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Culinria JudaicaHistria, tradio e identidade
Laura Krimberg
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Culinria JudaicaHistria, tradio e identidade
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Aviso
O orno deve estar pr aquecido temperatura especicada. Se estiver usando um orno no convencional, siga as
instrues do abricante para ajustar a temperatura e o tempo de cozimento.
As grelhas tambm deve ser pr aquecidas.
Este livro contm receitas preparadas com dierentes tipos de noz e seus derivados. Pessoas com histrico conhecido
de reao alrgica a qualquer tipo de noz e seus derivados, ou pessoas que estejam mais suscetveis a esse tipo de
alergia, como grvidas, nutrizes, enermos, idosos, bebs e crianas, devem evitar as receitas que contenham esses
ingredientes. recomendvel tambm consultar os rtulos dos produtos pr-preparados quanto possvel incluso
dos dierentes tipos de noz e seus derivados.
Os rgos de sade pblica em geral no recomendam o consumo de ovos crus. Este livro contm receitas eitas com
ovos crus ou ligeiramente cozidos. aconselhvel que pessoas mais vulnerveis, como grvidas, nutrizes, ener mos,
idosos, bebs e crianas pequenas, evitem esses pratos.
As carnes tambm devem ser bem cozidas. Para testar o cozimento de aves, espete um garo ou palito na parte mais
carnuda da ave - o lquido que escorrer deve ser transparente, nunca rosado ou vermelho.
Todas as receitas desse livro seguem os preceitos da Kashrut, presente no Judasmo. Nenhuma das receitas leva
carne de porco, crustceos, mistura de leite e carne ou qualquer outra proibio eita pelas leis da Kashrut. Porm
os ingredientes e a combinao das receitas vai de acordo com o leitor, se ndo assim, recomendado que leia-se osingredientes de cada receita cuidadosamente para que no ocorra alguma mistura de carne com leite.
Krimberg, Laura
Culinria Judaica / Laura Krimberg ---
Porto Alegre, RS : UniRitter, 2012
Ttulo Original: Culinria Judaica: Histria, tradio e identidade
ISBN: 978-85-204-2978-5
1. Culinria 2. Judasmo 1. Ttulo
ndices para catlogo sistemtico:
1. Gastronomia: Judasmo : Economia domstica 641.013
09-04050 CDD-641.013
Dados Internacionais da Catalogao na Publicao (CIP)
(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Edio publicada em Porto Alegre em 2012 pela UniRitter Laureate Internacional Universities para a disciplina de
Projeto Grco III do Curso de Design Grco
Proessores: Jaire Passos e Sandro Fetter
Copyright Laura Krimberg 2012
Preparao, reviso e editorao eletrnica: Laura Krimberg
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro poder ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permisso expressa da editora. proibida a reproduo por xerox.
A UniRitter pertence a Laureate Internacional Universities
Direitos autorais:
Laura Krimberg
Av. Bag 919/701
90460-080 - Porto Alegre, RS - Brasil
Fone: (51) 3328.8373
Culinria JudaicaHistria, tradio e identidade
Laura Krimberg
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SumrioIntroduo .............................................................................
Entradas.....................................................................................
Sopas .....................................................................................
Saladas ..................................................................................
Carnes, aves e peixes ...............................................................
Arroz, massas e acompanhamentos ........................................
Sobremesas...........................................................................
Pes.......................................................................................
Glossrio................................................................................
ndice.........................................................................................
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Uma tradio milenar
A religio judaica uma das mais antigas do mun-do, sendo a primeira monotesta conhecida na histria
da humanidade. Porm o judasmo vai muito alm de
suas rezas e crenas: uma cultura, uma tradio, um
povo, uma etnia, um pensamento, uma condio, um
estilo de vida. Segundo Moacir Scliar o judasmo
tambm, como se descobre ao longo de muitas vezes
penoso processo de elaborao pessoal, uma rica he -rana cultural, espiritual e emocional. Tudo isso deve-
-se a dierentes situaes do povo judeu durante sua
existncia, mas principalmente da relao de diversas
sociedades, economias, polticas e culturas com as co-
munidades judaicas entrementes os sculos.
Durante quase toda a sua existncia o povo judeu
viveu como nmade. Nos tempos antigos do Egito,
Moiss lidera o povo para a liberdade, rumo a terra do
leite e do mel, Cana (atual Israel). Centenas de anos de-
pois, quando nalmente esto estabilizados nesta terra
mtica, ela dominada por Nabucodonosor e seu exr-
cito, exilando os judeus na Babilnia, a chamada Galut
Bavel (Exlio da Babilnia) ou 1 Dispora, onde vrios
j no voltariam para Israel sentindo-se satiseitos onde
se encontravam. A vida na Babilnia era autnoma
pois a comunidade judaica que l vivia ultrapassava
as condies da vida na palestina no mbito de orga-
nizao religiosa. Saltando alguns anos na histria do
judasmo, temos a destruio de Jerusalm pelas tropas
romanas, na poca de ascenso do cristianismo, azen-
do com que o povo judeu se dispersasse pela Europae pela rica, surgindo a mais importante disperso do
judasmo, a 2 Dispora. Atualmente todos os judeus
que moram ora de Israel so chamados de judeus que
vivem na Gol (dispora) todos os judeus que moram.
Enquanto o cristianismo nascia, os judeus j esta-
vam estabelecidos em quase todos os pases do mundo
civilizado. A partir desse momento o judasmo toma
praticamente a orma que tem nos dias de
a dissipao do povo judeu surgem novas i
providas de um sentimento de pertinncia
de mas ao mesmo tempo de isolamento da
dos pases para onde imigraram. Surgia ent
ma da identidade e da assimilao pois em
existia uma cultura, um idioma e uma culin
to que ora delas tudo isto era dierente.Abdicar do judasmo muito dicil para
mesmo que este seja agnstico, as queste
de sentimento de pertinncia so mais ort
prio pai da psicanlise, o judeu Sigmund Fr
era ateu, armava que sempre pareceu-lhe
indigno renegar seu lado judeu pois uma
impossvel de ser expressada em palavras p
Nesse contexto de viagens e vivncias, o
ziam de tudo para no perder suas principa
e sua identidade seja criando novas lnguas
tas. Na Europa Oriental, a partir do sculo X
o dish, uma mistura do hebraico e do alem
pelos Ashkenazim (do hebraico, alemes)
viviam no centro e no oeste da Europa qu
que surja uma nova identidade. Esses judeu
em guetos isolados da sociedade por livre a
acreditavam que se a comunidade se abriss
res iriam ser modicados. Em uma poca em
ja tinha a palavra nal para tudo, a comuni
pagava taxas exorbitantes por no poder tr
sbados (Shabat, o dia do descanso) como Eban:havia outras razes para a ausncia g
deus no solo. Acontece que os judeus no t
no sbado, e essa interrupo orada de tr
dias por semana resultava, com requncia
danos para a colheitapalavra nal.
