Marketing Esportivo

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Turismo em estádios esportivos: estudo de caso do estádio Beira-Rio. Pedro Mascarenhas de Souza Pinheiro. Resumo: Os estádios esportivos têm se tornado atrativos turísticos em diferentes partes do mundo, seja pela representatividade dos clubes que lá joguem, seja por diferenciais arquitetônicos ou de atrativos em sua construção. Os esportes têm a capacidade de transformar rapidamente os locais onde são praticados em ícones para um grande número de pessoas. Os dirigentes esportivos devem considerar seus estádios também como um produto turístico, diferenciando as ações de marketing direcionadas a tal produto daquelas utilizadas para os demais produtos/serviços comercializados pelo clube. Este estudo busca conhecer as potencialidades turísticas do estádio Beira-Rio, do Sport Clube Internacional, quais os produtos existentes dentro do complexo do estádio que podem ser considerados turísticos e quais as formas de comunicação utilizadas pelo departamento de marketing do clube para a divulgação destes produtos. Além de apresentar formas como esta área tem sido trabalhada em diferentes clubes no Brasil e exterior. O estudo se fundamenta nos conceitos de marketing esportivo, produto turístico e no turismo esportivo, como uma recente tipologia do turismo mundial. Para concretização deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica dos três temas já citados, pesquisa documental em materiais de comunicação utilizados na divulgação dos produtos turísticos do Sport Club Internacional, pesquisas em sites de clubes e estádios brasileiros e internacionais. Além de visitas ao Parque Gigante e ao estádio Beira-Rio. Introdução:

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Turismo em estádios esportivos: estudo de caso do estádio Beira-Rio.

Pedro Mascarenhas de Souza Pinheiro.

Resumo:

Os estádios esportivos têm se tornado atrativos turísticos em diferentes partes do mundo, seja pela representatividade dos clubes que lá joguem, seja por diferenciais arquitetônicos ou de atrativos em sua construção. Os esportes têm a capacidade de transformar rapidamente os locais onde são praticados em ícones para um grande número de pessoas.

Os dirigentes esportivos devem considerar seus estádios também como um produto turístico, diferenciando as ações de marketing direcionadas a tal produto daquelas utilizadas para os demais produtos/serviços comercializados pelo clube.

Este estudo busca conhecer as potencialidades turísticas do estádio Beira-Rio, do Sport Clube Internacional, quais os produtos existentes dentro do complexo do estádio que podem ser considerados turísticos e quais as formas de comunicação utilizadas pelo departamento de marketing do clube para a divulgação destes produtos. Além de apresentar formas como esta área tem sido trabalhada em diferentes clubes no Brasil e exterior.

O estudo se fundamenta nos conceitos de marketing esportivo, produto turístico e no turismo esportivo, como uma recente tipologia do turismo mundial.

Para concretização deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica dos três temas já citados, pesquisa documental em materiais de comunicação utilizados na divulgação dos produtos turísticos do Sport Club Internacional, pesquisas em sites de clubes e estádios brasileiros e internacionais. Além de visitas ao Parque Gigante e ao estádio Beira-Rio.

Introdução:

A prática, assistência ou organização de eventos esportivos têm obrigado pessoas a

viajarem para as mais diferentes partes do mundo. Nesta linha, pesquisadores como

Pigeassou, Delpy e Gibson reconheceram o turismo esportivo como uma tipologia,

abordando as áreas onde estas duas atividades se inter-relacionam.

Este segmento do turismo tornou-se importante também economicamente,

segundo a Organização Mundial do Turismo, no ano de 2001, o esporte foi responsável

por 32 milhões de viagens de alemães, o que correspondeu a 55% das viagens feitas por

cidadãos daquele país. Já na Holanda, naquele mesmo ano, 07 milhões de viagens

tiveram como objetivo algum evento esportivo, alcançando 52% de participação do

total. (WTO, 2001)

Para Ritchie e Adair, chama muita atenção como os esportes de alto rendimento

foram influenciados por comercialização de produtos e o profissionalismo, tanto que os

ideais amadores parecem atualmente irrelevantes. Estas mudanças podem ser vistas em

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patrocínios nos estádios, espectadores em frente a televisão, ouvintes de rádio, leitores

de jornais e revistas esportivas, sendo agora, mais do que nunca, um produto turístico.

