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Com tudo O grupo português Auto Sueco assumiu 100% das operações da Vocal, maior conces- sionária da Volvo do Brasil. Esta é a segunda região assumida pela Auto Sueco no País e reforça o seu posicionamento no mercado brasileiro. Em maio de 2007, a empresa assu- miu as concessionárias de caminhões e ôni- bus Volvo nos Estados de Mato Grosso, Ron- dônia e Acre. A Vocal tem sete revendas, uma em São Paulo, uma na região do ABC, e outras cinco em cidades do interior paulista. Marcelo Vigneron Luz amarela Depois do estrangulamento do setor portuário, agora é a vez de os aeropor- tos sentirem os efeitos da falta de in- fraestrutura para o transporte de cargas. Os problemas são os mesmos já conhecidos. Faltam áreas de armazena- gem, instalações (câmaras refrigeradas) para produtos especiais e mão de obra suficiente para liberar as mercadorias dentro de padrões internacionais. A luz amarela já acendeu em aeroportos como os de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, Confins, em Belo Horizonte, Sal- vador e Manaus. Divulgação

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Com tudoO grupo português Auto Sueco assumiu100% das operações da Vocal, maior conces-sionária da Volvo do Brasil. Esta é a segundaregião assumida pela Auto Sueco no País ereforça o seu posicionamento no mercadobrasileiro. Em maio de 2007, a empresa assu-miu as concessionárias de caminhões e ôni-bus Volvo nos Estados de Mato Grosso, Ron-dônia e Acre. A Vocal tem sete revendas,uma em São Paulo, uma na região do ABC, eoutras cinco em cidades do interior paulista.

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Luz amarelaDepois do estrangulamento do setorportuário, agora é a vez de os aeropor-tos sentirem os efeitos da falta de in-fraestrutura para o transporte de cargas.Os problemas são os mesmos jáconhecidos. Faltam áreas de armazena-gem, instalações (câmaras refrigeradas)

para produtos especiais e mão de obrasuficiente para liberar as mercadoriasdentro de padrões internacionais. A luzamarela já acendeu em aeroportos comoos de Guarulhos e Viracopos, em SãoPaulo, Confins, em Belo Horizonte, Sal-vador e Manaus.

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TRANSPORTE ON LINE

Circulação vetadaO Conselho Rodoviário do DepartamentoAutônomo de Estradas de Rodagem (Daer)vetou a ampliação do uso da Estrada doMar (RS-389) para caminhões às sextas-fei-ras, durante todo o dia. O órgão ainda ne-gou autorização para o fluxo de ônibus deturismo durante todo o ano. Com isso, con-tinua valendo a norma que prevê a circula-ção de veículos de quatro a 23 toneladasdas 12h, de segunda-feira às 12h de sexta ede ônibus de turismo somente na alta tem-porada. Em ambos os casos, é necessáriaautorização prévia.

Divulgação

Preferência mineiraVencedora de licitação junto ao governo de Minas Gerais, a Iveco forne-cerá 233 Eurocargo 170E22, na versão 4x2, às prefeituras do Estado. Dototal de veículos, 188 são equipados com caçamba de 6 mts3 e o restan-te, com coletores de lixo. O EuroCargo 170E22 utiliza o motor Tector deseis cilindros e 5,9 litros, o primeiro de sua categoria que dispõe de con-trole eletrônico e injeção de combustível do tipo “common rail”. A lici-tação faz parte do Programa Novo Somma, linha de financiamento comrecursos próprios do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.

“A falta de pneus vai

prejudicar.

em 25% toda a produção

de implementos

rodoviários no País”

Rafael Wolf Campos,presidente da ANFIR

Importações jáA DHL Express está aperfeiçoando o serviço de importações ImportExpress com a campanha Importe. “É simples com a DHL Express”.Com isso, a multinacional quer atingir principalmente as pequenas

e médias empresas. “Enxergamos muitas oportunidades para empresas que necessitam de matérias primas, equipamentose peças de outros países para sua produção no Brasil”, diz Joakim

Thrane, presidente da DHL Express no Brasil.

Fracasso iminenteDe acordo com pesquisa realizada peloSETCESP, o inicio das cobranças de pedágiono trecho Sul do Rodoanel poderá espan-tar os caminhões. Segundo o sindicato, amaioria das empresas alega que buscarárotas alternativas para fugir da cobrança."O SETCESP participou do nascimento des-te projeto e desde o início todos foram fa-voráveis à não cobrança de pedágio noanel viário. Isso é virar as costas para o se-tor de transporte de cargas, vital para aeconomia de todo o Brasil", diz o vice-pre-sidente da entidade, Manoel Sousa Lima Jr.

Conta caraNo primeiro semestre de 2010, o DNIT, queé responsável pela maior parte dos paga-mentos do Ministério dos Transportes, e aValec pagaram à STN (Secretaria do TesouroNacional) o montante de R$ 5,9 bilhões. Sóo DNIT é responsável por R$ 4,6 bilhões dosR$ 5,9 bilhões. Os pagamentos se referem àrealização de serviços executados por em-presas, de obras do PAC (Programa de Ace-leração do Crescimento), investimentos emrodovias, ferrovias e hidrovias, além de con-vênios com Estados e prefeitu-ras, entre outros.

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TRANSPORTE ON LINE

Investimento pesado

Rodoanel em alta

Tolerância prorrogada■ A entrada em vigor da tolerância de 5% nos eixos foi adiada

pela terceira vez. Atendendo aos pedidos da Confederação Na-

cional do Transporte (CNT) e da Associação Nacional dos Usu-

ários de Transporte de Carga (ANUT), o Contran prorrogou até

31 de dezembro deste ano a tolerância máxima de 7,5% sobre

os limites de peso bruto transmitidos por eixo de veículos à

superfície das vias públicas, por meio da Resolução nº 353/10.

O pagamento de frete a autônomo ganhou no-vas regras com a publicação da Lei nº 12.249/10,em 11 de junho. Trazendo importantes mudan-ças nas práticas de mercado, seu artigo 128acrescenta novos dispositivos à Lei nº 11.442/07,que disciplina o Transporte Rodoviário de Car-gas. O foco está na carta-frete “Achamos que acarta-frete é um meio de pagamento que tevesua importância para o desenvolvimento do

transporte, mas que se tornou obsoleto, já não se justificando noBrasil de hoje", diz Flávio Benatti, da NTC&Logística.

Novas regras

A RTE Rodonaves, especializada no transporte de cargas secas efracionadas, ampliou sua frota com a compra de 50 caminhõesVolkswagen. Agora a empresa contabiliza 750 veículos da marca.Entre os modelos adquiridos estão o novo VW Delivery 8.150 Plus,o VW Constellation 24.250 e o VW Constellation 19.320 TitanTractor. As novas unidades adquiridas, deverão ser entregues já nomês de julho.

B100 na frotaA Coca-Cola Brasil anunciou que vai utilizar veículos que operem com biodiesel B100. Dessa forma, abre a possibilidade da MAN Latin América utilizar o caminhão Constellation 17.220. Gerenciado eletronicamente e sem a adição de qualquer produtoespecial, o novo sistema do 17.220 permite o monitoramento daoperação, ajustando o fornecimento do combustível apropriadopara o motor a cada momento (biodiesel ou óleo diesel comum), por meio de uma unidade dosadora.

Estudo realizado pela empresa CCR, res-ponsável pelo Rodoanel, em São Paulo,apontou uma evolução de 38% no núme-ro de veículos que transitam no TrechoOeste da pista, em relação ao movimentoregistrado em 2009. O aumento, queaconteceu após a inauguração do TrechoSul, é creditado principalmente à facilidadede deslocamento até o litoral. Em três me-ses, circularam quase três mil veículos pelapista Sul do Rodoanel, sendo 65% leves e35% pesados.