Em Portugal e na Espanha a lei judaica
da mesma maneira, porm, outra identidad
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
emergir. A lngua criada chamava-se Ladino, a juno
do hebraico com o espanhol, alada pelos Searadim
(do hebraico, espanhis) judeus que viviam na Espa-
nha, Portugal e nos pases a beira do Mar Mediterrneo.
Estas comunidades eram ainda mais conservadoras,
pobres e restritas do que as da Europa Oriental, onde
existiam muitos estudiosos, escritores e lsoos.
Porm, no sculo XVIII, surge a Haskal (Iluminismo
Judaico) pregada por Moiss Mendelsshon, um judeu
alemo. Sua principal crena era que os judeus no po-
deriam permanecer no gueto sico e espiritual mas sim,
que deveriam abrir as portas para a sociedade euro-
peia. Este oi o precursor da modernizao do judasmo,
traduzindo a Tor (Velho Testamento) do hebraico para
o alemo. Este oi o precursor da modernizao.
O Iluminismo se espalha pelo continente europeu eaos poucos, os judeus vo se assimilando aos costumes
e espritos nacionalistas. O judeu moderno deixa o gue-
to e apresenta ambas i dentidades: judaica e nacional.
A rase mais clebre de Mendelsshon era Ser judeu
em casa e alemo nas ruas que se enquadrava muito
bem em uma comunidade conservadora que precisava
conviver com culturas e valores alheios, alm da alta
de identidade nacional. A partir desse momento e at
os dias de hoje surgiu um ator crucial que az com que
uma casa comum se torne uma casa judaica: a comida.
Talvez uma das maiores heranas do povo judeu
sejam as receitas judaicas. Lembramos de uma bisav
que contava suas histrias quando morava em Portugal
ou de como era eito o Seder de Pessach (cerimnia
da pscoa judaica na qual toda a amlia az as rezas a
partir de um prato com alimentos especcos) quando
os tempos eram diceis na Polnia. A comida judaica
carrega toda uma simbologia de volta ao passado, a
histria da amlia e do judasmo. como Moacyr Scliar
descreve Um livro de culinria judaica mais que uma
coleo de receitas tpicas e saborosas. uma viagemsentimental a um passado rico de emoes.
Os ashkenazim tinham o costume de comer peixe
recheado (guelte sch), pescoo de galinha recheado
(helzel), sopa com massa (locshen). A realidade que
essas receitas s apresentavam um enriquecimento da
comida de pobre por meio das mes judias da comida
de pobre por meio das mes judias tinham o costume.
J os judeus searadim moravam em climas mais
amenos e muitos desses at mesmo em lugares desrti-
cos do Oriente Mdio, apresentando outros tipos de in-
gredientes e receitas. Se dierenciam em trs estilos os
searadim: os ibricos (Portugal e Espanha), os do norte
aricano (Marrocos, Tunsia, Arglia e Lbia) e os judeus-
-rabes (Sria, Lbano, Ir e Iraque). A principal caracte-
rstica da cozinha searadi portanto, a diversidade.
A maioria dos pratos trazem elementos mais leves
do que os da cozinha ashkenazi, pois nessas localidades
citadas acima no se apresentava um rio to intenso
quanto na Europa Oriental. Em sua maioria apresentam
pratos aromticos e coloridos, com muitos tipos de
temperos e muitas vezes rutas, com misturas agrido-
ces. Por exemplo, no Brit-Mil (cerimnia de nascimen-
to) era de costume que a reeio osse composta porgalinha, arroz e mel e que os convidados levassem as
atias de nascimento, as Torrijas , de presente para a
me na Espanha que a reeio osse composta.
Depois do perodo da Inquisio e do Holocausto
temos a imigrao em massa para as Amricas e Israel,
mas isso az que a comida seja um ator mais impor-
tante ainda devido a distncia temporal e geogrca
do passado do povo. Atualmente, as amlias judaicas
quando celebram as estas do calendrio hebreu (calen-
drio lunar) costumam comer dessas receitas. Claro que
algumas celebraes apresentam seus pratos espec-
cos, porm, existem comidas tpicas judaicas que esto
presentes em qualquer cerimnia, como o guelte sch
(peixe recheado) comidas tpicas.
A religio judaica uma das mais antigas do mundo,
sendo a primeira monotesta conhecida na histria da
humanidade. Porm o judasmo vai muito alm de suas
rezas e crenas: uma cultura, uma tradio, um povo,
uma etnia, um pensamento, uma condio, um estilo
de vida. Segundo Moacir Scliar o judasmo tambm,
como se descobre ao longo de muitas vezes penosoprocesso de elaborao pessoal, uma rica herana cul-
tural, espiritual e emocional. Tudo isso deve-se a die-
rentes situaes do povo judeu durante sua existncia,
mas principalmente da relao de diversas sociedades,
economias, polticas e culturas com as comunidades
judaicas entrementes os sculos.economias, polticas e
culturas com as comunidades judaicas entrementes.
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Como oi apresentado anteriormente, a culinria
judaica se divide em dois tipos:Ashkenazi e Searadi.
Sendo assim, este livro rene receitas de ambas as cul-
turas, porm sem distino entre captulos destas.
Para que o uso se torne ainda mais cil para voc,
leitor, oi criado um sistema muito simples para distin-
guir as receitas. Preste ateno!
Primeiramente, os captulos esto separados por
cores, sendo assim, quando estiver olheando voc
poder ver acilmente em qual parte do livro est.
Tambm, a cada receita voc poder perceber que
existe uma pequena bolinha da cor do captulo. Este
pictograma poder incluir dentro dele um Apara
identicar receitas Ashkenazim ou um Spara identi-
car receitas Searadim. Quando no apresentada esta
sinalizao signica que a receita pertence a ambasculturas (como o caso da Chal e da Oznei Haman).
As imagens que so apresentadas ao longo do livro
servem como auxlio para a realizao das receitas.
Estas apresentam um passo-a-passo indicando o que se
deve azer em certa parte da receita.