(RITCHIE; ADAIR, 2004)

Os estádios esportivos têm se tornado atrações turísticas em diferentes países,

quer seja pelo tamanho das equipes que nele atuam, por suas aparições na mídia, por

terem sediado jogos de notória importância ou mesmo por diferenciais arquitetônicos,

estes espaços trazem consigo fortes imagens populares, adquiridas pela capacidade do

esporte em transformar os locais de suas práticas em ícones. (JOHN, 2002, pg. 54)

Marketing esportivo e o futebol:

O futebol, com uma maior participação da mídia, a transformação de seus atletas

em heróis e símbolos de pessoas de diferentes gerações, deixou de ser um esporte e

passou a constituir-se num negócio que movimenta altos valores financeiros.

Conforme a Arena Sports, no Brasil a indústria esportiva movimenta 31 bilhões

de reais anualmente, representando 3,3% do PIB nacional. Em estudo da Casual

Auditores Independentes chegou-se ao valor de 1, 418 bilhão de reais, gerado pelos

clubes de futebol brasileiros no ano de 2008.

A exploração dos produtos ligados ao futebol no Brasil ainda é muito recente, se

comparada às praticadas por clubes europeus e principalmente por clubes

estadunidenses de basquete, futebol americano, baseball e hóquei. Enquanto estes

tratam seu torcedor como cliente, com acomodações confortáveis, segurança em

estádios, ginásios e arenas e programas de benefícios por fidelidade, no Brasil estas

ações recém começam a aparecer e por enquanto o marketing esportivo se dá

principalmente em patrocínios e licenciamentos de produtos que muitas vezes não

possuem relação com o esporte.

Para Soares (2007, p.65):

“agentes determinantes e ativos da relação futebol e torcedor, os

clubes disponibilizam estruturas e segurança precária, gestão

deficiente, falta de uma equipe competitiva, preços fora da realidade

brasileira (de acordo com que os clubes oferecem), entre outros

fatores, colaboram para gerar a insatisfação do torcedor em valor do

benefício percebido (baixo valor agregado do produto – futebol).”

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O aumento da cobertura do esporte na mídia, no início da década de 80, pode ser

considerado como determinante na atração de novos investimentos em patrocínio ou

promoção de eventos esportivos. (MELO NETO, 1995)

Kotler em 1991 já identificava o marketing ligado a eventos esportivos, porém o

relacionava em um grupo genérico de relações públicas. Em uma de suas primeiras

definições próprias, ele estava ligado ao patrocínio de equipes esportivas, conforme

Schlossenberg (1996, p.1) significava “o modo como as empresas distinguem-se nestes

dias, identificando-se com heróis atléticos e suas habilidades.

Ao longo dos anos ele foi tendo um caráter mais ligado à administração do

esporte, para Pozzi (1998) ele profissionaliza entidades esportivas e ajuda na realização

de eventos esportivos.

Para Melo Neto (2003), marketing esportivo é aquele praticado por entidades

esportivas (clubes, ligas, federações e confederações) com o foco voltado para produtos

e serviços.

O marketing esportivo é visto como o processo de projetar e implementar

atividades para a produção, fixação de preços, promoções de um produto esportivo, a

fim de satisfazer as necessidades ou aos desejos dos consumidores. (STOTLAR E

DUALIB, 2005)

Para Soares (2007, p.67), o marketing esportivo compreende ações voltadas para

a prática e a divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, seja pela

promoção de eventos ou torneios, seja pelo patrocínio a clubes esportivos.

O próprio autor faz, em sua tese de doutorado, uma linha cronológica com a

evolução do marketing esportivo no Brasil, iniciando em 1938 com o lançamento, pela

Nestlé, do chocolate Diamante Negro em homenagem ao atleta Leônidas da Silva até a

participação da empresa de marketing esportivo MSI na montagem e manutenção da

equipe campeã brasileira pelo Sport Club Corinthians Paulista, no ano de 2007.

Seguindo tendências mundiais, os clubes brasileiros começam a se voltar para

seu cliente, o torcedor, buscando seu apoio em forma de associações, participações em

programas de pontos e descontos, vendas de ingressos pela internet e outras facilidades.

