Magazine de Educação e Artes 03_maio13

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Magazine Eletrónica de Educação e Artes da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, uma publicação mensal que trará até si uma amostra do mundo da educação artística na Região Autónoma da Madeira.

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Direcao GeralCarlos Goncalves e Paulo EsteireiroCoordenacao Editorial-Filipa SilvaCoordenacao Grafica e PaginacaoSilvano RodriguesColaboradoresJoao Borges, Jorge Conduto, Henriqueta Teixeira, Helena Marlene Abreu, Ester Vieira, Fransc isco Caldeira, Rui Mimoso, Marina Ornelas

Tupperware é o nome de uma empresa estadunidense da indústria dos plásticos e, simultaneamente, o nome do produto plástico produzido e vendido pela empresa, especialmente recipientes para utilização na conservação e preparação de alimentos. A Tupperware foi fundada por Earl SilasTupper(foi o inventor do Tupperware, um recipiente de plástico impermeável, destinado a armazenar alimentos.), inventor e químico.

A empresa está na origem de uma estratégia de marketing e forma de venda original: a demonstração e venda ao domicílio.

A História da Tupperware começa nos anos 40, quando o engenheiro e inventor Earl Tupper decidiu usar polímeros caros em substituição aos plásticos baratos. Seu objetivo era encontrar uma maneira prática de encontrar um plástico que fosse leve, flexível e inquebrável. E que fosse proveitoso para o uso na cozinha.Desde então, a Tupperware inaugurou um inovador padrão de qualidade e de atendimento ao consumidor, sem competição à altura.

Nos anos 60, começa o sucesso da Tupperware na Europa, com a primeira demonstração na Inglaterra. A marca passou a ser vendida em 15 países europeus e no continente africano. Sete fábricas Tupperware iniciaram suas operações na Europa e Á frica do Sul. Como sempre em contato com o consumidor e conhecendo bem cada mercado, a Tupperware desenvolve seus produtos com grande cuidado na forma, materiais e cor, de modo a atender cada necessidade. Essa política mantém a Tupperware numa posição de vanguarda.

Nos anos 70, a Tupperware acompanhou a mudança no estilo da vida mulher, que passou a desenvolver uma carreira fora do lar. A Tupperware, através de seus programas de treinamento para forças de vendas, incentivos financeiros e bônus, encoraja suas vendedoras ao sucesso.

Nos anos 80 e 90, a Tupperware lança conceitos saudáveis de produção.Os produtos Tupperware são fabricados sem prejudicar o meio ambiente. A companhia recicla todo material que sobra. A Tupperware é comprometida com o conceito de conservação: ajudando donas de casa a adquirir ou desenvolver hábitos de bom armazenamento e a não-desperdiçar alimentos.

Embora vivamos numa era de supérfluos e disponíveis, os designers da Tupperware trabalham duro para manter o nível dos produtos. Eles se comprometem com a estética, a funcionalidade e são fiéis à qualidade e durabilidade original criadas por Earl Tupper.

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Maio é, para nós, o mês das mães. Celebrado em mais de setenta países pelos cinco continentes do globo terrestre, o Dia da Mãe é já um ponto de referência para eventos e, essencialmente, para o comércio. Em alguns países é celebrado em data fixa – como é o caso da Bélgica e da Costa Rica que o celebram a 15 de agosto, no Dia da Assunção de Maria –, noutros em dia variável de um mês específico – como é o caso de Portugal, celebrado no primeiro domingo do mês de maio – e outros ainda em dia anual variável – como é o caso da Líbia e da Palestina, que o comemoram no primeiro dia da primavera. A mais antiga comemoração relacionada com as mães tem origem na mitologia e na Grécia antiga, onde a chegada da primavera era festejada em honra de Rhea, a mãe dos deuses. No Império Romano também comemoravam o feito com um festival dedicado a Cibele, igualmente considerada, pelos próprios, mãe de todos os deuses. Após essa referência, a seguinte é apenas encontrada no início do século XVII quando, na Inglaterra, se começou a dedicar o quarto domingo da quaresma às mães das operárias. Nesse dia, apelidado de Mothering Day, as trabalhadoras inglesas eram dispensadas do serviço para ficar em casa com as