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Obras a caminho

O Estado de São Paulo, que possui as melhores e porque não asmais caras rodovias do País, mais uma vez realizou reajuste nas pra-ças de pedágio, já previsto nos contratos de concessões rodoviáriasentre o governo do Estado e as concessionárias. Com isso, no iníciodesse mês as 135 praças de pedágio estão mais caras. Segundo oscontratos, o reajuste foi de 4,18% para lotes antigos concedidos ede 5,22% para os novos.

Bolso pesado

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O Ministério dos Transportes, por meio do Dnit, liberouverba de R$ 72 milhões para a realização de obras emer-genciais nas rodovias de Alagoas e Pernambuco. Os re-cursos serão utilizados para recuperar a trafegabilidadeda malha rodoviária federal, que tem diversos trechosparcial ou totalmente destruídos devido às chuvas quecastigaram a região em junho.

Actros em cena

■ A marca da estrela de três

pontas começou as vendas

do extrapesado Actros 2646

6x4 no Brasil. O veículo é

equipado com o motor ele-

trônico OM 501 LA de 6 cilin-

dros em V (potência de 456

cv a 1.800 rpm e torque de

224 mkgf a 1.080 rpm) e as

primeiras seis unidades já

foram adquiridas pela gaú-

cha Fagundes Construção e

Mineração. "Esperamos ob-

ter com esse caminhão rodo-

viário os excelentes resulta-

dos que temos alcançado

com o Actros 4844 8x4 na

aplicação fora-de-estrada da

mineração", afirma o diretor

Fernando Fagundes.

Caminhão do ano

■ E, por falar em Actros, o

extrapesado da Mercedes-

Benz, foi eleito como o "Ca-

minhão do Ano de 2009" por

uma comissão de especialis-

tas formada por jornalistas

de 21 países europeus. Este

mesmo veículo já havia sido

escolhido como o "Cami-

nhão da Década" por uma

revista inglesa. "É fantásti-

co ganhar esse prêmio, o

que nos deixa muito orgu-

lhosos", afirmou Sam Whit-

taker, diretor de Vendas e

Marketing da Mercedes-

Benz Caminhões na Grã-

Bretanha. Mais de 650 mil

unidades do Actros já foram

comercializadas.

Nova fábricaApós dois anos de investimentos em intervenções tecnológicas, aFPT - Powertrain Technologies inaugura a mais moderna unidadeprodutora de motores midsize da América Latina. A fábrica,localizada em Campo Largo (PR), na região metropolitana deCuritiba, será responsável pela fabricação da família de propulsoresE.torQ, nas versões 1.6l 16v e 1.8l 16v, flex e a gasolina.

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Quase prontoO DER carioca já concluiu mais de 80% doprojeto de restauração e implantação de 66km de extensão da RJ-116, no trecho entrea cidade de Macuco e Santo Antônio de Pá-dua. As obras de reforço e alargamento de14 pontes, a pavimentação e a implantaçãode acostamentos também seguem em ritmoadiantado. O DER-RJ também finalizou o re-capeamento asfaltico de 3,5 km da RJ-116,localizados dentro do perímetro urbano deMacuco, município da Região Serrana.

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Economia em altaO índice ABCR de atividade referente a maio, que mede o fluxode veículos nas rodovias privadas, registrou alta de 1,9% emcomparação com o mês anterior. "O resultado de maio confirmaque a queda de 1,1% do mês anterior era uma acomodação, enão uma tendência. Com a alta de 1,9% registrada neste mês,ratifica-se a continuidade do crescimento de emprego, renda,produção industrial, além do reflexo do escoamento de safraagrícola", diz Bernardo Wjuniski, economista da Tendências.

Sinal de atençãoA venda de caminhões novos no país teve decréscimo de1,58% em junho se comparado com o mês anterior. Se-gundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuiçãodos Veículos Automotores) , ao todo foram emplacados12.993 veículos contra 13.202 em maio. No acumuladodo ano, segundo a Federação, foram emplacados70.879 caminhões novos contra 45.858 do mesmo pe-ríodo do ano passado.

Norma pesado■ O transporte de rochas ornamen-

tais, serradas ou em blocos, já está

obedecendo rigorosamente aos limi-

tes de pesos e dimensões estabeleci-

dos pela Resolução CONTRAN

210/06. Para atender a esta determi-

nação, os blocos mais pesados (com

cerca de 38 t) só poderão ser trans-

portados em um veículo especial-

mente desenvolvido para esta finali-

dade: um bitrem de sete eixos com

dolly, com comprimento mínimo de

17,50 m e peso bruto total combina-

do de 57 t.

A partir de 27 de agosto próximo, o BNDES (Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social) definiu que qualquer transação do Procaminhoneiro será feita somente após concessão doFGI - Fundo Garantidor de Investimento (ler editorial na página 3). Agarantia pode chegar até a 80% do valor do bem. O FGI possui parceria com 11 bancos comerciais e lastro de R$ 750 milhões.

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Por Luciana Duarte

Após uma década de evolução, operadores logísticos e especialistas comentam a gestão que está por trás da

consolidação do setor, que passa por fusões, abertura de capital e até investimentos estrangeiros e tem garantido

uma taxa de crescimento de 30% ao ano

Quem observa de longe ospassos dos prestadores deserviços logísticos (PSLs)

pode ser levado a acreditar que muitopouco mudou em relação ao início daatividade no Brasil, na década de 90.Pelo contrário, sua importância aolongo do tempo, principalmente apóso fim da inflação monetária brasileira,

OS MANDAMENTOS PARA

CRESCER

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ceiros as atividades mais comple-xas”. O que prova, na avaliação dapesquisadora, que o mercado nacio-nal de serviços logísticos amadure-ceu na última década.

TENDÊNCIA MUNDIAL - O estudorevelou, ainda, que a evolução da ope-ração logística no Brasil acompanha atendência dos EUA e da Europa. Oscustos logísticos para escoar a produ-ção nacional utilizando a principal ma-triz de transporte brasileira - a rodovi-ária - representam 11,5% do PIB nacio-nal (ver quadros 2 e 3). Desse total, 63%dos custos dos embarcadores são dire-cionados para pagamento de prestado-res de serviços logísticos, enquanto naEuropa esse índice representa 65%, naÁsia 62% e América do Norte beira47% (ver quadro 4). “Na China, devidoaos baixos custos envolvidos em suasoperações, a terceirização é utilizadapara melhorar o nível de serviços aocliente e a redução de custos apareceapenas em oitavo lugar”, comenta apesquisadora do Ilos.

Se por um lado a competência paradisputar o moderno mercado globali-zado se tornou atributo de operadoreslogísticos, por outro, a complexa pai-sagem da economia brasileira e do am-biente de negócios não deixa espaçopara aventureiros. Guardadas as pro-

foco da indústria em seu core busi-ness”, opina a diretora responsávelpela área de Inteligência de Mercadodo Ilos (Instituto de Logística e Sup-ply Chain), Maria Fernanda Hijjar.