Alm disso, o livro conta com dicas imperdveis em
algumas receitas, que valem uma olhadinha! Estas dicas
oram passadas de gerao em gerao.
Como oi apresentado anteriormente, a culinria
judaica se divide em dois tipos:Ashkenazi e Searadi.
Sendo assim, este livro rene receitas de ambas as cul-
turas, porm sem distino entre captulos destas.
Para que o uso se torne ainda mais cil para voc,
leitor, oi criado um sistema muito simples para distin-
guir as receitas. Preste ateno!
Primeiramente, os captulos esto separados por
cores, sendo assim, quando estiver olheando voc
poder ver acilmente em qual parte do livro est.
Tambm, a cada receita voc poder perceber que
existe uma pequena bolinha da cor do captulo. Este
pictograma poder incluir dentro dele um Aparaidenticar receitas Ashkenazim ou um Spara identi-
car receitas Searadim. Quando no apresentada esta
sinalizao signica que a receita pertence a ambas
culturas (como o caso da Chal e da Oznei Haman).
As imagens que so apresentadas ao longo do livro
servem como auxlio para a realizao das receitas.
Estas apresentam um passo-a-passo indicando o que se
deve azer em certa parte da receita.
Alm disso, o livro conta com dicas imp
algumas receitas, que valem uma olhadinh
oram passadas de gerao em gerao.
Como oi apresentado anteriormente, a
judaica se divide em dois tipos:Ashkenazi e
Sendo assim, este livro rene receitas de am
turas, porm sem distino entre captulos
Para que o uso se torne ainda mais cil
leitor, oi criado um sistema muito simples
guir as receitas. Preste ateno!
Primeiramente, os captulos esto separ
cores, sendo assim, quando estiver olhean
poder ver acilmente em qual parte do livr
Tambm, a cada receita voc poder pe
existe uma pequena bolinha da cor do cappictograma poder incluir dentro dele um
identicar receitas Ashkenazim ou um Sp
car receitas Searadim. Quando no apres
sinalizao signica que a receita pertence
Para que o uso se torne ainda mais cil
leitor, oi criado um sistema muito simples
guir as receitas. Preste ateno!
Primeiramente, os captulos esto separ
cores, sendo assim, quando estiver olhean
poder ver acilmente em qual parte do livr
culturas (como o caso da Chal e da O
As imagens que so apresentadas ao lo
servem como auxlio para a realizao das r
Estas apresentam um passo-a-passo indica
deve azer em certa parte da receita.
Alm disso, o livro conta com dicas imp
algumas receitas, que valem uma olhadinh
oram passadas de gerao em gerao.
Como oi apresentado anteriormente, a
judaica se divide em dois tipos:Ashkenazi e
Sendo assim, este livro rene receitas de amturas, porm sem distino entre captulos
Para que o uso se torne ainda mais cil
leitor, oi criado um sistema muito simples
guir as receitas. Preste ateno!
Algumas receitas so mais diceis que a
sempre, porm, somente tentando que con
realiz-las. Boa leitura e mos na massa!
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
A comunidade ashkenazivivia no clima rio de uma
Europa pobre e com escassez de alimentos. O porco era
a carne mais barata mas segundo as Leis da Kashrut(leis
judaicas de alimentao) os judeus estavam restritos
este tipo de alimento por nalidades higinicas e tam-
bm por questo religiosa: animal que no apresenta
cascos e no rumina mas segundo as Leis da Kashrut.
Segundo a Tor a comida que no kasherprejudica
a sensibilidade espiritual de conexo com as mitzvt
(conjunto de 613 deveres de um judeu segundo a Tor)
e o estudo da prpria Tor. Por isso, de acordo com o
captulo Levtico, os animais que podem ser consumi-
dos so todos os que tem cascos endidos e que rumi-nam, ou seja, vacas, carneiros, bodes e cervos. Tambm
permitido comer aves como o rango, peru, ganso,
aiso e pato. Alm dessas regras tambm existe para os
peixes e crustceos, que determina que pode-se comer
todos os peixes que possuem barbatanas e escamas e
que nenhum crustceo kasher.
A Kashruttambm no permite que se misture leite
com carne, dividindo a comida kasherem trs segmen-
tos: carne, leite e parve (que no possui nem carne, nem
leite). Esta segmentao (esquematizada nas eseras
ao lado) deve-se pela proibio de comer carne com
sangue pois signica a onte espiritual da guevur (do
hebraico, severidade) e o homem no possui a ora es-
piritual suciente para elev-lo. A partir desta premissa,
no mistura-se o leite com a carne porque no se pode
cozinhar um cabrito no leite de sua me pois o sangue
desta alimenta o eto quando est na gestao porm
ao mesmo tempo outra parte dele transorma-se em
leite. Ou seja, no momento em que misturam-se a carne
com o leite volta-se a composio sangunea espiritual
de severidade. Em consequncia disto, a dish-mama(me judia) teve que inventar novas opes se pode
cozinhar um cabrito.
Na maioria das estas judaicas tudo acaba em comi-
da, muitas vezes por simbologias e metoras. Passa-
ram-se anos desde a criao destas receitas e para estas
no se perderem comeou-se a anotar nos cadernos de
casa ou em olhas soltas para passar de me para lha.
As leis da KashrutCada amlia tem seu prprio jeito de preparao das
comidas, seu toque especial, porm com a disperso do
povo (muitas vezes em ugas) muita coisa oi deixada
para trs. E a que comeam a surgir os li vros de culi-
nria judaica. E a que comeam a surgir os livros.
No Shabat(do anoitecer de sexta at o anoitecer de
sbado) - simbologia do 7o dia da criao do mundo,
quando Deus descansou o homem descansa aps
a cerimnia na sinagoga junto a um jantar estivo
normalmente com a amlia. Logo, percebe-se que a
culinria judaica com suas metoras esta presente em
todas as estas judaicas de alguma maneira juntamente
com o tradicionalismo ashkenazie searadi.Depois do Iom Kipur, o Shabato mais sagrado dos
dias santicados judaicos. Inicia-se um pouco antes do
anoitecer de sexta eira, hora em que a mulher acen-
de as velas, dizendo a brach neirot(do hebraico, reza
das velas). A casa, a mesa e as comidas j devem ter
sido previamente preparadas. Na mesa, coloca-se uma
toalha branca, os dois castiais com as velas, a loua
e, opcionalmente, fores. No lugar do chee da amlia,
pe-se o clice com vinho para o Kidush (do hebraico,
reza do vinho), a chal (po tranado), coberta por um
bonito pano bordado e o sal.