Na linha destes pensamentos, o consultor Almir Somoggi define o torcedor

como um cliente esportivo, que vai aos jogos, compra ingressos, compra camisas

oficiais, DVDs comemorativos e assina pacotes de pay-per-view, e por estes motivos

ele:

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Deve receber um serviço altamente qualificado, onde, além dos benefícios

funcionais, os serviços esportivos contenham outros benefícios intangíveis e

complementares, cada vez mais relevantes para o consumidor esportivo como

surpreendê-lo, diverti-lo, entusiasmá-lo, e que seja um canal para que o usuário

expresse sua personalidade, fazendo com que a entidade estabeleça uma

relação contínua através do oferecimento de experiências de consumo

memoráveis, com um alto grau de satisfação e emoção do cliente esportivo.

(SOMOGGI, 2007.)

Nesta questão de relacionamento com o torcedor, os dois principais clubes de

futebol de Porto Alegre, Grêmio e Internacional, são modelos para os demais no Brasil.

Segundo Casagrande e Depexe, a dupla grenal conseguiu criar programas que

aumentam a relação entre clube e torcedor e que promovem a fidelização dos mesmos.

A dupla grenal vem se destacando e estão ampliando o trabalho em cima de

ações de marketing esportivo juntos aos seus departamentos e, os modelos aqui usados

são copiados no resto do país. (TREIN, 2009)

Como resultado destas ações tornaram-se, em um espaço de cinco anos, os

clubes de futebol com o maior número de sócios com suas mensalidades em dia do país,

sendo o Sport Clube Internacional, um dos dez maiores clubes do mundo neste quesito.

Uma das formas utilizadas para se conquistar, fidelizar e manter os torcedores

como parceiros é a transformação dos estádios em atrativos turísticos, se fazendo valer

de museus, tours pelos bastidores, lojas de produtos licenciados e restaurantes para

aumentar a participação do torcedor no cotidiano do clube.

Turismo esportivo:

Nas formas conhecidas atualmente, pode-se dizer que turismo e esporte têm suas

origens no período pós Revolução Industrial. Para corroborar com esta idéia Lourenço e

Carvalho (2008) apresentam quatro fatores que possuem papel fundamental para a

relevância que estes dois segmentos representam à sociedade. A concentração das

populações em torno dos centros urbanos, o aumento da duração do tempo de lazer, o

aumento do poder de compra e o desenvolvimento dos meios e transporte.

Com o passar do tempo “o turismo e o desporto passam a ter actividades,

contextos e práticas comuns aos dois sectores...” (LOURENÇO; CARVALHO, 2008, p.

3). Estas interseções, como se refere Pigeassou (2004) definem o turismo esportivo.

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Nesta mesma linha, Kurtzman e Zauhar acreditam que “os pontos de contato entre o

esporte e o turismo têm aumentado drasticamente” (2003, p.41). O que também é

impulsionado pelo fato de que o “esporte e turismo estão entre as atividades de lazer

mais procuradas no mundo desenvolvido” (RITCHIE; ADAIR, 2002, p.1).

De acordo com Pigeassou (2003) a expressão turismo esportivo surgiu na

França, na década de 70. Sobre este segmento do turismo, Lourenço e Carvalho (2008,

p.5) afirmam que “O turismo esportivo representa assim o corpo de conhecimento e o

conjunto de práticas onde as áreas do turismo e do esporte se tornam interdependentes”.

Kurtzman argumenta que atividades de turismo esportivo incluem um ou mais

elementos físicos do esporte como correr, pular, arremessar, bater, deslizar, apanhar,

chutar e driblar, participação, assistência, organização, aprendizado de habilidades

esportivas ou até mesmo assistir jogos esportivos de times, grupos ou individuais e

define o turismo esportivo como “o uso do esporte para fins turísticos” (KURTZMAN,

2005, p.49).

Standevem e De Knop (1999, p.12) o definem como “todas as formas de

envolvimento ativo e passivo em actividades esportivas, participações casuais ou

organizadas e eventos sem finalidades comerciais que necessite viagem para fora de seu

local de moradia ou trabalho.”

Para muitos autores é consensual a análise do turismo esportivo como uma inter-

relação entre as áreas e não uma ruptura entre o esporte e o turismo, entre estes autores

se destacam Standeven e De Knop (1999) com a obra “Sport Tourism”, Pigeassou, Bui-

Xuan e Gleyse (2003) com “Epistemológical Issues on Sport Tourism: Chalenge For a

New Scientific Field”, Gammon e Robinson (2003) em “Sport and Tourism: A

Conceptual Framework”, Kurtzman e Zauhar (2003) com “A Wave in Time – The

Sports Tourism Phenomena”, entre outros.

