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  osé de Alencar

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 José de Alencar foi o mais importante romancista do Brasil,aclamado por Machado de Assis como o "chefe da literaturanacional". Em suas obras, sempre teve o objetivo criar umaliteratura genuinamente brasileira, desvinculada de Portugal.

Mudouse para o !io de Janeiro uando seu pai assumiu ocargo de senador. Mudouse para #$o Paulo para estudardireito, sendo colega de turma de %lvares de A&evedo.'hegou a tentar a carreira pol(tica, sendo eleito senador)porém, o imperador *. Pedro ++ vetou a sua posse, o ue fe&com ue passasse a se dedicar somente literatura e ao

 jornalismo.

#empre retratou o nativo como o "bom selvagem", puro, emoposi-$o ao maldoso europeu, estragado pela civili&a-$o.ambém escreveu romances urbanos /Lucíola, Senhora0,hist1ricos /Guerra dos Mascates, As Minas de Prata0 e

regionalistas /O Gaúcho, O Tronco do Ipê, O Sertanejo0. #ua primeira manifesta-$o liter2ria foi a cr(tica ao indianismode 3on-alves de Magalh$es em seu poema Confedera!o dosTa"oios. Ele pr1prio abordou a nossa tradi-$o ind(gena emgrandes romances como #$irajara, Irace"a e O Guarani .#ofreu de tuberculose por 45 anos, indo procurar a cura naEuropa, sem sucesso. 6aleceu no !io de Janeiro em 7899.

iografia Breve

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1. Romances urbanos: Cinco Minutos, AViuvinha, LUCÍOLA, Diva, A Pata da Gazela,Sonhos d' Ouo, Senhoa, !ncana"#o.

$. Romances históricos: O Guaani, AsMinas de Pata, Al%a&ios, Guea dos

Mascates, (ace)a e Uia*aa.

+. Romances regionalistas O Ga-cho, Oonco do (/0, il, O Setane*o.

Divisão da obra de

Alencar

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:;'<=:A

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Lucíola  o /i)eio dos livosuanos de 2os de Alenca 3ue

%o)aa) a tilo4ia cha)ada /oele de "perfis de mulheres5,

3ue se co)/leta co) Diva eSenhora. e) caacte6sticas

)acantes do 7o)antis)o,co)o a e8alta"#o do a)o,o Senti)entalis)o )elanc9lico e osu*etivis)o.

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CENÁRIO Situa-se entre seus romances urbanos que

representam um levantamento da nossavida burguesa do século passado.Fixam o!io de Janeiro da época com a sua!sionomia bur"uesa e tradicional com umasociedade endin#eirada que $req%entava oeatro :(rico passeava & tarde na !ua do

=uvidor e & noite no Passeio P>blicomorava no 6lamengo, em Botafogo ou#anta eresa e era prota"onista de dramasde amor que iam do simples namoro &paix'o desvairada.

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P!='E##=?A!!A+@=

  O AMOR DE LÚCA E !ALO 

LC#OLA, /ulicado e) $%&', u) o)ancede a)o e) ao sao do 7o)antis)o, )uitoe)oa u)a ou outa )ani%esta"#o do estilo7ealista a6 se %a"a /esente. ata:se de u)

o)ance de "primeira pessoa5, ou se*a, onaado da hist9ia u) personagem i)/otante da )es)a, !aulo (il)a. ! ele anaa e) catas dii4idas a u)a senhoa, *+M. ;/seud<ni)o de Alenca=, 3ue as /ulica

e) livo co) o t6tulo de LC#OLA.

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  ?o cap(tulo +, o narrador eplica a ra&$o das cartas

  "A senhora estranhou, na última vez que estivemos junt 

  a minha excessiva indulgência pelas criaturas infeliz   que escandalizam a sociedade com a ostentaçã  do seu luxo e extravagâncias  

%a estrutura narrati&a de L#C'OLA, o$ser&a(se

a) #* um autor real +osé de ,lencarb) um autor !ctcio a sen#ora /. 0. destinat*ria das cartas de 1aulo.c) 2m narrador 1aulo com a incumb3ncia e o privilé"io de

ordenar os $atos coment*-los e tirar-l#es conclus4es.

5 medida que transmite os $atos vai $ornecendo ao leitor  elementos para a an*lise de 67cia e dele mesmo.

