Mapas conceituais neuro

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Origem e função dos Mapas Conceituais

Os Mapas Conceituais foram desenvolvidos a partir das ideias da Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa, de David Paul Ausubel, especialmente por Joseph Novak na Cornell University, EUA, nos anos 70, e bastante difundida no final dos anos 80, do século XX.

De modo geral, a idéia principal do uso de mapas na avaliação dos processos de aprendizagem é a de avaliar o aprendiz em relação ao que ele já sabe, a partir das construções conceituais que ele conseguir criar, isto é, como ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona, discrimina e integra conceitos.

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Os mapas conceituais como estratégia de ensino

Ausubel analisa que os processos de aprendizagem por descoberta ou por recepção não são somente tipos de aprendizagem mas igualmente se referem à maneiras de ensinar, chegando à a associar tais conceitos mais à estratégias de ensino do que de processos de aprendizagem;

Essas concepções aparecerem especialmente nos trabalhos de Novak, relativos aos mapas conceituais;

De acordo com Novak, mapas conceituais são ferramentas para a organização e representação do conhecimento;:

Os conceitos são hierarquizados, usualmente colocados dentro de formas geométricas, conectados por linhas e palavras (conectores) que representam as relações existentes entre esses conceitos;

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Podem ser traçados para toda uma disciplina, subdisciplina ou um tópico especial, reunindo os conceitos relevantes para representação do conteúdo, mas devem ser introduzidos quando os alunos já tiverem contato com o material a ser aprendido;

Não são auto-explicativos, ou seja, necessitam ser apresentados pelo autor ou acompanhados de um texto explicativo, pois existem diversas maneiras de expor conceitos e suas relações em um mapa conceitual;

É na explicação de um mapa de conceitos que o autor expressa a sua compreensão sobre o que está sendo apresentado, alem de refletir a maneira com a qual as informações estão organizadas na sua estrutura cognitiva. Portanto, os mapas conceituais podem ser usados como instrumentos de ensino e/ou aprendizagem, assim como instrumentos de avaliação e organização curricular.

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Portanto, os mapas conceituais não são...

Mapas conceituais são diagramas de significados, de relações significativas; de hierarquias conceituais, se for o caso. Isso também os difeencia das redes semânticas que não necessariamente se organizam por níveis hierárquicos e não obrigatoriamente incluem apenas conceitos.

Mapas conceituais também não devem ser confundidos com mapas mentais que são associacionistas, não se ocupam de relações entre conceitos, incluem coisas que não são conceitos e não estão organizados hierarquicamente. Não devem, igualmente, ser confundidos com quadros sinópticos que são diagramas classificatórios.

Mapas conceituais não buscam classificar conceitos, mas sim relacioná-los e hierarquizá-los.

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Algumas diretrizes para traçar um mapa conceitual

Não há regras gerais fixas para o traçado de mapas de conceitos; O importante é que o mapa seja um instrumento capaz de evidenciar significados

atribuídos a conceitos e relações entre conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos, de uma disciplina, de uma matéria de ensino.

Por exemplo, se o indivíduo que faz um mapa, seja ele, digamos, professor ou aluno, une dois conceitos, através de uma linha, ele deve ser capaz de explicar o significado da relação que vê entre esses conceitos.

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Ciência

ComportamentoHumano

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Avaliação do mapa conceitual

Tanto mapas usados por professores como recurso didático como mapas feitos por alunos em uma avaliação têm componentes idiossincráticos.

Isso significa que não existe mapa conceitual essencialmente “correto”. Ou seja, um professor nunca deve apresentar aos alunos o mapa conceitual de um certo conteúdo mas um mapa conceitual para esse conteúdo segundo os significados que ele atribui aos conceitos e às relações significativas entre eles.

De maneira análoga, nunca se deve esperar que o aluno apresente na avaliação o mapa conceitual “correto” de um certo conteúdo. O que o aluno apresenta é o seu mapa e o importante não é se esse mapa está certo ou não, mas sim se ele dá evidências de que o aluno está aprendendo significativamente o conteúdo.