suas mães. Nos Estados Unidos, foi Ana Maria Jarvis que, em 1905, criou um memorial à sua mãe e iniciou uma campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Após ser celebrado, durante vários anos, em somente alguns estados norte-americanos, obteve uma celebração reconhecida em 1914 quando o então presi-dente, Woodrow Wilson, a unificou para todos os estados do país e estabeleceu que o Dia Nacional das Mães deve-ria ser comemorado, sempre, no segundo domingo de maio. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram também esta celebração e esta data e outros tantos comemoraram-na em variados dias com significados diversos para a cultura, história e religião de cada um deles. Em Portugal, e como já foi referenciado, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de maio e em homenagem à Virgem Maria, embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição. Aqui pela região, várias serão as celebrações e eventos associados a este dia, destacando a atuação do Coro Infantil da DRE/Educação Artística, na Igreja do Colégio. Como já se torna habitual ao longo dos anos e neste dia, a par da solenização eucarística dedicada à Virgem Maria, as crianças deste coro dedicam a atuação às suas mães e a todas as presentes, num evento que costuma trazer muito público à igreja e ao Largo do Município.Porque maio é, igual-mente, conhecido como o mês das flores, destacamos ainda a Festa da Flor, que se celebra entre os dias 9 e 15 de maio um pouco por toda a cidade do Funchal, com fantásticos palcos de flores, com as suas cores e cheiros, nela montados. Este evento mágico conta, igualmente, com a participação de grupos da DRE/Educação Artística num dos seus momentos mais marcantes: o cortejo infantil, no qual centenas de crianças, vestidas a preceito, desfilam até à Praça do Município para ali compor um belíssimo mural de flores simbolicamente denominado por Muro da Esper-ança. O evento conta com a apresentação da Equipa de Animação da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia e a presença do Coro Infantil da DRE/Educação Artística, que se faz acompanhar pelos três primeiros solistas classificados, na categoria infantil, do Festival da Canção Infanto-Juvenil da Madeira. E porque as flores nascem na primavera, salientamos também aqui as 25 primaveras que o grupo Si Que Brade da DRE/Educação soma neste ano de 2013. O espetáculo comemorativo deste aniversário é, igualmente, neste mês de maio, no Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, e levará a palco todos aqueles que, durante estes anos, integraram o grupo tradicional madeirense. A todos eles e a tantos outros que, na qualidade de verdadeiros artenau-tas, nosbrindarão com eventos durante este mês, desejamos um maio fantástico, tal como a si, caro leitor, ao passear novamente pelas palavras e imagens destas nossas páginas.

editorialFilipa Silva

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INDICE

> Importância das artes Carlos Gonçalves

> IVº Congresso de Educação Artística

> Expressão Musical na festa da Flor Henriqueta Teixeira

> 25 anos de Si Que Brade

> No trilho da inclusão artística Ester Vieira

> IPodes Franscisco Caldeira

> Equipa de animação da DSEAM Marlene Abreu

> Eventos

> Partilhas

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em geral e da música

artesImportância das

em particular na educação

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s primeiros anos de vida são fundamentais para o bom desenvolvimento social e pessoal na sociedade. Em contex-

tos mais desestruturados, os jovens estão, na sua grande maioria, distanciados do ensino e da escola, tornando-se por

vezes agressivos face às aprendizagens curriculares e a tudo o que a ela esteja envolvido.

Assim, segundo o pedagogo inglês Swanwick, as artes em geral e da música em particular possuem um papel importante na promoção e reprodução cultural e a�rmação social, mas também um potencial para promover o desen-volvimento individual, a promoção cultural, a evolução social, a mudança e o respeito por si e pelas outras culturas.

Por outro lado, como defende Santos, desenvolvem também os sentidos, a visão compreensiva da vida, fazendo com que os jovens tenham uma maior sensibilidade e afetividade. Tendo em conta que as várias formas de expressão são essenciais para o bem-estar e para o equilíbrio das crianças e dos jovens, permitindo a sua integração, no meio social e escolar, com maior facilidade, bem como ajudando a “despertar” para a integração de ambientes formais e informais no meio escolar.

Deste modo, Hummes sustenta que e a articulação entre música, artes e socie-dade, torna-se importante no contexto escolar, podendo ser transformadora e geradora de uma aprendizagem global e mais humanizada. Esta transforma-ção ocorre sempre que envolvida em afetos e na expressão livre das crianças e dos jovens. Tendo em conta que através das expressões exprimem-se emoções, sensações e paixões neste sentido torna-se importante uni-las ao contexto escolar, onde os alunos, em diversos contextos e situações, necessitam de desenvolver estas competências.

A educação artística em geral e a música em particular torna-se num forte instrumento para ajudar crianças e jovens, a se motivarem para a aquisição de novos conhecimentos e para adquirirem o gosto por novas aprendizagens. Ao se interessarem pelas artes desenvolvem capacidades em áreas, que à priori não demonstravam nenhum interesse. Quando interessados, empenham-se e

Carlos Gonçalves

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motivam-se, superam di�culdades a nível da linguagem, da matemática, desenvolvem a memorização, a concentração e as capacidades sociais e pessoais.

Assim as artes são um meio privilegiado para a inovação, criatividade, experi-mentação, e capacidade de resposta. Esta articulação, entre a escola e as artes, torna-se essencial para o bem-estar e o equilíbrio dos alunos permitindo que se integrem no meio escolar tendo, deste modo, um maior aproveitamento nos seus estudos.

