MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA PRODUÇÃO DE TOMATE … · PRODUÇÃO DE TOMATE INDUSTRIAL! ... •...
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Dr. Sidnei Douglas Cavalieri
Pesquisador em Manejo Integrado de Plantas Daninhas Embrapa Hortaliças
Goiânia, 30 de novembro de 2012
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA PRODUÇÃO DE TOMATE INDUSTRIAL
“Toda e qualquer planta que ocorre onde não é desejada”.
Plantas voluntárias ou tigueras Plantas daninhas verdadeiras
DEFINIÇÃO DE PLANTA DANINHA
• Emergência em grandes profundidades;
• Rápido desenvolvimento e crescimento inicial;
• Elevada capacidade de produção de propágulos;
• Mecanismos alternativos de reprodução;
• Facilidade de dispersão dos propágulos;
• Grande longevidade dos dissemínulos;
• Desuniformidade na germinação;
• Manutenção de viabilidade em condições adversas.
Banco de Sementes
Dormência
PLANTAS DANINHAS
a) b)
c) d)
Problemas • Competem por recursos que se encontram limitados no meio: água, luz, nutrientes, CO2 e espaço; • Podem liberar substâncias alelopáticas que afetam negat ivamente a germinação, o crescimento e a produtividade; • Hospedeiras de pragas e patogenos;
• Interferem prejudicando a eficiência da colheita.
PLANTAS DANINHAS
Plantas daninhas como hospedeiras de pragas e patógenos
Plântulas de guanxuma (Sida rhombifolia) com sintomas de viroses
Mosca-branca (bemisia tabaci) – inseto vetor
INTERFERÊNCIA BIOLÓGICA E ECOLÓGICA
Plantas daninhas como hospedeiras de pragas e patógenos • Joá-de-capote (Nicandra physaloides) e trevo-azedo (Oxalis latifolia) - begomovírus; • Beldroega (Portulaca oleracea) - tospovírus;
• Maria-pretinha (Solanum americanum), joá-de-capote (Nicandra physaloides) e joá-bravo (Solanum sissymbrifolium) - nematóides (Meloidogyne spp.).
• A murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum) - espécies pertencentes a mais de 50 famílias, provocando maiores perdas nas solanáceas.
INTERFERÊNCIA BIOLÓGICA E ECOLÓGICA
O grau de interferência de plantas daninhas na cultura é função: • Cultura (espécie cultivada, cultivar ou variedade comercial, espaçamento e densidade de semeadura); • Comunidade de plantas daninhas (composição específica, densidade e distribuição); • Ambiente (clima, solo e manejo da cultura); • Período de convivência.
INTERFERÊNCIA BIOLÓGICA E ECOLÓGICA
A C
B D
Impacto de semelhanças genéticas e fisiológicas • Quanto maior a semelhança fisiológica e/ou genética entre duas espécies vegetais, mais intensa é a sua competição pelos fatores que se encontram em quantidades limitadas no ecossistema comum; • Solanum americanum (maria-pretinha), por exemplo, é considerada uma das espécies mais agressivas quando em competição com o tomateiro, correspondendo à competição de quase 5 plantas de tomate.
INTERFERÊNCIA BIOLÓGICA E ECOLÓGICA
R2 = 0,7515
y = -1,0517x+87,1348
Densidade de plantas (x 1000)
15 20 25 30 35 40 4540
45
50
55
60
65
70
75
Pro
dutiv
idad
e de
frut
os (t
ha-1
)
Espaçamento e densidade de plantio
• Densidade (20, 25, 30, 35 e 40 mil plantas) x Espaçamento (1,0; 1,2; 1,4 e 1,6 m).
INTERFERÊNCIA BIOLÓGICA E ECOLÓGICA
Cavalieri et al. (2012)
50
60
70
80
90
100
110
1,251,301,351,401,451,50
3035404550556065
TCV
(%)
Densid
ade d
o Solo
(kg d
m-3 )
Potencial de Água no Solo (kPa)
- Interação entre os fatores não significativa; - Efeito isolado do fator densidade de plantas.