Ao contrário do que ocorria nopassado, a pesquisa do Ilos identifi-cou que a principal razão que levaembarcadores brasileiros a terceirizardiversas atividades logísticas é a bus-ca por maior eficiência no próprio ne-gócio, deixando aos PSLs desde aexecução das atividades operacionaisaté a gestão estratégica (ver quadro1). Em 100 maiores embarcadorespesquisados 91% afirmam que a lo-gística traz vantagens competitivaspara o negócio e seus gas-tos com a operação repre-sentam 8,3% da receita lí-quida, considerando custoscom transporte, estoque earmazenagem. “Outros 81%dos participantes atestamque a terceirização dos ser-viços traz oportunidade deredução de custos logísti-cos no faturamento”, des-taca Maria Fernanda. “Pra-ticamente mais da metadedas empresas contratantesdemonstram confiar a ter-

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se tornou tão vital para a produtivi-dade, a eficiência e a rentabilidade daindústria que a atividade já não deixaespaço para amadores. Na última dé-cada, a inédita estabilidade financeirae a aceleração da globalização coloca-ram os prestadores de serviços logís-ticos em um novo patamar. Prova dis-so é a evolução na receita total dosPSLs, entre 1997 a 2008, que saltou deR$ 1 bilhão para R$ 39 bilhões, nos165 principais operadores logísticosque atuam no setor. O resultado re-flete o aumento brutal da circulaçãode mercadorias e a pressão incessanteda indústria por reduzir custos e au-mentar as vendas que permitiu àatividade logística emergir como so-lução. “O crescimento de quase 30%ao ano pode ser explicado pela de-manda crescente da terceirização e o

Maria Fernanda : os melhores operadoreslogísticos estão nas mãos dos maiores

QUADRO 1 - 11 RAZÕES PARA TERCEIRIZARConheça os motivos que levaram 100 embarcadores dos mais diversos

setores da economia a contratar prestadores de serviços logísticos

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Tegma: fusões e aquisiçõesgarantiram a liderança

em outros segmentos de negócios, além do

transporte de veículos 0km

✔ Reduzir custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81%

✔ Focar no core business . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73%

✔ Aumentar os níveis de serviços logísticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73%

✔ Trazer maior eficiência na execução das atividades operacionais . . . . . .73%

✔ Reduzir investimentos em ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72%

✔ Adquirir maior flexibilidade nas operações logísticas . . . . . . . . . . . . . . . 66%

✔ Realizar serviços especializados de maior valor agregado . . . . . . . . . . . .56%

✔ Trazer maior know how para a geração de soluções logísticas . . . . . . .53%

✔ Aumentar o controle das atividades logísticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46%

✔ Expandir mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43%

✔ Melhorar as tecnologias de Informação utilizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . .43%

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prio ou de investidores inclusive es-trangeiros”, opina do outro lado o con-sultor Antônio Wrobleski Filho, sócioda Awro Associados Logística e Parti-cipações. Na atual conjuntura se man-ter pequeno pode representar um sériorisco à sobrevivência. “Em razão atédo aumento da demanda isso pode le-var o empresário a investimentos,equivocados sem um estudo antecipa-do da real necessidade”, justifica.

FUSÕES E AQUISIÇÕES - Emboranão existam pesquisas que revelem aconsolidação do mercado de operado-res logísticos, nos últimos três anos di-versas movimentações têm revelado aintensa competição e a sofisticação dagestão que regem os mandamentospara o setor crescer. Não faltam exem-

plos de prestadores de serviços logísti-cos que para escapar dos fortes ventosque já levaram a instabilidade dos ne-gócios, optam por segmentar a ativida-de. Outros por sua vez preferiram di-versificá-la seja por meio de fusões,aquisições ou abertura de capital. “Éum caminho sem volta e único no mun-do dada a complexidade das operaçõesque dão início a um movimento e termi-nam em outro, até posteriormente a de-cisão de realizar a primeira IPO na Bol-sa de Valores”, diz Wrobleski.

Caso da Tegma Logística que ori-ginalmente atuava no transporte decarros zero KM e nos últimos anos, di-versificou a sua operação em váriasfrentes . Depois da fusão da Sinimbucom a Allied Holding e Coimex incor-porou a Schalatter, Transfer e a divisãooutbound da Translor Veículos quepertenceu a Ryder do Brasil. Em seuhistórico de aquisições, que culminoucom taxa de crescimento anual de 30%e abertura de filial na Venezuela, cons-ta a aquisição da Boni/Gatx, especiali-zada em transporte de produtos a gra-nel em bitrens e rodotrens, seguida daCLI operadora logística do Grupo Coi-mex dedicada em gestão de portos se-cos. Sem contar a incorporação da PDIprestadora de serviços de pequenos re-paros nos veículos zero km importadose armazenados pela CLI e da Coopera-

porções se ainda há empresas peque-nas as grandes estão cada vez maiores.A receita média do universo pesquisa-do no estudo identificou que 151 PSLsbeiram R$ 174 milhões por ano, en-quanto as outras 14 maiores empresasalcançam $ 925 milhões por ano. A ex-plicação para esse fenômeno incide nofato da atividade crescer confiante noPIB, consolidando as operações paramelhorar a eficiência e dar ganho emescala. “Os grandes embarcadores es-tão forçando para que os PSLs cresçame não há outra maneira disso acontecerrapidamente a não ser uma empresacomprar a outra, seja com capital pró-

QUADRO 2 - A DURA REALIDADE

Compare o alto custo notransporte de mercadoriasem alguns países e a distânciaentre as nações emergentese desenvolvidas nesse campo

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China21%

Índia13%

Europa11%

EUA8%

BRASIL12%

Antônio Wrobleski: o setor de logísticabrasileiro não será o mesmo em cinco anos

Setor de logísticacresce 30% ao ano

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transporte de ma-teriais para impor-tantes clientes na-cionais e multina-cionais. Em 2008,como parte do pla-no para reforçar asua estratégia decrescimento, com-prou as empresasG-Tec, G-Log e Re-vitech, especializa-das em vários seto-res desde alimen-tação, comésticos,produtos quími-cos, entre outros.Em março de 2010

anunciou a fusão com a AGR Rodasuldo segmento de logística e a comprade 100% das ações das concorrentesDelta Recrods e a E-Service, do setorde logística promocional (tecnologia,varejo e serviços bancários). Em para-lelo aos novos negócios que conferi-ram à empresa o mais completo port-fólio de operadora logística integradado mercado em que atua, a AGV deci-diu se capitalizar com aporte R$ 170milhões oriundos de fundos de inves-timentos da Equity International, em-presa americana de capital fechado fo-cada em negócios relacionados comimóveis fora dos Estados Unidos. “OBrasil é hoje uma economia que não sepode ficar fora dela. Daí o interessedos investidores estrangeiros”, co-mentam os especialistas.

tiva dos Transportadores de Veículos ede Cargas em Geral (CTV), dedicadano transporte para veículos para as Re-giões Centro Oeste e Norte do País. Astrês últimas aquisições demandaramrecursos de R$ 258 milhões oriundosda capitação da abertura de capital nomercado acionário em 2007.

Bem sucedida nos negócios, aAGV Logística especializada em solu-ções de logística altamente integradase personalizada, é outro exemplo queo interesse em ampliar a atuação naci-onal e incrementar o portfólio de ser-viços passa necessariamente pelasaquisições de outros PSLs. Fundadaem 1999 a empresa de capital fechadocresce a taxa média de 40% ao ano,com soluções completas que vão des-de a administração, armazenagem até

Luís Demeterco: capitação derecursos em fundos de investimentos

dá musculatura financeira paraexpandir os negócios

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ção GANHO DE ESCALA - Os movimen-

tos de expansão nos negócios de umaforma ou de outra já foram realizadospor outras empresas como Julio Simõ-es, TNT Mercúrio, Rapidão Cometa,Ceva Logistics, entre outras, refletindoapenas o início de uma profunda rees-truturação pela qual o setor de logísticapoderá perpetuar nos próximos anos.Consultores e empresários ouvidospela equipe da FROTA&Cia acreditamque haverá uma forte concentração nosetor de logística, semelhante ao que jáaconteceu com os supermercados e aconstrução civil nas décadas de 80 e 90.“A tendência é entre 40 e 60 empresasformarem 2 ou 3 plataformas de PSLs.O setor deve ficar na mão de, no máxi-mo, 20 ou 30 empresários nos próximoscinco anos.”, prevê Wrobleski que em60 dias pretende apresentar um mode-lo de plataforma de negócio, diferenteda realizada na fusão de cinco trans-portadoras que deu origem a Trafti,operadora logística do ABC Paulista.“Embora dê eficiência e ganho de esca-la, há inúmeras empresas pequenas emum mercado crescente que podemagregar valor em determinados nichosou serem quarteirizados pelas gran-des”, defende a pesquisadora MariaFernanda. “Por outro lado é preciso us-ar a inteligência e agir de forma inte-grada para reduzir o custo logístico doPaís e estabelecer uma competição sau-dável no modal rodoviário”, ressaltaRodrigo Villaça, presidente da Aslog(Associação Brasileira de Logística).