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  No romance analisado os $atos s'o apresentados sobdois pontos de vista dois 8n"ulos di$erentes9 o de1aulo:persona"em que transmite ao leitor as sensa;4esvividas com 67cia e o de 1aulo:narrador que por ve<esinterrompe a narrativa $a<endo re=ex4es ou diri"indo-se &destinat*ria de suas cartas.

O enredo abran"e um perodo de aproximadamente seismeses. Foi o que durou o namoro do par rom8ntico 

EMP=  Si"ni!cando >épocaretratada> é o século passa9 ?@AA ->, primeira ve< que vim ao Rio de +aneiro $oi em ?@AA>. Numa leitura

atenta o leitor percebe no livro o Riode +aneiro da época de B. 1edro IIcom seus sal4es sua bur"uesia suasvitrinas c#iques na Rua do Ouvidorcom mercadorias ele"antes vindas de1aris ou 6ondres seus tlburis seu

vestu*rio etc.

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  Co)o te)/o naativo, ele e)inente)ente5cronológico"+ Ou se*a, e) LUCÍOLA os aconteci)entosse sucede) nu)a ode) 3uase no)al, co) u)ase3>0ncia natual de hoas, dias, )eses, anos. S9 h& u)

)o)ento e) 3ue o %lu8o naativo etoa4e 3uando L-cianaa a Paulo seu /assado. ;Ca/. ?V((( e?(?=. ! e) dois)o)entos ele avan"a o ca/6tulo ( e o %inalzinho do -lti)oevela) o estado de al)a de Paulo seis anos a/9s a)ote de sua 3ueida L-cia 5e)inei onte) este

)anuscito, 3ue lhe envio ainda -)ido de )inhasl&4i)as. ;...= @&s seis anos 3ue ela )e dei8ou )as euecei a sua al)a, 3ue )e aco)/anha& etena)ente.5;/. 1$B=

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'A!A'E!<#+'A# !=MC?+'A# ?A =B!A 

7#;BJE+@+#M=  omundo do rom8ntico "iraem torno de seu >eu>9 do

que ele sente do que elepensa do que ele quer.1or isso o poeta e opersona"em na !c;'orom8ntica est'o emcontnua desarmonia comos valores e imposi;4es dasociedade e:ou da $amlia.

Em :;'<=:Aencontram-se pelo menosduas "rande mani$esta;4es

desse subetivismorom8ntico. , primeira est*na prDpria estruturanarrativa do romance. rata-se de um romance de>primeira pessoa> em que a#istDria é narrada do pontode vista de uma sD pessoa.No caso 1aulo.

, Se"unda est* na oposi;'o indiv(duo sociedade. Sobreporsentimento & ra<'o o entusiasmo ao raciocnio o subetivismo aoobetivismo s'o diretri<es que marcaram a escola... No romance1aulo e 67cia ora se insur"em contra as conven;4es sociais9 orasatis$a<em essas mesmas conven;4es embora sempre

rea!rmando o prDprio >eu> e $a<endo a sua personalidade.

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EDA:AF= *= AM=!Em 6ucola a tem*tica central est* exatamentenesta exalta;'o do amor como $or;a puri!cadoracapa< de trans$ormar uma prostituta numaamante sincera e !el.

)Ti&e fora para sacri*car(

lhes outrora o "eu corpo&ir+e" hoje depois de cincoano de inf-"ia, sinto .uen!o teria a cora+e" de profanar a castidade de"inha al"a/ %!o sei o .uesou, sei .ue co"eo a &i&er,.ue ressuscitei a+ora/, disseLúcia ap0s sentir a afei!o

de Paulo/

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AM=! E M=!E

Biante portanto daimpossibilidade dereali<a;'o de um amorpuro sD resta a 67cia como

persona"em de umromance "enuinamenterom8ntico uma sada9 amorte. Numa atitude tpicade #erona rom8ntica 67cia

anseia morrer nos bra;os do#omem amado)Ainda .uando sou$esse .ue

"orreria nos seus $raos///1ue "orte "ais doce podia eudesejar2)

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Os /aado8os o co)/ota)ento oa e8c0ntico oad-io de L-cia, oa vituoso, oa /eca)inoso 3uevai lan"ando Paulo nu)a d-vida an4ustiante a/9/ia du/licidade co)/ota)ental de Paulo,4eneoso e )es3uinho, co)/eensivo eintansi4ente, coeto e /ilanta tudo isso d& inti4a do o)ance u) atativo todo es/ecial 3ue,

/o sua vez, oa atai oa aoece o leito.