O modo correto de se intervir na interferência entre as plantas daninhas e o tomateiro seria neutralizá-las nos períodos em que c o m p e t e m e f e t i v a m e n t e e prejudicam a produção. Períodos de interferência:
• PAI - período anterior à interferência;
• PTPI - período total de prevenção da interferência;
• PCPI - período crítico de prevenção da interferência.
Adaptado de Friesen (1979) e Weaver & Tan (1987)
Prod
utiv
idad
e re
lativ
a (%
)
Semeio
PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA
Transplantio
Her
nand
ez e
t al (
2007
)
PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA
Figura 1. Produtividade relativa de frutos maduros de tomate em função dos períodos com controle ou com convivência com maria-pretinha. Goiânia, UNESP-FCAV/Unilever, 2003.
Maria-pretinha = 60.000 plantas ha-1
Implantação PAI PTPI PCPI Referência (dias)
Semeadura
24 36 24 a 36 Weaver & Tan (1983) 35 63 35 a 63 Weaver (1984) 42 49 42 a 49 Weaver &Tan (1987) 0 60 0 a 60 Camplegia (1991)
21 97 21 a 97 Nascente (1998) Nascente et al. (1998a)
Transplantio
24 36 24 a 36 Friesen (1979) 28 42 28 a 42 Sajjapongse (1983)
28 35 28 a 35 Weaver & Tan (1983) Weaver (1984) Qasem (1992)
20 60 20 a 60 Campeglia (1991) 17 78 17 a 78 Nascente et al. (1998b)
27 46 27 a 46 Hernandez (2002) Hernandez et al. (2007)
26 46 26 a 46 Hernandez (2004) 33 76 33 a 76 Nascente et al. (2004)
Dados apresentados em dias após a emergência/transplantio do tomateiro.
Tabela 1. Período anterior a interferência (PAI), período total de prevenção da interferência (PTPI) e período crítico de prevenção da interferência (PCPI) de plantas daninhas em tomate industrial proveniente de semeadura e transplantio.
PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS
PLANTIO DIRETO
PLANTAS VOLUNTÁRIAS
COLHEITA MECANIZADA – PLANTAS VOLUNTÁRIAS
MANEJO DAS PLANTAS VOLUNTÁRIAS
Rotação de culturas A p l i c a ç ã o d i r i g i d a c o m protetores (pingentes)
Correto
Errado
Ano2013 Feijão Tomate Soja2014 Milho-‐doce Feijão Milho2015 Tomate Milho semente Soja
Rotação de culturas
Ano2013 Tomate Milho-‐doce Soja2014 Tomate Milho-‐doce Soja2015 Tomate Batata Soja
Sucessão de culturas
Ação
Herbicida Dose (kg ou l ha-1) Modalidade de
aplicação Nome comum Nome comercial Ingrediente
ativo Formulação
Folh
as la
rgas
Metribuzin Sencor 480 0,48 1,0 PÓS
Soccer SC 0,48 1,0 PÓS
Metam-sodium Bunema 330 CS 247,5 750 PRÉ
Flazasulfuron Katana 0,05 - 0,1 0,2 - 0,4 PRÉ & PÓS
Folh
as e
stre
itas
Clethodin Select 240 CE 0,084 - 0,108 0,35 - 0,45 PÓS
Fluazifop-p-butyl Fusilade 250 EW 0,125 - 1875 0,5 - 0,75 PÓS
Quizalofop-p-ethyl Targa 50 EC 0,075 - 0,1 1,5 - 2,0 PÓS
Napropamide Devrinol 500 PM 2,0 - 3,0 4,0 - 6,0 PRÉ & PÓS
Trifluralin Premerlin 600 EC 0,54 - 2,4 0,9 - 4,0 PRÉ & PÓS
Trifluralina Nortox 0,534 - 1,068 1,2 - 2,4 PRÉ
Tabela 2. Herbicidas registrados para a cultura do tomate no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
HERBICIDAS REGISTRADOS
• Registro do herbicida para a cultura;
• Eficiência de controle sobre a infestação predominante na área;
• Estádio de desenvolvimento das plantas daninhas;
• Estimar qual o período de controle que necessita;
• Custo por unidade de área;
• Disponibilidade para aquisição no mercado local;
• Menor toxicidade para o homem e ambiente;
ASPECTOS A CONSIDERAR PARA A APLICAÇÃO DE HERBICIDAS
• Efeito residual para as culturas em sucessão/rotação;
• Menor potencial de contaminação ambiental (deriva, lixiviação, runoff);
• Adequação do equipamento disponível para aplicação;
• Maior flexibilidade quanto a época de aplicação;
• Adequação ao sistema de plantio adotado na propriedade (direto/convencional);
• Potencial de seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes.