QUADRO 3 - LOGÍSTICA TERCEIRIZADA NO MUNDOA atividade logística terceirizada revela semelhanças e diferenças entre o Brasil e demais países da Europa, América do Norte, Ásia.

Apenas o transporte e o desembaraço aduaneiro apresentam índice igual e superior a média. Confira no quadro.

Tipo de serviçosBrasilAmérica do NorteEuropaÁsia

Transporte doméstico91%77%

91%

85%

Desembaraço aduaneiro88%65%

58%

78%

Logística Reversa66%32%

33%

29%

Armazém65%71%

68%

73%

Cross docking41%36%

35%

26%

Montagem de kits26%31%

33%

34%

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quem aceite transportar até o Porto deItajaí (SC) reduzindo em 30% o valor dofrete”, lamenta o empresário que acabade expandir para fazer frente a deman-da. Em novembro de 2009 a Standarddecidiu ganhar musculatura financeiracom a entrada de capital da gestora defundos Private Equity BRZ com aportede R$ 80 milhões. “Tamanho em ummercado onde nossos principais clien-tes e parceiros tem se consolidado e exi-gido grandes investimentos faz, sim,toda a diferença”, aconselha.

Há um consenso, contudo, entre osespecialistas que o Brasil de hoje ca-minha para crescer mais rápido e deforma sustentável. A exploração dopré-sal e a realização de megaeventoscomo a Copa do Mundo em 2014 e asOlimpíadas em 2016 no País são só al-gumas das razões para trilhar esse ca-minho. A nova realidade já começou aexigir um esforço gigantesco por par-te dos PSLs nacionais de profissionali-

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capa

Com uma concorrência forte é natu-ral que acabe havendo uma guerra depreços no setor. Os embarcadores reco-nhecem a importância da logística, co-mo deixa evidente a pesquisa. Contudoa consolidação na própria indústriatem pressionado para baixo o preço dofrete. “Movimentos como a fusão daPerdigão com a Sadia, JBS com a Bertinfrigorífico e Marfrig com a Seara unifi-cam as operações logísticas e reduzemo número de interlocutores e o frete”,exemplifica José Luis Demeterco Neto,presidente da Standard Logística, pro-vedora de serviços logísticos há 11 anose especializada em carga congeladatransportada em contêineres.“Há umapressão grande dos clientes para fazerinvestimentos. Mas há, por exemplo

Rodrigo Villaça: a consolidação no setortorna a competição mais saudável

Crescimento da demanda por serviços logísticos exige investimentos pesados no setor

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QUADRO 4 - PANORAMA DA TERCEIRIZAÇÃOConfira as principais atividades terceirizadas pelos prestadores de serviços logísticos para a indústria brasileira

ATIVIDADE BÁSICATransporte de suprimento . . . . . . . .94%

Transporte de distribuição . . . . . . . .92%

Desembaraço aduaneiro . . . . . . . . .88%

Transporte de transferência . . . . . .86%

ATIVIDADE INTERMEDIÁRIALogística Reversa . . . . . . . . . . . . . . .66%

Armazenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . .64%

Gerenc. do Transp. Intermodal . . . . .61%

Milk run . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42%

Cross docking . . . . . . . . . . . . . . . . .41%

Auditoria de Fretes . . . . . . . . . . . . .25%

ATIVIDADE SOFISTICADAGerenc. de risco no Transporte.........79%

Definição do perfil da frota ................51%

Definição de rotas.................................50%

Desenv. de Projetos e Soluções.........48%

Gestão Integr. das Oper. Logísticas ...26%

Montagens de Kits ................................26%

Serviço ao cliente..................................18%

Gestão de estoques..............................10%

Font

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zação, melhoria de eficiência, opera-ção e gestão. O crescimento da de-manda estimula o setor a apostar namodalidade e investir muito, sobretu-do em capacitação profissional e tec-nologia. Na visão dos entrevistados oBrasil pode parar se não aproveitar ajanela de oportunidade e acelerar osinvestimentos em melhoria de infraes-trutura logística - nosso eterno pontofraco. “Em 2010 não vai chegar a 1%,mas é preciso destinar 3% do PIB senão os gargalos logísticos vão conti-nuar a acontecer”, lembra o consultorAntônio Wrobleski. “O governo temprojetado ações para o desenvolvi-mento do País, caso do “Avança Bra-sil” e do “Programa de Aceleração doCrescimento - PAC”. Mas, o marke-ting é que leva o ônus, os programaspouco avançaram o que deixa o em-presário brasileiro em desvantagemcompetitiva”, lamenta o dirigente daAslog Rodrigo Villaça.

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O evento que reuniu mais de 4 milconvidados e cerca de 300 jornalistasde diferentes áreas e nacionalidadesrevelou o esforço que inventores, pes-quisadores e fabricantes de veículos,motores, partes e sistemas tem feitopara o desenvolvimento da mobilida-de rodoviária sustentável.

A primeira edição do Challenge Bi-bendum ocorreu em 1998 em come-moração os 100 anos do tradicional bo-neco Bibendum. A cada evento a fabri-

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evento

Uma vitrine de soluções tecno-lógicas que possibilita a con-cepção de veículos mais ami-

gos do planeta, mesas redondas e testdrives com protótipos experimentaismarcaram a 10ª edição do MichelinChallenge Bibendum, o maior eventode mobilidade rodoviária do mundo,promovido pela fabricante de pneusradiais entre os dias 30 de maio e 3 dejunho, no Centro de Convenções e Ex-posições Riocentro, no Rio de Janeiro.

cante francesa dedica um período de24 meses com especialistas para apli-car um gabarito padrão e formatar aprogramação, levando em considera-ção metodologia e visão européias.Pela primeira vez em doze anos umaedição foi realizada na América Lati-na. Antes de chegar ao Brasil às noveedições anteriores percorreram os paí-ses da Europa (França, Alemanha),América do Norte (Estados Unidos) eÁsia (Japão e China). Nas palavras dopresidente mundial da empresa, Mi-chel Rollier, a mobilidade segura, lim-pa e sustentável é um dos maiores de-safios da atualidade e demanda umdebate em conjunto na busca de solu-ções. “Essa tem sido a missão do Chal-lenge Bibendum e da próxima ediçãoque acontecerá em Berlin na Alema-nha em 2011”, antecipa.

A edição brasileira, que em razão da

10ª edição do Michelin Challenge Bibendum, maior evento demobilidade rodoviária do mundo, apresenta soluções tecnológicasque os fabricantes preparam para um futuro sustentável sobre rodas

Por Luciana Duarte

Cheio de boas prom

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B100 a montadora introduziu um sis-tema que permite o monitoramento daoperação do veículo, com ajuste defornecimento de combustível apropri-ado para o motor por meio de umaunidade dosadora. Gerenciado eletro-nicamente o sistema não necessita denenhum aditivo especial. Em segredoa MAN testa um veículo semelhantena Usina Paulista movido 100% a com-bustível de sebo animal. Um funcioná-rio da MAN desfilava no salão agu-çando a curiosidade dos convidadoscom uma miniatura, cópia fiel do VW17.250 em escala 6 vezes menor, equi-pado com um motor de 4hp e 30 cilin-drada abastecido 100% a etanol.

A Mercedes-Benz, por sua vez,apresentou novidades nas quatro ca-tegorias de veículos (caminhões, ôni-bus, vans e carros de passeio) que co-mercializa no mercado brasileiro.Uma das empresas mais premiadasapós as competições realizadas pelosorganizadores do Challenge Biben-dum 2010, com 20 prêmios conquis-tados, a montadora alemã exibiu no-vidades tecnológicas em favor damobilidade rodoviária em veículosconceitos (leve e pesado), ônibus (ro-doviário e urbano) além da VanSprinter e o automóvel Smart.

