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LIVRO DE TESTES MATERIAL EXCLUSIVO Professor – 7. o ANO Português

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P7 Livro de Teste

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LIVRO DE

TESTESMATERIAL EXCLUSIVO

Professor

– 7.o ANO

Português

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1

Teste 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Teste 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Teste 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Teste 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Teste 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

Teste 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Cenários de resposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

ÍNDICE

Nota: Este livro de testes encontra-se redigido conforme o novo Acordo Ortográfico.

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Narrativa 1

TESTE 1

GRUPO I

Antes de iniciares a audição da notícia, lê as perguntas.Em seguida, ouve atentamente a notícia radiofónica, tira os apontamentos que con-

sideres necessários e responde às questões.

1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.

1.1.O prémio referido na notícia vai ser atribuído

a) a dezassete escritores de contos.

b) a diversos contadores de histórias.

c) a vários arqueólogos.

d) a Alexandre Parafita.

1.2.Os premiados foram distinguidos

a) pela Câmara Municipal de Peso da Régua.

b) pela Câmara Municipal do Porto.

c) por um museu português.

d) pela comunidade de investigadores do Douro.

1.3.A iniciativa noticiada realiza-se no âmbito da conservação do património

a)museológico.

b) científico.

c) escrito.

d) oral.

2. Explica por que razão os premiados são designados como «narradores da memória».

3. Refere os locais onde vivem as pessoas premiadas.

(6 pontos)

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

(2 pontos)

(2 pontos)

Áudio • Faixa 22 Entrega de diplomasa contadoresde histórias

10 pontos

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GRUPO II

Parte A

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

O príncipe que casou com uma rã

Era uma vez um rei que tinha três filhos em idade de casar. Para nãosurgirem rivalidades sobre a escolha das três noivas, disse:

– Lançai com a funda1 o mais longe que puderdes: onde cair a pedratomareis mulher.

Os três filhos pegaram nas fundas e atiraram.O mais velho atirou e a pedra foi parar ao teto de um forno; e ele ficou

com a padeira. O segundo atirou e a pedra chegou à casa de umatecedeira. Ao mais pequeno a pedra caiu num fosso.

Assim que atiravam, cada um corria a levar o anel à noiva. Ao maisvelho deparou-se uma jovem bela e tenra como uma fogaça2, o do meioencontrou uma rapariga pálida, fina como um fio, e o mais pequenoprocurou, procurou naquele fosso e só achou uma rã.

Tornaram para junto do rei a contar como eram as suas noivas.– Agora – disse o rei –, quem tiver a noiva melhor herdará o reino.

Façamos as provas.E deu a cada um cânhamo3 para lho trazerem daí a três dias fiado

pelas noivas, para ver quem fiava melhor.Os filhos foram ter com as noivas e recomendaram que fiassem na

perfeição; e o mais pequeno, muito aflito com aquele cânhamo na mão,foi à beira do fosso e pôs-se a chamar:

– Rã, rã!– Quem me chama?– O teu amor que pouco te ama.– Se não me ama amará

Um dia que bela me verá.E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha. O filho do rei deu -

-lhe o cânhamo e disse que voltaria para o levar todo fiado daí a três dias.Passados três dias os irmãos mais velhos correram todos ansiosos à

padeira e à tecedeira para buscar o cânhamo. A padeira fizera um bomtrabalho, mas a tecedeira – era o seu ofício – fiara-o que parecia seda. E omais pequeno? Foi ao fosso:

– Rã, rã!Saltou para uma folha e tinha na boca uma noz. Ele tinha uma certa ver-

gonha de se apresentar ao pai com uma noz enquanto os irmãos levavam o

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cânhamo fiado; mas ganhou coragem e foi. O rei, que já tinha visto doavesso e do direito o trabalho da padeira e da tecedeira, abriu a noz domais pequeno, e entretanto os irmãos faziam chacota4. Ao abrir-se a noz,saiu uma tela tão fina que parecia teia de aranha, e puxa, puxa, desdobra,desdobra, nunca mais acabava, e já toda a sala do trono estava cheia.

– Mas esta tela nunca mais acaba! – disse o rei, e mal pronunciouestas palavras a tela acabou.

O pai, à ideia de uma rã se tornar rainha, não se resignava. Tinhamnascido três crias à sua cadela de caça preferida, e deu-as aos três filhos:

– Levai-os às vossas noivas e voltareis a buscá-los daqui a um mês:quem a tiver criado melhor será rainha.

Passado um mês viu-se que o cão da padeira se tornara um molosso5

enorme, porque o pão não lhe faltara; o da tecedeira, com a comida maisapertada, tornara-se um famélico mastim. O mais pequeno chegou comuma caixinha; o rei abriu a caixinha e saiu um pequeno cão-d´água todoenfeitado, penteado, perfumado, que se punha em pé nas patas traseirase sabia fazer os exercícios militares e fazer de conta.

O rei disse:– Não há dúvida; será rei o meu filho mais novo e a rã será rainha.Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia. Os irmãos mais

velhos foram buscar as noivas com coches floridos puxados por quatrocavalos, e as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias.

O mais pequeno foi ao fosso, e a rã esperava-o numa carruagem feitade uma folha de figueira puxada por quatro caracóis. Começaram a andar:ele ia à frente, e os caracóis seguiam-no puxando a folha com a rã. De vezem quando parava à espera, e uma vez até adormeceu. Quando acordou,tinha parado à sua frente um coche de ouro, forrado a veludo, com doiscavalos brancos e lá dentro estava uma rapariga bela como o Sol com umvestido verde-esmeralda.

– Quem sois? – perguntou o filho mais novo.– Sou a rã! – E como ele não queria acreditar, a rapariga abriu um cofre

onde estava a folha de figueira, a pele de rã e quatro cascas de caracol. – Eu erauma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse emcasar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.

O rei ficou todo contente e aos filhos mais velhos, que se roíam deinveja, disse que quem não era sequer capaz de escolher mulher nãomerecia a coroa. Rei e rainha foram o mais pequeno e a sua esposa.

Italo Calvino, Fábulas e Contos, Editorial Teorema, (texto adaptado)

VOCABULÁRIO

1 funda – arma de arremesso, fisga. 3 cânhamo – planta, fibra. 5molosso –cão forte.2 fogaça – pão doce. 4 chacota – troça.

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos acontecimentos narrados.Começa a sequência pela letra d).

a)O filho mais pequeno lançou uma pedra que foi parar a um fosso.

b) A princesa provou ao noivo que era a rã.

c)Os irmãos mais velhos ridicularizaram o mais novo, no momento em que apre-sentaram os resultados do primeiro desafio colocado às noivas.

d) O rei fez um pedido aos três filhos.

e) O filho do meio encontrou uma noiva pálida, que era tecedeira.

f) O rei declarou, pela primeira vez, que o filho mais novo seria o herdeiro do trono.

g) O rei entregou a cada filho uma planta para ser fiada pelas respetivas noivas.

2. O conto desenvolve-se a partir de uma situação inicial. Identifica-a.

3. Refere duas peripécias importantes para o desenvolvimento da ação.

4. Identifica a personagem principal desta narrativa, justificando a tua opção.

5. Seleciona, para responderes a cada item, a alínea correta.

5.1.O rei apresentou um segundo desafio aos filhos visto

a) considerar todas as tarefas mal executadas.

b) desejar que fosse o filho mais velho a assumir o trono.

c) não aceitar o facto de ter sido a rã a vencer o desafio.

d) não querer ceder o trono a nenhum dos três filhos.

5.2.Na expressão «Quem sois?» (linha 64), a palavra «quem» refere-se

a) ao filho mais velho do rei.

b) ao filho mais novo.

c) à princesa vestida de verde-esmeralda.

d) à rã.

(6 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

(6 pontos)

(4 pontos)

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6. Após ouvirem ler este conto, dois alunos manifestaram opiniões diferentes acercado mesmo.

Diz com qual das opiniões concordas, justificando a tua opção.

Parte B

Observa as três tiras de banda desenhada.

Aluno X

Acho que o provérbio que melhor se aplicaa esta história é:

«A beleza está nos olhos de quem a vê».

Aluno Y

Na minha opinião, o provérbio que traduza lição deste conto é:

«O mundo julga pelas aparências».

Bill Watterson, O Esssencial de Calvin & Hobbes, Uma antologia Calvin & Hobbes, Gradiva

(6 pontos)

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Responde aos itens que se seguem.

7. Reconta brevemente a situação apresentada nas duas primeiras tiras de BD.

8. Refere em que medida a atitude de Calvin contrasta com o que é socialmenteaceitável no contexto retratado.

9. Justifica o destaque dado às palavras presentes na primeira vinheta da terceira tira.

10. Explica, por palavras tuas, a mensagem presente na última vinheta.

GRUPO III

Responde aos itens que se seguem relativos ao conhecimento da língua.

1. Na banda desenhada, tanto o Calvin como a Susie desrespeitam o princípio dacortesia ao tentarem comunicar entre si. Prova, com dois exemplos, que o princípioda cortesia não é respeitado pelos dois interlocutores.

2. Duas das quatro frases seguintes contêm um nome não contável. Escreve as duas letras correspondentes às opções que escolheres.

a) «Ele tinha uma certa vergonha de se apresentar ao pai com uma noz enquantoos irmãos levavam o cânhamo fiado.»

b) «… a rã esperava-o numa carruagem feita de uma folha de figueira puxada porquatro caracóis.»

c) «…as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias.»

d) «E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha.»

3. Preenche a coluna B da grelha, indicando um adjetivo que derive dos nomes pre-sentes na coluna A.

(4 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

A. B.

Dia

Anel

(2 pontos)

45 pontos

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A. B.

a) O filho mais novo atirou a pedra e esta caiu num fosso. 1) Ideia de contraste

b) Ou aceitava a rã como noiva ou abdicava do trono. 2) Ideia de conclusão

c) A tecedeira fez um bom trabalho mas a rã superou o desafio. 3) Ideia de alternativa

d) O filho do rei aceitou casar-se com a rã, logo o encantamento quebrou-se. 4) Ideia de adição

4. «Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia.»Completa a frase seguinte com um quantificador numeral, de forma a provar que onome «bodas» é contável.

– Quando nasceram os netos, o rei passou a realizar, no mínimo, _______________ bodaspor ano.

5. Reescreve cada uma das frases, substituindo as expressões destacadas por um doselementos presentes no quadro apresentado.

a)O filho mais novo trazia com ele a noz dada pela noiva.

b) Comprei este livro para ti e para a Maria.

c)Gostaria de recontar esta história aos meus amigos.

d) Posso ler o texto contigo e com o António.

6. Associa cada uma das ideias presentes na coluna B a cada uma das palavras desta-cadas na coluna A.Escreve as letras e os números correspondentes.

7. Preenche os espaços em branco com uma das conjunções ou locuções conjun-cionais presentes no quadro seguinte. Escreve a alínea e o elemento que lhe corres-ponde.

O Rei reconheceu _____________ a) _____________ o facto de a rã ter tecido a melhor tela_____________ b) _____________ admitiu que esta merecia ser rainha _____________ c) _____________vencera os dois desafios. Marcaram as bodas, _____________ d) _____________ não esperavamque a rã se transformasse numa princesa.

Não só […] como também • pois •mas

consigo • convosco • lhes • vos

(2 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

20 pontos

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GRUPO IV

Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade. Escreve um texto de 18 a 25 linhas.

a)No final do conto de Italo Calvino, a rã afirma:«– Eu era uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse

em casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.»

