Manual de Tomate

35
1 1.Introdução Dentre as espécies que compoem a família das Solanáceas, neste manual estaremos abordando a cultura do Tomate. A espécie cultivada, Lycopersicon esculentum, originou-se da espécie andina, silvestre - Lycopersicon esculentum var. cerasiforme, que produz frutos tipo "cereja". O centro primário de origem do tomateiro é um estreito território, limitado ao norte pelo Equador, ao sul pelo norte do Chile, a oeste pelo oceano Pacífico e a leste pela Cordilheira dos Andes. Antes da colonização espanhola, o tomate foi levado para o México - centro secundário - , onde passou a ser cultivado e melhorado. Foi introduzido na Europa, através da Espanha, entre 1523 e 1554. Inicialmente, foi considerado planta ornamental, sendo seu uso culinário retardado, pôr temor de toxicidade. Atualmente, o tomate é produzido e consumido em numerosos países, ao natural ou industrializado. O tomate é uma boa fonte de vitaminas e minerais, tais como beta-caroteno (pró- vitamina A) e ácido ascórbico (vitamina C). No Brasil, foi introduzido pôr imigrantes europeus no final do século XIX. A maior parte da colheita nacional destina-se à mesa; porém, a produção destinada às agroindústrias vem crescendo, especialmente na região dos cerrados. Devido à origem próximo à linha do Equador terrestre em altitudes superiores a 1000 m, o tomate adapta-se melhor ao cultivo em clima tropical de altitude, com o das regiões serranas ou de planalto e também em clima subtropical ou temperado, seco e com luminosidade elevada. A tomaticultura é problemática em climas tropicais úmidos. O tomateiro é exigente em termoperiodicidade diária , ou seja, requer temperaturas diúrnas amenas e noturnas menores, com diferença de 6-8 ° C entre elas. No Brasil, sob alt a luminosidade, as temperaturas ótimas são 21-28 ° C, de dia, e 15-20 ° C, de noite, variando em razão da idade da planta e da cultivar. Temperaturas excessivas, diurnas ou noturnas, consistem em fator limitante da tomaticultura, prejudicando a frutificação e o pegamento dos frutinhos. Temperaturas diúrnas amenas favorecem a polinização e a produtividade. Efeito negativo também se observa sob baixas temperaturas, que retardam a germinação, a emergência da plântula e o crescimento vegetativo. A qualidade dos frutos é sensivelmente afetada pela temperatura, especialmente a coloração, e o licopeno - pigmento responsável pela coloração vermelha - tem sua formação inibida sob temperaturas elevadas. Entretanto, nessas condições, continua a formação do pigmento caroteno, conferindo coloração amarelada, indesejável. Tomate cereja - Produtor Orgânico Dário - SP

Transcript of Manual de Tomate

1

1.Introdução

Dentre as espécies que compoem a família das Solanáceas, neste manual estaremos abordando a cultura do Tomate.

A espécie cultivada, Lycopersicon

esculentum, originou-se da espécie andina, silvestre - Lycopersicon esculentum var. cerasiforme, que produz frutos tipo "cereja".

O centro primário de origem do tomateiro é

um estreito território, limitado ao norte pelo Equador, ao sul pelo norte do Chile, a oeste pelo oceano Pacífico e a leste pela Cordilheira dos Andes. Antes da colonização espanhola, o tomate foi levado para o México - centro secundário - , onde passou a ser cultivado e melhorado.

Foi introduzido na Europa, através da Espanha, entre 1523 e 1554. Inicialmente, foi

considerado planta ornamental, sendo seu uso culinário retardado, pôr temor de toxicidade. Atualmente, o tomate é produzido e consumido em numerosos países, ao natural ou industrializado.

O tomate é uma boa fonte de vitaminas e minerais, tais como beta-caroteno (pró-vitamina A) e ácido ascórbico (vitamina C).

No Brasil, foi introduzido pôr imigrantes europeus no final do século XIX. A maior parte da colheita nacional destina-se à mesa; porém, a produção destinada às agroindústrias vem crescendo, especialmente na região dos cerrados.

Devido à origem próximo à linha do Equador terrestre em altitudes superiores a 1000

m, o tomate adapta-se melhor ao cultivo em clima tropical de altitude, com o das regiões serranas ou de planalto e também em clima subtropical ou temperado, seco e com luminosidade elevada. A tomaticultura é problemática em climas tropicais úmidos.

O tomateiro é exigente em termoperiodicidade diária, ou seja,

requer temperaturas diúrnas amenas e noturnas menores, com diferença de 6-8 ° C entre elas. No Brasil, sob alt a luminosidade, as temperaturas ótimas são 21-28 ° C, de dia, e 15- 20 ° C, de noite, variando em razão da idade da planta e da cultivar.

Temperaturas excessivas, diurnas ou noturnas, consistem em fator limitante da tomaticultura, prejudicando a frutificação e o pegamento dos frutinhos. Temperaturas diúrnas amenas favorecem a polinização e a produtividade. Efeito negativo também se observa sob baixas temperaturas, que retardam a germinação, a emergência da plântula e o crescimento vegetativo.

A qualidade dos frutos é sensivelmente afetada pela temperatura, especialmente a coloração, e o licopeno - pigmento responsável pela coloração vermelha - tem sua formação inibida sob temperaturas elevadas. Entretanto, nessas condições, continua a formação do pigmento caroteno, conferindo coloração amarelada, indesejável.

Tomate cereja - Produtor Orgânico Dário - SP

2

A elevada pluviosidade e umidade do ar são muito prejudiciais, favorecendo a ocorrência de doenças fúngicas e bacterianas. O granizo e a geada são também altamente prejudiciais.

No centro-sul do Brasil tem sido praticada a tomaticultura tutorada ao longo do ano,

com melhores resultados em altitudes superiores a 800 m. Em regiões baixas e quentes, a época propícia se restringe aos meses de clima mais ameno, no outono-inverno. Também a cultura rasteira é semeada nesses meses, independentemente da altitude, já que a ocorrência de chuva durante a maturação prejudica a qualidade da matéria-prima.

No período seco (outono - inverno) as temperaturas são propícias, há ausência de chuvas excessivas e o teor adequado de água no solo é assegurado pela irrigação. O controle fitossanitário é facilitado, com menor exigência em pulverizações com defensivos, além de menor incidência de plantas invasoras, reduzindo-se as capinas e outros tratos culturais. Dessas facilidades resulta um custo de produção menor.

No período chuvoso (primavera-verão) a cultura oferece maior desafio, com umidade e temperaturas elevadas, no ar e no solo, o que cria problemas fitossanitários às vezes insolúveis. A maior exigência em pulverização e em tratos culturais onera o custo de produção e dimunui o número de produtores. Também é menor a produtividade e a qualidade dos frutos é precária, frequentemente. Uma alternativa é a produção em cultivo protegido - estufas, as quais protegem a cultura das chuvas, reduzindo problemas fitossanitários. Essas estufas quando possuem sistemas de controle de temperatura e umidade do ar, possibilitam maior produtividade e qualidade dos frutos, contudo aumentando o custo de produção

Estufa com tomate caqui - produtora orgânica Maria Aparecida - PR 2. Características botânicas O tomateiro é uma solanácea herbácea, com caule flexível e incapaz de suportar o peso dos frutos e manter a posição vertical. A forma natural lembra uma moita, com abundante ramificação lateral, sendo profundamente modificada pela poda. Embora sendo uma planta perene, a cultura é anual: da semeadura até a produção de novas sementes, o ciclo varia de quatro a sete meses, incluindo-se 1-3 meses de colheita; em estufa, o ciclo de colheita podem prolongar-se. A floração e a frutificação ocorrem juntamente com o crescimento vegetativo.