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crise econômica não aconteceu em2009, contou com a presença do presi-dente Luis Inácio Lula da Silva, minis-tros, entidades civis e empresas. Contu-do, nenhum envolvimento prático foidesenvolvido entre os atores, que pos-sibilitassem tomar decisões em favorda mobilidade sustentável. Durante oevento ficou evidente que o Brasil estálonge de oferecer uma infraestrutura delocomoção que não dependa do petró-leo. Apesar de ser pioneiro na utiliza-ção do etanol, derivado da cana-de-açucar, a produção anual é de 30 bi-lhões de litros de etanol, a maior partepara consumo interno, ainda é insufi-ciente para que o seu uso predomineem toda frota brasileira.

No salão dos expositores e na pis-ta de testes do Challenge Bibendum2010 um boom de modelos e conceitosde produção principalmente de auto-

móveis reforçou a idéia que a maioriados fabricantes, mais evidente os eu-ropeus, tem apostado nos propulso-res híbridos e elétricos, uma decisãoque não tem mais volta. Distante, ain-da, no caso de veículos comerciais de-dicados ao transporte de cargas e pas-sageiros que seguem em testes na ten-tativa de aumentar a eficiência e re-duzir a emissão de poluentes dos mo-

tores. Um esforço que foi possí-vel observar com forte predo-minância nos caminhões e ôni-bus conceitos em exposição,abastecidos com combustíveisalternativos associado ao usodos motores a diesel ou movi-

do a hidrogênio.

VEÍCULOS CONCEITOS - É ocaso da MAN que levou para o salão

de boas promessas um caminhão con-ceito VW 17.250 abastecido 100% combiodiesel e outro modelo VW 15.180que roda com gás natural veicular(GNV), esse último desenvolvido emparceria com a Bosch. Ambos os mo-delos são dotados de injeção inteligen-te Dual Fuel, tecnologia desenvolvidapela empresa, mas em princípio ne-nhum deles descarta o uso do motordiesel. No caso do caminhão movido a

Challenge Bibendum: pela 1º vez na América Latina para

debater o futuro da mobilidadesustentável e a segurança

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messas

Caminhão VW 17.250 conceito

equipado com motor diesel abastecido 100% com biodiesel

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celente desem-penho. Eme x p o s i ç ã otambém esta-vam o cami-

nhão Actros 2646e um ônibus rodoviá-

rio O 500 RSD, ambosem testes abastecidos com o uso

100% de biodiesel. Enquanto a Sprin-ter circulou pelo evento abastecidocom 5% do biodiesel, o protótipoSmart Brazilian Edition na cor verde eamarela podia ser testado com o siste-ma “start/stop” que liga e desliga au-tomaticamente o motor no tráfego.

A FTP Powertrain Technologies, fa-bricante de transmissão e motores,apresentou alguns de seus principais

propulsores, os motoresFire Evo que equipa o novoUno, o sistema MultiAir e o motor Cur-sor 8 E-100. Enquanto a Fiat exibiu seumotor tetrafuel, que funciona com qual-quer mistura de gasolina e etanol, gaso-lina pura, etanol puro e GNV e o veicu-lo elétrico que desenvolve em parceriacom a Usina Itaipu. Já a Iveco levou ocaminhão Daily elétrico movido a ener-gia elétrica 100% limpa e renovável,equipado com baterias especiais comautonomia de100 Km.

A Michelinaproveitou aocasião paraexibir as qua-

■ Durante o Challenge Bi-

bendum sete mesas re-

dondas promoveram de-

bates temáticos com a pre-

sença de especialistas e

convidados de várias par-

tes do mundo. As discus-

sões ficaram res-

tritas a de-

monstrar a evi-

dente necessida-

de e urgência de

baixar as emissõ-

es de dióxido de

carbono, diminu-

ir a dependência

do uso de petró-

leo, minimizar o aumento

das emissões de gás de

efeito estufa ligado à

combustão dos combustí-

veis fósseis. A lista extensa

inclui, também, a redução

do número de acidentes nas

estradas, melhorar o fluxo

no trânsito nas grandes

metrópoles e adaptar os

veículos sem tirar a satisfa-

ção da liberdade da mobi-

lidade rodoviária. A boa

oportunidade de viabilizar

as soluções tecnológicas

em termos de locomoção,

melhoria em infraestrutu-

ra e viabilidade econômica

de veículos elétricos, híbri-

dos, pilhas de combustíveis

entre outros em forma de

lei com incentivos gover-

namentais ou normas am-

bientais foi deixada de

lado. Durante o evento fi-

cou evidente a preocupa-

ção dos especialistas em

mostrar os problemas e os

avanços tecnológicos que

permitem a mobilidade

sustentável, mais limpa,

mais segura e mais efici-

ente. Principalmente nos

países em desenvolvimen-

to, caso do Brasil que está

em ascensão econômica e

precisa melhorar a sua in-

fraestrutura oferecendo

uma melhor qualidade de

vida para àqueles que

nela habitam.

Discursos prontos

evento

Accelo Bue Tec daMercedes-Benz

em fase de testesmovido a diesel

de cana

Pneu inteligente:um experimento

da Michelin que dispensa a

energia do motor e utiliza a doscomponentes

Fiat: exibiu veículos movidoscom várias misturas de

combustíveis

CENÁRIO VERDE - O princi-pal destaque da estrela de três pontasfoi o caminhão conceito Accelo BlueTec EEV movido 100% a diesel decana. A versão oriunda do Accelo quejá roda nas estradas brasileira mante-ve seu motor diesel e todos os compo-nentes do veículo. A montadora atéagora não precisou substituir nenhu-ma peça e o veículo tem revelado ex-

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motor elétrico é quem desenvolve37,7 kgmf de torque a 1.000 rpm e velo-cidade máxima alcançada pelo Volt éde 160 km/h. A montadora garante quevai disponibilizar o veículo para vendaainda em 2010 nos Estados Unidos.

Já a Nissam mostrou o Leaf, veícu-lo com motor elétrico de 80 Kw a umtorque máximo de 28,54 mkgf, alimen-tado por uma bateria de íons de lítio

que pode ser carregada até80% em meia hora, emposto de abastecimen-

to rápido e 100%em oito horas li-

gado a uma to-mada de 200v.

Do ladoda Peugeot o

modelo Íonexibiu seu mo-tor movido abaterias de Íon-Lítio, similaresas usadas noscelulares, po-dendo ser car-

regada 100% em seis horas ou 80% dacapacidade em apenas 30 minutoscom sistema de recarga rápida. O veí-culo chega no mercado europeu ain-da em 2010 equipado com motor doirmão Mitsubishi iMiEV de 64 cava-los de potência máxima e 18,25 mkgfde torque máximo disponíveis paraatingir uma velocidade máxima de130 km/h.

de lítio sob o asso-alho, armazena energia que seria per-dida durante as frenagens. Com auto-nomia de 400 km leva três minutospara recarga de hidrogênio.

Dentre as curiosidades que circula-ram no salão o veículo da Audi, o e-tron vermelho foi a coqueluche doevento. O modelo elétricocom autonomia de 250km na carga comple-ta de 11 horas emuma tomada co-mum ou 2 horasem uma tomadade 400 v podia serpilotado pelos con-vidados. O Audi e-tron é menor que o Audi TTo modelo mede 3,93 metros decomprimento, 1,78 n de largura e1,22 m de altura e foi construído comchassi em alumínio e painéis em fibrade carbono reforçado com plástico.