(LOG(SMO

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 (E,-ME,-AL(MO MELA,C.LCO 

!) LUCÍOLA, u)

)6ni)o contate)/o osu%iciente /aa lan"a L-ciaou Paulo na )ais /o%unda

tisteza. u)eosas

/assa4ens do o)ancecoloca) o leito diante de3uados /o%unda)ente

)elanc9licos

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 PE!#=?A3E?#

Lucia

Sua principal caracterstica é acontradi-$o. Como cortes$ era amais depravada. Gasta que se lembreda or"ia romana em casa de S*. Noentanto a prostitui;'o era-l#e umtormento constante * que n'o seentre"ava totalmente a ela. E os atoslibidinosos constituam para elaverdadeira autopuni;'o aliada &an"ustiante sentimento de culpa.

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  Coexistem nela duas pessoa9 0aria da /lDria a meninainocente e simples e 67cia a cortes' sedutora ecapric#osa. No livro sobressai a 67cia 67ci$er ondeaparece H@ ve<es contra ?J ve<es como 0aria da /lDria

ano. al disparidade real;a o motivo do romance9 &propor;'o que 67cia vai amando e sendo amada por 1auloela vai assumindo a 0aria da /lDria sua verdadeirapersonalidade. E reencontra assim através dele adi"nidade e inoc3ncia perdidas

  :G'+A MA!+A *A3:H!+A  mul#er menina

deprava;'o lux7ria pure<ain"enuidade  sentimento de culpa di"nidade

prostitui;'o inoc3nciacapric#osa exc3ntrica simples

mei"a

  reeita o amor tende para oamor  demKnio ano

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1aulo

L um provinciano de 1ernambucoMA anos que veio tentar seestabelecer no Rio de +aneiro. L o

narrador da #istDria e como tal $a<desviar a aten;'o do leitor para 67ciae outros aspectos n'o revelandocertas in$orma;4es suas. Os detal#es$sico por exemplo. Coisa ali*s raraem +osé de ,lencar tratando-se de

persona"em central.

um ingênuo

 personagem romântico# Apesar de se declarar po$re e at% se vexar por isso, vive desonhos, de amor#

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Outros 1ersona"ens

*r. #% e ';?IA  ,mi"os de 1aulosendo aquele desde ain$8ncia. Encarnam amoral bur"uesa e

suas m*scaras9austera com osoutros beni"naconsi"o. N'opossuempersonalidade bem

delineada no livro.,mbos v3em em67cia apenas aprostituta

'=;=  é um vel#o dado a ovem"alante. Encarna a obsess'o sexual e avel#ice. Representa a sociedade queexplora e corrompe. Foi quem aproveitou anecessidade e inoc3ncia de 67cia.

!='I+?IA   é um ovem de ?anos te< amarrotada pro$undasol#eiras vel#o prematuro. 6ibertino

precoce.

:A;!A e ?+?A - S'o meretri<es como 67cia mas sem suaduplicidade de car*ter. N'o s'o capa<es de >descer t'o baixo>porém n'o possuem a >nobre<a e altive<> da prota"onista.

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 JE#;<?A  - é mul#er de AJ anos seca e *encarquil#ada. Foi quem recol#eu 67cia quando seu pai aexpulsou de casa e a iniciou na prostitui;'o.

 JA'+?=  Este é um #omem de A anos e >vive da prostitui;'odas mul#eres pobres e da devassid'o dos #omens ricos>.p.???). 1or seu intermédio 67cia vendia as Dias ricas que"an#ava e enviava o din#eiro & $amlia pobre. L quem

mantém a li"a;'o misteriosa no livro entre 67cia e ,na.En!m é quem cuida dos ne"Dcios dela.

A?A  L a irm' de 67cia que a $e< educar num colé"io atéos do<e anos como se $osse sua !l#a. 67cia tenta cas*-lacom 1aulo para ser uma espécie de perpetua;'o e

concreti<a;'o de seu amor por ele9

" Ana te darias os castos pra3eres .ue n!o posso dar(te e rece$endo(os dela, ainda os rece$erias de "i"/1ue podia eu "ais desejar neste "undo4 )