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
As estas judaicas
Shabat, o dia do descanso
Purim, a esta das mscaras
Na maioria das estas judaicas tudo acaba em comi-
da, muitas vezes por simbologias e metoras. Passa-
ram-se anos desde a criao destas receitas e para estas
no se perderem comeou-se a anotar nos cadernos de
casa ou em olhas soltas para passar de me para lha.
Cada amlia tem seu prprio jeito de preparao das
comidas, seu toque especial, porm com a disperso do
povo (muitas vezes em ugas) muita coisa oi deixada
para trs. E a que comeam a surgir os livros de culi-
nria judaica culinria judaica.
No Shabat(do anoitecer de sexta at o anoitecer de
sbado) - simbologia do 7o dia da criao do mundo,
quando Deus descansou o homem descansa aps
a cerimnia na sinagoga junto a um jantar estivo
normalmente com a amlia. Logo, percebe-se que a
culinria judaica com suas metoras esta presente em
todas as estas judaicas de alguma maneira juntamente
com o tradicionalismo ashkenazie searadi.
Depois do Iom Kipur, o Shabato mais sagrado dos
dias santicados judaicos. Inicia-se um pouco antes do
anoitecer de sexta eira, hora em que a mulher acen-
de as velas, dizendo a brach neirot(do hebraico, reza
das velas). A casa, a mesa e as comidas j devem ter
sido previamente preparadas. Na mesa, coloca-se uma
toalha branca, os dois castiais com as velas, a loua
e, opcionalmente, fores. No lugar do chee da amlia,
pe-se o clice com vinho para o Kidush (do hebraico,
reza do vinho), a chal (po tranado), coberta por um
bonito pano bordado, e o sal.
Todos vo a sinagoga, onde rezam e se cumpri-
mentam com um Shabat Shalom!(que o Shabatseja depaz)Na volta, servido o jantar. Para os ashkenazim,o
prato mais caracterstico do Shabat o guelte sh (pg.
xx). Pode-se servir tambm uma sopa - goldene yoch
(pg. xx) com mandalach (pg. xx) ou borsht(pg. xx),
alm de outros pratos como rssale de rango (pg. xx)
acompanhado de arel(pg. xx), de varnikes de batata
(pg. xx) ou de kguel(pg. xx). Para encerrar, serve-se
sobremesas - compota de mas (pg. xx), compota de
rutas (pg. xx) e strudel(pg. xx). rudel(pg. xx).
Os searadimapresentam os seguintes pratos na ceia
do Shabat: bolinhos de peixe com molho de tomates
(pg. xx) ou com molho agristada(pg. xx), ou ainda
peixe assado recheado moda do Lbano (pg. xx),
seguido de arroz com massinha (pg. xx) oupilade
rango (pg. xx), saladas (pg. xx) e rutas e doces (pg.
xx). bolinhos de peixe com molho de tomates.
No sbado de manh, vai-se a sinagoga e, no almo-
o, os ashkenazimservem o cholent(pg. xx), enquanto
os searadimservem a dana ou skhina (pg. xx) ou
hamin (pg. xx), todos de cozimento lento, desde avspera, j que, de acordo com a religio judaica, no se
pode acender ogo no Shabat.
J em Purim (do hebraico, sorteios) que conta a
histria de Ester, uma judia no contexto de uma Prsia
antissemita, no intuito de salvar seu povo vai a um baile
de mscaras para tornar-se a esposa do reiAchashve-
rosh. Sorteada e escolhida para ser Rainha, encontra
diculdades com o conselheiro real, Haman, o verda-
deiro gnio por trs de um plano para exterminar os
judeus. Ao nal da histria Ester revela sua identidade
e consegue salvar o povo. Atualmente se comemora
com antasias, mscaras e muita bebida, simbolizando
o baile. Tambm lembra-se de Haman come-se um
doce ironicamente chamado Oznei Haman (pg. xx) -
do hebraico, orelha de Haman - e az-se muito barulho
com reco-recos para espantar seu esprito.
Os eventos que levaram ao Purim oram registrados
na Meguilat Ester (Livro de Ester), que se tornou um dos24 livros do Tanach para ser canonizado pelos Sbios da
Grande Assemblia. O Livro de Ester registra uma srie
de eventos aparentemente no relacionados que acon-
teceram em um perodo de mais de nove anos durante
o reinado do Rei Assuero. Esses eventos coincidentes,
quando vistos juntos, devem ser vistos como evidncia
de interveno divina, de acordo com interpretaes.
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Em Pessach (do hebraico, passagem), a comemora-
o mais tradicional do judasmo, limpa-se a casa para
que no que nada que contenha arinha de trigo ou
ermento (chametz) j que no se pode ingerir nenhum
alimento que contenha esses ingredientes pois cele-
brada a sada dos judeus do Egito, quando saram com
pressa e no puderam deixar o po cozinhar, comendo-
-se a matz (po zimo).
Antes da comemorao do Pessach em casa, vai-se
a sinagoga. Depois, azem-se, nos dois primeiros dias,
bonitos jantares, o primeiro e segundo Seder(do he-
braico, signica ordem) que so os ri tuais dos jantares
de Pessach onde se obedece uma determinada ordem
seguida pela leitura da Hagad (livro com a narrativa erezas de Pessach), onde se recorda todo o episdio da
sada dos judeus juntamente com Moiss do Egito.
Para o Seder, arruma-se a mesa com uma toalha bem
bonita, os castiais com as duas velas (acesas antes do
anoitecer), vinho de Pessach (que tinto e bem doce),
as 3 matzt que, cobertas com um pano bordado
simbolizam as 3 castas de sacerdotes do povo judeu
(Cohen, Levi e Israel) e a bandeja de Pessach, a Kear,
que contm 6 divises onde so colocados os seguintes
smbolos: os seguintes smbolos:
1. Zro (do hebraico, osso): Osso queimado ou asa
de galinha, que remete ao carneiro que oi sacricado
para proteo das portas dos judeus da ltima praga da
morte dos primognitos, morte dos primognitos.
2. Beitz (do hebraico, ovo): Ovo cozido que remete
ao ciclo da vida, a ressureio e a imortal idade.
3. Maror: simbolizado por um alace, simboliza a
vida amarga dos judeus no Egito, dos judeus no Egito.
4. Charsset: mistura de ma, vinho, passas, nozes
e canela que remete, com sua cor de argila, os tijolos
eitos pelos escravos judeus, pelos escravos judeus.5. Karps: simbolizado por ervas, como salsa ou aipo,
remete a comida sem gosto desses mesmos escravos.