ENSAIO 1
Manejo químico de plantas daninhas
• Localidade: Fazenda Campo Alegre - Morrinhos, GO;
• Período: Junho a setembro de 2011;
• Híbrido: Heinz 9992;
• Linhas duplas;
• Densidade populacional: 35.000 plantas ha-1;
• Espaçamento: 1,1 m entre linhas duplas e 0,7 m entre linhas simples;
• Delineamento experimental: DBC com 13 tratamentos e 4 repetições.
1Acrescentou-se o óleo mineral Assist a 0,5% v/v em todas as aplicações contendo glyphosate; 2Dias antes do transplante das mudas; 3Dias depois do transplante das mudas; 4Valores entre parênteses representam a dosagem (g ha-1) dos herbicidas aplicados.
Tabela 3. Relação dos tratamentos referentes aos diferentes sistemas de manejo químico de plantas daninhas utilizados. Morrinhos-GO, 2011.
ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Sistema de Manejo
30 DAT2 14 DAT (dessecação)
7 DAT (pré-transplante)
14 DDT3
(pós-transplante) - - Testemunha (capinada) - - - Testemunha (sem capina) - - Glyphosate (1.080)4 Metribuzin (480) - - Glyphosate (1.080) Metribuzin (300) Metribuzin (300)
Gradagem - - - Gradagem - Glyphosate (1.080) - Gradagem Glyphosate (1.080) Metribuzin (480) - Gradagem Glyphosate (1.080) Sulfentrazone (100) - Gradagem Glyphosate (1.080) S-metolachlor (1.200) - Gradagem - Glyphosate + metribuzin (1.080 + 480) - Gradagem - Glyphosate + sulfentrazone (1.080 + 100) - Gradagem - Glyphosate + s-metolachlor (1.080 + 1.200) - Gradagem - Glyphosate + metribuzin + s-metolachlor (1.080 + 300 + 1.200) -
Rosa Filho et al. (2011)
Variável(eis) Transformação Análise de Variância Teste de Médias Densidade (plantas m-2) Log (x+1) Teste F Scott-Knott (5%) Controle (%) Ranks Friedman (não paramétrica) Teste de Bonterroni-Dunn (5%) Fitointoxicação Ranks Friedman (não paramétrica) Teste de Bonterroni-Dunn (5%) População (plantas ha-1) Ausente Teste F Não significativo Massa de 20 frutos (kg) Ausente Teste F Scott-Knott (5%) Produção por planta (kg) Ausente Teste F Scott-Knott (5%) Sólidos solúveis totais (⁰Brix) Ausente Teste F Não significativo Produtividade (t ha-1) Ausente Teste F Scott-Knott (5%)
Tabela 4. Resumo das variáveis avaliadas, com suas respectivas transformações de dados (quando necessário), e tipos de análise de variância e teste de comparação de médias utilizados. Morrinhos-GO, 2011.
ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Rosa Filho et al. (2011)
Tabela 5. Densidade (plantas m-2) e controle (%) de leiteiro (Euphorbia heterophylla) submetido a diferentes sistemas de manejo químico de plantas daninhas aos 42 dias após o transplante de mudas do tomateiro industrial híbrido Heinz 9992. Morrinhos-GO, 2011. Sistema de Manejo Densidade
(plantas m-2) Controle
(%)
30 DAT2 14 DAT (dessecação)
7 DAT (pré-transplante)
14 DDT3
(pós-transplante) 42 DDT
- - Testemunha (capinada) - 0,0 A 100,0 A - - Testemunha (sem capina) - 41,0 C 0,0 E - Glyphosate (1.080)4 Metribuzin (480) - 5,5 B 95,8 AB - Glyphosate (1.080) Metribuzin (300) Metribuzin (300) 7,3 B 93,0 ABCD
Gradagem - - - 35,0 C 73,3 DE Gradagem - Glyphosate (1.080) - 26,5 C 77,3 BCDE Gradagem Glyphosate (1.080) Metribuzin (480) - 9,3 B 92,3 ABCD Gradagem Glyphosate (1.080) Sulfentrazone (100) - 22,3 C 78,8 DE Gradagem Glyphosate (1.080) S-metolachlor (1.200) - 31,0 C 74,5 CDE Gradagem - Glyphosate + metribuzin (1.080 + 480) - 13,8 B 88,8 BCDE Gradagem - Glyphosate + sulfentrazone (1.080 + 100) - 13,5 B 90,3 ABCD Gradagem - Glyphosate + s-metolachlor (1.080 + 1.200) - 23,0 C 83,0 ABCD Gradagem - Glyphosate + metribuzin + s-metolachlor (1.080 + 300 + 1.200) - 7,3 B 95,8 ABC
ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Rosa Filho et al. (2011)
Tabela 6. Densidade (plantas m-2) e controle (%) de capim-colchão (Digitaria horizontalis) submetido a diferentes sistemas de manejo químico de plantas daninhas aos 42 dias após o transplante de mudas do tomateiro industrial híbrido Heinz 9992. Morrinhos-GO, 2011.
Sistema de Manejo Densidade (plantas m-2)
Controle (%)
30 DAT2 14 DAT (dessecação)
7 DAT (pré-transplante)
14 DDT3
(pós-transplante) 42 DDT
- - Testemunha (capinada) - 0,0 A 100,0 A - - Testemunha (sem capina) - 89,5 D 0,0 D - Glyphosate (1.080)4 Metribuzin (480) - 3,8 B 97,8 ABCD - Glyphosate (1.080) Metribuzin (300) Metribuzin (300) 2,8 B 97,0 ABCD
Gradagem - - - 27,8 C 73,8 CD Gradagem - Glyphosate (1.080) - 15,8 B 91,5 ABCD Gradagem Glyphosate (1.080) Metribuzin (480) - 3,5 B 98,3 ABC Gradagem Glyphosate (1.080) Sulfentrazone (100) - 5,3 B 97,3 BCD Gradagem Glyphosate (1.080) S-metolachlor (1.200) - 2,5 B 98,0 ABC Gradagem - Glyphosate + metribuzin (1.080 + 480) - 7,8 B 95,3 ABCD Gradagem - Glyphosate + sulfentrazone (1.080 + 100) - 14,8 B 91,5 ABCD Gradagem - Glyphosate + s-metolachlor (1.080 + 1.200) - 2,5 B 98,8 AB Gradagem - Glyphosate + metribuzin + s-metolachlor (1.080 + 300 + 1.200) - 1,5 A 98,5 AB
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Rosa Filho et al. (2011)
Tabela 7. Densidade (plantas m-2) e controle (%) de maria-pretinha (Solanum americanum) submetido a diferentes sistemas de manejo químico de plantas daninhas aos 42 dias após o transplante de mudas do tomateiro industrial híbrido Heinz 9992. Morrinhos-GO, 2011. Sistema de Manejo Densidade
(plantas m-2) Controle
(%)
30 DAT2 14 DAT (dessecação)
7 DAT (pré-transplante)
14 DDT3
(pós-transplante) 42 DDT
- - Testemunha (capinada) - 0,0 A 100,0 A - - Testemunha (sem capina) - 3,5 B 0,0 C - Glyphosate (1.080)4 Metribuzin (480) - 3,5 B 98,3 ABC - Glyphosate (1.080) Metribuzin (300) Metribuzin (300) 7,0 B 94,5 ABC