Imagina um diálogo entre a princesa e o filho mais novo do rei, em que esta relate osacontecimentos que deram origem ao encantamento.

No teu texto deves:– respeitar as regras da construção do diálogo;– incluir os sentimentos da princesa relativamente ao encantamento;– incluir a opinião final do filho mais novo face ao relato.

b) Recorda as tiras de banda desenhada presentes no grupo A.Escreve o convite que Calvin faria a Susie, caso pretendesse desculpar-se pela sua

atitude no dia dos namorados, convidando-a para sair. No convite, deves respeitar oprincípio da cortesia e referir:

– quem convida;

– o acontecimento em causa;

– o destinatário do convite;

– a data e o local da realização do mesmo.

FIM

(25 pontos)

25 pontos

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TESTE2

GRUPO I

Antes de iniciares a audição do programa «Lendas e Calendas», lê as perguntas.Seguidamente, ouve atentamente o reconto da lenda de Santiago e responde às

questões.

1. De acordo com a lenda que ouviste, indica quais as afirmações falsas e quais as ver-dadeiras e apresenta uma alternativa verdadeira para as frases falsas.

a) Esta narrativa oral é dividida em capítulos.

b)Todas as lendas portuguesas nasceram em território nacional.

c) Esta lenda é protagonizada por três cavaleiros oriundos do sul do país.

d) Os cavaleiros deslocam-se a Santiago de Compostela em peregrinação.

e) A basílica para onde se dirigem os peregrinos situa-se na Península Ibérica.

2. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.

2.1.Relativamente aos motivos que originaram a peregrinação dos três cavaleiros,o narrador

a) afirma que são determinantes para a compreensão da lenda.

b) afirma que não têm influência no decorrer dos acontecimentos.

c) afirma que serão revelados no final da narrativa.

d) não faz qualquer tipo de afirmação.

2.2.O narrador da lenda de Santiago

a) é imparcial.

b) é, por vezes, irónico.

c) é parcial.

d) é muito crítico.

Narrativa 1

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

(5 pontos)

(3 pontos)

Áudio • Faixa 23 «Lendas e Calendas»,programa radiofónico

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2.3. Inicialmente, os cavaleiros deslocavam-se

a) a cavalo e levavam muitos mantimentos.

b) a pé e levavam os cavalos carregados de comida.

c) a cavalo, contudo tinham poucos recursos.

d) deslocavam-se a cavalo e levavam dinheiro suficiente para se sustentar.

3. Identifica a personagem que levou o Cavaleiro D. João a descer do seu cavalo e con-tinuar a peregrinação a pé.

GRUPO II

Parte A

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Sem limites

A geóloga1 Daniela Teixeira subiu duas montanhasna Índia: Ekdant, por um itinerário2 novo, e Kartik,nunca antes escalada. Aventura em perfeita comunhãocom a natureza, que a fez questionar tudo aquilo desupérfluo que a rodeia.

Daniela Teixeira escapou a avalanches, tempestades elétricas e outrosfenómenos da natureza. Mas conseguiu. Em maio e junho deste ano, estageóloga de 35 anos abriu duas vias de alpinismo na grande cordilheirados Himalaias na Índia, por itinerários absolutamente inovadores – zonasde montanha virgem que, ao que se pensa, nunca foram pisadas poralgum humano. Fê-lo na companhia de Paulo Roxo, seu parceiro tambémde vida, e de uma «estrela da sorte» que a protegeu até chegar aoscumes de Ekdant (6 100 m) e Kartik (5 115 m).

O que é que mais a emocionou durante as cinco semanas de expe-dição? «A consciência de que ambas as ascensões dependeram integral-mente da nossa imaginação, do nosso sentido tanto de planeamentocomo de improviso, do nosso esforço físico e mental, e, especialmente,do nosso companheirismo», diz Daniela. «Ultrapassámos os nossospróprios limites e capacidades».

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Logo nas primeiras noites, por exemplo, foi apanhada por uma tempes-tade elétrica e teve de regressar ao campo base. Andou perdida com ocompanheiro durante mais de hora e meia em plena noite, mas nãopodia arriscar dormir numa tenda montada junto a uma aresta – zonasperigosas por onde os raios passam frequentemente. Mais tarde, nessaexpedição, também se deparou com neve. Recuou. E por pouco não foiapanhada por uma avalanche, que Paulo Roxo, na altura um pouco maisatrás, viu passar literalmente ao lado. A adrenalina faz parte do jogo, assimcomo o bom senso, «embora por vezes arrisquemos demais», admite.Mas, sobretudo, algo maior: o estado de perfeita comunhão com anatureza. «A beleza envolvente supera-nos».

Daniela não voltou uma pessoa diferente, mas sim mais rica e humilde.«Aprendi um pouco mais acerca de mim própria e também acerca doPaulo, e, sobretudo, que a natureza é muito mais forte do que nós. Podetratar-se do melhor alpinista do mundo, mas se as condições não o permi-tirem ele nunca conseguirá escalá-la». Sobretudo, retirou destes dias umgrande ensinamento: em sociedade vivemos com mais de 90% além doque realmente necessitamos. «Hoje estou bem com o que tenho, mesmoque seja pouco. Lá em cima vivi feliz com muito menos».

Daniela pensa em desbravar, nos próximos tempos, outras montanhasvirgens, na Índia. Onde o seu sorriso brotará não da compra do últimomodelo de telemóvel, mas do sentimento de confiança e companheiris-mo que partilha com Paulo Roxo e da beleza esmagadora da paisagem.

Sara Raquel Silva, Gingko, n.o 23, setembro de 2010 (texto adaptado)

VOCABULÁRIO

1 geóloga – especialista que estuda a origem e a constituição da Terra.2 itinerário – percurso, caminho.

Responde aos itens que se seguem.

1. Ordena as frases de (1) a (7), de acordo com a sequência pela qual as informaçõessão apresentadas no texto da revista. Repara que a última frase da sequência jáestá numerada.

______Nas primeiras noites de caminhada, a protagonista foi surpreendida por umatempestade elétrica.

______Ao regressar a Portugal, Daniela Teixeira afirmou ter voltado uma pessoamais rica e humilde.

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______A montanhista pensa escalar, proximamente, outras montanhas virgens naÍndia.

______Em maio e junho de 2010, a geóloga subiu a duas montanhas da cordilheirados Himalaias.

______Na sociedade atual, vive-se com mais de 90% dos bens indispensáveis.

______Daniela Teixeira e Paulo Roxo estiveram perdidos em plena noite.

______Durante a expedição, a geóloga enfrentou neve, tendo de recuar.

2. Relê a frase.

«Fê-lo na companhia de Paulo Roxo, seu parceiro também de vida, e de uma "estrelada sorte" que a protegeu até chegar aos cumes de Ekdant...» (linhas 11-13)

Indica a que se refere o pronome «que».

3. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada aosentido do texto.

3.1.A expressão «supérfluo» (linha 5) pode ser substituída por

a) desnecessário.

b) essencial.

c) importante.

d) inadequado.

3.2.A palavra destacada na frase: «A consciência de que ambas as ascensõesdependeram integralmente da nossa imaginação» deve ser entendida como

a) em parte.

b)muitas vezes.

c) totalmente.

d) frequentemente.

3.3.Do ponto de vista de Daniela Teixeira, a aventura relatada no artigo foi

a)muito enriquecedora, mas a não repetir.

b) única mas dececionante.

c) inesquecível e uma entre várias a realizar no futuro.

d) diferente mas traumatizante.

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(6 pontos)

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Parte B

Lê o excerto do Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Todas as portas se abriram, e os homens da floresta reconheceram oCavaleiro que rodearam com grandes saudações.

Este penetrou na cabana maior e sentou-se ao pé do lume enquantoos moradores lhe serviram pão com mel e leite quente.

– Já pensávamos que não voltasses mais – disse um velho de grandesbarbas –.

– Demorei mais do que queria – respondeu o peregrino –. Mas graçasa Deus cheguei a tempo. Hoje antes da meia-noite estarei em minha casa.

– É tarde - disse o velho – o dia já escureceu, vai nevar e de noite nãopoderás caminhar.

– Nasci na floresta – respondeu o peregrino – conheço bem todos osseus atalhos. Seguindo ao longo do rio não me posso perder.

– A floresta é grande e na escuridão ninguém a conhece. Ficaconnosco e dorme esta noite na minha cabana. Amanhã, ao romper dodia, seguirás o teu caminho.

– Não posso – tornou o Cavaleiro – prometi que estaria hoje emminha casa.

– A floresta está cheia de lobos esfomeados. Que farás tu, se umamatilha te assaltar?

Mas o Cavaleiro sorriu e respondeu:– Não sabes que na noite de Natal as feras não atacam o homem?E tendo dito isto levantou-se, despediu-se dos lenhadores, montou a

cavalo e seguiu o seu caminho. Dirigiu-se para a esquerda procurando ocurso gelado do rio. Mas mal se afastou um pouco da aldeia a nevecomeçou a cair tão espessa e tão cerrada que o Cavaleiro mal via.

– Depressa – pensava ele –, tenho de chegar depressa ao pé do rio.[…]

Mas o rio não aparecia, e a noite começou a avançar. O homem parou e escutou. – Era mais prudente voltar para trás – pensou ele –. Mas se eu não

chegar hoje, a minha mulher, os meus filhos e os meus criados pensarãoque morri ou me perdi nas terras estrangeiras. Passarão um Natal de tris-teza e aflição. É preciso que eu chegue hoje.

E continuou para a frente.

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Agora nenhum ramo estalava e não se ouvia o menor rumor. Os esqui-los, as raposas e os veados já estavam recolhidos nas suas tocas. O cair daneve parecia multiplicar o silêncio.

E o rio parecia ter-se sumido. – Talvez me tenha enganado no caminho – pensou o Cavaleiro –, vou

mudar de direção. […]Por mais que se enrolasse no seu capote, o ar arrefecia-o até aos ossos e

as suas mãos começavam a gelar. Já não sabia há quanto tempo caminha-va, e a floresta era como um labirinto sem fim onde os caminhosandavam à roda e se cruzavam e desapareciam.

– Estou perdido – murmurou ele baixinho –.Então a treva encheu-se de pequenos pontos brilhantes, avermelhados

e vivos. Eram os olhos dos lobos. O Cavaleiro ouvia-os moverem-se em leves passos sobre a neve, sentia

a sua respiração ardente e ansiosa, adivinhava o branco cruel dos seusdentes agudos.

Em voz alta disse: – Hoje é noite de trégua, noite de Natal. E ao som destas palavras os

olhos recuaram e desapareceram. Mais adiante ouviu-se o ronco dum urso. O Cavaleiro estacou a sua

montada e a fera aproximou-se. Vinha de pé e pousou as patas de frenteno pescoço do cavalo.

O homem ouviu-o respirar, sentiu o seu pelo tocar-lhe a mão e viu aum palmo de si o brilho dos pequenos olhos ferozes.

E em voz alta disse: – Hoje é noite de trégua, noite de Natal. Então o bicho recuou pesadamente e grunhindo desapareceu. E o Cavaleiro entre silêncio e treva continuou a caminhar para a frente.

Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas, (texto com supressões)

Responde aos itens que se seguem.

4. O texto relata o regresso do Cavaleiro da Dinamarca ao seu país natal, após umalonga viagem. Caracteriza, através de um adjetivo, a forma como o Cavaleiro foirecebido pelos lenhadores.

5. O Cavaleiro quer chegar a sua casa naquela mesma noite, contudo o velho lenhadoraconselha-o a ficar. Apresenta dois argumentos utilizados pelo velho de longas bar-bas para convencer o Cavaleiro.