Essas ervas so molhadas em gua salgada para
lembrar as lgrimas derramadas por esse povo na
poca da escravido. Costuma-se tambm mergulhar,
nesse lquido, 1 batata cozida e com-la, em reerncia
ao mar Vermelho, quando teve suas guas divididas.
6. Chazret (do hebraico, raiz orte): assim como o
Maror, simboliza a vida amarga dos judeus no Egito.
Haver uma taa de vinho a mais na mesa, reservada
para o proeta Elias (Eliahu Anavi), o qual, segundo a
tradio, vir pronunciar a chegada do Messias. Num
determinado momento, aberta a porta da casa para
que o proeta entre, que o proeta entre.
Tradicionalmente, costume comer nos jantares
ashkenazim guelte sh, kneidlach, arel, latkes de
matz, fuden de matz e kguel. J nos jantares seara-
dim, costume no ingerir gros e servir sodra, bimue-
los, mina, po searad de pessach, manuras e marunchi-
nos. pessach, manuras e marunchinos.
De acordo com a tradio, a primeira celebraode Pessach ocorreu h 3.500 anos, quando de acordo
com a Tor, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o
povo do Egito. Antes da dcima praga, o proeta Moiss
oi instrudo a pedir para que cada amlia hebreia
sacricasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezu-
zt) das portas com o sangue do cordeiro, para que no
ossem acometidos pela morte de seus primognitos
acometidos pela morte, acometidos pela morte.
Em Pessach (do hebraico, passagem), a comemora-
o mais tradicional do judasmo, limpa-se a casa para
que no que nada que contenha arinha de trigo ou
ermento (chametz) j que no se pode ingerir nenhum
alimento que contenha esses ingredientes pois cele-
brada a sada dos judeus do Egito, quando saram com
pressa e no puderam deixar o po cozinhar, comendo-
-se a matz (po zimo), matz (po zimo).
Antes da comemorao do Pessach em casa, vai-se
a sinagoga. Depois, azem-se, nos dois primeiros dias,
bonitos jantares, o primeiro e segundo Seder(do he-
braico, signica ordem) que so os ri tuais dos jantares
de Pessach onde se obedece uma determinada ordemseguida pela leitura da Hagad (livro com a narrativa e
rezas de Pessach), onde se recorda todo o episdio da
sada dos judeus juntamente com Moiss do Egito.
Para o Seder, arruma-se a mesa com uma toalha bem
bonita, os castiais com as duas velas (acesas antes do
anoitecer), vinho de Pessach (que tinto e bem doce),
anoitecer), vinho de Pessach (que tinto e bem doce).
Pessach, a esta da liberdade
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Sucot, a esta das cabanas
Shavuot, a esta das semanas
Lag BaOmer, a pausa na contagem
Sucot, que em hebraico signica cabanas, a esta
em que se lembra os 40 anos em que os judeus, aps a
sada do Egito, peregrinaram pelo deserto e l moraram
em cabanas. Para celebrar, as amlias judaicas costu-
mam costruir em seu quintal uma suc (do hebraico,
cabana), utilizando para isso madeira nas paredes e
galhos no teto, onde devem car alguns espaos para
poder enxergar o cu. No primeiro dia de Sucot, os
judeus provenientes do Marrocos costumam comer
cuscus (pg.xx) cuscus (pg.xx).
Durante o perodo de sucot, todas as reeies so
eitas dentro da suc, para lembrar aquele longnquo
perodo em que os judeus, morando em habitaes
vulnerveis, contavam com apenas a proteo divina.Penduram-se rutas e fores no teto, colocam-se mesas
e cadeiras, e as crianas eneitam a suc com traba-
lhos eitos por elas. Quatro espcies de plantas devem
constar na suc, que azem uma analogia com o tipo de
judasmo de cada um, judasmo de cada um:
1. Arav (salgueiro): que no tem gosto, nem cheiro,
representando o judeu que no toma conhecimento
dos preceitos da Tor e nem az boas aes (mitzvt).
2. Hads (mirto): que no tem gosto, mas tem chei-
ro, representando o judeu que no toma conhecimento
dos preceitos da Tor e porm az boas aes (mitz vt).
3. Etrog (cidreira): que tem gosto e tem cheiro,
representando o judeu que toma conhecimento dos
preceitos da Tor e az boas aes (mitzvt).
4. Lulav (palmeira): que tem gosto mas no tem
cheiro, representando o judeu que toma conhecimento
dos preceitos da Tor e mas no az boas aes (mit-
zvt), mas no az boas aes (mitzvt).
A esta de Shavuotse reere ao oerecimento dos
primeiros bikurim (do hebraico, rutos) ao Templo,
comemorando tambm a entrega que deus ez da Tor,no monte Sinai, a Moiss. Para essa esta, eneita-se a
sinagoga com rutas, fores e olhas e l-se a Meguilat
Ruth (livro de Ruth), bisav do Rei David e primeira con-
verso do judasmo, converso do judasmo.
costume comer alimentos base de leite e mel,
pois, alm de Cana (segundo a Tor), ser a terra do lei-
te do meltambm comparada a prpria Tor ao leite
(representando o nico alimento do recm
considerada o nico elemento espiritual do
Como pratos tpicos de Shavuottemos v
ricota (pg. xx), blintzes de ricota (pg. xx), k
queijo (pg. xx), burekas de queijo (pg. xx)
com nata e ricota (pg. xx), keis kuchen (pg
leikach (pg. xx) e todas as comidas lcteas
na culinria judaica, na culinria judaica.