3

A planta apresenta dois hábitos de crescimento distintos, que condicionam o tipo de cultura. Assim, o hábito indeterminado é aquele que acontece na maioria das cultivares apropriadas para a produção de fruto para mesa, que são tutoradas e podadas, com caule atingindo mais de 2,5 m de altura. O crescimento vegetativo da planta é vigoroso e contínuo, juntamente com a produção de flores e frutos. O hábito determinado ocorre nas cultivares criadas especialmente para a cultura rasteira, com finalidade agroindustrial. As hastes atingem apens 1 m, apresentam cacho e flores na ponta. Há crescimento vegetativo menos vigoroso, as hastes crescem mais uniformemente e a planta assume a forma de uma moita. As flores agrupam-se em cachos e são hermafroditas, o que dificulta a fecundação cruzada. A planta é normalmente autopolinizada, apresentando baixa incidência de frutos originários de cruzamento, quando são plantadas cultivares diferentes lado a lado. Os frutos são bagas carnosas, suculentas, com aspecto, tamanho e peso variados, conforme a cultivar. Na maioria das cultivares, os frutos são de um vermelho vivo, quando maduros, resultante da combinação da cor da polpa com a película amarela. A coloração vermelha deve-se ao carotenóide licopeno - um agente anticancerígeno, no homem. 3. Cultivares

Atualmente, o lançamento de novas cultivares tornou obsoletas as cultivares tradicionais, uma vez que têm sido desenvolvidas cultivares com resistência genética a uma gama variada de doenças e anomalias. Os problemas fitossanitários são o ponto mais importante na produção de tomate orgânico. O uso de cultivares tolerantes ou resistentes pode propiciar aos produtores uma grande vantagem no manejo de pragas e doenças limitantes.

Houve também a incorporação da característica "longa vida" aos frutos, o que permite que eles sejam colhidos maduros e que se conservem à temperatura ambiente. Criou-se assim, um novo patamar de exigência da parte do consumidor. 3.1 Tomate para mesa A – Caqui

• Carmem: híbrido longa vida, crescimento indeterminado,

rústico, resistência à murcha de verticílio raça 1, murcha de fusário raça 1 e 2 e vírus do mosaico estirpe 1.

• Diana, Monalisa e Sheila (sugestão para teste): híbridos

longa vida, crescimento indeterminado, precoce, resistentes ao vírus do mosaico estirpe 1, murcha de verticílio raça e murcha de fusário raça 1 e 2;

• Raísa N: híbrido longa vida, crescimento indeterminado,

rústico, resistência à murcha de verticílio raça 1, murcha de fusário raça 1 e 2, vírus do mosaico estirpe 1 e nematóide.

• Séculus e Thaty (sugestão para teste): híbridos longa vida, crescimento

indeterminado, rústico, resistência à murcha de verticílio raça 1, murcha de fusário raça 1 e 2 e vírus do mosaico estirpe 1 e ao geminivírus.

4

B – Cereja • Sindy (DRC-110): híbrido longa vida, crescimento

indeterminado, possui baixo índice de frutos rachados, recomenda-se colheita individual, possui resistência ao vírus do mosaico, verticílio, fusário raças 1 e 2 e nematóide.

• Sweet Million: híbrido, crescimento indeterminado,

altamente produtivo, cachos com 40 frutos ou mais. • Renata (DRC 101), Rita (DRC 107) - sugestão para teste: híbridos longa vida,

crescimento indeterminado, pode ser colhido em pencas ou individualmente, resistência ao vírus do mosaico, cladosporium, verticilium, fusárium raças 1 e 2 e nematóride (somente o DRC 101).

C – Italiano

• Andrea:híbrido longa vida, crescimento indeterminado,

resistente à murcha de verticilium, fusário raças 1 e 2 e nematóide.

• Colibri: híbrido, com ampla capacidade de adaptação,

inclusive sob temperatura elevada, resistência ao vírus do mosaico, fusário raças 1 e 2, verticílio, stenfilio e nematóide.

• Sahel: híbrido, ótimo desempenho em regiões quentes e

frias, resistência ao vírus do mosaico, fusário raças 1 e 2, verticílio, stenfilio e nematóide.

• Saladete: híbrido, crescimento indeterminado, precoce,

resistência ao vírus do mosaico, verticílio, fusário raça 1 e 2 e nematóide. • San Marzano: variedade de origem italiana, com plantas vigorosas e frutos tipicamente

alongados, de baixa consistência e ocos, destaca-se pelo excelente sabor.

D - Salada ou Santa Cruz

• Bônus: híbrido longa vida, com crescimento indeterminado, resistência à viroses; e portanto mais indicado para regiões quentes com maior susceptibilidade às viroses.

• Débora: híbrido longa vida, com crescimento

indeterminado, resistência a murcha de verticílio raça I, murcha de fusário raça 1 e 2 e nematóide; tem-se disponível três cultivares Débora VFN, Plus e Max; apresenta suceptibilidade à requeima, possuindo melhor desempenho em regiões quentes e secas.

• Delta: híbrido longa vida, com crescimento indeterminado, com maior resistência à

requeima do que o Débora à requeima, sendo mais indicado para plantio em regiões mais frias e úmidas.

5

3.2 Tomate Industrial

Na escolha de uma cultivar, deve-se levar em consideração as seguintes características:

Ciclo

A maior parte das cultivares listadas nos catálogos das firmas de sementes possuem ciclo de 95 a 125 dias.

Sólidos solúveis

É uma das principais características da matéria-prima. Quanto maior o teor de sólidos solúveis (ou ºBrix), maior será o rendimento industrial e menor o gasto de energia no processo de concentração da polpa. Em termos práticos, para cada aumento de um grau Brix na matéria-prima, há um incremento de 20% no rendimento industrial.

O teor de sólidos solúveis no fruto, além de ser uma característica genética da cultivar, é influenciado pela adubação, temperatura e irrigação. Os valores médios de Brix na matéria-prima recebida pelas indústrias no Brasil têm sido bastante baixos (4,5 ºBrix). Entretanto, existem cultivares que possuem maior potencial genético, apresentando, em determinadas condições, valores próximos de 6,0 ºBrix .

Viscosidade aparente ou consistência

É um fator importante de qualidade dos produtos industrializados (sucos, catchups, molhos, sopas e pastas) e mede a resistência encontrada pelas moléculas ao se moverem no interior de um líquido. Nos produtos derivados de tomate mede-se, na verdade, a "viscosidade aparente" ou consistência. Embora o teor de sólidos afete diretamente o rendimento da produção de derivados de tomate, algumas indústrias preferem matéria-prima com maior consistência, mesmo que seja em detrimento de altos teores de sólidos, para se ter um produto final de qualidade superior.

Coloração

A cor é um parâmetro essencial para classificar o produto industrializado. O fruto deve apresentar cor vermelha-intensa e uniforme, externa e internamente. Acidez Além de influenciar no sabor, a acidez da polpa interfere no período de aquecimento necessário para a esterilização dos produtos. Em geral, é desejável um pH inferior a 4,5 para impedir a proliferação de microrganismos no produto final. Valores superiores requerem períodos mais longos de esterilização, ocasionando maior consumo de energia e maior custo de processamento.

Acidez total

Mede a quantidade de ácidos orgânicos (acidez total) e indica a adstringência do fruto. Como o pH, a acidez total influencia o sabor. Esse parâmetro é expresso em concentração de ácido cítrico. Frutos apresentando valores de ácido cítrico abaixo de 350 mg/100g de peso fresco requerem aumento no tempo e na temperatura de processamento, para evitar a proliferação de microrganismos nos produtos processados.