Estudiosos do turismo esportivo como Gibson (2004), Hinch e Higham (2004) e

Weed (2006) identificaram que faltam bases teóricas para explicar a demanda,

abastecimento e impactos nesta área.

O turismo esportivo contém seis subcategorias, sendo elas, eventos esportivos,

resorts esportivos, cruzeiros esportivos, atrações esportivas, esportes de aventuras e

tours esportivos. Já turistas esportivos são aqueles que viajam motivados por esportes,

seja para visitar locais esportivos, assistir ou participar de eventos esportivos, aprender

mais sobre esportes, vivenciar o ambiente e um grande evento ou encontrar

personalidades esportivas. (KURTZMAN, 2005)

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Lourenço e Carvalho (2008) dividiram a participação de turistas em atividades

ou contextos esportivos nas seguintes tipologias. Turismo de prática desportiva, turismo

de espetáculo desportivo e outros contextos turístico-desportivos.

Dentro desta última área Pigeassou (2004) elenca o “turismo esportivo de

cultura”, que se refere a um caráter mais cognitivo da cultura esportiva, que pode estar

associado a um sentido de história esportiva, de curiosidade intelectual ou de veneração.

É nesta categoria que se enquadra o turismo em estádios e arenas esportivas que

para Gammon e Fear (2005) representa a área mais atual sendo estudada na literatura

sobre turismo esportivo. Os tours em estádios estão se tornando rapidamente uma parte

significativa para muitas destinações turísticas. Muitos estádios evoluíram de

construções funcionais e utilitárias para locais que guardam significados e

reconhecimento instantâneo tanto para fãs quanto para não fãs.

Para John (2002) A natureza global do esporte contribui para que os locais onde

são praticados se tornem ícones simbólicos mais rapidamente, atraindo turistas para si

de modo semelhante às atrações tradicionais. Tours em estádios oferecem aos turistas a

oportunidade de visitar áreas reservadas a muito poucos. Segundo Gammon (2004,

p.244) “eles prometem a melhor experiência de bastidores: seguir os passos de grandes

e privilegiados enquanto oferece uma visão interior do que acontece atrás das cortinas”.

Foi MacCannell em 1973 e 1976 quem primeiro sugeriu que as configurações do

turismo geralmente incluem áreas de frente e de fundos e que muitos turistas estão

dispostos a conhecer esta parte dos bastidores para vivenciar o local do modo que ele

realmente é (apud GAMMON e FEAR, 2005).

Nas palavras de MacCannell, “turistas normalmente participam de visitas

guiadas em estabelecimentos sociais, pois elas podem fornecer acesso fácil a áreas que

estão normalmente fechadas [...] Este tipo de tour, e a experiência causada por ele,

fornecem um leque interessante de problemas analíticos. O tour é caracterizado por

revelar o funcionamento interno do local [...] (1999, p.98).

Segundo Stevens:

“O apelo inerente ao estádio onde heróis jogaram e

lendas foram criadas dão a ele os atributos em que

se baseiam as mais reconhecidas atrações

turísticas – a atmosfera, o senso de ocasião,

evocação e emoção... É evidente que uma parte

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importante do apelo do estádio como atrativo é o

seu potencial para dar ao visitante uma

experiência real de esporte como patrimônio.”

(2005, p. 213)

Muitos estádios de futebol alcançaram um status de local para ser aproveitado

através da perspectiva do turista ou do visitante ao invés da perspectiva do fã. O campo

oferece prazer a uma clientela distanciada da emoção do fã. (BALE, 1993, P.75)

Produto turístico:

Nas palavras de Girardi (2002, p.63) produto é o conjunto de todos os bens e

serviços resultantes da atividade produtiva de uma empresa. Envolve o bem material e

certas características de construção, aparência, desempenho, embalagem, prazo de

entrega, garantia e preço.