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6. Refere dois contra-argumentos apresentados pelo Cavaleiro para fundamentar anecessidade de partir.

7. A partir do momento em que se afasta da aldeia dos lenhadores, o Cavaleiroenfrenta diversos obstáculos.Indica dois desses obstáculos, mantendo a ordem pela qual aparecem no texto.

8. A forma como o Cavaleiro vai agindo na sua caminhada pela floresta permite carac-terizá-lo.Indica dois traços de caráter do Cavaleiro, visíveis através das suas atitudes.

9. Transcreve uma expressão que permita localizar a ação no tempo.

10. Uma editora está a organizar duas antologias de textos narrativos com os títulosseguintes:

Diz em qual destas antologias incluirias o texto que acabaste de ler, justificando atua resposta.

GRUPO III

Responde aos itens que se seguem de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Tendo em conta o artigo de dicionário que se segue para a entrada «trégua», clas-sifica cada afirmação como verdadeira ou falsa. Corrige as frases falsas.

José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Ediclube (adaptado)

a) A palavra trégua é um nome feminino de origem latina.

b) A palavra trégua pode ser sinónima de intervalo.

c) A palavra trégua usa-se minoritariamente no plural.

Contos e lendas portuguesas Narrativas de autores portugueses

(5 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

(2 pontos)

(6 pontos)

trégua, n. f. (lat. tranga) 1 Suspensão temporária de armas e hostilidades (usa-se mais no plural). //2 Descanso; interrupção. // 3 Intervalo, cessação transitória. // 4 Guerra sem tréguas, guerra contínua,sem interrupção, guerra impiedosa. // 5Não dar tréguas, não conceder descanso. // 6Não ter paz nem tré-guas, não ter um momento de descanso. // 7 Pôr tréguas a, interromper. // 8 Sem tréguas, constantemen-te, sem intervalo, sem cessar. // 9 (Hist). Trégua de Deus, lei religiosa, aprovada em 1041, a qual proibiaqualquer ato de violência, desde segunda-feira à tarde até quarta-feira de manhã.

(6 pontos)

45 pontos

Page 18: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

17

d)No artigo do dicionário, a palavra trégua está integrada em seis expressões.

e) A palavra trégua possui um significado específico na área da História.

f)Descanso surge como antónimo de trégua.

2. Identifica nas frases seguintes os pronomes relativos.

a) O lenhador que falou tinha grandes barbas.

b) Todos observaram o Cavaleiro, a quem admiravam profundamente.

c) O Cavaleiro acariciou o seu cavalo, que o acompanhara na viagem.

3. Identifica o nome para o qual remete cada um dos pronomes relativos que iden-tificaste em 2.Escreve a alínea e a palavra respetiva.

4. Completa cada uma das frases seguintes, usando quatro das formas verbais apre-sentadas no quadro.

O Cavaleiro da Dinamarca ________ durante horas seguidas. Na realidade já se ________muito cansado mas já ________ que não ia desistir. Amanhã, ________ o final desta narrativa.

5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, através da letra adequada, demodo a identificar corretamente a função sintática da expressão destacada.

decidiu caminhava caminhou reveláramos

sentiu revelaremos decidira sentia

1. Cavaleiro, ficai esta noite na minha cabana. – disse o lenhador.2. Calmamente, o Cavaleiro bebeu o leite quente.3. Não poderei aceitar tão honroso convite, amigo lenhador.4. O velho lenhador temia pela vida do Cavaleiro.

a) Sujeitob) Vocativo

5.1. 5.2. 5.3. 5.4.

(3 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

20 pontos

a) b)

c) d)

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18

GRUPO IV

Escolhe apenas uma das alternativas apresentadas e realiza a atividade. Escreveum texto de 18 a 25 linhas.

a) O Cavaleiro tinha decidido partir para Jerusalém, em peregrinação, prometendoque voltaria na noite de Natal, dois anos depois. Na viagem, fez muitos amigos, conheceudeslumbrantes cidades europeias e ouviu histórias maravilhosas. Agora, precisa decumprir a promessa que fez à sua família.Como certamente verificaste, o excerto do livro de Sophia de Mello Breyner não nos dáa conhecer qual terá sido o desfecho da situação vivida pela personagem.

Imagina a conclusão desta história.

No teu texto deves:

– ordenar os acontecimentos logicamente;

– caracterizar os sentimentos do Cavaleiro à medida que vai avançando na floresta;

– introduzir uma expressão conclusiva no final da história.

ou

b) Imagina que o Cavaleiro encontra um velho amigo que tinha vindo à sua procura,na tentativa de conduzi-lo à sua casa. No entanto, ao encontrarem-se, ambos concluemque estão perdidos. Perante tal facto, o Cavaleiro considera que deverão continuar ocaminho naquela noite, mas o amigo tenta convencê-lo de que será melhor dormiremna floresta e retomar o percurso quando o dia nascer.

Dá continuidade à história, incluindo um diálogo entre estas duas persona-gens, onde apresentem os argumentos utilizados para defender os seus pon-tos de vista.

No teu texto deves:

– respeitar as regras do diálogo;

– introduzir as falas das personagens com verbos como dizer, afirmar, assegurar,questionar, entre outros;

– usar o vocativo.

FIM

(25 pontos)

25 pontos

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19

TESTE3

GRUPO I

Antes de iniciares a audição da entrevista ao escritor angolano Ondjaki, lê as per-guntas.

Seguidamente, ouve atentamente a informação presente no vídeo e responde àsquestões.

1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.

1.1.A apresentação do livro de Ondjaki realizou-se

a) recentemente, na capital portuguesa.

b) no mês passado, em Lisboa.

c) recentemente, no Brasil.

d) no dia 6, na capital angolana.

1.2.Ondjaki optou por esta dupla edição por

a) uma razão revelada na entrevista.

b) duas razões não divulgadas na entrevista.

c) duas razões explicadas pelo escritor na entrevista.

d) uma razão não mencionada na entrevista.

1.3.Um dos títulos incluídos na dupla edição do livro de Ondjaki, chama-se

a) Fora de mim é o sul.

b) Dentro de mim faz sul.

c) Ato de sangue.

d) Factos de sangue.

Narrativa 2

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

(10 pontos)

VídeoEntrevista ao escritorangolano Ondjaki

10 pontos

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20

1.4. A carreira de Ondjaki como escritor iniciou-se

a) em 2000.

b) em 2001.

c) em 2005.

d) em 2010.

1.5.O escritor angolano escreve

a) com grandes intervalos de tempo.

b) semanalmente.

c)mensalmente.

d) permanentemente.

GRUPO II

Parte A

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

O Kazukuta

Para o tio Joaquim

Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas, das pitangas1 edas goiabas1, e era mesmo por gritarmos ou por corrermos que oKazukuta acordava assim no modo lento de vir nos espreitar, saía da caso-ta dele a ver se alguma fruta ia sobrar para a fome dele.

Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de pele jáescura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, eera capaz de ir procurar um bocadinho de sol pra lhe acudir as feridas, ouentão mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meiodas brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força paraeu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o Kazukutanaquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes, ele podia estar a pen-sar. Mesmo se a vida dele era só estar ali na casota meio triste, sair eentrar, tomar banho de mangueira com água fraca, apanhar nêsperaspodres e voltar a entrar na casota dele, talvez ele estivesse a pensar nastristezas da vida dele.

Acho que o Kazukuta era um cão triste porque é assim que me lembrodele. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já

5

10

15

Page 22: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

21

os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando. Mesmo nóssó queríamos que ele saísse do caminho e não nos viesse lamber com ababa dele bem grossa de pingar devagarinho e as feridas quase a nuncasararem. Acho que o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calharele tinha alergia ou medo, não sei, devia perguntar ao tio Joaquim. Tambémo Kazukuta não passeava na rua e cada vez andava só a dormir mais.

Um dia era de tarde e vi o tio Joaquim dar banho ao Kazukuta. Umbanho de demorar. Fiquei espantado: o tio Joaquim que ficava até tarde aler na sala, o tio Joaquim que nos puxava as orelhas, o tio Joaquim silen-cioso, como é que ele podia ficar meia hora a dar banho ao Kazukuta?

Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho, deve ser porque era umbanho sincero, deve ser porque o tio punha devagarinho frases aoKazukuta, e ele depois ia adormecer. Kazukuta: lembro bem os teus olhosdoces a brilhar tipo um mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tioJoaquim silencioso – veio te dar banho de mangueira e te falou palavrastranquilas num kimbundu2 assim com cheiros da infância dele.

E demorou. Nós já estávamos quase a parar a nossa brincadeira.Porque afinal a água caía nos pelos do Kazukuta, e os pelos ficavam assimcoladinhos ao corpo, e virados para baixo como se já fossem muito pesa-dos, e a água acabou, não tinha mais, e mesmo sem fechar a torneira otio Joaquim, com a mangueira ainda a pingar as últimas gotas dela, e noregresso do Kazukuta à casota, depois daquele abano tipo chuvisco denós rirmos, o Tio Joaquim deu a notícia que tinha demorado aqueletempo todo para falar:

– Meninos, a tia Maria morreu.Até tive medo, não daquela notícia assim muito séria, mas do que

alguém perguntou:– Mas podemos continuar a brincar só mais um bocadinho?O tio largou a mangueira, veio nos fazer festinhas.– Sim, podem.Vi um sorriso pequenino na boca dele. Às vezes ele aparecia no quintal

sem fazer ruído e espreitava a nossa brincadeira sem corrigir nada. Olhavade longe como se fosse uma criança quieta com inveja de vir brincarconnosco também.

O tio Joaquim era muito calado e sorria devagarinho como se nuncasoubesse nada das horas e das pressas dos outros adultos. O tio Joaquimgostava muito de dar banho ao Kazukuta.

Ondjaki, Os da Minha Rua, LeYa

VOCABULÁRIO

1 pitangas, goiabas – frutos. 2Kimbundu – língua da região de Luanda.

20

25

30

35

40

45

50

Page 23: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

22

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Seleciona, em cada item, a alternativa que permite obter a afirmação adequada aosentido do texto.

1.1.O Kazukuta acordava

a) porque tinha fome.

b) devido ao barulho da fruta a cair.

c) visto que o tio Joaquim o chamava.

d) devido aos gritos e à correria das crianças.

1.2.Normalmente, o Kazukuta

a) comia a melhor fruta que caía da árvore.

b) comia os restos da fruta que ninguém queria.

c) devorava a fruta que as crianças lhe davam.

d) não comia fruta.

1.3.De uma forma geral, o sentimento que as crianças e os adultos nutriam porKazukuta era de

a) indiferença.

b) admiração.

c) preocupação.

d) carinho

1.4. «… eu pensava que, se calhar, o Kazukuta naquele olhar dele de ramelas emoscas, às vezes, ele podia estar a pensar.» (linhas 10-12)Na frase transcrita está presente um recurso expressivo intitulado

a) anáfora.

b) antítese.

c) personificação.

d) eufemismo.

2. O narrador do conto é participante.Diz se esta afirmação é falsa ou verdadeira, justificando a tua resposta.

3. Um dia, o narrador foi surpreendido pelo facto de o tio Joaquim dar banho aoKazukuta.Refere as razões da surpresa do menino.

(4 pontos)

(4 pontos)

(6 pontos)

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23

4. De acordo com o texto, seleciona as quatro palavras que podem completar a fraseseguinte.

O tio Joaquim, quando dava banho ao Kazukuta, parecia

a) dedicado.

b) desinteressado.

c) apressado.

d) paciente.

e) nervoso.

f) terno.

g) indiferente.

h) afetuoso

5. A determinada altura, o narrador dirige-se diretamente a Kazukuta.Transcreve uma passagem do texto que comprove esta afirmação.