Outro pedagogo Bolduc – com quem concordamos em absoluto -, defende que as disciplinas e atividades artísticas, devido às suas múltiplas facetas, exploram, desenvolvem o espírito crítico, o pensamento criativo, a imaginação e a auto disciplina. Em 2009, investigadores e educadores do Canadá demon-straram, através de vários estudos realizados, que as artes estimulam emoções e desenvolvem o pensamento livre e a cooperação tornando-se, deste modo, numa ferramenta importante e útil para desenvolver o trabalho e o espírito de equipa.

Outros estudos realizados, veri�caram alterações pessoais, comportamentais e escolares nos jovens como foi con�rmado através da observação de grupos de jovens que no exame �nal, em Board, nos Estados Unidos. Segundo Town-shend, os estudantes que tiveram aulas de artes mais de quatro anos, tiveram uma média de 59 valores e os que não estudaram artes a sua média era de 44 valores. Foi também observado um grupo de 615 alunos do ensino regular em Ohio que também recebiam uma hora por dia de educação artística, �zeram progressos elevados, nomeadamente, tornaram-se mais criativos e aumenta-ram a auto estima.

Outro estudo importante foi realizado no Canadá, por Bolduc, durante um período de 3 anos a aproximadamente 6.000 alunos, revelando que a música enquanto educação artística, melhora os resultados dos testes dos alunos na disciplina de matemática e favorece a aprendizagem de várias línguas estrangeiras. Vários estudos demonstraram ainda que ao terem aulas de edu-cação artística os jovens melhoram os resultados escolares e têm um maior sentido de orientação.

As artes são importantes no desenvolvimento pessoal, social e da personalidade das crianças e jovens e surgem como um meio conciliador destas duas necessidades ajudando-os a tomar atitudes adequadas.

Por outro lado, a angariação de competências artísticas promovem a oportunidade dos alunos se apresentarem publica-mente, quer em grupo quer a solo, o que, por um lado serve de motivação, mas serve igual-mente outros propósitos não menos importantes, tais como (1) divulgar as artes junto da comunidade escolar; (2) promover a escola e os seus valores artísticos; (3) constituir para os alunos uma experiência única e inigualável; entre outros.

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Vídeo do mês

http://youtu.be/EhTOg3XsuOU

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MEA: Fala-nos um bocadinho da escola onde lecionas: onde fica, qual a sua dinâmica, principais objetivos do projeto educativo e o trabalho que lá desenvolves.

HT: O colégio fica numa zona privilegiada pelo seu espaço verdejante, com ar puro e saudável. Tem muitos espaços abertos e fica também rodeado por vários locais interessantes, como a Igreja de Nossa Senhora do Monte, que é a nossa padroeira da Madeira, pela Quinta Berardo, a Quinta do Imperador. Portanto, é um colégio que fica rodeado por muita história (ele próprio está situado no antigo Hotel Bel-monte) e por turismo (os carreiros e o tele-férico são perto, para além dos vários meios de transporte alternativo). O colégio faz uma coisa curiosa: todos os alunos, ou professores e funcionários, que entram pela primeira vez no colégio têm o privilégio de andar de carrinho de cestos desde a sua saída, que é em cima, perto da igreja, até ao portão de baixo do colégio. Quanto à dinâmica do colégio, é pro-priedade da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus e baseia-se fundamentalmente nos valores cristãos. A dinâmica destes valores tem a ver com a educação dehoniana, visto que o fundador do colégio foi padre Dehon, em que privilegia a formação integral dos seus alunos a partir de uma conceção cristã do homem, da vida e do mundo e preparando-os sempre para a participação no futuro e para saberem transformar e melhorar a sociedade. Estes são os principais objetivos da educação dehoniana. Quanto ao Projeto Educativo, passa por três grandes dimensões: uma delas é a pro-moção do sucesso escolar através de um ensino de qualidade, o outro é a promoção da pessoa através dos valores humanos, que acho que é basilar nos dias que correm, sem esquecer os valores cristãos e dehonianos e, na última dimensão, a formação do pessoal docente e não docente da instituição. A nível de trabalho, o colégio recebe alunos desde o pré-escolar até ao 9º ano e tem quatrocentos e tal alunos, não sabendo precisar o tal. Eu leciono as curricu-

Henriqueta Teixeira é professora de expressão musical e dramáticaa exercer funções no Colégio Infante e também Coordenadora Concelhia das Áreas Artísticas na DSEAM. Ela já participou com os seus alunos na Festa da Flor, hábito repetido já há muitos anos no colégio onde leciona.

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lares de expressão musical e dramática e a área de modalidades, no enriquecimento esco-lar, nas áreas do instrumental e da expressão dramática.

MEA: Qual a tua opinião acerca da importância desta área para os alunos? Eles gostam de expressão musical e dramática?

