Magazine APDV nº 3

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Junte-se a nós! “Dançar é celebrar, é viver!” Torne- se sócio da APDV e passe a desfru- tar das inúmeras vantagens de fazer parte da Família APDV! Mais informações em www.apdv.pt Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor. 1 Magazine Número 3 - Ano I - Julho 2012 • Publicação bimestral • Propriedade da APDV • Presidente: Vânia Cezário • Direção e edição: Sara Silva Neste número: Crónica: Uma viagem sem regresso………………………...3 Destaque: Jade El Jabel em Portugal: um sucesso! ..………4 Notícias: maio-julho ..……....6 Agenda: julho ……..............11 Entrevista: Davínia Solà ....12 Música: Wahashtini.........16 • As Dicas da Tia Marta .........18 • Eu quero um destes! ......….19 Opinião: ..…………………..20 Jade El Jabel em Portugal: Jade El Jabel em Portugal: um SUCESSO! um SUCESSO! A não perder!! Saiba mais nas páginas 10 e 11 Saiba tudo nas páginas 4 e 5 WORKSHOPS ESPETÁCULO

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Na terceira edição da Magazine APDV contamos-lhe os mais recentes acontecimentos na nossa Associação, damos-lhe a conhecer os eventos mais aguardados do verão e mostramos-lhe como a Dança do Ventre pode espalhar alegria e preencher as nossas vidas de forma permanente. Suba no nosso tapete voador!

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Junte-se a nós!

“Dançar é celebrar, é viver!” Torne-

se sócio da APDV e passe a desfru-

tar das inúmeras vantagens de fazer

parte da Família APDV!

Mais informações em www.apdv.pt

Todos os conteúdos desta publicação são propriedade da APDV e estão protegidos por direitos de autor. 1

Magazine

Número 3 - Ano I - Julho 2012 • Publicação bimestral • Propriedade da APDV • Presidente: Vânia Cezário • Direção e edição: Sara Silva

Neste número:

• Crónica: Uma viagem sem

regresso………………………...3

• Destaque: Jade El Jabel em

Portugal: um sucesso! ..………4

• Notícias: maio-julho ..……....6

• Agenda: julho ……..............11

• Entrevista: Davínia Solà ....12

• Música: “Wahashtini” .........16

• As Dicas da Tia Marta .........18

• Eu quero um destes! ......….19

• Opinião: ..…………………..20

Jade El Jabel em Portugal:Jade El Jabel em Portugal:

um SUCESSO!um SUCESSO!

A não perder!!

Saiba mais nas páginas 10 e 11

Saiba tudo nas páginas 4 e 5

WORKSHOPS

ESPETÁCULO

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Editorial Tem sido uma alegria para nós, aqui na APDV, notar a quantida-

de de pessoas que têm sido um pouco mais felizes a partir do mo-

mento que abraçaram a Dança do Ventre. Desde sempre, temos vin-

do a ouvir e ler testemunhos de como a Dança do Ventre tem sido

uma influência positiva na autoestima das nossas bailarinas e dado

asas às potencialidades de cada uma. Eu própria já expressei várias

vezes, desde que pertenço à Associação, os meus sentimentos de

gratidão para com as Professoras e colegas que me acompanham!

Pelo carinho, ensinamentos, paciência, partilha, amizade e verdadei-

ra entreajuda. Tal como eu, imensas outras o fizeram e ainda hoje

fazem.

A verdade é que nós, na APDV, nunca nos cansamos de saber o

quanto esta Arte (e, em particular, todo o trabalho em aula) nos traz

alegrias a vários níveis – físico, mental, emocional e social. O melhor

de tudo é que as diferenças são relatadas não apenas pelas pró-

prias, mas também muito frequentemente pelos seus companheiros!

“Ela tem andado mais alegre e confiante!” O que poderíamos querer

de melhor?

Convém lembrar que a APDV não é uma empresa, é uma verda-

deira Família; não procura apenas disseminar conhecimentos, mas

também permitir que cada aluna se aprenda a si própria, se conheça

melhor, se liberte e explore o seu potencial. Como Associação, só

crescemos se as nossas bailarinas crescerem connosco, e como Fa-

mília, procuramos sempre semear a união e alegria entre todas. Essa

alegria, todos são convidados a colhê-la – sejam as nossas bailari-

nas, sejam os seus amigos e familiares, seja o público em geral.

Para que possamos saborear o melhor que a Dança do Ventre

tem para nos oferecer, devemos saber que, mesmo quando dança-

mos para uma audiência, dançamos sobretudo para nós mesmas; é

a nós mesmas que devemos agradar! No entanto, todos são bem-

vindos a partilhar da nossa alegria de dançar, seja participando ou

simplesmente assistindo a essa expressão do que nos vai na alma!

Fica então o convite para que tome

parte nesta nossa alegria, seja dançan-

do também ou ao ver dançar. Já repa-

rou que dançamos a sorrir?

Sara Silva

(Departamento de Marketing da APDV)

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Crónica

Uma viagem sem regresso

Em 2006, iniciei a minha aventura na Dança

do Ventre com o objetivo de, durante umas ho-

ras da semana, poder expressar a minha femi-

nilidade e, ao mesmo tempo, dedicar esse

tempo a algo que sempre tive vontade de fa-

zer: dançar.

Lembro-me perfeitamente da minha primeira

aula, no Yoga House Espaço Dança. A receci-

onista perguntou-me se fazia exercício físico e

eu respondi-lhe que praticava judo há 16 anos.

A senhora ficou com a expressão um pouco

tensa e disse-me, timidamente, que na Dança

do Ventre não convinha termos uma barriga

muito musculada. Contudo, rapidamente acal-

mei o seu semblante quando lhe disse que ti-

nha deixado a competição há algum tempo e

garanti-lhe que a minha barriga mexia (mal eu

sabia o quanto ela tinha de mexer!...).

Curiosa, entrei na sala de aula e deparei-me

com Vânia Cezário, a professora de Dança do

Ventre. Detalhe: loira e nada gordinha! Con-

fesso que fiquei baralhada, pois no meu sub-

consciente todas as professoras de Dança do

Ventre eram morenas e gordinhas.