6

Firmeza

A firmeza do fruto confere resistência a danos durante o transporte, que comumente é feito a granel.

Concentração de maturação

Com a utilização da colheita mecanizada, a concentração da maturação dos frutos tornou-se uma característica importante a ser considerada na escolha da cultivar. A concentração de maturação também é influenciada pelas condições climáticas, teor de umidade no solo e época de paralisação da irrigação.

Resistência a doenças

As cultivares devem apresentar tolerância ou resistência ao maior número de doenças possíveis, principalmente as de difícil controle, tais como: murcha-de-fusário, mancha-de-estenfílio, pinta-bacteriana, mancha-bacteriana, murcha-de-verticílio, nematóides, tospovírus, geminivírus, etc.

A maioria das cultivares plantadas no Brasil possui resistência pelo menos ao fusário, ao verticílio e aos nematóides. A resistência a nematóides é uma característica bastante importante, principalmente em regiões mais quentes e com solos arenosos.

A tolerância à Xanthomonas campestris pv. vesicatoria (mancha-bacteriana) é uma característica bastante desejável. As novas cultivares, embora possuindo resistência à pinta-bacteriana, quando cultivadas sob condições de precipitação pluvial elevada e irrigação por aspersão, sofrem grande desfolhamento por causa do ataque da mancha-bacteriana. Tolerância aos isolados de Xanthomonas campestris pv. Vesicatoria, presentes na Região Centro-Oeste, tem sido observada na cultivar Ohio 8245.

Retenção de pedúnculo

Em algumas cultivares, o pedúnculo não se destaca facilmente da planta por ocasião da colheita devido à ausência de uma camada de abcisão no mesmo. Nessas cultivares, o pedúnculo permanece aderido à planta quando o fruto é destacado, facilitando a operação de colheita manual e evitando o trabalho de remoção dos pedúnculos na linha de processamento.

Formato e tamanho do fruto

Dependendo do tipo de produto processado a que se destina o tomate, existe certa preferência por determinados formatos de fruto. As cultivares com frutos do tipo periforme e oblongos são as preferidas para produção de frutos pelados inteiros e também para produção de tomate em cubos. Para produção de polpa concentrada o formato não é relevante. A forma dos frutos é importante na caracterização de cultivares.

Cultivares com frutos muito pequenos, menores que 3 cm de diâmetro, não são recomendadas, por ocasionarem menor rendimento durante o processo de colheita.

7

Tabela 1. Características de algumas das principais cultivares a híbridos de tomate para processamento industrial que estão sendo plantados e/ou testadas no Brasil.

IPA-6

120 a 125

1

5,0 a 5,5

Fol-1 Fol-2 N

IPA

Viradoro

100 a 120

2

4,4 a 4,8

Ve-1 Fol-1 N St VC

Embrapa/ IPA

Ap533

115 a125

2

5,0 a 5,5

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst

Seminis

Heinz 9553

110 a 120

2

4,9 a 5,1

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N St

Heinz

Heinz 9665

120 a 125

1

4,9 a 5,1

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst St

Heinz

Heinz 9992

100 a 120

1

5,0 a 5,3

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst Cmm

Heinz

H 7155N

100 a 110

2

4,5 a 5,0

Ve-1 Fol-1 N

Heinz

Hypeel 108

120 a 125

2

5,0 a 5,4

Ve-1 Fol-1 Fol-1 N Pst

Seminis

Malinta

110 a 120

1

4,8 a 5,5

Ve-1 Fol-1

Sakata

Calroma

110 a 120

2

4,3 a 4,6

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst

United Genetics

RPT1570

100 A 115

2

5,0 a 5,5

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst

Rogers

Calmazano

120 a 122

2

4,3 a 4,6

Ve-1 Fol-1 Fol-2 N Pst

United Genetics

(*) ICM = Índice de concentração de maturação de frutos (1 = alta concentração; 4 = baixa concentração; Ve-1 = Resistência a Verticillium raça 1; Fol-1 = Resistência a Fusarium raça 1; Fol-2= Resistência a Fusarium raça 2; N = Resistência a Nematóides spp.; St = Resistência a Stemphyllum spp.; Pst = Resistência a Pinta-bacteriana (Pseudomonas syringae pv. tomato); Cmm = tolerância a cancro bacteriano (Clavibacter michiganense); VC = Resistência ao vira-cabeça.

8

4. Produção de sementes A produção de sementes de tomate não é uma prática muito comum em variedades

para mesa e sim para as variedades destinadas à indústria, uma vez que as características comerciais requeridas em tomates para mesa como "longa vida", somente ocorrem nos híbridos, os quais não são adequados para multiplicação de sementes.

• Variedades: Bocaina, IAC Santa Clara, Roquesso e San Marzano (para mesa) e

IPA-5, IPA-6 e Rio Grande (para indústria).

• Espaçamento: 1 x 0,7 m.

• Épocas de semeadura: recomenda-se de fevereiro-março, ou o ano todo em regiões com temperaturas diurnas entre 21 e 28° C e noturnas entre 15 e 20°C.

• Preparo do solo e manejo orgânico: igual ao recomendado nos capítulos

posteriores. • Colheita dos frutos: marcar as melhores plantas pela produtividade, qualidade dos

frutos e resistência a doenças. A colheita inicia-se aos 85 dias da semeação ou aos 50 dias da floração e dura de dois a três meses. Os frutos devem ser colhidos quando se apresentarem vermelhos, ou seja, bem maduros.

• Extração de sementes: os frutos selecionados são cortados ao meio e, com o

auxílio de uma colher de café, retiram-se as sementes juntamente com a substância gelatinosa. Deixa-se o material fermentar, naturalmente, num recipiente de louça ou de plástico pôr, no máximo, dois dias. Em regiões com temperatura elevada, bastam 24 horas de fermentação. Não usar latas ou vasilhas de ferro, pois

9

o suco ácido do tomate ataca o material e as sementes ficam escuras. Para que a fermentação seja uniforme, as sementes são lavadas com o auxílio de uma peneira de crivos finos (malha 20), para retirar a mucilagem restante; a seguir são espremidas com as mãos para retirar o excesso de umidade e colocadas para secar à sombra.

• Armazenamento: após a secagem, as sementes devem ser acondicionadas em saquinhos de papel e mantidas em local sem umidade, ou em recipientes de vidro, bem fechadas, os quais podem ser guardadas em geladeira ou em local seco.

• Isolamento: sendo uma espécie predominantemente de autopolinização, a taxa de

cruzamento com outras variedades é baixa. Pôr isso, o isolamento varia de 50-100 m, apenas para evitar a mistura mecânica entre sementes de variedades diferentes.

10

5. Semeadura 5.1. Sementes de Tomate

Priorize utilizar sementes orgânicas, e preferencialmente próprias. Contudo, existe uma raríssima oferta de semente de tomate orgânica no mercado e que deve ser testada na sua região. A Isla comercializa sementes de tomate orgânico italiano cultivar San Marzano.

Não havendo sementes orgânicas disponíveis, utilize sementes convencionais não tratadas quimicamente.

No sistema orgânico é proibido o uso de sementes convencionais com tratamento de agrotóxicos ou transgênicas. O uso de sementes convencionais com tratamento de agrotóxicos poderá ser autorizada pela Certificadora, no caso da não disponibilidade de sementes orgânicas ou não tratadas verificada pelo produtor.