HT: Eu penso que eles adoram. Às vezes dizem que não fica bem dizer adorar porque devemos adorar só a Deus, mas eu acho que eles, e nós próprios, adoramos algumas coisas que fazemos na vida e acho que, neste caso, eles adoram. As crianças da nossa escola são muito felizes por terem o privilégio de estar naquela instituição. Não é por ser a minha escola mas acho que há uma envolvência muito grande ali: nós vemos alunos, funcionários, pais e toda comunidade educativa como uma grande família. É engraçado que muitos dos pais dizem que os seus filhos não são vistos como mais um número. Desde o porteiro até ao diretor, que é a pessoa superior a nível hierárquico, todos conhecem os alunos, todos os tratam pelo nome. Mas a nível da minha área em si, acho que eles gostam bastante e estas áreas são muito importantes desde uma primeira infância porque, em todo o percurso escolar que eles vão ter (e tendo-as desde a primeira infância, volto a reforçar, até mesmo desde o útero), a música e, depois futuramente, a parte de expressão dramática, vai reforçá-los a ter competências a nível físico, social, relacional, na relação com os seus pares e com outras pessoas, a nível emocional, a nível cognitivo e são também muito impor-tantes como complemento para as outras áreas. Cada vez há mais estudos que comprovam que as crianças, tendo as áreas artísticas de música e expressão dramática, são melhores alunos e adquirem e fazem mais aquisições e competên-cias doutras áreas. Posso até dar um exemplo, entre muitos, de um estudo recente feito pela Helena Rodrigues, que é professora da Facul-dade de Ciências Sociais e Humanas da Univer-

sidade Nova de Lisboa e especialista em Psi-cologia da Educação. Ela reforça e mostra que a música e o discurso oral partilham uma série de processamentos do sistema cognitivo. Assim sendo, as experiências musicais mel-horam a perceção da linguagem na criança, o que vai facilitar a aprendizagem da leitura. No caso da expressão dramática, a aquisição da noção de espaço é basilar (da laterali-dade, do movimento) porque vai desenvolver, a seguir, ao nível da escrita.

MEA: E quais são as atividades que desen-volves na sala de aula com os teus alunos?

HT: Desenvolvo todo o tipo de atividades, tanto da parte curricular como o canto, o movimento, a dança, a parte instrumental e a criação. A criação é muito importante nos alunos tanto a nível musical como a nível de expressão dramática e é importante também nós estimularmos essa parte. Também acho muito importante, durante as atividades que fazemos em qualquer aula, reservarmos sempre um bocadinho para a discussão. É importante eles perceberem onde é que falharam, o que é que ainda lhes falta aprender, o que é que podem melhorar. MEA: Sabemos que vais participar na Semana Regional das Artes. Que área é que preparaste para participar este ano?

HT: Bem, este ano vamos com a modalidade de instrumental, com uma música que eles gostam e que é mais atual: é dos Coldplay, «Para-dise». Espero que vão lá ver e tirem as vossas ilações. Nós começamos, entre os cole-gas, a preparar esta semana lá para outubro, novembro. Com os alunos, só começamos essa preparação já mais perto, agora no terceiro período. Ao nível instrumental, fazemos um percurso até eles tocarem, com o instrumental dentro da sala de aula, que não obriga que só seja o instrumentário orff (para quem não sabe, os xilofones, metalofones, a pequena

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percussão, todos os instrumentos de altura indefinida), pois também tenho aquilo a que chamo a «lixeirada»: tudo o que é bidões, latas, bidões de detergentes, pequenos, grandes, pinhas, garrafas, etc. A seguir nós fazemos experiências, que eu acho também que é importante, qualquer processo, seja este ou seja outro qualquer, eles experimentarem, explorarem e vivenciarem. Para chegarem a uma prática instrumental, os materiais recic-láveis, os ditos instrumentos não convencio-nais, são muito bons porque eles vão experi-mentando sonoridades diferentes.

MEA: Sabemos que o Colégio Infante também tem participado na construção do Muro da Esper-ança, inserido nas cerimónias da Festa da Flor. Queres falar-nos um pouco desta ativi-dade?

HT: Os alunos gostam bastante de ir e já está implementado naquele colégio, desde o mais pequeno ao maior. É mais um momento de festa e muito voluntariado, tanto das crianças como até pela disponibilidade dos pais em virem pô-los ao colégio para a seguir virmos para o centro, e o mesmo com os professores e os funcionários. Já participamos há mais de quinze anos e é uma atividade que eles gostam. Acho que a própria mensagem e a intenção com que eles vêm pôr a flor está lá; as crianças que vêm, vêm com alegria e acho que isso é importante, vir com essa intenção e depositar a flor para um mundo melhor, para a paz do mundo e que seja sentido, que seja alegre, que seja vivido.

MEA: Para além da Semana Regional das Artes e da Festa da Flor, nós também sabemos que tu fazes outro tipo de atividades com os teus alunos dentro e fora da escola. Fala-nos um bocadinho sobre essas atividades.