Durante toda a aula, estive a tentar aprender

três movimentos. Parecia tudo tão simples,

mas o meu corpo insistia em complicar e só

com a santa paciência da professora é que

consegui convencer a minha anca a copiar os

movimentos que Vânia Cezário fazia tão direi-

tinho. Confesso que fui para casa a pensar:

“Por que é que não cresceu o nariz de todas

aquelas pessoas que diziam que eu até tinha

jeitinho para dançar! Mas onde é que eu esta-

va com a cabeça para acreditar nos pinóquios

da minha vida!”

Depois de sobreviver à primeira aula, na se-

mana seguinte, não desisti. Não sei porquê,

senti imensa vontade de regressar para apren-

der mais e mais movimentos. Era quase um

chamamento. Só é pena que esse chamamen-

to não me tenha alertado para o que me espe-

rava: uma aula de ondulações de barriga! O

chamado camelo. Acreditem, dei o meu máxi-

mo mas a minha barriga não ondulava como a

da Vânia Cezário, que então me disse algo

que nunca mais esqueci: “Temos de respeitar

o ritmo do nosso corpo”. E não é que é verda-

de? Ao longo destes anos há certos movimen-

tos que testam a paciência do meu corpo e ou-

tros que o fazem gritar “go Irina, go Irina!”

Escusado será dizer que nunca mais deixei a

Dança do Ventre, nem a Vânia Cezário que

ainda hoje me atura. Tive sorte de encontrar

logo uma professora fenomenal que, para

além de ensinar tecnicamente muito bem os

movimentos da Dança do Ventre, nos transmi-

te a sua paixão pela dança através de espetá-

culos e coreografias de cortar a respiração e

com a humildade de chamar outros profissio-

nais com estilos diferentes dos seus para nos

aperfeiçoarmos mais através de workshops ou

aulas especiais.

O papel da professora é fundamental na evo-

lução de uma bailarina, mas as bailarinas com

quem dançamos também. Mais uma vez, pos-

so dizer que tive muita sorte, pois com as bai-

larinas da APDV tenho crescido imenso como

bailarina e como pessoa. Anca, braço, shimi,

expressão... cada uma tem a sua força e ener-

gia única.

A Dança do Ventre é, sem dúvida, uma via-

gem sem regresso, pois permitiu-me conhecer

pessoas especiais e despertou em mim a paci-

ência de aceitar as limitações do meu corpo e

a coragem de ouvir o pulsar das minhas vonta-

des, dando-lhe voz e vida.

Irina Ribeiro

(Sócia APDV)

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Aconteceu no dia 26 de maio, pelas

21:30, mais uma mágica Gala de Dança do

Ventre com a mais elevada qualidade artística

a que já habituámos o nosso público. Intimista,

repleta de variedade, classe e beleza, contou

duas presenças muito especiais: vinda especi-

almente do Brasil para nos brindar com a sua

dança e conhecimento, Jade El Jabel, uma

das bailarinas mais conceituadas da atualida-

de, com o seu estilo único, arrasador e muito

sensual, uma majestosa presença em palco

que prende todos os olhares; e a nossa queri-

da Davínia Iñesta Solà, que veio diretamente

de Barcelona para o palco da APDV e, com a

sua dança, o encheu de alegria contagiando

tudo e todos com a sua força incrível, um

shimi poderoso e um sorriso magnífico (saiba

mais sobre a Davínia na página 12). Duas be-

lezas raras que deixaram todos, literalmente,

de queixo caído, que esperamos receber no-

vamente muito em breve!

A Gala contou com apresentações varia-

das: na abertura, estilo egípcio (Jade El Ja-

bel), seguindo-se dança tribal (Arabesk Tribal

Troupe), duplo véu (Munira Azarake), Said

com bastão (bailarinas APDV), Tárab

(Davínia), estilo clássico (alunas APDV), Giro

Sufi (Petra Pinto), Baladi moderno (Vânia

Cezário), Meleah Laff (bailarinas APDV), e fi-

nalizando com estilo egípcio e derbake (Jade

El Jabel).

Embora a maior parte do público não ti-

vesse tomado conhecimento, as duas coreo-

grafias de estilo clássico exibidas foram, na

verdade, as coreografias de exame apresenta-

das pelas alunas do Nível Intermédio do Curso

Profissional de Bailarina de Dança do Ventre

da APDV que se candidataram a transitar para

o Nível Avançado (saiba mais na página 9).

Todas as bailarinas que atuaram, tanto a

solo como em grupo, encheram de diversão e

glamour este especial espétaculo em honra de

Marcos Ghazalla.

No dia seguinte, 27 de maio, pudemos

desfrutar de dois grandes momentos de apren-

dizagem que a APDV promoveu em parceria

com Marcos Ghazalla: o primeiro workshop

realizou-se das 10:00 às 12:00, tendo como

tema “Dança Oriental Moderna – Estilo Egíp-

cio”, fazendo vibrar todas as alunas com movi-

mentos estonteantes e com um toque total-

mente novo, bem ao estilo de Jade El Jabel,

introduzindo uma nova leitura musical que pa-

ra muitas foi uma abordagem diferente nos

seus estudos de Dança do Ventre. Já após o

almoço de convívio, seguiu-se o segundo

workshop de “Movimentos Sinuosos – Quadris

Jade El Jabel em Portugal: um sucesso!

Jade El Jabel nos workshops

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que se movem como mel”: tal e

qual como o nome sugere, Jade

El Jabel conseguiu colocar todas

as alunas a movimentar as an-

cas com uma fluidez impressio-

nante, graças ao seu jeito de ser

distinto e bem-humorado. Todas

as participantes fizeram questão

de felicitar Jade El Jabel e agra-

decer-lhe por nos ter proporcio-

nado tão valiosos momentos.

Após os dois magníficos

workshops, ainda tivemos a

oportunidade de participar numa

palestra informal e muito enri-

quecedora sobre a vivência no

Cairo na época da Primavera

Árabe, que acabou por se tornar

uma conversa aberta com uma

interessante partilha de experiên-

cias e curiosidades sobre ques-

tões culturais variadas.