Para o turista, o produto engloba toda a experiência da viagem desde o momento

em que ele sai de casa até o momento em que ele volta (MEDLIK & MIDDLENTON

apud Middleton & Clarke, 2002). O produto turístico deve ser considerado como um

amálgama de três componentes principais de atrações, instalações no destino e

acessibilidade ao destino. (MIDDLENTON & CLARKE, 2002, p. 132)

O turismo possui as características próprias do setor de serviços, como

intangibilidade, inseparabilidade, perecibilidade e variabilidade, além de outras próprias

como a sazonalidade. Estas características estão presentes na formatação do produto

turístico, caracterizado por Sancho et al. (2002, p.90) como “conjunto de bens e

serviços que são utilizados para o consumo turístico por um determinado grupo de

usuários”.

O produto turístico possui vários componentes, transporte, meios de

hospedagem, atrações turísticas, serviços de alimentação, entre outros, que não são

necessariamente adquiridos de um único fornecedor. Segundo Medik e Middleton “para

o turista, o produto engloba toda a experiência – desde o momento em que ele sai de

casa até o momento em que ele volta” os autores completam que “o produto turístico

deve ser considerado como um amálgama de três componentes principais de atrações,

instalações no destino e acessibilidade ao destino”. (apud Middleton e Clarke, 2002)

Nas palavras de Droulers e Milani (2002):

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O produto turístico inclui recursos e atrativos naturais e artificiais,

equipamentos e infraestruturas, serviços, atitudes recreativas, imagens e

valores simbólicos, constituindo-se num conjunto de determinados

benefícios capazes de atrair certos grupos de consumidores em busca de uma

satisfação das suas motivações e expectativas.

Os estádios esportivos têm se tornado atrativos turísticos em diferentes partes do

mundo, seja pela representatividade dos clubes que lá joguem, seja por diferenciais

arquitetônicos ou de atrativos em sua construção. Os esportes têm a capacidade de

transformar rapidamente os locais onde são praticados em ícones para um grande

número de pessoas.

Os dirigentes esportivos devem considerar seus estádios também como um

produto turístico, diferenciando as ações de marketing direcionadas a tal produto

daquelas utilizadas para os demais produtos/serviços comercializados pelo clube.

Ações turísticas em estádios de Futebol:

Para conhecer e identificar as ações turísticas praticadas por clubes de futebol

europeus foi utilizada a internet como ferramenta de procura, através dos sites oficiais

dos clubes ou dos estádios em questão.

Como modo de escolha, foram selecionados os clubes com maiores números de

títulos nacionais e internacionais em Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Argentina,

além de casos já em implantação ou funcionamento no Brasil.

Em Portugal foram pesquisados três clubes, o Futebol Clube do Porto, com sede

na cidade de mesmo nome, o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal

com seus estádios na capital do país, Lisboa. Os atrativos encontrados em seus

respectivos estádios, Dragão, Luz e José Alvalade diferem em poucas ações. Os três

contam com tours pelas dependências dos estádios e lojas de artigos oficiais.

Nos estádios Dragão e José Alvalade existem também museus que exibem as

histórias de seus clubes, através de troféus, uniformes antigos e atuais, artigos

importantes para o desenvolvimento dos clubes até os dias de hoje. Os preços variam de

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2 a 10 euros, com valores mais baixos para crianças, idosos ou sócios dos clubes. Estas

duas agremiações organizam também festas de aniversário para crianças nas

dependências de seus estádios, com direito a jogos de futebol no campo, recreacionistas

e alimentação.

Ainda nos estádios do Porto e do Sporting, existem salas para reuniões e outros

eventos empresariais, podendo ser alugadas para realizações de diferentes tipos e

tamanhos.

Cada estádio da capital possui também um restaurante temático, o Catedral da

Cerveja, no estádio da Luz e o casa XXI no José Alvalade, ambos com vista para o

campo, estão abertos todos os dias da semana para almoça e funcionam sob locação

para jantares em dias que não há jogos sendo realizados.

Outra fonte de receita advinda do turismo para os clubes é a locação de seus

espaços para shows de artistas nacionais e internacionais.

Na Espanha foram pesquisados os estádios Camp Nou do Futebol Clube

Barcelona e Santiago Bernabéu, de propriedade do Real Madrid Clube Futebol.

O museu do F.C. Barcelona é o mais visitado de sua cidade e de toda a região da

Catalunha, tendo atingido a marca de 20 milhões de visitantes no ano de 2010. Além do

museu o estádio Camp Nou conta com o tour pelas dependências do estádio e um novo

espaço multimídia, onde os visitantes podem interagir com equipamentos que exploram

os cinco sentidos humanos. O passeio termina em uma loja oficial do Barcelona com

três andares contendo toda a gama de produtos licenciada pelo clube. O custo desta

visita completa é de 19 euros para visitantes não sócios do clube, os sócios possuem

entrada gratuita. O ingresso pode ser adquirido através do site oficial do clube na

internet.