6. Ao longo da narrativa, é possível identificar diversas características de Kazukuta. Com base nos dados que o texto te vai fornecendo, elabora o retrato do cão que dánome a este conto.

7. O narrador recupera, através da memória, um episódio da sua infância. Terá esteepisódio sido importante para o menino?Apresenta a tua opinião relativamente a esta questão. Justifica a tua resposta.

Parte B

Lê atentamente o texto do cartaz do Diário de Notícias.

Conto musical tem estreia mundial em Viana do Castelo

Viana do Castelo acolhe quarta-feira a estreia mundial de umconto musical assinado pelo compositor francês Jean François Lézé,inspirado numa obra do escritor angolano Ondjaki, informou hoje aAcademia de Música da cidade.

Denominada «Estória de mil gotas de sonho», a obra musical baseia-seno conto «Ynari, a menina das cinco tranças», do escritor angolano Ondjaki,que se deslocará a Viana do Castelo expressamente para assistir à estreia.

(2 pontos)

(4 pontos)

(6 pontos)

(6 pontos)

5

Page 25: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

24

«A história será contada com música, canto, dança e narração», explicou àLusa Carla Barbosa, diretora da Academia de Música de Viana do Castelo.

A interpretação é do Ensemble da Fundação Átrio da Música, sob adireção musical do maestro Javier Viceiro.

Depois da estreia em Viana do Castelo, será ainda levada ao palco emPonte de Lima e Paredes de Coura.

Segundo Jean François Lézé, «Estória de mil gotas de sonho» é um contoque «pretende ilustrar musicalmente a inocência, a magia da criança e o poderdas palavras (re)descobertas numa viagem ao som da natureza africana».

O compositor destaca a «orquestração sugestiva e ilustrativa» do conto,cuja narrativa musical se baseia no desenvolvimento do tema principal(tema da Ynari), composto numa «Kalimba» e executado pelo piano, «Osdjembés representam o coração de África, o flautim o homem muitopequenino, o violoncelo a avó da Ynari, a tuba o velho muito velho e ocorne-inglês a velha muito velha», explica.

Este conto integra o projeto «Contos com Música... Música comContos», que a Academia de Viana do Castelo tem vindo a promover nosúltimos quatro meses deste ano.

Iniciado em 2003 e financiado pelo Ministério da Cultura, este projetocombina a música, a literatura, as artes visuais e, pontualmente, o teatro ea dança, com o objetivo de despertar o gosto pela música erudita nascomunidades educativas do distrito de Viana do Castelo. […]

DN Cartaz, 17 de novembro de 2009 (texto com supressões)

8. Ordena as frases de (1) a (7), fazendo corresponder um número a cada alínea, deacordo com a sequência pela qual as informações presentes na notícia são apresen-tadas.

a)Nome do autor do livro que esteve na base da adaptação.

b) Identificação do grupo de atores.

c) Cidades onde a peça será, posteriormente, colocada em cena.

d) Projeto no qual se integra a peça de teatro musical.

e) Dia da estreia.

f) Título do texto que deu origem à peça de teatro.

g) Compositor do conto musical.

9. Indica as informações mais importantes da notícia para alguém que pretende assis-tir a esta peça de teatro.

10

15

20

25

(7 pontos)

(3 pontos)

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25

10. O último parágrafo deste texto jornalístico foi retirado.Mantendo a coerência da notícia, escreve o parágrafo final, sabendo que devesincluir a referência a um projeto futuro da Academia de Música de Viana do Castelo.Não deves ultrapassar as 3 linhas.

GRUPO III

Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com asorientações que te são dadas.

1. Identifica os advérbios presentes na seguinte frase.

«… o tio punha devagarinho frases ao Kazukuta, e ele depois ia adormecer.»

2. Identifica qual o valor semântico de cada um dos advérbios que identificaste em 1.(tempo, lugar ou modo).

3. Expande as seguintes frases, acrescentando-lhes um advérbio de predicado.

a) O cão saiu da casota.

b) O tio Joaquim apareceu no quintal.

4. Completa os espaços seguintes, usando as preposições e contrações presentes noquadro.Não deves repetir nenhuma palavra.

Nós estávamos sempre ________ espera ________ ver a fruta cair. Acordado ________ nós, oKazukuta caminhava ________ junto ________ árvore ________ fazer nenhum barulho.

5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de modo a identificar correta-mente o tipo de sujeito presente nas frases.

a) Olhávamos espantados para o tio Joaquim. (1) Sujeito simples.

b) Anoiteceu cedo, naquele dia. (2) Sujeito composto.

c) O tio Joaquim dava banho ao Kazukuta. (3) Sujeito nulo subentendido.

d) Tanto nós como o Kazukuta aguardávamos (4) Sujeito nulo expletivo.a queda das nêsperas.

sem • de• até• à• da • por

(3 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

45 pontos

a) b) c)

d) e) f)

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26

6. Observa os grupos verbais destacados nas frases presentes no quadro.

Identifica, atribuindo um número a cada alínea, um grupo verbal constituído

1) por um verbo e por um grupo adjetival.

2) por um verbo e por um grupo adverbial.

3) por um verbo e por um grupo preposicional.

4) apenas pelo verbo.

7. Observa os predicados destacados em cada frase e indica o item (de 1 a 3) que permiteidentificar a sua constituição.

a) O tio Joaquim sorria devagarinho. (1)Verbo+complemento oblíquo.

b) O tio gostava do Kazukuta. (2)Verbo+complementodireto+complemento indireto.

c) Eu ofereci-lhe este livro. (3)Verbo+modificador.

GRUPO IV

Todos nós guardamos na memória episódios que recordamos porque nos marcarame continuam a fazer parte do nosso imaginário, por uma ou outra razão.

Escreve um texto narrativo onde recordes um episódio da tua infância, real ou ima-ginado, respeitando os seguintes aspetos:

– escreve o texto na primeira pessoa;

– identifica e caracteriza as personagens intervenientes;

– localiza as ações no espaço e no tempo;

– sequencia corretamente as ações.

Escreve um texto correto e bem estruturado entre 20 e 30 linhas.

FIM

a) A brincadeira começara.

b)Os meninos estavam alegres.

c)O Kazukuta ficara ali.

d)O cão gostava de carinhos.

(4 pontos)

(3 pontos)

20 pontos

(25 pontos)

25 pontos

Page 28: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

27

TESTE 4

GRUPO I

Antes de iniciares a audição da entrevista ao aventureiro dos ares, Nuno Virgílio, lêas perguntas.

Depois, ouve atentamente a informação e responde às questões.

1. De acordo com a informação que ouviste, classifica cada afirmação como ver-dadeira ou falsa, justificando as frases falsas.

a)Nuno Virgílio começou a praticar parapente por iniciativa própria.

b) O piloto iniciou a atividade desportiva na juventude.

c)Na opinião do entrevistador, o sonho de voar é recorrente durante a infância.

d)O parapente permite explorar um elemento desconhecido para a maior partedas pessoas.

e) O piloto de parapente assume-se como alguém que tem realizado alguns dosseus sonhos.

f) O entrevistado afirma que a subida da adrenalina é a melhor sensação durante ovoo.

g) Segundo o entrevistado, na prática do parapente há espírito de competição.

h)Nuno Virgílio é engenheiro aeronáutico.

i)Os conhecimentos adquiridos por Nuno Virgílio na universidade são úteis na suaprática desportiva.

j) O piloto atingiu o seu recorde pessoal através de um voo em território português.

Narrativa 2

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

Áudio • Faixa 24 Entrevista de ValterMadureira a NunoVirgílio, praticantede parapente

(10 pontos)

10 pontos

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28

GRUPO II

Parte A

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

A Composição do Ar

É de crer que logo no início da sua presença na Terra os primeiroshomens tivessem percebido que viviam mergulhados num meio (o ar)que lhes era indispensável à vida. Na sua mente ainda confusa, mas jádesperta, reconheceriam o prazer de assomar ao buraco da caverna quelhes servia de habitação protetora, e de aspirar profundamente o ar circun-dante. Qualquer coisa lhes penetrava pela boca e pelas narinas, coisaagradável, reconfortante, e que, segundo lhes deveria parecer, tornava asair pelas mesmas entradas, esvaziando-lhes a taxa toráxica.Reconheceriam também que os mortos já não praticavam essa função(não respiravam) e que certamente ela estava associada a toda a ativi-dade do homem, pois bastaria tapar-lhe a boca e apertar-lhe as narinasdemoradamente para que a morte se apoderasse dele.

Não admira que durante milénios o ar, que ninguém vê, fosse imagina-do como um ser sobrenatural que penetrava no corpo dos homens e lhesconcedia a vida. Um deus, portanto. Assim foi considerado o ar como umdeus muito temido, umas vezes protetor, quando se deixava aspirar emhaustos1 reconfortantes, outras vezes terrível, quando bramia2, soprava,assobiava, fazia estremecer as robustas árvores e as arrancava do solo,tombando-as. Um deus que merecia toda a veneração e respeito.

Depois, à medida que os milhares de anos se forem sucedendo, quan-do os homens começaram a olhar para a Natureza dirigindo-lhes pergun-tas de resposta difícil – quem fez o Universo?, como é que tudo foiconstruído? Que materiais teriam sido utilizados na sua formação? – o arpassou a ter um papel importante na interpretação de muitos factosobservados. Assim, há 25 séculos, pensavam os filósofos que o Universofora todo construído a partir de quatro «materiais», dos quais um deles eraexatamente o ar. Os outros três eram a água, a terra e o fogo. Não pen-savam bem esses homens, como depois se tornou evidente, mas vive-ram-se largas centenas de anos com essa errada convicção.

Rómulo de Carvalho, A Composição do Ar, Coleção Cadernos de Iniciação Científica 10, Sá da Costa

VOCABULÁRIO

1 haustos – trago, gole (exemplo: gole de água). 2 bramia – ressoava.

5

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. As afirmações de a) a g) referem-se a informações contidas no texto.Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem dos factos descritos.Começa a sequência pela letra f).

a)Os homens concluíram que a sensação de respirar era agradável.

b) A partir de determinada altura os homens começaram a interrogar-se sobre aorigem do Universo.

c) Os primeiros homens associavam o ar a um ser sobrenatural.

d) Progressivamente, o ar passou a ter um papel importante na interpretação dosfactos observados.

e) Os homens concluíram que a respiração estava diretamente associada à vidahumana.

f) Provavelmente, os primeiros homens a habitar a Terra aperceberam-se desdecedo da importância do ar para a sobrevivência da espécie.

g) Os primeiros homens viviam em cavernas.

2. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome «lhes» (linha 6).

Parte B

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medomorria de fome. Não hesitou, pois. Despiu-se e com a trouxa de roupa àcabeça penetrou no líquido esverdinhado de limos1, crente de quealcançaria facilmente a nado o laranjal apetecido.

Mas aconteceu então este fenómeno incrível: à medida que o nadadorse aproximava da outra margem, a água aumentava de volume e a lagoadilatava-se. Por mais esforços que despendesse para fincar as mãos naorla do lago, só encontrava água, água unicamente. A terra afastava-se.

– Bonito! Estou dentro dum lago elástico – descobriu João Sem Medo,esbaforido.

Mas fiel ao seu sistema de persistência enérgica não renunciou aocombate.