Este foi, sem dúvida, um

fim-de-semana muito enriquece-

dor, recheado de preciosos mo-

mentos de aprendizagem e tam-

bém de verdadeiros brindes para

os nossos sentidos. Foi um enor-

me privilégio estar presente e

travar conhecimento com a es-

plendorosa Jade El Jabel. Fica,

desde já, bem aceso o desejo de

que volte para nos deslumbrar

novamente com o seu charme e

nos fazer crescer com os seus

ensinamentos.

Joana Teixeira e Sara Silva

(Departamento de Marketing da

APDV)

Jade El Jabel e formandas após os workshops

Vânia Cezário e bailarinas APDV que dançaram Meleah Laff

Arabesk Tribal Troupe e Munira Azarake

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Notícias

Apoio da APDV às crianças marro-

quinas

Graças ao Porto Belly Fashion, realiza-

do a 21 de janeiro pela APDV em par-

ceria com Marcos Ghazalla e Dançatti-

tude, foi possível reunir fundos para

oferecer material escolar às crianças

berberes do deserto marroquino. A sua

alegria foi a nossa maior satisfação e

fez-nos sentir que todo o esforço in-

vestido valeu imenso a pena. Porque

as crianças são, realmente, o melhor

do Mundo e merecem o melhor!!

APDV em Oliveira do Hospital

No dia 25 de maio, a APDV esteve presente

na IX Festa da Escola Básica de Oliveira do

Hospital perante um público dos 8 aos 80 anos

que vibrou ao ritmo da Dança do Ventre e

Danças Brasileiras. A viagem foi uma aventura

por terras desconhecidas, cheia de animação,

como sempre acontece quando se juntam as

bailarinas APDV. Após um trabalho intenso —

entre aprender coreografias em poucas horas,

viagens longas e cansaço, tudo correu pelo

melhor, ficando todos satisfeitos e ansiosos

que a APDV regresse para animar o povo de

Oliveira do Hospital. Agradecemos à D. Fátima

pela escolha e a todas as pessoas incansáveis

que colaboraram connosco neste evento.

APDV na Escola Superior de Artes e De-

sign do Porto

No dia 6 de junho, a APDV voltou a asso-

ciar-se a uma causa pela Arte ao apoiar um

evento na Escola Superior de Artes e De-

sign, pois a dança — independentemente

do seu carácter desportivo, recreativo e da

sua componente cultural e étnica, nunca

deixa de ser uma Arte, no verdadeiro senti-

do do termo. Num ambiente muito animado

e de festa, as bailarinas conseguiram con-

quistar a atenção de todos os presentes nu-

ma breve atuação. Os nossos agradecimen-

tos à Lista K por, mais uma vez, deixar mos-

trar a Arte e a magia da Dança do Ventre.

APDV na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto

No dia 24 de maio, a APDV apresentou-se num evento

preparado pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto,

no âmbito de um almoço recreativo medieval onde os

alunos festejam o final de curso. Num ambiente muito

bem caracterizado, as bailarinas dançaram ao som de

músicas da época fazendo toda a corte vibrar de alegria.

A APDV agradece, uma vez mais, a escolha da nossa

Associação, que está sempre disponível para ajudar a

que belos momentos como este possam acontecer.

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APDV a dançar em Braga em apoio à Carolina

A cidade de Braga tem visto crescer

uma calorosa onda de solidariedade em

favor da Carolina, uma lindíssima meni-

na de 3 anos que sofre de uma doença

rara ainda desconhecida, que possivel-

mente estará relacionada com algum

acidente hemorrágico durante a gesta-

ção e se manifesta por um atraso no de-

senvolvimento. Tendo visto negados pe-

lo Estado os apoios financeiros neces-

sários para as sessões diárias intensi-

vas de fisioterapia, terapia da fala e te-

rapia ocupacional, os pais deixaram de

conseguir suportar os avultados custos

destes tratamentos — que, por sinal,

estavam a surtir efeitos evidentes. Por

iniciativa de familiares e amigos, gerou-

se uma onda solidária que contagiou toda a Freguesia de Palmeira e rapidamente alastrou a

todo o distrito de Braga. Até à data, foram vários os eventos de angariação de fundos promovi-

dos pela Junta de Freguesia de Palmeira, incluindo apresentações de dança, teatro e música,

um jogo de futebol, bem como outros meios de recolha de donativos. A APDV não ficou indife-

rente a esta causa e, desde logo, disponibilizou as suas bailarinas para tomar parte nos espe-

táculos angariação de fundos. Na presença da família da Carolina, amigos e até mesmo des-

conhecidos a quem esta história tocou os corações, o evento foi marcado pela alegria e pelos

sorrisos nas faces de todos. As bailarinas agradecem imenso os aplausos e o carinho com

que foram recebidas; não deixaram de ficar comovidas com a história da pequena princesa

Carolina, a quem desejam as maiores felicidades, e estão disponíveis para voltar a ajudar.

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Vamos ajudar a CarolinaVamos ajudar a CarolinaVamos ajudar a Carolina

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Bailarinas APDV entrevistadas pela revista Eppur Si Muove

A revista Eppur Si Muove é uma publicação periódica por-

tuguesa que foi lançada este ano com o slogan “a primeira

revista de todas as Danças”. Contendo várias secções dedi-

cadas a cada um dos principais estilos de dança praticados

em Portugal, tem como característica mais marcante o forte

apelo visual de belíssimas imagens de página inteira, com-

plementadas por breves entrevistas a bailarinos de cada es-

tilo. Na edição de lançamento, a secção de Dança do Ventre

contou com uma entrevista a Diana Costa, bailarina campeã

internacional da APDV; na edição seguinte, foi a vez do nos-

so querido amigo Marcos Ghazalla; na terceira edição, a

nossa Presidente e Mestre Vânia Cezário; e na quarta edi-

ção, a mais recente, foi a também nossa bailarina campeã

nacional e internacional, Joana Marques, a entrevistada.