Facilidade também oferecida no estádio Santiago Bernabéu, onde o pacote para

o tour e museu sai por até 16 euros para não sócios. No estádio da capital existem ainda

3 restaurantes, uma loja com produtos oficiais do clube e 16 salas para eventos, com

capacidades que variam de 16 a 600 pessoas.

Em Milão, o mesmo estádio abriga as duas maiores equipes da cidade, o San

Siro, para torcedores do A.C. Milan ou Giuseppe Meazza, para torcedores da

Internazionale. Porém, alheia as disputas em campo, as ações turísticas são organizadas

em parceria das equipes com a administração do estádio. As atrações são o tour, com

visitas diárias e custos entre 10 e 12,50 euros, o museu, também aberto todos os dias,

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com entradas entre 5 e 7 euros e a loja de produtos oficiais, dividida entre as duas

equipes.

As outras grandes equipes do país como Roma e Lazio da capital e Juventus de

Turim, não disponibilizam produtos voltados ao turismo em seus estádios.

Na Inglaterra é o país onde o turismo ligado ao futebol é mais explorado, com

ações que divergem da maioria praticada em outros países europeus, os clubes ingleses

tentam atrair um público diferente de turista, apostando na nostalgia de seus torcedores.

O F.C. Liverpool, maior campeão inglês, oferece em seu estádio, o Anfield Road

duas provas desta nova mentalidade, a primeira, o Anfield Experience, que consiste em

um tradicional tour pelo museu do clube e as dependências do estádio, porém tendo

como guia algum ex-jogador campeão pelo clube e no final da visita um jantar entre os

participantes e este mesmo jogador, por um valor de 75 libras esterlinas por pessoa.

O segundo produto, Ultimate Anfield Experience, oferece no começo do dia, um

café da manhã com algum ex-jogador, em seguida o tour pelo museu e dependências do

estádio. Depois o visitante pode participar do treino da equipe de lendas do clube e

acaba sua visita com um almoço na sala de troféus de Anfield Road, este passeio está

orçado em 245 libras esterlinas. Ambos podem ser reservados através do site do F.C.

Liverpool na internet, podendo inclusive ser escolhido o jogador que o visitante gostaria

de conhecer.

Além destes, o clube oferece o tour pelas dependências do estádio e museu,

acompanhado ou não por algum ex-jogador, a loja de produtos oficiais do clube e um

restaurante em Anfield Road.

Na capital do país o Chelsea F.C. disponibiliza para seus visitantes duas

modalidades de visitas ao seu estádio e museu, a primeira, com duração de 60 minutos,

custa entre 9 e 16 libras esterlinas e a segunda, denominada de visita Platinum, é

realizada de modo privado pelo visitante e seus acompanhantes, com um guia e direito a

almoço no estádio, esta tem um custo de 50 libras por pessoa.

Além destes produtos, o clube possui um centro de convenções, o Bluewing, o

Chelsea Club e Fitness SPA e o Millenium & Copthorne Hotel, dentro do complexo do

estádio de Stanford Bridge.

É em Londres também que está o mais moderno estádio privado do país, o

Emirates, de propriedade do Arsenal F.C. Entre os produtos oferecidos está o museu do

clube e o tour pelas dependências do estádio, acompanhado ou não por algum ex-

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jogador da equipe, com valores entre 8 e 35 libras por pessoa, podendo ser previamente

agendado pela internet, no site oficial do clube.

Além destes o estádio possui também uma loja com produtos oficiais,

restaurantes e centro de eventos.

O segundo maior campeão inglês, o Manchester United, oferece em seu estádio,

Old Trafford, também conhecido como Teatro dos Sonhos, as atrações mais comuns,

tour pelas dependências do estádio, museu e loja com produtos oficiais do clube.

Na América do Sul alguns clubes também se destacam na oferta de produtos

turísticos em seus estádios ou com suas marcas, um destes casos é o Club Atlético Boca

Juniors, de Buenos Aires, que possui em seu estádio, La Bombonera alguns atrativos

como o museu do clube, a loja oficial e o tour. Por estar localizado no bairro de La

Boca, um dos principais pontos turísticos da capital portenha, o estádio se privilegia

com a constante chegada de visitantes.