5.2 Semeadura de Tomate • Semeadura direta A semeadura em linha diretamente sobre o terreno, pôr meio de semeadeiras, tem sido o método utilizado em culturas rasteiras com finalidade agroindustrial. Este método tem com desvantagem o elevado gasto em sementes: 400 gramas a 3 kg pôr hectare, dependendo da precisão da semeadeira utilizada, além disso a cultura tem todo seu ciclo no campo, dificultando os tratos culturais iniciais (capina, irrigação e pulverização), exigindo-se o desbaste das plantinhas em excesso - operação manual difícil e onerosa. A principal vantagem da semeadura direta é a ausência de danos às raízes, dificultando a penetração de doenças de solo, além disso causa o aprofundamento das raízes, resultando em melhor aproveitamento da água e nutrientes; a semeadura direta e mecânica também representa sensível economia de mão-de-obra, reduzindo o custo de implantação; finalmente ocasiona a precocidade na colheita. • Semeadura em bandejas

Este método é amplamente

empregado para produção de tomate para mesa. È um método bom , pois quase não provoca danos às raízes, dificultando a ocorrência de doenças de solo como fusário e verticílio. Também se ganha precocidade. Outra vantagem deste método é que cada grama de semente rende maior número de mudas em condições de plantio, o que permite melhor aproveitamento de sementes híbridas, de alto valor genético, porém de custo elevado.

Normalmente, gastam-se 80-120 gramas de sementes pôr hectare. As bandejas ficam até o transplante para o campo, em estufas com cobertura de plástico transparente, o que possibilita maior controle das condições climáticas.

11

Viveiro de Mudas Orgânicas - Produtor José Messias - SP No caso de semeadura em bandejas: - Use bandeja de isopor com 128 células. - Preencha as células com o substrato de forma bem homogênea, deixando-o “afofado”

mas firme. - Plante de uma a duas sementes por célula - Se for usar algum híbrido, use apenas uma semente pois costumam ser caros. - Irrigue todos os dias, mantendo o substrato úmido. - No momento em que as raízes estiverem com o torrão formado ela deve ir

imediatamente para o campo (20-30 dias no verão e 30-45 dias no inverno, após a semeadura), porque se atrasar na bandeja, danifica as raízes e a produção é prejudicada.

Receita de substrato orgânico para tomate:

7 litros de composto ou húmus peneirado 3 litros de vermiculita ou casca de arroz queimada

100 gramas de farinha de ossos ou termofosfato yoorin 100 gramas de cinza 10 g de trichoderma

6. Escolhendo a Área para o Plantio

Preferir as áreas com as seguintes características: - se a área é protegida de ventos fortes e frios - se é exposta ao sol durante todo o dia - não deve ser em baixadas, pois esse tipo de terreno é muito encharcado - deve-se dar preferência a solos de textura média (areno-argilosos) e com boa

drenagem - não deve ser plantado em rotação com culturas que receberam muito esterco - a rotação de culturas é indispensável, recomenda-se plantar tomate após rotação com

gramíneas, especialmente pastagens, numa rotação longa; ou a rotação com cana

12

durante 5 anos; ou ainda uma rotação com cereais com função econômica e adubação verde, como milho, sorgo, aveia e centeio; após a devida correção de acidez e teores de fósforo

- a rotação com outras culturas (não solanáceas) durante três a cinco anos, pelo menos, é uma medida de controle fitossanitário eficiente.

Importante:

- Evite plantar mais de um lote na mesma área, pois assim previne-se a propagação de eventuais doenças e pragas para os lotes mais novos. - Não plante próximo a culturas que favoreçam o aparecimento de pragas (berinjela, jiló, pepino, quiabo...). - Caso não seja possível separar os lotes na mesma área, plante duas linhas de milho para separar os lotes de idade diferente.

Produção de tomate orgânico - Prod. Severiano Pereira- SP - Escolher áreas de encosta e de

preferência face Norte ou Nordeste, Noroeste não é adequada e Sul é inviável.

7. Correções de acidez e fósforo

Após a análise de solo realize, segundo as orientações técnicas do Agrônomo responsável, as correções abaixo relacionadas, antes da adubação verde ou pelo menos 2 meses antes do plantio do tomate:

- Correção dos níveis de fósforo: só aplicar se o teor de P2O5 estiver menor do que 80

ppm e no máximo 1 tonelada/hectare de termofosfato magnesiano ou farinha de ossos. Havendo necessidade de calagem, fazer a fosfatagem primeiro com pelo menos 30 dias de antecedência.

- Correção da acidez (Ph): só aplicar calcário se o pH em CaCl estiver menor do que 4 e

utilizar no máximo 1 tonelada/hectare. 8. Utilização de Adubos Verdes antes do Plantio A adubação verde é importante pois além de melhorar muito a estrutura do solo, equilibra os teores de nitrogênio do solo, evitando excessos para a planta. Adubos verdes recomendados antes do plantio de tomate:

13

A massa verde formada, deverá ser incorporada ao solo com 120 dias após o plantio, ou seja, na fase de florescimento.

9. Correção de matéria orgânica Em áreas novas, após adubação verde com gramíneas, e 30 dias antes do plantio, fazer uma "compostagem superficial ", ou seja, roçar as gramíneas, aplicar 1 litro/m² de cama-de-frango ou 2 litros/m² de esterco curtido de vaca, sobre a palhada e pulverizar calda de EM sobre tudo. Incorporar imediatamente com grade ou enxada rotativa. Produção de Composto - Natural Art Ins.

Caso não tenha sido possível fazer adubação verde antes do plantio de tomate, se o teor de matéria orgânica na análise de solo estiver menor do que 2% utilizar 4 litros de composto pôr m² distribuídos em área total.

Em áreas com manejo orgânico há mais de 1 ano, com acidez e fósforo corrigidos,

após adubação verde com gramíneas e com teor de matéria orgânica maior do que 2,5%, não há necessidade de correção adicional de matéria orgânica.

10. Preparo do Solo O preparo do solo tem como principal objetivo deixar o solo em condições favoráveis para a semeadura ou transplante e desenvolvimento das mudas. Portanto deve ser feito de forma cuidadosa, de acordo com a área que se está trabalhando. Os processos de subsolagem e gradagem irão depender das condições da área. Na cultura rasteira ou tutorada, recomenda-se o plantio em canteiros, o qual favorece os tratos culturais e a colheita. Neste caso, lenvantar os canteiros com a roto-encanteiradeira, deixando os canteiros prontos pelo menos 15 dias antes do plantio. 11. Montagem dos canteiros para tomate Os canteiros devem ser projetados sempre em nível.

Espécies Kg de semente por 500 m² Esp. entre linhas Plantio Aveia preta 3,5 20 Cm Mar a Mai

Centeio 3,5 20 Cm Mar a Mai Milho 1 100 Cm Set a Dez Sorgo 0,5 80 Cm Set a Dez

14

Distribuir a adubação de plantio de forma homogênea sobre o canteiro, cuja dosagem deverá ser confirmada pelo seu agrônomo de acordo com as suas condições de solo:

• Adubação de plantio :

300 gramas/m² de canteiro ou 100 gramas/cova de bokashi 1

A incorporação da adubação de plantio

poderá ser feita manualmente ou mecanizada (repassando a roto-encanteiradeira) . Preparo do solo - Estufa Issamu Higa - PR

12. Utilização de Cobertura Morta

Para conservar a estrutura e a fertilidade do solo devermos mantê-lo sempre coberto com vegetação ou cobertura morta (palha ou plástico).

A desvantagem da cobertura plástica em relação à palha é que esta facilita a infiltração da água, beneficia a ventilação do solo, ao mesmo tempo fornece matéria orgânica para a microvida do solo. 12.1. Cobertura com palha

A cobertura com palha é recomendada para locais de face Norte ou Nordeste, que recebam bastante sol. Para cobertura com palha pode-se utilizar palhas de gramíneas picadas. 12.2. Cobertura com plástico

O plástico é mais recomendado para regiões úmidas onde o manejo do mato e preparo do solo é mais difícil.