A General Motors aproveitou o sa-lão para exibir o Chevrolet Volt, veí-

culo conceito dotado de mo-tor 1.4 L turbo com

tecnologia de 141cv. Utiliza um ge-rador de energia,

baterias de íon li-tio e motor elétrico,

seus freios podem aproveitaraté 21% de energia das frenagens. O

FROTA&Cia - Junho 2010 - 23

Peugeot: avança nos testes de veículos movidos a baterias de Íon-lítio

Automóvel Audi equipado com motorelétrico e autonomia de 250 km

tro gerações de pneus com baixo con-sumo de combustível e o protótipoActive Wheel. Em teste em veículosmovidos a eletrecidade, a roda mo-torizada é dotada de componentesessenciais como motor, suspensão,transmissão e amortecedores. Oconceito elimina a necessidade domotor no capô traseiro ou diantei-ro e os elementos convencionais detransmissão, suspensão ou caixa demachas - devido a concentração des-tes nas rodas. Outra inovação tecnoló-gica que saiu da fabricante francesa éo pneu conceito “Petit Pneus Miche-lin”, o modelo 175/70 R10, desenvol-vido com tamanhos de roda e pneureduzidos a 10 polegadas. As vanta-gens do pequeno pneu, segundo aMichelin, está nos quase 40 quilos amenos no veiculo que contribui paraa economia de combustível e na redu-ção de emissão de poluentes.

O FUTURO CHEGOU - Nesse cená-rio de mobilidade sustentável os carroselétricos e híbridos foram as vedetes noChallenge Bibendum 2010, uma reali-dade cada vez mais próxima da aceita-ção e condições do mercado e dos con-sumidores europeus. Embora a Merce-des-Benz tenha sido a única montado-ra a apresentar o primeiro veículo ho-mologado no Brasil de produção emsérie movido a célula de combustívelde hidrogênio, que acaba de ser homo-logado e foi batizado de F-CELL. Oveículo 2.0, que usa um motor elétricode 100 Kw ou 136 cv e tem uma bateria

Mercedes-Benz Actros 2646 abastecido

100% com biodiesel

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mercado

No embalo da economia brasileira, 2º lote de caminhões chinesesHowo 380 cv desembarca no País. Importadora Sinotruk testa o pesado top de linha Howo A7, a próxima cartada para 2011

A chegada do dragão

Por Luciana Duarte

Aatual combinação de estabili-dade econômica e condiçõesdemográficas favoráveis, que

podem tornar o Brasil uma das cincomaiores potências nas próximas déca-das, começam a atrair a atenção dos fa-bricantes chineses de caminhões. So-mem-se a isso, as estimativas da indús-tria nacional que projetam a possibili-dade do mercado brasileiro alcançar amarca de 220 mil unidades comerciali-zadas, para atender a onda de obras deinfraestrutura prevista para os próxi-mos anos. “Isso não está muito longede acontecer. Basta olhar as razões quesustentam esse crescimento, caso dopré-sal, Copa do Mundo e Olimpía-das”, destaca entusiasmado Joel An-derson, diretor de Vendas da Elecsonic,ou Sinotruck do Brasil, como prefereser conhecida, com sede em Curitiba,Paraná. A empresa, formada por umgrupo de 11 investidores e representan-te exclusiva da Sinotruk, uma das cincomaiores fabricantes de caminhões domundo, desembarca no País o 2º lote decaminhões da marca chinesa e já testa opesado top de linha Howo A7.

“Com a expansão do mercado in-terno é pouco provável que o parqueindustrial brasileiro dê conta do reca-do”, aposta Joel. “Há espaço para todomundo aproveitar essa oportunidadehistórica”, completa o diretor que

acredita na possibilidade de outrosplayers mundiais se instalarem no Paísnos próximos anos.

TRAJETÓRIA BRASILEIRA - O inte-resse em fazer negócios no Brasil teveinício em junho de 2007 com a empresaElecsonic. Contudo, somente um anomais tarde, foi concedido à importado-ra o pedido de homologação dos pri-meiros cavalos mecânicos Howo (leia-se Rovô), equipados com motor de 380cv Euro III, nas versões 6x2 e 6x4. Ocontrato com a CNHTC chegou a sercobiçado por outros empresários, masem abril de 2009 os diretores da Sino-truk do Brasil assinaram o termo deexclusividade por tempo indetermi-nado com a matriz em Jinan, colo-cando um ponto final no discursodos interessados. Os chineses nãoescondem a intenção de manteresse formato de negócio, que predo-mina em todos os mercados do mundoonde a fábrica atua. Como, também

não descartam a possibilidade de insta-lar uma linha de montagem em Curiti-ba, para operar em regime CKD, casoas vendas venham a surpreender.

Confiança para isso é que não falta.Os planos de expansão da Sinotruk doBrasil vão longe e visam aumentar o nú-mero de distribuidores com forneci-mento e acessibilidade as peças em eta-pas. Para garantir o tripé da operaçãoque engloba vendas, serviços epós vendas, a importadoraestá em fase final de insta-lação das primeiras 15 ca-sas nas regiões Sul e Su-deste. Ainda em 2010 se-rão nomeados 30 pontosde assistência técnica au-torizada para atuar forteno pós venda. Até 2011mais 10 casas serãoabertas gerando ao todo1 mil empregos diretose indiretos. Toda a redede distribuido-

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178 unidades desembarcam até o finalde julho para abastecer as revendas. Ameta é importar 600 caminhões Howoem 2010 e mais 1 mil unidades até2011. “Os veículos importados são co-mercializados na modalidade à vista,CDC ou leasing, mas estão nos pla-nos oferecer o consórcio em breve”,antecipa Anderson.

“São esses atributos que me deixa-ram confortável para comprar dois ca-minhões 6x2 para transportar produ-tos perigosos”, elogia Luiz Alberto Bo-éssio, diretor da Boéssio Transportes.“Estou satisfeito com o preço, a econo-mia de combustível e a garantia doproduto”, conta do outro lado o em-presário Luis Carlos Feronato, sócioproprietário do posto O Cupim queagregou outros três Howo 6x4 a frota

de cavalos mecânicos Scania e Iveco.Com expectativa de crescimento

apoiado na demanda do mercado, a Si-notruk já planeja importar a versão topde linha da CNHTC, em fase de homo-logação no Brasil. O cavalo mecânicoHowo A7 Euro V, com motor Styear de12 e 13 litros pode ser comercializadono País a partir do segundo semestrede 2011. O veículo, que está em fase detestes em dois clientes, possui uma ca-bine proveniente da Volvo série F evem com caixa de câmbio ZF. “Na Chi-na esses veículos são testados em con-dições ultra adversas, porque operamem temperaturas que vão de -22ºe -33ºgraus para 43ºgraus positivos”, dizAnderson. “Já estou de olho para com-prar a primeira unidade”, planeja oempresário Boésio.

FROTA&Cia - Junho 2010 - 25

res ganhará padrão 4S, treinamento téc-nico e comercial ministrado dentro daimportadora ou nas redes. “Oferecemosgarantia de 12 meses livre de km paraqualquer modelo e 24 meses ou 240 milkm, o que prevalecer primeiro, apenaspara o trem de força,”, garante o diretorque já investiu R$ 130 mil na operaçãoaté o fechamento desta edição.

MOTOR EURO 5 - O primeiro lotede 104 veículos Howo 380 Euro III jároda nas estradas brasileiras. Outras

Howo: cabine e painel inspirados na série F da Volvo, uma

parceria que encerrou em 2008

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■ A chegada da Sinotruck do Brasil mostra que China National Heavy Duty

Truck Group (CNHTC), holding chinesa que controla a Sinotruk, aposta no

cenário doméstico brasileiro para apresentar seu gigantesco conglomera-

do tecnológico construído em 75 anos de existência. Sediada em Jinan, na

província da Changdoag na China – Estado com 100 milhões de habitantes

– a empresa possui outras sete fábricas espalhadas no País. No período en-

tre 2003 e 2008 uma joint venture com a Volvo garantiu à fabricante chi-

nesa a transferência de tecnologias, inclusive da cabine e a produção de ca-

minhões suecos em cinco plantas da CNHTC. Atualmente, a Sinotruk pro-

duz 95% dos componentes que equipam seus veículos acima 19 toneladas.