Além destes produtos, o Boca Juniors é o único clube dos pesquisados que

possui uma agência de viagem, com pacotes especiais para o turista ou torcedor que

quiser acompanhar os jogos de seu time fora da cidade.

Ainda em Buenos Aires o Clube Atlético River Plate oferece em seu estádio,

Antonio Vespúcio Liberti, conhecido como Monumental de Nuñez o maior museu de

um clube de futebol da América Latina, ainda oferece tour pelo interior do estádio e

uma loja com produtos oficiais do clube.

No Brasil algumas experiências começam a surgir, no estado de São Paulo foram

encontradas algumas ações ligadas ao turismo, o Santos Futebol Clube, possui em seu

estádio um memorial do clube, com ingressos entre 3 e 10 reais, uma loja com produtos

do clube e a possibilidade de arrendar para eventos o gramado da Vila Belmiro, o

ginásio anexo e os vestiários. Existe ainda o projeto de um museu destinado a Pelé,

maior estrela do clube.

No Cícero Pompeo de Toledo, o Morumbi, estádio do São Paulo Futebol clube

estão presentes o memorial do clube, a loja com produtos oficiais, o restaurante e bar

Santo Paulo, aberto todos os dias e que durante os jogos é utilizado como espaço VIP do

estádio.

Além destas instalações, existe o programa Batismo Tricolor, onde qualquer

pessoa, independente de idade, sexo e religião comparece a uma cerimônia onde a

figura do Santo Paulo o legitima como torcedor do clube. Pelo valor de R$120,00 o

torcedor comparece ao evento no gramado do estádio em grupos de 20 pessoas, recebe

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um certificado de “São Paulinidade”, um vaso com grama do Morumbi, uma camisa do

projeto entre outros artigos.

Ainda na capital Paulista, há no estádio Paulo Machado de Carvalho, o

Pacaembu, o Museu do Futebol. Instalado em uma área de 6.900 m² é de iniciativa do

Governo do Estado e da Prefeitura da cidade de São Paulo e administrado pelo Instituto

da Arte do Futebol Brasileiro. Possui exposição permanente contando a história do

futebol brasileiro. Além das exposições permanentes e temporárias as instalações

podem ser alugadas para eventos empresariais.

Ainda no prédio existe o bar O Torcedor, administrado pela AmBev e aberto de

terças a domingos das 10:00 a meia-noite, porém se encontra fechado em dias de jogos.

Segundo o site oficial do museu mais de 940.000 visitas foram realizadas desde

sua inauguração. Os ingressos custam entre 3 e 6 reais, e a entrada é gratuita para idosos

e crianças estudantes da rede pública.

Em Curitiba o Clube Atlético Paranaense possui o estádio mais moderno entre

todos os participantes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, inaugurado em

1999 o estádio José Américo Guimarães, mais conhecido como Arena da Baixada é um

importante ponto turístico da capital do estado.

No estádio são realizados tours, para que se possa conhecer o seu interior e

dependências normalmente de acesso proibido a torcedores em dias de jogos. São seis

horários fixos de visita de segunda a domingo, porém, em dias de jogos, o último

horário será o de quatro horas antes do começo da partida. O valor do ingresso é de 7

reais e se adquirido com a revista oficial do clube, o custo fica em 10 reais.

O clube também oferece visitas ao seu centro de treinamentos, o C.T. do Caju,

realizadas aos sábados a cada quinze dias, somente no horário das 09h30min. Foi neste

centro que ficou hospedada a seleção brasileira de futebol antes de sua viagem para a

Copa do Mundo de 2010.

O Sport Club Internacional:

Fundado em 04 de Abril de 1909 pelos irmãos Poppe o Internacional logo se

tornou uma das forças do futebol gaúcho. De acordo com seu estatuto é “uma sociedade

civil, sem fins lucrativos, com prazo indeterminado de duração e tem por finalidade

atividades esportivas, sociais e culturais.”

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Seu estádio, José Pinheiro Borda, mais conhecido como Beira-Rio, foi fundado

em 06 de Abril de 1969 e tem como marco em sua história, ter sido construído com

recursos obtidos através de doações de torcedores do clube. O estádio está localizado as

margens do Lago Guaíba, e é o escolhido pela FIFA para abrigar os jogos da Copa do

Mundo de 2014 a ser realizada no Brasil.