A APDV não poderia estar mais satisfeita com as escolhas

da equipa da Eppur Si Muove e aproveita a ocasião para

agradecer imenso a honra de fazer parte das belas páginas da revista e a simpatia de todos os

que nela colaboram. A Eppur Si Muove é o resultado de um trabalho de elevadíssima qualidade

que recomendamos vivamente a todos os nossos leitores!

Espetáculo de Fim de Ano do Centro Recreativo de Mafamude

No passado dia 14 de junho, a APDV deslocou-se ao Rivoli, a convite do Centro Recreativo de

Mafamude, para o espetáculo comemorativo do seu 100º aniversário. Visto a APDV ser já uma

presença assídua dos anos anteriores, este ano não seria exceção, por ser uma ocasião tão

especial para este Centro proveniente de Gaia, e também por o espetáculo se concretizar num

palco tão emblemático da cidade do Porto como é o Rivoli.

Foi um dia divertido, em que pudemos acompanhar, durante os ensaios, as apresentações

das várias modalidades do Centro, assim como do grupo de ginástica convidado, os Flyers Des-

portus. A alegria e o entusiasmo nos bastidores eram contagiantes, fazendo transbordar uma

energia bastante positiva

entre todos os participantes.

Representando a APDV

estiveram as alunas do mó-

dulo 8, com uma apresenta-

ção de Rock Árabe, algo

que certamente nem o pú-

blico nem os demais partici-

pantes do espetáculo esta-

vam à espera. Foram alvo

de rasgados elogios, tanto

pela coreografia como pela

roupa utilizada.

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Exames do Curso Profissional de Bailarina de Dança do Ventre da APDV

Nos dias 26 e 27 de maio aconteceram, na

nossa Associação, os exames das alunas do Ní-

vel Intermédio do Curso Profissional de Bailarina

de Dança do Ventre da APDV. As candidatas a

passar para o Nível Avançado foram: Diana Cos-

ta, Fátima Silva, Irina Ribeiro, Marta Guimarães,

Sara Silva, Sara Salazar e Vera Ferreira. Como

examinadoras estiveram a Presidente da Associ-

ação e principal formadora do Curso, Vânia

Cezário, a convidada Davínia Iñesta Solà e Jade

El Jabel que esteve no Porto pela primeira vez a

ministrar workshops e a dançar na Gala em seu

nome.

Falámos com Vânia Cezário, que nos deu o

seguinte parecer a respeito dos exames: "O exa-

me de dança pretendeu avaliar as habilidades e

criatividade das duplas e trio, bem como o de-

senvolvimento das habilidades técnicas aprendi-

das ao longo dos módulos. Todas conseguiram

respeitar a estrutura musical, fazendo movimen-

tos variados conforme a alternância dos ritmos.

Desenvolveram bem a expressão e a homoge-

neidade técnica, além de saberem aproveitar

bem o espaço.

A dupla Irina e Sara [foto no canto superior da

página] conseguiu arrancar boas risadas do pú-

blico ao incorporar um toque de humor à coreo-

grafia.

Vera e Marta [foto central da página] fizeram

excelentes transições, exploraram o espaço

sempre com movimentos em diferentes direções

e sempre de forma coordenada e bonita.

O trio Diana, Fátima e Sara [foto no canto infe-

rior da página] tiveram uma coreografia com bas-

tante intensidade técnica, muito criativa e dinâmi-

ca."

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Mantenha-se a par de todas as notícias e eventos, actualizados

diariamente, através do portal da APDV: www.apdv.pt

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Agenda

A APDV procura sempre oferecer os espe-

táculos mais surpreendentes e promover os workshops mais recheados, especialmente para que possa desfrutar do melhor que a Dança do Ventre tem para si — quer seja bai-larino/a ou espectador/a! Tome nota:

20 e 21 de julho (pavilhão da Cooperati-

va Realidade) Workshops com Elis Pinhei-ro — com os temas “Técnica Avançada de Anca”, “Deslocamentos” e “Movimentos Sinu-osos”. Para mais informações, consulte o car-taz da página 10!

22 de julho (16:30, Auditório Municipal de Gondomar) Espetáculo de Fim de Ano

Letivo da APDV — a APDV apresenta o seu

já tradicional Espetáculo de Fim de Ano Leti-vo, desta vez com o tema "Circus Bellydan-ce"! Um acontecimento fascinante, repleto de surpresas, como nunca antes visto em Portu-gal!

29 de julho (17:30, Rua S.João Batista nº 1837, 4805-676 Brito — Guimarães) actu-ação em Guimarães.

As datas e horários de cada evento, bem

como outros detalhes, podem sofrer altera-

ções por motivos alheios à vontade da APDV

e/ou outras entidades organizadoras. Pode

sempre manter-se a par das atualizações na

Agenda do website da APDV!

Espetáculo de Fim de Ano da APDV

Como já vem a ser tradição, a APDV

apresenta o seu Espetáculo de Fim de

Ano Letivo, desta vez com o tema "Circus

Bellydance". Será uma apresentação de

variadas coreografias da autoria das Pro-

fessoras APDV e contará, ainda, com a

participação especial da bailarina convi-

dada Elis Pinheiro, que estará pela pri-

meira vez em Portugal. Com lotação limi-

tada, todos os bilhetes foram poucos para

tanta procura, tendo esgotado completa-

mente em poucos dias, quando ainda fal-

tavam três semanas para o espetáculo.

Sem dúvida, um enorme sucesso!!

Importa salientar que, como habitual-

mente, os lucros de bilheteira reverterão

para apoiar uma causa de solidariedade

social: desta vez, a entidade beneficiária

é a Comissão de Proteção às Crianças e

Jovens de Gondomar. À Comissão, que-

remos desde já agradecer a parceria e

todo o apoio que nos têm prestado para

tornar este evento uma realidade!

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A dançar com...