HT: A nível do Plano Anual de Atividades, que é um bocadinho extenso em comparação com as outras escolas, e devido à própria dinâmica

da escola como colégio, participamos em vários eventos dentro da instituição. A expressão musical e a música participam sempre: as áreas de artes são mais precisas para certo tipo de eventos, mas estamos sempre todos a participar para o sucesso dos eventos. Nesse aspeto, a dinâmica é muito boa. Um dos eventos mais vividos é a Imacu-lada Conceição, que é o dia da padroeira do colégio. Calha a 8 de dezembro, que é um feriado, mas lá estamos todos prontos e dis-poníveis. Como é a nossa padroeira é a festa forte do colégio, onde nós temos a celebração eucarística com um coro constituído por alunos, professores e funcionários. Depois continuamos com a parte da onde cada turma prepara, desde o pré até ao nono ano, a festa com um tema é único. E depois temos o come e bebe, que é a parte boa. Temos também o nosso arraial, agora próximo, em finais de maio ou princípio de junho, que é organizado pela associação e onde também os alunos apresentam números, dos diferentes ciclos, e também há muita animação. Estas festas são no colégio mas abertas à comunidade. Mas depois temos eventos para fora da escola, para mantermos as tradições: temos o Carnaval, onde fazemos um desfile no largo das Babosas apoiado pela junta e pelas instituições da zona; temos também os Reis e o Santo Amaro, onde vamos a vários sítios nas redondezas.

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Si Que Brade 25 anos

Fotogra�as - Silvano Rodrigues

Agradecimento ao Hotel The Vine

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As artes são importantes no desenvolvimento pessoal, social e da personalidade das crianças e jovens e surgem como um meio conciliador destas duas necessidades ajudando-os a tomar atitudes adequadas.

Por outro lado, a angariação de competências artísticas promovem a oportunidade dos alunos se apresentarem publica-mente, quer em grupo quer a solo, o que, por um lado serve de motivação, mas serve igual-mente outros propósitos não menos importantes, tais como (1) divulgar as artes junto da comunidade escolar; (2) promover a escola e os seus valores artísticos; (3) constituir para os alunos uma experiência única e inigualável; entre outros.

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Este

r Vie

iraNo trilho da inclusão artística …

“Aventuras de João sem Medo” pelo GMT Oficina Versus

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A «arte» tem funções que a distinguem como um elevado agente de transformação dos indivíduos e das sociedades. É instrumento, elemento mediador e linguagem das emoções.Criar é dar corpo aos sonhos, tornar possíveis as ideias, legíveis os atos, manifestas as sensações. Os sonhos na «diferença» são iguais, mudando o «caminho» que torna viva a voz de quem não fala, velozes as pernas que não andam e intenso o olhar de quem não vê... Tudo isso porque «criar» é um longo e generoso exercício de auto conhecimento e de comunicação e porque, sempre que alguém sonha, “o mundo pula e avança”!...A Organização das Nações Unidas, defende o igual acesso das pessoas com necessidades especi-ais à arte e à cultura - “Os países membros devem garantir que as pessoas com de�ciência sejam incluídas em atividades culturais e possam partici-par nelas numa base igualitária. (...) Os países membros devem garantir às pessoas com de�ciência a oportunidade de usar o seu potencial criativo, artístico e intelectual ao máximo, não só para seu benefí-cio mas também para o enriquecimento da sua comuni-dade, situada em zonas urbanas e rurais.” (ONU, 1996)O projeto O�cina Versus (criado na Direção Regional de Educação Especial/Madeira 1989), nasceu para veicular, na RAM, o acesso das pessoas com necessidades especi-ais ao mundo das artes e da cultura, já em �uxo no resto

do mundo. Filiado em organismos de arte para as necessidades especiais – ANACED (Portugal) e EUCREA (Europa) – foi também participante em eventos coorga-nizados pelo Very Special Arts (VSA Brasil), onde a�rmou a dança inclusiva (2002) e o teatro inclusivo (2006).Cumprindo o amplo princípio da «igualdade de opor-tunidades», este projeto conquistou, ao longo de 24 anos, um novo conceito - a arte inclusiva.

A arte inclusiva integra-se, desde Junho de 2012, no Núcleo de Inclusão pela Arte (NIA),

enquadrado na Divisão de Expressões Artísticas, da Direção de Serviços

de Educação Artística e Multimé-dia, fruto da mais recente

reestruturação orgânica da Secretaria Regional de Educação e Recursos Huma-nos. A população atendida no NIA é, atualmente, consti-tuída por 74% de crianças, jovens e adultos da

DRE/Educação Especial, sendo 26% constituído por

pessoas com e sem necessi-dades especiais, da comunidade

em geral, vindas de outros concel-hos.