A utilização do plástico oferece diversas características físicas, biológicas e estruturais vantajosas para a produção de tomate.

O uso do plástico prata-preto, confere uma série de vantagens:

- A incidência de viroses é reduzida - A luz refletida repele insetos transmissores de doenças (pulgões e trips) - A qualidade dos frutos torna-se maior, já que não existe o contato com o solo - O teor de umidade adequado é mantido no solo Dica: Para que a aplicação do plástico seja feita de forma adequada, os canteiros devem ser deixados arredondados, caso contrário, o ar que fica dentro do plástico queimará a muda.

Esticando o Plástico

15

Esse processo é bem trabalhoso, apesar de não ser complicado, e deve ser realizado com cuidado, já que o plástico tem um custo considerável. Instale a irrigação - Irrigue o canteiro antes de esticar o plástico - Para esse procedimento prefira os dias com temperaturas mais quentes - Evite esticar o plástico em dias com ventos muito fortes

- Prenda uma das extremidades do plástico com bambu ou arame, e comece a desenrolar o plástico

A cada dois metros, prenda os dois lados do plástico com ferrinhos, arames ou bambu. Marcação e Perfuração do Plástico Antes de furar, o plástico deverá ser marcado com o espaçamento adequado a cultivar escolhida. A perfuração poderá ser feita através de uma lata de ferro adaptada na ponta de um maçarico, e deverá ser desligado/ligado freqüentemente, para que não esquente muito, mas apenas o suficiente.

13. Espaçamentos

Os espaçamentos a serem utilizados vão variar muito em relação a cultivar escolhida e à qualidade do solo.

16

Com canteiro: - Tomate caqui ou italiano: 1,4 x 0,40 m (1 linha/canteiro) - Tomate cereja ou industrial ou salada: 1,4 x 0,30 m (1 linha/canteiro) - Tomate industrial: 0,90 x 0,50 x 0,30 m (2 linhas/canteiro) Sem canteiro: - Tomate industrial: 1,5 x 0,20 m. 14. Transplante de mudas de tomate - umedeça as mudas antes de transplantá-las a campo (facilita a retirada do torrão da

célula sem despedaçá-lo). - irrigue o canteiro com o plástico, antes do transplante ou da semeadura. - transplante uma planta por cova. - Irrigue após o transplante da muda duas a três vezes ao dia, até o seu pleno

estabelecimento em campo.

15. Irrigação do tomate

A irrigação influencia a produtividade e a qualidade dos frutos, inclusive a redução de anomalias fisiológicas. As raízes necessitam encontrar um teor mínimo de 80% de água útil no solo, ao longo do ciclo da cultura, inclusive durante a colheita.

No caso de semeadura direta, a germinação da semente ocorre, no entanto, com o solo em "ponto de murcha", uma razão à sua adaptação à esse sistema de plantio.

Também na fase inicial a necessidade de água é pequena, aumentando substancialmente durante a fase de vegetação e frutificação, que ocorrem simultaneamente.

Em culturas destinadas à produção de frutos para mesa, irriga-se até o fim da colheita; em plantios agroindustriais, suspende-se a irrigação dias antes da completa maturação dos frutos, para que se eleve o teor de sólidos solúveis.

Tomatais tutorados, no campo, têm sido irrigados com gotejamento com bons resultados.

Extensas culturas rasteiras são irrigadas pôr aspersão, embora haja um sério inconveniente de deixar a planta susceptível à doenças foliares.

Após o estabelecimento da muda em campo, parar a irrigação pôr até 7 dias para forçar o aprofundamento do sistema radicular.

Irrigação pôr gotejamento - Produtor Orgânico Issamu Higa - PR

Em seguida, realizar irrigação 2 a

17

3 vezes pôr semana (40 minutos pôr vez - aspersão ou 3 vezes de 20 minutos - gotejamento) conforme avaliação da necessidade, através da observação da umidade do solo, verificando as raízes menores, que devem estar ativas (com terra grudada), sinalizando uma boa umidade no solo.

16. Adubação de Cobertura

A adubação de cobertura deverá ser realizada após a identificação da sua

necessidade depois de uma avaliação a campo feita conjuntamente com seu agrônomo. Em tomateiro rasteiro, com fins industriais, normalmente não se faz adubação de

cobertura. Normalmente, utiliza-se para tomateiro estaqueado:

- 50 gramas de bokashi 1 / planta a cada 15 dias, a p artir do transplante das

mudas até a primeira colheita, cuja continuidade d ependerá de avaliação da necessidade.

Em condições de clima quente e as

plantas apresentando deficiência de Nitrogênio, adicionar 25 gramas/planta de torta de mamona ou 100 gramas de cama-de-frango junto com o Bokashi 1. Tomateiro com sintoma de deficiência de Nitrogênio ou Excesso de potássio : plantas inteiramente amareladas, com poucas folhas duras e com as bordas voltadas para cima. Os frutos podem apresentar podridão apical.

Observação de raízes - Eng. Agr. Luiz G. Carvalho Santos

18

Em condições de entrada de frente fria com chuva,

a qual promove a disponibilização temporária excessiva de Nitrogênio, e pôr sua vez a deficiência de Potássio, fazer aplicação de biofertilizante puro direto no pé da planta: • 10 ml/planta de Bio 09 semanal, o qual pode ser

aumentado progressivamente até 60 ml/planta, até o desaparecimento do sintoma de deficiência de potássio. Também pode ser feita via fertirrigação.

Tomateiro com sintoma de deficiência de Potássio e excesso de Nitrogênio : plantas com excessivo crescimento vegetativo, estioladas, folhas com as bordas voltadas para baixo e moles. Nessa condições a planta fica suceptível a ocorrência de pragas e doenças foliares. Também ocorrem frutos ocados e/ou com podridão apical. 17. Adubação foliar As adubações foliares têm pôr objetivo complementar nutricionalmente as plantas, principalmente em solos de pouco tempo de cultivo orgânico, além disso, o fornecimento adicional de micronutrientes aumenta muito a resistência das plantas a viroses. Recomenda-se pulverizar preventivamente: - Bio 08 (1 litro) + CaB2 (100 ml)/ 20 litros de água em uma semana e na outra Bio

8 + Nitrex - MS3 (100 gramas)/20 litros de água.

Em caso de constatação de desequilíbrios nutricionais:

• Deficiência de Nitrogênio ou Excesso de potássio : neste caso substituir o Bio 8 pôr Bio 5 ou Supermagro , acompanhado de complentação de adubação de cobertura com fontes de Nitrogênio, até o desaparecimento dos sintomas.

• Excesso de Nitrogênio e Deficiência de Potássio : neste caso manter o Bio 8

acompanhado de complementação de aplicação de Bio 9 diretamente no pé da planta com pulverizador manual ou fertirrigação, até o desaparecimento dos sintomas.

• Deficiência de Cálcio: pode ser induzida pelo desequilíbrio de Nitrogênio (excesso)

ou Potássio (excesso), bem como falta de água no solo. Inicialmente deve-se promover o reequilíbrioda planta em Nitrogênio e Potássio e água. Caso não desapareçam os sintomas, pode-se complentar pulverizando-se a cada 3 dias cálcio

19

quelatizado (30 gramas)/20 litros de água dirigidos o jato às pencas e não às folhas e/ou via fertirrigação aplicar 3 ml/lplanta de CaB2, até o desparecimento dos sintomas.

Sintomas de deficiência de Cálcio nos frutos.