Davínia Iñesta Solà Davínia é uma jovem bailarina de ta-

lento raro, nascida em Barcelona. Com apenas 23 anos, é formada em Psicologia Clínica com mestrado em

Transtornos Mentais Severos pela Universidade de Barcelona. Iniciou a sua formação em Dança Oriental com apenas 15 anos e, desde então, nunca

mais parou; e nós agradecemos! A APDV conheceu Davínia durante o

Festival Internacional de Dança Orien-tal de Barcelona e, de imediato, todas ficámos fãs! É uma bailarina enérgica,

dotada de um sorriso contagiante e uma dinâmica em palco verdadeira-

mente desconcertante. Não hesitámos um segundo convidá-la para partici-

par na nossa Gala especial com Jade El Jabel no passado mês de maio: Da-vínia deslumbrou todo o público, e to-das as bailarinas vibraram de entusi-

asmo com a sua dança e também com a sua simpatia jovial.

Estando atualmente em formação no Egipto, Davínia sabe que, por cá, a Fa-mília APDV guarda um carinho especi-

al por ela e tem as portas sempre abertas para o seu regresso.

A Magazine APDV não quis perder a

oportunidade de partilhar este tesouro com os nossos leitores e entrevistou esta arrebatadora bailarina espanhola para tentar descobrir como faz com

que tudo e todos fiquem rendidos aos seus pés!

Quando iniciaste a tua formação em dança do Ventre ?

Iniciei os meus estudos com apenas 15 anos, no centro de Yoga Ramadasa, com a professora Ingrid, mas desde logo senti a necessidade de evoluir pois o bi-chinho foi crescendo à medida que o tempo foi passando. Encontrei a escola da conceituada professora Munique Neith e fiquei em formação durante 8

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anos, tornando-me mem-bro formativo a partir de 2008. Como descobriste a pai-xão pela Dança Orien-tal?

A parte mais emocio-nante foi como tudo co-meçou: tenho a sorte de ter um pai apaixonado pe-la Arte. Quando tinha 14 anos, ao assistir a um show das Belly Dance Su-per Stars, ele perguntou “Davínia, tu irias?” e deu-se um “baque” no meu coração — eu sabia que iria! Aquela noite foi mági-ca e por mais anos que passem nunca a esquece-rei: mulheres belas em cima do palco, com trajes em strass coloridos, fa-zendo o que queriam do corpo e projetando uma feminilidade incrível. No final do show eu disse ao meu pai “é isto que eu quero fazer!” Ao sair da sala de espetáculos distri-buíram panfletos informa-tivos e eu não esperei nem um minuto, fui inscre-ver-me!! Para além da Dança Ori-ental, tens formação em mais alguma dança?

Comecei por experi-mentar dança aeróbica, funky, hip-hop e polinésia. Passados alguns anos, quando comecei a estudar Dança Oriental, pensei «preciso de alguma baga-gem a nível clássico», en-tão integrei uma turma de ballet, o que me ajudou muito a superar algumas dificuldades que fui en-contrando ao longo da mi-nha vida como bailarina oriental.

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Todas nós temos um estilo de dança que nos puxa mais o sentimento; queres revelar-nos qual te faz realmente sentir uma estrela?

Esta resposta é imediata, o que me deixa feliz em palco é dançar Tarab. Cada movimento, gesto, descobrir o que vai na minha alma, cada olhar, a respiração a fluir através do meu corpo e toda a energia que me envolve, proporciona-me momentos únicos. Para além disso, adoro Shaabi, por ser tão alegre, divertido e descontraído. Mas é muito importante eu referir que, em-bora tenha uma queda especial para estes, todos os estilos despertam uma parte de mim e é no seu conjunto que encontro o equilíbrio. Sabemos que já participaste em vários concursos. Quais?

A minha primeira performance em concursos foi há pouco mais de um ano e meio, no Festi-val de Dança em Hathor Berlin Internation Film, seguindo-se o Festival Munique Neith, Oriental Maresme, Sabadell Oriental, Al-Hamadrak, Stella de Oriente e Tarabesque. Todas nós sonhamos, um dia, vir a ser orientadas pelo “Mestre” com quem nos identifi-camos mais; queres revelar-nos qual ou quais elegerias?

Em primeiro lugar é de referir que a palavra do Professor é muito importante para mim e preciso que me cativem. Tenho alguns Mestres que me inspiram profundamente e considero um treinamento anual obrigatório. Nesta lista posso destacar Gamal Seif como sendo o profes-sor perfeito para mim, pois reúne tudo o que procuro num professor. Também Mohamed Shahin, pois sinto que o meu estilo se identifica muito com o dele, a sua rigorosa técnica, o por-

menor que vai desde os pés, passan-do pelas pernas, até à rigorosa postu-ra de braços, os gestos inconfundí-veis. Ainda Mercedes Nieto, sendo ela a mulher que mudou a minha for-ma de compreender a dança; ela abriu o seu coração, é puro amor, uma bailarina e professora exemplar. Vê-la actuar faz com que veja uma nova luz no meu caminho e, confes-so, eu choro! Como não podia faltar, a grande profissional Randa Kamel, com um controlo total dos músculos do corpo transformando toda a dança num equilíbrio entre a beleza e a cer-teza de que cada movimento sairá perfeito. Sabemos que acabaste de chegar ao Egipto! Fala-nos um pouco do que esperas e das experiências que tens tido ? É verdade! Conto já com 9 anos de Dança Oriental e, a uma dada altura, senti que merecia um pouco mais. Então a vida reservou-me um mo-mento muito especial na minha for-mação enquanto bailarina: estarei no Egipto durante três longos meses e será uma verdadeira experiência de vida enquanto bailarina, ser humano e mulher, podendo assim entender muito além do que vivemos na Euro-

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pa. Quero conhecer a for-ma como pensam, do que eles gostam, da tão falada ética na cultura e como as pessoas encaram a Dan-ça Oriental. Quero treinar com os melhores Mestres, aprender tudo quanto pos-sível. Como te sentes enquan-to danças? Tens algum segredo para te apre-sentares tão descontraí-da?