Para além deste atendimento, o NIA formula e desenvolve outros projetos temporários

– pontuais ou cíclicos - abrangendo mais de 300 pessoas/ano, com e sem necessidades especiais, com origem em unidades orgânicas da DRE e em instituições parceiras.Dos diferentes grupos artísticos que dão rosto à arte inclusiva, focamos hoje o Grupo de Mímica e Teatro O�cina Versus, grupo promotor do teatro inclusivo, enquanto veículo de inclusão social e cultural.

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Este grupo tomou forma em 2001 e carateriza-se hoje pela constituição de um elenco misto, formado por cerca de 20 pessoas, com e sem necessidades especiais. Produz anualmente, 2 a 3 peças de teatro e, nas suas produções, associa mais 15 elementos do Grupo de Iniciação ao Teatro (GIT). No seu repertório, contam já 24 produções inclusivas, tendo-se apresentado em: Lisboa, Porto, Abrantes, Madeira, Porto Santo e Rio de Janeiro.Muito recentemente, o Grupo de Mímica e Teatro O�cina Versus, levou à cena a peça - Aventuras De João Sem Medo de José Gomes Ferreira, com encenação de Duarte Rodrigues. Foram exibidos oito espetáculos, para 1267 espetadores, entre janeiro e março, no Funchal (Teatro Municipal Baltazar Dias e Cine Teatro Stº António) e no Fórum Machico, no âmbito do Festival AMO-TEatro, organizado pelo Teatro Experi-mental da Camacha. Na defesa desta criação cénica, participaram 25 atores com e sem necessidades especi-ais - 4 destes atores recém formados pela Escola Pro�s-sional das Artes da Madeira/Curso de Teatro Interpreta-ção e 1 ator, formando da Escola Pro�ssional Atlântico/curso de Animação Sociocultural. Aventuras De João Sem Medo, foi um espetáculo concebido para um público de idade superior a 12 anos e comunica uma mensagem peculiar, focada na consciência existencial e na questão do medo. Num ambiente metafórico e lúdico, os espetadores aceitaram o desa�o de se verem confrontados com muitos dos seus fantasmas, entre cenas de absurdo, comicidade e alguma pedagogia.

Como sempre fazemos, uma mensagem foi passada, qual retrato �el da sociedade em que nos revemos. Temos sempre essa preocupação… a de acrescentar valor à consciência de quem nos vê. Essa é, para além do mais, a função do próprio teatro. Conseguiremos com isto mudar as atitudes sociais do momento? Acreditamos que sim.Como diria Arquimedes da Silva Santos (1981), precursor da educação pela arte em Portugal, "...as ciências e a tecnolo- gia con- tinuam e

fazem avan-

çar o

mundo mas, o

mais essencial do

espírito humano é a sua criação na arte.

Não é por acaso que, desde sempre, o que �ca das civiliza-

ções são essas manifestações artísticas ".

Fotos: Proestudio

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I PODES, se tu queres conhecerI PODES, se és curioso a valerI PODES, está atento para verI PODES, o que vai acontecer

I PODES, podes saberI PODES, podes saberI PODES...PODES SABER!

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Uma forma de levar às crianças das nossas escolas o conteúdo das edições da DSEAM.A DSEAM – Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia – da DRE – SRERH - realizou no pas-sado dia 24 de Abril a primeira gravação do programa I PODES SABER que contou com a participação dos alunos do 3º e 4º ano do Ensino Básico da EB1-PE Ribeiro Domin-gos Dias.As crianças sob a orien-tação do professor João Caldeira começaram por apren-der e entoar o indica-tivo do programa I Podes Saber, um hip-hop que ganhou alegria e melo-dia com a sua interpretação.Depois foi a ocasião para os alunos acompanharem a atuação do pro-fessor Roberto Moritz, convidado desta primeira edição de I PODES SABER, centrada na obra “O Ma-chete Madeirense no século XIX – 4º volume da coleção Madeira Música”. Tocou o tema Anna Polka

De seguida, as notícias da escola foram lidas com muito bom ritmo pelos alunos/jornalistas João Afonso e Ana Sofia.O momento mais intenso da manhã foi dado com o passatempo “Res-posta na Ponta da Língua” onde os diversos alunos chamados aleato-

riamente tiveram que falar sobre o livro escol-hido “As duas estrelas-do-mar e o peixe prateado” de Francisco Fernandes e ainda a outras perguntas acerca do machete madei-rense. De salientar o acerto a todas as questões colocadas

mostrando uma excelente prepara-ção.Por fim, os alunos dirigidos pelo professor Joel Dimitri apresentaram uma audição musical ativa tendo como base o tema de Pedro Abrun-hosa “Pontes entre nós”.Ao longo da sessão, houve lugar para a atribuição de algumas pren-das aos alunos participantes, consti-tuídas por CDs dos festivais da

I PODES SABERNa Escola EB1-PE Ribeiro Domingos Dias Texto Francisco Caldeira

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tradicional”, “A nuvem que queria chover onde era preciso”, entre outros) e ainda alguns dos DVDs editados por aquela direção de serviços.A gravação em áudio e em vídeo esteve a cargo do Centro Multimédia da DSEAM com a envolvência dos profissionais Duarte Gomes, Ferdinando Freitas, Lícia Silva e Paulo Marote. A apresentação deste programa, que pretende integrar o programa de rádio “Artenautas”, ficou a cargo da professora Filipa Silva e do professor Francisco Caldeira.A coordenação geral foi de Jorge Conduto e de Paulo Esteireiro.