As margens desviavam-se, mas o rapaz nadava, nadava sempre, comconfiança plena nos seus braços, na força de vontade e no desejo devencer.

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10

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(9 pontos)

(3 pontos)

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30

– Eh!, alma do diabo, sofre! – instigou-o por fim uma onda a deitar osbofes de espuma pela boca fora.

Um peixe insurgiu-se com voz mole: – Assim não vale! Vê se acabas com isso. Eu e os meus camaradas

peixes queremos dormir em sossego. Vamos, chora! Uma gaivota baixava de vez em quando para lhe insinuar, baixinho: – Então? Toma-te infeliz. Soluça. Berra. Chora. Lembra-te de que

seguiste o Caminho da Infelicidade. Não faças essa cara de quem ganhoua sorte grande.

Por último, uma coruja de mitra2 pequenina na cabeça e venda nosolhos – para voar de dia e de noite em perpétua escuridão – segredou --lhe ao ouvido:

– Queres laranjinhas? Ouve a minha sugestão: representa a comédiada dor. Finge que sofres muito, sê hipócrita. Mente. Pede a esmolinha deuma laranja por amor de Deus. Vá! Não sejas tolo. Chora.

Como única resposta, João Sem Medo repeliu a coruja, fez das tripascoração e desatou a cantar à sobreposse3.

Então, ao som do seu canto, por fora tão vibrante e viril, a fúria daságuas amainou4. O rugir das ondas amorteceu lentamente. Um murmúriode desistência soprou pela superfície do lago. E João Sem Medo, comalgumas braçadas vigorosas e seguras, logrou pôr o pé em terra perto dolaranjal carregado de pomos de ouro.

Claro, correu logo como um doido para a árvore mais próxima, sôfregode engolir meia dúzia de laranjas. Mas, num lance espetacular, os frutosdiminuíram rapidamente de volume até atingirem o tamanho de berlindese – zás! – com um estoiro despedaçaram-se no ar.

Humilhado, e a contar com nova surpresa desagradável, abeirou-se deoutra laranjeira. Desta vez, porém, as laranjas transformaram-se emcabeças de bonecas doiradas e deitaram-lhe a língua de fora.

– A partida anterior teve mais graça! – observou João Sem Medo. […]Então, numa tentativa suprema, João Sem Medo acercou-se de outra

árvore, sorrateiramente, em bicos de pés. Tudo inútil. Como se estivessem combinadas, as laranjas e as tangeri-

nas do pomar desprenderam-se dos troncos, abriram pequeninas asasazuis e começaram a subir serenamente no céu.

Apesar da fome, João Sem Medo, com os olhos fixos no espetáculomaravilhoso das bolas de ouro a voarem, não pôde reprimir este clamorde entusiasmo, braços erguidos para o ar:

20

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50

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31

– Parabéns, Mago. Parabéns e obrigado por este instante, o mais beloe bem vivido da minha vida. Obrigado. Mas agora ouve o que te peço:desiste de me perseguir. Convence-te de que, para mim, a felicidade con-siste em resistir com teimosia a todas as infelicidades. E vai maçar outro.Ouviste? Vai maçar outro.

José Gomes Ferreira, Aventuras de João Sem Medo, Diabril,(texto com supressões)

VOCABULÁRIO

1 limos – planta da família das algas, que cobre com um tapete verde a superfície das águas estagnadas.2mitra – cinta, faixa para a cabeça, diadema.3 sobreposse – excessivamente, em desafio.4 amainou – acalmou.

3. Apresenta a razão pela qual João Sem Medo atravessa a lagoa a nado, apesar do«líquido esverdinhado de limos».

4. Após mergulhar na lagoa, algo de muito invulgar acontece.Transcreve do segundo parágrafo a frase que se refere a esse acontecimento.

5. Relê a frase «Mas fiel ao seu sistema de persistência enérgica não renunciou aocombate.» (linhas 11-12)Explica o sentido das palavras do narrador.

6. Identifica as diversas personagens secundárias que interpelam João sem Medodurante a travessia da lagoa.

6.1. «Transcreve o conector discursivo que introduz a última personagem.

7. «…Estou dentro dum lago elástico.» (linha 9)Nesta frase, está presente um recurso expressivo que se chama

a) enumeração.

b) eufemismo.

c)metáfora.

d) comparação.

8. A coruja de mitra dá diversas ordens a João Sem Medo.Transcreve três formas verbais no modo imperativo utilizadas pela personagemsecundária.

55

(3 pontos)

(3 pontos)

(5 pontos)

(6 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

(3 pontos)

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32

9. Mantendo a sua atitude positiva e persistente, João alcança a margem e tenta deli-ciar-se com as apetitosas laranjas. Enumera os três acontecimentos surpreendentes que impediram João de realizar oseu desejo.

10. Após as inacreditáveis peripécias, João Sem Medo dirige ao Mago uma mensagemonde apresenta a sua opinião sobre a palavra felicidade.Diz, por palavras tuas, qual a definição apresentada pelo protagonista.

GRUPO III

Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com asorientações que te são dadas.

1. Relê a seguinte fala da coruja, dita quando João Sem Medo estava a atravessar alagoa a nado.Seleciona a alínea correta para completares a afirmação.

«– Queres laranjinhas? Ouve a minha sugestão: representa a comédia da dor. Fingeque sofres muito, sê hipócrita. Mente. Pede a esmolinha de uma laranja por amor deDeus. Vá! Não sejas tolo. Chora.»

Nesta fala,

a) é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja ajuda João a atravessar olago.

b) é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja apenas pretende queJoão oiça o seu conselho.

c) não é respeitado o princípio da cooperação porque João Sem Medo não querouvir a coruja.

d) não é respeitado o princípio da cooperação porque a coruja não ajuda o meninodesinteressadamente.

(4 pontos)

(5 pontos)

(2 pontos)

45 pontos

Page 34: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

33

2. Lê o excerto transcrito.

Transcreve para cada uma das colunas uma palavra correspondente à classe gra-matical referida.

«A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medo morria defome. Não hesitou, pois. Despiu-se e com a trouxa de roupa à cabeça penetrou no líqui-do esverdinhado de limos, crente de que alcançaria facilmente a nado o laranjal apete-cido.» (linhas 1-4)

3. Escolhe o conector adequado para ligares os elementos da coluna A aos elementosda coluna B, de modo a construíres frases complexas. Só podes usar cada palavrauma única vez.

4. Transforma as frases, substituindo o sujeito, o complemento direto e o complemen-to indireto pelos pronomes pessoais adequados.

a) João Sem Medo repeliu a coruja.

b) A gaivota e a coruja segredaram ao menino.

5. Identifica a função sintática dos elementos destacados: modificador ou comple-mento oblíquo.

a) Ele observava as laranjas na outra margem.

b) João nadava furiosamente.

c) O rapaz gostava de desafios.

d) João colocou a trouxa de roupa na cabeça.

Adjetivo Determinante Conjunção Nome Preposição Quantificador

pois depois de por consequência

A.

a) A lagoa dilatava-se

b) Chegou ao outro lado da lagoa

c) Correu como um doido

B.

o rapaz não chegava à margem.

muito persistir.

estava esfomeado.

(3 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

Page 35: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

34

6. Faz corresponder cada alínea a um número do quadro de modo a classificares asorações.«A distância entre as duas margens não era grande e João Sem Medo morria de fome.»

a)

«Finge que sofres muito, sê hipócrita.»b)

As laranjas abriram pequeninas asas azuis que começaram a subir serenamente no céu. c) d)

GRUPO IV

As aventuras de João Sem Medo não podem terminar por aqui. Agora que saltou oMuro e fugiu da sua aldeia, Chora -Que-Logo-Bebes, o protagonista vai continuar adescobrir a Floresta Branca, que, à entrada, tem o seguinte aviso.

Tendo em conta esta proibição, serás o narrador da nova aventura de João SemMedo. Escreve um texto narrativo, respeitando os seguintes aspetos:

– mantém o narrador na terceira pessoa;

– inclui uma descrição de um local assustador;

– inventa e caracteriza um novo habitante fantástico da Floresta Branca;

– mantém a coerência em relação ao texto que leste.

Escreve um texto correto e bem estruturado entre 20 e 30 linhas.

FIM

1) Oração subordinante.

2) Oração subordinada relativa.

3) Oração subordinada completiva.

4) Oração coordenada copulativa.

É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR.

(4 pontos)

20 pontos

(25 pontos)

25 pontos

Page 36: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

35

TESTE5

GRUPO I

Ouve atentamente uma canção da autoria do grupo português Deolinda. Após aaudição, responde às questões.

1. Completa as afirmações, selecionando a alternativa correta.

1.1.No início da canção, o sujeito pede ao destinatário que

a)mude de vida e inicie sozinho um novo desafio.

b) continue a viver do mesmo modo.

c)mude de vida e iniciem juntos um novo desafio.

d) esqueça tudo o que viveu.

1.2. Segundo a canção, a vida

a) é vivida calmamente.

b) é vivida de forma moderada.

c) é uma luta a favor do tempo.

d) é uma luta contra o tempo.

1.3.Hoje em dia, na generalidade somos

a) solidários.

b) individualistas.

c) compreensivos.

d) violentos.

1.4.O sujeito convida o destinatário a

a) parar, encostar a bicicleta e sair da corrida.

b) entrar no carro e iniciar a corrida.

c) parar, encostar o carro e sair da corrida.

d) parar, entrar no autocarro e desistir da corrida.

Poesia

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

(9 pontos)

Áudio • Faixa 25 «Um contra o outro»Deolinda

Page 37: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

36

1.5. Segundo o sujeito, a vida do destinatário é

a)maravilhosa.

b) repetitiva.

c) encantadora.

d) imprevisível.

1.6. A primeira frase do refrão da música é:

a) Sai da casa e vem sozinho para a rua.

b) Fica em casa, não venhas para a rua.

c) Fica em casa comigo.

d) Sai de casa e vem comigo para a rua.

2. Completa os espaços em branco do refrão da música:«vem, que essa vida que ________ /Por mais vidas que tu ________ /é a tua que/ mais________ se não vens.

(1 ponto)

a) b)

c)10 pontos

Page 38: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

37

GRUPO II

Parte A

Lê atentamente o seguinte regulamento.

DIA MUNDIAL DA POESIA

CONCURSO FAÇA LÁ UM POEMA2010-2011

Regulamento

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/upload/ficheiros/regulamento_flp(1).pdf (adaptado)

1. O concurso Faça lá um poema decorreráentre dezembro de 2010 e março de 2011,destinando-se a premiar poemas escritospor alunos dos seguintes níveis educativos:• 1.o Ciclo do Ensino Básico• 2.oCiclo do Ensino Básico• 3.o Ciclo do Ensino Básico• Ensino Secundário

2. A participação no concurso é individual.

3. Calendarização das atividades

• Seleção dos melhores trabalhos pelasescolas agrupadas (máximo de 1 poemapor cada nível de ensino) e respetivo enviopara a sede do agrupamento – até 21 dejaneiro de 2011.

• Submissão do formulário pela sede doagrupamento, com os trabalhos sele-cionados. (máximo 4 por sede de agrupa-mento, 1 poema por cada nível de ensino) –até 4 de fevereiro de 2011.

4. Não há qualquer tema obrigatório paraos poemas a concurso.

5. O formulário do concurso deverá serdevidamente preenchido no endereço doPlano nacional de leitura e submetido porum professor responsável.(http://sipnl.planonacionaldeleitura.gov.pt/login.jsp)

6. Só serão consideradas válidas as inscriçõescom os dados de identificação da escola e dosparticipantes e submetidas dentro do prazo.