Gradagem - - - 9,0 B 90,0 BC Gradagem - Glyphosate (1.080) - 7,5 B 97,3 ABC Gradagem Glyphosate (1.080) Metribuzin (480) - 6,5 B 96,0 BC Gradagem Glyphosate (1.080) Sulfentrazone (100) - 0,5 A 99,5 AB Gradagem Glyphosate (1.080) S-metolachlor (1.200) - 2,3 B 98,8 AB Gradagem - Glyphosate + metribuzin (1.080 + 480) - 5,0 B 97,3 ABC Gradagem - Glyphosate + sulfentrazone (1.080 + 100) - 0,0 A 100,0 A Gradagem - Glyphosate + s-metolachlor (1.080 + 1.200) - 0,0 A 100,0 A Gradagem - Glyphosate + metribuzin + s-metolachlor (1.080 + 300 + 1.200) - 1,25 A 100,0 AB
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Baixa infestação no experimento Rosa Filho et al. (2011)
Sistema de Manejo Produtividade (t ha-1) 30 DAT2 14 DAT
(dessecação) 7 DAT
(pré-transplante) 14 DDT3
(pós-transplante) - - Testemunha (capinada) - 83,22 A - - Testemunha (sem capina) - 30,11 C - Glyphosate (1.080)4 Metribuzin (480) - 56,08 B - Glyphosate (1.080) Metribuzin (300) Metribuzin (300) 62,86 B
Gradagem - - - 25,56 C Gradagem - Glyphosate (1.080) - 43,97 C Gradagem Glyphosate (1.080) Metribuzin (480) - 60,22 B Gradagem Glyphosate (1.080) Sulfentrazone (100) - 73,06 A Gradagem Glyphosate (1.080) S-metolachlor (1.200) - 71,83 A Gradagem - Glyphosate + metribuzin (1.080 + 480) - 57,08 B Gradagem - Glyphosate + sulfentrazone (1.080 + 100) - 71,75 A Gradagem - Glyphosate + s-metolachlor (1.080 + 1.200) - 74,75 A Gradagem - Glyphosate + metribuzin + s-metolachlor (1.080 + 300 + 1.200) - 83,39 A
Tabela 8. Produtividade de frutos (t ha-1) do tomateiro industrial híbrido Heinz 9992 submetido a diferentes sistemas de manejo químico de plantas daninhas Morrinhos-GO - 2011.
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ENSAIO 1: MANEJO QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
Rosa Filho et al. (2011)
ENSAIO 2
Avaliação da taxa de transporte de elétrons (ETR)
• Localidade: UNESP - Botucatu, SP;
• Período: Abril de 2011.
• Cultivar: Floradade;
• Casa-de-vegetação;
• Parcelas: vasos (2 L) com 1 planta;
• Delineamento experimental: DIC com 8 tratamentos e 6 repetições.
Tabela 9. Relação dos tratamentos com herbicidas utilizados para avaliar a taxa de trasnporte de elétrons (ETR) relativa (%) do tomateiro cultivar Floradade a 4, 24, 168 e 192 horas após a aplicação.
ENSAIO 2: AVALIAÇÃO DA ETR
Herbicida Modalidade de aplicação Dose (g i.a. ha-1) - - -
Metribuzin Pré-transplantio 480 Metribuzin + -metolachlor Pré-transplantio 403 + 1680 Oxyfluorfen Pré-transplantio 480 Sulfentrazone Pré-transplantio 100 Clomazone Pré-transplantio 400 Flumioxazin Pré-transplantio 50 Mesotrione Pré-transplantio 100 Cavalieri et al. (2011)
Leitura da ETR com o fluorômetro
Folha (normal)
Fotoquímica (95%)
Energia radiante
Fluorescência (0,5%)
Calor (4,5%)
Folha (herbicida)
Energia radiante
Fluorescência (2,5 a 5%)
Calor (95 a 97%)
" ETR Relacionada à e m i s s ã o d e fluorescência do FSII
ENSAIO 2: AVALIAÇÃO DA ETR
Figura 2. Taxa de transporte de elétrons (ETR) relativa (%) do tomateiro cultivar Floradade a 4, 24, 168 e 192 horas após a aplicação de diferentes herbicidas. Para cada gráfico, médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste não paramétrico de Bonterroni-Dunn (p<0,05).
