a

    raspagem corrigindo-se os defeitos localizados de planeza do revestimento, eliminando-se desnveis

    superiores a 1 mm.

    11. Quais os cuidados devemos ter para utilizar o revestimento em gesso?

    Resp.: O revestimento externo deve estar pronto no sentido de se evitar infiltraes e perda do

    revestimento em gesso; o teto e a parede devem estar nivelados e aprumados para garantir a espessura

    de, no mximo, 15 mm; os blocos cermicos devem ter todo o seu permetro (juntas verticais e

    horizontais) recoberto por argamassa, evitando-se, assim, que fiquem espaos para passagem da gua;

    se for realizado revestimento cermico, deve ser realizada, aps secagem, proteo dos rejuntes com

    duas ou trs demos de silicone lquido.

    12. O revestimento em gesso pode ser usado em grandes espessuras? Por qu?

    Resp.: No, pois grandes espessuras prejudicam a aderncia da massa de gesso ao substrato, resultando

    em desplacamento do revestimento.

    13. Quais as vantagens e desvantagens do revestimento em gesso com relao ao

    revestimento argamassado?

    Resp.: VANTAGENS: As propriedades fsico-qumicas do gesso o permitem funcionar como isolante

    trmico e acstico, mantendo a temperatura interna isolada da externa e uma acstica otimizada; O

    tempo e servio com aplicao so bastante reduzidos, uma vez que a aplicao do gesso ocorre em

    uma nica camada, enquanto que o revestimento argamassado (cimento e areia) necessita de trs;

  • Demanda uma menor rea de estoque de material por se tratar de um nico insumo, contribuindo,

    assim, para a organizao da obra; O saco de gesso , pelo menos, trs vezes mais barato que um saco

    de cimento; Na maioria dos casos, a aplicao do gesso dispensa a camada de massa PVA, reduzindo

    consideravelmente o custo final do servio; O gesso apresenta acabamento superior em todos os

    aspectos; O gesso demanda um tempo de cura menor, apresentando endurecimento rpido, acelerando,

    assim, o servio de pintura.

    DESVANTAGENS: S pode ser aplicado em bases com boa regularidade e preciso geomtrica (prumo e

    esquadro) devido espessura da pasta de gesso que admite espessuras entre 5 e 15 mm; Apresenta

    maior fragilidade a choques; Se revestido em uma nica camada, pouco contribui para o isolamento

    acstico; Os substratos tornam-se mais suscetveis a deformaes; Pinturas a base de cimento devem ser

    evitadas; No pode ser aplicado em superfcies de argamassa ou de concreto em prazo inferior a 30 dias

    devido reatividade do gesso com o cimento portland em presena de umidade; Apresentam grande

    susceptibilidade ao bolor, principalmente em ambientes fechados e midos; Resulta em elevada gerao

    de entulhos devido ao fato dos resduos de gesso no servirem para aterro, terem reciclagem difcil e

    alto custo de remoo; Se as camadas de aplicao excederem os 7 mm a aderncia pode ficar

    deficiente, possibilitando o desplacamento do revestimento.

    14. Quais as condies para o incio do revestimento em gesso?

    Resp.: As instalaes eltricas e hidrulicas devem estar concludas e testadas; e o contrapiso deve estar

    concludo, entretanto o revestimento final de piso no deve ser executado, no sentido de se evitar danos

    decorrentes da execuo do servio.