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Marlene Abreu é elemento da equipa de animação da DSEAM e veio para nos vai falar acerca do trabalho desenvolvido por este grupo, não só pelas escolas da região mas também para o público em geral, e da participação na Festa da Flor 2013, mais concretamente na cerimónia de construção do Muro da Esper-ança.

Depois criam-se as personagens consoante o número de elementos que existem em cada equipa. Neste momento temos três equi-pas: duas de três elementos e uma de dois, esta última que faz um trabalho ao vivo, diretamente ao público de creche; as outras duas equipas estão a trabalhar mais para o Pré-escolar e 1.º ciclo do Ensino Básico. A equipa segue o seu plano anual de atividades, e leva uma história a cada escola da Região Autónoma da Madeira. A apresentação consiste numa animação em que é contada a história e algumas outras atividades alusivas à história que são complementadas dentro do processo da animação. Cada subequipa cria a sua própria história, desde os fantoches, os adereços, os cenários: todo esse processo é feito e construído pela própria equipa.

MEA: Relativamente às histórias que este ano estão a sair: em que técnicas é que estão a ser realizadas e quais são as histórias?

MA: Neste momento, temos uma história que é feita em teatro de marionetes que é a O Raioz-inho da Tomásia; temos uma outra história que é feita com marionetes também e um fantoche vivo, que é a história de Poof, o Dragão mágico;

MEA: Fala-nos um pouco do trabalho que é desenvolvido junto das escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico pela Equipa de Animação.MA: Atualmente a equipa de animação, coorde-nada por Rui Mimoso, é constituída por oito educadores de infância e dois professores do 1.º ciclo do Ensino Básico. A sua atividade principal situa-se na área da Expressão Musical e Dramática, sendo composta por Teatro de fantoches, de Marionetas, de Sombras e Teatro. A aceitação tem sido muito positiva, tanto ao nível das crianças como pelos adultos. O feed-back que recebemos, quer pelos trabalhos que as escolas nos enviam quer pelos comentários que também nos fazem chegar, é muito positivo, tanto que as escolas sempre demonstram o desejo de receber a equipa mais do que uma vez.

MEA: Marlene, nós sabemos que as animações, as histórias que vocês levam aos estabelecimen-tos de ensino, são criações vossas ou então são também adaptações realizadas por vocês, tal como a cenografia, os adereços e todo o guarda-roupa. Fala-nos um bocadinho desse processo de criar e apresentar estas histórias.

MA: A equipa escolhe uma história a ser apre-sentada nas escolas: pode ser uma história já existente, em que a equipa faz a sua adaptação, ou então uma temática nova.

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e temos ainda uma história que foi criada para a creche, que é a Quem quer Brincar, feita com fantoches com um tamanho maior do que normalmente e com a introdução de um novo instru-mento: o acordeão.

MEA: Referiste que as crianças gostam muito da vossa presença nas escolas. Vocês têm algum tipo de feedback da comunidade escolar e do público sobre as animações e dos espetáculos que fazem?

MA: Sim, a nível das animações temos: nós temos um blogue, o Equipa Anima Escolas. Nesse blogue inserimos trabalhos e algumas mensagens que nos enviam das escolas. O feedback que é dado pelas escolas vê-se através dos trabalhos de desenhos, fotografias ou mesmo algumas composições, trabalhos muito ricos que as escolas enviam. Mesmo também a nível de comentários, fazem-nos chegar certos registos das crianças sobre o que viveram naquele momento.

MEA: Em que é que se baseia este ano a vossa participação na Festa da Flor 2013?

MA: A participação da equipa na Festa da Flor, normalmente, é feita com uma história de teatro em conjunto com a apresentação de todo o evento. Essa apresentação costuma ser real-

fantoches e representá-la ao vivo. A história é a Ai que aranha!, que nos remete para a autoes-tima e para a aceitação de si próprio e dos outros e aborda também a beleza como resul-tado dos nossos comportamentos e não apenas da aparência estética. Vai ser uma história muito engraçada. É uma adaptação de uma história de Ruben Alves, um escritor brasileiro, com uma grande sensibilidade.