Quando danço, sinto que posso falar através do meu corpo sem ter de usar as palavras, deixan-do a minha alma voar e transmitir o que sinto. Es-te momento enche-me de felicidade e, se puder compartilhar com a família e amigos, melhor ainda. Antes de cada actuação respiro profundamente, permaneço em silêncio para alcançar a concen-tração total, tento sempre ouvir um trecho musical animado para que me re-laxe. O que vos posso contar é que, embora já traga comigo uma bagagem abrangente de movimentos, ainda tenho de treinar muito e o importante é trabalhar com confiança e dançar tranquilamente, para podermos dançar com felicidade e aproveitar cada segundo. O maior teste de todos foi iniciar-me como bai-larina de solo, com o apoio da professora Munique, pela qual tinha uma enorme admiração, que me ajudou a ultrapassar todos os receios. Superando essa etapa, tudo se tornou mais fácil! Como foi a tua estadia em Portugal? Queres voltar?

Embora tenha sido uma estadia muito curta, a minha experiência junto da Vânia, do Nuno, da Jade e de todas as meninas da APDV foi simplesmente mágica. Adorei conhecer-vos pela vossa

humildade, pelas dançarinas doces e muito atenciosas, foi um experiência excelente. Pude ver a qualidade da Professora e o amor que nutre pela Arte, que contagia todas vocês, mas ressalvo que o que me enterneceu foi o coração que ela tem, como pessoa não há palavras para a des-crever, é única! Não poderia responder outra coisa senão que quero voltar, não só porque me apaixonei pela Família APDV mas também pela cidade do Porto. Os dias foram perfeitos e estou

-vos muito gratas por viverem esta experiência comigo.

Fotografias gentilmente cedidas por Davínia Iñesta Solà.

Joana Teixeira e Sara Silva (Departamento de Marketing da APDV)

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Fica no ouvido!

“Wahashtini” (Sinto a tua falta), de Soad Muhammad

Escolhi essa música porque ela toca no meu coração de verdade. A primeira vez que a ouvi

foi com a bailarina brasileira Gisele Bomentre a dançá-la ao vivo no Líbano. Foi amor à 1 vis-

ta! Quando iniciei os meus estudos de Dança do Ventre mais a sério, esta foi a primeira músi-

ca que escolhi como desafio para dançar; por isso, ela tem um significado especial pra mim.

Link para a música online: http://www.youtube.com/watch?v=rBMs_o1A9uE

Vânia Cezário (Presidente da APDV)

Como cantar:

Wa hashtiny adad nugum is sama

Wa hashtiny adad kalam il hauwa

Wa hashtiny fi kuli youm

indana indana

Wa hashtiny aktar u aktar

Wachna sawa

Taala n'kulli helwa haie taala taala

Taala nawad kulli d'iea taala taala

Taala n'kulli helwa haie taala taala

Taala nawad kulli d'iea taala taala

Min schufi la boukra y farradna

Wina ruh elbi ma saddad'na

Ishta'tili wirga'tili

Wa ultili wa hashtiny!

Layali, dayali, dayali

Ma fari'tisch sayya chayali dayali

Layali, dayali, dayali

Ma fari'tisch sayya chayali dayali

Bastanna farhau bastannak

U baghanni wana bahlam bil uad

Allah, Allah lua al habib baad ilrhiyab

Halautu bil khalil hawa yerga shabab

Allah, Allah

Ya amar, ya sahar, ya amar, ya sahar

Ya amary, ya sahar, ya sahary, ya amar

Ragain ragain, ragain inta hanin bachrin

Kull il ashiena ragaina ya

Ya amar, ya sahar, ya amar, ya sahar

Ya amary, ya sahar, ya sahary, ya amar

Ragain ragain, ragain inta hanin bachrin

Kull il ashiena ragaina ya

Isharru, unauarru layalina layalina

Da eshsho yama dauwib fina aah.

Tradução:

Sinto a tua falta

Uma saudade tão grande quanto o número de

estrelas no céu

Sinto a tua falta

Cada dia mais e mais

Vamos, vamos

Vamos fazer o sonho uma realidade

Vamos compensar cada minuto perdido

Porque o amanhã pode separar-nos

Oh, meu querido

Compensamos todo tempo juntos

Eu sinto a tua falta

E vim até ti, sinto a tua falta

Noites, noites, noites, noites

Jamais sonhei algo como tu

Esperei pela felicidade

Esperei por ti

É o momento de te encontrar, meu amor

E eu espero por ti

É o momento de te encontrar, meu amor, é o

momento de te encontrar

Isso faz-me sentir mais jovem

Sinto a tua falta

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Espaço do leitor

Carta vencedora: Joana Jesus

Olá! O meu nome é Joana e frequento as aulas

livres de Dança do Ventre na APDV. Decidi aceitar

o desafio da página 17 de vos expressar a minha

opinião sobre a Magazine. Para além da minha opi-

nião vou também dar a conhecer um pouco da mi-

nha história.

Começando então pela Magazine quero dizer

que já sabia que a nº 2 iria ser um sucesso pois a

primeira edição foi um espetáculo. Dá a conhecer

as várias vertentes da APDV e tudo o que se está a

passar atualmente e irá passar-se. É bom lermos

sobre os espetáculos, ter dicas, saber mais sobre

as bailarinas e os seus percursos, ver as fatiotas

que podemos ter e que nos dão ideias para fazer-

mos nós próprias as nossas indumentárias. A mim,

ler a Magazine faz-me querer aprender mais, mais

e mais…

A razão pela qual decidi dar a conhecer um pou-

co da minha história foi mesmo por ler a Magazine,

mais especificamente o artigo da Professora e Bai-

larina Joana Marques. Identifiquei-me de imediato

com ele e vão perceber porquê.

Sempre fui uma rapariga magra. Não aquele

“magro”, mas magra com formas; mas numa altura

da minha vida comecei a engordar e em vez de pe-

sar 60 quilos passei a pesar quase 80 (e com

1,59m de altura)!

Sou daquelas pessoas que nunca teve nem tem

problemas com o seu corpo pois, mesmo com o

meu peso, nunca deixei de usar seja o que for: um

bikini, roupa justa, decotes… Mas a verdade é que,

quem tem um pouco mais de peso, encontra algu-

mas dificuldades, como por exemplo com a roupa.