“Boa parte deles, desenvolvidos em parceria com marcas globais conheci-

das, caso dos motores Styear, filtros com tecnologia MAN, transmissão da

ZF, eixos da Arvin Meritor e sistema pneumático da Wabco, entre outros”,

destaca LeandroSchünke, engenheiro e gerente técnico da importadora.

Em junho de 2009, com a compra de 25,1% das ações da companhia

pela MAN, controladora da Volkswagen Caminhões e Ônibus, parte das

cinco fábricas passou a produzir veículos com tecnologia alemã. Em franca

expansão no mercado internacional a CNHTC produziu cerca de 145 mil ca-

minhões chineses em 2009, um volume 28% superior ao volume despejado

no mercado brasileiro em igual período, por todas as montadoras instala-

das no País juntas.

Gigante tecnológico

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caminhões leves

Após ajustes técnicos, a Iveco incorpora a versão de 7t de PBT afamília Daily chassi cabine, ofertada na opção cabine simples edupla equipada com o novo motor eletrônico F1C da FPT

Melhorias em dose

Por Luciana Duarte

Decidida a brigar por uma fatiaainda maior no mercado decaminhões leves, a Iveco aca-

ba de ampliar a gama de ofertas da fa-mília Daily. A novidade atende pelonome de Daily 70C16 HD Massimo,um veículo na versão chassi cabinepara atender ao mercado de 7 tonela-das de PBT. O novo integrante oferta-do na opção cabine simples e dupla éuma versão repaginada do já existenteDaily 70C16. Lançado há dois anos co-mo um sopro de inovação da marca, omodelo contribuiu para elevar de 4,5%

em 2008 para 8,5% 2009 a participaçãoda Iveco no segmento de 6,1 a 7,9 tone-ladas de PBT. A expectativa agora éconquistar a preferência desse merca-do e elevar o market share da empresapara, no mínimo 10% em 2010 e 12%em 2011. “O Daily Massimo chega comqualidades de caminhão grande, semabrir mão do conforto em um mercadodominado por concepção tecnologicaantiga”, dispara o diretor comercial daIveco, Alcides Cavalcanti. O comentá-rio é uma clara referência ao recordistade vendas na categoria - o Mercedinho

710, eleito Caminhão Leve do Ano pe-lo Prêmio Lótus -, cujo apelo de ven-das predominante é o bom preço.“Além de muito mais tecnologia em-barcada o Daily Massimo oferece co-mo opcional de fábrica um GPS comroteirizador Multi Connect ”, destaca.

Ideal para atender as necessidadesda logística urbana e interurbana du-rante a coleta e distribuição de merca-dorias nas grandes cidades do País, onovo Daily 70C16 HD Massimo ofere-ce mais de 50 aplicações possíveis,desde baús frigorificados até sistemade coleta de lixo. Mas, nem por isso, afábrica italiana deixará de comerciali-zar as versões já disponíveis da famíliaDaily. Segundo a monta-dora, elas ainda ofe-recem vantagenscompetitivas nes-se mercado. “Asduas versões do

Novo Daily Massimo: 685 kg amais de carga que seu principalconcorrente, o Mercedinho 710

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que o Daily consegue levar em 8 via-gens o concorrente precisa fazer em10”, exemplifica a executiva. Já a cabi-ne dupla de fábrica que oferece apenasa opção de entreeixo de 4.350 mm su-porta até 4.170 kg de carga. Por contados novos pneus 215/75 e rodas de17,5 polegadas, o Daily Massimo é 50mm mais alto em relação ao modeloanterior. No visual, assinado pelo de-signer italiano Giorgetto Giugiaro, oDaily Massimo ganhou faixa lateral naporta com o nome da versão(70C16HD Massimo). Uma nova gradefrontal na cor preta, a mesma do pára-choque, também confere a impressãode mais robustez ao veículo.

O Daily Massimo chega equipadocom um novo motor eletrônico F1C,desenvolvido em conjunto com a FPTPowertrain Technologies, que desen-volvo 155 cv (114 kw) de potência má-xima e torque de 400 Nm (41 Kgfm) @1.700 a 2.600 rpm. O engenho é dotadode quatro válvulas por cilindro, distri-buição por corrente e sistema de inje-ção commom rail, homologado segun-do o fabricante para utilizar o B5 e pre-parado para o Euro V. O modelo vemequipado com transmissão Eaton dotipo overdrive, de cinco marchas àfrente e uma à ré. O Daily Massimotem preço sugerido de R$ 94 mil paraos modelos chassi cabine Luxo e R$122 mil na configuração cabine duplaExclusive. No esforço de alavancar asvendas do modelo, até o final de julho,a montadora oferece ar condicionadogratuito. Já o navegador opcional defábrica sai por R$ 850,00.

Visando garantir um melhor aten-dimento ao cliente e o aumento

da demanda por peças de veículos damarca, a Iveco coloca em funciona-mento em Sorocaba, interior de SãoPaulo o Centro de Operações de PecasIveco (COPI). Projetado em 2007, apóso início ao plano de expansão da mar-ca no Brasil, o COPI recebeu investi-mentos de R$ 30 milhões e ocupa 10mil m2 de área construída e 100 m2

para armazenamento de peças. Antesda sua existência a Iveco operava emuma unidade em Diadema (SP), emuma área de 5 mil m2 .

TECNOLOGIA - O mega galpão dedistribuição de peças, construído nospadrões do conceito verde, vai com-partilhar espaço com a empresa CNH,pertencente ao Grupo Fiat, que atuacom máquinas agrícolas e de constru-ção. A sinergia entre as duas empresasreduz custos e garante embarque esti-mado em 80 mil peças por mês. Umsoftware de gestão adotado mundial-mente pelo Grupo Fiat foi instaladopara controlar toda a movimentaçãode peça no armazém desde a entradaaté a saída.

Mega galpão recebeu R$ 30 milhões deinvestimentos e tecnologia de ponta

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FROTA&Cia - Junho 2010 - 27

serviço

Daily Massimo, Luxo e Exclusive, sãouma clara mostra de capacidade daIveco em entregar ao cliente o que elepede e precisa”, diz satisfeito do resul-tado, Antonio Daldalti, vice-presiden-te da empresa.

VANTAGENS COMPETITIVAS -Umimportante acessório, o roteirizadorcom GPS opcional Multi Connect defábrica, desenvolvido pela MagnettiMarelli, chega para equipar a novaversão da marca. O componente per-mite programar até 30 endereços deentregas e pode ser reprogramado au-tomaticamente em caso de mudançainesperado de roteiro. Para assumir acapacidade de carga de um veículo de7 toneladas de PBT, 400 kg a mais queversão anterior, a montadora equipouo Daily 70C16 HD Massimo com umanova suspensão dianteira reforçada.Também foram incorporados ao mo-delo um novo sistema de freio de acio-namento pneumático, com regulagemautomática das sapatas de freio noeixo traseiro. A novidade garante mai-or capacidade de frenagem e melhordesempenho do sistema. “O clientepedia por superior eficiência e tam-bém flexibilidade”, destaca CristianeNunes, gerente de Marketing do Pro-duto da Iveco.