• Deficiência de Fósforo: a planta

apresenta desenvolvimento geral prejudicado, com redução na sua longevidade. O principal sintom são a haste e as folhas do ponteiro arroxeadas. Deve-se neste caso manter o Bio 08 foliar e complementar com a aplicação de 20 ml/planta de Bio 08 puro diretamente no pé da planta com pulverizador manual ou via fertirrigação.

• Deficiência de Magnésio: a planta apresenta

manchas amareladas entre as nervuras das folhas, que iniciam-se de baixo para cima, chamado popularmente de "amarelo - baixeiro". Pode-se corrigir com a pulverização foliar de Sulfato de Magnésio (30 gramas/ 20 litros de água) semanal, até o desaparecimento dos sintomas.

• Deficiência de Boro: as folhas ficam com desenvolvimento prejudicado e amareladas

da base para a ponta. Nos frutos, ocorre a exposição da placenta, chamado de "lóculo aberto". Algumas cultivares são mais predispostas à ocorrência de lóculo aberto, como as do tipo Caqui. Previne-se com a aplicação semanal de CaB2 junto com o Bio 08, e se necessário complementar com a aplicação adiconal de 30 gramas de Bórax junto com o Bio 08 + CaB2.

20

Sintomas de deficiência de Boro nas folhas e nos frutos.

• Deficiência de Zinco: Ponteiros ficam

"engruvinhados" e deformados. Também pode ocorrer a diminuição excessiva da distância de entre nós nas plantas. Pode-se corrigir o problema, com a aplicação semanal de Sulfato de Zinco (30 gramas/ 20 litros de água), até o desaparecimento dos sintomas.

18. Estaqueamento do Tomateiro

O caule flexível do tomateiro somente se mantém na vertical se amarrado a um suporte. As cultivares com hábito de crescimento indeterminado precisam ser tutoradas.

A condução do tomateiro pode ser realizada de duas formas distintas: A – Cerca Cruzada

A cerca cruzada é utilizada quando se desejam 2 linhas por canteiro. 1) Faça buracos fundos com uma

cavadeira e finque os esteios;

21

2) Escore os esteios, para deixá-los mais firmes;

3) Coloque os esteios num

espaçamento de, no máximo, 10 metros.

4)Estique bem o arame, amarrando-o nos esteios.

5) Coloque bambus de tutoramento ao pé das plantas, dois a dois, de forma inclinada, encostados no arame.

6) Prenda os bambus ao fio com pedaços de arame, ou travas de bambu, de modo que formem um “V” invertido.

7) Faça o amarrio das plantas, ele deverá ser feito em formato de “oito”. Cuidado para não machucar o caule. B – Tutoramento com Fitilho O modo de tutoramento por fitilho é utilizado para apenas uma linha de plantas por canteiro.

22

- finque dois esteios nas extremidades de cada canteiro. (para distâncias superiores a 10m, utilize suportes para dar uma maior sustentação à cultura) - estique um fio de arame N°14, a uma distância de 1,8 metros do solo. - paralelo ao primeiro fio, estique um outro N°20, a uma distância de 20 cm do solo.

Tomate tutorado com fitilho - Produtor Orgânico Severiano - SP

- amarre os fitilhos nos arames, segundo o espaçamento da cultura. - vá enrolando a planta no fitilho, na medida em que for se desenvolvendo.

Tomate tutorado com fitilho - Produtor Orgânico Issamu - PR 19. Podas: Desbrota e Capação A cultura tutorada é exigente em alguns tipos de poda, que promovem melhor equilíbrio entre a vegetação e a frutificação, aumentam o tamanho e melhoram a qualidade de frutos destinados à mesa. As podas são praticadas em cultivares de crescimento "indeterminado", conduzidos com tutoramento. Aquelas com crescimento "determinado", em cultura rasteira com finalidade agroindustrial, não são podadas. A "Desbrota" consiste no arranque frequente e sistemático dos brotos laterais, puxando-se e quebrando-se tais brotos manualmente, logo que apresentem comprimento suficiente para serem agarrados. O corte com canivete,ou com a unha, dissemina bacterioses e viroses, não devendo ser praticado. A "Capação" é o corte do broto terminal da haste, sustendo-se o crescimento vegetativo e diminuindo o número de cachos. Portanto, há redução no número de frutos produzidos, porém aqueles já formados desenvolvem maior tamanho e peso unitários.

23

Caso hajam falhas no canteiro, deixe a planta ao lado com 2 hastes para compensar a falha; neste caso deixar desenvolver o primeiro broto acima da primeira penca.

20. Capina

Na fase inicial da cultura, após o transplante ou emergência o tomateiro é especialmente sensível à concorrência pôr parte das plantas invasoras. No cultivo com uso de cobertura morta, deve-se retirar o excesso de mato próximo ao tomateiro com a mão e apenas roçar as ruas entre as linhas de plantio ou canteiros.

21. Manejo Orgânico de Pragas e Doenças

Através do equilíbrio obtido com o manejo orgânico, o nível de incidência das principais pragas e doenças no tomate tem diminuído muito, não proporcionando danos econômicos significativos. Principais Pragas Lagarta Rosca e Formiga Lavapés

A lagarta rosca é responsável pelo corte de plântul as recêm germinadas ou transplantadas e assim a ocorrência de falhas no st and.

24

As formigas lava-pé são responsáveis pôr danos no s istema radicular e hastes de plantas novas.

Para o controle, coroe as plantas com 10g de calcário de conchas ou cinza, e no

dia do transplante e uma semana após, faça uma pulverização com: Dipel – 60 g em uma bomba de 20 litros. Vaquinha , Pulgões , Mosca Branca e Trips

As vaquinhas são responsáveis pôr danos nas

folhas, caule e frutos . Para vaquinha, em áreas pequenas pode-se distribuir armadilhas com uma cucurbitácea atrativa a "cabaça" ou "purunga", as quais podem ser destruídas após ficarem cheias do inseto. Pode-se também repelí-las com a elaboração de um nosódio. Como também bater-se 100 vaquinhas/1 litro de água no liquidificador, coar e diluir em 20 litros de água e pulverizar imediatamente.

Pulgões, mosca branca e trips são responsáveis pel a transmissão de

viroses . Deve-se utilizar preventivamente placas adesivas coloridas para diminuir ou

monitorar a ocorrência dessas pragas. Existem colas entomológicas no mercado as quais são utilizadas para pincelar as placas adesivas.

Placas azuis normalmente atraem trips.

Placas amarelas atraem vaquinhas e mosca branca.

Para o controle, em caso de clima seco, utilize:

Extrato de pimenta do reino + extrato de alho – 200 ml de cada em 20 litros de água ou óleo de neem - 150 ml pôr 20 litros de água .

25

Ou em caso de clima úmido:

Metarril + Boveril – 60 g de cada em uma bomba de 2 0 litros. Traça do tomateiro

A traça do tomateiro é responsável pôr danos nos ponteiros do tomateiro e nos frutos. Para seu controle, pode-se fazer o controle biológico com a soltura do micro himenoptero Trichograma, o qual parasita o ovo da traça.

O controle biológico também é feito com a pulverização de Dipel (60 gramas ou 20ml/ 20 litros de água) nas horas em que o adulto sobrevoa a lavoura, que ocorre das 13:00 as 15:00 horas. Broca dos Frutos

É a principal responsável pôr

prejuízos econômicos nos frutos. O seu controle ou monitoramento

pode ser inciado com a instalação na lavoura de armadilhas luminosas, que capturam os adultos.

Após o início da florada, utilize

Dipel (60 g ou 20 ml/ 20 litros) , conforme a incidência da praga. Principais Doenças Requeima

A requeima provoca graves danos folhas, frutos e hastes das plantas.

26

È uma doença fúngica, o qual se manifesta em condições de baixa temperatura e alta umidade do ar. Em caso de conhecimento antecipado da previsão do tempo, deve-se pulverizar preventivamente Rocksil (100 gramas/20 litros de água) .