O facto de frequentar as aulas de Dança do Ventre

fez com que eu, mesmo não tendo problemas comi-

go mesma, me aceitasse ainda mais como sou e,

para juntar a isso, deu-me força de vontade para

mudar algumas coisas na minha vida, como fazer

tudo para ter um estilo de vida mais saudável, tanto

a nível de alimentação como exercício físico, e à

custa de tudo isto já perdi dois quilos desde que

frequento as aulas. Também reparei que ando mui-

to mais calma e sorridente e que deixei de estar

“enferrujada” a nível corporal! Existem coisas que

ainda me custam fazer, devido também ao excesso

de peso que tenho, mas nada que com determina-

ção não se consiga atingir.

Assim, quero aproveitar o texto para agradecer à

APDV e, claro, em especial à Joana Marques e à

Vânia Cezário, por todo o carinho que demonstram

pelas suas alunas, pois nunca senti por parte de

ninguém nenhum entrave por ser mais gordinha

que as outras! E mais…aconselho vivamente a prá-

tica de Dança do Ventre pois é mesmo verdade que

“faz bem ao corpo e à alma”!

Obrigada a todas!

A Joana foi a autora da maravilhosa carta ven-

cedora do concurso para o Espaço do Leitor

desta edição da Magazine APDV e, por isso,

temos todo o gosto de lhe oferecer este brinde:

um conjunto de brincos e pulseira dourados da

Parfois, no valor de 9,98€. Muitos parabéns,

Joana, e muito obrigada pelo carinho!!

A equipa APDV

Escreva-nos também! Envie-nos o seu texto por e-mail para o ende-

reço [email protected] e ajude-nos a es-crever a sua Magazine de Dança do Ventre preferida!

Os melhores textos serão publicados nos nú-meros seguintes da Magazine APDV e ficarão

habilitados a um prémio surpresa.

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As dicas da Tia Marta

Barriguinha pronta para o Verão

Desta vez, em pleno Verão, a Magazine APDV

oferece alguns truques para redefinir as formas

de um ventre digno de prender os olhares: e

quem melhor para nos aconselhar do que uma

bailarina de Dança do Ventre que é também

licenciada em Desporto, frequenta o mestrado

em Educação Física e ainda exerce funções

como professora de musculação e cardio-

fitness, localizada, stretching e dança??

Com o verão já aqui ao nosso lado, queremos

estar no nosso melhor, com uma barriguinha de

fazer inveja a qualquer um. Para isso temos um

remédio muito simples! Sim meninas, falamos

de abdominais! São económicos pois não exi-

gem gastos financeiros, podemos fazer em

qualquer lado e não é necessário despender

muito tempo para a exercitação diária.

Sempre que exercitamos o abdominal, deve-

mos ter sempre em atenção o recto abdominal

(a frente da barriga) e os abdominais oblíquos

(as laterais); por isso, temos um conjunto de

exercícios para si.

Primeiro, para trabalhar o recto abdominal,

sente-se direita, com joelhos flectidos a 90° e

pés apoiados no solo, o tronco encostado às

coxas e braços estendidos à frente à altura dos

ombros. Expire e contraia o umbigo, curvando

as costas e descendo atrás. A coluna toca elo

por elo no solo. No momento da inspiração, su-

bimos com as costas completamente rectas,

voltando ao início. Repetimos quinze vezes, em

três séries.

Segundo, trabalhamos os oblíquos. Em posi-

ção de prancha lateral, com o antebraço apoia-

do e corpo completamente alinhado, contraia

os oblíquos durante um minuto. Realize sempre

três repetições em cada lado.

Por último, realizamos na mesma a prancha,

mas desta vez em posição de flexão. Aguenta-

mos um minuto, tendo cuidado com as costas.

Realize três repetições.

E pronto! Mais simples impossível! Os abdo-

minais devem ser realizados pelo menos três

vezes por semana, mas quantos mais, melhor!

Para complementar e tonificar todo o corpo,

aconselho umas corridinhas de 30 minutos ou,

para quem não gosta de correr, umas caminha-

das vigorosas, juntamente com muita água pa-

ra hidratar. Tudo isto é, por si só, uma bela aju-

da para prepararmos o corpo para a praia e,

claro, para todo o ano!

Marta Guimarães

(Sócia da APDV)

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Eu quero um destes!

Conjunto vermelho

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Neste número apresentamos às nossas queridas

leitoras uma das mais recentes criações do Atelier

APDV: um modelo de luxo, com cetim de alta quali-

dade que lhe proporciona uma figura muito elegan-

te. Finamente bordado com delicados cristais

Swarovski verdadeiros e com as franjas também em

bicones Swarovski, brilhando intensamente. Uma

mistura de simplicidade e requinte!

Este foi, inclusivamente, o modelo escolhido por

uma das duplas de alunas APDV que se apresenta-

ram a exame no mês de maio. Uma opção soberba

para arrebatar audiências!

Modelo: Marta Guimarães

[email protected]

Fátima Silva

(Departamento Comercial da APDV)

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Como qualquer outro tipo de vestimenta, os trajes da Dança Oriental são influenciados pela moda. Mas afinal o que é a moda?

A moda não é o simples uso das roupas no dia-a-dia. “A moda é abordada como um fenó-meno sociocultural que expressa os valores da sociedade — usos, hábitos e costumes — num determinado momento”.

Além de fazer parte da expressão artística fazer uso de toda a sorte de meios possíveis para se expressar, a moda na dança é influen-ciada por diversos aspetos culturais da nossa sociedade. Apesar de ser uma dança com raí-zes num tipo de sociedade com características muito específicas, vivemos num mundo globa-lizado onde as sociedades se influenciam mu-tuamente, surgindo uma tendência à homoge-neização mundial.

Os trajes da Dança Oriental, para além de serem um meio de expressão artística, são um elemento que transmite aos outros quem so-mos na dança. Quando uma bailarina inicia o seu percurso na dança, tem a tendência de seguir o estilo dos seus “mestres inspiradores” na forma de dançar, expressar e, logicamente, na forma de se vestir. No momento em que evoluímos em termos artísticos, desenvolve-mos a nossa personalidade e estilo em termos artísticos. Sendo a moda uma forma de trans-

mitir aos outros quem somos, é este estilo e personalidade que vão ditar a forma como a bailarina irá vestir-se, mas sempre teremos a opção de escolher aquilo que queremos comu-nicar com a nossa dança.