O Beira-Rio está situado em uma ampla área também de propriedade do Sport

Club Internacional, o Parque Gigante, que conta com um ginásio de esportes

(Gigantinho), três campos de treinamento, centro de eventos, área de lazer, loja oficial

de produtos do clube e do patrocinador esportivo e uma churrascaria.

Recentemente o clube, através de seu departamento de marketing, passou a

trabalhar ações voltadas ao turismo em suas dependências, uma destas ações, a Visita

Colorada, proporciona a torcedores e visitantes conhecer as dependências do estádio, o

passeio, com duração aproximada de 40 minutos é realizado com o acompanhamento de

guias, e os torcedores podem conhecer as suítes, os camarotes, os vestiários, o túnel de

acesso ao campo, o gramado de jogo, entre outros atrativos.

Os valores variam de R$7,00 a R$12,00, sócios do clube, crianças com menos de

seis anos de idade e crianças estudantes em escolas públicas de comunidades carentes

têm a entrada gratuita. O tour ocorre de terças a domingos entre as 09h e o meio dia e

entre as 13h30min e às 17h.

No ano de 2010 foi inaugurado no complexo Beira-Rio o Museu Sport Club

Internacional - Ruy Tedesco com 1.200 m² onde estão expostos troféus, fotos, flâmulas,

vídeos e entrevistas de personalidades que ajudaram a construir a história deste clube. O

espaço está aberto de terça a domingo das 10h as 18h com custos que variam entre

R$5,00 e R$10,00, sendo gratuito para sócios em dia e crianças de até cinco anos. O

visitante ainda pode optar por adquirir o passaporte para as duas atrações, tendo um

acréscimo de R$5,00 nos ingressos do visita colorada.

Outro ponto de interesse no Parque Gigante é o Centro de Eventos Presidente

Arthur Dallegrave, o local foi concebido para realizações de eventos de todos os portes

como casamentos, formaturas, convenções, banquetes, shows, casamentos, entre outros.

Com 2650 m² de área construída, tem capacidade para 800 pessoas sentadas ou mil

pessoas em pé.

Ainda como atração no complexo está a churrascaria Montana Grill, situada

junto ao Lago Guaíba a casa está aberta diariamente em horários de almoço e janta,

inclusive em dias de jogos no estádio.

Page 14: Marketing Esportivo

Como meio de comunicação com os turistas o Sport Club Internacional se utiliza

de seu site oficial na internet, com informações detalhadas do Visita Colorada, museu e

centro de eventos, newsletter para visitantes que tenham se cadastrado quando do

momento da visita ou que tenham contatado o clube através de e-mail. Há também

folders do Visita Colorada e da churrascaria Montana em hotéis, restaurantes e no

aeroporto de Porto Alegre, através de parceria com a empresa Display Card, que exibe

folders de restaurantes, hotéis, auto-locadoras e pontos turísticos da capital gaúcha

Conclusão:

Ao analisar as ações voltadas para o turismo em estádios de futebol pode-se

perceber que os diferentes clubes se utilizam de projetos muito semelhantes. Em todos

os estádios pesquisados foram encontrados os mesmos produtos como tour, museu e

loja de produtos oficiais.

As ações mais marcantes e com maiores diferenciais em marketing vêm de

clubes ingleses, que contrataram ex-jogadores para apelar ao saudosismo do torcedor de

uma época de glórias de suas equipes.

No Brasil estas ações estão em fase inicial, com os clube não fazendo grandes

investimentos em instalações e divulgações de seus produtos, sendo a comunicação

entre clube e turista baseada no site oficial de cada equipe. As secretarias de turismo dos

municípios pesquisados não apresentavam qualquer menção a estádios em seus sites ma

internet, denotando falta de apoio do poder público a esta tipologia turística.

O Sport Club Internacional está na vanguarda do futebol brasileiro em matéria

de gestão corporativa e os resultados surgem em todas as esferas do clube, no que tange

a turismo já existe um produto bem desenvolvido e com boa aceitação por parte dos

visitantes.

Como sugestão para novas pesquisas está a descoberta das motivações de

turistas brasileiros a visitarem estádios de futebol e a percepção de dirigentes de

marketing de clubes de futebol sobre a importância de se desenvolver atividades

voltadas ao turismo.

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