Cavalieri et al. (2011)
ENSAIO 2: AVALIAÇÃO DA ETR
ENSAIO 3
Seletividade de herbicidas
• Localidade: Estação Experimental da Cargill - Aparecida de Goiânia, GO;
• Período: Março a julho de 2012
• Híbrido: Heinz 9553;
• Linhas simples;
• Densidade populacional: 30.000 plantas ha-1;
• Espaçamento: 1,5 m entre linhas;
• Delineamento experimental: DBC com 19 tratamentos e 4 repetições.
Sistema de Manejo 2 DAT1
(pré-transplante) 17 DDT2
(pós-transplante) Testemunha (capinada) - Metribuzin (480)3 - Metribuzin (480) Metribuzin (168) Sulfentrazone (100) - Sulfentrazone (100) Metribuzin (168) S-metolachlor (1.200) - S-metolachlor (1.200) Metribuzin (168) Fomesafen (250) - Fomesafen (250) Metribuzin (168) Oxyfluorfen (360) - Oxyfluorfen (360) Metribuzin (168) Flumioxazin (25) - Flumioxazin (25) Metribuzin (168) Metribuzin + sulfentrazone (480+100) - Metribuzin + sulfentrazone (480+100) Metribuzin (168) Metribuzin + s-metolachlor (480+768) - Metribuzin + s-metolachlor (480+768) Metribuzin (168) Sulfentrazone + s-metolachlor (100+768) - Sulfentrazone + s-metolachlor (100+768) Metribuzin (168) 1Dias antes do transplante das mudas;
2Dias depois do transplante das mudas; 3Valores entre parênteses representam a dosagem (g ha-1) dos herbicidas aplicados.
Tabela 10. Relação dos tratamentos referentes a sistemas de manejo de plantas daninhas com herbicidas. Aparecida de Goiânia-GO, 2012.
ENSAIO 3: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
Cavalieri & Sant’Ana (2012)
ENSAIO 3: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS Tabela 11. Resumo das variáveis avaliadas, com suas respectivas análises de variância. Aparecida de Goiânia-GO, 2012.
* = Significativo; ns = Não significativo (p<0,05).
Variável F Pr>F CV (%) Média geral Fitointoxicação (%) - 27 DDT 5,06* <0,0001 32,49 17,80 Fitointoxicação (%) - 37 DDT 5,44* <0,0001 30,78 17,70 Fitointoxicação (%) - 47 DDT 5,80* <0,0001 26,84 16,71 Massa de 20 frutos (kg) 0,55ns 0,9172 16,54 0,90 Frutos maduros (%) 0,86ns 0,6298 7,34 79,23 Sólidos solúveis totais (⁰Brix) 0,84ns 0,6134 10,14 4,26 Produtividade (t ha-1) 1,14ns 0,3414 19,91 29,19 Cavalieri & Sant’Ana (2012)
Tabela 12. Fitointoxicação do tomateiro industrial híbrido Heinz 9553 submetido a diferentes sistemas de manejo de plantas daninhas com herbicidas. Aparecida de Goiânia-GO, 2012.
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de grupamento Scott-Knott (p<0,05).
Sistema de Manejo Fitointoxicação (%) 2 DAT1
(pré-transplante) 17 DDT2
(pós-transplante) 27 DDT 37 DDT 47 DDT
Testemunha (capinada) - 0,00 C4 0,00 C 0,00 C Metribuzin (480)3 - 10,00 B 10,50 B 13,50 B Metribuzin (480) Metribuzin (168) 17,25 B 14,25 B 15,00 B Sulfentrazone (100) - 14,75 B 14,25 B 14,25 B Sulfentrazone (100) Metribuzin (168) 26,25 A 24,25 A 18,75 A S-metolachlor (1.200) - 12,50 B 16,50 B 17,75 A S-metolachlor (1.200) Metribuzin (168) 23,25 A 22,50 A 21,25 A Fomesafen (250) - 15,00 B 15,25 B 15,00 B Fomesafen (250) Metribuzin (168) 20,75 A 18,25 A 18,75 A Oxyfluorfen (360) - 23,75 A 22,50 A 21,50 A Oxyfluorfen (360) Metribuzin (168) 24,25 A 24,25 A 20,25 A Flumioxazin (25) - 14,25 B 10,25 B 12,25 B Flumioxazin (25) Metribuzin (168) 23,25 A 23,50 A 22,25 A Metribuzin + sulfentrazone (480+100) - 14,50 B 13,25 B 12,25 A Metribuzin + sulfentrazone (480+100) Metribuzin (168) 22,50 A 22,25 A 19,00 A Metribuzin + s-metolachlor (480+768) - 14,25 B 20,50 A 16,25 B Metribuzin + s-metolachlor (480+768) Metribuzin (168) 24,50 A 25,00 A 25,25 A Sulfentrazone + s-metolachlor (100+768) - 16,25 B 18,75 A 15,00 B Sulfentrazone + s-metolachlor (100+768) Metribuzin (168) 22,25 A 20,25 A 19,25 A CV (%) 32,79 30,78 26,84
ENSAIO 3: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
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Cavalieri & Sant’Ana (2012)
ENSAIO 4
Seletividade de herbicidas
• Localidade: Instituto Federal Goiano - Morrinhos, GO;
• Período: Abril a agosto de 2012;
• Híbrido: BRS Sena;
• Linhas duplas;
• Densidade populacional: 35.000 plantas ha-1;
• Espaçamento: 1,1 m entre linhas duplas e 0,7 m entre linhas simples;
• Delineamento experimental: DBC com 19 tratamentos e 4 repetições.