A planta fica mais suceptível quando encontra-se com excesso de Nitrogênio . O

seu controle consiste inicialmente em equilibrar a planta nutricionalmente com adubação de cobertura e/ou foliar apropriada , já recomendada anteriormente. Até a planta equilibrar-se nutricionalmente e/ou as condições climáticas melhorarem, deve-se paralisar o desenvolvimento da doença com pulverização com intervalos de 7 dias, com:

Calda Bordaleza com pH 8 (100 gramas)/20 litros de água

Pinta Preta

A pinta preta provoca graves danos folhas, frutos e hastes das plantas.

È uma doenças fúngica que ocorre em condições de temperatura e umidade do ar elevadas. A planta com excesso de Nitrogênio também fica suceptível a ocorrência de pinta preta. Sua prevenção e controle são idênticos ao recomenda do para Requeima . Septoriose

É uma doenças fúngica que provoca

desfolha no tomateiro.

Esta doença sempre inicia nas folhas inferiores, e o ataque normalmente, se restringe a elas. È doença que ocorre sob temperatura e umidade do ar elevadas , sendo mais comum no verão.

O uso de cobertura morta nos canteiros reduzem muito a doenç a, uma vez que impede o respingo de chuva com terra, o qual predispoem as folhas baixeiras à doença.

A planta com excesso de Nitrogênio também fica suceptível a ocorrência de pinta preta. Sua prevenção e controle são idênticos ao recomenda do para Requeima .

27

Viroses

As viroses provocam o subdesenvolvimento das planta s, danos nas folhas e frutos.

As viroses são transmitidas pelos mosca branca, pulgões e trips, portanto para

controlar as viroses, controle desses vetores , com os tratamentos já indicados anteriormente.

Também deve-se acrescentar micronutrientes junto com a aplicação de

biofertilizantes, conforme recomendado no item Adubação foliar. A virose conhecida como Vira-Cabeça , pode ser controlada preventivamente com

a pulverização 2 vezes/ semana desde a fase de muda até a capação com Extrato de Primavera ou Maravilha. 22. Anomalias fisiológicas

Podridão Apical É a anomalia mais comum, especialmente em

frutos do tipo Salada ou Santa Cruz. A causa básica é a carência localizada de Cálcio (Ca) no tecido da porção estilar do fruto. O desequilíbrio nutricional excesso de Nitrogênio ou Potássio, ou concentração excessiva de sais no solo, ou deficiência hídrica, além da predisposição de algumas cultivares contribuem para a ocorrência da anomalia.

Dessa forma, medidas preventivas objetivando aumentar a concentração de Cálcio no solo e sua disponibilidade para a planta devem ser adotadas. Entre elas temos:

- Utilizar cultivares com resistência à anomalia; - Fazer a correção do solo com calcário antes do plantio; - Fazer adubação equilibrada; - Manter um teor adequado de água junto às raízes, controlando a irrigação; Medidas curativas consistem em fazer pulverização foliar conforme recomendado

anteriormente, quando os frutinhos da primeira penca apresentarem o sintoma inicial.

28

Lóculo aberto

Esta doença se restringe, em condições de campo, aos frutos de tomate tipo Caqui, e quanto maiores os frutos maior a incidência da doença. A ocorrência, em tomateiros tutorados e podados, é mais frequente nas duas primeiras pencas - justamente aquelas mais produtivas.

Trata-se de uma anomalia desafiadora, cujas causas não estão ainda bem determinadas pelos pesquisadores. A carência de Boro é uma das causas mais frequentes apontadas, dada a sua elevada exigência em cultivares do tipo Caqui.

Outros apontam a causa da anomalia com a ocorrência de baixas temperaturas durante o desenvolvimento da muda, três semanas antes da abertura da flor e durante a formação dos frutinhos.

Dessa forma além de utilizar cultivares com resistência á anomalia, deve-se fazer a correção de boro no plantio com 2 gramas de bórax/planta, constando-se em análise de solo a sua deficiência, ou com pulverizações foliares conforme já recomendado anteriormente. Frutos ocados

A formação de frutos de tomate que apresentam espaços no interior é ocasionada pôr excesso de Nitrogênio e/ou deficiência de Potássio. Também temperaturas extremas - calor e frio - impedem a boa formação interna do fruto, bem como falta de luminosidade adequada. Teores extremos de água no solo também predispoem a planta a essa anomalia.

Adubações de plantio, cobertura e/ou foliar a fim de equilibrar o Nitrogênio e o

Potássio conforme já recomendado anteriormente são medidas de controle. Além disso manter a cultura com irrigação adequada.

Frutos rachados Flutuações acentuadas no teor de água no solo ocasionam variações na turgescência, provocando rachaduras radiais e concêntricas nos frutos. Tais alterações repentinas são comuns durante a primavera -verão, quando a um período seco seguem-se chuvas torrenciais.

O uso de cultivares resistentes á rachadura e a munutenção de um teor de água favorável e constante no solo pelo controle da irrigação são medidas de controle. Frutos com escaldadura A escaldadura ocorre quando o fruto é exposto diretamente à luz solar intensa, próximo à colheita, e a região afetada torna-se esbranquiçada e enrugada.

29

A desfolha intensa provocada pôr doenças ou pragas, contribui para expor os frutos. O controle consiste em equilibrar a planta nutricionalmente a fim de manter uma boa quantidade de folhas para proteger os frutos e menor predisposição á ocorrência de pragas e doenças. Queda de Flores e Frutos Numerosos fatores ocasionam a queda de flores e frutos ainda em formação. A temperatura noturna elevada é um deles, ocasionando baixa produtividade durantes o verão, em localidades de baixa altitude. Também carências ou desequilíbrios nutricionais, doenças fúngicas e bacterianas, bem como insetos, contribuem para a perda de flores e frutos. O fornecimento de Nitrogênio interfere na floração, no estabelecimento de frutos e no desenvolvimento destes. Ao ser iniciada a formação de botões florais, um excesso de Nitrogênio na planta motiva a continuação de um vigoroso crescimento vegetativo, em detrimento da floração e da frutificação. Também a deficiência de Nitrogênio, quando a planta apresenta pesada carga de flores e frutos em desenvolvimento, ocasiona clorose nas folhas e perda de frutinhos.

No tomateiro ocorre o crescimento vegetativo, a floração e a frutificação, simultaneamente. Pôr isso, uma adubação equilibrada conforme recomendado anteriormente contribuirá para o controle da anomalia.

23. Enxertia em Tomate

O processo de enxertia é usado geralmente para a produção em estufas, por conferir a cultura enxertada resistência a doenças e problemas no solo que usualmente ocorrem nessas condições.

No Tomateiro, a enxertia é usada para dar a planta uma certa resistência às principais doenças da cultura, bem como à nematóides. Esse processo consiste a união da parte aérea de uma planta (enxerto), a parte das raízes de outra (porta-enxerto), sempre utilizando-se plantas da mesma espécie.

• Quando as mudas

apresentarem a grossura um pouco menos que um lápis, corte a porção de cima de modo a deixar dois pares de folhas, em seguida faça um corte de 1,5 cm;

30

• Prepare a muda a ser enxertada, cortando-a,

deixando 2 pares de folhas e o ponteiro. O corte deve ser feito em "V" (Bissel).

• Em seguida, una a porção aérea da segunda muda, a porção radicular da primeira muda, de modo a encaixar o corte em "v", dentro da fenda de 1,5 cm. Deixe a união bem justa. Utilize clipes para enxertia ou tubos flexivéis para auxiliar na união.