O carter estivo mais antigo de Shavuo
campestre (de 07 a 09 de Junho), Shavuot
No ms de Sivan (pelo calendrio judaica colheita de cereais e assim, dos prprios p
graas proteo divina puderam ser extra
eram separadas as primcias como oerenda
Nenhum cereal da nova colheita podia s
antes de 6 de Sivan (calendrio judaico), da
esse sacricio se tornava eetivo. Por isso Sh
chama tambm Chag HaBicurm, esta das
meiras colheitas. Nos tempos do Templo, Sh
como Pessach eSucot se caracterizavam pe
naes, se caracterizavam pelas peregrina
A esta de Lag BaOmer uma pausa de a
33 dia da contagem do Omer, que represe
odo de tristeza que se inicia no segundo di
para recordar no somente a luta de Bar Ko
discpulos de Rabi Akiva contra os romanos
bm a epidemia que alastrou abatendo mu
Pois bem, Lag BaOmeresteja o dia em que
mia parou e nenhum soldado judeu morreDurante a contagem do Omerso proib
mas, no dia de Lag BaOmerazem-se pique
campo, brinca-se de arco e fecha como os
Bar Kochba e acende-se uma enorme ogue
A esta de Lag BaOmer uma pausa de a
33 dia da contagem do Omer, que represe
odo de tristeza que se inicia no segundo di
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Simchat Tor, a alegria da Tor Rosh Hashan, o ano novo judaico
Iom Kipur, o dia do perdo
Chanuk, a esta das luzes
Nesta esta comemora-se a alegria da Tor, cujos
trechos so lidos a cada Shabat. Neste dia concluda a
leitura de toda ela e tambm iniciada a sua releitura.
uma esta especial para as crianas que, tendo a
oportunidade subir na Arca Sagrada (para os ashke-
nazim, Aron HaKodesh; para os searadim, Echal), e
podem segurar a Tor. Na sinagoga distribu-se balas,
bandeiras, mas e velas. Carregando os rolos da Tor,
as pessoas do 7 voltas dentro da sinagoga, sendo que
algumas delas at danam com a Tor.
Tambm denominada Festa das Luzes, Chanukdura 8 dias e comemora a vitria dos hericos maca-
beus que, liderados por Iehud, lutaram contra o nume-
roso e orte exrcito do rei gregoAntoco Epianes, cujo
domnio estava submetido o povo de Israel.
O reiAntoco quis obrigar os judeus a abandonarem
a sua religio, para adorarem os seus dolos, colocando
esses, inclusive no Tempo sagrado. Com a vitria obtida,
os macabeus oram ao Templo agradecer a Deus, de l
retirando os dolos gregos. Para reinaugurar o Templo,
acenderam a Menor (candelabro de 8 braos) com
uma quantidade mnima de um nico leo que eles
l encontraram. Por milagre, o leo que duraria 1 dia
apenas, durou 8. duraria 1 dia apenas, durou 8.
Acende-se nas casas judaicas, durante 8 dias, a cada
24 horas, uma vela da Chanuki. Durante a esta cos-
tume as crianas jogarem o sevivon (espcie de pio),
ganham dinheiro e todos comem levivot(pg. xx), su-
ganiot(pg. xx) e outras comidas ritas (representando
o leo). e outras comidas ritas (representando o leo).
Tambm denominada Festa das Luzes, Chanuk
dura 8 dias e comemora a vitria dos hericos maca-beus que, liderados por Iehud, lutaram contra o nume-
roso e orte exrcito do rei gregoAntoco Epianes, cujo
domnio estava submetido o povo de Israel.
Acende-se nas casas judaicas, durante 8 dias, a cada
24 horas, uma vela da Chanuki. Durante a esta cos-
tume as crianas jogarem o sevivon (espcie de pio),
ganham dinheiro e todos comem levivot.
A esta de Rosh Hashan (do hebraico, c
ano), comemora o Ano novo judaico (para
correntes, a criao do mundo) e tem como
principais smbolos em sua mesa uma cabe
Muitas pessoas costumam rechear a cabea
com a massa do guelte sh pois, comendo
ar que sejas a cabea e no a cauda. tam
perodo em que se iniciam os 10 dias de pe
povo judeu, culminados na data mais sagra
drio, o Iom Kipur. mais sagrada do calend
Vai-se sinagoga na noite anterior, e l t
pas do chazan (cantor sacro), do rabino qua
nas que vestem a Tor so brancas. As pess
se rdimir dos pecados puricando o seu cobranco smbolo de tudo i sso.
Nela se az um jantar estivo em amlia o
tem mais comidas simblicas que so a Tap
(ma com mel) para que o ano comece mu
a Chal HaGul (tipo de po entrelaado em
crculo) que representa o ciclo da vida. Alm
searadim costumam comer Kapam (pg.
legumes e rutas tpicos (roms, uvas branc
e mas). Os ashkenazim costumam comer
(pg. xx), goldene yoch com mandalach (pg
ch de gado (pg. xx), rssale de rango (pg
(pg. xx), tzimes (pg. xx), varnikes de bata
de sobremesa mas assadas (pg. xx), stud
compota de rutas (pg. xx) e fuden (pg. x
O dia mais importante do calendrio jud
Kipur(dia do perdo). Neste dia janta-se ce
primeira estrela aparecer no cu se inicia um
24 horas. Durante o jejum se permanece refetindo sobre seus erros na sinagoga para
do a Tor: todos sejamos escritos no livro d
a cerimnia nal do Kol Nidrei(reza metaor
abre e echa o livro da vida) e o toque do sh
de carneiro) as amlia se renem para jant
lias ashkenazim costumam quebrar o jejum
(pg. xx), rogalech (pg. xx), fuden (pg. xx)
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Entrad
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Charutinhos de olha de parreira
Ingredientes
1 xcara de nozes ou
amndoas picadas
250g de arroz
olhas de parreira
1 colher (sopa) de hortel picada
2 dentes de alho amassados
2 cebolas picadas
3 colheres (sopa) de leo
suco de 2 limes
2 colheres (sopa) de passas de uva
1 colher (sopa) de tempero
verde picado
sal
pimenta
iogurte natural (ou coalhada
caseira) para acompanhar
Modo de prepraro
Reogue a cebola e o alho no leo, colcando depois o
arroz para ritar um pouco. Sempre mexendo acrescen-
te as nozes, o sal, a pimenta, o tempero verde, a horte-
l, o suco de 1 limo e as passas de uva (previamente
amolecidas em um pouco de gua quente). Mergulhe
as olhas de parreira em gua ervendo para que amo-
leam um pouco e coloque uma colher (sobremesa) da
mistura sobre o lado spero (nervuras) de cada olha,
enrolando-as no ormato de um charuto com as bordas
echadas (deixar um espao porque o arroz aumenta o
volume). Coloque os charutinhos, um ao lado do outro,numa cacarola; ponha sobre os mesmos um prato que
lhes sirva de prensa, acrescentando gua e o suco do
outro limo at a altura do prato. Fogo orte at levan-
tar ervura, depois ogo brando por 1 hora mais ou me-
nos. Depois de retirar do ogo, deixe esriar na mesma
panela por 24 horas. Sirva rio, numa travessa decorada,
companhado de iogurte ou coalhada.