Sistema de Manejo 2 DAT1
(pré-transplante) 15 DDT2
(pós-transplante) Testemunha (capinada) - Metribuzin (480)3 - Metribuzin (480) Metribuzin (192) Sulfentrazone (100) - Sulfentrazone (100) Metribuzin (300) S-metolachlor (1.200) - S-metolachlor (1.200) Metribuzin (300) Fomesafen (250) - Fomesafen (250) Metribuzin (300) Oxyfluorfen (360) - Oxyfluorfen (360) Metribuzin (300)
- Metribuzin + fusilade (480 + 250) - Metribuzin (300)
Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) - Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) Metribuzin (300) Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) - Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) Metribuzin (300) Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) - Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) Metribuzin (300) 1Dias antes do transplante das mudas;
2Dias depois do transplante das mudas; 3Valores entre parênteses representam a dosagem (g ha-1) dos herbicidas aplicados.
Tabela 13. Relação dos tratamentos referentes a sistemas de manejo de plantas daninhas com herbicidas. Morrinhos-GO, 2012.
ENSAIO 4: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
Cavalieri et al. (2012)
Tabela 14. Resumo das variáveis avaliadas, com suas respectivas análises de variância. Morrinhos-GO, 2012.
* = Significativo; ns = Não significativo (p<0,05).
ENSAIO 4: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
Variável F Pr>F CV (%) Média geral Fitointoxicação (%) - 26 DDT 60,07* <0,0001 10,37 18,38 Fitointoxicação (%) - 36 DDT 51,60* <0,0001 16,28 15,17 Fitointoxicação (%) - 46 DDT 74,14* <0,0001 15,67 11,37 Frutos maduros (%) 19,95* <0,0001 4,97 74,20 Sólidos solúveis totais (⁰Brix) 2,05* 0,02 9,17 4,01 Produtividade (t ha-1) 1,10ns 0,3752 25,96 50,62
Cavalieri et al. (2012)
Tabela 15. Fitointoxicação do tomateiro industrial híbrido BRS Sena submetido a diferentes sistemas de manejo de plantas daninhas com herbicidas. Morrinhos-GO, 2012.
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de grupamento Scott-Knott (p<0,05).