7. Os trabalhos serão avaliados por umjúri de cinco elementos designados peloPlano nacional de leitura e pelo CentroCultural de Belém.

8. Os trabalhos que não corresponderemàs cláusulas do presente regulamentoserão desclassificados.

9.Não haverá recurso das decisões do júri.

10. Os prémios a atribuir aos três pri-meiros classificados de cada nível de ensi-no serão anunciados oportunamente.

11. As escolas dos alunos premiados serãocontempladas com um conjunto de livros.

12. Os trabalhos premiados serão divulga-dos no Sítio dos Concursos no Portal do PNL.

13. Os premiados serão convidados a apre-sentar pessoalmente os seus trabalhos nacerimónia pública de entrega dosprémios, a realizar em 20 de março de2011 (Dia Mundial da Poesia), no CCB –Centro Cultural de Belém – Lisboa.

14. Os encargos com o transporte e o alo-jamento dos premiados serão da respon-sabilidade da organização do concurso.

Page 39: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

38

1. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa quecompleta cada afirmação, de acordo com a informação presente no regulamento.

1.1.Um regulamento é

a) uma narrativa.

b) uma descrição.

c) uma enumeração de normas.

d) um texto de opinião.

1.2.O concurso Faça lá um Poema

a) decorre no ano de 2010.

b) decorre no ano de 2011.

c) inicia-se em 2010 e termina em 2011.

d) realiza-se em 2012.

1.3.O concurso está aberto

a) a todos os alunos dos ensinos básico e secundário.

b) exclusivamente a alunos do ensino básico.

c) exclusivamente a alunos do ensino secundário.

d) a alunos dos 2.o e 3.o ciclos do ensino básico e do ensino secundário.

1.4.O formulário do concurso deverá

a) ser enviado pelo correio.

b) preenchido diretamente na página da internet do Plano nacional de leitura.

c) entregue pessoalmente no Ministério da Educação.

d) ser recolhido por um responsável do Plano nacional de leitura.

2. Identifica as afirmações verdadeiras e falsas, corrigindo as frases falsas.

a) Cada escola pode concorrer, no máximo, com quatro poemas.

b) Os poemas devem obedecer a um tema obrigatório.

c)Não serão aceites trabalhos fora do prazo.

d) Os cinco elementos do júri são designados pela escola.

e)Os concorrentes não podem recorrer da decisão do júri.

f)As escolas pagarão o transporte e o alojamento dos alunos concorrentes.

(6 pontos)

(8 pontos)

Page 40: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

39

Parte B

Lê o poema de António Gedeão. Em caso de necessidade, consulta o vocabulárioapresentado.

Poema do Homem-Rã

Sou feliz por ter nascidono tempo dos homens-rãsque descem ao mar perdidona doçura das manhãs.Mergulham, imponderáveis1,por entre as águas tranquilas,enquanto singram2, em filas,peixinhos de cores amáveis.Vão e vêm, serpenteiam,em compassos de ballet.Seus lentos gestos penteiammadeixas que ninguém vê.

Com barbatanas calçadase pulmões a tiracolo,roçam-se os homens no solosob um céu de águas paradas.

Sob o luminoso feixe3

correm de um lado para outro,montam no lombo de um peixecomo no dorso de um potro4.

Onde as sereias de espuma?Tritões5 escorrendo babugem6?E os monstros cor de ferrugemrolando trovões na bruma7?

Eu sou o homem. O Homem.Desço ao mar e subo ao céu.Não há temores que me domemÉ tudo meu, tudo meu.

António Gedeão, Obra completa, Relógio d’Água

VOCABULÁRIO

1 imponderáveis – imprevisíveis. 3 feixe – porção de luz. 5Tritões – deuses marinhos. 7 bruma – nevoeiro.2 singram – navegam. 4 potro – cavalo jovem. 6 babugem – espuma.

5

10

15

20

25

Page 41: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

40

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

3. Indica a razão da felicidade do sujeito poético.

4. Identifica e caracteriza o espaço onde se movimentam os homens-rãs.

5. Transcreve todas as formas verbais que se referem aos movimentos dos homens--rãs.

6. «Com barbatanas calçadas e pulmões a tiracolo».Explica por palavras tuas a expressão destacada.

6.1. Identifica o recurso expressivo presente na expressão transcrita em 6.

7. Caracteriza os homens-rãs através de dois adjetivos à tua escolha.

8. Faz o levantamento de seis palavras que te permitam formar um campo lexical demar.

9. Identifica qual dos cinco sentidos é privilegiado no poema, justificando a tuaresposta.

10. Para cada um dos itens seguintes, indica a letra correspondente à alternativa quecompleta cada afirmação, de acordo com a estrutura do poema.

10.1. As quatro últimas estrofes do poema são

a) quintilhas. c) sextilhas.

b) quadras. d) tercetos.

10.2. Os quatro primeiros versos do poema têm

a) seis sílabas métricas. c) sete sílabas métricas.

b) cinco sílabas métricas. d) oito sílabas métricas.

10.3. A rima usada na terceira estrofe é

a) cruzada. c) interpolada.

b) emparelhada. d) branca.

11. Ao ler a última estrofe, um aluno afirmou:«Este poema elogia o homem moderno».Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta.

(2 pontos)

(4 pontos)

(5 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

45 pontos

Page 42: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

41

GRUPO III

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Preenche os espaços em branco com as formas adequadas dos verbos entre parên-teses, usando apenas tempos simples.

Quero que tu ___________________ (observar) os homens-rãs. Ainda que ___________________(chove), vai até junto do mar. Se nós ___________________ (ver) uma sereia, ficávamos comuma história para contar.

2. Lê, com atenção, as palavras que formam os grupos da tabela .

Em que grupo, A, B, C ou D, integrarias as palavras da tabela , de forma arespeitares a coerência dos mesmos grupos, quanto ao processo de formação depalavras? Escreve a letra que identifica esse grupo.

3. Indica quatro palavras da família de mar.

4. Identifica o modificador de nome presente na expressão «águas tranquilas».

5. Amplia a seguinte frase com modificadores do nome, tendo em conta as indicaçõesentre parênteses.As sereias (grupo preposicional) deslizavam pelas águas (grupo adjetival).

6. Na frase «Eu sou o Homem e conquisto o mar e o céu«, identifica, transcrevendo.

a) duas orações coordenadas.

b) o sujeito da primeira oração.

c) a função sintática da expressão o Homem.

d) a função sintática da expressão o mar e o céu.

2

1

A. B. C. D.

impossíveldestemido

lentamentetemível

guarda-solazul-celeste

enfeitiçaresverdeado

1) homens-rãs Grupo ___________

2) luminoso Grupo ___________

3) imponderáveis Grupo ___________

4) entardecer Grupo ___________

1

2

(3 pontos)

(4 pontos)

(2 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(4 pontos)

20 pontos

Page 43: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

42

GRUPO IV

Realiza as duas atividades de escrita.

a) O poema que leste inclui diversos elementos marinhos. Constrói um glossáriopessoal de seres do mar que conheças, ou de outros inventados por ti (8 a 10palavras).

b)Agora, na posse do teu glossário, imagina que a edição do jornal da tua escoladeste mês era dedicada ao tema «Mar».A partir de uma palavra (ou mais) do teu glossário, elabora um pequeno texto, de10 a 15 linhas, onde apresentes a defesa de um dos seres referidos ou imaginadospor ti no glossário. Coloca um título no teu texto.

FIM

(25 pontos)

25 pontos

Page 44: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

43

TESTE6

GRUPO I

Ouve atentamente a opinião do escritor António Torrado, no programa da TSF Notade Autor.

1. No final da audição deves ser capaz de

a) dizer qual a opinião do escritor sobre o teatro para crianças e jovens em Por-tugal.

b) indicar o encenador cujo comportamento se destaca da maioria relativamenteàs peças infantis.

c) identificar a primeira peça mencionada por António Torrado, em cena no teatroTrindade.

d) indicar o público a quem se dirige a peça identificada em d).

e) identificar o nome do ator destacado pelo seu desempenho na peça para adultos.

Teatro

NOME: ________________________________________________________________________________________________________ TURMA: _____________ N.O: _____________

(10 pontos)

Áudio • Faixa 26 António Torrado,entrevista radiofónica

10 pontos

Page 45: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

44

GRUPO II

Parte A

Lê atentamente os textos A e B.

Agenda Cultural de Lisboa, janeiro 2011

K’CenasCurso de teatro ATL Carnide Centro

Destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos quegostam de teatro e que querem aprofundar conheci-mentos nesta área, a Associação Tenda Palhaços doMundo, em colaboração com a Junta de Freguesiade Carnide, promove o curso de teatro K’Cenas.

O curso, com inscrições já abertas, decorre de 10 dejaneiro a 2 de julho, às segundas e quartas, sob orien-tação do ator António Manuel, a quem os participantespodem colocar todas as dúvidas sobre o que é ser ator. 10 de janeiro a 2 de julho_Rua dos Táxis Palhinhas / 939 749 701/2 / www.tenda.pt

Mentira e AutenticidadeEspetáculo Centro Cultural de Belém

Que formas tem o nosso corpo de se esconder, dementir, de se mostrar? Estas são as questões colo-cadas neste espetáculo da coreógrafa Aldara Bizarro,um trabalho sobre o corpo, inserido no Projeto Respira2011. Mentira e Autenticidade é um projeto de experi-mentação artística aliado à criação de um espetáculode dança, que conta com a participação de alunos dosexto ano de três localidades diferentes.

Alunos, professores e a restante comunidade sãoenvolvidos na criação artística, através de uma pro-posta genuína de partilha e de pesquisa.

Para maiores de seis anos, o espetáculo decorrenos dias 7 e 8 deste mês.

7 e 8 de janeiro_Pç. do Império / 213 612 400 / www.ccb.pt

A

B

Page 46: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

45

1. Indica a fonte dos textos A e B.

2. Identifica o público-alvo das atividades culturais divulgadas em cada um dos artigos.

3. Refere as entidades promotoras do curso de teatro K´Cenas.

4. Seleciona a alínea correta para completares cada frase.

4.1.As inscrições para o curso de teatro

a) abrirão brevemente.

b) já abriram.

c) abrirão a 10 de janeiro.

d) decorrerão entre janeiro e julho.

4.2.O curso de teatro funcionará

a)mensalmente.

b) semanalmente.

c) duas vezes por semana.

d) diariamente.

4.3. «Mentira e autenticidade» é o nome de um

a) espetáculo de dança.

b) projeto experimental e interativo.

c) espetáculo musical.

d) curso de teatro.

4.4.Relativamente aos locais onde decorrem os espetáculos,

a) não são fornecidas informações exatas.

b) há referências explícitas nos textos.

c) há informações vagas nos textos.

d) não há qualquer informação nos textos.

(2 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(6 pontos)

Page 47: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

46

Parte B

Lê atentamente o texto.

O PAI está na sala, sentado à mesa, a limpar o pó a uma das suaspreciosas telefonias.

PAI Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder apaciência… Bolas!... Um intercomunicador para pôr no quartodo bebé! Se já se viu! E é logo uma porrada de dinheiro! Istodepois de ter comprado um guarda-roupa de bebé completo,que a criança fica vestida até lhe caírem os dentes de leite!Não sei quantas camisolinhas de todas as cores e feitios, nãosei quantas calças, calcinhas, calções, porque estavam emsaldo! (A VANESSA entra, sorrateira, e fica a ouvir o PAI, quenão dá por ela) Pois não, quem é que havia de querer com-prar aquela porcaria? Agora dá-lhe para comprar pela televisãoum intercomunicador para ouvir o bebé a chorar no quarto!Como se não se ouvisse bem na sala. Como se vivêssemosnum palácio imenso e não se ouvisse perfeitamente tudo quecada um faz em cada canto da casa! Se até se ouvem os vi-zinhos do quinto andar!