Depois de prontas as mudas enxertadas, coloque-as em uma câmara úmida que pode

ser feita com plástico e sombrite 50%. Com 10 dias, abra o plástico parcialmente, e no dia seguinte retire todo o plástico, mas mantenha o sombrite. Após sete dias a muda enxertada estará pronta para ser transplantada. 24. Colheita e Pós-colheita

• Tomate para a Agroindústria

È imprescindível que os frutos completem a maturação nas plantas, para desenvolverem intensa coloração vermelha - exigida pelos consumidores de produtos industrializados e também o máximo sabor e de aroma.

Os frutos são colhidos quando se apresentarem maduros, ainda firmes, sem

pedúnculo, limpos e sem danos. O teor de sólidos solúveis, medido na polpa pôr meio de refratrômetreo, dever ser igual ou superior a 5° Br ix e o pH entre 4 e 4,5.

31

Normalmente são realizadas duas colheitas manuais. A primeira, quando 70-80% dos frutos se apresentam completamente maduros e a Segunda, dentro de 15 dias. Dependendo da cultivar, incia-se a colheita aos 85-125 dias da semeadura direta.

A produtividade média esperada no manejo orgânico é de 4 kg/m², ou seja, 40 toneladas pôr hectare.

Os frutos maduros são recolhidos em caixas plásticas apropriadas, comportando 20-23 kg. Tais caixas são empilhadas no caminhão, para transporte até a fábrica. Se o transporte é feito a granel, o carregamento e o descarregamento é rápido.

Produção orgânica de tomate para indústria - Produtor Cooperado da Coagrosol - Itápolis - SP

32

A colheita pode ser mecanizada, efetuada de uma só vez, colhendo-se quando a maioria dos frutos estiver maduros, sendo desejável o plantio de cultivares com maturação mais uniforme. Já temos pequenas agroindústrias parceiras que compram tomate industrial orgânico, entre elas recomendamos a Fruto do Sol, localizada em Borborema-SP. • Tomate para Mesa

Realize a colheita diária ao final da tarde dos frutos que estiverem dentro do padrão da APO - Horta & Arte, associação parceira que comercializa Frutas, Verduras e Legumes para Supermercados no Brasil e Exterior. Faça a colheita quando 25% do fruto estiver vermelho.

Tomate Salada ou Santa Cruz Tomate Caqui Tomate Cereja

A colheita dos frutos de tomate caqui, italiano e salada ou se inicia aos 90 a 120 dias da semeadura; tomate cereja se inicia aos 80 - 110 dias após a semeadura.

Com bom pegamento de flores e frutos, espera-se as seguintes produvidades médias: • Tomate Caqui, Italiano e Salada a campo: 4 a 5 kg/m² • Tomate Caqui, Italiano e Salada em estufa: 5 a 8 kg/m² • Tomate Cereja a campo: 2,5 - 4,5 kg/m² • Tomate Cereja em estufa: 4,5 a 6 kg/m² Após a colheita os frutos devem ser selecionados no barracão e apenas limpos com

uma flanela. E acondicionados em caixas plásticas limpas e secas, acondicionadas em local limpo, seco e fresco até o transporte.

Os frutos após colhidos não devem ser umidecidos de forma alguma. Pois seu umedecimento provoca o desenvolvimento de doenças pós colheita, provocando o apodrecimento dos frutos durante o transporte. Acondicionamento em caixas plásticas para o transporte:

33

• Tomate Cereja:

Os tomates deverão ser acondicionados dentro de caixas próprias quando

possível, estando estas devidamente forradas com papel como mostra a foto abaixo (1). No caso da indisponibilidade de caixas apropriadas, é possível usar caixas comuns mas com quantidades de tomates cereja colocadas somente até a metade da sua capacidade total. Lembrando que a capacidade total de uma caixa normal (2) é considerado como até a parte de baixo do vão de suporte da caixa para as mãos (3)

• Tomate caqui, italiano e salada

Deve-se colocar os tomates no máximo até a altura dos vãos das caixas para colocar as mãos (1)

É fundamental colocar os produtos dentro das caixas, devidamente forrada com papel para evitar danos mecânicos como mostra a foto abaixo (2).

No caso de transporte via freteiro ou transportado ra, as caixas devem ser lacradas e identivicadas com os dados do produtor. 25. Literatura Consultada - DOMINGOS GALLO eta al. Manual de entomologia agrícola . São Paulo: ed.

Agronomica ceres, 1987.

1 2 3

1 2

Qde máxima de tomate por caixa. Parte mais baixa do vão da caixa para as mãos

34

- FILGUEIRA, F.A.R. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna de produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402 p.

- GALLI, F. Manual de fitopatologia - Doença das plantas cultiv adas , Vol II - Ed. Agronomica Ceres Ltda, São Paulo, 1980.

- LOPES, C. A. & SANTOS, J.R.M. dos. Doenças do tomateiro . - Brasília: EMBRAPA - CNPH: EMBRAPA - SPI, 1994. 61 p.

- MALTA, A.W.O. et all. Instalação da horta. Brasília: SENAR, 1999. Trabalhador na

olericultura básica; V. 1. - 64 Pg.

- NAGAI, HIROSHI et all. Produção de sementes de hortaliças em pequenas áreas . Campinas: Instituto Agronômico, Campinas, 1994. 17 p.

- NANNETTI, D.C. et all. Dos tratos culturais a comercialização Brasilia:

SENAR, 1999. Trabalhador na olericultura básica; v. 3. - 92 Pg.

- NANNETTI, D.C. et all. Estabelicimento das hortaliças no campo Brasilia: SENAR, 1999. Trabalhador na olericultura básica; v. 2. - 36 Pg.

- SANTOS, L.G.C. Manual Técnico de Hortaliças Orgânicas da Horta & A rte .

Versão 1. 2000 (apostila) - SGANZERLA, EDILIO. Nova agricultura: a fascinante arte de cultivar com os

plásticos 5. Ed. Ver. E atual. - Guaíba: agropecuaria, 1995. 342 p.

- SONNENBERG, P.E. Olericultura especial . 2ª parte. 3 ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia, 1985. 184 p (apostila).

- Catálogos de sementes Feltrin, Hortec, Horticeres, Isla, Sakama, Sakata. - Cultivo de Tomates para Industrialização. Embrapa Sist. Prod. 1, Versão Eletr. 01/03 - Manual de informações técnicas Show Field Hortec 1998, Hotiflores Comercial Ltda.

Girberto Raimbault - coordenador geral, ed. Grande ABC editora e gráfica. 92 p. - Soil and Water Conservation (SWC) Technologies and agroforestry Systems -

International Institute of Rural Reconstruction, Departament of Evironment and Natural Resources, Ford Foundation - November 1992, 172 p.

- Imagens Kokopelli – Manual de sementes em português –

http://www.kokopelli-seed-foundation.com - Imagens da Sakata Seed - http://www.sakata.com.br - Imagens da Takii Seed - http://www.takii.com.br - Fotos Engenheiros Agrônomos Álvaro Jum Guibu, Luciana Gomes de Almeida, Luiz

Geraldo de Carvalho Santos, Marcelo Scolari Gosh e Mauro Kayano.

35

26. Endereços úteis

1) Associação de Produtores Orgânicos - APO - Horta & Arte www.hortaearte.com.br ; [email protected] ; (11) 4717 1242 ou 4717 1246 2) Fruto do Sol (Agroindústria de Molho de Tomate); [email protected] ;

[email protected] ; (16) Fone: 16 3266 2535/ 91038589

3) Natural Art Insumos Orgânicos (11) 47171800 [email protected]

4) Sementes Isla: 0800512331 / 0800051 6172 www.isla.com.br

Boa Safra!!!