Em razão dos pedidos de clientes,a família Daily chassi cabine tambémpassa a oferecer uma nova opção deentre-eixos de 4.350 mm, ao lado da jáofertada medida de 3.750 mm. Com is-so a capacidade de carga, pela ordem,alcança 4.385 kg e 4.420 kg. Na prática,isso representa um volume de até 685kg a mais de carga que o principal con-corrente da fábrica Mercedes-Benz. “O

dupla Armazenagem em dobro

Design do interior do modelo é funcional,com portas grandes de ampla abertura

Iveco inaugura COPI, em Sorocaba,para atender a demanda por peças

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frota leve

CABEÇA A CABEÇACompare a nova linha Partner da Peugeot com os principais concorrentes Fiat Fiorino e Renault Kangoo

A principal novidade da linhaPartner composta pelas versões deentrada, Escapade e a Escapade Packé o nível de acabamento que ganhouuma silhueta mais robusta e o motorflex, até então disponível em outrosmodelos da marca. A versão top de li-nha ganhou novo para-choque, gra-des de proteção no conjunto ótico nafrente e na traseira, adesivos decorati-vos nas laterais, barras laterais no tetoe rodas em liga leve com aro de 15 po-legadas. Assim como as demais ver-sões será ofertada com uma extensalista de equipamentos e a opção deporta corrediça nas duas laterais parafacilitar o embarque e desembarqueda carga ou passageiros.

MAIOR CAPACIDADE - A nova li-nha Partner chega equipada com omotor 1.6 flex de 16 válvulas que ofe-rece 113 cv de potência a 4.000 rpmabastecido com álcool e 110 cv a 5.600rpm com gasolina. Seu torque máximochega a 14,2 mkgf e 15,5 mkgf, respec-tivamente. Na versão carga permitetransportar até 800 kg de carga útil, jáa de passageiro 5 pessoas e 672 kg decarga útil no bagageiro. Ambas confi-gurações representam a maior capaci-dade da categoria(veja quadro).

Para atrair à preferência dos pres-tadores de serviços, a Partner ofereceum pacote de garantia de três anospara motor, câmbio e pintura e aindadoze anos para corrosão. O preço inici-al dos utilitários é de R$ 45.200 na ver-são de entrada e R$ 50.600 a Escapade.Com o kit opcional exclusivo na últi-ma versão são acrescidos mais R$ 5mil ao preço.

Linha Partner 2011: cartadada Peugeot para crescer no

segmento de utilitários

28 - FROTA&Cia - Junho 2010

Dê olho nos prestadores de serviços, a Peugeot apresenta a nova linhade utilitários Partner importada da Argentina, com novo visual edotada de motor flex para equipar as versões de carga e de passeio

Ocrescimento da economiabrasileira também produziureflexos positivo no mercado

brasileiro de veículos utilitários. Obviarazão para a Peugeot se mexer e reno-var a linha Partner, que andava total-mente esquecida nos últimos anos.Desde junho a montadora francesapassou a importar da Argentina a no-va Partner 2011, que além de trazer aversão carga reestilizada ganhou umanova opção de passeio, ambas equipa-das com motores flex. A decisão damarca de voltar a apostar no segmento

utilitário tem claro propósito. Qual se-ja, elevar de 3% para no mínimo 8% asua participação em um mercado do-minado pela Fiat com 74,81% de mar-ket share e Renault com 7,21%. “A metaé vender 400 unidades por mês, meta-de disso na versão de passeio”, prevêMarcos Brier, Diretor de Comunicaçãoda Marca, embora reconheça que apreferência do mercado é pelo Fiorino,Dobló e Kangoo. “Vamos atrair osprestadores de serviços com uma linhamais atualizada que os nossos concor-rentes”, cutuca o executivo.

Por Luciana Duarte

Div

ulga

ção

Modelos Peugeot Partner Fiat Fiorino Renault Kangoo

Motor flex 1.6 1.3 1.6

Potência 113 cv (A) a 4.000 rpm 71 cv (A) a 5.500 rpm 98,3 (A) a 5.000 rpm

110 cv (G) a 5.600 rpm 70cv (G) a 5.500 rpm 95 (G) a 5.000 rpm

Torque 14,2 mkgf a 4.000 rpm 11,6 kgfm a 4.090 rpm 12.5 mkgf a 3.500 (A)

11,6 kgfm (A) a 2.500 rpm 15,3 mkgf a 3.500 rpm (A)

11,4 kgfm (G) a 2.500 rpm 15,1 mkgf a 3.500 rpm (G)

Capacidade de carga 800 kg de carga útil 620 kg de carga útil 500 kg de carga útil

Entreeixo 2693 mm 2576 mm 2600 mm

Largura/Altura 1960 mm/1858 mm 1622mm/1873 mm 2030 mm/1860mm

Comprimento total 4137 mm 4184 mm 4010mm

Preços A partir de R$ 45.200,00 A partir de 37.070,40 A partir de R$ 40.690,00

Dupla função

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42 - FROTA&Cia - Junho 2010

PANORAMA

Mercado”, segmento da BM&FBovespa que exige maiortransparência. O movimentofaz parte das exigências daAgência Nacional de Transpor-tes Terrestres (ANTT) para dis-pensar a empresa da obrigato-riedade da manutenção de umbloco de controle majoritário,como forma de retirar obstá-culos à captação de recursos.

Nova empreitadaDepois de inaugurar uma

linha de produção de escava-deiras na unidade de Soroca-ba (SP), a britânica JCB está sepreparando para uma novaempreitada em solo brasilei-ro. O projeto, segundo o dire-tor-geral da JCB para a Améri-ca Latina, Carlos Hernandez,envolve aporte de R$ 100 mi-lhões em mais uma fábrica nopaís, em 2011, o que permiti-rá à empresa ampliar a capa-cidade instalada e o portfóliode origem nacional.

MerecidoA DHL Supply Chain ga-

nhou o Prêmio Sindusfarma deQualidade 2010 como a me-lhor empresa fornecedora deserviços de armazenagem edistribuição para a indústriafarmacêutica. “Além de refor-çar a consistência e robustezdo sistema de gestão da qua-lidade na DHL o prêmio de-monstra o reconhecimentopor parte da indústria”, afirmaÉrica Varise, Gerente da Quali-dade e Assuntos Regulatórios.

Exemplo dadoDando o exemplo, a

Braspress fará o aproveita-mento da água da chuva nosterminais de Curitiba, Goiâ-nia, Sorocaba e Rio de Janei-ro. Após a captação, essesefluentes serão tratados e de-sinfetados para serem utiliza-dos na lavagem da frota deveículos e caminhões, bem co-mo em irrigações de áreasverdes, lavatórios e descargasde bacias sanitárias etc. Aação irá propiciar a captaçãode 69 milhões de litros deágua por ano.

Bodas de coralCom 1.153 colaboradores,

280 veículos próprios, 67 uni-dades distribuídas no RioGrande do Sul, Santa Catari-na, Paraná, São Paulo e Ar-gentina, a gaúcha Transporta-dora Plimor celebra 35 anosde estrada. Com projeção decrescimento em 25% em todoo ano de 2010, a empresacontabiliza crescimento de31,5% sobre o primeiro qua-drimestre de 2009.

Novo mercadoA empresa de logística ALL

quer agora ingressar no “Novo

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www.frotacia.com.br

No†ícias do mundo do transporte atualizadas em tempo real

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Para marmanjosJá estão nas 144 revendedoras autorizadas da MAN Latin Ame-

rica em todo o País as novas miniaturas dos caminhões VW. Os co-lecionadores e fãs da marca poderão adquirir os modelos VW15.180 e VW 24.250 na escala 1:43, com os preços sugeridos de R$69,87 e R$ 73,54, respectivamente. Já a VW 19.320 H0 1:87 inau-

gura uma nova linha de mi-niaturas em escala menor(H0) e será comercializadopor R$ 33,55.

Paulo Di Nallo é o novo gerente comercial do escritório daContinental Pneus na Argentina. Entre os desafios de Di Nal-lo está a consolidação da presença da marca naquele merca-do e o aumento do market share.

A partir de agosto, Luis Carlos Pimenta assume a presidên-cia da Volvo Bus Latin America no lu-gar do sueco Per Gabell, que vai parao México ocupar o cargo de lideran-ça da corporação.

Angel Martinez (foto) é omais novo diretor comercialdo Banco Mercedes-Benz.Martinez focará suas ativi-dades no relacionamentocom os concessionários, co-municação e marketing.

Vai e vem

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