VANESSA Que têm a mania de ir fazer chichi ao meio da noite e puxar oautoclismo!

PAI Ah! Estavas aí?VANESSA Estavas a falar sozinho ou com a telefonia?PAI Com a telefonia. As pessoas crescidas não falam sozinhas.VANESSA Ó Pai, é verdade que ninguém sabe onde é que está Deus?PAI Que raio de pergunta! Por que é que queres saber isso?VANESSA A Mãe diz que é Deus que decide se ela vai ter um rapaz ou

uma rapariga.PAI Ah, disse? Bem, é capaz de ser…VANESSA E o parvalhão do Rodrigo disse logo que Deus sabia tudo mas

que nós é que não sabíamos onde é que Ele está e por issonão podíamos perguntar e a Fada Marina…

PAI Quem?VANESSA Esquece. O que é que tu achas? É Deus que sabe mas não

diz?PAI Eu acho que Deus é uma coisa que se encontra nas células

das pessoas.VANESSA Como o sangue?

5

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15

20

25

30

35

Page 48: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

47

PAI Uma célula tem uma data de cromossomas e nos cromosso-mas estão os genes, quer dizer, o código genético.

VANESSA Sim, está bem, mas quem é que decide?PAI Eu é que decido.VANESSA Tu? PAI Sim eu, mas é sem querer.VANESSA Sem querer? Uma coisa tão importante e ninguém liga nenhu-

ma! A Mãe diz que tanto lhe faz, e tu achas que decides semquerer?

PAI O que eu quero dizer é que é o pai da criança que tem oscromossomas X ou Y, olha, já não me lembro. Se quiseres vaiali buscar a Enciclopédia.

VANESSA Não, deixa, não vale a pena.PAI Vale a pena sim senhor, eu é que não me lembro, acho que é

o cromossoma Y que decide o rapaz. À partida, todas as pes-soas são raparigas.

VANESSA Pá, não me digas!PAI Deixa ver se me lembro, que eu já estudei isso há uma data

de tempo. Ora deixa cá ver. É assim: o pai tem cromossomasX e Y e a mãe tem só X. Quer dizer que, quando fazem umbebé, metade dos cromossomas do pai são Y, portanto se háuma fusão de dois… gâmetas, acho que se chamam gâmetasX, nasce uma rapariga, se se juntam um gâmeta X fornecidopela mãe e um Y fornecido pelo pai nasce um rapaz…

VANESSA Mas quem é que decide? Quem é que decide?PAI Há cinquenta por cento de hipóteses de ser rapaz e cinquenta

por cento de hipóteses de ser rapariga.VANESSA (percebendo) Ninguém decide! É completamente ao calhas!PAI Sim, é por acaso.VANESSA Quer dizer que eu podia ter nascido rapaz?PAI Claro, se o meu cromossoma Y se tivesse juntado ao X da

mãe.VANESSA O X da mãe, estou a ver… Isso é uma confusão de letras…

Mas o que interessa é que é ao calhas, nasce-se rapariga poracaso, não é porque alguém quer ou não quer… Não é casti-go. É boa, e eu a pensar…

PAI O que é que pensavas, diz lá?VANESSA Pai, não sei! Cada um diz a sua coisa, ninguém se entende!

(Zangada) Podiam-se pôr de acordo sobre qual é a históriaque devem contar às crianças.

Luísa Costa Gomes, Vanessa vai à luta, Livros Cotovia

40

45

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55

60

65

70

75

Page 49: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

48

5. Identifica as personagens em cena.

6. Indica o espaço cénico onde decorre a ação.

7. Caracteriza, através de dois adjetivos, o estado de espírito do Pai no início da cena,apresentando as razões que o motivaram.

8. Transcreve uma indicação cénica que indique a entrada de personagens em cena.

9. No início do diálogo, Vanessa pergunta: «Ó Pai, é verdade que ninguém sabe onde éque está Deus?» Apresenta as razões da preocupação da menina.

10. Seleciona a alínea correta para completares a frase.

10.1.Perante as dúvidas de Vanessa, o Pai

a) repete a explicação da mãe.

b) concorda com Rodrigo.

c) tenta apresentar à menina uma explicação científica.

d) não apresenta qualquer explicação.

10.2.Quando o pai afirma «Eu é que decido.» (linha 40), quer dizer

a) que tem poder para decidir qual o sexo do bebé.

b) que é um cromossoma masculino que determina o sexo da criança.

c) que ele é que dá as ordens.

d) que ele é que decide se compram o intercomunicador ou não.

10.3.Depois da explicação do pai, Vanessa concluiu que

a) os pais podiam decidir o sexo do bebé mas não o fazem.

b) Deus é que decide qual o sexo do bebé.

c) o Pai é que decide qual o sexo do bebé.

d) ninguém tem poder de decisão sobre o sexo do bebé.

11. Explica a razão do sentimento de Vanessa presente na última indicação cénica.

12. O pai e a mãe de Vanessa vão ter outro bebé e conversaram sobre a forma comodeveriam falar deste acontecimento aos dois filhos, Vanessa e Rodrigo. Tendo em conta o texto, diz se esta afirmação é falsa ou verdadeira, justificando atua resposta.

(3 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(6 pontos)

45 pontos

Page 50: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

49

GRUPO III

Responde aos itens de conhecimento da língua que se seguem, de acordo com asorientações que te são dadas.

1. Lê a frase e identifica a classe da palavra destacada.«Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder a paciência… Bolas!...»

1.1.Escreve uma frase, usando uma palavra homónima da expressão destacada.

2. Justifica o uso da pontuação no seguinte excerto.«Aquilo é que é uma mania que ela tem… é de perder a paciência… Bolas!... Um inter-

comunicador para pôr no quarto do bebé! Se já se viu!»

3. Faz corresponder um sinal de pontuação a cada alínea no seguinte texto.Deves usar o ponto final, os dois pontos, a vírgula e o ponto de interrogação.

Vanessa tem uma dúvida preocupante ______ o bebé que a mãe espera será meninoou menina ______ A menina já perguntou à mãe ______ ao pai e até ______ vejam lá ______ àfada Marina ______.

4. Passa para o discurso indireto a seguinte fala.

«Pai, não sei! Cada um diz a sua coisa, ninguém se entende! Podiam-se pôr de acordosobre qual é a história que devem contar às crianças.»

5. Estabelece a correspondência entre as duas colunas, de forma a identificaresa que uso do condicional corresponde cada uma das frases.

6. Transforma a frase seguinte numa frase passiva.A menina escutava atentamente as palavras do pai.

1) Indicar uma possibilidade que não se concretiza.2) Indicar algo que se concretizou no passado.3) Fazer um pedido.4) Exprimir um desejo.

a) Eu gostaria de ir ao teatro.b) Poderia dar-me a sua opinião sobre a peça?c) A mãe comprou os bilhetes, mas eu viajaria trêsdias depois.

d) Se não tivesse viajado, assistiria à peça.

(2 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(3 pontos)

(4 pontos)

(2 pontos)

(2 pontos)

b)

a)

c) d) e)

f)

20 pontos

Page 51: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

50

GRUPO IV

Imagina que tinhas a possibilidade de escrever um guião de dramatização, dandocontinuidade à cena que leste da peça Vanessa vai à Luta. Escreve a continuação dessetexto, construindo uma nova cena.

No texto deves incluir:

– uma indicação cénica inicial que permita localizar a ação no espaço;

– as personagens Vanessa, Mãe e Rodrigo (irmão de oito anos) e outras que consid-eres adequadas;

– indicações cénicas nas falas das personagens.

Escreve um texto de 20 a 30 linhas.

(25 pontos)

25 pontos

Page 52: LivroTestesP7 Layout 1 - P7 Livro de Testes

51

CENÁRIOS DE RESPOSTA

TESTE 1Grupo I

Página 2

1.1 b).1.2 c).1.3 d).2. Os premiados são designados narradores da memória porquesão porta-vozes e intérpretes das memórias dos lugares, e deum conjunto de informações muito importante para a memó-ria coletiva.

3.As pessoas premiadas vivem isoladas nas aldeias, nos lares deterceira idade ou nos centros de dia.

Grupo II Parte A

Páginas 3 a 6

1. d); e); a); g); c); f); b).2. O conto desenvolve-se a partir do momento em que o reilança um desafio aos três filhos, que consiste em atirar umapedra o mais longe que puderem, de forma a encontrarem arespetiva noiva.

3.Duas das peripécias são, por exemplo, a apresentação, pelofilho mais novo, da noz ao rei, de onde sai uma fina tela inter-minável, e o momento da transformação da rã em princesa.

4.A personagem principal é a rã, uma vez que é ela que solucio-na, da melhor forma, todos os desafios lançados pelo rei.

5.1 c); 5.2 c).6. O aluno Y cita o provérbio que melhor se aplica a este conto,pois todos julgaram negativamente a rã somente pelo seuaspeto exterior.

Parte B

Páginas 6 e 7

7. Calvin deseja oferecer a Susie um ramo de flores no dia dosnamorados, no entanto procura flores murchas, facto que sur-preende a vendedora. Na primeira tira, Calvin conversa comHobbes, mostrando-lhe que está a escrever um cartão emforma de coração para Susie, mas a mensagem não é carinho-sa, como seria expectável.

8. No dia dos namorados, seria esperado que Calvin enviasse umbonito ramo a Susie e uma mensagem que traduzisse o seucarinho pela amiga, porém o menino acaba por oferecer-lheflores murchas e um cartão dizendo que a odeia.

9.Na terceira tira, são destacadas as palavras de Susie, queretribui a oferta de Calvin, ofendendo-o verbalmente, cha-mando-lhe «cabeça de alho chocho.».

10. Na última vinheta, destaca-se a palavra «gosta», uma vezque esta é repetida nos balões de pensamento de Susie eCalvin. Este destaque demonstra que as personagensnutrem afeto uma pela outra, apesar de não conseguiremdemonstrá-lo por palavras, ou seja, têm um problema decomunicação.

Grupo III

Páginas 7 e 8

1.O princípio da cortesia não é respeitado porque Calvin afirma,no cartão dos dia dos namorados, «Susie, odeio-te. Oxalá caiasredonda.» Susie retribui a ausência de cortesia, gritando-lhe«Calvin, cabeça de alho chocho.»

2. a); d).3. diário; anelar.4. duas.5. a)O filho mais novo trazia consigo a noz dada pela noiva.b) Comprei-vos este livro.c) Gostaria de lhes recontar esta história.d) Posso ler o texto convosco.

6.a) – 4)b) – 3)c) – 1)d) – 2)

7.a) – não só. b) – como também. c) – pois.d) – mas.

TESTE 2

Grupo I

Páginas 10 e 11

a) Falsa. A narrativa oral é dividida em quadros.b) Falsa. Algumas lendas portuguesas nasceram fora do terri-

tório nacional.c) Esta lenda é protagonizada por três cavaleiros do norte do país.d) Verdadeira.e) Verdadeira.

2.1 B.2.2 B.2.3 C.3.A personagem é uma mulher que vai muito carregada, deslo-cando-se a pé, em peregrinação a Santiago de Compostela.

Nota: Relativamente ao grupo IV, expressão escrita, sugere-se a utilização dos critérios propostos no exame nacional de 9.o ano.