S
Ingredientes
250g de gro-de-bico
2 colheres (sopa) de nozes
picadas (opcional)
1/2 copo de leo
3 colheres (sopa) de tahine
3 colheres (sopa) de gua
suco de 1 limo
pprica doce (ou picante)
para decorar
azeite de oliva
Hummus (pasta de gro-de-bico)
Modo de prepraro
Deixe o gro de bico de molho de vspera.
com sal at amaciar e tire a pele. Liquidiqu
nando o suco de limo, o leo, a gua e o ta
Revise o sal e decore o prato, pulverizando-
pprica e as nozes. Ponha, tambm, um o
de oliva sobre o mesmo. Querendo, substit
por tempero verde.
S
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Gueflte Fish (bolinhos de peixe)
Ingredientes
1kg de ls de peixe (700g
de piava misturados com
300g de trara ou carpa)
2 ovos crus
4 cebolas grandes
picadas e reogadas
2 atias e po branco (ou 1
pozinho de 50g) molhadas
na gua e espremidas
3 cenouras
1/2 copo de gua
leo
sal (a gosto)
pimenta (a gosto)
acar (a gosto)
Modo de prepraro
Passe o peixe no processador (ou mquina de moer)
junto com a metade das cebolas reogadas. Batendo
numa tbua, misture o peixe com os ovos, o po, o sal,
a pimenta e o acar at obter uma massa homog-
nea. Junte s outras 2 cebolas (j ritas em um pouco
de leo) 1 litro de gua, o sal, a pimenta e as cenouras.
Quando levantar ervura, coloque os bolinhos (aa-os
com a mo molhada), cozinhando-os em ogo bran-
do, por mais ou menos 2 horas. Retire os bolinhos do
caldo e sirva-os rios, eneitando com 1 rodelinha das
cenouras que oram cozidas na panela. O caldo poderser servido coado e rio numa molheira. Como-se com
chrein. Rende mais ou menos 20 bolinhos. Pode ser
congelado.
1. No Pessach, substitua
o po por duas colheres
(sopa) de arinha de matz.
2. H quem prera
colocar, na massa do
peixe, cebolas cruas.
3. H quem rite os bolinhos
antes de cozinh-los
(cam mais corados).
4. Essa mesma massa
de peixe pode ser
assada no orno.
5. Antigamente, muitas
pessoas utilizavam
a pele do peixe.
A
DICAS
Guehakte Leber (pat de gado de galinha)
Ingredientes
1/2kg de gado de galinha
1 cebola ralada
1 cebola picada
2 ovos duros
3 dentes de alho picados
leo, sal e pimenta
1 olha de louro
Modo de prepraro
Limpe bem os gados, escorra-os bem e ri
leo com a cebola picada, o alho, o louro e
temperos. Retire a olha de louro e passe tu
processador, junto com os ovos duros e a ce
ralada. Leve geladeira, decorando o prato
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Knishes
Ingredientes
1kg de arinha de trigo
1 ovo
2 xcaras de gua morna
misturada com 2 colherinhas de
sal e 1 colherinha de acar
8 colheres de sopa de leo
ou margarina derretida
1 colher de sopa de vinagre
Modo de prepraro
Bata o ovo e coloque a gua, o leo, o vinagre e, aos
poucos, a arinha. Amasse bem e sove bastante. Divi-
da a massa em 6 partes iguais, sovando novamente
cada uma. Enarinhe cada poro, colocando-as se-
paradamente em papel lme. Descanse a massa por,
no mnimo, 1/2 hora (ou aa-a de vspera). Abra cada
poro em toalha enarinhada, com o rolo de massa,
procurando espichar ao mximo, inclusive com a mo,
tiras de 10cm por 30cm e pincele-as com leo ou mar-
garina derretida. Coloque o recheio abaixo nas bordas
da massa, envolvendo-a como rocambole e cortandocom a mo, para no deixar escapar o recheio. Para
cada recheio idealize um modelo: redondo, quadrado,
charutinho, etc.
A Shakshuka
Ingredientes
3 colheres (sopa) de leo
1 colher (ch) de pprica doce
8 ovos
3 dentes de alho picados
1 pimenta dedo de moa
sem sementes cortadas
em cubos pequenos
8 tomates sem pele
cortados em cubos
1 pimento vermelho sem pele
cortado em cubos pequenos
1 colher (ch) de acar mascavo
1/2 colher (ch) de sal
Modo de prepraro
Em uma rigideira de borda alta e larga, aqu
mdio o leo e junte a pprica e o alho, e re
minutos. Adicione a pimenta dedo de moa
tes, o pimento, o acar mascavo, o sal e a
reino. Diminua o ogo e cozinhe com a rigi
da por 15 minutos. Quebre os ovos e coloq
um, na rigideira. Cozinhe por mais 7 minut
gemas estaremcozidas. Sirva na prpria rig
S
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Oznei Haman (orelha de Haman)
Ingredientes
4 copos de arinha
1 copo de acar
3 ovos ligeiramente batidos
2 colheres de sopa de leo
1 tablete de margarina
1 colher de ca de baunilha
1 colher de sopa de ermento em p
kg de uva preta pequena
debulhada,lavada e bem
escorrida,misturada
com acar a gosto
Modo de prepraro
Esarele bem a arinha com a margarina e o leo.
Junte o acar,ermento e baunilha. Acrescente os
ovos,obtendo uma massa homognea. Deixe descansar
por uma hora. Abra amassa com um rolo, cuidado para
que no que muito na, e corte em quadrados de mais
ou menos 12 cm. Recheie cada quadrado com uma
colher de sopa de uvas. Feche no ormato tradicional:
dobre o quadrado j recheado em orma de tringulo.
Feche um dos lados,levante a outra ponta do tringulo
e eche em duas partes. Pincele com gema. Asse.
Chal (po tranado)
Ingredientes
3 xcaras de gua quente
(sendo 2 rias e 1 ervendo)
xcara de leo
2 xcaras de acar
1 colher de ch de sal
4 ovos inteiros
Opcional sementes de
papoula ou gergelim
Modo de prepraro
Peneire 2 kg de arinha. Coloque a mistur
tigela e espere cerca de 10 minutos para qu
to se dissolva e comece a azer bolhas. No
at acabar o tempo. Coloque em uma bacia
toda a Mistura 2 e mexa com um gar o. Adi
Mistura 1 na mistura 2. Adicione aos pouco
arinha de trigo integral, sovando ( mais
meio saco e misturando de cada vez). No
usar 2 kg. Se usar menos, a massa car m
No deixe a massa car muito dura. Faa um
a massa e passe um pouquinho de leo emCubra a bacia com um pano de prato ou to
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Sop
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Goldene Yoch (caldo de galinha)
Ingredientes
1 galinha cortada em pedaos
2 cenouras grandes
2 cebolas inteiras
1 molho de salsa amarrado
aipo a gosto
sal a gosto
gua o suciente para cozinhar
Modo de prepraro
Ferva a gua, colocando aps a galinha e os demais
ingredientes, at que que tudo bem cozido e o caldo
bem apurado. Retire a salsa antes de servir.