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Naturalmente, o professor ao ensinar tem a intenção de fazer com que o aluno adquira certos significados que são aceitos no contexto da matéria de ensino, que são compartilhados por certa comunidade de usuários. O ensino busca fazer com que o aluno venha também a compartilhar tais significados.

Depreende-se que: mapas conceituais são instrumentos didáticos não usuais, e não se

pode usar os mesmos critérios de avaliação de um teste de múltipla escolha ou um problema numérico.

A análise de mapas conceituais é essencialmente qualitativa. O professor, ao invés de preocupar-se em atribuir um escore ao mapa traçado pelo aluno, deve procurar interpretar a informação dada pelo aluno no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem significativa.

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Exemplo de um mapa conceitual simples

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Exemplo de mapa conceitual sobre o mapa conceitual hierárquico

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Algumas utilidades didático – pedagógicas dos Mapas Conceituais

1. Apoio instrucional: neste caso os mapas podem ser usados pontualmente para dar uma instrução sobre uma atividade a ser executada ou para dar orientações sequenciais sobre um determinado tema;

2. Organizadores prévios: este conceito está presente na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel quando afirma que o mais importante no ato de ensinar é descobrir o que o aluno já sabe. Neste caso, o mapa pode funcionar como uma ponte cognitiva entre as ideias disponíveis pertinentes dos alunos a nova informacão.

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3. Desenvolvimento dos conteúdos: o conhecimento é dinâmico, está sendo continuamente reconstruído, à medida que ele se envolve em novas experiências e reflete sobre as mesmas. Os mapas conceituais construídos no início em que um determinado tema ou conteúdo podem ser revisados, repensados e reelaborados ao longo das aulas, revelando as mudanças ocorridas na estrutura cognitiva do aluno;4. Hipertextos para EAD: para auxílio na organização e elaboração de hipertextos que forem agregados à estrutura de EAD. Ao serem aplicados na organização de hipertextos, podem auxiliar de maneira substantiva na ativa construção dos conhecimentos dos alunos;

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5. Compartilhar informações: possibilidade de disponibilizar o conhecimento que foi construído para compartilhá-lo. Alguns softwares permitem que após a construção do mapa seja possível transformá-lo em uma página web, numa imagem ou qualquer outro formato que possa ser enviado por correio eletrônico ou publicado num diário digital. O Cmap Tools é um exemplo de software para autoria de Mapas Conceituais desenvolvido pelo Institute for Human Machine Cognition da University of West Florida, sob a supervisão do Dr. Alberto J. Cañas, e permite ao usuário construir, navegar, compartilhar e criticar modelos de conhecimento representados com Mapas Conceituais, e  oferece um ambiente servidor em que os mapas podem ser armazenados e consultados de qualquer ponto da rede.

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6. Portfólio: essa função está relacionada com o uso do mapa para o desenvolvimento dos conteúdos. Utilizando as possibilidades de armazenamento de mapas conceituais de algumas ferramentas, alunos e professores podem acrescentar elementos e conceitos em um mapa e organizá-lo como portfólio de aprendizagem.

7. Reflexão crítica: os alunos podem ser estimulados a refletir sobre o seu processo de pensamento, fazendo registros diários a partir das experiências com os mapas elaborados.

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Referências Bibliográficas ALMEIDA, V. O.; MOREIRA, M. A.. Mapas conceituais no auxílio à

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NUNES. J. S. O uso pedagógico dos mapas conceituais no contexto das novas tecnologias. Disponível em: http://labspace.Open.Ac.Uk/mod/resource/view.Php?Id=365568 Acessado em 11/07/2011

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Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Guaíba - Curso Sistemas de Informaçã - Como criar Mapas Conceituais utilizando o CmapTools ohttp://www.ufpel.edu.br/lpd/ferramentas/cmaptools.pdf