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calendário/ junho

dia 01 Sábado

Ensemble de Guitarras

São Roque do Faial19h00

dia 02 Domingo

Ensemble de Acordeões

Jardim Municipal da Pta Sol18h00

dia 16 Domingo

Orquestra de Cordas

Auditório da Casa do Povo do Santo da Serra 10h30

dia 14 Sexta feira

Orquestra de Bandolins

Instituto do Vinho 21h00

dia 16 Domingo

Grupo de DancaKaleidoscope

Salão Paroquial do Seixal 18h00

dia 16 Domingo

Coro Juvenil

Centro de Multimédia e Educacional da Fajã do Penedo - São Vicente 18h00

dia 17 a 23

Semana Regional das Artes

Funchal

dia 08 Sábado

Consort Bisel (Plateia Ativa)

Casa da Cultura Cª de Lobos20h00

dia 01 Sábado

Orquestra de Sopros e Coro Infantil e Coro Juvenil

Praça do Mar 19h00

dia 30 Domingo

Orquestra de Cordas e Grupo Paroquial da Ribeira Brava

Salão Paroquial da Ribeira Brava18h00

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AZEVEDO, Amélia Augusta deFunchal, 1840 - ?

Amélia Augusta de Azevedo destacou-se como pi-anista, intérprete de machete e compositora depeças em francês, numa época em que as mul-heres não eram compositoras habituais e nãomantinham atividade profissional na música. Em1889 foi premiada na Exposição Universal deParis, pela composição da peça Paris Russophile.

Amélia Augusta de Azevedo nasceu em 1840,filha de António Pedro de Azevedo.Participou nas realizações musicais funchalensesentre 1860 e 1866, como intérprete de machete,piano e compositora.

A 4 de Julho de 1873, inscreveu-se como aluna ex-terna no Conservatório Nacional de Lisboa parafazer os exames de rudimentos em Teoria Musicale Solfejo de 2º e 3º ano. No primeiro exame foiaprovada com onze valores, contudo não com-pareceu ao segundo.

De acordo com o Elucidário Madeirense AméliaAugusta de Azevedo esteve em França em 1885,onde participou em concertos em Lyon. A com-positora prosseguiu os estudos musicais no Con-servatoire National de Musique et Declamationem Paris como aluna de piano. A sua frequênciano Conservatoire National de Musique et deDeclamation é também certificada pela referênciaa Amélie A. d’Azevedo na obra Le ConservatoireNational de Musique de Constant Pierre.

Quanto à sua obra publicada, presentemente sãoconhecidas as seguintes peças: Recordações deCintra; Alma Minha; Le Regret e Paris Rus-sophile. As peças Recordações de Cintra, polka-mazurka para piano, e Alma Minha, peça paracanto e piano sobre soneto de Luís de Camõesforam editadas em Lisboa e encontram-se em de-pósito na Biblioteca Nacional de Lisboa. Le Re-gret, op. 23, valsa para piano e Paris Russophile,galope para piano foram editadas em Paris, entre1884 a 1891 e remanescem na Bibliothèque Na-tional de France.

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AZEVEDO, Amélia Augusta deFunchal, 1840 - ?

Amélia Augusta de Azevedo destacou-se como pi-anista, intérprete de machete e compositora depeças em francês, numa época em que as mul-heres não eram compositoras habituais e nãomantinham atividade profissional na música. Em1889 foi premiada na Exposição Universal deParis, pela composição da peça Paris Russophile.

Amélia Augusta de Azevedo nasceu em 1840,filha de António Pedro de Azevedo.Participou nas realizações musicais funchalensesentre 1860 e 1866, como intérprete de machete,piano e compositora.

A 4 de Julho de 1873, inscreveu-se como aluna ex-terna no Conservatório Nacional de Lisboa parafazer os exames de rudimentos em Teoria Musicale Solfejo de 2º e 3º ano. No primeiro exame foiaprovada com onze valores, contudo não com-pareceu ao segundo.

De acordo com o Elucidário Madeirense AméliaAugusta de Azevedo esteve em França em 1885,onde participou em concertos em Lyon. A com-positora prosseguiu os estudos musicais no Con-servatoire National de Musique et Declamationem Paris como aluna de piano. A sua frequênciano Conservatoire National de Musique et deDeclamation é também certificada pela referênciaa Amélie A. d’Azevedo na obra Le ConservatoireNational de Musique de Constant Pierre.

Quanto à sua obra publicada, presentemente sãoconhecidas as seguintes peças: Recordações deCintra; Alma Minha; Le Regret e Paris Rus-sophile. As peças Recordações de Cintra, polka-mazurka para piano, e Alma Minha, peça paracanto e piano sobre soneto de Luís de Camõesforam editadas em Lisboa e encontram-se em de-pósito na Biblioteca Nacional de Lisboa. Le Re-gret, op. 23, valsa para piano e Paris Russophile,galope para piano foram editadas em Paris, entre1884 a 1891 e remanescem na Bibliothèque Na-tional de France.

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nº3_maio

Próxima edição - junho