Este caldo pode ser sevido puro ou com mandalach,
kneidlach, arel ou teiglach.
A Krut (sopa de repolho)
Ingredientes
1 repolho grande picado
1 cebola grande picada
10 ameixas pretas picadas
2 mas pequenas picadas
2 tomates picados
1 colher de arinha de trigo
1kg de rango
1 suco de limo
leo
sal
gua para erver
Modo de prepraro
Frite a cebola no leo, reogando, em segu
os de rango e os tomates. Coloque depoi
a ma e a ameixa. Ponha 1 litro de gua e
Quando bem cozido, reogue, separadame
em um pouco de leo, torrando-a. Desman
um pouco de gua, colocando essa mistura
A
1. Pode-se substituir o
rango por 2 cubos de
caldo de galinha ou carne.
2. Serve-se essa sopa
acompanhada de
batatas cozidas ou
pur de batatas.
3. Pode-se substituir o
rango por 2 cubos de
caldo de galinha ou carne.
4. Serve-se essa sopaacompanhada de
batatas cozidas ou
pur de batatas.
5. Pode-se substituir o
rango por 2 cubos de
caldo de galinha ou carne.
2. Serve-se essa sopa
acompanhada de batata.
DICAS
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Borsht (sopa de beterraba)
Borsht com carne
Borsht com rango
Ingredientes
2 molhos de beterrabas mdias
3 cenouras grandes
1 pedao de abbora
5 tomates pequenos
1/2 repolho pequeno
2 cebolas picadas
2 batatas
gua o suciente para cozinhar
Ingredientes
2 molhos de beterrabas mdias
3 cenouras grandes
500g de maminha
1 pedao de abbora
5 tomates pequenos
1/2 repolho pequeno
2 cebolas picadas
2 batatas
gua o suciente para cozinhar
Ingredientes
2 molhos de beterrabas mdias
3 cenouras grandes
500g de rango
1 pedao de abbora
5 tomates pequenos
1/2 repolho pequeno
2 cebolas picadas
2 batatas
gua o suciente para cozinhar
Modo de prepraro
Ferva a gua, colocando os legumes. Quando estiver
bem cozido, passe tudo no liquidicador. A seguir, colo-
que o sal, o acar e o limo, juntamente com as gemas
diludas em um pouco de gua ervida ria.
Leve novamente ao ogo, sem deixar erver, para no
ormar grumos. Se a sopa car muito grossa, acrescente
gua ervida.
Modo de prepraro
Ferva a gua, colocando a carne e, em seguida, os legu-
mes. Quando estiver bem cozido, passe tudo (exceto a
carne) no liquidicador. A seguir, coloque o sal, o acar
e o limo, juntamente com as gemas diludas em um
pouco de gua ervida ria. Leve novamente ao ogo,
sem deixar erver, para no ormar grumos. Se a sopa
car muito grossa, acrescente gua ervida.
Modo de prepraro
Ferva a gua, colocando o rango e, em seguida, os
legumes. Quando estiver bem cozido, passe tudo (ex-
ceto a carne) no liquidicador. A seguir, coloque o sal,o acar e o limo, juntamente com as gemas diludas
em um pouco de gua ervida ria. Leve novamente ao
ogo, sem deixar erver, para no ormar grumos. Se a
sopa car muito grossa, acrescente gua ervida
A
VARIAES
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Salad
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Culinria Judaica: Tradio, cultura e identidade
Salada isralense
Ingredientes
1 tomate maduro
1 pepino mdio, ou 3 pequenas
1 cenoura mdia, descascada
2-3 colheres de sopa de cebola
roxa picada namente
5 rabanetes vermelhos globo
meia beterraba pequena,
descascada
meia couve-rbano uma
pequena, descascada
punhado de rcula (alace
pode ser substitudo)
1/4 xcara de salsa picada
namente fat-olha ou coentro
2/3 xcara nozes mistas e
sementes (como nozes, amndoas
atiadas, nozes, abbora e / ou
sementes de girassol - picado)
1/3 xcara desmoronou eta
ou queijo de cabra empresa
2-3 colheres de sopa de
sumo de limo (ou mais)
2-3 colheres de sopa de
boa qualidade de azeite
extra virgem (ou mais)
sal e pimenta moda na hora
Modo de prepraro
Pique todos os legumes em cubos os menores voc
pode controlar. Rena a rcula em um grupo apertado
e corte em pedaos nos. Isso az com que a salada
mais macio e mais cil de mastigar. Toste as nozes
em uma rigideira vazia (sem leo necessrio), em
ogo mdio, mexendo ou sacudindo a rigideira com
requncia, tomando cuidado para no queim-los
(cuidado com as sementes de abbora, pois eles ten-
dem a pop, enquanto queima). Brinde at que o aroma
liberado e as porcas de assumir a mnima pouco de
cor. Retire do ogo e deixe esriar. Em uma tigela mdia,misture todos os legumes picados com rcula cortado,
nozes tostadas, e vestido com o suco de limo, o azeite,
adicionar sal e pimenta a gosto (no se esquea que
o queijo salgado). Verique o tempero e acrescente
mais suco de limo e azeite ao seu gosto. Cubra com o
queijo esarelado e sirva imediatamente.
S Fattoush (salada libanesa)
Ingredientes
alace, aproximadamente desado
tomate, atias
rabanete vermelho, em atias nas
pimento vermelho,
picado grosseiramente
cebola em atias nas
olhas rescas de hortel
po srio, cubos, rito
1 dente de alho
1 colher de ch de sal
2 limes suco,
1 colher de ch de sumagre
1/2 colher de hortel seca
Modo de prepraro
Misture todos os vegetais no prato de servi
o resriado po srio rito. Para azer o molh
alho e sal a um pur. Adicione o restante do
tes e misture. Despeje sobre a salada vestir
servir.
S
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Um livro de culinria judaica mais que
uma coleo de receitas tpicas e saborosas.
uma viagem sentimental a um passado
rico de emoes.