Atualmente, a tendência para escolher o esti-lo e até mesmo as cores da roupa, tendo em conta o que se usa no momento na sociedade em que se esta inserido, pode ser considerado um fator negativo, pois muitas pessoas deixam de lado os gostos pessoais e tentam vestir o que se usa para andar na moda, e muitas ve-zes o que está na moda não combina com o seu padrão físico. Contudo, a moda é facil-mente mutável, dado que estamos constante-mente a mudar o vestuário: o que está na mo-da usar agora, já não estará daqui a alguns meses. Os aspetos positivos da moda são a sua originalidade, tanto na criação, como nas novas peças com formatos diferentes dos ha-bituais que se adequam perfeitamente ao seu corpo. Por outras palavras, a moda somos nós que a criamos e é uma questão de gosto pes-soal. A moda é uma de muitas formas de ex-pressão, através da qual podemos transmitir aos outros quem somos.

Além de ser uma parte importante da dança, sendo responsável pelo primeiro impacto, a escolha do traje adequado pode ser utilizada

Momento de reflexão...

Evolução dos trajes na Dança Oriental

Cláudia Ferreira (Najmah Gia), brasileira, pratica Dança do Ventre há 14 anos e lecio-na nas escolas Sabor Latino, Afrolatin Con-

nection, Mitango e Feira Viva. Para Cláudia, dançar não é apenas uma

execução de passos: é harmonia, cumplici-dade, liberdade, expressão, é entregar-se de alma e coração àquele momento. «Eu

ouso dizer que chega a ser um “relacionamento” de alguns minutos, tama-

nha a minha entrega à dança. A dança transporta-me para lugares diferentes, cada música conta-me uma história diferente, a

qual tento expressar em movimentos corpo-rais. Não sou uma bailarina muito metódica ao criar as minhas coreografias, gosto de

libertar-me e deixar o meu corpo responder à música. Quem já me viu dançar, deve ter percebi-do que o meu estilo não tem movimentos “espetaculosos”, apenas deixo que a música me con-

duza para aquele local especial cheio de Magia: o mundo da Dança.»

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como um aliado para realçar os nossos pontos positivos e atenuar os pontos negativos, deixando-nos mais confiantes. O fundamental é ter consciên-cia de que o traje não é nada se compararmos à importân-cia da dança em si, e saber que o traje não se deve sobre-por à própria dança. O maior investimento de uma bailarina deve ser na sua formação, pa-ra que a sua dança tenha ba-

ses sólidas e qualidade artísti-ca, não sendo necessário fa-zer uso de nenhum subterfú-gio que desvie a atenção do público do foco principal, que é a dança. O que não significa que nos podemos descuidar na aparência, como disse an-tes: esta é uma parte impor-tante da dança, mas não é tu-do. Não vamos apresentar um produto com uma linda emba-lagem mas com um conteúdo

sem qualidade, pois no final o que conta mesmo é a qualida-de da sua dança.

Desde que o traje não perca a sua tradição e respeite sem-pre o estilo da dança que será apresentada, a bailarina tem liberdade para criar e usar o tipo de traje com que mais se identifique. Danças folclóricas, por exemplo, exigem trajes específicos. No entanto, fato-res como a música, movimen-

tos especiais, ele-mentos e acessó-rios utilizados, moti-vação da coreogra-fia e do espetáculo, entre outros, devem ser analisados na elaboração do traje. Além disto, é es-sencial observar as características da personalidade da bailarina, pois é al-go que ficará em evidência no mo-mento da dança. Há quem sinta a necessidade de se-guir as tendências da moda, mas esta é uma questão fun-damental que cabe a cada uma decidir de acordo com as suas influências, gosto, estilo e con-texto. No Egipto, as bailarinas mais fa-mosas estão sem-pre a inovar os seus trajes: fazem uso de saltos altís-simos, minissaias, calças de ganga e saias justíssimas, capas, etc, de acor-do com seu gosto pessoal, a imagem que querem passar para o público e co-mo forma de

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“distinguir” o seu espetáculo, entre tantos outros. Num con-texto tão complexo como o dos países árabes, encontra-mos trajes desde os figurinos mais ousados e modernos até os mais tradicionais que nos remetem aos filmes das déca-

das de 40 e 50. Atualmente, os trajes são mais simples, mas luxuosos. Ou seja, pos-suem menos enfeites e mistu-ras de materiais. As roupas são elaboradas com foco es-pecífico em materiais de quali-dade superior, aumentando

sua sofisticação. Existem al-gumas diferenças de design e materiais de um país para ou-tro. Fatores como economia, cultura, política e clima tam-bém podem influenciar nestas diferenças.

Já vi bailarinas a dançar com trajes lindíssimos mas que, provavel-mente, não eram os mais indicados para aque-le tipo de coreogra-fia, pois não dava liberdade de movi-mentos, e notava-se a constan-te preocu-pação da bailarina com a rou-pa. Essa pequena distração desvia o foco princi-pal da apresenta-ção, que é a persona-lidade e o estilo pes-soal na dança. Acredito que o fun-damental é que se consiga dançar e transmitir o que se quer com a dança,

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sem que o traje se torne um obstáculo para que a bailarina brilhe com a sua dança.

Resumindo, o traje na Dança Oriental tem tanto de valor estético, quanto de identificação cultural. O prin-cipal aspeto que define os trajes de dança como moda é, exatamente, o fato dela ser mutável. Ou seja, cabe a cada um decidir o que vai vestir. A minha opção é sempre por trajes que me permitam dan-çar livremente, com os quais me sinto con-fortável. Agora, se estes trajes estão na mo-da?

- Sim, são o meu estilo e estão na minha moda; afinal, o que importa mais é a emba-lagem ou o que há por dentro?

Cláudia Najmah Gia

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