Sistema de Manejo Fitointoxicação (%) 2 DAT1
(pré-transplante) 15 DDT2
(pós-transplante) 26 DDT 36 DDT 46 DDT
Testemunha (capinada) - 0,00 E4 0,00 C 0,00 D Metribuzin (480)3 - 5,75 D 1,75 C 1,00 D Metribuzin (480) Metribuzin (192) 14,25 B 6,75 C 3,25 C Sulfentrazone (100) - 8,75 D 2,50 C 0,75 D Sulfentrazone (100) Metribuzin (300) 15,50 B 4,25 C 2,25 D S-metolachlor (1.200) - 5,75 D 0,75 C 0,75 D S-metolachlor (1.200) Metribuzin (300) 10,75 C 2,75 C 5,00 C Fomesafen (250) - 11,25 C 4,50 C 2,25 D Fomesafen (250) Metribuzin (300) 14,75 B 7,25 C 4,50 C Oxyfluorfen (360) - 75,50 A 76,25 A 71,50 A Oxyfluorfen (360) Metribuzin (300) 76,25 A 78,75 A 74,50 A
- Metribuzin + fusilade (480 + 250) 10,75 C 17,00 B 16,50 B - Metribuzin (300) 11,50 C 18,25 B 17,25 B
Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) - 14,25 B 6,00 C 2,25 D Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) Metribuzin (300) 19,25 B 13,50 B 5,00 C Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) - 10,50 C 8,25 C 0,50 D Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) Metribuzin (300) 15,25 B 12,75 B 1,75 D Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) - 13,25 C 11,75 B 2,50 D Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) Metribuzin (300) 16,00 B 15,25 B 4,75 C
ENSAIO 4: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
Cavalieri et al. (2012)
Tabela 16. Frutos maduros (%) e sólidos solúveis totais (ºBrix) do tomateiro industrial híbrido BRS Sena submetido a diferentes sistemas de manejo de plantas daninhas com herbicidas. Morrinhos-GO, 2012.
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de grupamento Scott-Knott (p<0,05).
Sistema de Manejo Frutos maduros
(%) SST
(ºBrix) 2 DAT1 (pré-transplante)
15 DDT2 (pós-transplante)
Testemunha (capinada) - 83,61 A4 3,98 A Metribuzin (480)3 - 79,25 A 4,35 A Metribuzin (480) Metribuzin (192) 79,47 A 4,30 A Sulfentrazone (100) - 79,33 A 4,15 A Sulfentrazone (100) Metribuzin (300) 75,93 B 3,88 A S-metolachlor (1.200) - 84,26 A 4,05 A S-metolachlor (1.200) Metribuzin (300) 79,14 A 4,15 A Fomesafen (250) - 81,11 A 3,95 A Fomesafen (250) Metribuzin (300) 76,24 B 4,15 A Oxyfluorfen (360) - 38,89 C 4,28 A Oxyfluorfen (360) Metribuzin (300) 32,13 C 4,15 A
- Metribuzin + fusilade (480 + 250) 85,88 A 3,35 B - Metribuzin (300) 88,49 A 3,45 B
Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) - 81,32 A 4,23 A Metribuzin + sulfentrazone (480 + 100) Metribuzin (300) 71,73 B 4,18 A Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) - 76,91 B 3,85 A Metribuzin + s-metolachlor (480 + 768) Metribuzin (300) 73,72 B 4,00 A Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) - 71,78 B 3,85 A Sulfentrazone + s-metolachlor (100 + 768) Metribuzin (300) 69,66 B 3,95 A CV (%) 9,16 4,97
ENSAIO 4: SELETIVIDADE DE HERBICIDAS
Cavalieri et al. (2012)
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS A HERBICIDAS
Figura 3. Representação esquemática da mudança genética na população suscetível para uma população resistente, provocada pela pressão de seleção imposta pelo herbicida (Christoffoleti e López-Ovejero, 2008).
Manejo da resistência:
• Prevenção (antes de atingir 20 a 30% da frequência crítica);
• Aplicar herbicidas com diferentes mecânismos de ação:
- Metribuzin (fotossistema II); - Flazasulfuron (ALS); - Trifluralina (divisão celular); - S-metolachlor (divisão celular); - Sulfentrazone (Protox); - Flumioxazin (Protox); - Oxyfluorfen (Protox); - Fomesafen (Protox); - Clomazone? (carotenóides).
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• Conyza bonariensis (buva) – resistência glyphosate;
C. bonariensis Conyza canadensis
• C. canadensis (buva) – resistência glyphosate;
C. sumatrensis
• C. sumatrensis (buva) – resistência múltipla (glyphosate + chlorimuron-ethyl).
Tolerância dependente do estádio de
desenvolvimento
Anual Bianual
MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS A HERBICIDAS
Obrigado! Thank you!
Galinsoga parviflora (botão-de-ouro)
Dr. Sidnei Douglas Cavalieri
[email protected] +55 61 3385-9051