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52

Grupo IIParte A

Páginas 11 a 13

1. (2); (6); (7); (1); (5); (3); (4).2. «estrela da sorte».3.1 a).3.2 c).3.3 c).

Parte B

Páginas 14 a 16

4.O Cavaleiro foi recebido de forma acolhedora pelos lenhadores.5.O lenhador alerta o Cavaleiro dizendo-lhe que durante a noiteirá nevar e que a floresta está repleta de lobos esfomeados.

6.O cavaleiro contra-argumenta, afirmando que nasceu na flo-resta e conhece todos os seus atalhos e que prometeu à famí-lia e amigos chegar a sua casa naquela mesma noite.

7.Dois dos obstáculos que surgiram perante o Cavaleiro forama neve que caía e os lobos que se colocaram no seu caminho.

8. Ao longo da sua caminhada, o Cavaleiro revela-se corajoso edeterminado.

9. «Hoje é noite de trégua, noite de Natal».10. Este texto deve ser integrado na antologia «Narrativas de

autores portugueses», uma vez que é da autoria de Sophia deMello Breyner. É possível identificar características do contode autor, nomeadamente dados referentes à localizaçãoespacial e temporal.

Grupo III

Páginas 16 e 17

1.a) Verdadeira.b) Verdadeira.c) Falsa. Trégua usa-se, maioritariamente, no plural.d) Verdadeira.e) Verdadeira.f) Falsa. Descanso surge como sinónimo de trégua.

2.a) «que».b) «quem».c) «que».

3.a) «o lenhador».b) «o Cavaleiro».c) «o seu cavalo».

4.a) «caminhou»;b) «sentia»; c) «decidira»; d) «reveláramos».

5.5.1 b).5.2 a).5.3 b).5.4 a).

TESTE 3

Grupo I

Páginas 19 e 20

1.1 a).1.2 c).1.3 b).1.4 a).1.5 d).

Grupo IIParte A

Páginas 20 a 23

1.1 d).1.2 b).1.3 a).1.4 c).2. A afirmação é verdadeira, visto o texto ser escrito na primeirapessoa e o narrador ser personagem da história que conta(«Lembro o Kazukuta a adorar aquele banho.»)

3. O menino ficou surpreendido porque o tio Joaquim era muitosolitário, autoritário e pouco simpático e as crianças nãoesperavam que se mostrasse afetivo.

4. a); e); h); j).5. «…Kazukuta: lembro bem os teus olhos doces a brilhar tipoum mar de sonho só porque o tio Joaquim – o tio Joaquimsilencioso – veio te dar banho de mangueira…».

6.O Kazukuta era um cão pachorrento, com o corpo coberto deferidas, ramelas nos olhos, triste e solitário. Parecia, também,um cão afetuoso e carente, talvez pelo facto de ninguém lhedar a devida atenção.

7.O episódio foi importante para o narrador pois permanece nasua memória. Por um lado, o menino recorda o cão massobretudo o facto de o tio ter revelado a sua afetividade ehumanidade ao dar banho ao Kazukuta.

Parte B

Páginas 23 a 25

8.a) – 3) e) – 2)b) – 5) f) – 4)c) – 6) g) – 1)d) – 7)

CENÁRIOS DE RESPOSTA

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53

9.As informações mais importantes para um espetador sãoaquelas que se encontram no parágrafo inicial, isto é, a iden-tificação da peça teatral, a data e o local da estreia.

10. A Academia de Música de Viana do Castelo projeta a produ-ção de um DVD com os diversos contos musicais encenadosao longo de vários anos.

Grupo III

Páginas 25 e 26

1.Devagarinho; depois.2.Modo; tempo.3. a)O cão saiu de casa hoje.b)O tio Joaquim apareceu logo no quintal.

4.a) à;b) de;c) por;d) até;e) da;f) sem.

5.a) – (3)b) – (4)c) – (1)d) – (2)

6.a) – (4) b) – (1)c) – (2)d) – (3.

7.a) – (3)b) – (1)c) – (2)

TESTE 4

Grupo I

Página 27

a) Falsa. O entrevistado começou a praticar parapente porinfluência do pai.

b) Verdadeira.c) Falsa. Na opinião do entrevistado…d) Verdadeira.e) Verdadeira.f) Falsa. A melhor sensação é de liberdade.g) Verdadeira.h) Falsa. O entrevistado é engenheiro mecânico.i) Verdadeira.j) Verdadeira.

Grupo IIParte A

Páginas 28 e 29

1. f); g); a); e); c); b); d).2. «os primeiros homens».

Parte B

Páginas 29 a 32

3. João Sem Medo estava a morrer de fome e na outra margemhavia um laranjal.

4. «…à medida que o nadador se aproximava da outra margem, aágua aumentava de volume e a lagoa dilatava-se.».

5. João Sem Medo, como o nome indica, era destemido e persis-tente e, como tal, não desistiu e continuou a tentar combatero lago elástico.

6.Durante a travessia, João Sem Medo é interpelado por umaonda, um peixe, uma gaivota e pela coruja de mitra.

6.1 «Por último».7. c)8. «representa»; «finge»; «mente».9. Após chegar à outra margem, João tentou alcançar as dese-jadas laranjas mas os frutos diminuíram de volume, ficaramdo tamanho de um berlinde e explodiram no ar; outros trans-formaram-se em cabeças de bonecas e deitaram-lhe a línguade fora; por último, laranjas e tangerinas de asas azuis come-çaram a subir ao céu.

10. Para João Sem Medo, a felicidade reside na capacidade deenfrentar os obstáculos e encarar as dificuldades de formaotimista, resistindo com teimosia e seguindo em frenteperante as adversidades.

Grupo III

Páginas 32 a 34

1. d).2.Adjetivo: «esverdinhado».Determinante: «a».Conjunção: «e».Nome: «distância».Preposição: «de».Quantificador: «duas».3.a) por consequência.b) depois de.c) pois.

4.a) Ele repeliu-a sem medo.b) Elas segredaram-lhe.

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54

5.a)Modificador.b)Modificador.c) Complemento oblíquo.d) Complemento oblíquo.

6.a) (4)b) (3)c) (1)d) (2)

TESTE 5

Grupo I

Páginas 35 e 36

1.1 a)1.2 d)1.3 b)1.4 c)1.5 b)1.6 d)2. tens; ganhes; vens.

Grupo IIParte A

Páginas 37 e 38

1.1 c)1.2 c)1.3 a)1.4 b)2.a) Verdadeira.b) Falsa. O tema dos poemas a concurso é livre.c) Verdadeira.d) Falsa. Os cinco elementos do júri são designados pelo

Plano nacional de leitura e pelo Centro Cultural de Belém.e) Verdadeira.f) As despesas de transporte e alojamento serão da responsa-bilidade da organização do concurso.

Parte B

Páginas 39 e 40

3.O sujeito é feliz por ter nascido no tempo dos homens-rãs, quedescem ao mar durante a manhã.

4.Os homens-rãs movimentam-se no mar «perdido», onde aságuas são tranquilas e habitadas por peixinhos de diversascores, que navegam em filas.

5. São diversas as formas verbais que descrevem os movimentosdos homens-rãs, nomeadamente «descem», «Mergulham»,«vão», «vêm», «serpenteiam», «roçam-se e «montam».

6.A expressão «pulmões a tiracolo» refere-se às garrafas de oxi-génio utilizadas pelos mergulhadores que descem às profun-dezas do mar.

6.1O recurso expressivo presente em 6. é uma metáfora.7.Os homens-rãs são aventureiros e corajosos.8. Campo lexical de mar: «mergulham»;« águas»; «peixes»;«sereias»; «espuma»; «Tritões».

9. Neste poema, a visão pode ser considerado o sentido privilegia-do, uma vez que o sujeito observa e descreve os movimentosdos homens-rãs, assim como a beleza de um quadro marítimo.

10.1 b).10.2 c).10.3 a).11. Pode considerar-se que este poema é um elogio ao homem

moderno, uma vez que o sujeito se afirma como Homem doseu tempo, capaz de desvendar o desconhecido, enfrentandoos medos, e conquistando o mar e o céu.

Grupo III

Página 41

1.a) observes;b) chova;c) víssemos.

2.1) – c2) – b3) – a4) – d

3. Quatro palavras da família de mar: maresia, marítimo, maré,marinheiro.

4.O modificador é «tranquilas».5. As sereias de longos cabelos deslizavam pelas águas calmas. 6.a) «Eu sou o homem e conquisto o mar».b) «Eu».c) Predicativo do sujeito.d) Complemento direto.

TESTE 6

Grupo I

Página 43

a)O escritor considera que o teatro para crianças e jovenstem sido colocado em segundo plano.

b)O encenador é João Mota.

CENÁRIOS DE RESPOSTA

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55

c) A peça intitula-se Aventuras de João Sem Medo e é basea-da na obra de José Gomes Ferreira.

d) A peça dirige-se a avós, pais filhos, sobrinhos e netos.e)O ator é Miguel Guilherme.

Grupo IIParte A

Páginas 44 e 45

1.A fonte de ambos os textos é a Agenda cultural Lisboa de janeirode 2011.

2. O público-alvo do texto A é uma camada jovem, com idadescompreendidas entre os 12 e os 18 anos. Quanto à atividadereferida no texto B, destina-se a crianças maiores de seis anos.

3.As entidades promotoras do curso referido no texto A são aAssociação Tenda Palhaços do Mundo e a Junta de Freguesiade Carnide.

4.1 b)4.2 c)4.3 b)4.4 b)

Parte B

Páginas 46 a 48

5. Inicialmente o pai está sozinho em cena. Entretanto entra afilha Vanessa.

6. A ação decorre na sala, estando o pai sentado à mesa a limparuma das suas telefonias.

7. Inicialmente, o Pai está irritado e nervoso.8. «A VANESSA entra, sorrateira…» é uma indicação cénica querefere a entrada de uma personagem em cena.

9. Vanessa mostra-se muito preocupada por não saber onde estáDeus porque a mãe lhe dissera que Deus é que decidia o sexo doirmão que estava para nascer, e a menina estava ansiosa pordecifrar esse enigma.

10.1 c)10.2 b)10.3 d)

11. A menina mostra-se zangada porque os pais apresentaramexplicações totalmente distintas relativamente às dúvidasde Vanessa sobre o sexo do futuro irmão.

12. Esta afirmação é falsa, pois na última intervenção de Vanessa,assim como nas diversas falas ao longo da cena, é evidente odesacordo entre o pai e a mãe. A menina chega a afirmar queos pais deveriam conversar antes de apresentarem uma expli-cação aos filhos.

Grupo III

Página 49

1.A palavra «Bolas» neste contexto é uma interjeição.1.2 Vanessa pediu à mãe que comprasse duas bolas para oferecer

ao irmão.2. As reticências acentuam a irritação do Pai. Os pontos deexclamação destacam a sua impaciência crescente e exaspe-ração perante a atitude da esposa.

3.a) Dois pontos.b) Ponto de interrogação.c) Vírgula.d) Vírgula.e) Vírgula.f) Ponto final ou de exclamação.

4.Discurso indireto: Vanessa respondeu ao Pai que não sabia. Cadaum dizia a sua coisa e ninguém se entendia. A menina afirmouque podiam pôr-se de acordo sobre qual era a história quedeviam contar às crianças.

5.a) – (4)b) – (3)c) – (2)d) – (1)

6. Frase passiva: As palavras do pai eram escutadas atentamen-te pela menina.

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P7 – Livro de Testes